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4º TRIMESTRE • 2009 • Nº 289

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A Igreja A Igreja A Igreja de Cristode Cristode Cristode Cristode Cristode Cristo

4º TRIMESTRE • 2009 • Nº 289

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MISSÃO DA ESCOLA BÍBLICA

Transformar as pessoas em discípulas de Cristo, através do ensino e da prática da palavra de Deus.

——— ——— ——— ——— ——— ——— ——— ———— ———

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Copyright © 2009 – Igreja Adventista da PromessaRevista para estudos na Escola Bíblica. É proibida a reprodução parcial

ou total sem autorização da Igreja Adventista da Promessa.

REDAÇÃO

Jornalista responsável Pr. Elias Pitombeira de Toledo MTb. 24.465

Redação e preparação Alan K. Pereira Rocha, Eleilton William S. Freitas, Eudoxiana Canto Melo, Genilson S. da Silva, Jailton S. Silva, José Lima de Farias Filho, Valdeci Nunes de Oliveira, Virginia Ronchete David.

Revisão de textos Eudoxiana Canto Melo

Editoração Marcorélio Murta Patricia Gomiero

Capa Farol Editorial e Design Foto: Getty Images

Seleção de hinos Vilma Martins Bertulino

Leituras diárias Eleilton William de Souza Freitas

Atendimento e tráfego Geni Ferreira Lima Fone: (11) 2955-5141

Assinaturas Informações na página 96

Impressão

Gráfica Regente Av. Paranavaí, 1146 – Maringá, PR – Fone: (44) 3366-7000

expediente

REDAÇÃO – Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo – SP – CEP 01014-030Fone: (11) 3119-6457 – Fax: (11) 3107-2544 – www.portaliap.com – [email protected]

BÍBLICASREVISTA PARA ESTUDOS NAS ESCOLAS BÍBLICAS4º TRIMESTRE – 2009 – Nº 289

LIÇÕ

ES

depARtAMentO de edUCAÇÃO CRiStÃ

Diretor Genilson S. da Silva

Conselho Editorial Adelmilson Júlio Pereira Aléssio Gomes de Oliveira Ednei Rodrigues Brito Genilson S. da Silva Irgledson Irvison Galvão José Lima de Farias Filho Manoel Lino Simão Manoel Pereira Brito Otoniel Alves de Oliveira Sebastião Lino Simão Valdeci Nunes de Oliveira

de originais

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Definir é preciso 7

Imagens que ensinam 12

Vivam unidos 19

Sejam mais puros 26

A nossa maior missão 33

Além de adorar 39

Somos fortes 46

Ordens são ordens 53

O pastor aprovado 60

Submissão é preciso 67

Uns aos outros 73

Ajudem os caídos 79

Final feliz 85

123456789

10111213

APRESENTAÇÃO 5

ABREVIATURAS 4

SUMÁRIO

ÍBLICAS

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ABREVIATURAS DE LIVROS DA BÍBLIAUTILIZADAS NAS LIÇÕES

ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES E VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES

ANTIgO TESTAmENTOGênesis GnÊxodo ExLevítico LvNúmeros Nm Deuteronômio DtJosué JsJuízes JzRute Rt I Samuel I Sm II Samuel II SmI Reis I ReII Reis II ReI Crônicas I Cr II Crônicas II CrEsdras Ed Neemias NeEster EtJó JóSalmos SlProvérbios PvEclesiastes EcCantares CtIsaías IsJeremias JrLamentações LmEzequiel Ez Daniel DnOséias OsJoel JlAmós AmObadias Ob Jonas JnMiquéias MqNaum NaHabacuque HcSofonias SfAgeu AgZacarias ZcMalaquias Ml

NOVO TESTAmENTOMateus MtMarcos McLucas LcJoão JoAtos AtRomanos RmI Coríntios I CoII Coríntios II CoGálatas Gl Efésios EfFilipenses Fp Colossenses Cl I Tessalonicenses I Ts II Tessalonicenses II TsI Timóteo I TmII Timóteo II TmTito TtFilemon FmHebreus HbTiago TgI Pedro I PeII Pedro II PeI João I JoII João II JoIII João III JoJudas JdApocalipse Ap

BLH – Bíblia na Linguagem de HojeRA – Revista e AtualizadaRC – Revista e CorrigidanVi – Nova Versão Internacional

BV – Bíblia VivaBJ – Bíblia de JerusalémteB – Tradução Ecumênica da BíbliantLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje

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APRESENTAÇÃO

Ela é o assunto das treze novas lições destes três últimos meses de 2009. Ela reúne pessoas de todas as raças, de todas as distâncias, de todas as línguas, de todas as cores, de todas as nacionalidades, de todas as culturas, de todos os níveis, de todos os temperamentos. De um lado, é visível, é local, é instituição, e, de outro, é invisível, é universal, é organismo.

Ela é comparada a uma lavoura, a um edifício, a uma noiva, a um corpo, a uma família, a um templo. Tem uma relação próxima com o reino Deus, mas não é o reino Deus. Sabe que precisa ser cada vez “mais pura” em sua conduta e em sua doutrina, e se esforça, diligentemente, para viver inteira-mente unida, na mesma disposição mental e no mesmo parecer.

Ela entende que a sua maior missão é adorar a Deus, mas sabe que, além de adorar, tem a missão de proclamar o evangelho, promover a edi-ficação, exercitar a compaixão e alimentar a esperança. Ela parece fraca, mas é forte, porque maior é o que está nela do que o que está no mun-do. Ela sabe que ordens são ordens. Por isso, pratica o Lava-pés, come do pão e bebe do cálice.

Ela estima e se submete àqueles que cuidam dela, sem abrir mão da proximidade, da integridade, da afetuosidade e do encorajamento. Ajuda os caídos, não com arrogância, mas com brandura e humildade. Tem, nes-te mundo, muitas aflições, mas nunca deixa de acreditar no final feliz.

Ela é a igreja do Senhor Jesus Cristo, que a amou e se entregou por ela para santificá-la e para apresentá-la a si mesmo como igreja glorio-sa, sem manca nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável (Ef 5:25a, 26a-27 – NVI). Que esta série de lições o ajude a conhecê-la e a valorizá-la mais e mais. Ao Rei eterno, sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém!

Pr. Genilson S. da SilvaDiretor do Departamento de Educação Cristã

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6 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009

TEXTO BÁSICO: E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. (Ef 1:22-23)

INTRODUÇÃO: Em grego, o termo correspondente a igreja é ekklesia, cujo significado é “assembleia”, “reunião”, “qualquer tipo de reunião” ou “ajuntamento de pessoas”. Atualmente, porém, o termo “igreja” assu-miu um significado tanto mais específico quanto mais glorioso. Pas-sou a significar o corpo de Jesus Cristo, a comunidade dos santos, a reunião do povo de Deus e o próprio povo de Deus. Com base no texto que encabeça o presente estudo e na esperança de podermos contribuir para o crescimento espiritual do estudante, analisaremos alguns aspectos da doutrina da igreja.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Nos parágrafos que seguem, forneceremos ao estudante algumas in-formações gerais a respeito da igreja de Jesus Cristo, que foi chamada pelo apóstolo Paulo de a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da ver-

Apreciar com o estudante alguns aspectos da igreja, tais como: conceito, visibilidade, alcance e distinção, de acordo com o ensino das Escrituras.

3 OUT 2009

Definir é preciso1LEITURA DIÁRIA ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 179 – SH 329 / BJ 188 – CC 456

Domingo, 27 de setembro ... Ef 1:18-23Segunda, 28 .............................. Cl 1:15-24Terça, 29 ................................ II Tm 2:19-21Quarta, 30 ............................... At 20:24-32 Quinta, 1 de outubro ................Ef 3:8-12Sexta, 2 ........................... I Co 11:16; 14:33Sábado, 3 ................................... Ef 2:11-22

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dade (I Tm 3:15). Cumpre, pois, ao crente, como um dos seus integrantes, interessar-se por conhecer cada vez melhor tudo aquilo que a ela se re-fere: história, estrutura, funcionamento, etc., para satisfazer a sua própria necessidade de saber e para se certificar do papel que lhe cabe como membro desse corpo. Na presente lição, estudaremos alguns aspectos da igreja, tais como: conceito, visibilidade, alcance e distinção.

1. Conceito de igreja: Esta parte do presente estudo tratará da defi-nição e do significado do termo igreja. A igreja é o conjunto de todos os verdadeiros cristãos: os que se arrependeram e foram perdoados e justi-ficados, mediante a fé em Jesus Cristo. As Escrituras chamam-na de corpo de Cristo (I Co 11:3; Ef 5:23; Cl 1:18), e cada um dos seus filiados é um membro desse corpo (I Co 12:27). É importante salientarmos que, quan-do o Novo Testamento se refere, dentre os judeus e gentios, a alguns que são chamados a fazer parte do corpo celestial de Cristo, a palavra igreja é empregada como um termo próprio.1

A palavra grega ekklesia que tem “igreja” como sua corresponden-te em português, indica, em sua língua de origem, uma assembleia, ou ajuntamento de pessoas para tratar de algum assunto de interesse co-mum. A “Septuaginta”2 usa a palavra ekklesia para se referir às multidões de modo geral (Gn 49:6; Nm 22:4) e à “assembleia dos israelitas perante Deus para ouvir a lei, confessar pecados, mostrar arrependimento e re-novar a aliança (Dt 4:10, 33; Js 8:33-35; Jz 20:1 e 2; I Cr 28:8; II Cr 20:5, 23:3, 29:20-31; Ne 8)”.3

2. A visibilidade da igreja: Considerada do ponto de vista de quem a vê, a igreja cristã é classificada em: igreja invisível e igreja visível. Primei-ramente, vejamos o que é a igreja invisível. Em um dos seus aspectos, a igreja de Cristo é chamada de invisível “porque é essencialmente espiri-tual e, em sua essência espiritual, não a pode discernir o olho humano; e porque é impossível determinar infalivelmente quem não lhe pertence”;4 corrobora isso o fato de as bênçãos da salvação, tais como a regeneração, a conversão, a fé verdadeira e a comunhão espiritual serem invisíveis.

Como a maneira de ver do homem nem sempre coincide com a ma-neira de ver de Deus, concluímos que, neste caso, somente o Senhor conhece os que são seus (II Tm 2:19), porque, ao contrário do homem,

1. Cheyfer (2008:406).2. Nome dado à tradução em língua grega do Antigo Testamento. 3. Novo Dicionário de Teologia Bíblica (2009:851).4. Berkhof (2007:520).

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que julga pela aparência, Deus vê e conhece o que está no interior de cada pessoa. Ainda sobre a igreja invisível e a igreja visível, conforme já afirmamos, a “igreja invisível é a igreja como Deus a vê (I Sm 16:7b), uma igreja que só contêm crentes, ao passo que a igreja visível é a igreja como o homem a vê...”.5 (cf. I Sm 16:7b; I Rs 8:39b).

3. O alcance da igreja: É comum classificar-se a igreja quanto ao seu alcance em dois tipos: universal e local. A igreja universal é constituída por todos os fiéis cristãos de todos os tempos e lugares, independen-temente de estarem ou não reunidos em algum lugar. Quando o Novo Testamento se refere à igreja no seu sentido universal, emprega o termo “igreja” no singular, tal como podemos ver em I Co 10:32: Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus (grifo nosso). Outro exemplo é Atos 20:28: Olhai por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus (grifo nosso).

Todavia, igreja local é o nome que damos a um agrupamento de cris-tãos circunscritos a uma determinada área geográfica. Para distingui-la da universal, o Novo Testamento normalmente usa o termo no plural, como nos exemplos seguintes: Mas, se alguém quer ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus (I Co 11:16; cf. At 9:31, 15:41, 16:5; I Co 14:33; Ap 2:11). Advertimos, porém, que o fato de usar-mos designações diferentes não significa que estamos nos referindo a duas igrejas, mas, sim, a dois aspectos diferentes da mesma igreja. Lembremo-nos também que o termo “igreja” não deve ser aplicado ao templo, mas aos que nele se reúnem.

4. A distinção da igreja: A igreja pode ser uma instituição ou um organismo, dependendo da maneira como for considerada. Há distinção entre instituição e organismo, mas a distinção aí existente difere da que fazemos (por exemplo: entre igreja visível e igreja invisível). Tratam-se de dois aspectos diferentes da igreja visível, pois, dependendo da maneira como for considerada, pode ser tanto uma instituição como um orga-nismo. “Sociologicamente, é ingenuidade dizer que a igreja não é uma instituição em nenhum sentido. Qualquer padrão de comportamento co-letivo que se torna habitual e costumeiro já é uma instituição”.6

Quando vemos a igreja como um organismo, destacamos princi-palmente o seu funcionamento, através dos ofícios que Deus instituiu.

5. Idem, p. 519.6. Snyder (2004:75).

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Tanto a igreja-instituição como a igreja-organismo têm o seu pano de fundo na igreja invisível. A igreja como organismo é a união ou comu-nhão dos fiéis, unidos pelo vínculo do Espírito Santo, enquanto a igreja como instituição é a mãe dos fiéis, um instrumento de salvação, uma agência para a conversão dos pecadores e para o aperfeiçoamento dos santos (I Co 12:12,14,25-28).7

Até aqui, vimos questões gerais relacionadas à igreja. Esta é o conjun-to de todos os crentes fiéis e verdadeiros. A igreja invisível é vista sob a ótica de Deus; a igreja visível é como o homem a vê: exteriormente; a igreja universal é a união espiritual de todos os fiéis cristãos, no tempo e no espaço; a igreja local é o agrupamento de crentes circunscritos numa determinada área geográfica; a igreja-organismo e a igreja-instituição são aspectos diferentes da igreja visível, mas que têm como pano de fundo a igreja invisível. Na segunda parte deste estudo, veremos por que a igreja é uma instituição gloriosa.

1. Leia I Co 11:3; Ef 5:23, o item 1 do comentário e responda: O que diz a Escritura ser a igreja?

2. Leia I Sm 16:7b; I Rs 8:39b, o item 2 do comentário e estabeleça a diferença entre igreja invisível e igreja visível.

3. Leia I Co 10:32, 11:16, o item 3 do comentário e responda: O que é igreja universal e igreja local?

7. Berkhof (2007:521).

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4. Leia I Co 12:12,14,25-28, o item 4 do comentário e responda: A igreja é uma instituição, um organismo ou ambas as coisas? Justifique a sua resposta.

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. A igreja de Cristo é gloriosa porque tem um dono incomparável.Não é correto associar o nome da igreja ao de um ser humano, por

mais célebre que seja essa pessoa; também não se deve confundi-lo com uma denominação religiosa. A igreja é o corpo de Jesus Cristo, e ele mes-mo é a cabeça desse corpo (Ef 1:22-23). Somente Cristo deve ser hon-rado pelo que fez e continua fazendo pela igreja. Ele é o dono da igreja. Foi ele quem se sacrificou a Deus por ela para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível (Ef 5:27).

5. Leia a primeira aplicação e comente com a classe a frase: A igreja de Cristo é gloriosa porque tem um dono incomparável.

2. A igreja de Cristo é gloriosa porque tem um preço incalculável. O apóstolo Pedro diz: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como

prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa maneira de viver que por tra-dição recebestes dos homens, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado (I Pe 1:18-19). Por isso, Cristo, que a comprou com o seu próprio sangue, a constituiu como a responsável pela disseminação do conhecimento de Deus no mundo, pois só ela sabe quanto é preciosa aos olhos daquele que a resgatou (Ef 3:7-12).

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6. Leia a segunda aplicação e responda: Por que a igreja é uma instituição gloriosa?

3. A igreja de Cristo é gloriosa porque tem um segredo admirável. Uma das coisas que tornou a igreja uma instituição confiável foi o fato

de Deus lhe ter feito compreender os mistérios do seu reino, constituindo-a como despenseira desses mesmos mistérios. Portanto, a compreensão e a comunicação desse segredo fez da igreja uma instituição gloriosa. Paulo escreve sobre o papel que lhe coube, como parte desse corpo, sobretudo, para com o mundo gentio, para que pudesse demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou (Ef 3:8-12). Qual tem sido o nosso papel, nesse sentido?

7. Leia a terceira aplicação e comente com a classe sobre o segredo que fez da igreja uma instituição gloriosa.

CONCLUSÃO: Lembramos ao estudante que, de acordo com o que temos estudado, a igreja representa o corpo de Cristo, a grande família de Deus, aqui na terra. Todos nós, que a ela pertencemos, somos mem-bros desse corpo e irmãos uns dos outros, inclusive do próprio Jesus Cristo, que é o fundador e a cabeça da igreja (Ef 2:11-12). Nela nasce-mos espiritualmente e nela temos recebido toda a orientação espiritual necessária ao nosso crescimento. Que as palavras de Paulo aos Efésios sejam aplicadas a nós também: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus (Ef 2:19).

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12 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009

TEXTO BÁSICO: Ora, o que planta e o que rega são um, e cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Pois nós somos coopera-dores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus. (I Co 3:8-9)

INTRODUÇÃO: A lição da semana passada tratou do conceito, da visibi-lidade, do alcance e da distinção da igreja. Nesta lição, estudaremos sobre as imagens que representam a igreja. As imagens sobre as quais trataremos também são chamadas de metáforas ou figuras da igreja. Elas descrevem as qualidades e características da igreja verdadeira. Essas metáforas que foram atribuídas à igreja nos trazem informações consistentes quanto a sua natu-reza e a sua identidade. Elas também são ilustrativas quanto às intenções de Deus para a igreja.1 Analisemos algumas dessas imagens na Bíblia.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Na palavra de Deus, encontramos várias imagens que nos ensinam a respeito da igreja. Podemos ver inúmeras, tais como: Povo de Deus, Tem-plo do Espírito Santo, Lavoura de Deus, Corpo de Cristo, Noiva de Cristo,

1. Mulholland (2004:39).

Mostrar ao estudante da palavra de Deus os ensinos e as verdades presentes e destacados em algumas imagens atribuídas e aplicadas à igreja de Cristo.

Hinos sugeridos: BJ 313 – HC 394 / BJ 171 – CC 43410 OUT 2009

Imagens que ensinam2

LEITURA DIÁRIA ObjetIvO

Domingo, 4 de outubro ......... I Co 3:6-9Segunda, 5 .......................... I Co 12:12-27Terça, 6 ........................................ Rm 12:4-5Quarta, 7 .............. II Co 11:1-2; Ap 21:17Quinta, 8 ................................... I Co 3:9-15Sexta, 9 .................. I Co 3:16-17; 6:19-20Sábado, 10 ................... Ef 2:22; II Co 6:16

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Família de Deus, etc. As imagens são relevantes, pois cada uma delas mostra uma faceta diferenciada da igreja. Nossa compreensão sobre a igreja seria limitada, se a visualizássemos apenas através de uma metáfo-ra. Portanto, nos parágrafos seguintes, delineamos quatro imagens que consideramos fundamentais para o nosso estudo.

1. O Corpo de Cristo: A imagem do corpo parece ser a mais ampla usada por Paulo, em seus escritos. Ela revela que a igreja não é mera-mente uma organização, mas sim um organismo vivo. Isso significa que o Cristo vivo está atuante no mundo, por meio da sua igreja. A história de Jesus e a sua missão têm sequência através da nossa vida (Mt 10:40; Jo 20:21).2 Sendo assim, os cristãos não são simplesmente seguidores, mas membros do seu corpo (I Co 12:12-13). Vejamos mais alguns aspec-tos desta imagem: a supremacia da cabeça, a unidade, a diversidade e o crescimento do corpo.

A metáfora é fácil de ser entendida: como a cabeça comanda o corpo, Jesus exerce liderança sobre a igreja (Cl 1:18), que, por sua vez, lhe deve submissão (Ef 5:24a). O corpo é composto por membros diversificados (I Co 12:14), ou seja, indivíduos com dons particulares. Nenhum dom é dado a todos os irmãos da igreja. Portanto, há espaço para todos, e eles são essenciais ao bom funcionamento do corpo (I Co 12:21,22,25).3 A interdependência é primordial para o crescimento. Quando cada parte desempenha seu papel, o corpo cresce qualitativa e quantitativamente (Ef 4:16). Todos são beneficiados: os de dentro, com o aperfeiçoamento espiritual, e os de fora da igreja, por ouvirem as boas novas.

2. A Noiva de Cristo: A imagem da noiva aparece tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, e tem sua origem na aliança que Deus fez com Israel. Deus fez esse pacto para garantir um relacionamento de amor. Para melhor compreensão, vamos analisar a forma de se entender o noivado no Oriente Médio. Tratava-se de um compromisso equivalente ao casamento, com comunhão de bens e compromisso de fidelidade. No Antigo Testamento, a nação de Israel foi retratada, muitas vezes, como uma noiva infiel (Ez 16). Entretanto, o Novo Testamento apresenta um novo quadro: Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água. (Ef 5:25-26).

Segundo o costume, a noiva, que é a igreja, nunca apresentaria os dotes exigidos para selar a união. Entretanto, o noivo, Cristo, permanece

2. Pearlman (2006:345).3. Duffield, Van Cleave (2000:251).

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14 | Lições Bíblicas – 4º Trimestre de 2009

fiel ao pacto de amor. Ele entregou sua própria vida para torná-la apta ao matrimônio. Em retribuição a este amor desmedido, a igreja deve ar-repender-se por tê-lo abandonado e voltar ao primeiro amor (Ap 2:4,5a). Mesmo a igreja sendo impura, maculada e infiel, a perfeição, a imutabi-lidade e a consistência do amor de Cristo asseguram um relacionamen-to permanente: Oro (...) para que possais perfeitamente compreender (...) qual a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento (Ef 3:16,18,19).

3. O Edifício de Deus: As duas primeiras imagens expressaram o ca-ráter universal da igreja do Senhor, mas esta pode referir-se à igreja local (não a estrutura física, mas a congregação de irmãos). O texto de I Co-ríntios 3 explica essa imagem. No versículo 9, a palavra edifício também pode expressar a ideia de uma obra em construção, na qual Deus traba-lha. Assim, a igreja está em processo de edificação. Paulo usa essa com-paração para mostrar verdades importantes: a primeira delas é que, para o início da construção, é necessário um alicerce adequado, imperecível. E este é Jesus (v. 10-11). Portanto, os irmãos devem viver de forma a imitá-lo e anunciá-lo. Os que tentam levantar a igreja sobre grandes homens ou métodos e doutrinas revolucionárias fracassarão (v. 5-7).4

A segunda verdade enfatiza a participação humana na edificação da igreja. Ela diz respeito aos materiais usados (v. 12-17). Paulo destaca dois tipos: uns são resistentes e valiosos e outros, comuns e sem valor. Am-bos dizem respeito à edificação da vida cristã. As pessoas que buscam edificar-se continuamente à leitura e meditação bíblica, à aplicação prá-tica e ao ensino escolheram materiais consistentes para a edificação do seu caráter e da igreja. Os que optaram por materiais que se corrompem, preferiram edificar sua vida com valores passageiros e mundanos. Os dois tipos serão postos à prova, no dia do juízo,5 e receberão sua recom-pensa, de acordo com suas obras.

4. Templo do Espírito Santo: O texto bíblico usado para a imagem anterior culmina na imagem do templo (v. 16). Analisemos a igreja sob esta perspectiva. O templo é entendido como a habitação de Deus, um lugar específico para encontrá-lo.6 O edifício citado anteriormente cresce para se tornar um santuário dedicado ao Senhor (Ef 2:20b-22). No grego, há dois termos para designar o templo ou santuário de Jerusalém: hieron

4. Wiersbe (2008:757).5. Morris (1983:54).6. Pearlman (2006:345).

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e naos. Neste texto, o termo usado é naos, e ele alude à parte interna do templo, área restrita apenas ao sacerdote – somente ele poderia entrar no lugar santíssimo, no dia da expiação.7

Entretanto, com a vinda de Cristo, o templo físico tornou-se obsoleto, pois ele mesmo era o próprio Deus morando entre os homens (Jo 2:19-21). No momento de sua morte, o véu do templo se rasgou em duas partes (Mt 27:51), ou seja, a partir de então, todos os cristãos teriam livre acesso à presença divina, não precisariam mais de um interlocutor. E o Consolador enviado por Jesus, o Espírito Santo, agora habita na vida de homens que assim permitem. Essa imagem pode ser compreendida por dois ângulos: o individual e o coletivo.8 Paulo ressalta que cada crente é morada do Espírito Santo (I Co 6:19), mas também aponta a comunidade cristã como o Templo (II Co 6:16).

Já examinamos as diferentes imagens da igreja que a Bíblia nos apresenta. Através delas, analisamos a igreja sob vários aspectos, tais como: universal, local e individual. Além disso, verificamos que a igreja subsiste através da parceria dos seres humanos com Deus. Cada uma das imagens tem lições singulares a nos ensinar; entretanto, há alguns aspectos comuns entre todas elas. Podemos observar pelo menos três desses aspectos citados anteriormente, os quais estudaremos nos pró-ximos comentários desta lição.

1. Com base no primeiro tópico do comentário e em I Co 12:12-25, diga o que a imagem do corpo de Cristo nos ensina.

2. Qual o benefício que a igreja, a noiva de Cristo, obteve com o sacrifício de Jesus? Leia Ef 5:25-26 para responder.

7. Foulkes (1983:74).8. Erickson (1997:443).

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3. Leia I Co 3:9-17 e responda: Quais são as atribuições de Cristo e dos homens para a edificação da igreja?

4. Com base no último tópico do comentário e em I Co 6:19; II Co 6:16, responda: Quais são os dois ângulos pelos quais Paulo explica a imagem do Templo do Espírito Santo?

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. As imagens atribuídas à igreja nos ensinam sobre a presença de Cristo nela.Mesmo que Jesus Cristo não permaneça fisicamente ao nosso lado,

ainda continua presente na igreja. É ele quem afirma isso: Pois onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles (Mt 18:20). Ele está sempre presente, pois ama incondicionalmente a igreja e garante o acompanhamento constante (Mt 28:20), a segurança permanente (Jo 10:28) e a comunhão verdadeira (Jo 17:23). Ele também se mostra presente, pois comanda e santifica a igreja. É o seu alicerce e habita nela por meio do Espírito Santo, que ele enviou.9 Confie que Cristo é inseparável!

5. Com base no comentário, fale sobre a realidade da presença de Cristo na igreja.

9. Idem, p. 444.

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2. As imagens atribuídas à igreja nos ensinam sobre a continuidade de Cristo nela.Quando os cristãos se identificam totalmente com a natureza de

Cristo e expressam isso em meio à sociedade na qual estão inseridos, eles afirmam a sua identidade como igreja de Cristo. Ele nos deu o nome de cristãos para confirmarmos sua obra sacrificial. Nós, os seus discípulos, somos responsáveis por dar continuidade ao trabalho que ele iniciou. Que possamos dizer como Paulo: ... completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja (Cl 1:24). Não seja um mero espectador, mas se envolva na tarefa de continuar a história de Cristo.

6. Com base no comentário, responda: De que forma Cristo tem continuidade através da igreja?

3. As imagens atribuídas à igreja nos ensinam sobre a influência de Cristo nela.Em todas as imagens, vimos que o crescimento na vida cristã deve ser

algo inerente à igreja, pois é essa a intenção de Deus. O que promove esse crescimento é a ação de Cristo na vida dos cristãos. Cada indivíduo convertido deve ter o desejo de buscar a santificação pessoal. E, como templo do Espírito Santo, também deve buscar desenvolver o fruto do espírito em sua vida (Gl 5:22-23). O crescimento individual implica cresci-mento coletivo (Ef 4:15-16). Todos os irmãos procuram não somente sua edificação, mas a de todo o corpo. Um edifício firmado em Cristo, um corpo unido e santo, com toda certeza, crescerá na santificação pessoal. Deixe-se influenciar pela ação de Cristo!

7. Com base no comentário, diga quais são os resultados da influência de Cristo na igreja.

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CONCLUSÃO: A autoridade de Cristo e o alcance de sua obra são notórios através do estudo das imagens mencionadas nesta lição. Ele só trouxe benefícios à igreja, por meio do seu sacrifício, porque este implica perdão, purificação, santificação e, finalmente, glorificação. A atuação de Cristo assegura que seremos um corpo bem ajustado (Ef 4:16), uma noiva pura (Ef 5:26), um edifício indestrutível (I Co 3:11-14) e um templo santo (Ef 2:22). Quando a igreja permanece unida a Cristo, torna-se inabalável. Jesus Cristo é indispensável à existência da igreja. Permaneçam unidos a ele!

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TEXTO BÁSICO: Com toda a humildade e mansidão, com longa-nimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. (Ef 4:2-3)

INTRODUÇÃO: Paulo estava preso em Roma, quando escreveu a Epístola aos Efésios.1 Essa carta segue o mesmo estilo dos demais escri-tos deste apóstolo, que sempre manifesta um equilíbrio entre doutrina e dever, teoria e prática.2 Por isso, com todo cuidado pastoral, nos três primeiros capítulos, ele faz uma bela exposição do evangelho de Cris-to, e, nos três últimos capítulos, trata da responsabilidade pessoal de cada cristão diante deste evangelho. Pois bem, você sabe como Paulo começa essa segunda parte da carta? Ele convoca a igreja a viver em unidade. Sozinho, numa prisão, pede aos irmãos: Vivam unidos! É este tema que estudaremos nesta lição.

1. Shedd & Mulholland (2005:11).2. Stott (2007:103).

Ensinar ao estudante da Bíblia que nós, o corpo de Cristo na terra, devemos nos esforçar para vivermos unidos e, desta maneira, nos tornarmos uma igreja acolhedora, terapêutica e motivadora.

LEITURA DIÁRIA

Hinos sugeridos: BJ 108 – CC 380 / BJ 272 – HC 17517 OUT 2009

Vivam unidos3ObjetIvO

Domingo, 11 de outubro .......... Ef 4:1-7Segunda, 12 .............................. Ef 4:11-16Terça, 13 ...................... Jo 17: Jo 17:20-23Quarta, 14 .................................. Gl 3:26-29Quinta, 15 ................................. I Co 1:1-10Sexta, 16 ............................. II Co 13:11-13Sábado, 17 ................................ Fp 1:27-30

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I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

A unidade sempre foi um grande desafio para a igreja de Cristo, em virtu-de de sermos tão diferentes uns dos outros. Tanto é assim que esse tema re-cebeu grande ênfase no Novo Testamento. O próprio Jesus, em sua oração sacerdotal, focou suas petições na unidade da igreja (Jo 17:1-16). Todavia, entre os autores sagrados, é Paulo quem mais aborda o assunto. Em sua carta aos Efésios, capítulo 4, versículos 1 a 16, ele nos ensina a andarmos em unidade. Neste texto, encontramos as virtudes, as colunas e as atuações que sustentam nossa unidade e, por fim, os resultados que são alcançados.

1. A unidade da igreja e suas virtudes: Paulo começa Efésios 4 com um apelo solene: Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados (Ef 4:1). Esse é um apelo não mais à coletividade, mas para cada membro em particular. Paulo nos chama a reconhecermos, individualmente, nossa parte no corpo de Cristo; mostra que cada um precisa e deve contribuir para a construção e a preservação da unidade da igreja. O apóstolo está nos convocando a entrar numa “luta pela paz” e, para isso, nos apresenta as armas necessárias. Que armas são essas? São as virtudes que nutrem a comunhão do povo de Deus.

Diz ele: ... com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4:2-3). Você con-seguiu identificar as virtudes descritas nesse texto? São elas: humildade, mansidão e paciência, que, exercitadas em amor e diligência, produzem a paz. Podemos destacar, aqui, a “diligência”, que significa, neste tex-to, “mostrar-se desejoso de manter ou de guardar a unidade”.3 Ela não acontece automaticamente! É preciso esforço constante para cultivá-la e nutri-la! O que você tem feito a respeito da unidade de sua igreja? Quais dessas virtudes lhe têm faltado? Pense nisso!

2. A unidade da igreja e suas colunas: Já dissemos, na introdução, que, antes de exortar os irmãos sobre a unidade cristã, Paulo apresenta a base doutrinária. Isso porque “a vida cristã não se fundamenta na ig-norância, mas, sim, no conhecimento, e, quanto maior nossa compreen-são da doutrina bíblica, mais fácil será cumprir os deveres bíblicos”.4 Na passagem em estudo, Paulo nos mostra que o que sustenta a unidade

3. Wiersbe (2006:45).4. Idem.

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da igreja não são os métodos humanos, mas, sim, os princípios da pala-vra de Deus. Sem Bíblia, a unidade é falsa! Como uma casa, ela deve ser construída em cima e em torno de bases sólidas; do contrário, ela cairá!

O que nos une como igreja? Quais as colunas que sustentam nossa unidade? Paulo cita sete: um só corpo, um só Espírito, uma só esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo e só Deus e Pai (Ef 4:4-6). Estes são os elementos básicos que unem todos os cristãos verdadeiros! Ob-serve que três desses elementos fazem alusão às pessoas da Trindade e os quatro restantes referem-se ao nosso relacionamento com as pessoas divinas.5 “O Espírito Santo é o agente da unidade; o Filho é Aquele em quem nós estamos unidos; o Pai é Aquele cujos propósitos são expressos por meio da unidade do corpo”.6

3. A unidade da igreja e suas atuações: O texto segue e encontra-mos um contraste impressionante entre os versículos 6 e 7.7 Observe como termina o versículo 6: Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. Confira agora o versículo 7: e a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Depois de expor os elementos comuns a todos os membros da igreja do Senhor, Paulo passa tratar da diversidade entre eles. Todo cristão tem uma função dentro do corpo de Cristo. A cada um é concedido, pelo menos, um dom espiritual (cf. I Co 12:1-12), que deve ser usado para a edificação de toda a igreja.

Perceba que o corpo é um, mas os membros são muitos (Rm 12:4-8). Temos unidade na diversidade! Para unir a igreja, o Senhor não estabe-leceu uma uniformidade e nem ignorou nossas diferenças e individuali-dades; pelo contrário, constituiu uma infinda variedade de dons para as diversas atuações dos membros. Sabe a razão? Ele, em sua maravilhosa sabedoria, quer que dependamos uns dos outros!8 É no exercício dos dons dentro da comunhão fraternal, que nos completamos e nos realiza-mos. Assim, por mais simples que seja a sua função ou por mais humilde que seja o membro, ele é fundamental ao bom andamento da igreja.9

4. A unidade da igreja e seus resultados: No versículo 12, de Efésios 4, Paulo, após tratar sobre os dons, mostra que o alvo de Deus é, em

5. Stott (2007:106).6. Richards (2008:425).7. Stott (2007:110).8. Foulkes (1986: 95).9. Wirsbe (2006: 47).

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primeiro lugar, o aperfeiçoamento dos santos. Essa expressão traz a ideia de remendar redes (cf. Mt 4:21), ou, ainda, a de restaurar um osso parti-do.10 Em segundo lugar, visa ao desempenho do serviço. Aqui, o apóstolo mostra mais uma vez que cada crente tem uma função a desempenhar na igreja. E, em terceiro lugar, é a edificação do corpo de Cristo. À medida que os membros usam os seus dons, todos são edificados e fortalecidos na unidade da fé (Ef 4:13).

Em Efésios 4:13-16, Paulo mostra que o resultado básico da unidade da igreja é seu crescimento espiritual. Diz-nos o texto: ... cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função (Ef 4:15b-16-NVI). Esse crescimento pode ser confirmado em três aspectos.11 Primeiro: Ma-turidade espiritual (vamos crescendo na semelhança de Cristo - v.13). Segundo: Estabilidade espiritual (não somos levados por ventos de dou-trinas - v.14). Terceiro: Cooperação espiritual (ajudamos uns aos outros em verdade e amor - v.15 e 16).

No estudo de hoje, aprendemos que devemos viver unidos, e Paulo nos explica como: que vocês estejam de acordo no que dizem e que não haja divisões entre vocês. Sejam completamente unidos num só pensa-mento e numa só intenção (I Co 1:10 - NTLH). Irmãos, a unidade da igreja é algo possível! Porém, não é algo fácil! Só é possível no poder de Cristo. Ela não acontece automaticamente. Precisamos nos esforçar em amor para sermos unidos. Mas vale a pena o esforço. Como diz o salmista: Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! (Sl 133:1). A seguir, vamos considerar três verdades práticas sobre a igreja que vive unida.

1. Após ler Ef 4:1-3 e o item 1 do comentário, responda: Quais são as virtudes que nutrem a unidade da igreja? Essa unidade é algo fácil de alcançar ou é preciso esforço para atingi-la?

10. Champlin (1983:602).11. Shedd & Mulholland (2005:53-54).

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2. Leia o comentário no item 2; Ef 4:4-6 e responda: O que nos une como igreja? Quais as colunas que sustentam nossa unidade?

3. Com base no item 3 comentário e Ef 4:7-11; I Co 11:1-12; Rm 12:4-8, comente sobre a unidade da igreja e suas diversas atuações. Qual a importância dos dons para unidade da igreja?

4. Leia Ef 4:12-16, o comentário no item 4 e responda: Quais são os resultados alcançados pela unidade na igreja?

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Vivendo unidos, somos uma igreja acolhedora! Nossa unidade é expressão da essência do evangelho, pois, quando

a igreja está unida, vivencia o amor de Cristo. É esse amor que nos une! Ele cria entre nós um ambiente aconchegante, acolhedor e cheio de calor humano. Tal ambiente atrai o pecador e lhe faz experimentar a vida em Cristo. Em sua oração, Jesus previu isso: ... que todos sejam um (...) para que o mundo creia (Jo 17:21). A igreja unida é acolhedora e evangelista, pois conquista a simpatia do não-crente, que é recebido em amor por ela. Que nossa igreja se una cada vez mais! Que, a cada dia, ela tenha mais harmonia e paz e que, nela, o Senhor acrescente a todo o momento o número dos salvos (At 2:47).

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5. Leia a primeira aplicação, Sl 133:1; Jo 17:21; At 2:47 e responda: Por que vivendo unidos somos uma igreja acolhedora?

2. Vivendo unidos, somos uma igreja terapêutica!Além de ser acolhedora, a igreja que vive unida é um espaço tera-

pêutico por excelência! No salmo 133, o salmista, após dizer o quanto é bom e agradável a unidade dos irmãos, conclui: Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre (v. 3). Quando a igreja cultiva a comunhão fraternal, torna-se um instrumento de Deus para a cura emocional e espiritual dos seus membros e daqueles que estão se achegando a ela. Ela transmite “vida” e “bênção” de Deus! Porém, isso só é possível quando há harmonia e paz entre os irmãos. Acontecen-do o contrário, todos adoecem.

6. Leia a segunda aplicação, Sl 133:3 e comente a afirmação: “Vivendo unidos, somos uma igreja terapêutica!”. Sua igreja tem promovido a cura emocional e espiritual de seus membros?

3. Vivendo unidos, somos uma igreja motivadora!Outro valor de nos mantermos unidos é a atmosfera motivadora que

se cria dentro da igreja. Todos nós precisamos de encorajamento! Sobre isso, o apóstolo Paulo diz as seguintes palavras aos Tessalonicenses: ... animem e ajudem uns aos outros, como vocês têm feito até agora (I Ts 5:11). Que palavra preciosa! Animar é o mesmo que motivar e fortale-cer alguém na fé em Deus. Como podemos fazer isso? Através de uma frase, de um elogio, de um abraço, de um gesto de amor. A expressão “como vocês têm feito” mostra que a atitude motivadora era uma práti-ca comum daquela igreja. Sigamos esse belo exemplo! Vivamos unidos, motivando uns aos outros!

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7. Leia a terceira aplicação, I Ts 5:11; Is 41:6 e responda: Por que vivendo unidos somos uma igreja motivadora?

CONCLUSÃO: Coisa bela é a unidade da igreja! Quando essa unidade é alicerçada no amor de Cristo, é divina, verdadeira e poderosa. Nela consiste a nossa vitória! Ela produz resultados fantásticos! Contudo, não é fácil alcançá-la. É preciso buscá-la com intensidade, persegui-la com dedicação e cultivá-la com virtudes cristãs e pequenos gestos de amor. É maravilhoso ver a comunhão e a amizade entre os irmãos em Cristo, que, apesar de diferentes uns dos outros, são unidos pelo amor demonstrado lá na cruz. Portanto, irmãos e irmãs, vivam unidos! Assim, seremos uma igreja acolhedora, terapêutica e motivadora. Amém!

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Levar o estudante a compreender o processo divino de purificação que Deus realiza na igreja, através da obra de Cristo na cruz e da presente atuação do Espírito Santo, para que busque ser, a cada dia, mais puro na vida espiritual e moral.

LEITURA DIÁRIA

Hinos sugeridos: BJ 74 – CC 375 / BJ 12 – CC17624 OUT 2009

Sejam mais puros4ObjetIvO

TEXTO BÁSICO: Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, a purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. (Ef 5:25b-27)

INTRODUÇÃO: Há muita gente que pensa haver igreja perfeita neste mundo. A falta do conhecimento bíblico faz a pessoa não en-xergar que Cristo se entregou por uma igreja cheia de rugas, defei-tos e máculas. Contudo, a entrega de sua vida é exatamente para que essa igreja defeituosa seja lavada, purificada e santificada pela palavra dele, como é afirmado em nosso texto básico. Desta forma, o presente estudo nos mostrará que não existe igreja imaculada, mas, também, não há igreja genuinamente de Cristo totalmente impura. Todas as igrejas que, de fato, são de Jesus estão em processo cres-cente de purificação na doutrina e na conduta, pois a ordem bíblica aos salvos é: “Sejam mais puros!”. Vamos analisar o ensino da Bíblia sobre a pureza da igreja.

Domingo, 18 de outubro ..... Ef 5:25-27 Segunda, 19 ............................ I Pe 115-21Terça, 20 ................................. II Pe 3:11-18Quarta, 21 ................................... Fp 1:1-11Quinta, 22 .................................... I Co 3:1-8Sexta, 23 ..................................... Tt 2:11-15Sábado, 24 ................ Hb 10:19-25,35-36

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I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

A palavra de Deus ensina que os salvos por Jesus precisam viver de maneira cada vez mais pura, tanto na doutrina como na conduta cristã. Por pureza da igreja, entende-se “o seu grau de isenção de doutrina e de conduta errôneas (...)”1. Esta definição significa que dentro da igreja verdadeira de Jesus, há igrejas locais “mais puras” e “menos puras”. Tudo depende do nível de erros ou acertos doutrinários e do nível de morali-dade santa ou profana. Ela pode ter um grau alto ou baixo de pureza.

1. Compreendendo a pureza da igreja de Cristo: As igrejas “mais puras” são aquelas com “relativa falta de problemas doutrinários impor-tantes e de problemas morais”.2 As igrejas de Filipos e Tessalônica são exemplo disso. Se você ler Filipenses 1:3-11 e 4:10-16, verá o quanto o apóstolo Paulo se alegra pelo contínuo crescimento daqueles irmãos, na fé e na conduta santa. E Paulo orava por eles, dizendo: ... que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo (1:9 e 10).

Se você ler I Ts 1:2-10, 3:6-10, II Ts 1:3-4, 2:3, constatará por que Paulo dá sempre graças a Deus por vós todos (I Ts 1:2). Paulo se regozija com o nível alto da pureza doutrinária e moral dos tessalonicenses. Eles são tão bons no conhecimento e na prática dos ensinamentos bíblicos que ele não consegue esquecer-se da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai (I Ts 1:3). Veja o nível alto da pureza deles: E vós fostes feitos nossos imitadores, e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo. De maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na macedônia e Acaia. (I Ts 1:6 e 7).

Por sua vez, as igrejas “menos puras” são aquelas “com todo tipo de problemas morais e doutrinários sérios” 3, como as igrejas da Galácia e de Corinto. Se você ler Gálatas 1:6-9, 3:1-5; I Co 3:1-4, 4:18-21, 5:1-6, 6:1-8, 11:17-22, 14:20-23; II Co 1:23 a 2:11, 11:3-15 e 12:20 a 13:10, se conven-cerá dos imensos e graves problemas doutrinários e morais daqueles ir-mãos. Os da Galácia chegaram a um nível de impureza doutrinária muito

1. Grudem (1999:733) 2. Idem.3. Grudem (1999:733).

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grande: creram num falso evangelho (1:6-11, 3:1), negaram a doutrina da graça de Cristo. Começaram no Espírito, e estavam terminando na carne (3:3). Por isso, Paulo passa a reeducá-los na fé, enfatizando a doutrina da justificação pela fé em Cristo, isto é, o verdadeiro evangelho (3:5 a 6:17).

Os crentes de Corinto também se complicaram muito na fé; por exem-plo: não estavam mais crendo na ressurreição dos mortos (I Co 15:12), mas, sobretudo, se perderam na conduta moral, se tornaram orgulho-sos e arrogantes (4:18; 5:2,6), dividiram a igreja em pedaços (1:10-4:21), aceitaram passivamente a prática do incesto e da fornicação (5:1-13, 6:12-20), brigavam entre si nos tribunais (6:1-11). De crentes espirituais, tornaram-se carnais (I Co 3:1-3). Ao ver o nível baixo de pureza, Paulo os repreendeu severamente (4:8-21; 5;2; 6:1-8), apelou à sobriedade espiri-tual (4:14-17; 16:10 e 11) e os exortou a mudarem urgentemente de fé e de conduta (6:18-20, 16:12-14).

2. Desenvolvendo a pureza da igreja Cristo: As igrejas de Filipos e Tessalônica eram “mais puras”, mas não eram, de forma alguma, cem por cento puras. Tinham as suas impurezas também, tanto no nível da con-duta quanto no nível da doutrina. Na igreja de Filipos, havia uma certa tendência à divisão (Fp 2:2, 4:2). Na igreja de Tessalônica, por outro lado, havia irmãos que acreditavam tão fortemente no retorno imediato de Jesus que estavam abandonando suas ocupações (I Ts 4:15). Uma coisa é certa: antes da volta de Jesus, toda igreja, de qualquer época e de qual-quer lugar, sempre terá algum grau de impureza, em diversas áreas.

Mas o que o crente em Jesus que faz parte de uma igreja local “menos pura” deve fazer? A Bíblia ensina que a saída não é deixar a igreja local “menos pura” e buscar a igreja local “mais pura”. A saída é ficar nessa igreja “menos pura”. Mas não é ficar quieto, sem fazer nada. É ficar e lutar, com perseverança e sabedoria, junto com os demais membros para torná-la cada vez “mais pura”.

Este é o ensino claro do Novo Testamento: Todos – e não apenas o pastor – precisam trabalhar e batalhar diligentemente pela pureza da igreja da qual são membros (I Co 5:7; Gl 6:1-2,10). Muitos, porém, igno-ram completamente essa responsabilidade espiritual. Outros tratam li-geiramente do assunto. Outros, ainda, lidam com o assunto da impureza só depois de criado um escândalo que não pode ser ignorado (I Co 5:1), só depois que o fermento já levedou toda a massa (I Co 5:6).

Quem se propõe a lutar para a igreja “menos pura” se tornar “mais pura”, deve estar ciente que esta luta não é fácil. Não se trata de uma luta fácil porque nem todas as igrejas “menos puras” reagem bem às

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ações que visam torná-las “mais puras”. Algumas, por algum tempo, vão insistir em seguir com suas atitudes e crenças erradas. E há, ainda, outro fator: mesmo as que reagem bem, reagem de modo gradual. Uma igreja não se torna “mais pura” de uma hora para outra. Mesmo assim, a batalha pela pureza deve continuar, pois toda luta por mais pureza na igreja alegra o coração de Cristo.

Muitos crentes, ao entenderem biblicamente que jamais serão salvos, justificados ou aceitos como filhos de Deus pelas obras da lei (Gl 2:16), esquecem que continua sendo a vontade de Deus para nós todos que nos tornemos santos como ele é santo (I Pe 1:15-16). Por essa razão, de-vemos sempre lembrar que nossas mentes precisam ser renovadas, para que não nos conformemos mais com este mundo, mas sejamos trans-formados (Rm 12:2). O fruto do Espírito, não da carne, deve aparecer em nossas vidas diárias (Gl 5:16-26). Tudo isso é como uma trombeta divina a tocar bem alto em ossos ouvidos: “Sejam mais puros!”.

1. Não existem igrejas locais perfeitas, mas, sim, igrejas locais “mais puras” e “menos puras”. Como explicar essa afirmação? Leia o comentário.

2. Enquanto as igrejas de Corinto (I Co 1:11, 15:11) e da Galácia (Gl 3:1, 5:26) eram igrejas “menos puras”, as de Filipos (Fp 1:7, 27) e Tessalônica (I Ts 1:3; 9) eram “mais puras”. O que isso significa?

3. Mesmo sendo “mais puras”, as igrejas de Filipos (Fp 3:2, 4:2) e Tessalônica (I Ts 5:14; II Ts 2:2) tinham também impurezas, tanto na conduta quanto na doutrina. Comente-as.

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4. Qual deve ser a atitude daquele que faz parte de uma igreja local “menos pura”? Recorra ao comentário.

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Disponha o seu coração para ajudar a igreja a ser mais pura na doutrina. A existência das cartas e epístolas bíblicas é a maior prova do quan-

to o Espírito Santo quer manter a igreja de Cristo cada vez mais pura na doutrina. Todavia, é também uma prova de que essas santas igrejas, assim como as de hoje, não eram isentas de cometer equívocos doutri-nários. Mas, assim como Deus usou doutrinadores, como Paulo, Pedro e Tiago, pode usar você para ajudar a igreja de hoje a aumentar seu nível de pureza doutrinária. Você se dispõe? Se sim, comece lendo a Bíblia, estudando-a com a ajuda de bons livros, meditando nela, praticando-a e pedindo a Deus iluminação espiritual. Enfim, busque crescer na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo (II Pe 3:18).

5. O que você pode fazer para ajudar a igreja da qual você é membro a ser mais pura na doutrina? Cite algumas ações práticas.

2. Disponha o seu coração para ajudar a igreja a ser mais pura na conduta. Não adianta sair procurando igreja perfeita. Alguém já disse que, se

você encontrar uma, e nela entrar, esta deixa de ser perfeita. A igreja na qual você serve a Cristo pode ter um nível elevado de pureza doutrinária, mas pode ter imensas fragilidades morais. Se, de fato, você deseja ser usado(a) por Deus para ajudá-la a ser mais pura na conduta, busque ser fiel a sua(seu) namorada(o) ou cônjuge, ser submisso às autoridades, ser pacificador nas contendas internas. O nível de pureza moral da igre-

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ja aumenta na proporção em que você melhora sua conduta. Portanto, busque ser o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza (I Tm 4:12).

6. Pense agora no que você pode fazer para ajudar a igreja a ser “mais pura” também na conduta. Compartilhe as suas sugestões.

3. Disponha o seu coração para ajudar a igreja a ser mais pura em todas as áreas. Cristo Jesus não se entregou para que a igreja fosse mais ou menos

pura. Seu sacrifício foi para que a santificasse, pela lavagem com a Pa-lavra, para que ela seja gloriosa, sem mácula, nem ruga, mas santa e sem defeito (Ef 5:25-27). Trata-se de um processo espiritual progressivo, rumo à perfeição (Cl 1:28). Se você deseja ajudar a igreja a ser mais pura em todas as áreas, melhore na adoração (Ef 5:18-20; Cl 3:16-17), no tes-temunho (Mt 28:19-20; At 2:44-47), no uso correto do poder de Deus (At 1:8; Rm 1:16; I Co 4:20), na santidade pessoal (I Ts 4:3; Hb 12:14) e no amor por Cristo (I Pe 1:8; Ap 2:4). Procure progredir para a edificação da igreja (I Co 14:12).4

7. Em que você precisa melhorar, para que a igreja seja mais pura em todas as áreas?

CONCLUSÃO: Agora é a hora de você olhar para dentro de si. Sim, antes de tentar ajudar os outros membros do corpo de Cristo a serem mais puros, avalie a sua própria vida cristã. Como é que você pode dizer ao seu irmão: “Me deixe tirar esse cisco do seu olho”, quando você está

4. Grudem (1999:735).

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com uma trave no seu próprio olho? (Mt 7:4 – NTLH). Sendo assim, é me-lhor examinar-se: Você é “mais puro” ou “menos puro”? Pense: O que há de “menos puro” em sua atitude? Pense: O que há de “menos puro” em sua crença? Pense! Se for o caso, peça para Deus ajudá-lo nesse exame. Além de sondá-lo, Deus pode ajudá-lo a ser mais puro em todas as áreas de sua vida! Amém.

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TEXTO BÁSICO: Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com sal-mos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. (Cl 3:16)

INTRODUÇÃO: Qual é a maior missão da igreja de Cristo? Há os que defendem que a maior missão que Cristo deu a sua igreja é a pregação do evangelho aos não crentes; outros ainda afirmam que é a assistência social aos carentes, e, neste sentido, caberia à igreja a responsabilidade de suprir as necessidades básicas dos pobres, sejam estes crentes ou não. Com certeza, Cristo nos mandou pregar o evangelho, exercitar mi-sericórdia aos necessitados. Contudo, a missão que precede tudo isso é a adoração. É sobre ela que vamos tratar a partir de agora, com base em Colossenses 3:16.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

A adoração precede qualquer outra missão da igreja, porque é o que move os crentes a fazerem o que Cristo lhes ordenou. Não evangeliza-

Mostrar ao estudante que nossa maior missão, como igreja de Cristo, é adorá-lo, de maneira contínua, musical, agradecida e cardíaca, e que essa missão precisa ter um conteúdo divino, um envolvimento humano e um propósito eterno.

ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 1 – SH 480 / BJ 232 – CC 13531 OUT 2009

A nossamaior missão5

LEITURA DIÁRIA

Domingo, 25 de outubro ..... Cl 3:15-17Segunda, 26 ........................... I Pe 4:10-11Terça, 27 ...................................... Ef 4:18-21Quarta, 28 .................................. Jo 4:20-24Quinta, 29 ................................. Sl 22:27-28Sexta, 30 ................................ Rm 11:33-36Sábado, 31 ................ Ap 5:12-13; 7:9-10

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mos, não ensinamos, não ofertamos, não amparamos os necessitados, sem que, primeiramente, tenhamos a consciência de que servimos a um Deus que merece nosso amor e nos capacita a servi-lo, e sem que tenhamos um coração desejoso de glorificá-lo. É essa consciência da pessoa de Deus que nos move a ofertar-lhe nosso serviço. Isso vem antes de tudo, e se chama adoração. Nas palavras de Grudem, esta “é a atividade de glorificar a Deus em sua presença com nossa voz e com nosso coração”.1 Vamos conhecer, então, quatro maneiras pelas quais cumprimos essa missão.

1. A nossa maior missão é adorar a Deus de maneira contínua: O texto escolhido como base deste estudo nos apresenta uma importante lição a respeito da adoração que devemos oferecer a Deus: deve ser con-tínua. Observe que, na última parte do versículo, o verbo “louvar” indica uma atitude presente, em andamento, ou seja, algo que não tem um tér-mino definido: louvando a Deus. No grego, todos os verbos que aparecem nesse versículo apresentam essa ideia de continuidade. Se os transportar-mos para o português, teremos: instruindo (ou ensinando), aconselhando, louvando (ou cantando). Com base nisso, podemos dizer que Paulo está tratando de um modo de viver, não de momentos isolados.

Infelizmente, somos inclinados a pensar em adoração apenas como um momento específico: aquele em que nos encontramos com os irmãos no templo para cultuar a Deus. O mais grave é que ainda costumamos restringir a adoração apenas ao momento do louvor coletivo, quando, na verdade, todo o culto é adoração a Deus: os louvores, as orações, a pregação. Mas o que precisamos mesmo entender é que o nosso culto deve ir além das paredes do templo; deve ser contínuo, a exemplo da adoração de Davi, que disse: Bendirei ao Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios (Sl 34:1).

2. A nossa maior missão é adorar a Deus de maneira musical: O texto de Cl 3:16 traz outra verdade muito significativa: mostra que Deus quer que seu povo se expresse em adoração de forma musical. Quando Paulo menciona salmos, hinos e cânticos espirituais, está ensinando que, além de contínua, a adoração do crente em Jesus precisa ser cantada. Deus inventou a música e nos deu uma capaci-dade específica para a atividade musical. O Antigo Testamento está repleto de provas do cuidado de Deus com a música e com os músi-

1. Grudem (1999:847).

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cos (I Cr 13:8, 15:16-24,28, 16:7,41-42; Ed 2:65). A música sempre fez parte da adoração do povo de Deus.

Como percebemos, nas palavras de Paulo, a música também tem seu lugar na adoração do povo da nova aliança. Essas maneiras musicais mencionadas pelo apóstolo são um encorajamento a confiarmos em Deus sempre. Assim, em adoração a ele, devemos cantar hinos de exalta-ção ao seu nome, de gratidão, de súplica, de lamentação. A beleza dessa mensagem é que Deus ama nossa expressão musical de adoração. O Es-pírito Santo diz ao Pai, também através da música, o que está escondido em nosso coração, ainda que seja um gemido de dor. Por isso, podemos cantar nossa esperança em seu nome.

3. A nossa maior missão é adorar a Deus de maneira agradecida: Na sequência do versículo, Paulo apresenta um aspecto importante do culto cristão diário: precisa ser oferecido com gratidão. Observe o tex-to: ... louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações (grifo nosso). Em adoração, os servos de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, sempre mostraram reconhecimento da pessoa de Deus e dos seus feitos (Cf. I Cr 16:8,34; II Cr 20:21; Sl 7:17, 30:4, 35:18, 50:14, 52:9, 57:9, 92:1; Is 51:3; Mt 11:25; Lc 2:38; Rm 1:21, 7:25), porque sabiam que a gratidão é agradável a Deus e a ingratidão é por ele reprovada.

Deus, por ser Senhor de tudo e Senhor das nossas vidas, me-rece nossa gratidão. Mas dizer que devemos tudo a Deus é muito genérico. Vamos, então, lembrar algumas das dádivas mais valiosas que recebemos dele. Como bem se expressou Paulo: ... ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais (...). Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos (At 17:25b,28a). Deus também é o autor da nossa salvação (Jo 1:12-14, 3:16, 8:42) e nos deu direito à vida eterna. A esse respeito, lemos, no Evangelho de João, capítulo 3, ver-sículo 36a: ... quem crê no Filho tem a vida eterna (Cf.: Jo 8:51, 17:3). Por tudo isso, devemos-lhe nossa gratidão.

4. A nossa maior missão é adorar a Deus de maneira cardíaca: Observe, ainda, no mesmo versículo, que o apóstolo Paulo inclui ou-tro aspecto muito importante na adoração do crente em Jesus: precisa acontecer no coração. É claro que ele não está se referindo ao órgão res-ponsável pela circulação do sangue no corpo humano. A expressão em vossos corações quer dizer que devemos adorar a Deus por inteiro. Tudo em nós precisa estar sujeito ao Senhorio de Cristo. Isso é o que o mesmo Paulo chama de culto racional, em Rm 12:1.

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A adoração apenas de lábios sempre foi reprovada por Deus (Is 29:13; Mc 7:6). O Senhor Jesus não comprou com seu sangue apenas parte de nós. Ele nos comprou por completo! Por isso, devemos adorá-lo em espírito e em verdade (Jo 4:22-23), ou seja, devemos nos envolver cons-cientemente com a pessoa de Deus, o que implica conhecê-lo e estar afetivamente ligados a ele. Portanto, quando o adoramos em nossos co-rações, reconhecemos quem ele é e demonstramos nosso amor por ele, em intenções, palavras e atitudes.

Adoração é a missão principal dos filhos de Deus. Para desempenhá-la de maneira aceitável, precisamos estar cientes de que estamos continu-amente diante de Deus, de que ele é digno do nosso louvor e da nossa gratidão; precisamos também lhe entregar tudo que somos. Toda a nos-sa vida diz respeito a ele. Sendo assim, se queremos adorá-lo em espírito e em verdade, precisamos praticar esses quatro princípios que acabamos de estudar. A partir de agora, vamos aprender mais três importantes li-ções sobre nossa missão de adorar.

1. Leia o item 1, Cl 3:16, Sl 34:1 e responda: O que é adorar a Deus de maneira contínua?

2. Depois de ler o item 2 e os textos bíblicos que lhe servem de base, responda: Qual a importância da música na nossa adoração a Deus?

3. Com base no item 3 e nos textos bíblicos em que está apoiado, responda: Por que devemos adorar a Deus de maneira agradecida?

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4. A partir do item 4 e das referências bíblicas presentes nele, responda: O que é adorar a Deus de maneira cardíaca?

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. A adoração da igreja precisa ter um conteúdo bíblico.Vamos refletir sobre o início do nosso texto-base: Habite, ricamente,

em vós a palavra de Cristo. Aqui, Paulo nos ensina que a palavra de Cris-to precede todo e qualquer ritual, pois como cantaremos ou oraremos a um Deus cujo ensino ignoramos ou desprezamos? Só conhecemos a Cristo através de sua palavra. No Salmo 119, Davi mostra quão valiosa é a Sagrada Escritura. Por isso, ela deve ser o conteúdo da nossa adoração e deve habitar ricamente em nós. Habitar, diga-se de passagem, não é “ficar” por alguns momentos, mas é morar para sempre! Portanto, a pa-lavra de Cristo deve influenciar nossa vida constantemente.

5. A partir da primeira aplicação e de Cl 3:16a, responda: Qual é o conteúdo da nossa adoração e como ele deve influenciar nossa vida?

2. A adoração da igreja precisa ter um envolvimento humano.Na sequência do versículo, Paulo diz: ... instruí-vos e aconselhai-

vos mutuamente em toda a sabedoria. A partir dessa ordem, enten-demos que nossa adoração, ainda que não se restrinja ao culto cole-tivo, precisa incluir a comunhão do corpo de Cristo, pois cada crente em Jesus deve partilhar com seus irmãos de fé as riquezas espirituais que lhe são concedidas por Deus. É nesse envolvimento que Cris-to age em sua igreja, ensinando-a, aconselhando-a e consolando-a, através dos próprios crentes. Isso nos lembra o Salmo 133:1, que diz: Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!. É essa adoração que agrada a Deus.

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6. Segundo o apóstolo Paulo, em Cl 3:16b, devemos instruir e aconselhar uns aos outros. Explique o que esse envolvimento humano tem a ver com a nossa adoração.

3. A adoração da igreja precisa ter um propósito eterno. Não podemos esquecer que o apóstolo Paulo diz que nossa adoração

tem um destinatário: ... louvando a Deus (grifo nosso). O nosso alvo deve ser, hoje e sempre, o nosso Senhor Jesus Cristo, aquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz (I Pe 2:9), aquele que nos amou primeiro (I Jo 4:19), que nos quis antes de o querermos. A ele, devemos nossa eterna gratidão. O propósito da nossa maior missão é, portanto, engrandecer o nome desse Deus maravilhoso. Essa é uma missão para sempre, pois, em breve, estaremos diante do Cordeiro, adorando-o cons-tantemente (Ap 5:12-13, 7:9-10, 15:3).

7. Leia a terceira aplicação e responda: Qual deve ser o propósito da nossa adoração e por que deve ser eterno?

CONCLUSÃO: Hoje, tivemos a oportunidade de aprender princípios valiosos sobre a adoração: ela precisa ser oferecida a Deus de maneira contínua, musical, agradecida e cardíaca. Também aprendemos que a adoração precisa ter um conteúdo bíblico: a palavra de Deus; um envol-vimento humano: a comunhão entre os crentes em Jesus, e um propósito eterno: a exaltação a Deus, aqui e na eternidade. A partir desse ensino, podemos entender que a adoração envolve tanto nosso viver diário, fora da igreja, quanto nosso relacionamento com os demais membros do cor-po de Cristo. Não se trata, portanto, apenas de uma parte de nossa vida, mas de nossa vida toda.

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TEXTO BÁSICO: Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, bati-zando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. (Mt 28:19-20)

INTRODUÇÃO: Na lição da semana passada, estudamos sobre a maior missão da igreja de Cristo: adorar a Deus! A adoração precede qualquer outra missão. A Bíblia mostra, de forma muito clara, que essa é a principal finalidade da igreja. Tudo o que ela faz deve fazê-lo de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado (I Pe 4:11 – NVI). To-davia, apesar de ser a maior, essa não é a única missão da igreja. Então, além de adorar, o que mais faz parte da missão do corpo de Cristo? Se quiser atuar de forma relevante, a igreja precisa encontrar, na Bíblia, a palavra de Deus, as respostas para essa pergunta. É em torno delas que se desenvolve esta lição.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA O livro de Atos relata a história do nascimento e do avanço da igreja

de Cristo. Muitos foram os perigos pelos quais ela foi exposta no seu

Mostrar ao estudante da Bíblia Sagrada que, além de adorar, a igreja tem a missão de proclamar o evangelho, promover a edificação, exercitar a compaixão e alimentar a esperança de forma submissa, equilibrada e confiante.

ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 166 – CC 299 / BJ 396 – ***7 NOV 2009

Além de adorar6LEITURA DIÁRIA

Domingo, 1 de novembro .. Mc 16:14-18Segunda, 2 ............................. Mt 28:16-20Terça, 3 ........................................ Cl 1:24-29Quarta, 4 .................................. I Jo 3:17-18Quinta, 5 ....................................... Gl 6:1-10Sexta, 6 ................................. I Co 15:51-58Sábado, 7 ................................... At 2:41-47

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nascedouro. O inimigo tentou destruí-la através da perseguição (At 4:1-31), da corrupção (At 5:1-11) e da distração (At 6:1-4).1 Destes três, o mais astuto ataque foi o último: o da distração. Se conseguisse distrair os apóstolos com a ação social, que não era o foco da sua missão, eles descuidariam do ministério da palavra e deixariam a igreja sem defesa contra as heresias. Ainda hoje, a igreja corre este risco: deixar de lado sua missão e começar a fazer o que é preciso, mas não vital. Além de adorar, faz parte da missão da igreja, proclamar o evangelho, promover a edifi-cação, exercitar a compaixão e alimentar a esperança.

1. Além de adorar, a igreja de Cristo tem a missão de proclamar o evangelho: Jesus disse: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda a criatura (Mc 16:15). A proclamação do evangelho é missão da igreja! Isso é tão importante que as palavras usadas para “pregação”, no Novo Testamento, se repetem mais de 115 vezes! Essa tarefa também é chamada de “evangelizar”. Mas o que é isso? Em muitas igrejas, este ver-bo perdeu seu verdadeiro e bonito significado. Evangelizar é “apresentar Jesus Cristo no poder do Espírito Santo, de tal maneira que os homens possam conhecê-lo como Salvador e servi-lo como Senhor, na comu-nhão da igreja e na vocação da vida comum”.2

É importante ressaltar que a Bíblia não manda a igreja “converter” o mundo. Isso não é tarefa sua. O fruto da evangelização vem de Deus. Todavia, a Bíblia é clara em dizer que a igreja tem de “proclamar as boas novas”, incansavelmente. A evangelização era um dos pontos fortes da igreja primitiva, que obedecia à ordem de Jesus de proclamar o evange-lho. Por isso, todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que iam sendo salvos (At 2:47). A igreja atual também precisa ser uma proclama-dora das boas novas, onde estiver: Como um perfume que se espalha por todos os lugares, deixemo-nos ser usados por Deus para que Cristo seja conhecido por todas as pessoas (II Co 2:14 – NTLH).

2. Além de adorar, a igreja de Cristo tem a missão de promover a edificação: Se, em Marcos, a igreja é convocada a ser uma proclama-dora (Mc 16:15), em Mateus, ela é convocada a ser uma discipuladora: Portanto, ide e fazei discípulos (Mt 28:19). A expressão “fazei discípulos” é uma tradução do verbo grego matheteuo no imperativo, que pode também ser traduzido para “discipulai”. Quanto ao verbo “ide”, este, na verdade, não expressa uma ordem, mas uma ação em desenvolvi-

1. Stott (2008:132).2. Warren (Mai/Jun 2000).

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mento. A ideia do texto é “enquanto estiverem indo: discipulem!”. A única ordem da grande comissão, de acordo com Mateus, é: “façam discípulos”.3 Como? Jesus diz: ...ensinando-os a obedecer a tudo o que lhes ordenei (Mt 28:20).

A igreja precisa proclamar e discipular. Não basta levar o pecador à fé salvífica inicial; é preciso ensinar a cada um com toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito (maduro) em Cristo (Cl 1:28). Uma das marcas da igreja primitiva era o ensino: Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos (At 2:42); ... não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo (At 5:42). “A igreja primitiva interessava-se pela edifica-ção tanto quanto pelo evangelismo, pela santificação tanto quanto pela conversão”.4 É missão da igreja nutrir os salvos, para que sejam verdadei-ros discípulos de Cristo! A pregação é o ministério do recrutamento e o ensino, o ministério do amadurecimento.5

3. Além de adorar, a igreja de Cristo tem a missão de exercitar a compaixão: Nós já vimos que a evangelização dos pecadores e a edifi-cação dos salvos fazem parte da missão da igreja. Mas não é só isso. A exemplo de Jesus, que, além de anunciar o evangelho, andou fazendo o bem (At 10:38), sua igreja é chamada a desenvolver esse ministério. Servir sem ter compaixão, sem se preocupar, ofende a humanidade das pessoas servidas.6 Escrevendo para as igrejas asiáticas sob sua supervisão,7 João disse: Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão pa-decer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? (I Jo 3:17).

Ele completa: ... não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra (v. 18). É missão da igreja exercitar compaixão. Ela não foi cha-mada para acabar com a pobreza no mundo. Todavia, tem responsa-bilidades com os de dentro, com os da família da fé (Gl 6:10). Uma das marcas da igreja primitiva era o cuidado e o amor mútuo: Vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo a neces-sidade de cada um (At 2:45). A igreja primitiva colocava as pessoas antes dos bens e do dinheiro.8 Apesar de este texto não ensinar que

3. Wiersbe (2006:140).4. Hendriksen (2001:704). 5. Duffield & Cleave (1991:237).6. Mulholland (2004:182)7. Wilkinson (2000:528). 8. Gianastacio (2006:42).

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devemos vender todos os nossos bens e repartir com os outros, a disposição em compartilhar é um princípio permanente, que deve ser característica da igreja, em todos os tempos.

4. Além de adorar, a igreja de Cristo tem a missão de alimentar a esperança: Para a igreja de Cristo da cidade de Corinto, Paulo disse: Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens (I Co 15:19). Não teria sentido tra-tarmos sobre missão da igreja, se nossa existência se resumisse a esta vida. Do que adiantaria evangelização, se nossa história terminasse por aqui? Qual o objetivo de promover a edificação, se não houvesse mais nada a esperar? Para que exercitar compaixão, se a única coisa que nos restasse fosse esta vida?

Glória a Deus, por que esta vida não é tudo o que nos resta! Existe algo mais. Paulo escreveu: A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp 3:20); Pedro também disse: ... portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês (I Pe 1:17b). Caminhamos nesta terra com uma esperança: ... em breve, muito em breve “Aquele que vem virá...” (Hb 10:37). A igreja de Cristo precisa, constantemente, alimentar essa esperança. Às vezes, nós nos envolvemos tanto na evangelização, na edificação ou na compaixão que até perdemos de vista o regresso do noivo da igreja.

A Igreja Adventista da Promessa não é adventista por acaso. Acredi-tamos no advento! Esperamos o advento! Proclamamos o advento de Cristo! Jesus voltará! Amém. Vem Senhor Jesus! (Ap 22:20). A igreja, a noiva de Cristo, precisa suspirar, ansiar, desejar encontrar-se com o noivo. Enquanto esse dia não chega, guardemos firme a confissão da nossa es-perança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel (Hb 10:23). Pois bem, acabamos de ver que, além de adorar, a igreja tem a missão de proclamar o evangelho, promover a edificação, exercitar a compaixão e alimentar a esperança. Como fazer tudo isso? Vejamos na sequência.

1. Com base em Mc 16:15; At 5:42 e no item 1 do comentário anterior, responda: Além de adorar, evangelizar também faz parte da missão da igreja. O que é evangelizar?

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2. Leia Mt 28:19-20; Cl 1:28; o item 2 do comentário e responda: Além de adorar e evangelizar, que outro aspecto da missão da igreja é evidenciado nesses textos?

3. Com base em At 2:45; I Jo 3:17-18; Gl 6:10, e no item 3 do comentário, responda: Além de adorar, evangelizar e promover edificação, que outro aspecto da missão da igreja esses textos nos apresentam?

4. Leia I Co 15:19; Fp 3:20; Hb 10:23; o item 4 do comentário e responda: Que esperança precisa ser alimenta constantemente pela igreja de Cristo?

II. PRATICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Que a igreja de Cristo cumpra a sua missão com submissão!A igreja não existe pelo simples fato de existir. Ela tem uma missão,

que nasceu, não por invenção humana, mas por mandato divino. Foi o Senhor da igreja quem disse que esta deve adorá-lo, proclamar o seu evangelho, promover a edificação dos salvos, exercitar a compaixão e alimentar a esperança. Se as ordens são dele, cabe à igreja obedecer-lhe! Como ela tem de fazer isso? Com submissão aos princípios que ele estabeleceu em sua Palavra. A igreja verdadeira é bíblica.9 A Bíblia é o

9. Lima (2006:491).

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seu único manual de fé e prática (Sl 119:105; II Tm 3:16-17). Ela adora baseada na palavra; evangeliza baseada na palavra; ensina baseada na palavra; exerce compaixão baseada na palavra. Cumpra sua missão com submissão às Escrituras.

5. Por que a igreja de Cristo deve cumprir sua missão com submissão? Baseie-se na primeira aplicação.

2. Que a igreja de Cristo cumpra a sua missão com equilíbrio!Uma vez relacionados todos os aspectos da missão da igreja, depa-

ramo-nos com um grande risco: algumas igrejas podem cair no erro de enfocar mais um aspecto de sua missão, em detrimento do outro. Pre-cisamos nos acautelar quanto a isso! A igreja de Cristo não pode negli-genciar nem uma e nem outra marca.10 Igrejas que focalizam a adoração e são deficientes no ensino precisam de equilíbrio. Igrejas que priorizam o ensino e são sofríveis no evangelismo precisam de equilíbrio. Igrejas que enfocam o evangelismo e são negligentes no exercício da compai-xão precisam de equilíbrio. Igrejas que vivem em função da ação social e quase não têm tempo de adorar precisam de equilíbrio. Todo extremo é perigoso! Que a igreja de Cristo cumpra sua missão com equilíbrio, semelhante a um corpo bem ajustado (Ef 4:16).

6. Por que a igreja de Cristo deve cumprir sua missão com equilíbrio? Baseie-se na segunda aplicação.

3. Que a igreja de Cristo cumpra a sua missão com confiança! Ao escrever para a igreja de Cristo em Corinto, Paulo gasta um capí-

tulo inteiro para tratar a respeito da ressurreição de Cristo e dos crentes (I Co 15). Ele termina esse capítulo num tom de alegre incentivo. Ele diz:

10. Grudem (1999:728).

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... meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão (I Co 15:58). A igreja de Corinto deveria desenvolver seu trabalho de forma confiante. Não estavam fazendo nada em vão! A igreja de hoje precisa ter também essa confiança, pois, como Paulo disse, a trombeta soará (I Co 15:52). Cumpramos a nossa missão, certos de que não evan-gelizamos em vão; não ensinamos em vão; não adoramos em vão: Jesus vem! Isso nos motiva a ir adiante.

7. Por que a igreja de Cristo deve cumprir sua missão com confiança? Baseie-se na terceira aplicação.

CONCLUSÃO: Nos seus últimos momentos como um ser humano, Je-sus pôde dizer ao Pai: Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste para fazer (Jo 17:4). Ele cumpriu a sua missão! Fez tudo o que estava designado por Deus para que a salvação se tornasse possível a nós. Entregou-se em favor da igreja (Ef 5:25). Cabe-nos, agora, como igreja de Cristo, cumprir a missão que nos foi confiada. Oremos para que o Senhor nos ajude a cumprir fielmente o nosso ministério (II Tm 4:5), para que o nosso Deus nos faça dignos dessa vocação e, com poder, cumpra todo o bom propósito e toda a obra que procede da fé. Assim o nome do nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado através de nossas vidas (II Ts 1:11-12)!

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TEXTO BÁSICO: Porque, embora andando na carne, não militamos se-gundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas pode-rosas em Deus, para demolição de fortalezas. (II Co 10:3-4)

INTRODUÇÃO: A busca pelo poder é uma das marcas registradas da nossa sociedade. Aprendemos, desde cedo, a competir e aspirar ao po-der. Para conquistá-lo, muitos jogam sujo, trapaceiam, armam esquemas, burlam regras, enfim, fazem o que for preciso. A sede pelo poder é mais viciosa do que droga e está presente em todos os lugares: na política, nos negócios, nas indústrias, nas relações familiares, e, lamentavelmente, na igreja. É por isso que, principalmente no que diz respeito à igreja de Cristo, é preciso que fique bem clara qual a fonte do seu poder. Com que armas ela deve lutar? É sobre esse assunto que trataremos.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

A igreja tem alguma força? “Quando olhamos para os governos do mundo e para outras organizações educacionais e empresariais que pos-

Mostrar ao estudante da Bíblia Sagrada que a igreja é forte porque o seu poder vem de Deus. Portanto, deve usá-lo para a promoção da glória dele, para a expansão do reino dele e para sua própria edificação.

LEITURA DIÁRIA ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 286 – HC 340 / BJ 312 – HC 21214 NOV 2009

Somos fortes7Domingo, 8 de novembro II Co 10:1-5Segunda, 9 ............................. Mt 16:13-19Terça, 10 ...................................... Ef 6:10-20Quarta, 11 ............... Rm 1:16-17; Tg 1:21Quinta, 12 ................................... Rm 13:1-7Sexta, 13 ........ II Co 10:8; 12:19; 13:9-10Sábado, 14 .................. Lc 9:1-2; 24:48-49

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suem influência, e então consideramos nossas igrejas locais, ela pode parecer-nos fraca e ineficiente”,1 mas não é! A igreja do Senhor é po-derosa. Nós somos fortes! Todavia, é bom que pensemos de onde vem o poder da igreja, como é esse poder, para que serve e como deve ser exercido. Se não tiver as respostas a essas perguntas bem claras, a igreja pode perder o foco ou ter sua identidade corrompida. É por isso que esta lição gira em torno destas questões.

1. A origem da nossa força: De onde vem a força da igreja? Será que o poder da igreja vem do Estado, da instituição? Será que é bélico, político, secular, cerimonial? É certo que não, nenhuma dessas alterna-tivas está correta. A Bíblia Sagrada tem a verdadeira resposta para essa pergunta. Em Mateus, capítulo 16, versículos 18 e 19, na primeira menção que Jesus fez à igreja, ele prometeu capacitá-la com poder. Ele disse: ... edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Eu lhe darei as chaves do reino dos céus. As “chaves”, mencionadas neste versículo são símbolo de poder (cf. Is 22:15-22).

“Jesus Cristo não somente fundou a igreja, mas também a revestiu do necessário poder e autoridade”.2 Não são as autoridades civis que con-ferem poder à igreja. O poder da igreja não vem de baixo (da terra), mas de cima (do céu, de Deus). Antes de ser ascenso aos céus, Jesus disse: ... ficai na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder (Lc 24:49). A igreja de Cristo não é de “esquerda” e nem de “direita”; ela é do alto! Escrevendo para a igreja de Éfeso, Paulo alertou: No demais, irmão meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6:10). A igreja deve sempre lembrar que a fonte do seu poder está no Senhor.

2. A natureza da nossa força: Como é o poder da igreja? Como são as armas que devem ser usadas pela igreja? A Bíblia responde: ...embora vivamos como homens não lutamos segundo os padrões humanos. As ar-mas com as quais lutamos não são humanas ao contrário, são poderosas em Deus (II Co 10:3-4 – NVI). As armas da igreja não são físicas, mas es-pirituais. A igreja não anuncia o reino de Deus armada com espadas, mas cheia do poder de Deus. Ninguém deve ser levado a fazer parte da igreja ou acreditar naquilo que ela acredita à força, de maneira repressiva, mas pelo poder do Espírito Santo.

Veja que Paulo admite, em II Coríntios 10:3-4, que vive no mundo, mas “não luta contra o mundo pecaminoso aplicando padrões do mundo; ele

1. Grudem (1999:744). 2. Berkhof (2007:547).

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luta segundo os padrões que Deus estabeleceu”.3 Jesus disse, em mais de uma ocasião, que a administração do seu reino, aqui na terra, envolve um poder espiritual e não civil (Lc 12:13; Mt 20:25-28; Jo 18:36-37). A igreja, que somos nós, está no mundo, mas não é dele. “Nós não temos cidade permanente aqui; a igreja não pode ser identificada com os reinos deste mundo (Hb 13:14)”.4 A igreja é governada com medidas espirituais, e não físicas (Mt 16:19; Ap 3:7).

3. O objetivo da nossa força: Já vimos, até agora, que o poder da igreja vem de Deus, e que é espiritual e não físico. Agora, veremos para que serve o poder da igreja. É preciso meditar seriamente nisso. Será que Deus capacitou a igreja para acabar com a fome no mundo ou tomar o lugar da ONU e resolver o conflito entre as nações? É certo que não! Na época de Jesus, os judeus esperavam um Messias que os libertasse da dominação romana, mas ele não fez isso. Jesus não reuniu os judeus para se oporem aos romanos, e muito menos esvaziou as prisões da Palesti-na.5 Para que serve, então, a força da igreja?

Depois de dizer que o poder da igreja é espiritual, Paulo informa o objetivo desse poder: ... para derrubar as fortalezas do diabo (II Co 10:4b - BV). A verdadeira luta da igreja não é contra seres humanos, mas (...) contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Ef 6:12 – NVI). A igreja precisa enxergar além do que é visível. Nossa luta não é contra os meios de comunicação, contra o governo; a luta da igreja do passado não foi contra o comunismo.6 Sendo assim, o objetivo da força da igreja é “livrar os homens da escravidão espiritual infundindo-lhes o conheci-mento da verdade, cultivando neles graças espirituais, e elevando-os a uma vida de obediência aos preceitos divinos”.7

4. O exercício da nossa força: A igreja de Cristo deve ser cuidadosa no exercício da sua força, pois esta vem de Deus. Infelizmente, muitos pastores e líderes em igrejas evangélicas da atualidade usam os poderes espirituais, dados por Deus, para fins próprios. Utilizam-se de sua posi-ção, de sua vocação pastoral, para se promoverem; fazem do ministério um trampolim para a política, para enriquecerem. Precisamos tomar cui-dado para não usarmos mal a nossa força. Não devemos brincar com

3. Kistemaker (2004:467).4. Clowney (2007:177).5. Idem, p. 183.6. Lopes (2006:22).7. Berkhof (2007:548).

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27, 28 e 29 27, 28 e 29 27, 28 e 29 de novembro de novembro de novembro

de 2009de 2009de 2009Estância Estância Estância

Árvore da VidaÁrvore da VidaÁrvore da VidaSumaré, SPSumaré, SPSumaré, SP

45ªAssembleia

Um dever do consagrado, um direito do membro

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Participe desta grande festa espiritualPROGRAMAÇÃO DO DIA 28/11/2009

ESPÍRITO SANTO:

ESPÍRITO SANTO:

ESPÍRITO SANTO:

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Informações: (11) 3119-6457 • E-mail: [email protected]

Um dever do consagrado, um direito do membro

45ª Assembleia

O DEUS QUE VIVE NA IGREJA

SEUS GRANDES FEITOS

O DEUS QUE ATUA NA IGREJA

“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar”.Efésios 5:25b e 26a

PROJETO

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Para quaisquer informações adicionais, entrar em contato com a Secretaria GeralTelefone: (11) 3119-6457, falar com Irma Velázquez - E-mail: [email protected]

Um dever do consagrado, um direito do membro

45ª Assembleia

FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome:Endereço:Bairro: Cidade: UF:Cep: Fone: (    )E-mail:Idade: Pastor (  ) Presbítero (   ) Diácono (  ) Membro (  )

Região ou Setor a que pertence: 

FORMA DE PAGAMENTO (Assinale a opção desejada)  INSCRIÇÃO PARA 3 DIAS – R$ 210,00(   ) 1 X R$ 210,00 com cheque para até o dia 13/11 (   ) 2 X R$ 105,00 com cheque para os dias 13/10 e 13/11

INSCRIÇÃO PARA 2 DIAS – R$ 150,00(   ) 1 X R$ 150,00 com cheque para até o dia 13/11 (   ) 2 X R$   75,00 com cheque para os dias 13/10 e 13/11

INSCRIÇÃO PARA 1 DIA – R$ 85,00(   ) 1 X R$ 85,00 com cheque para até o dia 13/11 (   ) 2 X R$ 42,50 com cheque para os dias 13/10 e 13/11

IMPORTANTE:

APÓS O DIA 13/11/2009,A INSCRIÇÃO SERÁ EFETUADA SOMENTE NO LOCAL, COM REAJUSTE:

3 DIAS – R$ 280,002 DIAS – R$ 200,001 DIA – R$ 120,00

27, 28 e 29 de novembro de 2009

PROCEDIMENTOPreencha todos os campos da ficha acima, assinalando a opção de pagamento desejada, de acordo com a quantidade de dias de sua participação. Deposite o valor equivalente a sua escolha no banco BRADESCO, Ag. 99-0 – C/C 300259-4; destaque a ficha de inscrição (devidamente preenchida); anexe cópia do comprovante do pagamento e remeta-os, via correio, para: Secretaria Geral da IAP – Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo, SP – CEP 01014-030. Você também pode enviar sua solicitação de inscrição via fax: (11) 3119-6458.

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tal poder, pois esse mesmo poder do Espírito Santo trouxe a morte de Ananias e Safira (At 5:1-11) e a cegueira de Elimas (At 13:8-11).8

Qual o meio ou base que a igreja deve usar para não errar no exercício da sua força? Em primeiro lugar, não é a educação, não é a cultura humana, e muito menos as reformas sociais, mas, sim, o evangelho (Rm 1:16; Ef 6:17; Hb 4:12). A igreja deve guiar a sua conduta, neste mundo, à luz da palavra de Deus. Não é a mídia que tem de regular o modo de andar da igreja de Cristo. Não é o exército que tem de dizer à igreja a maneira correta de resistir os principados e as potestades. O que deve orientar a igreja no uso do seu po-der, para salvar as pessoas das mãos do inimigo e trazê-las para o reino de Deus, é a Bíblia Sagrada (cf. Sl 119:105, 130; Jo 8:31-32; Tg 1:21; II Pe 1:19).

Assim como a igreja de Cristo não foi fundada para comandar o governo, não é o governo que deve dizer o que a igreja deve pregar.9 “A igreja como a comunidade de Cristo sobre a terra é uma ordem apolítica”.10 Precisamos, sim, nos sujeitar às autoridades (Rm 13:1-7); dar a “César o que é de César” (Mt 22:21) não foi uma opção colocada por Cristo, mas uma ordem. Os go-vernantes foram colocados por Deus, e, assim como os demais cidadãos, os crentes em Jesus se beneficiam da ordem que o governo estabelece. Entretanto, quando nossos governantes optarem pela opressão, pelo abuso e pela corrupção, nós, como igreja de Cristo, devemos manter nosso com-promisso ao lado da verdade da palavra de Deus! Ela nos orienta.

1. Com base em Mt 16:18-19; Ef 6:10 e no item 1 do comentário anterior, responda: De onde vem a força da igreja de Cristo?

2. Leia II Co 10:3-4; Hb 13:14 e o item 2 do comentário anterior e comente com a classe sobre a natureza da força da igreja de Cristo.

8. Grudem (1999:745).9. Berkhof (2007:550).10. Clowney (2007:177). Clowney (2007:177). 2007:177). :177).

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3. Com base em II Co 10:4b; Ef 6:12 e no item 3 do comentário anterior, responda: Qual o objetivo da força da igreja de Cristo?

4. Leia II Pe 1:19; Ef 6:10,17 e o item 4 do comentário anterior e comente com a classe no que a igreja precisa se basear para não errar no exercício da sua força.

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Usemos a força de Deus para a promoção da glória de Deus.O maior exemplo de pessoa que usou o poder de Deus para a pro-

moção da glória de Deus foi o Senhor Jesus Cristo. No final de sua vida aqui na terra, ele pôde dizer tranquilamente ao Pai: Eu te glorifiquei na terra (Jo 17:4). Paulo também era assim. Em nenhum momento o após-tolo usou o poder espiritual, dado por Deus, em benefício próprio, mas sempre o fez para a glória de Deus! Ele disse: ... não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus (II Co 4:5). Usemos a força que Deus nos dá para a glória dele! Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado (I Pe 4:11 – NVI).

5. Após ler a primeira aplicação, responda: Qual deve ser o principal desejo da igreja de Cristo, ao usar a força que recebeu de Deus?

2. Usemos a força de Deus para a expansão do reino de Deus.O reino de Deus veio com poder (Mc 9:1) e é ampliado com poder:

Jesus deu-lhes poder (...) Então os enviou para pregar o reino de Deus (Lc

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9:1-2). No reino de Deus, só há lugar para uma vontade: a dele. Esse reino não vem com aparência visível: está dentro de nós (Lc 17:21-22); foi reve-lado na pessoa de Cristo e deve ser manifesto em todos os aspectos da vida de seus cidadãos. A mensagem central de Jesus é o reino de Deus11

(Mt 4:23; Mc 1:14-15; Lc 8:1) e deve ser a nossa também! Se o objetivo da força que Deus nos dá é libertar as pessoas da escravidão espiritual, então, invistamos nisso: usemos a força de Deus para a implantação e a expansão do seu reino no coração das pessoas!

6. Após ler a segunda aplicação, responda: Deus capacitou sua igreja com poder, o que ela tem feito para que o seu reino avance?

3. Usemos a força de Deus para a edificação da igreja de Deus.Paulo não se preocupava somente com a evangelização, mas também

investia muito na edificação da igreja de Cristo. Aliás, é bom que nunca esqueçamos que o objetivo da nossa força não é somente libertar as pessoas da escravidão espiritual, mas suscitar nelas o conhecimento da verdade, elevando-as a uma vida de obediência. Muitos líderes evangé-licos de hoje precisam lembrar que a autoridade que lhes foi dada por Deus não deve ser usada de forma truculenta, dominadora, para machu-car a igreja de Cristo, mas deve ser usada para a edificação desta. Paulo entendia isso: ... segundo o poder que o Senhor me deu para a edificação (II Co 13:10). Usemos a força de Deus para a edificação de sua igreja!

7. Após ler a terceira aplicação, responda: Além da evangelização, em que outra área a igreja precisa investir muito?

CONCLUSÃO: Ao final desse estudo, podemos afirmar com toda cer-teza: nós somos fortes! Não por causa do Estado; não por causa da políti-

11. Ladd (2001:56).

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ca; não por causa das forças armadas; não por nós mesmos ou por nossa capacidade; mas porque Deus nos provê forças! Ele é a fonte do poder da igreja! Por isso, como disse Paulo: ... fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder (Ef 6:10 – NVI). Usemos a força de Deus para a promoção de sua glória, para a expansão do seu reino e para a edificação de sua igreja. Ele é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pen-samos, de acordo com o seu poder que atua em nós (Ef 3:20).

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TEXTO BÁSICO: E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cáli-ce da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. (Lc 22:19-20)

INTRODUÇÃO: O Lava-pés e a Ceia do Senhor são cerimônias muito preciosas à igreja. Devem ser praticadas porque são ordens do Senhor dela: ... como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13:15); ... façam isto em me-mória de mim (I Co 11:24). E ordens são ordens! Esses ritos são extrema-mente simples, mas, apesar de toda simplicidade, expressam profundas verdades teológicas e espirituais. Se quisermos entender o significado completo dessas duas ordenanças, precisamos examinar com atenção o que Jesus fez e falou ao celebrar a ceia com seus discípulos. Abramos a Bíblia e vamos ao estudo.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Era a semana mais importante do seu ministério e a noite mais inten-sa de sua vida, aqui na terra, véspera da crucificação, e Jesus estava com

Levar o estudante da Bíblia a uma reflexão sobre a importância do Lava-pés e da Ceia do Senhor, mostrando que esses dois ritos são ordenanças de Jesus a sua igreja e que, portanto, devem ser praticados por nós, hoje.

LEITURA DIÁRIA ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 298 – CC 381 / BJ 110 – CC 14221 NOV 2009

Ordens são ordens8

Domingo, 15 de novembro.. Lc 22:19-20Segunda, 16 .............................. Jo 13:1-11Terça, 17 ................................... Jo 13:12-20Quarta, 18 ................................... Fp 2:5-11Quinta, 19 ............................ I Co 11:23-34Sexta, 20 ............... Jr 31:31; Mt 26:26-29Sábado, 21 ................................. Jo 6:47-58

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os doze no cenáculo. Eles comiam a refeição da páscoa, festa judaica que comemorava a libertação do Egito.1 Ali, o Mestre surpreendeu a to-dos, lavando os pés dos discípulos e celebrando a primeira Ceia. Desde aquele dia, até hoje, tais atos jamais foram esquecidos. Mas por que la-var os pés? Qual o significado e a finalidade da Ceia do Senhor? Quem pode participar dessas cerimônias? É o que vamos buscar entender na sequência desta lição.

1. A humildade na Ceia do Senhor: Era costume que os pés fos-sem lavados, antes da refeição; contudo, lavar os pés de alguém era ato muito humilhante, sendo que somente o mais baixo dos escravos podia fazê-lo.2 Não havendo um escravo para executar tal tarefa, os discípulos poderiam lavar os pés uns dos outros, mas seus corações orgulhos os im-pediam. Ao contrário, à mesa, eles disputavam entre si quem era o maior (Lc 22:24). Foram cear com os corações e com os pés sujos. Precisavam, encarecidamente, de uma lição de humildade! E o Mestre lhes ensinou.

De repente, Jesus se levantou da mesa, tirou a capa, cingiu-se com uma toalha e foi fazer o trabalho de um escravo.3 Passou a lavar e enxu-gar os pés dos discípulos (Jo 13:4-5). Que bela lição! Num simples gesto, o Mestre ensinou humildade, igualdade, amor fraternal e serviço cristão (v. 14-17) e, nisto, ele é o maior exemplo, sendo o padrão da conduta cristã4 (Fp 2:1-11). Ele ordenou: ... como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13:15). O Lava-pés é uma ordenança de Cristo a sua igreja e deve ser praticado por nós, hoje (vv.13-17). Embora seja um ato distinto da Ceia, está fortemente ligado a ela. Note que ambos foram instituídos por Jesus na mesma noite. Um é preparação para o outro.

2. O significado da Ceia do Senhor: Além do Lava-pés, Jesus insti-tuiu a Ceia do Senhor propriamente dita. De acordo com a palavra de Deus, ela foi ministrada com dois elementos simples: O pão e o vinho (suco de uva). Qual o significado ou simbolismo deles? Jesus deixou isso claro: Ele tomou o pão e, depois de ter dado graças e o ter partido, deu-o aos seus discípulos, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim (Lc 22:19). Em seguida, fez o mesmo com o cálice, e disse: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derrama-do em favor de vós (Lc 22:20).

1. Boyer (1989:472).2. Macarthur (2003:41).3. Bruce (2009:1736).4. Grun (2006:114).

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Os componentes da Ceia do Senhor apontam para a cruz de Cristo e os seus significados estão centrados na morte expiatória e no sacrifício de Jesus.5 O pão simboliza seu corpo que foi ferido por nós. O cálice sim-boliza seu o sangue derramado no Calvário. A Ceia é um memorial! Disse Jesus: ... façam em memória de mim (Lc 22:19). Cada vez que a celebrar-mos, devemos pensar em Cristo, em tudo que ele fez por nós e, pela fé, apropriarmo-nos dessas bênçãos. A Ceia do Senhor não é simplesmente uma refeição compartilhada pelos homens; é a comunhão com o próprio Cristo, em sua presença e sentados à sua mesa.6

3. A finalidade da Ceia do Senhor: Na primeira carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo traz valiosos ensinos sobre a Ceia do Senhor. Ali, apren-demos três finalidades principais para realizarmos essa cerimônia. A pri-meira finalidade é a comunhão (I Co 10:16-17). Ela é mais que um ajunta-mento de crentes; é uma comunhão no sentido vertical, com Deus, e no sentido horizontal, com os irmãos. É a festa da família de Deus, com ele presente. A segunda finalidade é a recordação: O motivo principal que nos leva a realizar essa cerimônia é lembrarmos o nosso Senhor.

Por três vezes, a Bíblia registra a expressão “em memória de mim” (Lc 22:19; I Co 11:24-25). Ao relembrar a morte de Cristo, também cele-bramos a vitória que recebemos por meio dela. Vale dizer que recordar é também renovar. Portanto, ao comer e beber, temos a oportunidade, dada por Jesus, de ver renovada a nossa fé e a nossa esperança nele. É uma ocasião em que é reafirmada a nossa aliança com Cristo. Por fim, a terceira finalidade é a proclamação: Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha (I Co 11:26). Na Ceia do Senhor, são proclamadas a morte, a ressurreição e a vinda de Cristo.

4. O participante da Ceia do Senhor: O que se espera daqueles que querem compartilhar da mesa do Senhor? Em I Co 11:27-29, Paulo ensina três requisitos básicos: Em primeiro lugar, é preciso reverência. O texto diz que não podemos comer nem beber indignamente (v. 27). O que isso significa? Pense: se fôssemos esperar tornar-nos dignos, jamais iríamos participar da Ceia. O texto refere-se à conduta imprópria dos irmãos de Corinto na Ceia do Senhor, pois faziam dela uma festa carnal7 (cf. vv. 17-22). Comiam e bebiam de forma indigna (v. 27 – BV). O ensino é: não

5. Hendriksen (2004:562-5).6. Grudem (1999:805). 7. Kistemaker (2004:556).

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podemos tomar parte da mesa de Cristo com a atitude errada! É preciso respeito, zelo e reverência com a Ceia do Senhor.

Em segundo lugar, é necessário introspecção. Diz o texto: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice (v. 28). Um exame sincero do nosso coração nos mostrará que so-mos indignos. Devemos, portanto, dependentes da graça, confessar os nossos pecados ao Senhor e participar da Ceia. A ordem bíblica é: examine-se e coma!8 Por fim, é preciso discernimento. Diz o texto: ... pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si (v.29). É fundamental saber o significado dessa ordenança. Somente quem crê em Cristo e evidenciou isso através do batismo deve parti-cipar da Ceia do Senhor.

Aprendemos, até aqui, que o Lava-pés e a Ceia do Senhor são orde-nanças de Jesus a sua igreja. Embora sejam cerimônias distintas, estão intimamente ligadas e se completam. Através do Lava-pés, somos pre-parados para a comunhão e, ao participar do pão e do cálice, pela fé, nos unimos a Cristo e aos irmãos. O motivo principal que nos leva a celebrar a Ceia é lembrarmos o Senhor. Pode haver ocupação mais nobre e mais preciosa para um cristão do que lembrar o seu Senhor? Aplicando esse ensino bíblico, vamos, a seguir, considerar três atitudes corretas em rela-ção à Ceia do Senhor.

1. Com base no item 1 do comentário e em Jo 13:4-17, responda: O que nos ensina o ato do Lava-pés? Por que deve ser praticado pela igreja nos dias atuais? Qual a relação do Lava-pés com a Ceia do Senhor?

2. Após ler Lc 22:19-20; I Co 11:23-26 e o item 2 do comentário, responda: Como é composta e qual é o significado da Ceia do Senhor?

8. Lopes (2008:216).

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3. Leia o item 3 do comentário; I Co 10:16-17; 11:24-26 e responda: Qual é a finalidade da Ceia do Senhor?

4. Com base no item 4 do comentário e em I Co 11:27-29, responda: O que se espera daqueles que querem compartilhar da mesa do Senhor?

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Na Ceia do Senhor, você deve olhar com gratidão para o passado.A Ceia do Senhor é um convite a olharmos para trás, para o monte

Calvário e nos prostrarmos, cheios de gratidão, diante da cruz de Cristo. Nessa cerimônia, a morte de Jesus é anunciada e recordada.9 Diz-nos a Bíblia: ... todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anun-ciais a morte do Senhor (I Co 11:26). A morte dele, na cruz, é o coração do evangelho, a base de nossa salvação e o motivo da nossa alegria. Nela, os nossos pecados foram perdoados e fomos reconciliados com Deus. Sua morte é nossa vida! Ele instituiu a Ceia para você nunca se esquecer disso. Portanto, recorde com muita gratidão!

5. Após ler a primeira aplicação e I Co 11:24-25, responda: Por que, na Ceia do Senhor, você deve olhar com gratidão para o passado?

9. Idem, p. 215.

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2. Na Ceia do Senhor, você deve olhar com reflexão para o presente.Nessa solene reunião, “não caminhamos ao redor de um monumento

e o admiramos a distância”.10 Ao contrário, há uma mensagem rica e atu-al! Nela, temos comunhão com um Salvador vivo, do qual nos aproxima-mos pela fé, e com os irmãos (I Co 10:16-17). Somos lembrados de que não estamos sozinhos (Mt 28:20). Nela, nossa alma é alimentada, nossa fé é renovada, nossa aliança com Cristo é reafirmada e, assim, somos for-talecidos para continuar andando com Deus. Como está sua comunhão com o Senhor e com os irmãos? Reflita sobre isso, não só na Ceia, mas em todos os dias de sua vida!

6. Após ler a segunda aplicação e I Co 10:16-17, responda: Por que, na Ceia do Senhor, você deve olhar com reflexão para o presente?

3. Na Ceia do Senhor, você deve olhar com esperança para o futuro.Essa festa espiritual também aponta para o futuro,11 pois, nela, anun-

ciamos a morte do Senhor até que ele venha (I Co 11:26). Cada vez que a realizamos, somos lembrados de uma esperança maravilhosa: Jesus está voltando. Essa é a expectativa da igreja de Cristo e de cada cristão. Na Ceia, você vê que Jesus não apenas morreu em seu favor, mas que ele também ressuscitou, subiu ao céu e, num precioso dia, voltará para levá-lo com ele (Jo 14:2-3). De fato, na Ceia, ao comer e beber, você está des-frutando a “alegria antecipada” da mesa do grande banquete do rei.12

7. Após ler a terceira aplicação; Jo 14:2-3; I Co 11:26, responda: Qual a mensagem que a Ceia do Senhor tem para o futuro?

10. Wiersbe (2008:792).11. Idem, p.793.12. Grudem (1999:837).

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CONCLUSÃO: A Ceia do Senhor e o Lava-pés são atos preciosos aos olhos de Deus, e também devem ser aos nossos olhos. Esses dois atos compõem uma mesma celebração espiritual, em que nos lembramos do nosso Senhor. É essencial entender o significado desse ajuntamento. É indispensável preparar-nos para participar dele, pois não é um aconte-cimento qualquer, em que qualquer um pode chegar de qualquer jeito. Como ordenanças de Cristo a sua igreja, devem ser praticados com reve-rência, profunda gratidão e alegria. A Ceia do Senhor é muito preciosa e você é convidado a participar dela. Atenda o convite!

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TEXTO BÁSICO: ... como fomos aprovados por Deus para que o evan-gelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos ho-mens, mas a Deus, que prova os nossos corações. (I Ts 2:4)

INTRODUÇÃO: Sabendo da fundamental necessidade de, na relação pastor-igreja, as coisas caminharem bem, vamos dedicar duas lições para falar sobre esse tema. Na lição da próxima semana, iremos analisar como a igreja deve se comportar em relação ao seu pastor. Na lição de hoje, iremos analisar o oposto: como os pastores devem se comportar em relação às igrejas. Começamos com a seguinte pergunta: qual a imagem que você tem do seu pastor? Responder essa pergunta é de vital importância. Um dos motivos pelos quais as pessoas do nosso tempo não querem saber da igreja está relacionado diretamente à figura dos servos de Deus que estão à frente dela; por isso, vamos ao estudo!

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Corria o ano 51 d.C., quando Paulo escreveu a sua primeira epístola aos Tessalonicenses.1 O que o levou a escrever? Sua conduta e minis-

1. Wilkinson (2000:453).

Mostrar ao estudante da Bíblia Sagrada que o pastor aprovado cultiva os princípios bíblicos da proximidade, da integridade, da afetuosidade e do encorajamento, em seu ministério pastoral.

ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 165 – HC 115 / BJ 170 – CC 29828 NOV 2009

9LEITURA DIÁRIA

O pastoraprovado

Domingo, 22 de novembro ...... At 17:1-10Segunda, 23 .............................. I Ts 2:1-12Terça, 24 ...................................... I Tm 3:1-7Quarta, 25 ................................ I Tm 4:6-13Quinta, 26 ........................................ Tt 1:5-9Sexta, 27 ....................................... I Pe 5:1-4Sábado, 28 ........................... II Tm 2:14-15

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tério pastoral estavam sendo atacados. O capítulo 2 de I Tessaloni-censes é uma defesa do apóstolo Paulo aos ataques dos seus calunia-dores. Ele tinha consciência de que as acusações eram infundadas e mentirosas. Paulo sabia que era um “pastor” aprovado por Deus (I Ts 2:4). Em sua brilhante defesa, o apóstolo nos mostra alguns princípios que nortearam o seu ministério entre os tessalonicenses. Esses princí-pios devem e podem ser aplicados por pastores de qualquer tempo. Vejamos, então, quatro princípios bíblicos que devem ser cultivados pelo pastor aprovado por Deus.

1. O princípio bíblico da proximidade: Os crentes em Jesus que moravam em Tessalônica conheciam bem o apóstolo Paulo. Ele inicia a sua defesa contra as falsas acusações que foram levantadas contra sua pessoa, apelando para “a intimidade do seu relacionamento com eles”.2 Observe, com atenção, os seguintes versículos: Vós mesmos sabeis (I Ts 2:1); ... como sabeis (I Ts 2:2); Como bem sabeis (I Ts 2:5); ... vos lembrais (I Ts 2:9); ... como bem sabeis (I Ts 2:11). Paulo não era uma “celebridade re-mota”, um “executivo indiferente”. Ele vivia entre suas ovelhas, trabalhava ao lado delas,3 todos o conheciam.

Todas essas declarações, dos versículos acima citados, indicam, de for-ma muito clara, o estilo de liderança do ministério pastoral de Paulo. Enquanto esteve entre os Tessalonicenses, o apóstolo cultivou o princípio bíblico da proximidade. Em Atos 17, temos relatado o início do ministério de Paulo nesta cidade. O texto se concentra em narrar as três semanas que o apóstolo pregou na sinagoga, entre os judeus. Todavia, ele e seus amigos devem ter ficado alguns meses ali.4 Durante esse pouco tempo, Paulo não se mostrou apenas como um pregador distante, inacessível, mas sempre esteve junto com os irmãos.

2. O princípio bíblico da integridade: Nos dias de Paulo, a religião estava se transformando num meio de se ganhar dinheiro. Paulo estava sendo acusado de charlatanismo pelos mesmos judeus que, movidos de inveja (At 17:5), já haviam conseguido tirar o apóstolo da cidade de Tes-salônica tempos antes. Por isso, ao escrever esta carta, o apóstolo deixou bem claro aos tessalonicenses que não usava desse expediente. Ele era um homem íntegro no que fazia, por, pelo menos, quatro razões. Em primeiro lugar, a origem da sua mensagem era verdadeira: Pois a nossa

2. Harrison (1983:225).3. Swindoll (2003:254).4. Stott (2008:305).

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exortação não procede de engano (I Ts 2:3a). Em segundo lugar, o motivo da sua mensagem era puro: ... nem em motivos impuros (I Ts 2:3b).

Em terceiro lugar, o método da sua mensagem era digno: ... nem é feita com dolo (I Ts 2:3c); e, em quarto lugar, o objetivo da sua mensagem era claro: ... não falamos para agradar as pessoas, mas a Deus (I Ts 2:4). Não havia manipulação na maneira pela qual ele os liderava. Ele fazia tudo às claras. Sua principal preocupação era agradar a Deus! Paulo cultivava, em seu ministério, o princípio bíblico da integridade. “Pessoas de integrida-de nada tem a esconder e nada temem. Suas vidas são livros abertos”.5 O pastor aprovado vive o que prega e prega o que vive; porta-se de manei-ra santa, justa, e irrepreensível (I Ts 2:10), diante da igreja de Cristo.

3. O princípio bíblico da afetuosidade: Até agora, já vimos dois prin-cípios bíblicos que devem ser cultivados pelo pastor aprovado: o da pro-ximidade e o da integridade. Chegamos ao terceiro: o da afetuosidade. Leia, com atenção, o versículo 7 de I Tessalonicenses 2: Mas quisemos tratar-vos com a delicadeza com que uma mãe trata os seus próprios fi-lhos. Veja que descrição espetacular: Paulo compara seu ministério a uma mãe carinhosa, que amamenta e cuida dos seus filhos com delicadeza. Ele, Silas e Timóteo eram afetuosos em seu modo de tratar os crentes em Jesus sob suas responsabilidades.6

Veja o que diz o versículo 8: Nós os amávamos tanto, que gosta-ríamos de ter dado a vocês não somente a boa notícia que vem de Deus, mas até mesmo a nossa própria vida. Como nós os amávamos! (I Ts 2 - NTLH). Querido estudante, isso não é realmente fantástico? O pastor Paulo não tinha medo de compartilhar suas emoções com a igreja de Tessalônica. Ele cultivava, em seu ministério pastoral, o princípio bíblico da afetuosidade. Paulo não era autoritário, trucu-lento, não pisava nos crentes, não usava a igreja para “afirmar” sua liderança, mas usava sua liderança para “firmar” a igreja. Paulo guia-va a igreja com generosidade e afeto.

4. O princípio bíblico do encorajamento: Além de usar a figura de uma mãe ternamente cuidando dos seus filhos, Paulo também diz que se preocu-pou com os tessalonicenses como o pai a seus filhos (I Ts 2:11). O ministério pastoral de Paulo equilibrava a doçura de uma mãe com o cuidado de um pai. No mundo antigo, o pai era o responsável pela instrução moral e pelo

5. Wiersbe (1991:14).6. Hendriksen (2007:79).

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comportamento de sua prole.7 O verdadeiro pai não era aquele que gerava filhos, mas o que cuidava deles. Um pai não deveria apenas querer que seus filhos seguissem o seu exemplo, mas também deveria ensinar-lhes a fazer isso. Paulo, como um pastor-pai, ensinou os seus filhos a viverem da maneira digna de Deus. Mas como ele fez isso? O texto informa.

Paulo disse: ... como pai a seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus (I Ts 2:11b-12a). A primeira parte do versículo 12 – “exortamos”, “consolamos” e “admoestamos” – contém três verbos que descrevem as técnicas de ensino usadas por Paulo, no desenvolvimento do seu ministério pasto-ral em Tessalônica.8 Todos eles estão ligados diretamente ao princípio bíblico do encorajamento, cultivado pelo apóstolo, em seu ministério. Destacamos esses três verbos como as três fases do ensino de Paulo. Em primeiro lugar, uma exortação objetiva. O verbo “exortar” (I Ts 2:12a) indica encorajar para uma determinada linha de comportamento.9

Em segundo lugar, uma consolação insistente. O verbo, “consolar” (I Ts 2:12b), indica encorajar a continuar em um tipo de conduta.10 Em terceiro lugar, uma admoestação exemplar. O verbo “admoestar” (I Ts 2:12c), tem o sentido de fazer uma exigência ou afirmação solene e inclui também a ideia de testemunho pessoal.11 Em seu ministério pastoral, muito mais do que pregar sermões ácidos e cheios de críticas, o apóstolo era um extraordinário pastor encorajador! Depois de termos visto quatro carac-terísticas do ministério do pastor aprovado, com base na defesa do após-tolo Paulo, em I Ts 2:1-10, vejamos, agora, como o pastor aprovado deve conduzir a igreja de Cristo, ainda baseados neste texto bíblico.

1. Leia I Ts 2:1,2,5,9,11 e diga: Que princípio bíblico do ministério pastoral de Paulo é evidenciado nestas declarações. Utilize também o item 1 do comentário.

7. Arrington; Stronstad (2003:1375).8. Marshall (1984:98). 9. Reinecker; Rogers (2005:438).10. Ibidem.11. Wiersbe (2006:215).

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2. Leia I Ts 2:3-4, o item 2 do comentário e comente sobre as razões por que podemos afirmar que Paulo cultivava o princípio bíblico da integridade.

3. Leia I Ts 2:7-8, o item 3 do comentário, e comente sobre como Paulo tratava os crentes em Jesus sob sua responsabilidade. Qual o princípio implícito aqui?

4. Leia I Ts 2:11-12, o item 4 do comentário e responda: Paulo era um encorajador extraordinário. Como ele desenvolvia esse princípio bíblico?

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. O pastor aprovado conduz a igreja de Cristo com uma diligên-cia incansável. No versículo 1 de I Tessalonicenses 2, Paulo faz um retrospecto do

seu ministério na igreja de Tessalônica. Ele disse: Irmãos, vocês mesmo sabem que a visita que lhes fizemos não foi inútil (NVI). O ministério de Paulo nesta cidade foi frutífero! Por que razão? Qual era o seu se-gredo? Um dos motivos: ele conduzia a igreja com uma diligência in-cansável. Ele lembrou os irmãos: ... vocês se lembram do nosso trabalho esgotante e da nossa fadiga; trabalhamos noite e dia (I Ts 2:9). Paulo se gastou e se desgastou no ministério. Não foi classificado como um preguiçoso ou parasita pelos tessalonicenses. O pastor aprovado é assim: esforçado, diligente, aplicado no serviço a Deus; trabalha com dedicação e esmero.

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5. Após ler a primeira aplicação, comente a seguinte afirmação: “O pastor aprovado conduz a igreja de Cristo com uma diligência incansável”.

2. O pastor aprovado conduz a igreja de Cristo com uma conduta irrepreensível.Veja como Paulo descreve a sua conduta entre os crentes de Tessalô-

nica: ... nos portamos de maneira santa, justa e irrepreensível entre vocês (I Ts 2:10 - NVI). Paulo não teve do que se envergonhar durante todo o tempo em que ficou entre eles. Ninguém podia encontrar falta alguma nele. Seus inimigos até podiam acusá-lo, mas não podiam apresentar qualquer prova que o incriminasse. Deus e os tessalonicenses eram tes-temunhas (I Ts 2:10a). Paulo era um pastor de conduta irrepreensível. O pastor aprovado é assim: não faz nada às ocultas, na “calada da noite”; não tem do que se envergonhar; é santo na maneira de se portar diante de Deus, da sociedade, da família e da igreja.

6. Após ler a segunda aplicação, comente com a classe sobre como deve ser a conduta do pastor aprovado, diante da igreja de Cristo.

3. O pastor aprovado conduz a igreja de Cristo com uma mensa-gem irretocável. Durante todo o seu ministério, Paulo só pregou uma mensagem en-

tre os tessalonicenses: ... vos pregamos o evangelho de Deus (I Ts 2:9). “Pregamos” é uma tradução de uma palavra referente ao arauto do rei, “que devia ser ouvido e obedecido como se o rei estivesse falando em pessoa”.12 Paulo falava em nome de um rei: o Senhor Jesus! Sua única mensagem era o evangelho, o verdadeiro evangelho. Ele deixa isso mui-to claro nos dez primeiros versículos do capítulo 2 (I Ts 2:2,4,8,9). Paulo nunca pregou o outro evangelho, para ser popular, para fazer crescer a

12. Allen (1985:328).

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sua igreja. Ele sempre a alimentou com o pão nutritivo do evangelho de Cristo. Ele era fiel às Escrituras! Sua mensagem era irretocável. Essa deve ser a mensagem do pastor aprovado: o evangelho, somente o evangelho, nada além do evangelho!

7. Após ler a terceira aplicação, responda: Qual deve ser a única mensagem a queimar no coração e a jorrar dos lábios do pastor aprovado por Deus?

CONCLUSÃO: Paulo foi um pastor “testado e aprovado” por Deus. Sua vida e seu ministério, com toda certeza, podem ser tomados como paradigma pelos pastores de hoje. Em seu ministério, sempre cultivou os princípios bíblicos da proximidade, da integridade, da afetuosidade e do encorajamento. Sempre conduziu a igreja de Cristo com serieda-de. Era um trabalhador incansável, portou-se de forma irrepreensível e sempre pregou fielmente o evangelho. Que o Senhor nos dê pastores assim: aprovados! Estes não têm do que se envergonhar, manejam bem a palavra da verdade (II Tm 2:15), apascentam o rebanho tendo cuidado dele, servindo-lhe de exemplo (I Pe 5:3).

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Mostrar ao estudante da Esco-la Bíblica o que a Bíblia ensina sobre a importância, a abran-gência, a direção e a manuten-ção da submissão ao pastor da igreja de Cristo.

LEITURA DIÁRIA ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 303 – CC 152/BJ 296 – CC 3015 DEZ 2009

10 Submissãoé preciso

TEXTO BÁSICO: E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que traba-lham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós. (I Ts 5:12-13)

INTRODUÇÃO: A lição da outra semana mostrou-nos como deve ser o relacionamento do pastor para com a igreja. Vimos que, ao lidar com o re-banho de Cristo, o pastor precisa observar e praticar os princípios bíblicos da proximidade, da integridade, da afetuosidade e do encorajamento. A lição desta semana, que tem como base I Tessalonicenses capítulo 5, versículos 12 e 13, mostra-nos o outro lado da moeda: o relacionamento da igreja para com o pastor. A palavra de Deus deixa muito claro que, nesse relacionamento, submissão é preciso. Vamos, então, analisar esse ensino na própria Bíblia.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Na parte final de sua primeira carta aos Tessalonicenses, Paulo ofe-rece-lhes muitas instruções em poucas palavras (I Ts 5:12-22). Ele era mestre nisso. Sob a inspiração do Espírito Santo, instrui como deve ser o relacionamento dos crentes em Jesus com a liderança da igreja (I Ts

Domingo, 29 de novembro.. I Ts 5:12-13Segunda, 30 ................................... Hb 13:7Terça, 1 de dezembro ........... Fp 2:25-30 Quarta, 2 ....................................... I Tm 5:17Quinta, 3 ....................................... Hb 13:17Sexta, 4 ................................. I Co 16:15-16Sábado, 5 ..................................... Rm 13:1,7

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5:12-13), dos crentes em Jesus entre si (I Ts 5:14-15) e dos crentes em Jesus com Deus (I Ts 5:16-22).1 A parte que trata do relacionamento dos crentes em Jesus com a liderança da igreja nos revela a importância, a abrangência, a direção e a manutenção da submissão.

1. A Bíblia mostra a importância da submissão: Veja, de novo, por fa-vor, o texto que serve de base para esta lição: E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós. (I Ts 5:12-13). Agora, diga: quantos verbos você nota nesse texto? Se você disse sete, acertou. Desses, porém, há um que requer uma atenção maior. Trata-se do verbo “rogar”, que está logo no início – e que ocorre mais duas vezes nessa mesma carta (I Ts 4:1,5:14).

Vamos pensar um pouco nesse verbo, tão usado por Paulo em suas cartas, não somente para se referir a Deus, mas também para se dirigir à igreja. O que é “rogar”? Rogar é pedir, e tanto pode conter a ideia de humildade quanto a de insistência. Qual a ideia do verbo, no texto em questão? (I Ts 5:12-13) A ideia é de insistência. O que Paulo pede é que haja submissão aos que trabalham na igreja – e esse pedido é carregado de insistência. Essa insistência demonstra claramente a importância de se submeter e de se respeitar aqueles que foram investidos de autoridade espiritual para presidir e admoestar a igreja de Cristo.

2. A Bíblia ensina a abrangência da submissão: Além de indicar a importância da submissão, a Bíblia mostra a sua abrangência. Vejamos a sequência do versículo que estamos analisando. A quem Paulo dirige o seu pedido? Aos “irmãos” (I Ts 5:12b). Ele gosta muito desse termo, e o usa várias vezes nessa carta (I Ts 1:4; 2:1,9,14,17, 3:2,7, 4:1,6,10,13, 5:1,4,14,25-27). Ao chamá-los de “irmãos”, Paulo mostrou que sentia muita afeição por eles (I Ts 2:8). O seu pedido por submissão é bastante insistente, mas não é desprovido de ternura e carinho. Ele sabia pedir!

Mas “irmãos” não indica apenas afetuosidade. É também um indica-tivo de abrangência. O que Paulo pede, pede para “todos” os irmãos, não apenas para “alguns”. Todos os irmãos que faziam parte da igreja deveriam mostrar-se submissos, inclusive àqueles que “estavam relutan-tes em obedecer às normas estabelecidas pelas autoridades religiosas”.2 Ninguém, absolutamente ninguém, estava desobrigado ou dispensado dessa submissão. Note que Bíblia é clara em dizer que “Todos os mem-

1. Lopes (2008:138).2. Hendriksen (2007:158).

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bros do corpo de Cristo são advertidos a obedecer a seus líderes e a se submeter às suas autoridades (Hb 13:17)”.3

3. A Bíblia aponta a direção da submissão: Até aqui, vimos que a Bíblia mostra a importância e ensina a abrangência da submissão. Ela também aponta a direção da submissão: ... que reconheçais os que tra-balham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam (I Ts 5:12c). Aqui, temos “três aspectos do trabalho do mesmo grupo de pessoas, e não uma lista de três categorias de pessoas”.4 Embora os ter-mos bispo, pastor ou presbítero não sejam usados, é possível que Paulo esteja se referindo às pessoas que ocupavam essas funções.

Veja isto: a submissão deve ser voltada e dirigida não a obreiros inope-rantes, displicentes, preguiçosos, mas aos que trabalham. No original grego, temos o verbo especial kopiao. Paulo o usava sempre que queria retratar o tra-balho que requeria um esforço tão extremado e tão excessivo que deixava o trabalhador fisicamente cansado e mentalmente esgotado. Porque se desgas-tam extremamente para presidir e se esforçam arduamente para admoestar, esses homens devem ser superestimados ou estimadíssimos (I Ts 5:13a).

4. A Bíblia ordena a manutenção da submissão: Após mostrar a importância, ensinar a abrangência e apontar a direção da submissão, a Bíblia ordena a sua manutenção: Tende paz entre vós (I Ts 5:13b). Em ou-tra versão, está assim: Vivei em paz uns com os outros. No grego, o verbo é eireneuo, que exprime não somente a ideia de “possessão” da paz, mas também a ideia de “promoção” da paz.5 A atitude pacífica é ensinada e ordenada também em Rm 12:18, 14:17,19; I Co 14:33; II Co 13:11; Ef 4:3; II Tm 2:22; Hb 12:14 e Tg 3:18.

Agora, é digno de nota que essa ordem tem ligação direta com os pedidos anteriores (I Ts 5:12-13a). Sendo assim, a ordem é para que os membros da igreja vivam em paz com os que trabalham nela. Trata-se de uma diretriz ge-ral, visando especialmente às pessoas que estavam fora de harmonia com a liderança, no sentido de respeitar os líderes e evitar contestação e desavença.6 O que essa ordem quer dizer na prática? Isso: “parem com as reclamações. Em lugar de criticar constantemente os líderes, segui suas instruções, de modo que a paz (nesse caso: a ausência de dissensão) venha a reinar”.7

3. Getz (2006:135)4. Marshall (1984:176)5. Rienecker e Rogers (1995:446).6. Marshall (1998:179)7. Hendriksen (2007:159).

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Além de ensinar que um membro do corpo de Cristo deve se submeter ao outro membro (Ef 5:21), que os jovens devem se submeter aos mais velhos (I Pe 5:5), que os servos devem se submeter aos seus senhores (Tt 2:9; Ef 6:5, Cl 3:22; I Pe 2:18), que a mulher deve se submeter ao seu ma-rido (Ef 5:22-24), que os filhos devem se submeter aos seus pais (Ef 6:1), que todos nós devemos nos submeter às autoridades governamentais (Rm 13:1; I Pe 2:13), a Bíblia ensina, também, claramente, que as ovelhas devem se submeter aos seus pastores (Hb 13:17). Vejamos, logo a seguir, como aplicar esse ensino da Bíblia a nossa vida.

1. É assim que começa o versículo 12, do capítulo 5, da Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses: E rogamo-vos. O que essas palavras nos revelam sobre a importância da submissão ao pastor da igreja?

2. Leia de novo I Ts 5:12. Paulo dirige seu insistente pedido aos “irmãos”. O que isso nos ensina sobre a submissão aos que trabalham na igreja? Utilize o comentário.

3. Paulo disse que a submissão dos tessalonicenses deveria ser dirigida aos que trabalhavam presidindo e admoestando. Qual o sentido da palavra trabalhar?

4. Após pedir aos irmãos da igreja de Tessalônica reconhecerem e estimarem aqueles que trabalhavam entre eles, Paulo ordenou: Tende paz entre vós (I Ts 5:13b). O que essa ordem quer dizer?

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II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Pessoas submissas respeitam o trabalho pastoral.Nunca foi fácil ser pastor na igreja de Cristo, mas, em nosso tempo ficou

ainda mais difícil. Por essa razão, devemos respeitar e valorizar aqueles que se desgastam e se esforçam em seu trabalho para pastoreá-la, segundo os sóli-dos princípios da palavra de Deus. Pessoas submissas não maldizem nem criti-cam aqueles que exercem o trabalho pastoral. Elas o respeitam, não por causa da importância do sobrenome que herdaram, nem por causa da experiência que possuem ou por causa da faculdade que cursaram. Elas o respeitam sim-plesmente por causa do trabalho pesado que realizam, pois entendem que “a tarefa de sustentar e fortalecer os crentes é digna de respeito em si mesma”.8

5. De que modo você explica esta afirmação: Pessoas submissas respeitam o trabalho pastoral? O que ocorre quando não existe esse respeito?

2. Pessoas submissas obedecem à direção pastoral. Para não vivermos sem direção, isto é, perdidos e confusos, Jesus, o Sumo

Pastor, separou, escolheu e designou pastores para nos presidir e nos dirigir espiritualmente. Eles não ficam atrás de nós, dizendo: “Podem ir”. Eles estão à nossa frente, nos convidando: “Podem vir”. Andam na frente para aplainar a trilha, cortar os galhos, tirar as pedras, afastar os lobos. Obedeçamos, pois, àqueles que nos presidem no Senhor e estejamos prontos para fazer o que eles nos disserem, pois cuidam sempre das nossas necessidades espirituais, porque sabem que vão prestar contas disso a Deus (Hb 13:17).

6. Além de respeitar o trabalho pastoral, as pessoas submissas obedecem à direção pastoral. O que isso quer dizer na prática? Baseie-se em Hb 13:17.

8. Harrison (1983:236)

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3. Pessoas submissas valorizam a correção pastoral.O pastor foi posto pelo Senhor na igreja para nos admoestar. No gre-

go, a palavra que foi traduzida por admoestar (noutheteo) contém a ideia de pôr senso9 ou juízo na mente. É isso que o pastor faz com a nossa mente. Usando a Bíblia, ele ajuíza a nossa mente! Agora, só podem ser ajuizados aqueles que valorizam a correção pastoral. O juízo é essencial para a vida cristã. O crente em Jesus sem juízo é um desastre para si mesmo e para os outros. A Bíblia afirma que é a falta de juízo é o que faz a pessoa cair na desgraça (Pv 19:13a – NTLH); diz, ainda, que os que não têm juízo passarão cada vez mais vergonha (Pv 3:35b – NTLH). Sendo assim, deixe que o pastor ponha senso em sua mente. Deixe-o alinhar a sua mente com a mente de Cristo!

7. O pastor tanto preside quanto admoesta a igreja de Cristo. O que é admoestar? Qual o valor prático da admoestação pastoral para a nossa vida cristã?

CONCLUSÃO: Talvez nesta parte final da lição seja o melhor momen-to para você pensar um pouco sobre as suas atitudes em relação ao seu pastor. Sem muito rodeio, diga: Você tem respeitado ou atrapalhado o seu trabalho? Você tem obedecido ou criticado a sua direção? Você tem valorizado ou ignorado a sua correção? Se você tem respeitado o trabalho, obedecido à direção e valorizado a correção do seu pastor, continue. Agora, se a sua atitude para com o seu pastor tem sido sem-pre de oposição, de crítica, de intriga, de conflito, você não acha que é hora de mudar? Até quando você vai viver assim, em guerra com o seu pastor? Mude, em nome de Jesus. Submissão é preciso! Que Deus abençoe a sua vida! Amém.

9. Allen (1985:343)

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TEXTO BÁSICO: Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. (Gl 5:13)

INTRODUÇÃO: Quem se isola pode ficar doente. Isso é o que dizem os estudos científicos. A “sensação de que não temos com quem partilhar os nossos mais íntimos sentimentos ou ter uma relação de intimidade”1 aumenta a possibilidade de contrairmos doenças. Relacionar-se com as pessoas é altamente benéfico. Mas, de todos os relacionamentos, os que mais benefícios oferecem são os relacionamentos cristãos. Esta lição mostra que, quando os crentes em Jesus estão ligados uns aos outros, têm a oportunidade de crescer e ajudar outros a crescerem, não apenas emocionalmente, mas também espiritualmente.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Os crentes em Jesus que faziam parte das igrejas da Galácia estavam usando erroneamente a liberdade que tinham em Cristo. Alguns a usa-

1. Real (2003:30).

Mostrar que os crentes em Jesus não devem viver a vida cristã isolados uns dos outros, mas, sim, envolvidos uns com os outros.

LEITURA DIÁRIA ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 48 – HC 147 / BJ 298 – CC 38112 DEZ 2009

11 Uns aos outros

Domingo, 6 de dezembro Jo 13:34; Rm 15:7Segunda, 7 ................. Rm 16:16; Ef 4:1-3Terça, 8 ................... Ef 4:31-32; Rm 14:13Quarta, 9 ............. Tg 4:11-12; Gl 5:25-26Quinta, 10 ....................... I Ts 5:11; Cl 3:16Sexta, 11 ................. I Pe 4:10; Gl 5:14-15Sábado, 12 .................. Rm 12:10; Tg 5:16

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vam para se submeterem às exigências legalistas. Outros a usavam para se entregarem às práticas libertinas.2 Os dois foram fortemente adverti-dos (Gl 5:1,13). Nas palavras de correção dirigidas (Gl 5:13) aos que ado-tavam práticas libertinas, encontramos uma expressão interessante que merece destaque. De qual expressão estamos tratando? Da expressão “uns aos outros” (tradução de allelon, uma só palavra no grego). Vamos analisá-la, a partir de agora.

1. Observando a repetição da expressão “uns aos outros”: “Uns aos outros” é usado trinta e nove vezes nas cartas do Novo Testamento: sete em Romanos (12:10, 13:8, 14:13, 15:7,14, 16:16), uma em I Coríntios (16:20), uma em II Coríntios (13:12), cinco em Gálatas (5:13,15,26), três em Efésios (4:2, 32, 5:21), quatro em Colossenses (3:9, 13, 16), três em I Tessalonicenses (4:9, 18; 5:11), uma em Tito (3:3), três em Hebreus (3:13; 10:24, 25), uma em Tiago (5:16), três em I Pedro (1:22; 5:5,14), cinco em I João (3:11,23, 4:7,11-12) e duas em II João (5). Se puder, por favor, leia estes textos na sua Bíblia.

Agora, vamos atentar para os verbos usados antes de “uns aos outros”. Ao todo, são vinte e um verbos, todos nos plural: amar, preferir, julgar, re-ceber, admoestar, saudar, servir, morder, devorar, consumir, irritar, supor-tar, perdoar, sujeitar, mentir, consolar, odiar, exortar, considerar, confessar e ser. De todos os verbos, o mais usado é “amar” (Rm 12:10; 13:8; I Ts 4:9; I Pe 1:22; I Jo 3:11,23; 4:7,11-12; II Jo 5). Dos vinte, onze verbos exprimem um mandamento (Rm 12:10, 13:8, 14:13, 15:7, 16:16; I Co 16:20; II Co 13:2; Gl 5:13; Cl 3:9; I Ts 4:18, 5:11; Hb 3:13, 10:24; Tg 5:16; I Pe 1:22, 5:5,14; I Jo 3:11,23, 4:7; II Jo 5:5).

2. Relacionando a variedade da expressão “uns aos outros”: A grande lista de textos que contêm “uns aos outros” pode ser dividida em “lista de proibições” (que trata daquilo que se deve “evitar” em nossa convivência com os nossos irmãos e irmãs em Cristo) e “lista de obriga-ções” (que trata daquilo que se deve “fazer” em nossa convivência com os nossos irmãos e irmãs em Cristo)3. Eis a “lista de proibições”: não nos julguemos mais uns aos outros (Rm 14:13), não vos consumais uns aos ou-tros (Gl 5:15), não irritando-nos uns aos outros (Gl 5:26b), não invejando-nos uns aos outros (Gl 5:26c) e não mintais uns aos outros (Cl 3:9).

A “lista de obrigações” é mais extensa: Amais-vos uns aos outros (Rm 12:10, 13:8; I Ts 4:9; I Pe 1:22; I Jo 3:11,23; 4:7, 11; II Jo 5), recebei-

2. Allen (1985)3. Getz (2006)

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vos uns aos outros (Rm 15:7), saudai-vos uns aos outros (Rm 16:16; I Co 16:20; II Co 13:12; I Pe 5:14), servi-vos uns aos outros (Gl 5:13), consolai-vos uns aos outros (I Ts 4:18), exortai-vos uns aos outros (I Ts 5:11; Hb 3:13), consideremo-nos uns aos outros (Hb 10:24), confessai as vossas culpas uns aos outros (Tg 5:16) e sede todos sujeitos uns aos outros (I Pe 5:5). Os crentes em Jesus ainda devem viver admoestando (Rm 15:14; Cl 3:16; Hb 10:25); suportando (Ef 4:2; Cl 3:13a) e perdoan-do (Ef 4:32; Cl 3:13b) uns aos outros.

3. Entendendo a mensagem da expressão “uns aos outros”: Qual a mensagem da expressão “uns aos outros”? A mensagem de que a vida cristã não é alienante, exclusiva, isolante, eremita, solitária, antissocial, insociável. A vida cristã também não é misantrópica, isto é, não cultiva nem incentiva a aversão às pessoas. A Bíblia mostra que a vida cristã é tanto sociável quanto socializante. É sociável porque nos leva a viver em sociedade, em comunidade. É socializante porque não exclui, mas inclui os outros. Enfim, a vida cristã é profundamente relacional. O cristianismo ensinado no Novo Testamento é corporativo.

Os crentes em Jesus estão na igreja de Jesus para acolherem e serem acolhidos, para ajudarem e serem ajudados, para ouvirem e serem ouvi-dos, para instruírem e serem instruídos, para animarem e serem anima-dos, para servirem e serem servidos, para amarem e serem amados, para perdoarem e serem perdoados, para beijarem e serem beijados, para honrarem e serem honrados, para edificarem e serem edificados, para exortarem e serem exortados, para suportarem e serem suportados.

4. Cumprindo o mandamento da expressão “uns aos outros”: Ainda há pouco, vimos que, dos vintes verbos usados antes de “uns aos outros”, onze exprimem um mandamento. Um não, vários! Estes mandamentos não são nem de Paulo nem de Pedro nem de Tiago nem de João. São de Deus! Foram soprados ou inspirado por ele! Outra questão: estes mandamentos não são apenas para os crentes em Jesus da época deles. São para todos os crentes em Jesus que são membros da igreja de Jesus de todos locais e de todos os tempos.

De quais mandamentos estamos tratando? Dos mandamentos da mutualidade. Estes mandamentos divinos são saudáveis. Exis-tem para garantir o bom relacionamento entre os crentes em Jesus! Quanto mais os crentes em Jesus cumprem as ordens de Deus de se amararem, de se saudarem, de se servirem, de se exortarem, de se acolherem, de se perdoarem, de se instruírem, de se animarem, de se suportarem, de se admoestarem mutuamente, mais a edificação

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mútua é favorecida, mais a comunhão mútua é fortalecida e mais o serviço mútuo é estimulado.4

Das várias cenas do filme a Era do Gelo, que mostra as aventuras de um grupo de animais que encontra uma criança perdida e, juntos, saem à pro-cura da família do garoto – há uma que chama a atenção, pela lição que oferece. A cena em que o mamute salva o tigre da morte certa, colocando em risco sua própria vida. Após ser resgatado, o Tigre pergunta: “Por que fez isso, se você podia ter morrido?” O mamute responde: “Porque é isso que se faz, quando se trabalha em um time – cuidamos uns dos outros”. É isso também que se faz, quando se é membro do corpo de Cristo!

1. Com base na introdução, responda: Qual o efeito do isolamento social sobre a saúde humana?

2. Ao observarmos a repetição da expressão “uns aos outros”, o que encontramos? Leia os itens 1 e 2.

3. Após a leitura do item 3, responda: Qual é a mensagem da expressão “uns aos outros”?

4. Qual a procedência e a finalidade dos mandamentos da mutualidade? Leia o item 4.

4. Mulholland (2004)

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II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Não deixe que a carência o impeça de cumprir os mandamentos da mutualidade. Muitos que hoje estão na igreja de Cristo vieram de lares muito po-

bres de afeto. Por essa razão, são tão carentes. São os que mais exigem e cobram atenção de todos. Queixam-se de que ninguém se importa com elas. Porque querem sempre ser o centro das atenções, não pres-tam atenção nos outros. São incapazes de se doarem. Se você é assim, busque a ajuda de alguém da igreja. Pode ser o seu pastor ou alguém em quem você confia. Alguém que ouça você com interesse e compaixão. Sem rodeios, fale do que você sente. Orem juntos a Deus! Se for o caso, busque tratamento psicológico.

5. De que modo a carência pode atrapalhar o cumprimento dos mandamentos da mutualidade? Veja a aplicação 1.

2. Não deixe que a decepção o impeça de cumprir os mandamentos da mutualidade. Não é só a carência que pode impedir as pessoas de cumprirem os man-

damentos da mutualidade. A decepção também as impede. Por terem sofri-do uma profunda decepção com alguém, passam a recusar qualquer con-tato pessoal mais próximo. Vivem sempre evitando e fugindo das pessoas. Se você foi profundamente decepcionado, não deixe que isso o afaste das pessoas. Ao isolar-se delas, você se afasta de quem pode receber e oferecer ajuda. Não há como exercer a mutualidade sem proximidade e sem convi-vência. Perdoe quem o decepcionou. Volte a acreditar e a investir nos seus irmãos e irmãs em Cristo. Volte a amá-los, a servi-los, a apoiá-los.

6. As experiências de decepção podem nos impedir de cumprir os mandamentos da mutualidade. Explique como isso ocorre.

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3. Não deixe que o egoísmo o impeça de cumprir os mandamentos da mutualidade. Uma pessoa que não tem problema com carência nem com decep-

ção, mas tem com o egoísmo, também irá fracassar em cumprir os man-damentos da mutualidade. Por quê? Porque o egoísta só pensa em si mesmo. Até a sua oração a Deus é egoísta. Só pede para si mesmo. Não sabe pedir para e pelo outro. Jamais põe o outro no topo de sua lista de oração. Na agenda do egoísta não há tempo para o outro. Só há tempo para si. Assim sendo, nunca serve, nunca acolhe, nunca instrui, nunca ajuda, nunca anima o outro, mesmo que este seja o seu irmão em Cristo! Livre-se do egoísmo. Preste atenção no outro!

7. Por que o egoísta não consegue cumprir os mandamentos da mutualidade? Leia a aplicação 3.

CONCLUSÃO: Você está lendo as últimas linhas desta lição, que mos-trou, a partir de vários textos da Bíblia, o que todos os crentes em Jesus devem fazer uns aos outros. Avalie, agora, as suas atitudes em relação aos outros membros do corpo de Cristo. Elas estão de acordo com o que você acabou de aprender na palavra de Deus? Se não estão, o que você pode fazer para mudar? Faça uma lista de ações que você vai adotar para melhorar o seu relacionamento e o seu envolvimento com eles. Você precisa desistir de tentar viver a vida cristã sozinho. Você precisa começar a praticar os mandamentos da mutualidade!

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TEXTO BÁSICO: Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. (Gl 6:1)

INTRODUÇÃO: Observando a palavra de Deus, podemos constatar que a tentação pode estar presente na vida de todo cristão. Jesus Cristo foi tentado, porém, não cedeu a ela (Mt 4:1-11). Todavia, nem todos per-manecem firmes, quando são tentados, e a queda pode ser, em algum momento, concreta e fatal. Uma vez caído, o ser humano necessita ser restaurado e isso acontece mediante ação do Espírito Santo. Conquanto este faça a sua parte, nós devemos fazer a nossa. Ajudar os caídos é uma responsabilidade de todo cristão. Mas de que forma podemos, então, ajudá-los? É sobre isso que iremos tratar no decorrer deste estudo.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Quando se trata de disciplina na igreja, na mente de muitos, inevita-velmente, o que surge é a imagem de uma pessoa na condição de “réu” diante do conselho local, sendo confrontada com o pecado cometido.

Mostrar ao estudante da Palavra de Deus que, para ajudarmos aqueles que caíram a se reerguerem, é necessário que os tratemos com amor, portando-nos com santidade e agindo com cuidado, a fim de que o Espírito Santo os restaure.

ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 280 – CC 46 / BJ 189 – CC30419 DEZ 2009

Ajudem os caídos12LEITURA DIÁRIA

Domingo, 13 de dezembro ............ Gl 6:1-6Segunda, 14 .................................... Hb 12:6-13Terça, 15 ........................................... I Tm 1:17-20Quarta, 16 ............................................ I Co 5:1-5Quinta, 17 ...................................... II Co 13:1-10Sexta, 18 .......................................... Mt 18:15-22Sábado, 19 .............................................. I Ts 5:14

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A verdade é que, por ser muitas vezes algo constrangedor, a disciplina, dependendo da situação, não é um assunto fácil de lidar, mesmo sendo necessário. Por isso, Paulo trata desse assunto com muito zelo e amor. Portanto, é necessário que nos despojemos de todo preconceito, a fim de examinarmos com seriedade e amor a necessidade, o propósito, o processo e as consequências da disciplina na igreja.

1. A necessidade da disciplina na igreja: A igreja é um corpo, do qual Cristo é a cabeça (Cl 1:17); Ele fez dela uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, a sua propriedade exclusiva, a fim de proclamar as virtudes dele (I Pe 2:10). Tendo, contudo, tamanho apreço diante do Senhor, a igreja ainda não é uma comunidade incorruptível, perfeita e imune ao pecado. O apóstolo João deixa isso muito claro, ao afirmar: Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós (I Jo 1:8). Logo, se uma pessoa transgride os princípios e as normas bíblicas, deve ser chamada à atenção para não mais incorrer no erro.

A igreja de Cristo não pode caminhar sem disciplina. Devemos, sem he-sitação, reconhecer que necessitamos de disciplina. “Nenhum de nós é per-feito, concluído. Precisamos ser inspirados, nutridos e curados; podemos necessitar de correção, disciplina ou quebrantamento”.1 Podemos ser nu-tridos, se houver alimento nutricional correto; podemos ser curados, se nos medicarmos com o remédio certo, com a dose certa. A disciplina é o início da desintoxicação do pecado em nossa alma; é uma prova de amor, pois o Senhor corrige a quem ama e castiga quem ele aceita como filho (Hb 12:6).

2. O propósito da disciplina na igreja: Ao contrário do que se pos-sa imaginar, o propósito maior da disciplina não é “condenar” nem “exco-mungar” o pecador da igreja, mesmo que, em alguns casos, a Bíblia nos dê autoridade para esta última, como, por exemplo, no caso de Himeneu e Alexandre (I Tm 1:20) e no caso do homem de Corinto que praticava incesto (I Co 5:5), os quais foram entregues a Satanás, mas, ainda assim, visando ao arrependimento. O texto de Gálatas é enfático em dizer que ...se alguém for surpreendido nalguma falta (...) corrigi-o (Gl 6:1). O verbo é educativo. Katari-zo significa “pôr em ordem” e, assim, “restaurar a condição anterior”.2

Os caídos carecem de restauração! É certo que a disciplina, dentre outras coisas, busca remover o erro e evitar que o pecado “levede” a igreja com sua influência3; porém, em hipótese alguma, podemos deixar

1. Dever (2007:185).2. Stott (1968:147). 3. Ryrie (2000:504).

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de crer que a mesma tende não a enaltecer o pecado, mas a curar o pe-cador. A disciplina deve ser aplicada com a sensibilidade do amor cristão. Lembre que foi Jesus quem falou: Não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos (Mt 9:12). Portanto, o propósito principal da disciplina eclesiástica é alcançar o duplo alvo da restauração (levar o pecador ao comportamento correto) e da reconciliação.4

3. O processo da disciplina na igreja: A disciplina não deve ser apli-cada de qualquer maneira, pois estamos tratando de pessoas que, como nós, precisam da graça de Cristo. Ela deve ser conduzida com sabedoria e amor para com a pessoa infratora. Quando não entendemos isso, a obra de Deus é prejudicada, o corpo de Cristo é machucado e nós nos sentimos culpados por não cumprirmos o maior dos mandamentos, que é o amor (Mt 22:36-37). Observe a expressão corrigi-o, com espírito de brandura (v.1). A “mesma palavra grega ‘brandura’ (praotes) aparece em 5:23 como parte do fruto do Espírito”.5 Ela tem o mesmo significado de “mansidão”.

Isso implica dizer que: “Se apanharmos alguém fazendo alguma coisa errada, não devemos permanecer inertes, sob o pretexto de que não é da nossa conta e não queremos nos envolver. Nem devemos desprezá-lo ou condená-lo em nossos corações (...) devemos corrigi-lo”.6 É nossa obrigação ajudar a restaurar o irmão em pecado. Há erros pelos quais podemos chegar ao irmão e corrigi-lo, sem o constranger (Mt 18:15). A discrição é importante nesse processo, bem como a imparcialidade, ou seja, a disciplina deve ser justa. Isso deve envolver a verdade dos fatos (I Tm 5:19) e maturidade espiritual (v.1).

4. As consequências da disciplina na igreja: A disciplina bíblica, quan-do aplicada corretamente, tende a trazer benefícios, tais como: a) restaura-ção da pessoa disciplinada. A disciplina mostra ao pecador o dever de cum-prir a lei (Tg 2:10-12); mostra a necessidade de arrependimento (Lc 17:4). Deste modo, a pessoa disciplinada é motivada a retornar à comunhão do corpo de Cristo, pois entende que, na situação em que se encontra, sem-pre estará distanciada de Deus (Is 59:2). No entanto, pode contar com o perdão do Senhor, porque ele é generoso em perdoar (Is 55:7).

Além da restauração do crente, a disciplina promove: b) preserva-ção da pureza da igreja. A igreja não pode permitir que o pecado a contamine, mas deve repudiá-lo. A pessoa deve ser restaurada, mas o

4. Grudem (1994:750).5. Stott (1968:148).6. Idem, p. 147.

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pecado, confrontado. Os membros do corpo de Cristo devem ter cons-ciência de que Cristo não abre mão da pureza (II Pe 3:14). Sem dúvida alguma, a disciplina leva a igreja à certeza de que o pecado não deve ser tolerado, mas a santificação precisa ser posta em prática. Foi por isso que Paulo ficou chocado pelo fato de os coríntios não terem disci-plinado o homem que permanecia deliberadamente em pecado, o que era publicamente conhecido na igreja (I Co 5:2).7

Tratando, ainda, de como devemos proceder, com relação à pessoa disciplinada, Paulo se dirige aos gálatas da seguinte forma: Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo (v.2). Nem todo aquele que está caído consegue levantar-se sozinho. Todos nós pre-cisamos da ajuda dos outros. Na visão divina, não funciona o ditado “cada um por si e Deus por todos”. Não somos autossuficientes. Ter de suportar a vergonha de ter cometido uma falta grave não é fácil. Por que, então, não nos dispomos a estender nossas mãos para ajudar nosso irmão, nesse momento tão difícil? Só assim poderemos cumprir, verdadeiramente, a lei de Cristo.

1. Leia os textos de I Jo 1:8; Hb 12:6 e o item 1 do comentário anterior e comente com a classe sobre a necessidade da disciplina na igreja.

2. Leia Gl 6:1; Mt 9:12, o item 2 do comentário anterior e responda: Qual o principal propósito da disciplina na igreja?

3. Conforme Mt 18:15; Gl 5:23; I Tm 5:19 e o item 3 do comentário anterior, responda: Como deve ser o processo de disciplina na igreja?

7. Grudem (1994:750).

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4. Leia Lc 17:4; II Pe 3:4, o item 4 do comentário anterior e comente com a classe sobre as consequências da disciplina na igreja.

II. APLICANDO O ENSINO DA BÍBLIA

1. Ajudar os caídos envolve amor na disciplina.Há casos em que pessoas que foram disciplinadas não conseguiram

se reerguer novamente. Ora, por que isso acontece, se a disciplina visa restaurar o caído? Talvez por causa da forma com que, muitas vezes, é aplicada. O texto é claro: Levai as cargas uns dos outros, e assim cumpri-reis a lei de Cristo (Gl 6:2). Quando alguém comete um delito grave, pode sentir-se envergonhado (Gn 3:10), e isso pode fazê-lo evitar ir à igre-ja, conversar com os irmãos; pode levá-lo a sentir-se inferior às demais pessoas, etc. Portanto, nesse momento, devemos ajudá-lo com intenso amor! Não devemos evitá-lo, nem devemos julgá-lo ou condená-lo, mas, sim, lutar por ele, conquistá-lo! (Mt 18:15).

5. Leia Gl 6:2, a primeira aplicação e responda: De que modo devemos tratar os caídos?

2. Ajudar os caídos envolve santidade na disciplina.O cego não pode guiar outro cego, pois ambos podem cair no buraco

(Mt 15:14). A disciplina não é carnal, mas espiritual. Por isso, deve envolver santidade. O caído deve ser restaurado através da santificação e para a santificação. Para que isso aconteça, precisamos nos portar diante da pes-soa caída de modo santo, a fim de levá-la a perceber a necessidade de se santificar. Foi por isso que Paulo se dirigiu a pessoas espirituais: ... vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura (Gl 6:1), ou seja, para cor-rigir os outros, é necessário haver, primeiramente, espiritualidade. Nesse caso, o testemunho de vida é mais importante que palavras.

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6. Leia Gl 6:1; Mt 15:14, a segunda aplicação e responda: Por que precisamos nos portar com santidade, diante dos caídos?

3. Ajudar os caídos envolve cuidado na disciplina.O ato da disciplina deve ser conduzido com cuidado, no que diz res-

peito à justiça. As pessoas devem ser “disciplinadas”, quando necessário, pelos pecados que cometem, mas é injusto serem julgadas por algo que não cometeram. Por isso, o conselho bíblico é que se analise o caso de modo imparcial, a fim de buscar a verdade dos fatos, para que a discipli-na não seja injusta (I Tm 5:19,21). É muito perigoso julgarmos as pessoas por sua aparência, deixando em segundo plano a reta justiça ordenada por Cristo (Jo 7:24). Portanto, tratemos as pessoas caídas com cuidado, para não nos dirigirmos a elas injustamente. A justiça faz parte da lista das “bem-aventuranças” (Mt 5:6).

7. Leia I Tm 5:19,21; Jo 7:24, a terceira aplicação e responda: Por que é necessário agirmos com cuidado em relação aos caídos?

CONCLUSÃO: Após analisarmos a necessidade, o propósito, o pro-cesso e as consequências da disciplina na igreja e ainda estudarmos as implicações do amor, da santidade e do cuidado na disciplina para com os caídos, cabe-nos, agora, uma postura imediata para que a restauração aconteça na vida dos nossos queridos irmãos que se encontram em tal situação. Pode ser que, ao seu lado, haja um irmão precisando da sua ajuda para retornar à condição anterior. Não hesite em estender as suas mãos para levantá-lo. Somos imitadores de Cristo; portanto, devemos praticar para com os caídos aquilo que mais ele nos ensinou com pala-vras e atitudes: amor.

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TEXTO BÁSICO: Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas às bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou. (Ap 19:7)

INTRODUÇÃO: Você já recebeu em mãos um convite de um casa-mento? Em linhas gerais, esse tipo de convite segue sempre o mesmo padrão: pais e noivos chamam os familiares e amigos para celebrarem um dia muito especial. Note que, por mais simples que seja o convite de casamento ele sempre transmite a ideia de felicidade e realização. Em Apocalipse, capítulo 19, versículos 7 a 9, encontramos o mais precioso de todos os convites de casamento. É o casamento de Cristo e sua igreja! A Bíblia o chama de bodas do Cordeiro e ele acontecerá na vinda do Senhor. Este será o assunto do estudo de hoje.

I. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

Na cultura dos hebreus, um casamento ocorria basicamente em duas fases: o noivado e o casamento.1 O noivado iniciava com compromisso

1. Stott (2007:431).

Ensinar ao estudante da Bíblia que a história da igreja terá um final feliz e ela deve aguardar esse dia com anseio, cautela e pureza.

LEITURA DIÁRIA ObjetIvO

Hinos sugeridos: BJ 49 – HA 49 / BJ 369 – HC 44226 DEZ 2009

Final feliz13Domingo, 20 de dezembro .. Ap 19:6-9Segunda, 21 ............................... Ap 21:1-5 Terça, 22 .................................. Ap 22:17-21Quarta, 23 ...................... I Ts 5:1-2; 16-24Quinta, 24 ............................... I Co 9:24-25Sexta, 25 ....................................... Jo 14:1-3Sábado, 26 ............................. Mt 25:31-34

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sério firmado entre os pais dos noivos. Daquele momento em diante, mesmo sem ter nenhuma intimidade, eles já eram considerados legal-mente casados. “Qualquer infidelidade durante o noivado era conside-rada adultério”.2 Só depois de certo tempo é que ocorria o casamento propriamente dito, quando o noivo ia, em procissão, até a casa noiva e a levava para casa dele e lá ocorria um grande banquete. É essa a imagem que a Bíblia usa no texto em estudo (Ap 19:7-9), em que vemos a alegria, o preparo, o convite e a certeza das bodas do Cordeiro.

1. A alegria das bodas do Cordeiro: Veja como o texto começa: Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro (Ap 19:7a). Os verbos “alegrar” e “exultar”, no original, comunicam a ideia de “ser feliz” e “regozijar-se exuberantemente”.3 Eles aparecem juntos somente mais uma vez na Bíblia: Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós (Mt 5:12). Nas duas citações, a mensa-gem é a mesma: os dias podem ser difíceis e escuros; o rosto pode estar molhado de lágrimas, mas ainda não é fim. Dias melhores virão! Alegre-se, o Noivo está chegando!

Cristo está voltando para buscar a sua noiva, que é a igreja. Esse será o dia mais feliz do mundo! Sabemos que, ao redor do mundo, em meio a diversas culturas e muitas gerações, encontramos costumes diferen-tes em torno do casamento. Contudo, independentemente do tempo e do lugar, há um sentimento sempre presente nessa festa. Sabe qual é? É a alegria! Será assim também nas bodas do Cordeiro. A festa de um casamento judaico poderia demorar muitos dias, mas a do casamento de Cristo com a igreja permanecerá por toda a eternidade, numa ale-gria que nunca se acaba!4

2. O preparo das bodas do Cordeiro: É claro que aquele dia será alegre, somente aos que estiverem preparados na volta de Jesus. E so-bre isso a figura do casamento judaico tem muito a nos ensinar. Por exemplo, entre o noivado e o casamento havia um intervalo designado à preparação.5 Neste período, o noivo buscava recursos e pagava o dote ao pai da noiva. Por outro lado, a noiva se preparava e se adornava para receber o seu noivo. No caso de Cristo e sua igreja, ele já pagou o

2. Wiersbe (2006:786).3. Rienecker & Rogers (1995:634).4. Lopes (2005:336).5. Hendriksen (2001:239-240).

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dote por ela: o preço foi o seu próprio sangue! (cf. At 20:28). E a igreja, como deve se preparar?

Veja o que nos diz texto: ... cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos (Ap 19:7c-8). Aqui, há duas preciosas verdades: a primeira é que ela “enfeitou” o seu próprio vesti-do, santificando-se e desenvolvendo a salvação (Fl 2:12). Mas a segunda verdade, e a mais profunda, é que lhe foi dado, ou seja, Deus trabalhou nela e a santificou (Fl 2:13).6 Sobre isso, afirmou Paulo: Cristo amou a igreja e entregou-se por ela para santificá-la (...) e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha (...) mas santa e inculpável (Ef 5:25-27 – NVI).

3. O convite das bodas do Cordeiro: Após descrever a sua visão com respeito à “alegria” e ao “preparo” do casamento celestial, o após-tolo João passa a tratar sobre o “convite”. Ele anota as palavras ditadas por um anjo, que diz: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. (Ap 19:9a). Na Nova Tradução Linguagem de Hoje, está escrito assim: Felizes os que foram convidados para a festa de casamento do Cordeiro! Que privilégio! Mas quem são esses convi-dados? O contexto indica que são os que entenderam e aceitaram o convite de Jesus.7

Mas que convite é esse? Aquele magnífico convite estendido a to-dos: O Espírito e a noiva dizem: “Vem!” E todo aquele que ouvir diga: “Vem!” Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida (Ap 22:17 – NVI). Todos os que respondem positivamente recebem a salvação, são vestidos de vestes brancas e podem assentar-se à mesa do Cordeiro. Há, aqui, uma sobreposição de imagens: os convidados e a noiva são a mesma pessoa! “A noiva é a igreja e os convidados para as bodas são todos aqueles que fazem parte dela (...) a igreja é povo mais feliz do universo”.8

4. A certeza das bodas do Cordeiro: Em conclusão, o anjo acres-centou: São estas as verdadeiras palavras de Deus (Ap 19:9b). Diante das constantes aflições que a igreja enfrenta, aqui na terra, a cena descrita por João poderia lhe parecer uma “miragem no deserto” ou “um sonho utópico”. Mas o mensageiro celeste faz questão de lembrá-la que tudo

6. Wilcock (2003:142).7. Kistemaker (2004:649).8. Lopes (2005: 336).

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aquilo é uma promessa de Deus e que ele é fiel para cumprir as suas promessas9: O próprio Deus declarou isso (Ap 19:9b – BV). A promessa de sua vinda é repetida, só no Novo Testamento, mais de 300 vezes10. É a maior certeza cristã!

Portanto, você pode confiar: O Cordeiro não esqueceu sua noiva, e logo ele virá buscá-la. Ele mesmo disse: Não fiquem aflitos. Creiam em Deus e creiam também em mim (...) e eu vou preparar um lugar para vocês (...) voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês este-jam também (Jo 14:1-3 – NTLH). Que esperança maravilhosa! Estaremos nas bodas do Cordeiro! Portanto, alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a glória (Ap 19:7). Os descrentes podem até debochar das promessas de Deus, mas o Senhor quer que seu povo saiba que pode confiar nelas!

Por favor, abra mais uma vez a sua Bíblia, em Apocalipse, capítulo 19, versículos 7 a 9 e leia com atenção. Qual é o sentimento mais forte nesse texto? Se você respondeu “alegria” ou “felicidade”, acertou. Agora, Cristo está conosco (Mt 19:20), mas, no porvir, estaremos para sempre com ele. A história da igreja terá um final muito feliz! Contudo, não será apenas por um instante, mas por toda a eternidade! Como devemos aguardar o Noivo? A seguir, conheceremos três ensinos que nos ajudam a entender a maneira correta de aguardarmos o nosso Senhor.

1. Leia o comentário no item 1, Ap 19:7a; Mt 5:12 e responda: Qual o sentimento sempre presente numa festa de casamento? Como esse sentimento estará presente na volta de Cristo?

2. Após ler o comentário no item 2 e Ap 19:7b-8; Ef 5:25-27, responda: Como a noiva de Cristo deve se preparar para o casamento?

9. Ladd (1986:185)10. Duffield & Cleave (1991:360).

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3. Com base no item 3 do comentário e Ap 19:9a; 22:17, responda: Quem são os convidados para as bodas do Cordeiro?

4. Leia o comentário no item 4; Ap 19:9b; Jo 14:1-3 e responda: Por que podemos ter certeza das bodas do Cordeiro?

II. ANALISANDO O ENSINO NA BÍBLIA

1. O noivo chegará e o final da história será feliz! Aguarde-o com todo anseio! A igreja está desposada com Cristo, e o casamento dos dois em

breve acontecerá. Um dia ele voltará e a levará para a casa que ele preparou. Estarão para sempre juntos (Jo 14:1-3). Quando isso acon-tecerá? Ninguém conhece o dia nem a hora; somente Deus (Mt 24:36). Todavia, se a noiva realmente ama o noivo, certamente, vai aguardá-lo com grande expectativa. Ela vai passar a noite sonhando com o dia do casamento. Quem é a noiva? Somos nós, os crentes em Jesus. Deve-mos aguardá-lo com muito anseio e dizer: Assim como o corço deseja as águas do ribeirão, assim também eu quero estar na tua presença , ó Deus! (Sl 42:1 – NTLH).

5. Leia a primeira aplicação, Sl 42:1 e responda: Por que devemos aguardar a volta de Jesus com todo anseio?

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2. O noivo chegará e o final da história será feliz! Aguarde-o com toda cautela!O que é cautela? É vigilância, atenção e prudência. Isso nos faz

pensar na parábola das dez virgens contada por Jesus. Aquelas jo-vens tinham vasilhas e lâmpadas (Mt 25:7-8). Porém, necessitavam do elemento principal, que é o azeite. As imprudentes não coloca-ram azeite em suas vasilhas; as prudentes, sim. Quando o noivo che-gou, quem entrou para as bodas? É claro que foram as prudentes! Eram cautelosas e estavam preparadas. Como você tem esperado a vinda de Cristo? Você está preparado? Vigie, meu irmão, pois felizes são os que estiverem vigilantes, quando ele chegar (Lc 12:37). Disse o noivo: Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que nin-guém tome a tua coroa. (Ap 3:11).

6. Leia a segunda aplicação, Mt 25:7-8; Ap 3:11 e comente sobre a importância de esperar a volta de Cristo com toda cautela e vigilância.

3. O noivo chegará e o final da história será feliz! Aguarde-o com toda pureza!A maior honra que um rei pode conceder a uma súdita é pedi-la em

casamento. O Senhor Jesus nos conferiu essa honra! Ele nos valorizou, pagando o maior de todos os dotes, isto é, o seu próprio sangue (I Pe 1:18-19). O que ele espera de nós? Se temos tais promessas, purifique-mo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiço-ando a nossa santidade (II Co 7:1). Cristo deseja encontrar uma noiva santa, pura e sem mácula (Ef 5:27). Mostre que você entendeu o que Cristo lhe concedeu, comportando-se como a noiva santa do Senhor. Que sejam puras as suas vestes!

7. Leia a terceira aplicação, Ap 19:7-8; II Co 7:1; Ef 5:27 e comente sobre a pureza que se espera da noiva de Cristo.

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CONCLUSÃO: Cristo virá buscar a igreja, que é sua noiva. Nossa histó-ria terá final muito feliz! Será muito bom ouvi-lo dizer: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fun-dação do mundo (Mt 25:34). Como está seu relacionamento com Deus? Você já faz parte da noiva de Cristo? Hoje, ele lhe concede essa honra! Se, porventura, você ainda não está preparado para a volta de Cristo, co-mece, agora mesmo, a se preparar. Há uma festa sendo preparada para você. Aguarde o noivo com anseio, cautela e pureza.

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27, 28 e 29 de novembro de 2009Estância Árvore da Vida – Sumaré, SP

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45ªAssembleia

Um dever do consagrado, um direito do membro

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