a partilha da africa trabalho geo

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Caio Nunes n°04 Gustavo Perez n°13 Pedro Henrique n°33 Thiago Alberto n°36 Victor Gossler n° 39 A Partilha da África, colonização, independência e seus efeitos

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Apresentação de slides abordando o tema :A partilha da África, colonização, independência e seus efeitos.

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Page 1: A partilha da africa trabalho geo

Caio Nunes n°04Gustavo Perez n°13Pedro Henrique n°33Thiago Alberto n°36Victor Gossler n° 39

A Partilha da África, colonização, independência e seus efeitos

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NEOCOLONIALISMO• No século XIX, após a Revolução Industrial, outras potências européias, além

de Portugal e Espanha, iniciam uma nova corrida colonial: Reino Unido, Bélgica, França, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Rússia e Itália. O objetivo era encontrar matérias-primas para abastecer suas economias, mão-de-obra barata e novas regiões para investir o capital excedente, construindo ferrovias ou explorando minas. Havia ainda o crescimento acelerado da população européia e a conseqüente necessidade de novas terras para se estabelecer. No plano político, ter colônias significava ter prestígio.

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INTERESSES À ÁFRICA• A Revolução Industrial revalorizou a África aos olhos do europeu, sobretudo

por sua potencialidades pouco explorada de matérias-primas, e pelo possível mercado consumidor para novos artigos industrias.

• A descoberta de minerais preciosos , em 1870, como diamantes em Kimberley (orange) e jazidas de ouro no Transvaal fez aumentar a cobiça do europeu.

• A maquina a vapor e a estrada de ferro foram os dois instrumentos fundamentais desse novo avanço imperialista. Funcionara tanto como objeto do comercio quanto como instrumentos de penetração para conquista do continente.

• A Alemanha foi o ultimo país europeu a participar da corrida imperialista e portanto, acabou entretanto em conflito com outros países , cujos interesses já estavam estabelecidos em diversas área do globo.Tentando evitar esses choques e ao mesmo tempo criando um canal de participação, Bismarck, primeiro-ministro alemão, consegui reunir, na conferencia de Berlim (1884-1885) , as principais potencias imperialistas, com objetivo de estabelecer uma ação conjunta na África.

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A CONFERÊNCIA DE BERLIM• O Congresso de Berlim realizado entre 19 de Novembro de 1884 e 26 de

fevereiro de 1885 teve como objetivo organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências coloniais e resultou numa divisão que não respeitou, nem a história, nem as relações étnicas e mesmo familiares dos povos do Continente.

• No congresso, que foi proposto por Portugal e organizado pelo Chanceler Otto von Bismarck da Alemanha — país anfitrião, que não possuía mais colônias na África, mas tinha esse desejo e viu-o satisfeito, passando a administrar o “Sudoeste Africano” (atual Namíbia) e o Tanganhica — participaram ainda a Grã-Bretanha, França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Estados Unidos da América, Suécia, Áustria-Hungria, Império Otomano.

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MAPA DE ÁFRICA COLONIAL EM 1913. 

Mapa de África Colonial em 1913. ██ Bélgica██ FranÁa

 ██ Alemanha ██ Grã-Bretanha

██ Itália██ Portugal

 ██ Espanha ██ Estados

independentes

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A PARTILHA DA ÁFRICA• Ao encerrar a Conferência de Berlim, em 26 de fevereiro de 1885, o

chanceler alemão Otto von Bismarck inaugurou um novo – e sangrento – capítulo da história das relações entre europeus e africanos. Menos de três décadas após o encontro, ingleses, franceses, alemães, belgas, italianos, espanhóis e portugueses já haviam conquistado e repartido entre si 90% da África – ou o correspondente a pouco mais de três vezes a área do Brasil. Essa apropriação provocou mudanças profundas não apenas no dia-a-dia, nos costumes, na língua e na religião dos vários grupos étnicos que viviam no continente. Também criou fronteiras que, ainda hoje, são responsáveis por tragédias militares e humanitárias.

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PARTILHA SANGRENTA• Muitas das atuais divisões da África decorrentes da conferencia de Berlim ,

ainda passaram por conflitos sangrentos estimulados muitas vezes pelas potencias européias, que se utilizaram das etnias locais para gerar divergências com o estado ou outras etnias locais para assimilar território.

• As fronteiras territoriais foram delineadas sem respeitar a disposição da população local. Eles recorriam a noções arbitrárias como latitude, longitude, linha de divisão das águas e curso presumível de um rio que mal se conhecia.E essas fronteiras ainda sobrevivem. Segundo o geógrafo francês Michel Foucher, cerca de 90% das atuais fronteiras na África foram herdadas do período colonial. Apenas em 15% delas foram levadas em consideração questões étnicas.

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PARTILHA SANGRENTA• O rei Leopoldo II por exemplo, conseguiu passar a perna em africanos e

europeus. Soberano de um pequeno país, a Bélgica, não tinha recursos nem homens para ocupar grandes territórios. Por isso, criou associações que se apresentavam como científicas e humanitárias, a fim de “proteger” territórios como a cobiçada foz do rio Congo. “Graças a hábeis manobras diplomáticas, ele conseguiu obter o reconhecimento, por todas as potências da época, de um ‘Estado Livre do Congo’, do qual ele seria o governante absoluto”, afirma o professor Vanthemsche. Leopoldo dominou com mão de ferro o Congo, usando métodos violentos para conseguir extrair o máximo que pudesse para aumentar sua riqueza pessoal.

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Rei da Bélgica Leopoldo II, conhecido pelas suas relaÁões diplomáticas e interferências na África.

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PARTILHA SANGRENTA• O método ainda utilizado pelos europeus foi o bom e velho “dividir para

dominar”. A idéia era se aproveitar da rivalidade entre dois grupos étnicos locais (ou criá-la, se fosse inexistente) e tomar partido de um deles. Com o apoio do escolhido, a quem davam armas e meios para subjugar os rivais, os europeus controlavam a população inteira. “Pode-se dizer que todas as potências conduziam a conquista da mesma forma: através da força bruta, dividindo para dominar e usando soldados que eram principalmente africanos e não europeus”, diz Paul Nugent, professor de História Africana Comparada e diretor do Centro de Estudos Africanos da Universidade de Edimburgo, na Escócia.

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PARTILHA SANGRENTA• Um dos episódios mais sangrentos da historia dos conflitos étnicos na África,

foi o massacre de Ruanda, entre as etnias hutus e tutsis. Os tutsis foram considerados de “origem mais nobre” pelos colonizadores (primeiro alemães, depois belgas), e os hutus foram colocados em posição de inferioridade. Os tutsis mantiveram o poder mesmo após a saída dos belgas. Em 1994, 32 anos após a independência de Ruanda, cerca de 1 milhão de pessoas morreram no conflito em que os detentores do poder foram perseguidos pelos até então marginalizados hutus.

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Soldados reunindo caveiras dos mortos do genocídio de Ruanda

Corpos de crianças mortasEm Ruanda

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HISTÓRIA DA DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA Quando os estados da Europa no final da Idade Média começaram a

"descobrir" a África, encontraram aí reinos ou estados, quer de feição árabe ou islamizados, principalmente no norte e ocidente daquele continente, quer de tradição bantu. Os primeiros contatos entre estes povos não foram imediatamente de dominação, mas de caráter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias potências européias levaram à dominação política desses reinos, que culminou com a partilha do Continente Negro pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885.

No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio econômico e militar nas suas colônias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colônias.

Apesar de toda a união entre os povos africanos, firmada na Conferência dos Povos da África, realizada na cidade de Acra, capital de Gana, a independência de alguns países, como a Argélia e a República Democrática do Congo, somente foi alcançada após desgastantes conflitos que se estenderam por até anos de guerra.

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INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS FRANCESAS A seguir à Segunda Guerra Mundial a França, que já se encontrava a braços

com insurreição na Argélia e na Indochina e depois de já ter perdido Marrocos e a Tunísia, em 1956, como resultado de movimentos independentistas aos quais foi obrigada a ceder, tentou em Setembro de 1958, através dum referendo uma manobra de dar uma “autonomia” às suas colônias, que continuariam a fazer parte da “Comunidade Francesa”.

Com exceção da Guiné, que votou pela independência imediata, a Costa do Marfim, o Níger, o Alto Volta e o Daomé decidiram formar a “União Sahel-Benin” e, mais tarde, o “Conselho do Entendimento”, enquanto o Senegal se unia ao “Sudão Francês” para formar a “Federação do Mali”. Estas uniões não duraram muito tempo e a França, em 1960, reconheceu a independência da maioria das sua colônias africanas.

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A DESCOLONIZAÇÃO EM DJIBOUTI Djibouti foi uma das colônias francesas que decidiu, em 1958, manter-se na

“Comunidade Francesa”, mas, devido a problemas de governo, a população local começou a manifestar-se a favor da independência. Depois de um novo referendo, em 1977, o Djibouti tornou-se finalmente um país independente. Nas Comores, a história foi semelhante, mas com uma declaração unilateral de independência, em 1975, que foi reconhecida no mesmo ano, mas que não abrangeu a ilha Mayotte, onde a população votou por manter-se como um território francês.

A ilha da Reunião é igualmente um departamento francês, governando, para além da ilha principal, várias outras ilhas que são reclamadas por Madagáscar e Maurícia.

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A DESCOLONIZAÇÃO NA ARGÉLIA

A Argélia, ocupada pelos franceses desde 1830, junto com a Tunísia e o Marrocos, a chamada Região do Maghreb, entre o deserto do Saara e o Mediterrâneo.

Na Tunísia e do Marrocos a independência foi relativamente tranqüila. Na Argélia, a guerra não foi evitada. Entre 1954 a 1962, argelinos e franceses estiveram envolvidos em um conflito após diversos movimentos fracassados contra a ocupação francesa, desde a década de 40 do século XX. Os movimentos aumentaram após a Segunda Guerra Mundial, e foram reprimidos pelas forças militares francesas. Em 1954, eclodiu a sangrenta guerra que culminou, oito anos depois, com a declaração de independência da Argélia.

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INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS ITALIANAS A Itália foi o último país europeu a chegar ao continente africano e também o

primeiro a se retirar. As únicas colônias italianas na África foram a Líbia, Eriteia e parte

da Somália. A Líbia tornou-se independente em 1951 e a Somália Italiana em 1960. No mesmo dia, a antiga Somália Italiana uniu-se à Somália Britânica para dar origem ao que é hoje a República de Somália.

Além dessas colônias, a Itália invadiu o atual território da Etiópia em 1936. Depois da invasão, a Etiópia perdeu sua independência para a Itália e logo foi incorporada à África Oriental Italiana. Cinco anos depois, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, a Etiópia reconquistaria sua independência, junto com a Eriteia, que em 1993 separou-se da Etiópia e antiga África Oriental Italiana (Etiópia) foi dividida em Eriteia eEtiopia. Isto permanece até hoje.

Efetivamente, a independência das ex-colônias italianas processou-se logo no início do pós-guerra, tendo a ONU um papel importante nesse cenário.

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INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS PORTUGUESAS A independência das colônias portuguesas em África iniciou-se em 1973 com

a declaração unilateral da República da Guiné Bissau, que foi reconhecida pela comunidade internacional, mas não pela potência colonizadora. As restantes colónias portuguesas ascenderam à independência em 1975, na sequência da Revolução dos Cravos.

Polêmica sobre a descolonização das ex-colônias portuguesas na África Algumas pessoas, tanto em Portugal, como nas suas ex-colônias de África,

consideram que o processo de descolonização foi mal conduzido. Um dos argumentos é fato de não terem sido incluídos nos acordos que

levaram à independência das colônias garantias sobre os direitos dos residentes que ali viviam e que viriam a escolher a nacionalidade portuguesa; esses críticos justificam o êxodo dos portugueses por essa razão.

No entanto, os problemas que viveram, a seguir às suas independências principalmente Angola e Moçambique, são geralmente atribuídos a questões internas de governo,e não ao processo de descolonização.

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INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS ESPANHOLAS A Espanha colonizou o que corresponde hoje ao atual norte do Marrocos,

a Guiné Equatorial e a Saara Ocidental. O Marrocos atual se tornou independente em 7 de abril de 1956. O restante

do Marrocos foi colônia francesa e se tornou independente em 2 de março de 1956. O Marrocos atual surgiu em 1956, quando os dois protetorados se uniram.

A Guiné Equatorial tornou-se independente da Espanha em 1968. O atual território da Saara Ocidental se tornou independente em 27 de

fevereiro de 1976. Porém, sua independência não foi e ainda não é reconhecida pela ONU. Apenas 60 países reconheceram sua independência. O primeiro estado foi Madagascar em 28 de fevereiro de 1976. O último foi a África do Sul.

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SONHADA LIBERDADE Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua

independência política, no entanto, a divisão dos territórios ficou definida a partir da concepção européia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e culturais, desatenção que desencadeia uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso por que antes dos europeus as tribos tinham suas próprias fronteiras e todos se respeitavam. Com a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados, entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região. Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de domínio do Marrocos.