a perspectiva econômica do fenômeno do empreendedorismo
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A PERSPECTIVA ECONÔMICA DO FENÔMENO DO EMPREENDEDORISMO.Empreendedorismo e a destruição criativa em Emanuel Leite
➤ Schumpeter
➤ as "novas combinações" como impulsionadoras do desenvolvimento econômico, e são elas (1) a introdução de um novo produto; (2) a introdução de um novo método de produção; (3) a criação de um novo mercado; (4) a conquista de novas matérias primas; e (5) o estabelecimento de novas configurações em determinadas indústrias, como a criação ou a quebra de um monopólio.
➤ responsáveis por uma destruição criativa, fruto da ação do próprio capitalismo em sua arte de reinventar-se, e rompem com velhos paradigmas e na construção de novos.
➤ Segundo LEITE, na concepção schumpeteriana, "o empreendedor pode ser descrito como um agente de mudanças, de transformação no ciclo econômico."
➤ ilustres teóricos econômicos, como Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx, não dão o valor devido ao empreendedor em suas análises, algumas vezes por não perceberem as necessidades do mercado em transformar-se e em renovar-se, outras por não anteciparem o papel das tecnologias da informação responsáveis pelas transformações atuais na economia mundial graças ao papel do empreendedor.
➤ pessoas ou empresas, normalmente relacionadas à inovação tecnológica, dinâmicas, geograficamente livres, itinerantes, móveis.
➤ sabem se utilizar das tecnologias disponíveis em seu negócio, que para além de seu produto,
➤ baseiam-se na satisfação de seus clientes.
➤ explora racionalmente possibilidades de inovação, porém age emocionalmente quando se refere aos seus objetivos e metas.
➤ "atividade empreendedora" satisfaz "desejos e necessidades dos indivíduos" através do lucro, sendo esse o combustível de qualquer ação empreendedora. Porém, o lucro não possui importância maior que a manutenção de seus clientes.
➤ são os "proprietários de novos empreendimentos que introduzem inovações nos atuais mercados e dessa maneira corroem os mercados existentes". Atualmente, essas inovações seriam advindas do microcomputador e suas técnicas, bem como de inovações na área de marketing e distribuição.
➤ nova diferenciação sobre o que é concorrência, que não mais se baseia entre bens idênticos produzidos da mesma forma, mas em novos produtos, que impõe novos mercados, novos desejos nos consumidores, e assim aniquilam antigos produtos.
➤ advoca pela rejeição das doutrinas econômicas clássicas, porém salienta que "o espírito empreendedor, no velho estilo, e não nas novas técnicas de administração, é a base do sucesso da inovação".
➤ grandes empresas têm suas ações empreendedoras normalmente sufocadas pela burocracia, uma vez que essas empresas são altamente burocratizadas, e raramente são aptas a competir em um mercado econômico marcado pelo dinamismo dos concorrentes.
➤ uma teoria que incorpore o empreendedor ao capitalismo, através do estudo e construção de uma tipologia que possa perceber o papel desses atores, na (1) identificação dos destruidores criativos; (2) na determinação das oportunidades inovadoras e sua introdução no mercado; (3) no esclarecimento sobre as necessidades dos empreendedores e (4) na forma de guiar a política econômica para aperfeiçoar o sucesso do empreendedor.
➤ urgência para que as nações promovam ações de apoio ao empreendedorismo pois "as micro e pequenas empresas costumam responder pela maior fatia na geração de empregos e por substancial parte do PIB nos mercados mais desenvolvidos."
➤ 27% do PIB nacional provém das micro e pequenas empresas -
➤ Comércio, correspondem a 53,4% do PIB
➤ Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) é próximo ao das médias empresas (24,5%).
➤ Serviços, 36,3% da produção têm origem nos pequenos negócios.fonte:SEBRAE
➤ as micro e pequenas empresas são responsáveis por mais da metade dos empregos formais no mundo. fonte: Banco Mundial
➤ no mercado global, o desafio (ou as oportunidades) ainda são grandes: o PIB das micro e pequenas empresas, estimado em 1.6 trilhões de dólares na próxima década, chega a parecer irrisório frente ao PIB planetário, avaliado em 2014 pelo FMI em torno dos 77 trilhões de dólares.fonte: Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional
➤ Aqui, deixamos a cargo do tempo a comprovação das afirmações de LEITE. Vale lembrar que, segundo alguns analistas, as teorias da transição do capitalismo para o socialismo de Schumpeter estavam "quase certas", exceto pelo fato dele não prever o fracasso evidente do socialismo no Leste Europeu nem o papel da tecnologia em realmente fomentar a inovação e o empreendedorismo nas sociedades ocidentais a partir da década de 1980. Um contraste fulgaz com a teoria de Schumpeter, em que a tecnologia serviria apenas para concentrar a propriedade e riqueza para grandes corporações.HENREKSON, M., JACKOBSSON, U.