a propaganda da ditadura

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A propaganda foi um dos grandes baluartes do regime ditatorial. Em 1933 Oliveira Salazar abriu o Secretariado da Propaganda Nacional e convidou o jornalista António Ferro para o dirigir. A missão era o controlo das artes e dos espectáculos, apoiar a censura na manipulação da informação e a criação de um imaginário colectivo de bem estar e desenvolvimento proporcionados pelo regime a que chamaram exactamente Estado Novo.

Secretariado da Propaganda Nacional /SNI

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Secretariado da Propaganda Nacional /SNI Salazar foi o grande Ditador, o grande Educador, o grande Protector e o grande Salvador da Pátria.Estávamos no auge do culto da personalidade com Oliveira Salazar comparado a uma divindade, a vários santos e a figuras proeminentes da nossa história .

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O SPN /SNI devia criar uma realidade e formatar o país de acordo com essa percepção. Assim, baseado na trilogia Deus, Pátria e Família, alteraram-se e inventaram-se produtos culturais. Emitiram-se cartazes e panfletos , financiaram-se espectáculos e organizou-se a Exposição do Mundo Português. Vendia-se a imagem do país moderno cheio de tradição…!

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O Turismo foi utilizado como actividade económica mas principalmente como meio de comunicação. A passagem por Portugal de milhares de refugiados exortou a um maior investimento na indústria turística e na animação.

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Panfletos políticos de acção psicológica

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A grande ilusão criada à volta do Império Português e da missão divina de Portugal no mundo e do representante de Deus que devia conduzir essa missão

de salvação do mundo.

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A moral era muito puritana mas as condições de saúde e sanitárias eram muito incipientes.

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Secretariado da Propaganda Nacional / SNIA miséria grassava mas não se podia falar nela. A imagem tinha de ser de um país pobre mas feliz a caminho do reino dos céus. A Mitra, em Lisboa, recolhia crianças das ruas e alimentava-as. A mão de obra infantil era um flagelo. A sopa dos pobres alimentava milhares de pessoas. A emigração era uma das saídas.

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A estética do regime contaminou a imagem pública e das empresas. A publicidade passou a usar a imagem numa concepção nacionalista e etnográfica.

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A diversão. As sociedades recreativas e as colectividades foram pioneiras na organização do excursionismo patrocinado pela FNAT.

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O mundo do espectáculo também estava sob a alçada de António Ferro que não permitia grandes críticas à situação. Apostava mais nas populares festas feiras e romarias que entretinham o povo enquanto digeria a ideologia do regime. As revistas e o cinema sonoro português obtiveram grandes sucessos.

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A última campanha de António Ferro antes de ser compulsivamente afastado dos cargos que desempenhava e depois de anos a intoxicar a opinião pública com a ideologia da ditadura. Capa da TIME que em 1946 já considerava que o regime só se enganava a ele próprio.

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A comunicação social e algumas formas de contornar o lápis azul.

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Cartazes utilizados em campanhas de educação comunitária, de apelo à produção e adesão a peditórios para causas públicas.

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O encerramento do Ano Santo em Fátima lança internacionalmente o altar do mundo.

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Nas colónias o objectivo era manter a moral das tropas, isolar os guerrilheiros dos movimentos de libertação e evangelizar os indígenas.

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A guerra era a sério.

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A guerra colonial utilizava muito esta máquina da propaganda. Em Portugal era necessário legitimar as acções militares e recrutar os futuros defensores da pátria. A acção psicológica começava aqui…

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A guerra tem muitas facetas e quando as armas não falam mais alto é a propaganda que entra em acção. Os panfletos que eram lançados de avião sobre as aldeias ou estrategicamente colocados nas picadas.

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Guerra ColonialA partir de certa altura a guerra colonial passou a ser um dos pilares de sustentação do regime. O contraste da mensagem em contextos diferentes.

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O fim da ditadura