a questÃo da adaptabilidade profissional frente ao desafio …
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FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CENTRO DE FORMAÇÃO ACADÊMICA E PESQUISA CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A QUESTÃO DA ADAPTABILIDADE PROFISSIONAL FRENTE AO
DESAFIO DA MICROINFORMÁTICA
DISSERTAÇÃO APRESENTADA À ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
LUIZ FELIPE PEREIRA DAS NEVES
RIO DE JANEIRO,1996
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CENTRO DE FORMAÇÃO ACADÊMICA E PESQUISA CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
E
A QUESTÃO DA ADAPTABILIDADE PROFISSIONAL FRENTE AO DESAFIO DA MICRO INFORMÁ TICA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO APRESENTADA POR LUIZ FELIPE PEREIRA DAS NEVES
APROV ADA EM 30 DE OUTUBRO DE 1996 PELA COMISSÃO EXAMINADORA
LUIS CESAR GONÇALVES DE ARAÚJO - DOUTOR EM ADMINISTRAÇÃO
"ERMA IRY-CHERQUES - MESTRE EM FILOSOFIA
Q VALÉRIA DE SOUZA - MESTRE E DMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A minha esposa Madalena e as minhas filhas Erika, Daniela e Carolina, compreensivas pelo tempo em que estive ausente na busca
dos segredos das tecnologias para a Administração.
Em memória de Francisco, meu pai.
IV
RESUMO
A introdução dos computadores pessoais no ambiente de
trabalho provocou uma verdadeira revolução. Como tal, os rumos a
serem tomados pelas organizações, tanto na administração de seus
negócios, quanto no gerenciamento de seus recursos, nem sempre se
mostraram claros.
O presente trabalho contempla duas vertentes: a primei~a,
prende-se à preocupação com os fundamentos teóricos da Informática,
razão pela qual a Cibernética e a Tecnologia da Informação foram
estudadas, como forma de se garantir os efeitos desejados da nova
tecnologia; a segunda, a preocupação com o elemento humano e suas
relações com as tarefas, com o computador, com o mercado de
trabalho e suas expectativas.
Os dados revelados pela pesquisa de campo realizada pode
e deve abrir outras perspectivas de investigação, com o intuito de se
maximizar a utilização dos computadores em prol de um aumento da
qualidade gerencial das organizações.
v
ABSTRACT
The personal computer' s introduction in the work meCla
caused a true revolution. That said, the ways led by the enterprises,
in their business administration as well as their resources
management, were not always very clear.
The present work has two di fferent paths: the first one is
concerned mainly in the Informatics' epistemology, the reason why
Cybernetics and Information Technology have been studied, as to
ensure the desired effects of the new technology; the second one, :he
concern with the human element and its relation with the tasks, in the
computer, in the job pool and its expectations.
The known data revealed through the field research may
and should be open to new perspectives in investigation, taking
forward the computers' utilization maximization toward the increase
in the organizations management quality.
VI
INDICE
Introdução ....................................................................... 10
Capítulo I - A Cibernética .................................................. 14
-O conceito de Cibernética ............................................ 14
-O propósito da Cibernética ........................................... 16
A informação como elemento fundamental ............................ 18
-Algumas noções importantes em Cibernética ................... 19
Capítulo 11 - A Tecnologia da Informação ............................. 23
-Um modelo de tecnologia ............................................ 25
-Para que fazer? ......................................................... 26
-Com que fazer? ......................................................... 27
-Como fazer? ............................................................. 28
-O que fazer? ............................................................. 29
-Fazer com quem? ...................................................... 30
-Fazer para quem? ...................................................... 31
Capítulo 111 - Tecnologia e o Espírito Humano ...................... 32
-A relação homem x computador .................................. 33
-A relação homem x homem, na era do computador. ........ 36
-As relações auto-estima x desempenho x dificuldade
da tarefa x satisfação final
no ambiente informatizado ........................................ 37
Capítulo IV - Relatório e análise da pesquisa de campo .......... 39
-Questões metodológicas ........................................... 39
-Setor terciário ........................................................ 41
-Dados pessoais ................................................. 41
VII
-Aspectos tecnológicos ....................................... 42
-Em relação às tarefas e ao cargo ......................... 46
-Em relação ao mercado de trabalho e salário ......... 49
-Percepção das mudanças .................................... 50
-Campo observações ........................................... 51
-Setor governo ....................................................... 52
-Dados pessoais ................................................ , 52
-Aspectos tecnológicos ....................................... 53
-Em relação às tarefas e ao cargo .......... '" ............ 57
-Em relação ao mercado de trabalho e salário ......... 58
-Percepção das mudanças .................................... 59
-Campo observações ........................................... 60
-Setor serviços ..................................................... 61
-Dados pessoais ................................................. 61
-Aspectos tecnológicos ....................................... 62
-Em relação às tarefas e ao cargo ......................... 65
-Em relação ao mercado de trabalho e salário ......... 67
-Percepção das mudanças .................................... 68
-Campo observações ........................................... 68
-Setor comércio .................................................. 68
-Dados pessoais ................................................. 68
-Aspectos tecnológicos ' ...................................... 69
-Em relação às tarefas e ao cargo ......................... 73
-Em relação ao mercado de trabalho e salário ......... 74
-Percepção das mudanças .................................... 75
-Campo observações ........................................... 76
Capítulo V - Conclusões e recome:1dações ............................ 77
-O administrativo típico do setor terciário ................... 77
VIU
-A questão da adaptabilidade ..................................... 78
-SOHO: Small Office, Home Office ............................ 80
-Treinamento em informática ..................................... 80
-A execução eletrônica das tarefas ............................. 81
-Nova base para a remuneração .................................. 81
-Bons resultados com informática ............................... 82
-Estrutura organizacional .......................................... 83
-Propostas de novos estudos ...................................... 83
Tabelas ........................................................................... 85
-Setor terciário ...................................................... 86
-Setor governo ....................................................... 97
-Setor serviços ...................................................... 108
-Setor comércio .................................................... 119
Anexo ............................................................................ 130
Bibliografia consultada ..................................................... 137
IX
INTRODUÇÃO
Em dezembro de 1981 a IBM lançou no mercado o PC -
acrônimo de Persona1 Computer. Com o passar dos anos, o PC,
popularmente chamado de microcomputador ou simplesmente mIcro,
incorporou um vertiginoso incremento tecnológico, que o transformou no
artefato mais poderoso para a realização de um número cada vez maior de
tarefas. A partir de então, as grandes máquinas computadoras, verdadeiras
e inacessíveis caixas-pretas, começaram a perder terreno para essa
pequena obra-prima da tecnologia.
Da afirmação acima e pelo que já se observou, pode-se
concluir, de imediato, que os computadores de grande porte pouco
influenciaram no modo da realização das tarefas. Realmente. o
microcomputador, decididamente, deu nova moldagem aos vários tipos de
trabalhos, e, conseqüentemente, vem modificando quase tudo o que gravita
em torno das atividades profissionais.
As primeiras preocupações com o impacto da microinformática
foram focadas nas organizações. E não poderia ser de outra maneira, pois,
toda a teoria da Administração estava voltada para as questões da
flexibilização organizacional, para as questões da renovação dos
processos, para as questões das novas funções gerenciais frente aos
desafios da competitividade, etc. Pouco a pouco, no entanto, verificou-se
que mudanças importantes estavam ocorrendo por dentro dos processos,
ou seja, no que constitui o cerne do processo, que são as tarefas
realizadas por uma ou por um grupo de pessoas.
Nos últimos anos, um mix de temas interrelacionados, tais
como, microinformática, mercado de trabalho, desemprego e capacitação
profissional, tomou conta da imprensa em geral e se tornou preocupação
central de alguns poucos autores. Títulos bem expressivos dão a idéia da
importância que se concede hoje ao problema: "A revolução que liquidou
10
o emprego: como manter ou conseguir trahalho num mundo cada vez mais
exigente e competitivo" (Revista Veja, 1994); "O desemprego virtual"
(Maurício & Horta, O Globo, 1995); "The new unemployment" (Revista
Fortune,1993).
O emp rego, s inô n imo de esta bi I i dade financeira, so c i a I e
psicológica, parece estar sofrendo profundas modificações. E fato. E nos
parece que a microinformática tem algo a haver com isso, na medida em
que possibilita a realização de tarefas cada vez mais rápidas, muito mais
complexas e ainda, aliada com a telecomunicação, ser realizada fora do
tradicional local de trabalho. A rapidez na tarefa implica na redução de
horas trabalhadas, portanto menos pessoas para trabalhar; a complexidade
ao alcance dos empregados significa novo redimensionamento da divisão
do trabalho e, a desobrigação da permanência no local de trabalho implica
numa nova relação capital x trabalho, com suas múltiplas conseqüências.
Muitos já se perguntam: estaremos diante de uma nova
mudança de paradigma?
A questão não é somente esta. Talvez mais simples. Tentou-se
buscar subsídios, na área de governo, no setor comércio e de serviços,
para se verificar qual o peso da microinformática para a questão da
adaptabilidade profissional. Naturalmente, outras questões e perspectivas
se apresentaram ao longo do trabalho.
O tema é atual. Isso traz em seu âmago, as dificuldades de
entendimento para um processo que mal se InICIa: as dificuldades de
interpretar o novo, o inusitado. Para exemplificar essas dificuldades de se
interpretar o novo, é bom lembrar um fato ocorrido durante a 11 Grande
Guerra Mundial: os mísseis lançados sobre a Inglaterra pelos alemães,
foram encarados como lançamentos de "aviões-sem-piloto".
11
Abaixo. seguem-se algumas frases coletadas no livro
"Criatividade & marketing" (Duailibi & Simonsen, 1990), a respeito do
novo, do enigmático:
"Quando a Exposição de Paris se encerrar, ninguém mais ouvirá falar em
luz elétrica." (Erasmus Wilson, da Universidade de Oxford, 1879).
"O CInema será encarado por algum tempo como uma curiosidade
científica, mas não tem futuro comercial." (Auguste Lumiere, 1895, a
respeito de seu próprio invento).
"O Raio-X é uma mistificação." (Lord Kelvin, físico e presidente da
British Royal Society of Science, 1900).
"O avião é um invento interessante, mas não veJo nele qualquer utilidade
militar." (Ferdinand Foch, titular de estratégia na Escola Superior de
Guerra da França, 1911).
É fundamental para o tema deste trabalho, que o entendimento
do real efeito que se pode esperar da microinformática, está no correto
entendimento da ciência da Cibernética. Não é à toa que proliferam hoje,
termos como cyberspace, cybermags, cyberlaws, e pasmem: cybersex. A
Cibernética como ciência da comunicação e do controle é a base para o
entendimento da micro informática. É a ciência que trata da comunicação e
do controle. E como diz Beer," ... um assunto difícil- difícil de pensar e
ler, difícil de escrever" (Beer, 1979), é o que trata o Capitulo I. Trata-se,
também, da utilização de uma nova tecnologia, a Tecnologia da
Informação. Por conseguinte, é inescapável caminhar pelas trilhas do
conceito de tecnologia, é o que trata o Capitulo 11. O produto tecnológico
gerado pela Cibernética e pela Tecnologia da Informação tem sua
participação na modificação da psicologia humana, diferentemente de
outros produtos, o que é tratado no Capítulo IH. A peça fundamental
deste trabalho é a pesquisa de campo no setor terciário, realizada no Rio
12
de Janeiro, relatada no Capítulo IV. E finalmente, algumas conclusões e
recomendações são apresentadas no Capítulo V.
o termo microcomputador ou simplesmente micro, foi
utilizado inicialmente, para diferenciá-lo fisicamente do computador
de grande porte, chamado de mainframe. Com o passar dos poucos
anos, o desenvolvimento tecnológico dos micros igualou-o em
capacidade de processamento e rapidez aos computadores de grande
porte. O termo microinformática por sua vez, significou informática
aplicada ao microcomputador. Hoje em dia, os termos
microcomputador, micro e microinformática perderam o sentido.
Desta forma, usar-se-á o termo computador, referindo-se ao
computador pessoal ou computador, de uma forma geral, e o termo
informática como processamento eletrônico das informações.
13
CAPITULO I
A CIBERNÉTICA
• O conceito de Cibernética
A palavra cibernética remonta ao século VI a.C. na
mitologia grega. Conta a lenda que Teseu, herói mitológico grego,
após uma viagem marítima à Creta estabeleceu uma festa em
homenagem aos "cibernésios", pilotos do mar. Platão (428a.C.-
347a.C.), filósofo grego, também utilizou a palavra kibernytyky em
seus escritos, para designar a arte de dirigir navios, carros ou
homens. Ampere (1775-1836), cientista francês, a utilizou com o
sentido de controle ou direção e James Maxwell (1831-1879), físico
inglês, no sentido de regulador ou governador (Chiavenato,1979).
Em 1948, N orbert Wiener (1894-1964), matemático
americano, escreveu um livro intitulado Cibernética. A complexidade
do assunto tratado por Wiener, com base na matemática, foi
imperiosa para que, em 1950, lançasse Cibernética e sociedade - o
uso humano dos seres humanos, um livro que tinha o sentido de
tornar mais explícita a filosofia de uma nova ciência. A significação
dada por Wiener à palavra cibernética é a de comunicação e controle
(Wiener, 1993).
Segundo Wiener, "a tese deste livro é a de que a sociedade
só pode ser compreendida através de um estudo das mensagens e das
facilidades de comunicação de que disponha; e de que, no futuro
desenvolvimento dessas mensagens e facilidades de comunicação, as
mensagens entre o homem e as máquinas, entre as máquinas e o
14
homem, e entre a máquina e a máquina, estão destinadas a
desempenhar pa pe I cada vez ma is importante." (i bid.).
A ciência da Cibernética adota o modelo sistêmico,
interdisciplinar, com contribuições recebidas da teoria da transmissão
de mensagens da Engenharia Elétrica, da Psicologia, da
Termodinâmica e da Biologia, uma visão de universo contingente,
cuja ênfase recai no elemento informação.
Inerente ao modelo, traz consigo os conceitos de feedback
e entropia. O conceito de feedback é o do retorno da informação ao
sistema como forma de estabelecer um controle da tendência dos
sistemas à desorganização. A esta tendência dá-se o nome de
entropia.
Vale aqui explicar melhor o conceito de entropia. A ordem
natural do Universo é a do desequilíbrio, com troca intensa de
energias entre seus vários sistemas. A tendência é que essa troca
cesse no momento em que haja o equilíbrio, o nivelamento entre os
sistemas. A entropia é essa tendência ao nivelamento, com trocas
iguais a zero. Portanto, o estado entrópico é aquele no qual não
existe troca de energias.
Segundo Wiener, o funcionamento físico do indivíduo e de
algumas máquinas de comunicação recentes isto em 1950 - são
exatamente paralelos no esforço análogo de dominar a entropia
através da realimentação. A comunicação e controle está sempre em
luta contra a tendência de degradação orgânica e destruição do
significado (ibid).
15
Em suma, podemos dizer que Cibernética é a ciência que
estuda o processo de intercâmbio de informação entre qualquer
sistema, vivo e não-vivo, com o seu correspondente exterior, visando
o controle da tendência desse sistema ao processo de entropia. Vale
se do modelo sistêmico, incluindo todos os seus elementos: entrada,
processamento, saída, feedback ou realimentação e entropia, e, de
diversas analogias, principalmente, da matemática, da neurofisiologia
humana e da termodinâmica, para inferir a respeito de qualquer
sistema, inclusive os eletrônicos .
• O propósito da Cibernética
A visão weineriana é de um mundo no qual se estabelece
uma luta dialética entre a tentativa da manutenção da organização,
através de um grupo de informações, contidas em uma mensagem, e a
degradação orgânica e destruição de significado, contidas no processo
de entropia. É a informação em contraposição à entropia que resulta
na organização. Para Wiener, assim como a entropia é uma medida de
desorganização, a informação conduzida por um grupo de mensagens
é uma medida de organização (ibid.).
o propósito da Cibernética, diz Wiener, é, além de
estabelecer-se como uma ciência interdisciplinar, o de desenvolver
uma linguagem e técnicas do controle e da comunicação em geral e o
de descobrir o repertório de técnicas e idéias adequadas para
classificar-lhe as manifestações específicas, sob a rubrica de certos
conceitos (ibid.).
A Cibernética contribuiu enormemente para a construção e
aperfeiçoamento de mecanismos automáticos de controle, que hoje
são encontrados operando, principalmente nas indústrias
16
automobilística, os robôs. Tema que preocupou Wiener, pois conclui
que a sua introdução na indústria, especialmente na indústria
automobilística, acarretaria a cessação abrupta da necessidade de
mão-de-obra (visão fantástica para 1950!), chegando a afirmar que a
máquina automática é o exato equivalente do trabalho escravo e que o
perigo da máquina para a sociedade não provém da máquina em SI,
mas daquilo que o homem faz dela (ibid.).
o objetivo de Wiener era o de libertar o homem de tarefas
desinteressantemente repetitivas. É oportuno citar um trecho de sua
obra: "Quando átomos humanos são arregimentados numa organização
que os usa, não em sua plenitude de seres humanos responsáveis, mas
como dentes de engrenagens, alavancas e bielas, pouco importa que
eles sejam feitos de carne e sangue ... o que seja usado como peça de
uma máquina, é, de fato, uma peça dessa máquina" (ibid.).
Norbert Wiener também contribuiu para o desenvolvimento
e fabricação das primeiras próteses para uso humano.
Destacam-se alguns elementos e conceitos fundamentais
em Cibernética e é de se notar que não se prendem apenas, aos
aspectos da comunicação e do controle, propriamente ditos, mas, a
qualquer área do conhecimento humano.
Portanto, Cibernética é, também, um método filosófico de
encarar as diversas realidades.
17
• A informação como elemento fundamental
A palavra latina informare, significa dar forma, por em
forma, formar, criar, mas também representar, criar uma idéia ou
noção. Compreende-se a informação como algo que é colocado em
forma, em ordem. A informação significa a colocação de alguns
elementos sejam materiais ou imateriais, em algum sistema
classificado (Zeman, 1970).
Wiener define a informação como "termo que designa o
conteúdo daquilo que permutamos com o mundo exterior ao ajustar
nos a ele, e que faz com que nosso ajustamento seja nele percebido"
(op.cit.).
A informação é aquilo que reduz a incerteza (Shannon,
1996) ou o significado da representação de um fato para o receptor
(Hornung, 1996).
A informação atua na tentativa de igualar os desníveis de
conhecimento ou de organização de um sistema. É estreita a ligação
do termo informação, em Cibernética, com conhecimento,
aprendizado e parâmetro de ações futuras.
Diz Wiener que, assim como a entropia é uma medida de
desorganização, a informação conduzida por um grupo de mensagens
é uma medida de organização (op.cit.). As mensagens são, por si
mesmas, uma forma de configuração e organização.
18
• Algumas noções importantes em Cibernética
Alguns conceitos que Norbert Weiner estabeleceu, serão
úteis para o entendimento das mudanças que estão ocorrendo nas
organizações e na sociedade, de modo geral (op.cit.).
1. Transmissão e recepção de informações: tanto a transmissão,
quanto a recepção de mensagens, ordens ou informações não depende
do meio pelo qual trafegam. Quer seja através do homem para o
homem, do homem para a máquina ou da máquina para outra máquina,
as informações não sofrem alterações de qualidade e de quantidade
para o receptor.
2. Relação homem x máquina: o sistema neural e a máquina
computacional são, fundamentalmente, semelhantes, pois ambos
reagem a estímulos feitos no passado. Pela primeira vez na História,
a máquina computacional torna-se ator, representando o próprio
homem, mediante certos modelos matemáticos. Essa relação, tem
auxiliado ao desenvolvimento da medicina e demais ciências, pela
capacidade de representação do modelo vivo.
3. Probabilidade, quantidade e qualidade da informação: quanto mais
provável seja a mensagem recebida, menor será a informação que
propicia. Esta é a base dos sistemas de alarme. Isto é, deve-se
utilizar um meio, um canal de comunicação, bastante conhecido por
todos, para enviar um mínimo de informação não dirigida, que possa
transmitir uma única mensagem.
4. Relação estrutura x desempenho: a Cibernética assume a
concepção de que a estrutura da máquina ou organismo é um índice
de desempenho que dela se pode esperar. Isto implica em dizer que
19
uma determinada estrutura é o modo máximo de possibilidades e de
conhecimento que se tem das relações com o meio ambiente.
5. Aprendizagem cibernética: a aprendizagem é um processo
resultante da mudança do método e do padrão geral de desempenho,
pela realimentação no método de controle, através da reintrodução de
informações de desempenhos pretéritos.
6. Comunicação e linguagem: em Cibernética, linguagem e
comunicação, em certo sentido se equivalem, assim como uma palavra
usada para descrever os códigos por meio dos quais se processa a
comunicação. A linguagem não é atributo exclusivo dos seres vivos,
mas um atributo que podem compartilhar com as máquinas
computacionais.
7. Transporte da informação: a um conjunto de informações pode-se
chamar de mensagem ou mesmo de um padrão ou protótipo, que pode
ser transmitido como tal. A transmissão de padrões ou protótipos é
meramente uma questão tecnológica. Assim, não estará muito longe
que padrões ou protótipos de elementos vivos ou não vivos, possam
ser transmitidos e recebidos sob forma adequada, que represente os
padrões ou protótipos originais.
8. Estoque de informação: a informação é um bem perecível, com alta
taxa de depreciação. Sua estocagem implica em incorrer na relação
direta entre o valor da informação e o tempo decorrido, isto é, quanto
maior for o tempo de armazenagem menor será o valor da informação.
9. Valor da informação: o tempo é fator inestimável para se
estabelecer o valor da informação.
20
10. Canais de comunicação: a integridade dos canais de comunicação
em qualquer organismo é essencial para manter seu bem-estar.
11. O valor do trabalho físico: a tendência do esforço físico para a
execução de tarefas, é o da desvalorização.
12. Automação/informatização de tarefas: qualquer processo,
conjunto de tarefas, poderá ser automatizado ou informatizado, na
medida em que seja possível traduzir suas etapas em um algoritmo
matemático.
13. Qualidade: a máquina computacional é muito apropriada para
exercer o controle estatístico da qualidade de um produto ou serviço.
14. Desemprego: sob o ponto de vista cibernético, pode-se esperar a
cessação definitiva e abrupta da necessidade de mão-de-obra do tipo
que executa tarefas repetitivas e desinteressante.
15. Processo de mudança: todo o processo de mudança caracteriza-se
pela introdução em seu melO, de informações desprovidas de
significado para o momento atual, causando enorme confusão.
16. Máquina automática x trabalho escravo: quando se substitui a
execução de tarefas repetitivas e desinteressantes do homem por uma
máquina automática, equivale à contratação de um escravo. O custo
zero do trabalho escravo é a nova tentação das indústrias e das
organizações.
17. Princípios para administração de recursos humanos: três
princípios devem nortear a administração dos recursos humanos de
um empreendimento: 10._ estabelecimento de condições para que cada
21
um possa livremente, desenvolver todas as suas potencialidades; 2°._
promoção de uma igualdade pela qual o que é justo para A e B,
continue a ser justo quando as posições se inverterem e 3°._ busca de
um relacionamento no qual o bem estar de todos seja o principal
objetivo.
18. O uso dos seres humanos: Quando organizações recrutam seres
humanos para os utilizar como dentes de engrenagens, alavancas e
bielas, não se importarão que sejam feitos de carne e osso. Pois o que
seja usado como peça de máquina é, de fato, uma peça de máquina.
19. Falência de um sistema: um método fácil e garantido para a
falência de organismos: sobrecarregar seus mecanismos de
realimentação.
20. Dia I ética cibernética: a grande contradição do processo
cibernético é a seguinte: enquanto a informação trava uma luta mortal
contra a entropia, para estabelecer uma determinada organização, este
próprio processo gera uma crescente diminuição das probabilidade e
uma redução dos diferenciais, gerando assim um aumento do estado
entrópico.
22
CAPITULO II
A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Tecnologia da Informação (TI) é uma denominação que
indica a convergência de várias técnicas e tecnologias, dentre as
quaIs, a microeletrônica, a computação, as telecomunicações, a
engenharia de software e a análise de sistemas (Zuboff, 1988).
Esse mix tecnológico muito tem evoluído ultimamente.
Principalmente, em virtude dos avanços na microeletrônica e na
utilização mais intensa das telecomunicações. Também, muito tem
favorecido para essa evolução, o progresso da computação,
destacando-se a engenharia de hardware, e uma nova visão, formulada
através da análise de sistemas, que são as técnicas da reengenharia.
A atuação da TI não tem privilegiado um campo específico.
Está presente nos negócios, na engenharia, na exploração espacial, na
medicina, na agricultura, na pecuária e em outras áreas do
desenvolvimento humano. A abrangência da atuação da TI tem
provocado com seu efeito sinérgico, mudanças sem precedentes,
desde a execução de tarefas das mais simples, no mundo dos
negócios, à manipulação, pela engenharia genética, da procriação
animal.
É comum, nos dias de hoje, a veiculação de notícias a
respeito de novas aplicações em TI. Essencialmente aquelas mais
ligadas ao dia-a-dia, tais como as aplicações no comércio e no setor
bancário.
23
Eis algumas aplicações em TI:
1. Intercâmbio eletrônico de dados (EID) : usado para, em tempo real,
transferir dados entre uma empresa comercial e seu fornecedor.
2. Smart card: usado para debitar as compras do proprietário e,
automaticamente, creditar numerário na conta de um favorecido, no
caso um comerciante.
3. Home banking: Sistema que permite ao correntista de um banco,
ter acesso à sua conta em sua própria casa.
4. Sistema de informação para o executivo (EIS): software de apoio à
tomada de decisão, voltado para a administração estratégica de
negócios.
5. Projeto auxiliado por computador/Manufatura auxiliada por
computador (CAD/CAM): permite aos engenheiros projetarem em
estações de trabalho de computadores, em lugar das mesas de
desenho, por exemplo, peças ou novo desenho de automóveis.
6. Software "Geneplus": software utilizado pela EMBRAPA, para
análise genética de rebanhos, com o propósito de aumentar a
produtividade, baseado na precocidade sexual e de acabamento dos
rebanhos bovinos (Gazeta Mercantil, 1996).
24
• Um modelo de tecnologia
E sabido que o senso comum estabelece somente uma
simples relação entre o conceito de tecnologia e a utilização de
máquinas, equipamentos, instrumentos ou de quaisquer outros
dispositivos de caráter físico, visível, ou seja de hardware.
Após a conceituação de TI, adotar-se-á um modelo para
tecnologia, de um modo geral, que será aplicado também para o
estudo e a discussão dos aspectos ligados à TI.
o modelo revelado pelo diagrama abaixo, impõe como
condição necessária a existência de um ambiente polivalente,
interdependente, predominando seis questões fundamentais, a saber:
para que fazer? com que fazer? como fazer? o que fazer? fazer com
quem? e fazer para quem?
6.FAZER PARA QUEM?
5.FAZER COM QUEM?
1.PARA QUE FAZER?
4.0 QUE FAZER?
2.COM QUE FAZER?
3.COMO FAZER?
25
• Para que fazer?
A primeira questão relativa ao processo tecnológico trata
do fim a que se destina a tecnologia. Não se pode admitir o aparato
tecnológico sem uma finalidade específica. Finalidade esta, muitas
vezes dissimulada, tal como "bombas que garantem a paz" ou outros
sofismas, tão bem articulados politicamente.
Não cabe discutir aqui a intenção da tecnologia, mas a de
se constatar uma finalidade, seja ela qual for. Boa ou má. Para matar
ou salvar. A essência da tecnologia é sua finalidade. Mesmo
reprimida ou limitada pela ética ou pela racionalidade, mesmo
desenfreada ou sem limites, movida pela ganância do poder ou pela
busca da riqueza.
Evidentemente, é uma questão que não se pode deixar de
lado. A questão ética ligada à tecnologia. Muito se tem
experimentado os dissabores do progresso tecnológico, fruto do
intercâmbio de interesses puramente materialistas, como gelo a
paralisar o relacionamento humano ( Einstein, 1981).
o espírito do nosso tempo tem sido amplamente dominado
pelo enfoque tecnológico. Privilegia-se a noção de que deve-se
atingir a maestria no uso das tecnologias disponíveis, para se retirar
o maior proveito possível. A cultura da eficácia. Talvez, por esse
motivo, fica um tanto difícil ouvir ecos na discussão sobre ética, pois
é encarada como uma intromissão, no sentido de estabelecer limites
para a movimentação de tudo que gira em torno da tecnologia (
Zaj dsznaj der, 1994).
26
• Com que fazer?
A segunda questão refere-se aos dispositivos,
instrumentos, aparelhagens, equipamentos e máquinas que deverão
estar disponibilizados, inclusive os dispositivos cênicos, isto é, a
preparação dos cenários ou a organização do ambiente necessário à
geração dos efeitos desejados, previamente estabelecidos.
o modelo ora discutido traz, juntamente com os elementos
físicos, ou de hardware, a organização do ambiente, como
fundamental para o propósito tecnológico. A inadequação do
ambiente não acarreta somente prejuízos ao elemento humano, mas a
todo o processo tecnológico, a começar pelos danos causados aos
equipamentos ou interferência nesses, o que ocasiona, por certo,
desvios na produção dos efeitos desejados.
Deve haver um acondicionamento do ambiente à utilização
dos instrumentos, aparelhagens e máquinas escolhidos. Cabe aqui
uma indagação. A escolha dos dispositivos e das aparelhagens, não
estaria condicionada ao ambiente? Essa questão refere-se à técnica,
ou seja, a escolha do meio mais apropriado para a produção de
resultados. A questão tecnológica, primeiramente, elege um elenco de
dispositivos a serem utilizados para cada ocasião. A diferença entre
técnica e tecnologia, é que a segunda antecede e contém a primeira.
A estrutura do elemento físico do processo tecnológico,
inserido no ambiente adequado, é que vai determinar o grau de
desempenho desse elemento.
27
• Como fazer?
Nesta terceira questão, o modelo apresenta a preocupação
com as informações. Aquelas que dizem respeito a três importantes
fatores.
Primeiro, informações que dizem respeito ao conhecimento
e manuseio dos dispositivos, instrumentos, aparelhagens,
equipamentos, máquinas e preparação dos dispositivos cênicos. A
disponibilidade dessas informações é fundamental para a combinação
das peças citadas, com o intuito de, de um lado, evitar-se uma
possível incompatibilidade entre elas, de outro, aumentar o ganho
estrutural em capacidade, com conseqüente melhoria de desempenho.
Segundo, as informações de dizem respeito ao
conhecimento do algoritmo de transformação (analogamente, o
software em processamento de dados). É necessário que esteja
disponibilizadas informações objetivas, claras, isto é, bem explicadas
para que não haja dúvidas, em manuais ou através de outras técnicas,
como no caso dos helps nos programas de computadores. A técnica de
construção de manuais e helps deve ser bem acurada.
E, finalmente, as informações necessárias e adequadas aos
mecanismos de realimentação da tecnologia. Isto implica em escolher
qual o padrão a ser utilizado para comparar o produto, a questão
seguinte, com todo o processo de produção do efeito tecnológico. O
desen vo I vimento da tecno I o gia depende dis so.
28
• o que fazer?
A quarta questão fundamental para todo o aparato
tecnológico é sua preocupação com o produto derivado da tecnologia.
O produto é o espelho das decisões a respeito da finalidade, dos
arranjos entre as partes e dos efeitos que se deseja produzir.
O produto é peça indispensável para se medir o
desempenho do esforço tecnológico. É possível, e assim deve ser,
utilizar-se do produto como termo de comparação para avaliação da
finalidade, dos dispositivos e instrumentos, das informações para
transformação, do operador, que é a questão seguinte, e do público
alvo, o último ponto a ser considerado.
As utilizações malS nobres ou malS sofisticadas da
tecnologia, espelhadas nos seus produtos, não são, geralmente,
descobertas de imediato. O telefone, inventado por Graham Bell, em
1877, levou quase um século, para ser utilizado em operações de
telemarketing ou venda de produtos e serviços, através dessa
tecnologia.
É de se supor que as aplicações mais refinadas em TI ainda
estão por acontecer. Pois, somente no ano de 1981, com o
aparecimento do computador pessoal da IBM, acoplado ao sistema
operacional da Microsoft, o MS-DOS, é que foi possível a
disseminação da informática, e, coincidentemente, com a utilização
de satélites espaciais para fins de transmissão de dados. Um tempo
relativamente curto para se tirar todo o proveito dessa tecnologia.
29
• Fazer com quem?
Esta questão revela a preocupação com o operador ou com
a equipe de operadores. A pergunta diz respeito à disponibilidade de
pessoas com a habilidade técnica, a aptidão, a educação e a
criatividade necessárias para o uso, a utilização da capacidade
máxima e o desenvolvimento de todo o aparato tecnológico.
No gerenciamento dos recursos humanos nas organizações,
de um modo geral, utilizam-se técnicas para manter ou aumentar a
motivação ao trabalho e a qualidade dos bens e serviços produzidos.
Como conseqüência, a maior ênfase é sobre o treinamento com a
finalidade de aumentar a habilidade técnica individual, pressupondo
se um aumento da habilidade técnica do conjunto. Em TI, a
habilidade técnica individual é fundamental, mas o modo de trabalhar
em conjunto, requer um tipo de técnica. E é o trabalho em conjunto,
que proporciona maior produtividade nas organizações, quando se
utiliza a TI. O termo conjunto, não significa somente o conjunto de
pessoas, mas a combinação das pessoas e com as outras peças do
mosa ico tecno ló gico.
A educação do pessoal que opera o aparato tecnológico,
deve privilegiar, também, a manutenção dos meios necessários para
possibilitar a manifestação das potencialidades do grupo.
N o entanto, há grandes resistências ao adequado
treinamento de recursos humanos, quando se trata de TI. Uma delas
diz respeito a quem deve ser concedido o poder, através do
conhecimento de tecnologia que trabalha as informações.
30
• Fazer para quem?
Finalmente, a última questão fundamental para a
justificativa de uma ambiência tecnológica, é a determinação do
público-alvo. Não no sentido de possuidor da tecnologia, mas no
sentido de agente receptor dos efeitos da tecnologia.
Nos dias de hoje, parece que se chegou a um entendimento,
de que tudo pertence a todos. Essa dependência parece estar ligada à
questão da própria sobrevivência da humanidade. Chegou-se no limite
da exploração ou no descaso com a natureza. E neste sentido que o
termo público-alvo é usado para significar, não somente o agente
humano, mas tudo que o cerca. Animado ou inanimado. Para o modelo
ora discutido, a tecnologia necessita de um público-alvo. Quer seja
na produção de vacinas, aqui o público-alvo pode ser o homem ou o
animal, quer seja para perfurar um túnel, cujo público-alvo é uma
pedreira ou um morro.
Cabe aqui, também, a discussão a respeito do tema ético.
Desde a hecatombe da primeira explosão atômica, aos testes no
Oceano Pacífico ou à diminuição da camada de ozônio, muito se tem
questionado sobre os malefícios oriundos da tecnologia.
A alta tecnologia tem trazido alguns infortúnios
atualmente. A atenção de alguns estudiosos têm se voltado para o
problema do desemprego tecnológico, que atinge, via automação, o
setor industrial e o agrícola, e, via informatização, o setor de
serviços, visto como a última barreira do processo de substituição do
homem nas tarefas laboriosas (Rifkin, 1995).
31
CAPITULO III
TECNOLOGIA E O ESPÍRITO HUMANO
Não está muito distante no passado, o emprego de uma
expressão que serV1a para exaltar a destreza e a rapidez de certas
pessoas. A expressão era a seguinte:
- Ele parece uma máquina!
Não está, também, muito distante no futuro, contudo de
forma oposta, uma expressão que servirá para elogiar a capacidade de
raciocínio de certas "pessoas". A expressão será assim:
- Ele parece um homem!
A manifestação acima será dirigida a um cyborg
(organismo artificial, cuja manifestação de sua inteligência pode ser
comparada com a do ser humano).
O senso comum trata os produtos da ciência pelo seu lado
prático. Desse modo, a invenção do telescópio está associada à
descoberta das estrelas, o telefone à comunicação à distância, a
ferrovia à abertura de novos territórios.
No entanto, a descoberta de que a Terra não era o centro
do uni verso e a capacidade de alcançar novos continentes em dias
tornou necessária uma nova reavaliação da relação do homem com
Deus e significou não somente a possibilidade da descoberta de novas
terras, mas mudanças de hábito, pelo intercâmbio econômico e
cultura 1.
32
Novas tecno lo gias , quando revo 1 uc ionárias, são ori undas
de novos conceitos científicos, que por sua vez, levam a novos
conceitos, pelos quais o homem percebe a sua realidade, ou seja, sua
relação com ele mesmo, com o mundo e com as outras pessoas.
A Tecnologia da Informação está fomentando o debate
sobre as questões do que são pertinentes à máquina e às do que são
essencialmente humanas.
Uma outra
motivação humana e
discussão prende-se à velha
da satisfação do trabalho.
questão da
Os modelos
conhecidos da teoria da motivação, parecem não ser suficientes para
esclarecer a relação entre o homem e o computador, no ambiente de
trabalho. A instrumentalidade de algumas teorias, que relacionam a
motivação e a satisfação na realização de tarefas e a sua proporcional
recompensa extrínseca, parece não fazer muito sentido, quando
alguns dados de pesquisa são revelados. Por exemplo, o aumento da
satisfação na execução das tarefas com o auxílio do computador e a
inércia dos ganhos salariais com a introdução do computador no
ambiente de trabalho, gerando significativos aumentos de
produtividade e qualidade do trabalho .
• A relação homem x computador
Novas revelações científicas provocam, vez por outra,
reflexões a respeito, de um ou de outro, dentre os três temas
fundamentais da raça humana, que são: a busca da própria origem, a
finalidade da sua existência e o seu destino na terra. Dentre essas
revelações científicas, merecem destaque, por estimular essas
reflexões, as seguintes: a descoberta de Copérnico, a teoria de
Darwin, a psicanálise de Freud e o advento dos computadores,
33
principalmente a possibilidade de seu uso por pessoas comuns e não
somente pelos homens da ciência (Turkle, 1984).
Sem a pretensão de se chegar a respostas conclusivas,
meditar-se-á a respeito da influência dos computadores pessoais na
psicologia humana. O termo computador doravante, referir-se-á ao
computador pessoal. Algumas indagações serão lançadas para
estimular o pensamento.
• Os computadores, como produtos da tecnologia. são
semelhantes aos telégrafos e telefones?
Não há como negar que as descobertas do telégrafo e do
telefone produziram substanciais alterações no âmbito da sociedade e
nos hábitos das pessoas. Estimulou a economia, favoreceu a
integração entre populações ou comunidades, aproximou pessoas,
aumentou o ritmo e a quantidade das informações e tantos outros
benefícios. O computador também se enquadra como responsável
pelos mesmos benefícios. No entanto, o que faz a diferença entre
eles?
A primeira das maiores diferenças desses produtos
tecnológicos é que o computador, e somente ele, até o momento, pode
provocar situações ou evocar cenários imaginários. É o poder de
simulação da realidade. Os brinquedos tornam-se "vivos" nas mentes
infantis, mas situações com grandes possibilidades de serem reais,
provocadas por combinações múltiplas de inúmeras variáveis,
previamente escolhidas, independente da vontade humana,
apresentadas pelos computadores, estimula a mente humana num
pensamento de dualidade: eu e a máquina. Essa dualidade expressou
se recentemente num recente torneio de xadrez entre um grande
34
mestre e um computador de grande capacidade. Graças a Deus, o
grande mestre venceu!
o que se quer dizer, é que o computador pode simular
reações humanas. Por enquanto, só simular. Torna-se possível,então,
além de projetar-se através dele, fazer com que o computador projete
um outro "eu" diferente e independente. Grande parte das visões
futurísticas são baseadas nessa premissa. Resta esperar as
possibilidades técnicas para realizá-las .
• O que pensar da razão e da emoção na era dos
computadores?
A Psicologia entende o homem como um misto de razão e
emoç ão. E a metodologia científica contemporânea ainda tenta
separar a razão do "vírus" emoção. É preciso agir ou julgar sem
emoções. Dizem as pessoas, em ocasiões de grandes decisões. Na
Administração, Max Weber também tentou isolar esse "vírus" da
irracionalidade. A dualidade do eu racional e do eu irracional vem à
tona outra vez, com o advento dos computadores.
o eu lógico, racional e previsível parece estar
predestinado a ficar a cargo dos computadores. O eu contraditório,
passional e imprevisível a cargo dos seres humanos. O setor
industrial adotou esse pensamento e incrementou rapidamente o
processo de robotização em suas fábricas. Outros setores seguem este
exemplo. A conseqüência é o desemprego tecnológico (Rifkin, 1995).
Os atributos, até então "humanos", de coerência e racionalidade
perderam valor para os computadores. A sociedade, principalmente o
setor empreendedor, parece desvalorizar esses atributos, pois os
35
consegue a um custo muitíssimo menor com o emprego dos
computadores.
Ao homem sobram os atributos da paixão, da
irracionalidade e da imprevisibilidade.
• Serão esses atributos de menor qualidade, portanto de
menor valor?
Verdadeiramente, não. A irracionalidade liberta o homem
da limitação do racional, do conhecido, do status quo. A
imprevisibilidade e a paixão são essências da criatividade, do novo e
das descobertas.
Se por um lado, o computador ganha espaço em atividades
que eram humanas, por outro lado, o homem está se desenvolvendo
melhor, e com a ajuda dos computadores, na área do conhecimento e
do saber. As atividades perdidas pelo homem em favor do computador
foram as repetitivas, as perigosas e as desinteressantes .
• A relação homem x homem, na era do computador
Uma das conseqüências mais à vista do advento dos
computadores foi a facilidade de acesso a um maior número de
informações. Outra, foi o incrível aumento dos usuários da rede
mundial INTERNET. Pode-se notar que o tipo de troca de
informações mudou. Passou-se do tipo de troca, onde a informação
tinham um preço, portanto uma mercadoria, para um tipo ainda não
muito bem definido. Pois, o fato é que o valor dessa "mercadoria"
vem caindo de maneira acentuada. Grandes corporações
disponibilizam no mercado mundial, através da INTERNET,
36
programas de sua propriedade inteiramente grátis. Bibliotecas,
museus e universidades se abrem ao público, sem cobrar um centavo.
Há maior liberdade e espontaneidade nas trocas de informações.
Nota-se que as relações humanas, realizadas com o auxílio
dos computadores, têm um caráter de maior doação. Talvez um tipo
de doação ou troca, onde numa primeira instância nada se tem em
contrapartida, mas o efeito multiplicador dessa troca é infinitamente
grande, num momento seguinte. Esse é o efeito verificado no âmbito
da INTERNET.
As trocas de informações entre as pessoas das
organizações que utilizam computadores de forma intensa, merecem
um estudo específico. Especula-se que a premissa inicial é a de que a
disputa de poder não é pelo domínio das informações. Portanto, a
expressão "informação é poder" pode estar com seus dias contados.
• As relações auto-estima x desempenho x dificuldade da tarefa
x satisfação final no ambiente informatizado
o auxílio do computador na realização das tarefas, por
certo modificou as relações entre as variáveis auto-estima,
desempenho, dificuldade da tarefa e satisfação final.
A variável dificuldade da tarefa sofreu enorme
transformação com a introdução do computador. Além da capacidade
de processamento e de armazenamento de informações apresentados
pelo computador, os programas, dia a dia, trazem facilidades para a
realização de tarefas cada vez mais complexas.
37
Indivíduos com baixa auto-estima, entendida como a
extensão em que o indivíduo se percebe como competente, capaz e
que pode prover a satisfação de suas necessidades (Korman, 1968),
tendem a encontrar maior satisfação em tarefas em que não encontram
dificuldades do que aqueles com elevada auto-estima. Estes últimos,
com elevada auto-estima, necessitam de tarefas desafiadoras para
alcançar níveis de satisfação (hipótese de Locke, 1976).
Que desempenho têm apresentado os indivíduos de baixa
ou elevada auto-estima com tarefas cada vez mais complexas e cada
vez mais fáceis de realizar? Que tipo de esforço vêm empreendendo,
já que as habilidades técnicas exigidas cada vez mais vêm
diminuindo?
Tendo em vista que pesquisas nessa área foram realizadas
antes do advento dos computadores no ambiente de trabalho, é mister
que novos estudos sejam feitos para confirmar ou não as conclusões
até aqui conhecidas. Pois, os computadores trouxeram novas maneiras
de realização das tarefas, tocaram de forma significativa na auto
estima dos indivíduos e favoreceram um melhor desempenho, com
aumentos de produtividade e qualidade final do trabalho.
38
CAPITULO IV
RELATÓRIO E ANÁLISE DA PESQUISA DE CAMPO
• Questões metodológicas
O tema discutido neste trabalho, a adaptação do homem na
execução de suas atividades profissionais frente à tecnologia da
microinformática traz dois tipos de dificuldades: a escassez de obras
que abordam tal assunto e a desatualização rápida de tais obras, em
virtude dos avanços constantes dessa tecnologia.
A fim de contornar as dificuldades acima enunciadas,
optou-se pela realização de uma pesquisa de campo de caráter
exploratório, com a aplicação de um questionário, com abordagens
variadas em torno do assunto principal.
Escolheu-se como amostra, do setor terciário, uma
organização do setor serviços, de atuação e influência a nível
nacional e, até mesmo, com colaborações a nível internacional,
atuando no ramo do conhecimento e informações; outra empresa
estatal municipal, representando o setor governo, detentora de
tecnologia própria no ramo da limpeza urbana e, finalmente, cinco
empresas, do setor comércio, sendo duas do ramo eletro-eletrônico,
duas do ramo de comestíveis e uma do ramo de comércio de tapetes
orientais.
Selecionou-se os sujeitos dessa pesquisa, dentre aqueles
funcionários administrativos das organizações acima declaradas,
39
obedecendo-se a um critério de amostragem estratificada
proprocional, ou seja, os sessenta questionários destinados a cada
setor foram distribuídos proporcionalmente aos quantitativos de
funcionários de cada cargo das empresas. Foram aplicados um total
de cento e oitenta questionários e apenas cinco não retornaram.
Os dados coletados foram tabulados em planilhas Excel,
versão 7.0, com tratamento estatístico extremamente simples. Apenas
algumas médias foram obtidas. Utilizou-se principalmente, os totais
gerais e parciais de cada campo.
As limitações do método empregado foram estabelecidas a
partir da exigüidade de tempo, que determinou, também, a amplitude
da própria pesquisa. Vale lembrar, nesta oportunidade, a orientação
dada pelo Prof. Enrique Saravia (1991) aos objetivos mais realistas
das dissertações: " ... não é conveniente a elaboração de modelos, ou a
apresentação de teorias, cujos objetivos sejam demasiadamente
ambiciosos, tanto em relação ao nível do curso, quanto em relação ao
tempo de preparação exigido .... 0 estudante não deve ser estimulado a
engajar-se em pesquisas demasiadamente complexas ou dispendiosas,
especialmente quando fica claro que os recursos intelectuais e
financeiros a serem empregados não conseguirão mais que conclusões
genéricas de pouca relevância."
Dessa forma, pode ser questionada a validade estatística,
quando se tratar do setor terciário no Município do Rio de Janeiro.
No entanto, conseguiu-se validade estatística, pela amostragem
significativa, nas organizações pesquisadas.
40
•
• Setor terciário .
• Dados pessoais
Fazem parte deste bloco as referências de idade, nível de
escolaridade e o exercício da atividade principal.
A idade média dos pesquisados, no setor terciário situou
se em 37,33 anos, sendo 52,57% do sexo masculino e 47,43% do sexo
feminino.
o nível de escolaridade do setor apresentou a seguinte
distribuição: 1 º Grau com 1,11 % do total; 2º Grau com 41,11 %; o 3º
Grau com 40,56%; Pós-Graduação com 6,11 %; Mestrado com 8,33% e
Doutorado com 0,56%, conforme Tabela 1. O setor governo
apresentou o maior número de pessoas com o 32 Grau; o setor
comércio apresentou o maior número de pós-graduados, assim como
foi o único setor a apresentar um pesquisado com Doutorado e o setor
serviços a presentou o maior número de pessoas com Mestrado.
A pergunta sobre a atividade principal foi definida no
questionário como sendo aquela exercida com a finalidade do próprio
sustento. Cerca de 92,78% dos pesquisados responderam que exercem
a atividade principal, contra apenas 5%, que responderam que não
exercem a atividade principal no seu atual emprego (ver Tabela 2). É
interessante destacar que o setor governo apresentou o maior índice
de pessoas que exercem a atividade principal no próprio emprego. O
menor índice ocorreu no setor comércio.
41
A mudança da atividade principal após a utilização do
computador apresentou o seguinte perfil, no setor terciário: 10,56%
dos pesquisados responderam que mudaram de atividade principal
com a utilização do computador, contra 79,44% que não mudaram de
atividade principal, conforme demonstrado na Tabela 3. O setor que
apresentou o maior índice de mudanças foi o setor serviços .
• Aspectos tecnológicos
Em aspectos tecnológicos reuniu-se questões tais como: o
grau de utilização do computador, a disponibilidade do computador
doméstico, a adequação de programas e computadores à atividade
principal, o conhecimento e a habilidade no manuseio dos recursos
dos programas na atividade principal, meios utilizados para a
obtenção de informações a respeito dos computadores e programas e
atualização dos computadores e programas, tanto a nível
institucional, quanto a nível pessoal.
Com relação à utilização do computador na atividade
principal, o setor terciário apresentou a seguinte distribuição:
73,89% dos pesquisados responderam que utilizam muito; 17,78%
responderam que utilizam pouco e 6,11 % não utilizam o computador
na sua atividade principal, conforme demonstrado na Tabela 4.
Algumas particularidades interessantes podem ser encontradas no
relato desta questão no setor governo e no setor serviços.
A disponibilidade do computador doméstico, no setor
terciário, apresentou o seguinte perfil: cerca de 36,67% dos
pesquisados têm computador doméstico, contra 59,44% dos que não
42
têm computador em suas casas (ver Tabela 5). Ressalta-se um dado
interessante no setor serviços: a metade dos pesquisados têm
computador doméstico. O menor índice de computador domestico
coube ao setor governo
As perguntas 11 e 12 tratam da questão da adequaç lo de
máquinas e programas, para o desempenho da atividade principal. A
Ta be la 6 e a Ta be la 7 a pre sentam os quadros re lati vos aos àados
desta questão.
Cerca de 48,33%, em média, responderam que tanto
máquinas e programas acham-se perfeitamente adequados à atiyjdade
principal, contra 38,33% que responderam que poderiam ser melhor
adequados. Esta é uma questão que não apresenta uma forte tendência
para qualquer um dos lados. Pode-se afirmar que a pesquisa nesta
questão não revelou informações conclusivas (ver Tabela 7).
O conhecimento dos recursos dos programas ligados à
atividade principal, apresentou a seguinte distribuição: 47, 78"'~ dos
pesquisados responderam que sabem utilizar todos os recurso, contra
40% que responderam que não sabem utilizar todos os recursos
disponíveis nos programas executados na atividade principal (ver
Tabela 8).
A próxima questão prende-se à disponibilidade das
informações sobre a evolução tecnológica a nível de computadores e
programas, que proporcionariam melhor desempenho na atividade
principal dos pesquisados. A pesquisa apresentou o seguinte
resultado: 47,78% têm informação; 37,22% não têm informação;
43
11,67% não souberam informar e 3,33% não responderam ao quesito,
conforme Tabela 9. O setor que mais tem informação, segur:do a
pesquisa, é o setor serviços e o que menos dispõe de informação é o
setor comércio.
A próxima questão, manuseio do computador, relaciona-se
com uma questão anterior, a respeito do conhecimento dos recursos.
Aqui, porém, revela-se uma sutileza. Um fato é a pessoa dizer que
"sabe utilizar todos os recursos·', outro é reconhecer que é suficiente
hábil ou poderia adquirir melhor habilidades no manuseio dos
recursos do computador como um todo
A percepção sobre a sua própria habilidade no manuseio do
computador no setor terciário, teve o seguinte perfil: 66, 11 o~ dos
pesquisados responderam que poderiam adquirir melhor habilidade,
contra 25,56% que responderam que são suficientemente hábeis nesta
questão. Cerca de 8,33% não responderam (ver Tabela 10). O setor
menos preparado para o manuseio do computador, segunào as
percepções dos pesquisados, é o setor governo, que apresentou um
índice muito baixo e o que mais se sente habilitado é o setor
serviços.
A próxima questão refere-se aos meios utilizados para a
obtenção de informações a respeito de programas e computadores. O
setor terciário apresentou a seguinte distribuição: revistas
especializadas com 17,21%; livros com 7,79%; jornais com 17,53%;
curso com 19,16% e informações de terceiros com 38,31 % do total
das preferências (ver Tabela 11).
44
Notou-se na pesquisa que, praticamente, um grupo de
pessoas recorrem a vários meios, outro recorre a apenas um meio para
obter informações a respeito de programas e computadores. Na Tabela
13, pode-se verificar que os dois grupos representam,
aproximadamente, a metade ( 46,67% dos pesquisados recorrem a
apenas um meio e 47,78% recorrem a vários meios).
Procurou-se verificar o comportamento daquele grupo que
recorre a apenas um meio de informação. A distribuição é a seguinte:
revistas especializadas com 8,33%; livros com 1,19%; jornais com
9,52%; cursos com 20,24% e informações de terceiros com 60,72%
das preferências. O meio preferido para este grupo vem das
informações de terceiros (ver Tabela 14).
A questão seguinte tratada pela pesquisa é a atualização de
máquinas e programas ligados à atividade principal. A pergunta do
questionário informa ao pesquisado que a questão refere-se ao
computador doméstico, na ausência deste solicita que o pesquisado
informe o procedimento da sua empresa. Portanto, mais uma vez
pode-se separar em dois grupos: os que têm e os que não têm
computador doméstico.
Em média, cerca de 64,45% dos pesquisados responderam
que atualizam ou atualizam quando podem (o somatório dos quesitos
atualiza e atualiza quando pode) tanto máquinas, quanto programas,
contra 24,44% que responderam que não atualizam nem máquinas,
nem programas. Cerca de 11,11 % dos pesquisados não responderam a
esta questão (ver Tabela 16).
45
Com relação ao grupo que não tem computador em casa, a
situação apresentou-se da seguinte forma: 57,01 % responderam que
suas empresas atualizam ou atualizam quando podem as máquinas,
contra 34,58% que responderam que suas empresas não atualizam;
56,08% responderam o mesmo com relação aos programas ligados à
atividade principal, contra 28,97% que responderam que suas
empresas não atualizam seus programas (ver Tabela 17).
Com relação ao grupo que possui computador doméstico, a
situação apresentou-se assim: 87,88% responderam que atualizam ou
atualizam quando podem suas máquinas, contra 12,12% que
responderam que não atualizam; 81,82% responderam que atualizam
ou atualizam quando podem seus programas, contra 15,15 % que
responderam que não atualizam seus programas de seus computadores
domésticos (ver Tabela 17).
o maior índice de atualização de máquinas institucionais
pertence ao setor serviços com 82,76% e o menor índice pertence ao
setor governo com 39,02%.
• Em relação às tarefas e ao cargo
As questões relativas às tarefas e ao cargo reúnem temas,
tais como: a realização das tarefas em casa, o grau de utilização do
computador na execução das tarefas, o grau de satisfação na
realização das tarefas através do computador, a manutenção da
atividade principal sem o uso do computador e a percepção sobre a
substituição do cargo pelo computador.
46
A realização das tarefas em casa por parte dos pesquisados
pôde ser separada em dois grupos: os que têm e os que não têm
computador doméstico.
Dentre os que não têm computador doméstico, cerca de
82,24% não executam tarefas em casa. Somente 14,02 % afirmaram
que executam às vezes tarefas em casa. Dentre os que têm
computador doméstico, cerca de 39,39% não executam tarefas em
casa. No entanto, cerca de 61,61 % responderam que executam sempre
ou às vezes (somatório dos quesitos às vezes e sempre) tarefas em
casa com seus computadores domésticos (ver Tabela 18).
o maior índice de execução de tarefas em casa pertence ao
setor serviços, com 62,07% dos pesquisados.
o grau de utilização do computador na execução das
tarefas da atividade principal apresentou a seguinte distribuição:
12,23 % dos pesquisados responderam que utilizam apenas 25 % do
computador em suas tarefas; 9,44% responderam que utilizam entre
26% a 50%; 27,22% responderam que utilizam entre 51 % a 75%;
41,67% entre 76% a 100% em suas tarefas e cerca de 9,44% não
responderam ao quesito (ver Tabela 19).
Pode-se aceitar um índice como medida de informatização.
Para uma tarefa ser considerada como informatizada, aceitar-se-á um
índice de, no mínimo, 76% de utilização do computador na execução
das tarefas da atividade principal.
47
Assim sendo, a seguir os setores mais informatizados pela
ordem, são: setor serviços com 48,34% e, empatados, o setor
comércio e o setor governo, ambos com 38,33% de utilização do
computador na execução das tarefas da atividade principal.
o grau de satisfação dos pesquisados na execução das
tarefas da atividade principal com a utilização do computador
apresentou um perfil bastante nítido: 83,33% dos pesquisados
responderam que o nível de satisfação aumentou com o uso do
computador; 1,67% responderam que a satisfação diminuiu; 5,56%
responderam que é indiferente e 9,44% não responderam a esta
questão. Os índices de satisfação aumentada apresentados pelo
setores foram os seguintes: setores de governo e serviços com 85% e
setor comércio com 80% (ver Tabela 20).
A questão da manutenção do pesquisado na atual atividade
principal com a utilização do computador, apresentou a seguinte
distribuição: 60% responderam que não conseguiriam se manter na
atividade principal sem a utilização do computador; 34,44%
responderam que conseguiriam se manter e 5,56% não responderam à
questão ( ver Tabela 21).
A próxima questão da pesquisa trata da percepção dos
pesquisados a respeito da sobrevivência de seus cargos frente à
ameaça dos computadores. Eis o que revelou a pesquisa: 71,11 %
responderam que seus cargos não poderiam ser substituídos pelo
computador; 20,56% responderam que poderia ser substituído
totalmente ou em parte (somatório de poderia ser substituído e
poderia ser substituído em parte); 5% não souberam informar e 3,33%
48
não responderam à questão, conforme Tabela 22. Os cargos citados
pelos pesquisados que poderiam ser substituído, são os seguintes:
agentes, encarregados e auxiliares técnicos e administrativos; auxiliar
contábil; técnico em processamento de dados; digitador; analista de
sistemas e suporte; técnico em secretariado; analista financeiro;
assessor; coordenador; assistente de marketing; chefe de tesouraria;
engenheiro e contador.
• Em relação ao mercado de trabalho e salário
Neste bloco a pesquisa tratou dos seguinte temas: a
competitividade no mercado de trabalho com o uso do computador, o
aumento ou não dos ganhos salariais com a introdução do computador
na atividade principal e a exigência de conhecimentos de informática
pelo mercado de trabalho.
A primeira questão deste bloco, a competitividade no
mercado de trabalho, apresentou o seguinte perfil: a grande maioria,
cerca de 91,11 % dos pesquisados afirmaram que quem usa
computador leva mais vantagem no mercado de trabalho; não houve
quem afirmasse ao contrário em todos os setores; 5% responderam
que é indiferente e 3,89% não responderam ao quesito (ver Tabela
23 ).
Uma outra questão bastante significativa pelos dados
revelados na pesquisa, foi com relação aos ganhos salariais com a
utilização do computador. A surpresa ficou por conta da revelação
feita por 73,33% dos pesquisados que afirmaram que seus ganhos
salariais não sofreram alterações com a utilização do computador na
49
a ti vida de princ i pai. Creca de 15,56%, a penas, afirmaram que ti veram
ganhos salariais; 2,22% responderam que tiveram seus ganhos
salariais diminuídos e 8,89% não responderam, conforme dados na
Tabela 24. O setor que mais contribuiu com o índice dos que não
sofreram alterações nos ganhos salariais, foi o setor serviços.
A exigência de conhecimentos de informática pelo mercado
de trabalho, apresentou a seguinte distribuição: 69,44% dos
pesquisados responderam que o mercado de trabalho exige
conhecimentos de informática; 17,22% responderam que o mercado de
trabalho às vezes exige conhecimentos; 5% afirmaram que o mercado
de trabalho não exige conhecimento de informática; 2,78% não
souberam informar e 5,56% Não responderam a esta questão (ver
Tabela 25).
• Percepção das mudanças
Este bloco trata somente das percepções dos pesquisa dos a
respeito da mudanças ocorridas com a introdução do computador na
atividade principal. A pergunta do questionário é do tipo aberta.
Verificou-se que as respostas formavam dois grandes grupos: o da
produtividade e o da qualidade. Ou seja, mudanças que acentuavam
ora um, ora outro grupo.
No grupo da produtividade, as características reveladas,
por ordem de maior incidência, foram: maior rapidez nas tarefas com
46%; aumento do número de tarefas com 7,50%; maior facilidade na
execução das tarefas com 4,50%; maior rapidez na busca de
informações com 3%; redução na margem de erro nas tarefas com
50
2,50% e maiores recurso para a execução das tarefas com 2%. O
grupo como um todo, representou 65,50% do total das opiniões (ver
Tabela 26).
No grupo da qual idade, representado pelos restantes
34,50% das opiniões, as mudanças percebidas foram as seguintes,
pela ordem: melhor apresentação dos trabalhos com 16,50%; maior
confiabilidade com 5,50%; maior exatidão nos resultados com 4%;
maior qualidade no resultado com 2%; melhor organização com 1,50%
e maior controle, facilidade na comparação, facilidade na retificação,
maior qualidade nas informações e melhor atendimento ao cliente,
todos com 1 % das opiniões (ver Tabela 26).
• Campo observações
É de praxe inserir nos questionários de pesquisa um campo
aberto, onde o pesquisado possa se expressar mais livremente ou
esclarecer algum ponto específico.
No setor governo cabe destacar que um dos pesquisados
não "reconheceu" um terminal de grande porte como computador.
Para ele somente o micro é considerado "computador"; alguns
relacionaram a eficácia organizacional com o maior número de
pessoas habilitadas em computador
No setor serV1ços, um dos pesquisados, utilizou a própria
capa do questionário para expressar sua indignação por não trabalhar
com o computador, sentindo-se desprestigiado pela administração; um
51
estatístico afirmou ser impossível o exercício da profissão sem o
auxílio do computador.
No setor comércio, alguns poucos reivindicaram mais
treinamento em informática e outros reclamaram das relações com o
pessoal de sistemas e suporte .
• Setor governo
• Dados pessoais
A idade média dos pesquisados situou-se em torno dos
38,38 anos, sendo 54,24% do sexo masculino e 45,76% do sexo
feminino.
o nível de escolaridade, no setor governo, distribuiu-se da
seguinte forma: nenhuma ocorrência para o I º Grau; 45% pertencente
ao 2º Grau; 45% ao 3º Grau; 5% com Pós-Graduação e 5% com curso
de Mestrado, conforme Tabela 27.
Sobre o exercício da atividade principal, cerca de 96,67%
responderam que exercem a atividade principal no setor governo. Os
restantes 3,33%, entenderam que sua atividade principal tinha sido
alterada, isto é, estavam desviados de função, contudo permaneceram
exercendo a atividade principal no mesmo local de trabalho (ver
Tabela 28).
52
Com relação à mudança de atividade, cerca de 10%
responderam afirmativamente a esta pergunta principal. Isto
corresponde a uma promoção de cargo, quer seja por desvio de
função, que seja por ascensão funcional, pela análise individual do
questionário. Cerca de 78,33% afirmaram que não mudaram de
atividade principal (ver Tabela 29). É importante notar que não se
registrou na pesquisa, uma atividade principal deslocada do ambiente
de trabalho, no setor governo.
• Aspectos tecnológicos
A primeira pergunta deste bloco refere-se à utilização do
computador na a ti vidade principal.
Merecem especial atenção, aqueles que responderam que
não utilizam o computador na sua atividade principal. Estes
representam uma parcela significativa de 10% da amostra,
correspondendo a 6 funcionários, todos do sexo feminino (ver Tabela
30).
Foi apurado que 4 (quatro) funcionárias não utilizam,
porque suas atividades não foram informatizadas. Até aqui, nada de
especial.
No entanto, uma delas, não considerou que sua atividade
principal, a de secretária, pudesse consumir tarefas com o uso do
computador. Apesar de utilizar o computador, julgou a sua utilização
em tarefas subsidiárias.
53
o outro caso refere-se à funcionária que trabalhando em
um terminal de grande porte, não o identificou como "computador". É
de se supor que a imagem do microcomputador, tenha se generalizado
para formar o conceito de "computador". Pelo menos no entendimento
da funcionária em questão.
Dentre aqueles que utilizam o computador na sua atividade
principal, num total de 90,00% das pessoas (o somatório dos que
utilizam pouco com os que utilizam muito), é significativa a
participação daqueles que utilizam pouco, ou seja, 20% contra 70%
dos que utilizam muito o computador.
Quanto a questão à disponibilidade de computador em
casa, dois questionários não apresentaram respostas, portanto 3,33%
dos pesquisados. Cerca de 28,34% possuem computador em casa.
Porém, a grande maioria, num total de 68,33% não têm
disponibilidade para o uso do computador em suas residências (ver
Tabela 31).
As pessoas que se sentem bem servidas quanto aos
aspectos de máquinas e programas de computador, estão num total
médio de 54,17%. As que acham que poderia ser melhor adequado à
sua atividade estão num total médio de 31,67%. É significativa esta
parcela das que não estão totalmente satisfeitas com a adequação das
máquina e programas ligados à atividade principal. Cerca de 14,16%,
em média, não sabem informar (ver Tabela 33).
A pergunta 13, trata da questão da percepção da utilização
dos recursos dos programas utilizados na atividade principal.
54
Nesta questão, as pessoas encontram-se, praticamente,
divididas entre as que sabem utilizar todos os recursos dos programas
e as que não sabem utilizar (46,67% e 40,00%, respectivamente).
Pode-se dizer que existe uma certa ansiedade por um conhecimento
maior dos programas utilizados. Por outro lado, as que afirmaram que
sabem utilizar todos os recursos dos programas, são merecedoras de
outros tipos de verificações, para se determinar se realmente
dominam todos os recursos disponíveis no programas utilizados na
atividade principal (ver Tabela 34).
A questão 14 trata das informações disponíveis sobre a
evolução tecnológica dos computadores e programas, que
proporcionariam melhor desempenho na atividade principal.
Cerca de 43,33% das pessoas, não têm informações
necessárias para o acompanhamento da evolução tecnológica dos
computadores e programas, que proporcionariam um melhor
desempenho na atividade principal, contra 40% das que têm
informação. Não sabem informar sobre essa questão, cerca de 16,67%
(ver Tabela 35).
Com relação ao manuseio do computador, eis o que revelou
a pesquisa. Cerca de 73,33% das pessoas pesquisadas afirmaram que
poderiam adquirir melhor habilidade para o manuselO do computador
e 16,67% se sentem suficientemente hábeis no manuseio do
computador (ver Tabela 36).
A pergunta 16 do questionário refere-se ao meio pelo qual
as pessoas procuram informações a respeito de computadores.
55
Responderam ao questionário cerca de 93,33% dos pesquisados.
Apenas 6,67% não responderam a esta pergunta. Cabe ressaltar,
entretanto, que não se pode deduzir, que estes, não recorrem a
qualquer meio de informação (ver Tabela 38).
Cerca de 56 pessoas recorrem a algum tipo de veículo para
obter informações a respeito de computadores. É significativo,
porém, que 51,66% recorrem a apenas um melO de informação,
conforme demonstrado na Tabela 39. E o meio preferido destes é
aquele obtido através de terceiros, com cerca de 51,61 %, seguido
pelos cursos com 22,58%, revistas especializadas com 16,13 %,
jornais com 9,68% e, finalmente, livros sem nenhuma preferência (ver
Tabela 40).
As informações de terceiros é, também, o meio preferido,
dentre as 101 preferências, apontadas pelas pessoas, com 36,63%,
seguido pelos cursos com 22,77%, jornais com 16,84%, revistas
especializadas com 13,86% e livros com apenas 9,90% dos
pesquisados (ver Tabela 37).
A atualização de máquinas e programas de computador é o
que trata as perguntas 17 e 18, respectivamente (ver Tabelas 41, 42 e
43). Pode-se separar esta questão em dois lados: os que têm
computador e os que não têm.
Representam o lado institucional, aqueles que não têm
computador doméstico. E o lado individual, aqueles que possuem
computador doméstico.
56
Para melhor entendimento, somar-se-ão as parcelas
correspondentes às respostas "atualiza" e "atualiza quando pode",
entendido como, simplesmente, os que atualizam suas versões de
máquinas e programas.
Pelo lado institucional, responderam que atualizam as
versões das máquinas, cerca de 39,02% e de programas, 43,90% dos
pesquisados (ver Tabela 43).
Pelo lado individual, os que atualizam suas máquinas e
seus programas, representam 76,46% e 82,36% dos pesquisados,
respectivamente (ver Tabela 43) .
• Em relação às tarefas e ao cargo
Dentre aqueles que têm computador doméstico, a maioria,
isto é, cerca de 58,83% executam, às vezes, tarefas em suas
residências, contra 17,07% que executam e não têm computador em
casa (ver Tabela 44).
o nível de informatização das tarefas, ou seja, a
participação do computador na execução das tarefas, apresentou a
seguinte distribuição: tarefas informatizadas em até 50% obteve um
índice de 21,66%; tarefas informatizadas com mais de 50%, um índice
de 66,67%. Assim sendo, pode-se considerar que apenas 38,33% das
tarefas são informatizadas (ver Tabela 45).
57
A pergunta 21 trata do nível de satisfação do usuário ao
executar suas tarefas, através do computador. Um alto índice,
apresenta a satisfação como tendo sido aumentada, com a realização
das tarefas da atividade principal, através do computador, em cerca
de 85% , contra apenas 1,66% dos que afirmaram que a satisfação
diminuiu e 3,34% dizendo-se indiferente (ver Tabela 46).
A pergunta 22 trata da percepção das pe ssoas quanto à sua
manutenção na atividade principal, sem a utilização do computador.
Esta percepção não é nada clara. Existe uma divisão em 48,34% entre
aqueles que acham que manteriam sua atividade principal sem o
auxílio do computador e 46,66% dentre aqueles que acham que não
manteriam sua atividade principal sem o auxílio do computador (ver
Tabela 47).
A próxima pergunta refere-se à substituição do cargo pelo
computador, cujos dados estão demonstrados na Tabela 48. Cerca de
65% acham que seu cargo não poderia ser substituído pelo
computador. No entanto, cerca de 23,33% acham que seu cargo
poderia ser substituído ou parte dele( somatório de "poderia ser
substituído" com "poderia ser substituído em parte"). Estes cargos
são: assistente administrativo, agente administrativo, encarregado
administrativo, auxiliar administrativo e engenheiro. Apenas duas
pessoas não informaram seus cargos.
• Em relação ao mercado de trabalho e salário
Cerca de 91,66% das pessoas entrevistadas têm a
percepção de que quem usa computador leva mais vantagem no
58
mercado de tra ba lho, i sto é, tornam- se ma is competi ti vas. Apenas
6,67% acham que é indiferente. Não houve quem afirmasse que o uso
do computador não traz vantagem competitiva (ver Tabela 49).
A próxima pergunta trata dos ganhos salariais com a
utilização do computador. Cerca de 76,67% das pessoas pesquisadas
afirmaram que seus ganhos salariais não sofreram alterações, 10%
que seus ganhos aumentaram e apenas 3,33% afirmaram que seus
ganhos salariais diminuíram (ver Tabela 50).
A exigência de conhecimentos de informática, no setor
governo, mereceu um índice de 68,34%. Somando-se a estes, os 20%
que afirmaram que às vezes, o mercado de trabalho exige esse tipo de
conhecimento, daria um total de 88,34%. Um índice bastante elevado
(ver Tabela 51).
• Percepção das mudanças
Na pergunta acerca da percepção das mudanças, cada
pesquisado pode contribuir com mais de uma opinião. Cerca de 65%
de todos os entrevistados, responderam a esta indagação: quais as
principais mudanças ocorridas na sua atividade principal com a
introdução do computador, segundo sua percepção?
As opiniões foram divididas em dois blocos: produtividade
e qualidade. As opiniões relativas à produtividade, foram as
seguintes: maior rapidez na execução das tarefas com 32,86%; maior
rapidez na busca de informações com 8,57%; maior facilidade na
59
execução das tarefas com 7,14%; aumento do número de tarefas com
4,28% e redução da margem de erro com 2,85% (ver Tabela 52).
As opiniões relativas à qualidade, foram: melhor
apresentação com 17,14%; maior qualidade no resultado final com
5,71 %; maior exatidão nos resultados, maior confiabilidade e melhor
organização, ambos com 4,29%; maior controle, facilidade de
retificação e facilidade na comparação de dados, ambos com 2,86%
(ver Tabela 52).
As opiniões relativas à produtividade alcançaram um
índice de 55,70%, contra 44,28% do bloco da qualidade (ver
Tabela 52) .
• Campo observações
Além do fato, já citado anteriormente, de que uma
funcionária não reconheceu o terminal do computador de grande
porte, como "computador", merecem destaque as observações a
seguir. Cerca de 35% (trinta e cinco por cento) dos pesquisados,
contribuíram com suas observações. A mais citada delas é a que pede
por mais cursos de informática. Uma das opiniões pede para serem
instalados os programas relativos aos cursos que tinham sido
realizados. Fizeram os cursos, mas os programas não foram
instalados.
Reconhecem o computador como tecnologia avançada e
como fator motivacional no trabalho. Relacionam o maior número de
60
pessoas habilitadas com computador à maior eficácia organizacional.
Menosprezam a tarefa de digitação, solicitando funcionários
exclusivamente para essa finalidade .
• Setor serviços
• Dados pessoais
A idade média dos pesquisados, no setor serviços, atingiu
a 38,93 anos, sendo 45,76% do sexo masculino e 54,24% do sexo
feminino.
Dos 60 questionários aplicados, apenas um foi recolhido
sem qualquer resposta.
o nível de escolaridade dos pesquisados, apresentou a
seguinte distribuição: nenhuma ocorrência para o 1 º Grau; 40% com
2º Grau; 35% com 3º Grau; 6,67% com Pós-Graduação e 16,66% com
Mestrado. Não houve registro de funcionários com Doutorado (ver
Tabela 53).
A pergunta número 5, rela ti va à a ti vidade princi pa 1, ficou
assim demonstrada: 95% exercem a atividade principal no seu atual
emprego e cerca de 3,33% responderam que não exercem a atividade
principal no setor serviços. Estas últimas respostas, referem-se às
pessoas que exercem, no momento, cargos de chefia e entendidos,
pelos pesquisados, como transitórios (ver Tabela 54).
61
Cerca de 13,33% responderam que mudaram de atividade
principal com a utilizaçào dos computadores, ou seja 8 pessoas.
Pode-se identificar que 7 funcionários mudaram de cargos e que,
nitidamente, 3 foram promovidos,a partir do cargo de contínuo. Não
mudaram de atividade principal com o uso do computador, cerca de
78,34% dos pesquisados (ver Tabela 55) .
• Aspectos tecnológicos
A não utilização de computadores na atividade principal
está restrita a apenas 3,33% dos funcionários. Fato este, lamentado
por um deles, revelando a percepção de desprestígio profissional,
através de observação no corpo do questionário. Foi revelado um alto
índice de utilização dos computadores. Cerca de 85% utilizam muito
e 10% disseram que utilizam pouco (ver Tabela 56).
o computador doméstico está presente nos lares de 48,33%
dos funcionários pesquisados. Isto representa a metade, pois igual
índice, também foi obtido pelos que declararam não possuir
computador em casa. Apenas 3,34% não responderam a essa pergunta,
conforme Tabela 57.
o nível de satisfação com a adequação de máquinas e
programas à atividade principal, revela um certo anseio por
melhorias. Pois, cerca de 42,50% dos funcionários, em média,
revelaram que os programas e máquinas poderiam ser melhor
adequados. Um índice alto. Cerca de 50,84%, em média, estão
satisfeitos com a aparelhagem disponível (ver Tabelas 58 e 59).
62
A próxima pergunta trata da utilização dos recursos
disponíveis nos programas de computador. Revelou-se um alto índice
dentre aqueles que declararam não saber utilizar todos os recursos
disponíveis: 41,67%. Cerca de 51,67% revelaram que sabem utilizar
todos os recursos disponíveis. Não responderam a este quesito cerca
de 6,66% dos pesquisados (ver Tabela 60).
A pergunta 14 do questionário relaciona a busca de
informações sobre a evolução tecnológica a nível de computadores e
programas a um melhor desempenho na atividade principal. Cerca de
65% dos pesquisados declaram ter acesso a essas informações, contra
25% que não têm acesso. Não souberam informar cerca de 6,67% e
3,33% não responderam a essa pergunta, conforma demonstra a
Tabela 61.
Com relação ao manuseio do computador, é também alto o
índice revelado por aqueles que declararam que poderiam adquirir
melhor habilidade, cerca de 61,67% dos pesquisados. Sentem-se
suficientemente hábeis, cerca de, apenas, 33,33%. Não responderam a
essa pergunta cerca de 5% dos pesquisados (ver Tabela 62)
Com relação aos meios utilizados para a obtenção das
informações a respeito de computadores e programas, a pesquisa
revelou que o meio preferido é aquele através das informações de
terceiros, com cerca de 34,86% das preferências. Segue-se as revistas
especializadas com 21,10% e os cursos e jornais com 20,18% e
19,27%, respectivamente. Os I i vros o bti veram apenas 4,59% das
preferências (ver Tabela 63).
63
Cerca de 61,67% dos pesquisados recorrem a mais de um
meio, dentre os citados acima, para a obtenção das informações e
33,33% recorrem a apenas um meio de informação (ver Tabela 65).
Dentre aqueles que recorrem a apenas um meio de
informação, as preferências ficaram assim distribuídas: informações
de terceiros com 55%, cursos com 25% e revistas especializadas e
jornais, ambos, com 10%. Os livros, para estes, não foram escolhidos
como meio de obtenção de informação, conforme demonstrado na
Tabela 66.
Um aspecto interessante foi a revelação de outros meios
utilizados para a obtenção das informações. A pesquisa revelou que a
Internet e feiras são utilizados como meio de informação a respeito
de computadores e programas, além da própria prática com os
computadores e programas. Portanto, pode-se dizer que, para alguns,
os "heI ps" dos pro gramas, sem dúvida, auxi liam na obtenção das
informações.
A atualização de máquinas e programas de computador
obteve um alto índice, com cerca de 58,34%, em média, dentre
aqueles que declararam que procedem à atualização. Cerca de
12,50%, em média, declararam que não atualizam e 23,33%, em
média, atualizam quando podem (ver Tabela 68).
Os dois quesitos de atualização informavam aos
pesquisados que o alvo era o computador doméstico, mas caso não
tivessem, deveriam responder de acordo com o procedimento adotado
pela empresa. Portanto, pode-se separar o procedimento individual,
64
pela declaração de uso do computador doméstico, do procedimento
institucional.
Pelo lado institucional, isto é, daqueles que não têm
computador doméstico, a Tabela 69, mostra uma acentuada tendência
para a atualização, principalmente com relação às máquinas.
Somando-se os quesitos "atualiza" e "atualiza quando pode", obtêm
se os seguintes índices: 82,76% para as máquinas e 79,32% para os
programas.
Pelo lado individual, o computador doméstico é, também,
atualizado, com um alto índice. Usando-se a mesma metodologia, na
Tabela 43, os índices apresentam a seguinte distribuição: 93,11 %
para as máquinas e 82,76% para os programas. Houve uma
coincidência nos índices de atualização para máquinas no setor
institucional com a atualização de programas de uso doméstico, em
torne de 82,76% (ver Tabela 69).
Portanto, a atualização é mais forte no setor doméstico do
que no setor institucional.
• Em relação às tarefas e ao cargo
Dentre aqueles que têm computador doméstico, cerca de
62,07% executam suas tarefas em casa (somando-se os quesitos "às
vezes" e "sempre" da Tabela 70), contra, apenas, 10,35% dos que não
têm computador em casa. Este índice é bastante significativo.
65
o nível de informatização, representado pela utilização do
computador na execução das tarefas, apresentou a seguinte
distribuição: tarefas informatizadas em até 50%, recebeu um índice
de 16,66%, contra 78,34% das tarefas informatizadas em mais de
50%. Cerca de 5% dos pesquisados não responderam. Tomando-se um
índice de 76% como base para se medir o grau de informatização
ótima das tarefas, pode-se dizer que cerca 48,34% das tarefas são
realmente informatizadas (ver Tabela 71).
Sem dúvida alguma, o computador tem sido fator de
motivação no trabalho, tendo em vista o alto índice alcançado pela
pesquisa, com relação a este quesito. Cerca de 85% dos funcionários
declaram que, com a utilização do computador, tiveram aumentados
seus níveis de satisfação (ver Tabela 72).
Sem a utilização do computador não seria possível manter
a atividade principal. E o que declararam cerca de 70% dos
pesquisados. No entanto, alcançando um índice de 26,66%, outros
acham que seria possível continuar a manter suas atividades
principais sem o auxílio do computador (ver Tabela 73).
A grande malOfla, cerca de 78,34% (ver Tabela 74),
manifestaram suas opiniões contrárias à possibilidade de substituição
de seus cargos pelos computadores.
Porém, acham que o cargo poderia ser substituído ou
substituído em parte, cerca de 16,66% dos pesquisados. Dentre estes,
desempenham suas atividades principais nos seguintes cargos: técnico
em secretariado, auxiliar administrativo, auxiliar técnico, técnico em
66
processamento de dados, agente administrativo, analista financeiro.
Um deles não informou o seu cargo. E apenas um tem computador
doméstico .
• Em relação ao mercado de trabalho e salário
A percepção de que o uso do computador concede maior
competitividade no mercado de trabalho, é a opinião de 90% dos
pesquisados. Um índice bastante alto, principalmente, levando-se em
conta que não houve afirmativa contrária a essa opinião (ver
Tabela 75).
A utilização do computador pode ter trazido muitos
benefícios para as empresas, mas certamente, como demonstra a
pesquisa, não acrescentou vantagens salariais aos empregados. Cerca
de 78,34%, afirmaram que seus salários não sofreram alterações.
Cerca de 1,66% declararam que seus ganhos diminuíram. Apenas 15 %
manifestaram a opinião de que seus ganhos salariais aumentaram (ver
Tabela 76).
Cerca de 89,99% dos pesquisados, índice elevado, sentem
se exigidos dos conhecimentos de informática pelo mercado de
trabalho. Apenas 3%, aproximadamente, são de opinião contrária (ver
Tabela 77)
67
• Percepção das mudanças
Os quesitos de produtividade alcançaram Sl,81%,
apresentando os seguintes itens: maior rapidez nas tare:-as com
56,06%; aumento do número de tarefas com 15,15%; maiores :-ecursos
com 6,06% e redução na margem de erro com 4,54%. Os de ~:lalidade
alcançaram 18,19% com os seguintes itens: melhor apresenta.;ão com
15,16% e maior qualidade nas informações com 3,03%. (ve: Tabela
78).
• Campo observações
Desde congratulações ao pesquisador à declar::.ção de
alerta contra um possível desmembramento dos sistemas' de .:ontrole
social, o campo "observações" traz os seguintes tem3S mais
relevantes: nova maneira de trabalhar-estudar-pesquisar, ligação da
informática com modernidade, desprestígio por não trabaLJ.ar com
computador, impossibilidade do exercício da profissão de estatístico
e a motivação propiciada pelo uso do computador .
• Setor comércio .
• Dados pessoais
A idade média dos pesquisados do setor comércio situou-se
em torno dos 34,68 anos , aproximadamente, sendo 55% do sexo
masculino e 40% do sexo feminino.
68
o nível de escolaridade deste setor apresentou a seguinte
distribuição: 3,33% do l°. Grau; 38,33% do 2°. Grau; 4l,6:-:J~ do 3°.
Grau; 6,67% com Pós-Graduação; 3,33% com Mestrado e 1.67% com
Doutorado. Cerca de 5% dos pesquisados não responderam (ver
Tabela 79).
Cerca de 86,67% dos pesquisados, no setor ~omércio,
exercem suas atividades principais dentro do próprio setor, contra
8,33% dos que não exercem. Apenas 5% não responderam ao
questionário. Dentre aqueles que responderam que não exercem a
atividade principal em seus empregos, constatou-se que dois deles,
trabalham com informática: um como digitador e outro como operador
de rede (ver Tabela 80).
Com relação à mudança de atividade principal, a partir da
utilização do computador, cerca 8,33% responderam afirmativamente,
contra 81,67% que afirmaram não ter mudado de atividade. Cerca de
10% dos pesquisados não responderam a essa questão, .::onforme
Tabela 81. Pode-se constatar somente, que um dos pesquisados
passou de auxiliar administrativo para operador de micro. Merece
destacar que dentre aqueles que não exercem a atividade ;Hincipal
nos seus empregos (questão anterior), nenhum deles respondeu como
tendo mudado de atividade principal.
• Aspectos tecnológicos
A utilização do computador na atividade principal, no
setor comércio, apresentou a seguinte distribuição: 66,67% dos
pesquisados, responderam que utilizam muito, contra 28,33% que
69
utilizam pouco ou simplesmente, não utilizam (somatório dos que
utilizam pouco com os que não utilizam), conforme demonstrado na
Tabela 82.
A grande maioria deste setor não possui computador
doméstico. Eles representam cerca de 61,67% dos pesquisados.
Apenas 33,33% possuem computador em suas casas. Cerca de 5% dos
pesquisados, não responderam (ver Tabela 83).
A questão da adequação de máquinas e programas de
computador no desempenho da atividade principal, teve o seguinte
perfiL: em média, as pessoas ficaram divididas. Cerca de 40%
responderam que ambos os quesitos (programas e máquinas) estavam
perfeitamente adequados; 40,83% disseram que poderia ser melhor
adequado; 8.33% não souberam informar e 10,84% não responderam a
esta questão, conforme Tabela 85.
o conhecimento dos recursos disponíveis nos programas
para o desempenho da atividade principal, no setor comércio,
apresentou a seguinte distribuição: 45% dos pesquisados responderam
que sabem utilizar todos os recursos dos programas; 38,34% não
sabem utilizar todos os recurso; 8,33% não souberam informar e
outros 8,33% não responderam (ver Tabela 86).
A maioria dos pesquisados, no setor comércio, não têm
informações sobre a evolução tecno ló gica de programas e
computadores. Este segmento representa cerca de 43,33%. No
entanto, cerca de 38,33% responderam que dispõem destas
70
informações. Os restantes 18,34% não souberam informar ou não
responderam a esta questão (ver Tabela 87).
A questão da habilidade no manuseio do computador na
atividade principal, ficou assim representada: cerca de 63.:33% dos
pesquisados afirmaram que poderiam adquirir melhor habilidade;
26,67% afirmaram que se sentem suficientemente hábeis e ~ 0% não
responderam (ver Tabela 88).
Os meios utilizados, no setor comércio, para a obtenção de
informações a respeito de computadores e programas, são os
seguintes: revistas especializadas, com 16,33%; livros, com 9,18%;
jornais, com 16,33%; cursos, com 14,29% e informações de terceiros,
com 43,87% (ver Tabela 89).
A maioria dos pesquisados recorrem a apenas um meio para
conseguir essas informações, cerca de 55%, contra 40% dos que
recorrem a vários meios, conforme Tabela 91.
Dentre os que recorrem a apenas um meio para obter
informações,a distribuição ficou assim representada: revistas
especializadas, nenhuma preferência; livros, com 3,03%; jornais, com
9,09%; cursos, com 15,15% e informações de terceiros, com 72,73%,
conforme Tabela 92.
Conclui-se, portanto, que no setor comércio, as pessoas se
utilizam de informações de terceiros para a obtenção de informações
a respeito de programas e computadores.
71
A atualização de máquinas e programas de computador
refere-se, primeiramente, ao computador pessoal. Na ausência deste,
solicita-se ao pesquisado que responda de acordo com o procedimento
da empresa onde trabalha. Estes dados estão contidos nas Tabelas 93
e 94.
No entanto, separou-se as respostas em dois grupos: os que
têm e os que não têm computador doméstico. Os resultados poderão
ser analisados através da Tabela 95.
Verificou-se que no grupo do que não têm computador
doméstico, cerca de 56,76% dos pesquisados responderam que as
empresas atualizam ou atualizam quando podem (somatório de
atualiza e atualiza quando pode) suas máquinas, contra 35,14% que
responderam que as empresas não atualizam. Com relação aos
programas, cerca de 51,35% responderam que as empresas atualizam
ou atualizam quando podem seus programas de computador, contra
29,73% que responderam que as empresas não atualizam seus
programas.
No grupo do que têm computador, cerca de 90%
responderam que atualizam ou atualizam quando podem suas
máquinas, contra apenas 10% que responderam que não procedem a
atualização do computador doméstico. Com relação aos seus
programas, cerca de 80% atualizam ou atualizam quando podem,
contra 15% que responderam que não atualizam seus programas do
computador doméstico.
72
• Em relação às tarefas e ao cargo
A questão da execução de tarefas em casa foi dividida
também, em dois grupos: os que têm e os que não têm computador
doméstico.
Dentre os que não têm computador doméstico, verificou-se
que 78,38% dos pesquisados não executam qualquer tarefas em casa,
contra 13,51 % dos que responderam que às vezes executam tarefas em
casa (ver Tabela 96).
Dentre os que têm computador doméstico, cerca de 40%
responderam que não executam tarefas em casa, contra 60% que
executam sempre ou às vezes tarefas em casa, de acordo com a tabela
acima citada.
o grau de informatização, isto é, a participação do
computador na execução das tarefas, apresentou a seguinte
distribuição: 16,67% utilizam até 25% do computador em suas
tarefas; 10% utilizam de 26% a 50%; 23,33% de 51% a 75%; 38,33%
de 76% a 100% e 11,67% não responderam ao presente quesito (ver
Tabela 97).
o nível de satisfação pessoal com a execução de tarefas
com a utilização do computador, apresentou o seguinte perfil: 80%
dos pesquisados responderam que a satisfação aumentou; 1,67%
responderam que a satisfação diminuiu; 5% responderam que era
indiferente e 13,33 % não responderam, conforme Tabela 98.
73
A manutenção da atividade principal sem a utilização do
computador é tarefa inadmissível para 63,34 % dos pesquisados. No
entanto, 28,33% responderam afirmativamente, isto é, mantêm suas
atividades sem a utilização do computador (ver Tabela 99).
A questão da substituição do cargo pelo computador,
apresentou a seguinte distribuição: 70% responderam que seu cargo
não poderia ser su bs ti tuído; 21,66% acham que poderia ser
substituído em todo ou em parte (somatório); cerca de 8,34 não
souberam informar ou, simplesmente, não responderam a esta questão
(ver Tabela 100).
Os pesquisados que responderam que seus cargos poderiam
ser substituídos em todo ou em parte, isto é, os 21,66%, ocupam os
seguintes cargos: digitador, auxiliar de escritório, assessor, analista
de sistema e suporte, assistente de marketing, auxiliar contábil,
coordenador, chefe de tesouraria e contador.
• Em relação ao mercado de trabalho e salário
Com relação ao mercado de trabalho, no setor comércio, a
grande maioria afirmou que aqueles que usam computador levam mais
vantagem, ou seja 91,66% dos pesquisados. Não houve que afirmasse
ao contrário. Cerca de 1,67%, apenas, acham indiferente o uso do
computador para competir no mercado de trabalho (ver Tabela 101).
Cerca de 65 % dos pesquisados, afirmaram que seus ganhos
salariais não sofreram alterações com a utilização do computador. No
74
entanto, cerca de 21,66% afirmaram que seus ganhos aumentaram,
contra 1,67% que afirmaram que seus ganhos diminuíram. Não
responderam cerca de 11,67% dos pesquisados (ver Tabela 102).
A exigência de conhecimentos de informática, no setor
comércio, apresentou um índice de 81,66% (somatório dos
responderam que exige maIS os que responderam que às vezes exige).
Cerca de 6,67% têm a percepção de que o mercado de trabalho não
exige conhecimentos de informática. Cerca de 11,67% não souberam
informar ou não responderam (ver Tabela 103) .
• Percepção das mudanças
A questão da percepção das mudanças ocorridas com a
introdução do computador, foi dividida em dois blocos: produtividade
e qualidade.
A produtividade representou 59,38% das percepções. Os
itens apresentaram as seguintes distribuições: maior rapidez nas
tarefas, com 50%; aumento do número de tarefas, com 3,13 % e
facilidade na execução, com 6,25 %.
A qualidade representou 40,62% das percepções. A
distribuição dos itens, foi a seguinte: melhor apresentação, com
17,18%; maior exatidão nos resultados, com 7,81%; maior
confiabilidade, com 12,50% e melhor atendimento ao cliente, com
3,13% (ver Tabela 104).
75
• Campo observações
Duas observações merecem destaque, dentre as poucas
verificadas no setor comércio. A primeira, refere-se ao treinamento
ineficiente. Alguns acham que o treinamento em informática deveria
ser mais intenso e mais objetivo.
A outra observação, prende-se às relações entre os
usuários dos computadores e o pessoal de apoio. Os primeiros acusam
os segundos de serem "corporativistas". Pela observação feita,
entende-se o termo empregado como sendo "fechado" e de pouca
comunicação.
76
CAPÍTULO V
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
• O administrativo típico do setor terciário
Pode-se traçar algumas características típicas do
funcionário administrativo do setor terciário, com base nos valores
modais apresentados na pesquisa de campo. Eis as características
básicas:
A. Idade entre 37 a 44 anos;
B.Escolaridade elevada;
C.Exerce a atividade principal no seu atual emprego;
D.A utilização do computador não mudou sua atividade principal;
E. Utiliza muito o computador em suas tarefas;
F. Não tem computador doméstico;
G .Considera seu computador perfeitamente adequado para a
execução de suas tarefas;
H. Tem contato com informações sobre a evolução tecnológica a
nível de computadores e programas;
I. Considera que poderia adquirir melhor habilidade no manuseio
do computador;
J. Utiliza-se de outras pessoas, além de outros meIOS, para obter
mais informações a respeito de programas e computadores;
K.Não executa suas tarefas em casa, mas o faria caso tivesse
computador doméstico;
L. Tem muito mais satisfação em realizar suas tarefas com o
auxílio do computador;
M.Percebe-se como incapaz de manter sua atividade principal
sem a utilização do computador;
77
N .Considera que o computador não o poderia substituir em seu
atual cargo;
O.É de opinião de que o computador traz maior competitividade
no mercado de trabalho;
P. Seus ganhos salariais não sofreram alterações com a utilização
do computador;
Q.Percebe-se como exigido dos conhecimentos de informática no
mercado de trabalho e, finalmente
R.Percebe que a maior rapidez na execução das tarefas e a
melhor apresentação de seus trabalhos são as principais
mudanças ocorridas na sua atividade principal com a
introdução do computador.
• A questão da adaptabilidade
De uma certa forma, algumas informações trazidas pela
pesquisa foram surpreendentes. A idéia generalizada é a de que a
pesquisa revelaria dificuldades e resistências por parte do usuário do
computador, ou seja, uma adaptação dolorosa à nova tecnologia. No
entanto, esse ponto foi amplamente contestado na pesquisa, em
virtude da revelação do elevado grau de satisfação na execução das
tarefas com o auxílio do computador. Questão da pesquisa com um
dos maiores índices de freqüência no item que revelou esse aumento
de satisfação. Caso a adaptação fosse dificultosa, esse item da
pesquisa se revelaria em níveis bastante modestos ou até negativos.
Pode-se afirmar que o computador é o novo elemento
motivacional do trabalho. Corrobora a essa idéia, além da elevação
do nível de satisfação na execução das tarefas com o auxílio do
computador, outras informações, tais como: 1. a de que os ganhos
salariais não sofreram alterações com a utilização do computador,
78
excluindo o tipo de recompensa extrínseca, em favor da recompensa
intrínseca; 2. uma idade típica elevada, entre 37 a 44 anos, o que
normalmente dificultaria a aprendizagem e a introdução de novas
técnicas e tecnologias e 3. a vontade de adquirir melhor habilidade no
manuseio do computador, expressada na pesquisa.
Outra conclusão, também surpreendente, foi a revelação,
por parte dos pesquisados, do modo de se obter informações a
respeito dos computadores: com as informações de terceiros. Pode-se
observar que a troca de informações entre os chamados "micreiros" é
coisa natural. Talvez pela vontade de alguns em demonstrar aos
demais suas habilidades no computador. Seja qual for o motivo, na
realidade, existe uma intensa troca de informações a respeito de
programas e máquinas.
O nível de aceitabilidade por parte das pessoas à recente
introdução de computadores no ambiente de trabalho é bastante
satisfatório. Esta afirmação tem por base os seguintes resultados: 1.
consideram seu computador perfeitamente adequado para a execução
de suas tarefas; 2. percebem a incapacidade de manter a atividade
principal sem o auxílio do computador e 3. são de opinião de que os
computadores os tornam mais competitivos no mercado de trabalho.
Tendo em vista que o processo de informatização das empresas, com
base em computadores pessoais, é irreversível, percebe-se que as
pessoas já formaram opinião de que ou aderem à nova tecnologia ou
perdem espaço no mercado de trabalho.
79
• sono: Small Office, nome Office
Pode-se concluir, também, que é significativo o chamado
mercado SOHO, acrônimo de Small Office, Home Office. A pesquisa
demonstrou que maioria dos funcionários do setor terciário não
executam suas tarefas profissionais em suas casas, pelo simples fato
de não terem computador doméstico. Ao contrário do grupo que têm a
disponibilidade dessa tecnologia em seus lares, a maioria leva
trabalho para casa.
Podem-se prescrever, com base nas conclusões da pesquisa
de campo e em alguns princípios teóricos ventilados ao longo desse
trabalho, as sugestões que se seguem .
• Treinamento em informática
o treinamento em informática pode ser dividido em três
fases distintas: a básica, a de adestramento e a de desenvolvimento. A
primeira corresponde essencialmente ao objetivo de propiciar ao
usuário um conhecimento da mecânica, ou melhor, da lógica, da
máquina em si e do seu programa básico, o sistema operacional. É
muito comum escutar de experientes usuários perguntas ou dúvidas de
caráter primário. É necessário saber por que se está fazendo e qual o
resultado que se deve esperar, tanto da máquina, quanto dos
programas. A segunda fase, corresponde ao adestramento em alguns
programas, chamados de aplicativos, tais como editores de texto,
planilhas eletrônicas, bancos de dados e outros pro gramas específicos
desenvolvidos para um determinado ambiente de trabalho. A última
fase corresponde ao objetivo de proporcionar ao usuário ferramentas
para que ele possa "fabricar" outras ferramentas, ou seja, a
habilitação para a montagem de bancos de dados e conhecimento,
80
mesmo que rudimentar, de algum tipo de linguagem de programação,
útil para a montagem de macros (pequenos programas para a execução
de comandos combinados).
Não é necessário treinar todos os usuários da organização.
Seria muito dispendioso. Deve-se dar treinamento, preferencialmente,
aos funcionários que possuam computador doméstico, pois são os que
geralmente, têm mais aptidão e habilidade, escolhendo, um ou mais,
de departamentos diferentes. Deve-se dar ao funcionário já treinado a
incumbência de repassar os conhecimentos adquiridos aos demais,
durante a execução do trabalho, sem preparar aquele tipo de "sala de
aula" .
.• A execução eletrônica das tarefas
Uma conseqüência flagrante e imediata da execução das
tarefas, através do computador, é o ganho de tempo. É notório em
alguns ambientes informatizados a ociosidade dos indivíduos.
Percebe-se que ainda não houve uma reestruturação do processo
administrativo. Mantêm-se a velha hierarquia funcional e a
ultrapassada divisão de trabalho. A introdução do computador nesse
ambiente tradicional traz a evidência da necessidade de um novo
rearranj o administrativo .
• Nova base para a remuneração
Não se sabe até quando persistirá a pacífica convivência
entre a satisfação na execução das tarefas com o auxílio do
computador e a ausência de ganhos salariais. Os indivíduos percebem
que os computadores trouxeram um ganho em produtividade e
81
qualidade, porém esses ganhos não são repassados, pelo menos em
parte, aos empregados.
A execução das tarefas, agora maIS fáceis e maIS rápidas,
portanto com menor tempo necessário para sua realização, requer uma
nova base de remuneração. Não se pode e não se deve remunerar da
mesma forma, a mesma tarefa com graus diferenciados de dificuldade.
Por certo, o indivíduo, hoje em dia, tornou-se uma espécie de
"fabrica itinerante". Agora, um fator de produção mais independente
e com maior poder de barganha.
Parece ser mais adequado remunerar-se por tarefas. A
jornada de trabalho baseada somente no tempo não tem mais sentido.
• Bons resultados com informática
N o início da introdução dos computadores no ambiente
organizacional, notou-se uma perda de produtividade no trabalho. A
explicação para tal fato está no emprego inadequado da informática e
de seus subprodutos. A reengenharia que Hammer e Champy
(Hammer, 1994) anunciaram, escamotearam as qualidades da
informatização em favor do "pacote de consultoria" que pretendiam
vender. Na realidade a reengenharia nada mais é do que o adequado
emprego da informática na administração dos negócios.
Para se conseguir bons resultados com informática,
aconselha-se adotar três princípios: 1 º - lançar mão intensivamente de
todas ferramentas disponíveis da informática; 2º - transformar o
ambiente organizacional numa verdadeira corrente, ou seja, usar de
conectividade. Ligar, unir, através de redes, todo tipo de informação
da organização e 3º - não ter medo de compartilhar informações. O
82
ambiente, isto é, a estrutura, os procedimentos deve incentivar o
compartilhamento das informações .
• Estrutura organizacional
A nova maneira de execução as tarefas, com o auxílio da
ferramentas da informática, tem como conseqüência imediata a
redimensionamento dos processos administrativos. Por sua vez, o
novo processo admini stra ti vo requer uma nova estrutura
organizacional.
Uma nova burocracia deverá sobrevir. Nova estrutura,
novos procedimentos, menos níveis hierárquicos, outra disciplina
funcional, novas bases remuneratórias, novos padrões de avaliação de
desempenho, novos critérios de promoção, enfim, a nova estrutura
organizacional estará emoldurada pela tecnologia da informação. As
novas organizações assim concebidas, poderão ser chamadas de
organizações cibercráticas .
• Propostas de novos estudos
Vislumbrou-se muito mais um vasto campo para arar, do
que se lavrou até aqui. A seguir, incintar-se-á novos estudos na área
do trabalho humano com base nos computadores.
A expressão "informação é poder" ,deve ser alvo de
pesquisa, conforme ventilado no Capítulo IH. As relações e as
disputas de poder político nas organizações podem estar sofrendo
significativas transformações com a tecnologia da informação.
83
A questão das relações das variáveis utilizadas na teoria
motivacional, tais como auto-estima, esforço, desempenho,
recompensas, dificuldade e satisfação na realização das tarefas,
devem merecer especial atenção.
As funções gerenciais estão em cheque. Talvez até mesmo
a existência do gerente, como concebido até o momento, esteja
ameaçada. As conectividades intensas e o compartilhamento das
informações no ambiente organizacional podem estar exigindo
mudanças nessa questão.
E finalmente uma proposta vai de encontro às dissertações
de mestrado. O ganho metodológico e a aprendizagem profissional
foram significa ti vos para o mestrando. Necessário se faz estabelecer
critérios para que pesquisas de campo tenham um caráter obrigatório
nas futuras dissertações.
84
TABELAS
85
Setor terciário (consolidado)
Tabela 1
Nível de Escolaridade N (%,)
1 º Grau 2 1 , 1 1
2º Grau 74 41,11
3º Grau 73 40,56
Pós-Graduação 1 1 6,1 1
Mestrado 15 8,33
Doutorado 1 0,56
Não responderam 4 2,22
Total 180 100,00
Tabela 2
Exercício da atividade principal N (0/.)
Exercem a atividade principal 167 92.78
Não exercem a atividade principal 9 5.00
Não responderam 4 2.22
Total 180 100,00
Tabela 3
Mudança na atividade principal N (%)
Mudaram de atividade principal 19 10.56
Não mudaram de atividade principal 143 79.44
Não responderam 18 10.00
Total 180 100.00
86
Tabela 4
Utilização do computador na
atividade principal N (%)
Utilizo muito 133 73,89
Utilizo pouco 32 17,78
Não utilizo 11 6,1 1
Utilizo em outras atividades O 0,00
Não respondeu 4 2,22
Total 180 100,00
Tabela 5
Computador doméstico N (0/0)
Têm computador em casa 66 36,67
Não têm computador em casa 107 59,44
Não responderam 7 3.89
Total 180 100,00
Tabela 6
Máquinas Programas Adequação de máquinas
e Questão 11 Questão 12
programas N (%) N (%)
Perfeitamente adequado 88 48,88 86 47,78
Poderia ser melhor adeq uado 68 37,78 70 38.89
Totalmente inadequado 1 0.56 O 0,00
Não sei informar 13 7,22 15 8,33
Não responderam 10 5,56 9 5,00
Total 180 100,00 180 100,00
87
Tabela 7
Adequação de máquinas e programas Máquinas e
Programas
Questão 11 e 12
Questões (M=média)
M ( 0/0)
Perfeitamente adequado 87,00 48,33
Poderia ser melhor adequado 69,00 38,33
Totalmente inadequado 0,50 0,28
Não sei informar 14,00 7,78
Não responderam 9,50 5,28
Total 180,00 100,00
Tabela 8
Percepção da utilização dos recursos dos programas
na atividade principal
Questões N (0/0)
Sabem utilizar todos os recursos 86 47,78
Não sabem utilizar todos os recursos 72 40,00
Não sei informar 13 7,22
Não responderam 9 5,00
Total 180 100,00
88
Tabela 9
Informações sobre a evolução tecnológica
Questões N (0/0 )
Têm informação 86 47,78
Não têm informação 67 37,22
Não sei informar 21 11,6 i
Não responderam 6 3,33
Total 180 100,00
Tabela 10
Manuseio de computador
Questões N (0/0)
Suficientemente hábil 46 25,56
Poderia adquirir melhor habilidade 119 66,11
Não responderam 15 8,33
Total 180 100,00
Tabela 11
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (0/0)
Revistas especializadas 53 17,21
Livros 24 7,79
Jornais 54 17,53
Cursos 59 19,16
Informações de terceiros 118 38,31
Total das preferências 308 100,00
89
Tabela 12
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (%)
Responderam ao questionário 170 94,44
Não responderam 10 5,56
Total 180 100,00
Tabela 13
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (%)
Recorrem a apenas um meio 84 46,67
Recorrem a vários meios 86 47,78
Não responderam 10 5,56
Total 180 100,00
Tabela 14
Preferência dos que recorrem a apenas um meio
Meios N (0/.)
Revistas especializadas 7 8.33
Livros I 1,19
Jornais 8 9.52
Cursos 17 20.24
Informações de terceiros 51 60,72
Total 84 100.00
90
Tabela 15
Atualização Máquinas Programas
de Questão 17 Questão 18
máq uinas e programas N (0/0) N (%)
Atualiza 68 37,78 68 37,78
Não atualiza 46 25,56 42 23,33
Atualiza quando pode 50 27,78 46 25,56
Não responderam 16 8,88 24 13,33
Total 180 100,00 180 100,00
Tabela 16
Máquinas e
Atualização Programas
de Questão 17 e 18
máquinas e programas (M=média)
M (0/0)
Atualiza 68,00 37,78
Não atualiza 44,00 24,44
Atualiza quando pode 48,00 26.67
Não responderam 20,00 11,11
Total 180,00 100,00
91
Tabela 17
Atualização Máquinas Programas
de
máquinas e Não têm Têm computador Não têm Têm
programas computador computador computador
N (%) N (%) N (%) N (%)
Atualiza 38 35,51 31 46,97 37 34,58 3 1 46,97
Não atualiza 37 34,58 8 12,12 3 1 28,97 10 15,15
Atualiza quando pode 23 21,50 27 40,91 23 21,50 23 34,85
Não responderam 9 8,41 O 0,00 16 14,95 2 3,03
Total 107 100,00 66 100,00 107 100,00 66 100,00
92
Tabela 18
Não têm Têm
Execução de tarefas computador computador
em casa em casa em casa
N (0/0) N (%)
Não executa 88 82,24 26 39,39
As vezes 15 14,02 37 56,06
Sempre O 0,00 3 4,55
Não responderam 4 3,74 O 0,00
Total 107 100,00 66 100,00
Tabela 19
Utilização do computador na
execução das tarefas N (%)
Até 25% 22 12,23
De 26% a 50% 17 9,44
De51%a75% 49 27,22
De 76% a 100% 75 41,67
Não responderam 17 9,44
Total 180 100,00
93
Tabela 20
Nível de satisfação na execução da
tarefa utilizando computador N (%.)
Aumentou 150 83.33
Diminuiu 3 1.67
Indiferente 10 5.56
Não responderam 17 9.44
Total 180 100.00
Tabela 21
Manutenção da atividade principal
sem a utilização do computador N (0/0)
Sim 62 34.44
Não 108 60.00
Não responderam 10 5.56
Total 180 100,00
Tabela 22
Substituição do cargo pelo
computador N (%)
Não poderia ser substituído 128 71.11
Poderia ser substituído 10 5.56
Poderia ser substituído em parte 27 15.00
Não sei informar 9 5.00
Não responderam 6 3.33
Total 180 100.00
94
Tabela 23
Maior competitividade no mercado
de trabalho N (%)
Quem usa computador 164 91,11
Quem não usa computador O 0,00
Indiferente 9 5,00
Não responderam 7 3,89
Total 180 100,00
Tabela 24
Ganhos salariais com a utilização
do computador N (%,)
Aumentaram 28 : 5,56
Não sofreram alteração 132 73,33
Diminuíram 4 2,22
Não responderam 16 8,89
Total 180 100,00
Tabela 25
Exigência de conhecimentos de
informática no mercado de N (%)
trabalho
Exige 125 69,44
As vezes exige 3l 17,22
Não exige 9 5,00
Não souberam informar 5 2,78
Não responderam 10 5,56
Total 180 100,00
95
Tabela 26
Percepção das mudanças ocorridas
com a introdução do computador N ( 0/0)
Prod u tividade
Maior rapidez nas tarefas 92 46,00
Aumento do número de tarefas 15 7,50
Maiores recursos 4 2,00
Maior rapidez na busca 6 3,00
Maior facilidade na execução 9 4,50
Redução na margem de erro 5 2,50
Subtotal 131 65,50
Qualidade
Melhor apresentação 33 16,50
Maior qualidade no resultado 4 2,00
Maior exatidão nos resultados 8 4,00
Maior confiabilidade 11 5,50
Melhor organização 3 1,50
Maior controle 2 1,00
Facilidade na comparação 2 1,00
Facilidade na retificação 2 1,00
Maior qualidade nas informações 2 1,00
Melhor atendimento ao cliente 2 1,00
Subtotal 69 34,50
Número total das opiniões 200 100,00
96
Setor governo
Tabela 27
Nível de Escolaridade N (0/0 )
1 º Grau O O
2º Grau 27 45,00
3º Grau 27 45,00
Pós-Graduação 3 5.00
Mestrado 3 5,00
Doutorado O 0,00
Total 60 100,00
Tabela 28
Exercício da atiyidade principal N (%)
Exercem a atividade principal 58 96,67
Não exercem a atividade principal 2 3,33
Total 60 100,00
Tabela 29
Mudança na atiYidade principal N (%)
Mudaram de atividade principal 6 10,00
Não mudaram de atividade principal 47 78,33
Não responderam 7 11,67
Total 60 100,00
97
Tabela 30
Utilização do computador na
atividade principal N (~~)
Utilizo muito 42 -:-0.00
Utilizo pouco 12 20.00
Não utilizo 6 10.00
Utilizo em outras atividades O 0.00
Total 60 100,00
Tabela 31
Computador doméstico N ( %)
Têm computador em casa 17 28,34
Não têm computador em casa 41 68,33
Não responderam 2 3,33
Total 60 100,00
Tabela 32
Máquinas Programas Adequação de máquinas
e Questão 11 Questão 12
programas N (%) N (%)
Perfeitamente adequado 34 56,67 31 51,67
Poderia ser melhor adeq uado 18 30,00 20 33,33
Totalmente inadequado O O O O
Não sei informar 8 13,33 9 15,00
Total 60 100,00 60 100,00
98
Tabela 33
Adequação de máquinas e programas Máquinas e
Programas
Questão 11 e 12
Questões (M=média)
M (0/0)
Perfeitamente adequado 32,50 54,17
Poderia ser melhor adequado 19,00 31,67
Totalmente inadequado 0,00 0,00
Não sei informar 8,50 14,16
Total 60,00 100,00
Tabela 34
Percepção da utilização dos recursos dos programas
na atividade principal
Questões N (%)
Sabem utilizar todos os recursos 28 46,67
Não sabem utilizar todos os recursos 24 40,00
Não sei informar 8 13,33
Total 60 100,00
Tabela 35
Informações sobre a evolução tecnológica
Questões N (0/0)
Têm informação 24 40,00
Não têm informação 26 43,33
Não sei informar 10 16,67
Total 60 100,00
99
Tabela 36
Manuseio de computador
Questões N ( %)
Suficientemente hábil 10 16,67
Poderia adquirir melhor habilidade 44 73,33
Não responderam 6 10,00
Total 60 100,00
Tabela 37
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (0/0)
Revistas especializadas 14 13,86
Livros 10 9,90
Jornais 17 16,84
Cursos 23 22,77
Informações de terceiros 37 36,63
Total das preferências 101 100,00
Tabela 38
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões
Responderam ao questionário
Não responderam
Total
BIBUD1'EII FUNDAClo GETúLIO VIRr,.~
N
56
4
60
(%)
93,33
6,67
100,00
100
Tabela 39
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (0/0)
Recorrem a apenas um meio 3 1 51,66
Recorrem a vários meios 25 41,67
Não responderam 4 6,67
Total 60 100,00
Tabela 40
Preferência dos que recorrem a apenas um meio
Meios N (0/0)
Revistas especializadas 5 16,13
Livros O 0,00
Jornais 3 9,68
Cursos 7 22,58
Informações de terceiros 16 51,61
Total 31 100,00
Tabela 41
Atualização Máquinas Programas
de Questão 17 Questão 18
máquinas e programas N N (%)
Atualiza 1 1 18,33 15 25,00
Não atualiza 26 43,34 20 33,34
Atualiza quando pode 18 30,00 17 28,33
Não responderam 5 8,33 8 13,33
Total 60 100,00 60 100,00
101
Tabela 42
Máquinas e
Atualização Programas
de Questão 17 e 18
máquinas e programas (M=média)
M (%)
Atualiza 13,0 21,67
Não atualiza 21,0 35,00
Atualiza quando pode 17,5 29,17
Não responderam 8,5 14,16
Total 60,0 100,00
102
Tabela 43
Atualização Máquinas Programas
de
máquinas e Não têm Têm computador Não têm Têm
programas computador computador computador
N (%) N (%) N (%) N (%)
Atualiza 6 14,63 5 29,41 8 19,51 7 41,18
Não atualiza 20 48,79 4 23,52 15 36,59 3 17,64
Atualiza quando pode 10 24,39 8 47,05 10 24,39 7 41,18
Não responderam 5 12,19 O 0,00 8 19,51 O 0,00
Total 41 100,00 17 100,00 41 100,00 17 100,00
103
Tabela 44
Não têm Têm
Execução de tarefas computador computador
em casa em casa em casa
N (0/0) N (%)
Não executa 33 80,49 7 41,17
As vezes 7 17,07 10 58,83
Sempre O 0,00 O 0,00
Não responderam 1 2,44 O 0,00
Total 41 100,00 17 100,00
Tabela 45
Utilização do computador na
execução das tarefas N (%)
Até 25% 8 13,33
De 26% a 50% 5 8,33
De51%a75% 17 28,34
De 76% a 100% 23 38,33
Não responderam 7 11,67
Total 60 100,00
104
Tabela 46
Nível de satisfação na execução da
tarefa utilizando computador N ( 0/0)
Aumentou 51 85,00
Diminuiu 1 1,66
Indiferente 2 3,34
Não responderam 6 10,00
Total 60 100,00
Tabela 47
Manutenção da atividade principal
sem a utilização do computador N (0/0)
Sim 29 48,34
Não 28 46,66
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 48
Substituição do cargo pelo
computador N (0/0)
Não poderia ser substituído 39 65,00
Poderia ser substituído 7 11,66
Poderia ser substituído em parte 7 11,67
Não sei informar 7 11,67
Total 60 100,00
105
Tabela 49
Maior competitividade no mercado
de trabalho N (%)
Quem usa computador 55 91,66
Quem não usa computador ° 0,00
Indiferente 4 6,67
Não responderam 1 1,67
Total 60 100,00
Tabela 50
Ganhos salariais com a utilização
do computador N (%)
Aumentaram 6 10,00
Não sofreram alteração 46 76,67
Diminuíram 2 3,33
Não responderam 6 10,00
Total 60 100,00
Tabela 51
Exigência de conhecimentos de
informática no mercado de N (0/0)
trabalho
Exige 41 68,34
As vezes exige 12 20,00
Não exige 3 5,00
Não souberam informar 2 3,33
Não responderam 2 3,33
Total 60 100,00
106
Tabela 52
Percepção das mudanças ocorridas
com a introdução do computador N (%)
Produtividade
Maior rapidez nas tarefas 23 32,86
Maior rapidez de busca 6 8,57
Maior facilidade na execução 5 7,14
Aumento do número de tarefas 3 4,28
Redução na margem de erro 2 2,85
Subtotal 39 55,70
Qualidade
Melhor apresentação 12 17,14
Maior qualidade no resultado 4 5,71
Maior exatidão nos resultados 3 4,29
Maior confiabilidade 3 4,29
Melhor organização 3 4,29
Maior controle 2 2,86
F aci lidade na reti ficaç ão 2 2,86
Facilidade na comparação 2 2,86
Subtotal 31 44,28
Número total das opiniões 70 100,00
107
Setor Serviços
Tabela 53
Nível de Escolaridade N (%)
12 Grau O 0.00
2 2 Grau 24 40.00
3 2 Grau 21 35.00
Pós-Graduação 4 6.67
Mestrado 10 16.66
Doutorado O O
Não responderam 1 1.67
Total 60 100.00
Tabela 54
Exercício da atividade principal N (0;0)
Exercem a atividade principal 57 95.00
Não exercem a atividade principal 2 3.33
Não responderam 1 1.67
Total 60 100.00
Tabela 55
Mudança na atividade principal N (%)
Mudaram de atividade principal 8 13.33
Não mudaram de atividade principal 47 78.34
Não responderam 5 8.33
Total 60 100.00
108
Tabela 56
Utilização do computador na
atividade principal N (0/0)
Utilizo muito 51 85,00
Utilizo pouco 6 10.00
Não utilizo 2 3,33
Utilizo em outras atividades O 0,00
Não respondeu 1 1.67
Total 60 100.00
Tabela 57
Computador doméstico N (%)
Têm computador em casa 29 48,33
Não têm computador em casa 29 48,33
Não responderam 2 3,34
Total 60 100,00
Tabela 58
Máquinas Programas Adequação de máquinas
e Questão 11 Questão 12
programas N (%) N (%)
Perfeitamente adequado 28 46,67 33 55,00
Poderia ser melhor adequado 28 46,66 23 38,33
Totalmente inadequado 1 1,67 O 0,00
Não sei informar O 0,00 1 1,67
Não responderam 3 5,00 3 5,00
Total 60 100,00 60 100,00
109
Tabela 59
Adequação de máquinas e programas Máquinas e
Programas
Questão 11 e 12
Questões (M=média)
M %
Perfeitamente adequado 30.50 50,84
Poderia ser melhor adequado 25.50 42.50
Totalmente inadequado 0.50 0.83
Não sei informar 0.50 0,83
Não responderam 3.00 5.00
Total 60.00 100,00
Tabela 60
Percepção da utilização dos recursos dos programas
na atividade principal
Questões N e/o
Sabem utilizar todos os recursos 31 51.67
Não sabem utilizar todos os recursos 25 41,67
Não sei informar O 0,00
Não responderam 4 6.66
Total 60 100.00
110
Tabela 61
Informações sobre a evolução tecnológica
Questões N ~~
Têm informação 39 65.00
Não têm informação 15 25.00
Não sei informar 4 6.67
Não responderam 2 3.33
Total 60 100.00
Tabela 62
Manuseio de computador
Questões N 0/0
Suficientemente hábil 20 33,33
Poderia adquirir melhor habilidade 37 61,67
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 63
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N elo
Revistas especializadas 23 21,10
Livros 5 4,59
Jornais 21 19,27
Cursos 22 20,18
Informações de terceiros 38 34,86
Total das preferências 109 100,00
111
Tabela 64
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N %
Responderam ao questionário 57 95,00
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 65
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N 0/0
Recorrem a apenas um meio 20 33,33
Recorrem a vários meios 37 61,67
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 66
Preferência dos que recorrem a apenas um meio
Meio N %
Revistas especializadas 2 10,00
Livros O 0,00
Jornais 2 10,00
Cursos 5 25,00
Informaç ões de terceiro s 1 1 55,00
Total 20 100,00
112
Tabela 67
Atualização Máquinas Programas
de Questão 17 Questão 18
máquinas e programas N 0/0 N %
Atualiza 36 60,00 34 56,67
Não atualiza 6 10,00 9 15,00
Atualiza quando pode 15 25,00 13 21,67
Não responderam 3 5,00 4 6,66
Total 60 100,00 60 100,00
Tabela 68
Máquinas e
Atualização Programas
de Questão 17 e 18
máquinas e programas (M=média)
M %
Atualiza 35,00 58,34
Não atualiza 7,50 12,50
Atualiza quando pode 14,00 23,33
Não responderam 3,50 5,83
Total 60,00 100,00
113
Tabela 69
Atualização Máquinas Programas
de
máquinas e Não têm Têm computador Não têm Têm
programas computador computador computador
N (%) N (%) N (%) N (%)
Atualiza 19 65,52 17 58,63 19 65,52 15 51,73
Não atualiza 4 13,80 2 6,89 5 17,24 4 13,80
Atualiza quando pode 5 17,24 10 34,48 4 13,80 9 31,03
Não responderam 1 3,44 O 0,00 1 3,44 1 3,44
Total 29 100,00 29 100,00 29 100,00 29 100,00
114
Tabela 70
Não têm Têm
Execução de tarefas computador computador
em casa em casa em casa
N (0/0) N (0/0 )
Não executa 26 89,65 1 1 37,93
As vezes 3 10,35 16 55,17
Sempre ° 0,00 2 6,90
Total 29 100,00 29 100,00
Tabela 71
Utilização do computador na
execução das tarefas N (0/0)
Até 25% 4 6,66
De 26% a 50% 6 10,00
De51%a75% 18 30,00
De 76% a 100% 29 48,34
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 72
Nível de satisfação na execução da
tarefa utilizando computador N (0/0)
Aumentou 51 85,00
Diminuiu 1 1,66
Indiferente 5 8,34
Não responderam 3 5,00
Total 60 100.00
115
Tabela 73
Manutenção da atividade principal
sem a utilização do computador N ( 0/0)
Sim 16 26,66
Não 42 70,00
Não responderam 2 3,34
Total 60 100,00
Tabela 74
Substituição do cargo pelo
computador N (%)
Não poderia ser substituído 47 78,34
Poderia ser substituído 1 1,66
Poderia ser substituído em parte 9 15,00
Não sei informar 1 1,66
Não responderam 2 3,34
Total 60 100,00
Tabela 75
Maior competitividade no mercado
de trabalho N (%)
Quem usa computador 54 90,00
Quem não usa computador O 0,00
Indiferente 4 6,66
Não responderam 2 3,34
Total 60 100,00
116
Tabela 76
Ganhos salariais com a utilização
do computador N (%.)
Aumentaram 9 15,00
Não sofreram alteração 47 78,34
Diminuíram 1 1,66
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 77
Exigência de conhecimentos de
informática no mercado de N (%.)
trabalho
Exige 46 76,66
As vezes exige 8 13,33
Não exige 2 3,33
Não souberam informar 2 3,34
Não responderam 2 3,34
Total 60 100,00
117
Tabela 78
Percepção das mudanças ocorridas
com a introdução do computador N (0/0)
Produtividade
Maior rapidez nas tarefas 37 56,06
Aumento do número de tarefas 10 15,15
Maiores recursos 4 6,06
Redução na margem de erro 3 4,54
Subtotal 54 81,81
Qualidade
Melhor apresentação 10 15,16
Maior qualidade nas informações 2 3,03
Subtotal 12 18,19
Número total das opiniões 66 100,00
118
Setor Comércio
Tabela 79
Nível de Escolaridade N (0/0 )
1 º Grau 2 3,33
2º Grau 23 38,33
3º Grau 25 41,67
Pós-Graduação 4 6,67
Mestrado 2 3,33
Doutorado 1 1,67
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 80
Exercício da atividade principal N (0/0)
Exercem a atividade principal 52 86,67
Não exercem a atividade principal 5 8,33
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 81
Mudança na atividade principal N (%)
Mudaram de atividade principal 5 8,33
Não mudaram de atividade principal 49 81,67
Não responderam 6 10,00
Total 60 100,00
119
Tabela 82
Utilização do computador na
atividade principal N (%,)
Utilizo muito 40 66,67
Utilizo pouco 14 23,33
Não utilizo 3 5,00
Utilizo em outras atividades O 0,00
Não respondeu 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 83
Computador doméstico N (%)
Têm computador em casa 20 33,33
Não têm computador em casa 37 61,67
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 84
Máquinas Programas Adeq uação de máq uinas
e Questão 11 Questão 12
programas N (%) N (%)
Perfeitamente adequado 26 43,33 22 36,67
Poderia ser melhor adequado 22 36,67 27 45,00
Totalmente inadequado O 0,00 O 0,00
Não sei informar 5 8,33 5 8,33
Não responderam 7 11,67 6 10,00
Total 60 100,00 60 100,00
120
Tabela 85
Adequação de máquinas e programas Máquinas e
Programas
Questão 11 e 12
Questões (M=média)
M (%)
Perfeitamente adequado 24,00 40,00
Poderia ser melhor adequado 24,50 40,83
Totalmente inadequado 0,00 0,00
Não sei informar 5,00 8,33
Não responderam 6,50 10,84
Total 60,00 100,00
Tabela 86
Percepção da utilização dos recursos dos programas
na atividade principal
Questões N (0/0)
Sabem utilizar todos os recursos 27 45,00
Não sabem utilizar todos os recursos 23 38,34
Não sei informar 5 8,33
Não responderam 5 8,33
Total 60 100,00
121
Tabela 87
Informações sobre a evolução tecnológica
Questões N (0/0)
Têm informação 23 38.33
Não têm informação 26 43.33
Não sei informar 7 11.67
Não responderam 4 6.67
Total 60 100.00
Tabela 88
Manuseio de computador
Questões N (0/0)
Suficientemente hábil 16 26,67
Poderia adquirir melhor habilidade 38 63,33
Não responderam 6 10,00
Total 60 100,00
Tabela 89
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (0/0)
Revistas especializadas 16 16,33
Livros 9 9,18
Jornais 16 16,33
Cursos 14 14,29
Informações de terceiros . 43 43.87
Total das preferências 98 100,00
122
Tabela 90
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (%)
Responderam ao questionário 57 95,00
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 91
Meios utilizados para a obtenção de informações a
respeito de computadores e programas
Questões N (0/0)
Recorrem a apenas um meio 33 55,00
Recorrem a vários meios 24 40,00
Não responderam 3 5,00
Total 60 100,00
Tabela 92
Preferência dos que recorrem a apenas um meio
Meios N (0/0)
Revistas especializadas O 0,00
Livros 1 3,03
Jornais 3 9,09
Cursos 5 15,15
Informações de terceiros 24 72,73
Total 33 100,00
123
Tabela 93
Atualização Máquinas Programas
de Questão 17 Questão 18
máquinas e programas N (%) N (%,)
Atualiza 21 35,00 19 31,67
Não atualiza 14 23,33 13 21,66
Atualiza quando pode 17 28,33 16 26,67
Não responderam 8 13,34 12 20,00
Total 60 100,00 60 100,00
Tabela 94
Máquinas e
Atualização Programas
de Questão 17 e 18
máquinas e programas (M=média)
M (0/0)
Atualiza 20,00 33,33
Não atualiza 13,50 22,50
Atualiza quando pode 16,50 27,50
Não responderam 10,00 16,67
Total 60,00 100,00
124
Tabela 95
Atualização Máquinas Programas
de
máquinas e Nilo têm Têm computador Nilo têm Têm
programas computador computador computador
N (%) N (%) N (%) N (%)
Atualiza 13 35,14 9 45,00 10 27,03 9 45,00
Não atualiza 13 35,14 2 10,00 11 29,73 3 15,00
Atualiza quando pode 8 21,62 9 45,00 9 24,32 7 35,00
Não responderam 3 8,10 O 0,00 7 18,92 1 5,00
Total 37 100,00 20 100,00 37 100,00 20 100,00
125
Tabela 96
Não têm Têm
Execução de tarefas computador computador
em casa em casa em casa
N (%) N (0/0)
Não executa 29 78.38 8 40,00
As vezes 5 13.51 1 1 55.00
Sempre O 0.00 1 5,00
Não responderam 3 8.11 O 0,00
Total 37 100.00 20 100.00
Tabela 97
Utilização do computador na
execução das tarefas N (%)
Até 25% 10 16.67
De 26% a 50% 6 10.00
De51%a75% 14 23,33
De 76% a 100% 23 38.33
Não responderam 7 11,67
Total 60 100,00
126
Tabela 98
Nível de satisfação na execução da
tarefa utilizando computador N (0/0 )
Aumentou 48 80,00
Diminuiu 1 1,67
Indiferente 3 5,00
Não responderam 8 13,33
Total 60 100.00
Tabela 99
Manutenção da atividade principal
sem a utilização do computador N (%)
Sim 17 28,33
Não 38 63,34
Não responderam 5 8,33
Total 60 100,00
Tabela 100
Substituição do cargo pelo
computador N (0/0)
Não poderia ser substituído 42 70,00
Poderia ser substituído 2 3,33
Poderia ser substituído em parte 11 18,33
Não sei informar 1 1,67
Não responderam 4 6,67
Total 60 100,00
127
Tabela 101
Maior competitividade no mercado
de trabalho N (%)
Quem usa computador 55 91,66
Quem não usa computador o 0,00
Indiferente 1 1,67
Não responderam 4 6,67
Total 60 100,00
Tabela 102
Ganhos salariais com a utilização
do computador N (%)
Aumentaram 13 21,66
Não sofreram alteração 39 65,00
Diminuíram 1 1,67
Não responderam 7 11,67
Total 60 100,00
Tabela 103
Exigência de conhecimentos de
informática no mercado de N (%)
trabalho
Exige 38 63,33
As vezes exige 1 1 18,33
Não exige 4 6,67
Não souberam informar 1 1,67
Não responderam 6 10,00
Total 60 100,00
128
Tabela 104
Percepção das mudanças ocorridas
com a introdução do computador N (0/0)
Produtividade
Maior rapidez nas tarefas 32 50,00
Aumento do número de tarefas 2 3,13
Facilidade na execução 4 6,25
Subtotal 38 59,38
Qualidade
Melhor apresentação 11 17,18
Maior exatidão nos resultados 5 7,81
Maior confiabilidade 8 12,50
Melhor atendimento ao cliente 2 3,13
Subtotal 26 40,62
Número total das opiniões 64 100,00
129
ANEXOS
130
IMPORTANTE LER
IMPORTANTE RESPONDER
131
1. Idade.
_____ anos.
2. Sexo.
3. Qual o cargo que Você ocupa no seu emprego?
4. Grau de escolaridade.
o Pós-Graduação O Mestrado o Doutorado
5. A atividade que Você exerce no seu atual emprego, é a sua atividade principal?
Atividade principal: é aquela que Você exerce para garantir o seu sustento.
o Sim o Não
6. Caso a resposta anterior seja "Não", qual a sua atividade principal?
7. Mudou de atividade principal com a utilização do computador?
o Sim o Não
8. Caso afirmativo, qual a sua atividade principal anterior?
9. A utilização do computador na sua atividade principal.
O Utilizo muito
O Utilizo pouco
o Não utilizo
O Utilizo em outras atividades
132
10. Você tem computador em casa?
o Sim o Não
11. Em termos de máquina (exceto programas), o computador que Você utiliza, para o desempenho das tarefas da sua atividade principal é:
o Totalmente inadequado
O Poderia ser melhor adequado
o Perfeitamente adequado
O Não sei informar
12. Em termos de programas. o computador que Você utiliza, para o desempenho das tarefas da sua atividade principal é:
o Totalmente inadequado
O Poderia ser melhor adequado
o Perfeitamente adequado
O Não sei informar
13. Você sabe utilizar todos os recursos dos programas do seu computador nas tarefas da sua atividade principal?
o Sim o Não
o Não sei informar
14. Você tem informações sobre a evolução tecnológica a nível de computadores e programas, que proporcionariam melhor desempenho na sua atividade principal?
o Sim o Não
o Não sei informar
15. Com relação ao manuseio do computador, Você se considera:
o Suficientemente hábil o Poderia adquirir melhor habilidade
16. Quais os meios que Você utiliza para obter mais informações a respeito de computadores e programas?
o Revistas especializadas o Livros
O Jornais O Cursos O Informações de outras pessoas
Outros meios:
133
17. Você (ou sua empresa) procura atualizar (trocar por novas versões) o computador ligado à sua atividade principal?( Esta pergunta refere-se ao seu computador doméstico. Caso não tenha, responda pela sua empresa).
o Sim O Não
O Atualizo quando posso
18. Você (sua empresa) procura atualizar (trocar por novas versões) os programas ligados à sua atividade principal? ?( Esta pergunta refere-se ao seu computador doméstico. Caso não tenha, responda pela sua empresa).
O Sim O Não
O Atualizo quando posso
19. Realiza as tarefas da sua atividade principal em sua casa?
O Não o Àsvezes O Sempre
20. Qual o percentual de uso do computador na execução das tarefas da sua atividade principal?
O Até25% O De51%a 75%
O De26%a50% O De 76% a 100%
21. Na realização das tarefas da sua atividade principal, através do computador, Você acha que a sua satisfação:
O Aumentou O Diminuiu
O Indiferente
22. Você conseguiria manter-se na sua atividade principal sem a utilização total do computador?
O Sim O Não
23. Você sente que seu cargo poderia ser substituído pela utilização do computador?
o Sim O Não
O Emparte O Não sei informar
134
24. Na sua atividade principal, quem leva mais vantagem no mercado de trabalho, segundo sua percepção?
o Quem usa computador O Quem não usa computador
O Indiferente
25. Com a utilização do computador, os seus ganhos salariais:
o Aumentaram o Diminuíram
o Não sofreram alteração
26. Na sua atividade principal, o mercado de trabalho tem exigido de Você conhecimentos de Infonnática?
o Sim o Não
O Àsvezes O Não sei informar
27. Quais as principais mudanças ocorridas na sua atividade principal com a introdução do computador, segundo sua percepção?
135
28. Utilize o espaço abaixo para fazer suas observações:
136
B i b li o g r a fi a c o n s u lt a d a
BEER, Stafford.
IBRASA, 1979.
Cibernética na administração. São Paulo,
CHIA VEN ATO, I. Introdução à Teoria Geral de Administração. 4
ed., São Paulo, McGraw-Hill, 1993.
DUAILIBI, R & SIMONSEN JR., H.
São Paulo, McGraw-Hill, 1990.
Criatividade & marketing.
EINSTEIN, Albert.
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