a teoria Ética de kant - questÕes de escolha multipla

27
A TEORIA ÉTICA DE KANT QUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA Seleccione a alternativa correcta – ou as alternativas correctas quando for o caso. 1.Segundo Kant, agir moralmente bem depende: a)Dos resultados da acção; b)Da intenção ou do motivo do agente; c) Da intenção ou motivo do agente façamos o que fizermos; d)Da satisfação interior que decorre da acção realizada.

Upload: carloslpires

Post on 29-Jun-2015

21.736 views

Category:

Documents


51 download

DESCRIPTION

Questões de escolha múltipla e respectiva correcção sobre a teoria ética de Kant, da autoria de Luís Rodrigues.

TRANSCRIPT

Page 1: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

Seleccione a alternativa correcta – ou as alternativas correctas quando for o caso.

1.Segundo Kant, agir moralmente bem depende:

a)Dos resultados da acção;b)Da intenção ou do motivo do agente;

c) Da intenção ou motivo do agente façamos o que fizermos;

d)Da satisfação interior que decorre da acção realizada.

Page 2: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

2. Agir em conformidade com o dever é:a)Respeitar a lei moral porque não se pratica

crime algum.b) Respeitar uma exigência moral categórica;c)Cumprir o dever sem qualquer outro

objectivo.d)Agir de uma forma em que os nossos desejos

e interesses influenciam a nossa motivação.

Page 3: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

3. Uma acção genuinamente moral é, para Kant, a que:

a) Fazemos por compaixão;b)Fazemos por amor ao próximo;c) Fazemos por respeito absoluto pela lei moral.d) Fazemos por interesse em cumprir o dever.

Page 4: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

4.Segundo Kant, para determinar o valor moral de uma acção temos de dar atenção:

a) Ao motivo da acção;b) À razão porque realizámos essa acção;c)Aos efeitos da acção;d)Ao que resulta do que fizemos.

Page 5: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

5.A boa vontade é:a)A vontade que age motivada exclusivamente

pelo cumprimento do dever;b)O único motivo incondicionalmente bom de

um acto;c)O único motivo genuinamente moral de uma

acção;d)A vontade cujos actos produzem sempre boas

consequências.

Page 6: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

6.Para Kant,a) Os deveres são obrigações que devemos

cumprir;b) Os deveres são todos absolutos;c)Os deveres são todos perfeitos;d) Há deveres que são absolutos e deveres que

admitem excepções;

Page 7: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

7. De acordo com Kant, a) Para agir moralmente é suficiente fazer o que

é correcto;b)Para agir moralmente temos de sentir simpatia

pelos outros;c)Para agir moralmente temos de fazer o que é

correcto pelas razões correctas;d)Para agir moralmente temos respeitar a

vontade de Deus.

Page 8: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

8. Assinale a máxima ou as máximas que para Kant têm valor moral genuíno.

a)«Serei honesto com os meus clientes de modo a ganhar a sua confiança e aumentar os meus lucros»;

b)«Serei honesto com os meus clientes porque são boas pessoas»;

c)«Não enganarei os meus clientes porque tenho bom carácter e gosto deles»;

d)«Serei honesto com os meus clientes porque além de gostar deles penso que essa é a minha obrigação»;

e)«Serei honesto com os meus clientes porque a minha obrigação é respeitá – los.

Page 9: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

9. Segundo Kant, as obrigações morais como «Não matar inocentes» e «Não roubar ou mentir» são:

a)Condicionais;b)Obrigações dependentes da nossa simpatia pelos

outros;c)Deveres cujo cumprimento não é absolutamente

obrigatório se tiver consequências negativas;d)Direitos dos outros que devemos respeitar

absolutamente;e)Regras que não estão sujeitas a excepções.

Page 10: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

10. O imperativo categórico é:a) Um princípio incondicionalmente imposto

pela razão;b)Um princípio que nos diz a forma como

devemos cumprir o dever;c) Uma obrigação absoluta e incondicionada;d)Um princípio que nada tem a ver coma s

máximas que orientam as nossas acções.

Page 11: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

11. As máximas são:a) Regras segundo as quais agimos;b)Regras segundo as quais devemos agir se forem

universalizáveis;c)Regras ou princípios que exprimem o motivo da

nossa acção;d)Aquilo de que depende o valor moral de uma

acção;e) Regras segundo as quais devemos sempre agir.

Page 12: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

12.Ajudar os outros por compaixão é, segundo Kant, uma acção:

a)Louvável;b)Correcta porque baseada num bom

sentimento;c)Motivada pelo sentido do dever;d)Uma acção correcta realizada por um motivo

sem valor moral.

Page 13: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

13.Segundo Kant,a) É errado tratar os outros seres humanos como

meios;b) É errado desrespeitar a autonomia dos outros;c)É errado forçar os outros a prestarem – nos

serviços;d)Não é permissível tratar os seres humanos de

qualquer forma.

Page 14: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

14. Ajudo alguém porque espero ser recompensado ou porque sinto ter o dever de o fazer. Esta exemplo significa que:

a) A mesma acção pode ser praticada com diferentes intenções.

b) A mesma acção pode ter diferentes consequências.c) A moral kantiana é um conjunto de normas

absolutas.d) Apenas no primeiro caso a acção tem valor moral.

Page 15: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

15. Quando Kant afirma que o valor moral de uma acção depende da intenção quer dizer que:

a) Uma acção tem valor moral se for motivada apenas pela compaixão pelos outros.

b). O conhecimento das intenções permite ficar a saber as razões que motivaram o agente a praticar uma acção.

c) Há acções que não têm consequências.d) Para determinar o valor moral de uma acção é,

algumas vezes, necessário saber com que intenção essa acção foi praticada.

Page 16: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

16. Quando se afirma que a ética kantiana é um sistema de deveres absolutos quer – se dizer que:

a)Todos os nossos deveres são absolutos ou perfeitos.b)Nenhum dos nossos deveres admite excepções.c)Há obrigações morais que temos de respeitar

mesmo que respeitá-las tenha consequências negativas para todos.

d) As regras morais são leis estabelecidas pela razão e valem para (aplicam-se a) todos os seres racionais.

Page 17: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

17. As regras morais devem ser respeitadas independentemente das consequências (boas ou más). Esta afirmação vale para:

a)O consequencialismo.b)O utilitarismoc) O deontologismo ou ética deontológica.d)O altruísmo.

Page 18: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA

18. Segundo a ética deontológica de Kant, o bem último da acção é:

a) A felicidade.b) A vontade boa.c) O interesse da maioria.d) Viver com a consciência tranquila.

Page 19: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

1. R: b)Da intenção ou do motivo do agente.2. R: d)Agir de uma forma em que os nossos desejos e

interesses influenciam a nossa motivação.3. R: c) Fazemos por respeito absoluto pela lei moral.4. R: a) Ao motivo da acção; b) À razão (motivo) porque

realizámos essa acção. O motivo do acto é que determina o seu valor moral.

5. R: As três primeiras alíneas estão correctas. A boa vontade é o único motivo intrínseca e incondicionalmente bom. Um acto que procede de uma boa vontade é bom em si mesmo e não por causa dos seus resultados.

Page 20: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

6. As alíneas a) e d) estão correctas. Os deveres são obrigações ou imperativos. Alguns são absolutos - «Diz sempre a verdade», «Cumpre sempre as tuas promessas» e «Nunca cometas suicídio» são a forma absoluta de exprimir as obrigações de não mentir, de cumprir o prometido e de manter a vida. Mas nem todos os deveres são absolutos. Há deveres cujo cumprimento admite excepções – os deveres que Kant considera imperfeitos – tais como «Não desperdices os teus talentos» e «Ajuda o próximo».

Há também, em sentido muito lato, deveres que só se aplicam no caso de através do seu cumprimento desejarmos algum fim. Sirva como exemplo, «Deves estudar se quiseres ser engenheiro».

Page 21: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

7.R: c)Para agir moralmente temos de fazer o que é correcto pelas razões correctas. O motivo é o critério decisivo da moralidade doa actos.

8. R: Só a alínea e) seria considerada correcta por Kant. O cumprimento do dever só acontece genuinamente quando fazer o que é moralmente correcto é suficiente para motivar a vontade ou quando o motivo do acto é uma boa vontade e não o interesse pessoal, a simpatia o carácter do agente ou o carácter dos outros.

Page 22: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA – CORRECÇÃO.

9.R: e)Regras que não estão sujeitas a excepções. As obrigações morais não são imperativos hipotéticos porque então cumprir – se – iam umas vezes e outras dependendo do nosso interesse ou outros factores. Ora as obrigações não podem depender dos desejos. Só faríamos o que quereríamos ou nos apetecesse. São obrigações universais – para todos os seres racionais – e se dependessem de sentimentos de simpatia pelos outros perderiam o seu carácter absoluto. Quando deixássemos de sentir simpatia deixaria de haver obrigação. Os deveres valem independentemente das consequências porque o que é moralmente relevante é a intenção ou o motivo do acto. Uma ética deontológica parte do princípio de que não há deveres sem direitos e que cumprir um dever é fazer algo que constitui uma expectativa legítima dos outros.

Page 23: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

10.R: As alíneas a), b) e c) são verdadeiras. O imperativo categórico diz – nos, em geral, de que forma devemos agir para agir de modo moralmente correcto. Não há vários imperativos categóricos mas um só, ao contrário do que acontece com os imperativos hipotéticos. O que há é vários deveres específicos ou mais particulares que derivam do imperativo categórico neste sentido: são máximas que têm valor moral porque podemos querer que todos ajam segundo elas, isto é, são máximas que se tornaram leis universais e são por isso aplicadas a diversas situações morais particulares. Por isso, é errado dizer que o imperativo categórico nada tem a ver coma s máximas que orientam as nossas acções. Nas suas duas modalidades mais conhecidas ele é o teste pelo qual têm de passar as máximas ou regras que escolhemos para dirigir as nossas acções individuais. Que teste é esse? O teste da universalidade baseado numa questão simples: «E se todos agissem como eu? Se todos agisse de acordo com o motivo que é o meu nas mesmas circunstâncias? Seria moralmente correcto fazê – lo?».

Page 24: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

11. R: As alíneas a); b); c) e d) são verdadeiras. Só devemos agir segundo máximas que possam valer para todos os seres racionais, isto é, se pudermos querer sem contradição que todos ajam segundo o motivo subjacente à nossa acção.

12. R: As alíneas a) e d) são verdadeiras. Só têm valor moral – só são genuinamente boas – as acções exclusivamente motivadas pelo dever. Se julgamos ter o dever de ajudar os outros devemos fazê – lo apenas porque julgamos que é nosso dever ajudar os outros. A compaixão não é razão suficientemente aceitável para ajudar os outros porque se não tivermos esse sentimento não cumprimos tal dever. Ora isso, segundo Kant, é deixar o cumprimento do dever à mercê de inclinações, sempre variáveis. Devemos agir de forma puramente racional e embora os sentimentos como a compaixão não sejam contrários ao dever, retiram à acção a pureza racional que ela deve ter.

Page 25: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

13. R: As alíneas b), c) e d) são verdadeiras. A alínea a) é falsa porque podemos tratar os outros como meios desde que não os tratemos como simples instrumentos da nossa vontade e dos nossos interesses. Temos de respeitar os seres humanos como pessoas – fins em si – mas isso não significa que não prestemos serviços uns aos outros. Um taxista presta serviço a um cliente, um médico a um paciente, um funcionário a um cidadão e um futebolista ao seu clube ou à selecção do seu país. Em si, estes actos nada têm de errado. Só serão moralmente errados se forem praticados contra a vontade das referidas pessoas, se estas forem forçadas a prestar tais serviços. Ao respeitarmos a sua vontade, ao considerarmos correcto que sejam beneficiados por que beneficiam outras pessas e ao admitirmos que o fazem porque querem, tratamo – los não só como meios mas também como fins.

Page 26: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

14.R: a) A mesma acção pode ser praticada com diferentes intenções.

15.R: b). O conhecimento das intenções permite ficar a saber as razões que motivaram o agente a praticar uma acção.

16. R: c)Há obrigações morais que temos de respeitar mesmo que respeitá-las tenha consequências negativas para todos.

Há obrigações ou deveres que dependem dos nossos desejos, interesses ou projectos. Neste caso, a acção guia – se por um imperativo hipotético. Há deveres – não matar, não roubar, não mentir – que serão sempre obrigações independentemente dos nossos interesses, dos nossos projectos ou das circunstâncias. A alínea d) refere – se à universalidade de certas obrigações morais e não ao seu carácter aabsoluto.

Page 27: A TEORIA ÉTICA DE KANT - QUESTÕES DE ESCOLHA MULTIPLA

A TEORIA ÉTICA DE KANTQUESTÕES DE ESCOLHA MÚLTIPLA - CORRECÇÃO

17. R: c) O deontologismo ou ética deontológica.18. R: b) A vontade boa. Cumprir o imperativo categórico é o

que faz uma acção ser correcta e a vontade ser boa. A alínea a) vale para Mill desde que não seja apenas a felicidade do agente o que se obtém. Produzir a maior felicidade para o maior número é o que faz uma acção ser correcta segundo o utilitarismo.