abordagem sobre a anatomia e fisiologia do nervo … · 2020. 6. 2. · os nervos cranianos...

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Revista Saberes da Faculdade São Paulo FSP _______________________________________________ 1 Acadêmico do 8º Período do Curso de Bacharelado em Odontologia da Faculdade São Paulo FSP Rolim de Moura-RO. E-mail: [email protected]. 2 Acadêmica do 5º Período do Curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade São Paulo FSP Rolim de Moura-RO. E-mail: [email protected] 3 Mestra em Ciências Ambientais, Coordenadora do Curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade São Paulo FSP Rolim de Moura-RO, E-mail: [email protected]. 4 Mestra em Fisioterapia Cardiorrespiratória, Professora da Faculdade São Paulo FSP Rolim de Moura-RO. E- mail: [email protected]. ABORDAGEM SOBRE A ANATOMIA E FISIOLOGIA DO NERVO FACIAL Eduardo Kailan Unfried Chuengue 1 Tais Sena da Rocha 2 Jéssica Jamali Lira 3 Neide Garcia Ribeiro Castilho 4 Resumo O nervo facial consiste no VII par de nervo craniano, e sua ação predominantemente motora, permite a realização das expressões faciais. Este trabalho utilizou os meios eletrônicos, bancos de dados específicos (PUBMED, SCIELO, LILACS) e o acervo da biblioteca da Faculdade São Paulo (FSP). Selecionou-se um total de 17 trabalhos (3 livros, 7 artigos, 5 monografias e 2 documentos eletrônicos), os quais contemplaram o assunto e atenderam aos requisitos de inclusão. O nervo facial origina-se no sulco bulbo-pontino (tronco encefálico) e percorre um caminho tortuoso até os locais de sua inervação face e pescoço. No decorrer do seu trajeto, o nervo facial subdivide-se em duas porções: temporafacial e cervicofacial, os quais emitem ramos terminais que inervam os músculos faciais. Portanto, a compreensão da anatomia e fisiologia do nervo facial, permite, mediante as circunstâncias patológicas, a aplicação ou utilização de recursos terapêuticos de forma mais específica e adequada para cada caso. Palavras-Chave: Nervo Facial. Anatomia. Neuroanatomia. Sistema Nervoso. Abstract The facial nerve consists of the VII cranial nerve pair, and its predominantly motor action, allows the realization of facial expressions. This work uses electronic means, applicable databases (PUBMED, SCIELO, LILACS) and the collection of the library of Faculdade São Paulo (FSP). Select a total of 17 papers (3 books, 7 articles, 5 monographs and 2 electronic documents), which are the issues covered or the subject and met the inclusion requirements. The facial nerve originates in the bulb-pontine groove (brain stem) and travels a tortuous path to the sites of its innervation - face and neck. In the course of its traffic, the facial nerve is divided into two parts: temporafacial and cervicofacial, which emit terminal branches that innervate the facial muscles. Therefore, understanding the anatomy and physiology of the facial nerve allows, using pathological conditions, the application or use of therapeutic resources in a more specific and appropriate way for each case. Key-Words: Facial Nerve. Anatomy. Neuroanatomoy. Nervous System.

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Revista Saberes da Faculdade São Paulo – FSP

_______________________________________________

1Acadêmico do 8º Período do Curso de Bacharelado em Odontologia da Faculdade São Paulo – FSP – Rolim de

Moura-RO. E-mail: [email protected]. 2Acadêmica do 5º Período do Curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade São Paulo – FSP – Rolim de

Moura-RO. E-mail: [email protected] 3Mestra em Ciências Ambientais, Coordenadora do Curso de Bacharelado em Fisioterapia da Faculdade São Paulo – FSP – Rolim de Moura-RO, E-mail: [email protected]. 4Mestra em Fisioterapia Cardiorrespiratória, Professora da Faculdade São Paulo – FSP – Rolim de Moura-RO. E-

mail: [email protected].

ABORDAGEM SOBRE A ANATOMIA E FISIOLOGIA DO NERVO FACIAL

Eduardo Kailan Unfried Chuengue1

Tais Sena da Rocha2

Jéssica Jamali Lira3

Neide Garcia Ribeiro Castilho4

Resumo

O nervo facial consiste no VII par de nervo craniano, e sua ação predominantemente motora,

permite a realização das expressões faciais. Este trabalho utilizou os meios eletrônicos, bancos

de dados específicos (PUBMED, SCIELO, LILACS) e o acervo da biblioteca da Faculdade São

Paulo (FSP). Selecionou-se um total de 17 trabalhos (3 livros, 7 artigos, 5 monografias e 2

documentos eletrônicos), os quais contemplaram o assunto e atenderam aos requisitos de

inclusão. O nervo facial origina-se no sulco bulbo-pontino (tronco encefálico) e percorre um

caminho tortuoso até os locais de sua inervação – face e pescoço. No decorrer do seu trajeto, o

nervo facial subdivide-se em duas porções: temporafacial e cervicofacial, os quais emitem

ramos terminais que inervam os músculos faciais. Portanto, a compreensão da anatomia e

fisiologia do nervo facial, permite, mediante as circunstâncias patológicas, a aplicação ou

utilização de recursos terapêuticos de forma mais específica e adequada para cada caso.

Palavras-Chave: Nervo Facial. Anatomia. Neuroanatomia. Sistema Nervoso.

Abstract

The facial nerve consists of the VII cranial nerve pair, and its predominantly motor action,

allows the realization of facial expressions. This work uses electronic means, applicable

databases (PUBMED, SCIELO, LILACS) and the collection of the library of Faculdade São

Paulo (FSP). Select a total of 17 papers (3 books, 7 articles, 5 monographs and 2 electronic

documents), which are the issues covered or the subject and met the inclusion requirements.

The facial nerve originates in the bulb-pontine groove (brain stem) and travels a tortuous path

to the sites of its innervation - face and neck. In the course of its traffic, the facial nerve is

divided into two parts: temporafacial and cervicofacial, which emit terminal branches that

innervate the facial muscles. Therefore, understanding the anatomy and physiology of the facial

nerve allows, using pathological conditions, the application or use of therapeutic resources in a

more specific and appropriate way for each case.

Key-Words: Facial Nerve. Anatomy. Neuroanatomoy. Nervous System.

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Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 12, n. 1, jun, 2020. ISSN: 2358-0909.

INTRODUÇÃO

Os nervos cranianos constituem um total de 12 pares de nervos enumerados em

algarismos romanos na sequência crânio-caudal, sendo que o VII par corresponde ao nervo

facial (CORRÊA, 2011). Este par de nervo craniano origina-se na região anterior do tronco

encefálico, mais precisamente no sulco bulbo-pontino e, posteriormente percorre um trajeto

tortuoso para alcançar seus locais de inervação – os músculos da face e do pescoço

(JANUÁRIO, 2011).

Adicionalmente, ao percorrer o aqueduto de falópio, emite diversos ramos nervosos, tais

como: nervo estapédio, corda do tímpano, ramos musculares e nervo auricular posterior

(CAUÁS, 2004). Ao emergir do espaço intracraniano, através do processo estilomastoideo, o

nervo facial passa anteriormente ao ventre do músculo digástrico e lateralmente à artéria

carótida externa e processo estiloide do osso temporal. Na sequência, percorre para o interior

da parótida e, divide-se em duas partes: superior ou temporofacial e inferior ou cervicofacial,

os quais emitem ramos terminais que fazem a inervação dos músculos da expressão facial

(ABOUDIB-JÚNIOR, 2017).

A constituição deste par de nervo craniano é mista (motora, sensitiva e parassimpática),

porém, a sua porção motora é a mais representativa, sendo responsável pela inervação dos

músculos motores da face e pescoço, os quais permitirão aos indivíduos a realização das

expressões não verbais produzidas durante o processo de comunicação (CAUÁS, 2004).

O VII par de nervo craniano é imprescindível para a regulação das expressões faciais a

fim de auxiliar na comunicação não verbal, possibilitando a apresentação do ser ao mundo e,

sobretudo, a exposição de suas variadas emoções ou sensações (SANTOS; GANDA;

CAMPOS, 2009; ROBERTO, 2015), bem como, executar as funções de mastigação, deglutição

e fala (TESSITORE; MAGNA: PASCHOAL, 2010).

Partindo deste pressuposto, e considerando que os distúrbios que acometem este par de

nervo craniano podem alterar a estrutura e a sua função e, portanto, necessitar de recursos

terapêuticos específicos, requerendo do profissional da saúde um conhecimento mais amplo

desta estrutura, objetivou-se com a realização deste trabalho descrever os aspectos anatômicos

e fisiológicos inerentes ao VII par de nervo craniano com suas respectivas características de

inervação sobre os músculos das expressões faciais.

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1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Considerações sobre o sistema nervoso

O tecido nervoso compreende basicamente dois tipos de células: os neurônios – que

corresponde a unidade fundamental, cuja função básica é receber, processar e enviar

informações, e as células gliais ou neuroglia – consiste de células que ocupam os espaços entre

os neurônios e tem funções de sustentação, revestimento ou isolamento, modulação da atividade

neuronal e também proporciona a defesa deste tecido (MACHADO; HAERTEL, 2014).

Os neurônios são células elementares básicas que constituem o sistema nervoso e,

sobretudo, compreendem células altamente excitáveis e apresentam variações quanto ao

tamanho e à forma e, além disso, cada neurônio recebe influências múltiplas em todo momento,

exibindo uma conduta complexa, a qual se manifesta pelas ações que exercem sobre outros

neurônios (comunicam entre si) ou com células efetuadoras (células musculares e/ou

secretoras), usando basicamente uma linguagem elétrica por meio de alterações do potencial de

membrana (CASTRO, 2010; SNELL, 2013; MACHADO; HAERTEL, 2014).

Estruturalmente, Coli (2007); Siqueira (2007); Snell (2013); Machado; Haertel (2014);

Luiz (2015) descreveram que os neurônios são constituídos por três partes distintas: corpo

celular ou soma; dendritos e axônio. Referente à localização, eles podem ser encontrados no

encéfalo, na medula espinhal e nos gânglios e, ao contrário da maioria das outras células

corporais, os neurônios normais no indivíduo maduro não sofrem divisão e replicação (SNELL,

2013).

De acordo com Castro (2010) o sistema nervoso de um indivíduo adulto jovem contém

aproximadamente cem bilhões de neurônios, associados a uma quantidade ainda maior de

células gliais e, para a sua classificação leva-se em consideração o número, comprimento e

modo de ramificação dos neuritos ou dendritos, podendo se apresentar de formas distintas:

unipolar, bipolar, multipolar e pseudounipolar (SNELL, 2013; LUIZ, 2015).

No que diz respeito à função, Castro (2010) e Luiz (2015) descreveram que os neurônios

podem ser classificados de formas distintas, como: sensitivos ou aferentes; interneurônios e

neurônios motores ou eferentes, os quais forma feixes de fibras nervosas.

A fibra nervosa compreende um axônio com os seus respectivos envoltórios de origem

glial, quando presentes, sendo que a bainha de mielina é o principal envoltório e funciona como

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um isolante elétrico. Além disso, quando a fibra nervosa é envolvida por bainha de mielina, os

axônios são denominados de fibras mielínicas (diâmetro maior, entre 1 e 20 m, a condução

ocorre de maneira mais rápida, sendo de aproximadamente 100m/s) e, na ausência desta, as

fibras nervosas são nomeadas de amielínicas (apresentam um diâmetro entre 0,5 e 2 m a

condução se propaga em uma velocidade média de 10m/s). Ressalta-se que ambas as fibras

estão presentes tanto no sistema nervoso central e periférico, porém, no primeiro a bainha de

mielina é formada por células do oligodendrócito, enquanto que no segundo são as células de

Schwann (CASTRO, 2010; PARREIRAS et al., 2010; ROBERTO, 2015).

Os feixes de fibras nervosas, que correspondem aos nervos periféricos, formam cordões

esbranquiçados envolvidos por tecido conjuntivo e, funcionalmente e morfologicamente,

permitem a conexão entre o sistema nervoso central e sistema nervoso periférico e demais

estruturas orgânicas (PARREIRAS et al., 2010).

Referente aos envoltórios que suportam estruturalmente e nutrem regionalmente os

nervos periféricos, eles são denominados como: Epineuro (camada externa); Perineuro (camada

intermediária) e Endoneuro (camada interna) (COLI, 2007; SIQUEIRA, 2007; LUIZ, 2015;

TEIXEIRA; ALMEIDA, YENG, 2016).

Em suma, a função dos nervos, encontra-se estritamente relacionada à condução de

impulsos nervosos, através de seus componentes funcionais ocorrendo no sentido bidirecional

(aferente e eferente) (LIMA et al., 2013).

2. METODOLOGIA

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica a qual utiliza-se de fontes

secundárias que contempla referenciais bibliográficos que sejam públicos e, sobretudo, que

alcançam o tema de estudo sobre determinado assunto (MARCONI; LAKATOS, 2017).

Adicionalmente, contempla uma abordagem qualitativa, buscando um melhor entendimento do

assunto, preocupando-se em entendê-lo a partir dos símbolos ou significados a eles atribuídos

(MEDEIROS, 2006).

Para a coleta de referenciais bibliográficos considerou as publicações dos últimos 10

anos (artigos / livros / teses / dissertações, entre outros) publicados na íntegra e disponíveis em

meios eletrônicos e bancos de dados específicos (PUBMED, SCIELO, LILACS), bem como,

através da consulta ao acervo da biblioteca da Faculdade São Paulo (FSP) de Rolim de Moura,

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Estado de Rondônia – José Mastrangelo Alves, onde foram incluídos os livros que abordaram

o contexto do trabalho em questão.

Para a busca nos bancos de utilizou-se como palavras-chave os descritos em ciência da

saúde (DeCS) nos idiomas português e inglês, sendo elas: Nervo Facial / Facial Nervo;

Anatomia / Anatomy; Neuroanatomia / Neuroanatomy; Sistema Nervoso / Nervous System.

3. RESULTADOS

No presente estudo foram utilizados um total de 17 referências bibliográficas, as quais

contemplaram o contexto abordado e, atenderam os pré-requisitos de pesquisa propostos na

descrição da metodologia. Assim, desse total, 3 tratavam-se de livros do acervo da Biblioteca

da Faculdade São Paulo de Rolim de Moura-Estado de Rondônia, 7 eram artigos publicados em

revistas e periódicos, 5 monografias (1 de especialização e 4 de mestrados), e, 2 documentos

dispostos em meios eletrônicos online.

Com essa busca foi possível descrever os aspectos inerentes à morfologia e fisiologia

do VII par de nervo craniano – facial.

4. DISCUSSÃO

Os nervos cranianos são aqueles que estabelecem conexão direta entre o encéfalo e as

estruturas periféricas e, correspondem à um total de 12 pares de nervos enumerados em

algarismos romanos em sequência crânio-caudal, sendo que a maioria deles (10 pares – do III

ao XII) originam-se no tronco encefálico, e os demais [(olfatório (I par) e óptico (II par)]

emergem a partir do telencéfalo e diencéfalo, respectivamente (Figura 1) (CORRÊA, 2011).

O presente trabalho deu enfoque ao VII par de nervo craniano – Facial e, este origina-

se na região ventral do tronco encefálico, especificamente a partir do sulco bulbo-pontino e,

percorre um caminho tortuoso para alcançar seus locais de inervação na face. Além disso,

constitui-se de um nervo misto, por desenvolver as seguintes funções: a) motoras (responsável

por 80% das expressões faciais), b) sensitivas (através do nervo intermediário de Wrisberg, o

qual emerge entre a raiz motora do nervo facial e o nervo vestibular) que estão relacionados

com a gustação) e, c) parassimpáticas (autonômicas) – consiste de neurônios colinérgicos que

originam fibras parassimpáticas pré-glanglionares eferentes viscerais gerais e relaciona-se com

a inervação de glândulas salivares e lacrimais (JANUÁRIO, 2011).

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Figura 1 - Apresentação dos pares de nervos cranianos com destaque para o VII par – Nervo facial.

Fonte: Corrêa, 2011, p. 17.

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De acordo com Cauás et al. (2004) o nervo facial e o nervo intermediário de Wrisberg

embora são descritos em conjunto, suas funções são diversas e, além disso, o nervo

intermediário não pode ser identificado em cerca de 20% dos casos, visto que encontra-se

aderido ao nervo acústico em todo seu percurso até juntar-se ao nervo facial no interior do canal

do facial.

Os componentes funcionais do nervo facial incluem: a) Fibras eferentes viscerais

especiais – são denominadas braquiomotoras, emergem do núcleo do VII par de nervo craniano

e, portanto, constitui o próprio nervo e, após sua origem distribui-se para a musculatura da face,

pescoço e couro cabeludo, bem como, ao músculo estilohioideo e ao ventre posterior do

músculo digástrico; b) Fibras eferentes viscerais gerais: constituem a inervação parassimpática

das glândulas lacrimais, submandibulares, sublinguais e pequenas glândulas presentes na

mucosa nasal e bucal; c) Fibras aferentes viscerais especiais: são responsáveis por conduzirem

impulsos condizentes à sensação gustativa dos 2/3 anteriores da língua e de algumas regiões da

orofaringe, por meio do nervo lingual, corda do tímpano, nervo intermédio e trato solitário,

onde terminam e, d) Fibras aferentes somáticas: conduzem impulsos nervosos exteroceptivos

conexos à sensibilidade profunda da face através de seguimentos centrais constituintes do nervo

intermediário e parte do trato solitário, finalizando neste trato (CAUÁS et al., 2004;

SIQUEIRA; COSTA, FLORENTINO, 2017).

Lima e Cunha (2011) descreveram que o VII par de nervo craniano apresenta duas

partes, sendo uma parte maior, responsável pela inervação dos músculos da expressão da face,

e a parte menor – denominada nervo intermédio ou glossopalatino – contém fibras gustatórias

para os 2/3 anteriores da língua e também fibras secretomotoras destinadas às glândulas

lacrimais e salivares, principalmente a glândula parótida.

O VII par de nervo craniano emerge da borda inferior da ponte (tronco mesencefálico)

denominado angulopontocerebelar, surgindo lateral à saída do VI nervo craniano (abducente) e

medialmente ao VIII nervo craniano (vestibucoclear) e, posteriormente, junto com o nervo

vestíbulo-coclear, adentra o meato auditivo interno na parte petrosa do osso temporal, e forma

o gânglio genicular ou facial (contém células gustatórias, fibras secretoras para as glândulas

lacrimais e nasais) ou tronco único com o nervo intermédio. Em seguida, perfura as meninges

e transfere seu trajeto para o canal de mesmo nome ou aqueduto de falópio, onde percorre um

trajeto de pelo menos 35 milímetros estando propenso a processos infeciosos e compressivos

variados; nesta posição, o nervo facial caminha até sua terminação no forame estilomastoideo,

tornando-se em extracraniano (DRAKE; VOGL; MITCHELL, 2015).

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Salienta-se que o nervo facial, ao percorrer o aqueduto de falópio, dá origem aos

diversos ramos nervosos, sendo: a) nervo estapédio (inerva o músculo homônimo); b) a corda

do tímpano (fibras associadas ao gosto e à sensibilidade da língua e do palato mole; fibras

secretórias e vasodilatadoras); c) ramos musculares (inerva o estilo-hioídeo e o ventre posterior

do digástrico) e, d) nervo auricular posterior (inerva parte dos músculos da orelha e o occipital)

(CAUÁS et al., 2004).

De acordo com Siqueira, Costa e Florentino (2017), ao considerar o núcleo do nervo

facial, há um grupo celular dorsal que destina-se ao ramo superior (músculos: frontal, orbicular

do olho e elevador da sobrancelha) e vários grupos ventrais que encarregam-se da inervação do

músculo estapédio, platisma e músculos orbicular dos lábios e bucinador.

A fim de facilitar o estudo de ocasionais problemas que possam ocorrer com o nervo

facial Madeira (2016) e Netter (2012), descreveram que este é dividido em segmentos, a partir

da sua origem no tronco cerebral até suas terminações na musculatura facial esta divisão pode

ser visualizada no Quadro 1.

QUADRO 1 - Classificação dos segmentos do nervo facial e suas características.

Segmentos Características

Segmento Labiríntico

Passa entre o labirinto coclear e o vestibular, tendo início no meato

terminando em uma curvatura (joelho do nervo facial), onde há um

gânglio sensitivo chamado gânglio geniculado emergindo três ramos do nervo facial: nervo petroso maior, externo e menor.

Segmento Timpânico Continua sobre a janela oval e se aproxima do segmento mastoideo,

sendo que nenhum ramo é originado deste segmento.

Segmento Mastoideo

Inicia a partir da segunda volta que o nervo faz dentro do canal facial, quando segue o curso inferior para atingir o forame estilomastolideo.

Este segmento forma três outros ramos do nervo facial: nervo para o

músculo estapédio; um ramo sensitivo e um nervo da corda do tímpano.

Fonte: Madeira (2016), p. 194; Netter (2012), p.60.

Ressalta-se que a partir do forame estilomastoideo, o nervo facial passa anteriormente

ao ventre posterior do músculo digástrico e lateralmente à artéria carótida externa e processo

estiloide do osso temporal. Em seguida, adentra a glândula parótida e faz uma cisão na mesma,

a qual passa a ser dividida em lobos superficial e profundo e, divide-se em duas partes: a)

superior ou temporofacial que emite de 5 a 7 ramos que formam anastomoses entre si (um ramo

para região frontal, dois para região orbital, dois para a região bucal e três para a zigomática)

dando destaque ao ramo bucal em se tratando de inervação e, b) inferior ou cervicofacial que é

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quase sempre menor, emitindo de 3 a 5 ramos (um bucal, três marginais mandibulares e um

cervical) que também criam anastomoses entre si e todos apresentam o mesmo comprimento

(Figura 2) (ABOUDIB-JÚNIOR, 2017).

Figura 2 – Apresentação do nervo facial com seus respectivos ramos principais.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/590745676101335573/.

De acordo com Colossi (2016) as primeiras referências dirigidas para a anatomia do

nervo facial e seus ramos ocorreram em virtude das cirurgias de paratidectomias, onde

concentraram a atenção para a origem e trajeto deste nervo e seus ramos, afim de dirimir as

lesões e sequelas nervosas. O anatomista alemão, Hubert von Luschka (1820-1875) descreveu

em 1862 sobre a anatomia topográfica da glândula parótida, detalhando o percurso do nervo

facial e as características inerentes à distribuição periférica de seus ramos.

Neste contexto, enfatiza-se sobre a pesquisa realizada por R. A. Davis; B. J. Anson e J.

M. Budinger no ano de 1956 que estudaram a partir da dissecção de 350 hemifaces de cadáveres

a distribuição periférica extraparotídea do nervo facial (Surgical anatomy of facial nerve and

parotid gland basead upon a study of 350 cervicofacial halves). O resultado da pesquisa

permitiu agrupar as peças anatômicas em 6 padrões diferentes de ramificação e anastomose do

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nervo facial, distribuídos entre os lobos superficial e profundo da glândula parótida, conforme

segue descrição na Figura 3 (COLOSSI, 2016; ABOUDIB-JÚNIOR, 2017).

Figura 3 – Variação dos ramos extratemporais do nervo facial.

Legenda – T = temporal; Z = Zigomático; B = Bucal; M = Mandibular e C = Cervical.

Fonte: Colossi (2016), p. 30.

Embora o VII par de nervo craniano (nervo facial) seja misto, 80% de sua função condiz

com a regulação da atividade motora da face e pescoço, sendo, portanto, um nervo

imprescindível para a expressão facial como auxílio na comunicação não verbal, possibilitando

a apresentação do ser ao mundo e, sobretudo a exposição de suas distintas emoções (SANTOS;

GANDA; CAMPOS, 2009). O controle preciso da musculatura facial permite variações sutis

na fisiologia muscular, necessárias para a expressividade facial e para as funções de mastigação,

deglutição e fala (TESSITORE; MAGNA; PASCHOAL, 2010).

Todos os músculos faciais são inervados pelo VII par de nervo craniano (Facial), exceto

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o músculo levantador da pálpebra superior, o qual é inervado pelo nervo óculo-motor (III par

de nervo craniano) (TESSITORE; PFELSTICKER; PASCHOAL, 2008).

Para a realização de uma expressão facial simétrica, espontânea e apropriada é

necessária a interação de treze pares musculares distintos arranjados em quatro camadas, todos

inervados pelo nervo facial. Esse intrincado sistema neuromuscular com conexões

supranucleares do nervo facial, em múltiplas regiões cerebrais, permitem contrações musculares

voluntárias e involuntárias que tornam possível a expressão através da face (RIOS, 2014).

Os músculos faciais ou também denominados como mímicos, apresentam sua origem

nos ósseos do víscerocrânio e a sua inserção ocorre na camada profunda da pele. Deste modo,

eles promovem a mobilidade da pele do escalpo e, sobretudo, da face, modificando as

expressões faciais que decorrem ações combinadas da contração concomitante de vários

músculos, levando em consideração o estado emocional (Quadro 2) (PARREIRAS et al., 2010).

QUADRO 2 - Apresentação dos músculos faciais responsáveis pela mímica inervados pelo VII par de nervo

craniano, com suas respectivas funções.

Músculo Facial Função

Occipito-Frontal. Elevar o supercílio e a pele sobre a raiz do nariz em direção ao escalpe, projetando a pele da testa em rugas transversais, como

uma expressão de medo ou de surpresa.

Corrugador ou Enrugador do

Supercílio.

Produzir as rugas verticais na região glabelar, como na

expressão de sofrimento, severidade ou desaprovação.

Orbicular dos olhos ou orbicular da pálpebra.

Fechar as pálpebras firmemente formando rugas que irradiam

na região lateral dos olhos, considerado o esfíncter das

pálpebras.

Piramidal ou Prócero. Tracionar medialmente para baixo a sobrancelha produzindo rugas transversais sobre o osso do nariz, na expressão de

atenção.

Nasal – porção alar Dilatar as narinas, como na respiração forçada ou difícil.

Mirtiforme ou Depressor do Septo

Nasal

Atrair as aletas nasais para baixo e diminuir a abertura das

narinas.

Levantador do lábio superior e

aletas nasais

Elevar o lábio superior e a asa do nariz, como ocorre numa

situação de “nojo”.

Levantador do ângulo da boca ou

músculos caninos.

Elevar a comissura labial, acentuando o sulco naso-labial,

como na expressão de arrogância, desprezo ou desdém.

Zigomático menor. Elevar o lábio superior, como ocorre mediante tristeza ou

choro.

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Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 12, n. 1, jun, 2020. ISSN: 2358-0909.

Zigomático maior. Elevar o canto da boca, numa situação de sorriso.

Bucinador.

Tracionar o canto da boca para trás e comprimir a bochecha,

mantém o alimento sob pressão das bochechas durante o

processo de mastigação.

Risório. Retrair a comissura labial lateralmente ao realizar sorriso com

tração lateral, riso sardônico.

Depressor do lábio inferior. Tracionar o lábio inferior para baixo (comprime os lábios) e

levemente para o lado, como ocorre nas expressão de ironia.

Depressor do ângulo da boca. Tracionar as comissuras labiais para baixo e lateralmente,

correspondendo com a expressão de tristeza ou sofrimento.

Mentoniano. Tracionar a pele do queixo para cima, ao fazer a expressão de

desdém, dúvida ou indecisão.

Orbicular da boca. Fechar os lábios firmemente (esfíncter da boca) e realizar o

movimento de protusão da boca

Platisma. Retrair e deprimir o ângulo da boca, a mandíbula e eleva e

enruga a pele do pescoço.

Fonte: Januário (2015); Parreiras et al. (2010); Tamura (2010), adaptado pelos autores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os movimentos faciais relacionam-se com uma vasta gama de comportamentos

humanos que envolvem as atividades fundamentais referentes à comunicação dos estados

afetivos, permitindo que o rosto humano seja um importante marcador para estados afetivos

endógenos, diretamente relacionados com os estímulos internos ou externos.

Os vários músculos que participam ativamente das expressões faciais serão ativados ou

não, consciente ou inconscientemente, obedecendo a uma ordem e com o propósito de

transmitir as emoções por meio da expressão facial.

Portanto, a compreensão da anatomia (origem, trajeto, estruturas inervadas) e fisiologia

do VII par de nervo craniano – facial – torna-se fundamental para reconhecer os aspectos

funcionais inerentes à estas estruturas e, mediante as circunstâncias patológicas, que alteram o

funcionamento normal, é possível aplicar ou utilizar os recursos terapêuticos de forma mais

específica e adequada para cada caso.

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