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MÓDULO 3 BIBLIOGRAFIA BÁSICA: INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO. autor: Idalberto Chiavenato, 7ª. ed. 2003 - Editora Elsevier Este MÓDULO 3 apresenta o seguinte conteúdo: ASSUTO CONTEÚDO TEXTOS-RESUMO RELACIONADOS FONTES PARA APROFUNDAMENTO DOS ESTUDOS DESTE MÓDULO · A ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO TEXTO-RESUMO 1 CAP. 5 – Teoria das Relações Humanas: humanizando a empresa TEXTO-RESUMO 2 · TEXTO-RESUMO 3 · TEXTO-RESUMO 4 CAP. 6 – Decorrências da Teoria das Relações Humanas: dando importância aos grupos Mesmo dentro da Teoria Clássica, antes de existir outra abordagem, já apareciam alguns estudiosos preocupados com o humanismo, os quais buscaram propostas pioneiras que viriam a reformular a posição clássica. Embora não constituíssem, ainda, a Teoria das Relações Humanas, prepararam o terreno para que ela aparecesse. Destacam-se os estudiosos: Hugo MUNSTERBERG, introdutor da psicologia aplicada nas organizações; Ordway TEAD, que tratou da liderança democrática na administração; Mary Parker FOLLETT, que introduz a lei da situação, na qual declara não existir uma receita única e universal para todas as situações e, Chester BARNARD, que estudou a interação entre pessoas, a cooperação e os objetivos comuns. Este grupo de autores constituiu o chamado Grupo de Transição da Teoria Clássica para a Abordagem das Relações Humanas (ou Teorias Transitivas). TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS: HUMANIZANDO A EMPRESA Ocorre nos EUA, com ênfase nas PESSOAS e teve como seu principal representante, Elton MAYO, sendo considerada como uma reação e oposição à Teoria Clássica, a partir de 1932. 1

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MÓDULO 3 BIBLIOGRAFIA BÁSICA: INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO. autor: Idalberto Chiavenato, 7ª. ed. 2003 - Editora Elsevier

Este MÓDULO 3 apresenta o seguinte conteúdo: 

 ASSUTOCONTEÚDO

TEXTOS-RESUMO RELACIONADOS

FONTES PARA APROFUNDAMENTO DOS ESTUDOS DESTE MÓDULO

 

 ·   A ABORDAGEM HUMANÍSTICA DA ADMINISTRAÇÃO

 

 

 TEXTO-RESUMO 1 

CAP. 5 – Teoria das Relações Humanas: humanizando a empresa  

TEXTO-RESUMO 2

· TEXTO-RESUMO 3

· TEXTO-RESUMO 4

CAP. 6 – Decorrências da Teoria das Relações Humanas: dando importância aos grupos

 

   Mesmo dentro da Teoria Clássica, antes de existir outra abordagem, já apareciam alguns estudiosos preocupados com o humanismo, os quais buscaram propostas pioneiras que viriam a reformular a posição clássica. Embora não constituíssem, ainda, a Teoria das Relações Humanas, prepararam o terreno para que ela aparecesse.

Destacam-se os estudiosos: Hugo MUNSTERBERG, introdutor da psicologia aplicada nas organizações; Ordway TEAD, que tratou da liderança democrática na administração; Mary Parker FOLLETT, que introduz a lei da situação, na qual declara não existir uma receita única e universal para todas as situações e, Chester BARNARD, que estudou a interação entre pessoas, a cooperação e os objetivos comuns.Este grupo de autores constituiu o chamado Grupo de Transição da Teoria Clássica para a Abordagem das Relações Humanas (ou Teorias Transitivas).

  TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS: HUMANIZANDO A EMPRESAOcorre nos EUA, com ênfase nas PESSOAS e teve como seu principal representante, Elton MAYO, sendo considerada como uma reação e oposição à Teoria Clássica, a partir de 1932.A Teoria Clássica tinha uma visão completamente formal da organização, voltando-se para as suas tarefas e estrutura, preocupando-se muito pouco ou quase nada com as pessoas no trabalho, além dos aspectos de técnicas, disciplina, métodos, padronização, uso de ferramentas, tempos e movimentos, entre outras coisas. Foi uma abordagem moldada por engenheiros e, por esse motivo, com uma visão tecnicista do trabalho, de acordo com a concepção imperante em sua época. A Abordagem das Relações Humanas, ao contrário nasceu de um enfoque psicossocial, uma vez que seus principais pesquisadores eram psicólogos e cientistas sociais. Seu interesse concentrou-se nas relações informais das pessoas na organização.

Alguns aspectos que condicionaram o aparecimento dessa teoria:1. a necessidade de humanizar e democratizar a administração;

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2. o desenvolvimento das ciências humanas;3. as idéias filosóficas da época (John Dewey e Kurt Lewin);4. as conclusões da Experiência de Hawthorne

   A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE O governo americano já se preocupava com as condições de trabalho dos operários americanos e com os elevados índices de rotatividade nas empresas, patrocinando inúmeras pesquisas que auxiliassem nesse problema. Conduzida pelo psicólogo Elton MAYO e colaboradores, a experiência de Hawthorne aconteceu numa fábrica da Western Electric, bairro de Hawthorne, em Chicago, de 1927 até 1932, quando foram publicadas suas conclusões, que marcam o início dessa teoria.     Esses estudos de MAYO foram desenvolvidos nas seguintes fases;

1. na primeira fase, estudou-se o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. Ficou comprovada a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico, ou seja, os operários reagiam às experiências muito mais de acordo com as suas suposições pessoais do que às condições reais de iluminação.

2. na segunda fase, estudaram-se as condições de trabalho de um grupo de observação, comparando-se o resultado deste grupo com o de outro grupo de controle. O grupo de observação ficou num ambiente separado do grupo de controle e, por 12 períodos da experiência, que duraram várias semanas, a produção desse grupo aumentou seguidamente de um período para o outro, independente das condições geradas no seu ambiente. A explicação dada foi a de que as condições psicológicas e sociais de trabalho do grupo de observação foram consideradas melhores pelos participantes do grupo e interferiram positivamente nos resultados.

3. a terceira fase, voltou-se para a pesquisa das relações humanas no trabalho, em toda a organização, criando-se um grande programa de entrevistas com o objetivo de conhecer o que os operários pensavam e sentiam quanto ao trabalho

4. na quarta fase um grupo experimental foi observado em ralação aos outros do departamento, para analisar a organização informal dos operários. O observador constatou que esse grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes e criou regras para estabilizar a produção nos níveis interessantes para o grupo, punindo todos os colegas que quebrassem essas regras e prejudicassem o grupo. Essa fase permitiu relacionar as relações entre a organização informal dos empregados e a organização formal da fábrica.

 As conclusões da experiência de Hawthorne foram as seguintes:  

o nível de produção mostrou-se resultante da integração social das pessoas no trabalho

o comportamento social dos empregados se apoiava totalmente no grupo as recompensas e sanções sociais produzidas pelo grupo para os seus

componentes eram mais poderosas que as recompensas financeiras da organização

os grupos informais existiam e tinham força as vezes maior que os formais da organização

as relações humanas apareciam dentro do organização em função das oportunidades de contato e mantinham uma constante interação grupal

o conteúdo e a natureza do trabalho tinham influência sobre o moral dos trabalhadores

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os aspectos emocionais do comportamento humano mostraram-se importantes e chamaram a atenção dos pesquisadores. 

 Com essas conclusões a Teoria das Relações Humanas pode deslocar o foco de estudos dos aspectos formais das tarefas e da estrutura da organização para a preocupação com as pessoas.  

Decorrências da Teoria das Relações Humanas: dando importância aos grupos

A Teoria das Relações Humanas influenciou diretamente novos estudos da administração em decorrências dessa abordagem, voltados para temas tais como:

1. a influência da motivação humana no trabalho;2. preocupação com a liderança e sua influência sobre o comportamento das pessoas;3. a importância da comunicação;4. a organização informal;5. a dinâmica de grupo.

 1. A primeira decorrência: a influência da motivação humana no trabalho.A experiência de Hawthorne permitiu que se mudasse a concepção de homo economicus, ou seja, a pressuposição de que as pessoas só seriam sensíveis a estímulos de ordem salarial, para a crença no homo social, para o qual as recompensas sociais e simbólicas seriam importantes também. Aparece a Teoria de Campo, de Kurt Lewin, que trata do comportamento humano, em função das pessoas e do ambiente. É explorada a preocupação com as necessidades humanas básicas, assunto da Abordagem Comportamental, que vai aparecer décadas adiante. Também os estudos sobre as necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização, sobre ciclo motivacional e moral e clima organizacional. Etapas do ciclo motivacional: 

                            O ciclo motivacional pode ser conceituado através de algumas variáveis. O corpo humano permanece em estado de equilíbrio até que um estímulo o invada, surgindo assim uma necessidade. Essa necessidade gera uma tensão no indivíduo a qual conduz para um comportamento ou ação que provoque a satisfação daquela necessidade. Se a necessidade é satisfeita, o indivíduo retorna ao equilíbrio psicológico. Toda satisfação é basicamente uma liberação de tensão, uma descarga tensional que permite o retorno ao equilíbrio anterior (CHIAVENATO, 2003).

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A motivação reflete no moral do indivíduo. A abordagem comportamental evidencia também a questão da moral humana, decorrente do clima organizacional, a qual pode apresentar vários níveis, conforme a figura a seguir:   

  Assim, o moral refletiva diretamente no comportamento do indivíduo. 

TEXTO-RESUMO 32. A segunda decorrência: a preocupação com a liderança e sua influência sobre o comportamento das pessoas.Nessa teoria conceitua-se liderança e são estabelecidas algumas teorias: a de Traços de Personalidade; a de Estilos de Liderança e as Situacionais de Liderança. São determinados três estilos de liderança: ao autocrático, o democrático e o liberal.

As teorias sobre liderança  

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  Dentre essas teorias de liderança destaca-se o estudo dos estilos de liderança, os quais podem ser resumidos na seguinte tabela, de acordo com CHIAVENATO (2003):  

  TEXTO-RESUMO 4 3. A terceira decorrência: o processo da comunicação.Este assunto também é enfocado pela Teoria das Relações Humanas e foi enriquecido, com o modelo matemático de Shannon e Weaver, dois estudiosos da Teoria Sistêmica. Considerando esse processo, estudaram-se as redes de comunicação.

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Por meio da Comunicação, as organizações e seus membros trocam informações, formam entendimentos, coordenam atividades, exercem influência e socializam-se, além de gerarem e manterem sistemas de crenças, símbolos e valores.

Teoria Clássica da Comunicação: Uma fonte que codifica uma mensagem e a transmite por algum canal para um receptor, que decodifica a mensagem e pode enviar ao emissor alguma realimentação. (COOPER; ARGYRIS, 2003)           4. A quarta decorrência: a organização informal, que envolve os aspectos: relação de coesão e antagonismo, status, colaboração espontânea, possibilidade de oposição à organização formal, padrões de relações e atitudes, mudanças de níveis e alterações dos grupos informais, organização formal versus informal, padrões de desempenho nos grupos informais.  5. A quinta decorrência: a dinâmica de grupo e os consequentes estudos de sua aplicação nos grupos. Proposta de Kurt LEWIN, a dinâmica de grupo ficou sendo um dos temas mais focados dentro da Teoria das Relações Humanas. É entendida como um produto das interações dos que participam de um grupo, podendo ser trabalhada para se conseguir um resultado melhor no relacionamento humano do mesmo. Foco na sinergia.  

Críticas à Teoria das Relações Humanas Esta teoria começou a perder seu vigor ao final dos anos 1950, sendo bastante criticada. Algumas observações sobre essa teoria: 

combateu veementemente a Teoria Clássica, sua antecessora, contrapondo os seus conceitos aos daquela abordagem

teve uma visualização inadequada dos problemas de relações industriais apresentou uma concepção ingênua e romântica do operário trabalhou num campo experimental limitado apresentou conclusões teóricas parciais concentrou sua ênfase apenas nos grupos informais apresentou um enfoque manipulativos das relações humanas

 Apesar destas críticas essa teoria descortinou novos horizontes para os estudos da administração.

 

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