aco alvenarias
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EDIFICAÇÕES HABITACIONAISCONVENCIONAIS ESTRUTURADAS EM
AÇO:REQUISITOS E CRITÉRIOS MÍNIMOS PARA
FINANCIAMENTO PELA CAIXA
ANEXO 3
Procedimentos Típicos das Ligaçõesdas Alvenarias com Estruturas em Aço
Maio 2002
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ÍNDICE
1. Projeto de Alvenaria............................................................................................................ Pg. 031.1. Conteúdo do Projeto para a Produção da Alvenaria............................................... Pg. 041.2. Ligação da Alvenaria com a Estrutura em Aço....................................................... Pg. 04
1.2.1. Ligação Alvenaria x Pilar................................................................................ Pg. 051.2.1.1. Ligação Vinculada Semi-rígida....................................................... Pg. 051.2.1.2. Ligação Desvinculada Deformável................................................. Pg. 08
1.2.2. Ligação Alvenaria x Viga................................................................................ Pg. 091.2.2.1. Ligação Vinculada Semi-rígida....................................................... Pg. 091.2.2.2. Ligação Desvinculada Deformável................................................. Pg. 09
2. Sistema de Revestimento.................................................................................................. Pg. 102.1. Estrutura em Aço Revestida...................................................................................... Pg. 11
2.1.1. Preenchimento do Perfil em Aço.................................................................... Pg. 112.1.2. Tratamento do Perfil em Aço para Recebimento de Revestimento............ Pg. 132.1.3. Argamassa de Regularização......................................................................... Pg. 14
2.1.3.1. Reforço Localizado na Argamassa................................................ Pg. 142.1.4. Junta de Movimentação no Revestimento.................................................... Pg. 16
2.1.4.1. Junta de Movimentação Horizontal............................................... Pg. 162.1.4.2. Junta de Movimentação Vertical.................................................... Pg. 172.1.4.3. Preenchimento da Junta................................................................. Pg. 17
2.2. Estrutura em Aço Aparente....................................................................................... Pg. 182.2.1. Tratamento do Perfil em Aço x Revestimento............................................... Pg. 18
2.2.1.1. Tratamento em Viga de Aço Aparente........................................... Pg. 192.2.1.2. Tratamento em Pilar de Aço Aparente........................................... Pg. 20
2.2.2. Tratamento em Revestimento de Gesso........................................................ Pg. 213. Resumo................................................................................................................................ Pg. 23
3.1. Resumo do estudo das ligações alvenaria / estrutura metálica............................ Pg. 233.2. Cuidados nas ligações revestimento / estrutura metálica..................................... Pg. 24
4. Bibliografia......................................................................................................................... Pg. 25
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ANEXO 3
Procedimentos Típicos das Ligações das Alvenariascom Estruturas em Aço
1. Projeto de Alvenaria
O projeto de Alvenaria muitas vezes está relacionando somente com aprodução de alvenarias modulares e econômicas. No entanto, além deproporcionar racionalidade ao sistema, o projeto deve antecipar asinterferências e equalizar todas as questões de estabilidade, utilização,durabilidade e manutenção.
Cabe ao projetista da alvenaria coletar as informações necessárias nosprojetos; arquitetônico, estrutural, instalações hidro-sanitárias, instalaçõeselétricas, impermeabilização, etc., quanto as condições de exposição,principalmente das fachadas, das condições de solicitação a que estarãosubmetidas tanto as fachadas quanto as vedações internas, quanto adisponibilidade de materiais, prazos e custos e demais informaçõespertinentes, realizando assim o detalhamento mais preciso da alvenaria a serexecutada.
Segue lista das principais informações a serem coletadas nos diversos projetospara a elaboração do projeto de produção da alvenaria.
• Dimensões das paredes acabadas (comprimentos, largura eespessura);
• Dimensões internas dos compartimentos;• Posição relativa da alvenaria em relação aos perfis metálicos (entre os
vãos das estruturas ou exterior a ela);• Localização das aberturas (portas, janelas e instalações especiais);• Definição se a estrutura metálica será ou não completamente revestida;• Tipo e padrão de qualidade dos revestimentos;• Detalhes construtivos de fixação das esquadrias, peças suspensas,
etc;• Detalhes arquitetônicos que interfiram nas características e na
execução da alvenaria, tais como sacadas, beirais, platibandas,ressaltos e reentrâncias para proteção da fachada.
• Tipo e dimensões dos componentes estruturais;• Carregamentos considerados para carga dos elementos de vedação;• Identificar a presença de juntas estruturais;• Perfis metálicos do contravento em relação à forma e interferência com
a alvenaria.• Disposição e localização dos ramais hidráulicos, previsão de Kits
hidráulicos;• Utilização de shafts verticais;
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• Instalação de peças sanitárias;• Passagem de tubulação elétrica;• Pontos de luzes, tomadas e interruptores;• Instalação de incêndio;• Instalação de gás;• Instalação telefônica;
1.1. Conteúdo do Projeto para a Produção da Alvenaria.
A partir das informações coletadas, o projetista define o Projeto de Alvenariaque deve conter os seguintes itens:
• Especificação dos componentes da alvenaria (blocos, composição,dosagem da argamassa de assentamento e do micro concreto deenrijecedores);
• Locação da primeira fiada, a partir do eixo de referência predefinido;• Planta de primeira e segunda fiada com a distribuição dos
componentes;• Elevações das paredes, identificando o posicionamento das instalações
e das aberturas, bem como eventuais enrijecedores existentes (cintas epilaretes);
• Amarrações entre as fiadas;• Definição dos sistemas de fixação da alvenaria na estrutura metálica
adjacente (vigas e pilares), indicada em planta baixa;• Necessidade de juntas de controle: posicionamento e dimensão.• Definição quanto ao uso de vergas e contravergas pré-fabricadas ou
moldadas no local e o seu posicionamento;• Definição quanto ao uso de “shafts” ou embutimentos de instalações ou
de dutos de prumada;• Definição dos prazos entre as etapas do processo executivo;• Parâmetros de controle e tolerâncias de cada etapa.
Cabe ressaltar que além da existência do projeto para produção da alvenaria, otreinamento e a qualificação da mão-de-obra, aliado a um planejamento econtrole das atividades, é de extrema importância.
1.2. Ligação da Alvenaria com a Estrutura em Aço
O termo “Ligações” das alvenarias é conhecido na engenharia como todas assoluções adotadas para unir ou desunir as alvenarias no contato com aestrutura suporte.
A maneira como é efetuada essa ligação é determinada pelo tipo de trabalhoentre ambos: vinculado ou desvinculado sendo fator importante para se evitar osurgimento de patologias nas vedações.
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Se a opção for por uma ligação vinculada, a alvenaria será solicitada aacompanhar as deformações previstas na estrutura, bem como todos osrevestimentos aplicados sobre ela. O contrário acontece numa ligaçãodesvinculada onde as deformações previstas se darão de forma independente.
A distância entre apoios define o sistema de ligação vinculada ou desvinculada:Tipo Vinculada Sistema Semi Rígido Vãos < 6,5 m.Tipo Desvinculada Sistema Deformável Vãos ≥ 6,5 m.
1.2.1. Ligação Alvenaria x Pilar
Considerações para a escolha adequada da ligação alvenaria x pilar.
• O preenchimento, com argamassa, das juntas verticais próximas aoapoio, contribui para o melhor desempenho da ligação.
• A largura do bloco é fator determinante, a relação mínima da altura útilda parede pela espessura do bloco sem revestimento deve ser ≤ 30.
• É obrigatório a utilização de argamassa de assentamento comresistência à compressão entre 6 e 8 MPa.
• A tolerância para deslocamento admissível máximo da estrutura ondese apoia a alvenaria, é de L/1000 para deformação da estrutura após aexecução da alvenaria.
1.2.1.1. Ligação Vinculada Semi-rígida
A ligação semi-rígida é aquela que liga a alvenaria solidariamente à estrutura,devendo ser empregada em vãos < 6,50 m. Para edificações térreas, pode-seutilizar ligação semi-rígida independente do tamanho do vão.
Deve-se utilizar telas eletrosoldadas, quando possível, ou o acessório deligação chamado “ferro-cabelo” ou “fio-cabelo” (barra de aço dobrada comdiâmetro de 4,2 a 8 mm), soldado à estrutura. ( figuras 1 a 5 )
Tela soldada galvanizada Ferro dobrado de amarração
Figura 1. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas
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Como regra geral, deve-se definir o tamanho da tela soldada da seguinteforma:
Largura - inferior à largura do bloco, com 1 a 2 cm de sobra nas laterais.Comprimento horizontal - no mínimo de 40cm.
O “ferro-cabelo” pode ter a forma de gancho na extremidade livre ou de um“estribo” de armação, com comprimento mínimo de 50 cm, pois isto melhora asua ancoragem dentro da argamassa de assentamento.
Ambas são geralmente instaladas a cada 60 cm de altura, coincidentes com asfiadas de argamassa de assentamento.
Figura 2. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas
Figura 3. Exemplo de Ligação Vinculada Semi-rígida
Ferro cabelo a cada60 cm de altura
Pilarmetálico
Argamassa deassentamento
Alvenaria dentro daaba do perfil
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Figura 4. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas
Figura 5. Exemplos de Ligações Vinculadas Semi-rígidas
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1.2.1.2. Ligação Desvinculada Deformável
São ligações onde a alvenaria trabalha com maior grau de liberdade emrelação à estrutura. Utilizadas em estruturas com grandes vãos, ≥ 6,50 m e,portanto, deformação absoluta elevada.
São projetadas de forma a trabalhar dentro de uma moldura que permita amovimentação no plano que estão contidas e que impeça ao mesmo tempomovimentação indesejada no plano transversal.
O processo utilizado é o emprego de 2 cantoneiras metálicas, paralelas,espaçadas da espessura do bloco, fixadas ao pilar em aço por solda de campoou pinos aplicados com pistola. A dimensão mínima da aba de contato dacantoneira é de 50 mm.
Figura 6. Exemplos de Ligações Desvinculadas Deformáveis comUtilização de Cantoneiras
Em alguns casos, o perfil utilizado como pilar em aço pode ser dimensionadoem função da espessura da alvenaria, dispensando a utilização dascantoneiras metálicas.
Figura 7. Exemplo de Ligação Desvinculada Deformável com Utilização dePilar em Chapa Dobrada
Nos casos exemplificados nas figuras 6 e 7, deverá ser deixado um vão de 2 a3 cm para inserção de uma placa contínua de EPS.
Pilar em ChapaDobrada
20 a 30 mm
Placa de EPSAlvenaria
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1.2.2. Ligação Alvenaria x Viga
Considerações para a escolha da ligação alvenaria x viga
• A rugosidade das vigas não é levada em consideração para o sistemade fixação das alvenarias, sendo necessário apenas a limpeza eficientee a remoção de todo material solto, graxas e poeiras.
• A ligação da alvenaria com a viga, é definida, da mesma forma que aligação alvenaria x pilar, em dois tipos: vinculada, sistema semi-rígidoou desvinculada, sistema deformável.
1.2.2.1. Ligação Vinculada Semi-rígida (vãos < 6,5 m)
Este sistema, quando adotado, considera pequenas deformações térmicas eestruturais sobre o painel de alvenaria, sendo necessário a utilização deargamassas de cimento e água com aditivo expansor (argamassa não retrátil).
O preenchimento deve ser executado após a conclusão de todas as alvenarias,não antes de 7 dias do seu término, e elevada de baixo para cima do prédiocom a fixação de cima para baixo.
Figura 8. Ilustração do sistema semi-rígido
1.2.2.2. Ligação Desvinculada Deformável (vãos ≥ 6,5 m)
Para o sistema deformável adota-se o processo de confinamento lateralatravés de cantoneiras, similar ao utilizado na ligação junto aos pilares.
Alvenaria
Viga
Argamassacom aditivoexpansor
1,5 a 3,5 cm
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Figura 9. Ilustração do Sistema Deformável
2. SISTEMA DE REVESTIMENTO
O sistema de revestimento corresponde ao acabamento final da edificação:sendo a parte que fica visível aos usuários e proprietários. A integridade destesistema é, pois, de grande importância para a confiabilidade na utilização dasestruturas metálicas e na satisfação das pessoas que interagem com aedificação. Para tal fazem-se necessários cuidados que garantirão a qualidadee a durabilidade da edificação.
Na definição dos procedimentos e cuidados a serem tomados na execução dosistema de revestimento devem ser considerados os seguintes aspectos:
• Concepção estrutural da edificação• Sistema estrutural• Deformações previstas• Tipo de aço• Sistema de alvenarias• Tipo de elemento de vedação
Para que sejam feitas considerações gerais sobre o sistema de revestimento,será adotado que, basicamente, existem duas situações principais em setratando de estrutura metálica:
• Estrutura metálica revestida (oculta)• Estrutura metálica aparente.
Espuma dePoliuretanoExpandido ou placade EPS Placa de EPS
Alvenaria
2 a 3 cm
Viga
Espuma dePoliuretanoExpandido ouplaca de EPS
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2.1. Estrutura em Aço Revestida
Nas situações em que a estrutura metálica será revestida, é importante garantira aderência do sistema de revestimento nos perfis metálicos devido à suabaixa porosidade e conseqüente baixa capacidade de ancoragem mecânica.
É obrigatório a avaliação da necessidade de previsão de juntas de alívioconforme o revestimento e sua norma ABNT pertinente.
2.1.1. Preenchimento do Perfil em Aço
Quando a estrutura em aço for inteiramente revestida faz-se necessário oprévio preenchimento dos espaços vazios entre as abas e a alma, conformeindicado nos exemplos abaixo:
Figura 10. Ilustração dos Vazios a Serem Preenchidos em Pilares e Vigas
Ligação
Espaço vazio aser preenchido
Alvenaria
Plano verticalda base
Corte no Pilar
Alvenaria
VigaEspaço vazio a serpreenchido
Corte na Viga
Plano verticalda base
Ligação
Pilar
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Para executar o preenchimento destes vazios deverão ser utilizados blocos deconcreto celular autoclavado (facilidade de serem cortados nas dimensõesnecessárias), blocos de concreto ou cerâmicos. A fixação destes blocos àestrutura deverá ser feita através de uma argamassa colante, tipo AC IIaditivada com polímero acrílico modificado (índice de resina superior a 50%).
Figura 11. Detalhe genérico do perfil metálico já preenchido
Em determinadas situações é possível que não seja feito o enchimentodos perfis metálicos, envolvendo o pilar com alvenaria ou com painéis (gessoacartonado, por exemplo), conforme detalhe a seguir:
Figura 12. Exemplo de envolvimento de pilar com painel
Argamassacolante aditivadacom polímeroacrílico modificadoViga ou pilar
metálico Enchimento com blocos deconcreto celular, cerâmicoou concreto adaptados aovão entre as mesas
Painel Perfil metálico
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No caso de envolvimento total dos perfis metálicos, pode-se fazer opreenchimento com micro-concreto ou argamassa, conforme a seguir:
Figura 13. Exemplo de Envolvimento Total do Pilar com Micro-concreto
2.1.2. Tratamento do Perfil em Aço para Recebimento de Revestimento
Antes do lançamento da argamassa de revestimento, toda a estrutura metálicadeverá ser tratada com uma argamassa colante, tipo AC II aditivada compolímero modificado (a mesma utilizada para fixação dos enchimentos descritano item anterior).
É necessário que sejam utilizadas na transição do perfil metálico/alvenaria,telas de fibra de vidro, que devem ser posicionadas nos pontos de contatoalvenaria/estrutura metálica e fixadas com argamassa colante aditivada compolímero modificado durante o tratamento do perfil metálico.
Deverá ser utilizada tela de fibra de vidro com 160 g/m2, resistente aalcalinidade e de acabamento firme.
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Figura 14. Exemplos do Posicionamento das Telas em Pilares
2.1.3. Argamassa de Regularização
Antes do lançamento da argamassa de regularização, toda a alvenaria deveráser coberta por uma camada de chapisco.
A argamassa de regularização é a camada do sistema de revestimento quedefine o plano vertical no qual será aplicado o acabamento final, conforme NBR7200.
2.1.3.1. Reforço Localizado na Argamassa
Deverão ser previstos reforços com tela galvanizada de malha retaeletrosoldada (fio 22 e malha de 1”) na argamassa de revestimento emalgumas situações que serão relacionadas a seguir:
Pilar metálico
Tela de Fibra devidro
Argamassacolanteaditivada compolímeroacrílicomodificado
Enchimento
Alvenaria
Enchimento Perfilmetálico
Tela de Fibra devidro
Enchimento comargamassa colante
aditivada com polímeromodificado
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Figura 15. Exemplo da Localização dos Reforços na Viga
Figura 16. Exemplos da localização dos reforços nos pilares
Viga metálica
Tela de Fibra devidro
20 cm
Argamassa deregularização
Ligação
Telagalvanizada
20 cm 20 cm
Pilar metálico
Alvenaria
Telagalvanizada
Pilar em aço
Tela galvanizadaArgamassa deregularização
Enchimento
Tela
20 cm 20 cm
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2.1.4. Junta de Movimentação no Revestimento
As juntas de movimentação têm por finalidade subdividir o sistema derevestimento aliviando as tensões provocadas pelas movimentações da base edo próprio sistema de revestimento.
Em se tratando de uma edificação em estrutura metálica, o posicionamentodestas juntas estará preferencialmente associado aos alinhamentos dastransições entre os perfis metálicos e as alvenarias. Nos itens a seguir serãofeitas as principais considerações sobre o seu posicionamento, dimensões epreenchimento.
2.1.4.1. Junta de Movimentação Horizontal
As juntas de movimentação horizontais estão posicionadas no alinhamento datransição viga metálica / alvenaria, a cada pavimento, interna e externamente,conforme detalhe genérico a seguir:
Figura 17. Exemplo do Posicionamento da Junta Horizontal na Viga
Viga metálica
Sistema derevestimento final
Argamassa deregularização
LigaçãoJunta de Movimentação
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2.1.4.2. Junta de Movimentação Vertical
Em função dos vãos entre pilares normalmente adotados nas estruturas emaço as juntas de movimentação vertical, de modo geral, estão posicionadas natransição entre o pilar metálico e a alvenaria.
A definição de juntas de movimentação a cada pilar costuma ser suficiente emfunção do revestimento (espaçamento entre juntas verticais da ordem de 6 m).
Figura 18. Exemplos de Posicionamento da Junta Vertical no Pilar
2.1.4.3. Preenchimento da Junta
O preenchimento das juntas de movimentação deve ser executado comelastômeros capazes de absorver as deformações do sistema de revestimento.
Junta de Movimentação
EnchimentoPilar emaço
Tela galvanizada
Argamassa deregularização Apoio
flexívelMastique
Alvenaria
Junta de Movimentação
Pilar em aço
Tela MastiqueApoioflexível
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De modo geral é utilizado corpo de apoio de polietileno expandido e ummastique (silicone ou poliuretano).
As dimensões das juntas de movimentação deverão ser baseadas nas normasda ABNT.
Figura 19. Exemplo de Preenchimento das Juntas
2.2. Estrutura em Aço Aparente
Nas situações em que a estrutura metálica não será revestida, ficando total ouparcialmente aparente, o sistema de revestimento torna-se mais simples,sendo a parte mais importante o tratamento da ligação sistema de revestimento/ perfis metálicos.
Para execução do sistema de revestimento nesta situação, a limpeza daalvenaria, o chapisco, a utilização de telas de reforço em regiões de tubulaçõese estruturas de concreto (cintas, pilaretes e tirantes), a execução da argamassade regularização e a aplicação do acabamento final devem ser feitos conformeas recomendações feitas para a estrutura metálica revestida.
2.2.1. Tratamento do Perfil em Aço x Revestimento
A definição da forma em que será feito o tratamento das ligações dorevestimento com a estrutura metálica depende da posição relativa do sistemade revestimento em relação aos perfis. As interfaces entre os dois materiaisserão conectadas através de mastiques ou tintas elastoméricas comalongamento ≥ 200%. Diversas situações são apresentadas a seguir:
Revestimentofinal Mastique
Corpo de apoiosob pressão
Argamassa deregularização
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2.2.1.1. Tratamento em Viga de Aço Aparente
Figura 20. Exemplos do Tratamento da Ligação do Revestimento emVigas
Revestimento final
Vigametálica
Alvenaria
Corpo de apoio
Mastique
Pintura elastoméricacom tela
Argamassa deregularização
Pinturaelastomérica
Revestimentofinal
Alvenaria
Viga em aço
Argamassa deregularização
Pinturaelastomérica
Revestimentofinal
Argamassa deregularização
Viga metálica
Mastique
Mastique
Alvenaria
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2.2.1.2. Tratamento em Pilar de Aço Aparente
Figura 21. Exemplos do Tratamento da Ligação do Revestimento emPilares
Alvenaria
Argamassa deregularização
Revestimentofinal Mastique
Fitacrepe
CantoneiraMetálica
Pilar Metálico
Perfil Metálico
Revestimentofinal
Pinturaelastomérica
Cantoneirametálica
Alvenaria
Argamassa deregularização
Alvenaria
PilarMetálicoMastique
Corpo deapoio
CantoneiraMetálica
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2.2.2. Tratamento em Revestimento de Gesso
Quando utilizado o revestimento em gesso, este pode ser aplicado sobresuperfícies de blocos cerâmicos, cimento, lajes e vigas de concreto, sobremassa única e sobre blocos de isopor (EPS).
Vale ressaltar quanto ao uso de gesso junto a estruturas de aço ou esquadriasmetálicas, que evite-se o contato entre o revestimento e o aço nas áreas deinterseção.
Nunca deve ser utilizado gesso como revestimento da estrutura em açopropriamente dita.
O gesso utilizado deve atender as exigências especificadas na NBR 13207 –gesso p/ construção civil .
Segue abaixo detalhes genéricos sobre o revestimento da alvenaria em gesso.
Obs: Em toda a região exposta do metal será aplicado pintura elastomérica.
Figura 23. Alvenarias Revestidas em Gesso com Proteção por PinturaElastomérica
Revestimento emgesso
Alvenaria fora da aba:argamassa deassentamento + barrade amarração
Argamassa deassentamento Pilar metálico
Alvenaria dentro daaba do perfil:
Pintura elastomérica +tela de poliéster, aderida
a estrutura metálica
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Figura 24. Alvenarias Revestidas em Gesso com Proteção por MassaCorrida
Pilarmetálico
Revestimentoem gesso
Alvenaria fora daaba do perfil
Alvenaria dentroda aba do perfil:
Argamassa deassentamento
Massa corridapara isolamento
da estrutura
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3. RESUMO
3.1. Resumo do Estudo das Ligações Alvenaria x Estrutura Metálica
ITEM TIPO DE LIGAÇÃOSemi-rígido Deformável
ESTRUTURADE APOIO
Para vãos até 6,5 mentre apoios.
Para vãos superiores a 6,5m e alvenarias sobre lajesdeformáveis.
LIGAÇÃOLATERAL
PILAR/ALVENARIA
Tela eletrosoldada acada 60 cm
Ferro cabelo a cada 60cm
Cantoneiras fixadas compistola de pressão e pinosde aço ou soldadas.
Pilar em perfis de chapadobrada.
L ≤ 6,5m L > 6,5 m
Perfil
Alvenaria
Tela
Cantoneira
Argamassa deassentamento
Pilarmetálico
Alvenaria
Ferrocabelo
Microconcreto
Ferro cabelo
Perfil metálico
Pilar
Placa de EPS
Alvenaria
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ITEM TIPO DE LIGAÇÃOSemi-rígido Deformável
LIGAÇÃOSUPERIOR
VIGA/ALVENARIA
Argamassa de cimentoe água com aditivoexpansor (não retrátil ).
Espuma de poliuretanoexpandido ou placa deEPS.
3.2. Cuidados nas ligações Revestimento / Estrutura Metálica
ITEM DETALHE
Tratamento com pinturaelastomérica
(Pilar não revestido)
Tratamento commastique
(Pilar não revestido)
Tratamento comargamassa colante
aditivada com polímero(Pilar revestido )
Revestimentofinal
Pinturaelastomérica
Argamassa deregularização
Pilar
Mastique
Perfil
Argamassa colanteaditivada compolímero modificado
Enchimento
Viga
Argamassac/ expansor
Viga
Espuma depoliuretano
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4. Bibliografia
1) LASKA, Walter. Mansonry and Steel – Detailing handbook. The AberdeenGroup USA. 1993.
2) THOMAZ, Ercio. Trincas em Edifícios – Causas, prevenção e recuperação.IPT/EPUSP/PINI. 2000.
3) NASCIMENTO, Otávio Luiz do; CUNHA, Fabiana Oliveira; PISCITELLI,Alexandra Ancelmo. Manual de Alvenaria para Estrutura Metálica.Consultare Engenharia. 2002
4) COELHO, Roberto de Araujo. Apostila do Curso “SistemasComplementares para Edifícios em Estruturas Metálicas”. Fupam/FAU-USP.2001.
5) MATTOS DIAS, Luis Andrade de. Estruturas de Aço – Conceitos, técnicas elinguagem. Editora Zigurate. 2000.
6) ABCI. Manual Técnico de Alvenaria. ABCI/PROJETO. São Paulo. 1990.
7) ACI – American Concrete Institute. Allocuable Deflections:manual ofConcrete.1979.
8) CSTC - Centre Scientifique Et Techinique de la Construction. Fissuration deMaçonneires. Note D’information Techinique 65. Bruxelas. 1980.
9) SIQUEIRA FILHO, F.S.; DIAS, E. M.. Racionalização da Construção:Produção de fachadas e Impermeabilização. CREA/DF. Distrito Federal.1999.
10) ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO,Departamento de Engenharia de Construção Civil. O Emprego de TelasMetálicas Eletrosoldadas como Componente de Ligação entre Alvenaria eEstrutura. São Paulo. 1999.