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AÇUDE TUCUNDUBA COMPANHIA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS DIRETORIA DE OPERAÇÕES GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO OPERACIONAL RELATÓRIO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Fortaleza / Ceará 2009

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AÇUDE TUCUNDUBA

COMPANHIA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

DIRETORIA DE OPERAÇÕES

GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO OPERACIONAL

RELATÓRIO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Fortaleza / Ceará 2009

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH

COMPANHIA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS - COGERH

RELATÓRIO DE IMPACTOS AMBIENTAIS DO AÇUDE TUCUNDUBA:

FORTALEZA / CEARÁ

Julho de 2009

GOVERNADOR DO ESTADO DO CEARÁ: CID FERREIRA GOMES SECRETARIO DOS RECURSOS HÍDRICOS: CÉSAR AUGUSTO PINHEIRO PRESIDENTE DA COGERH: FRANCISCO JOSÉ COELHO TEIXEIRA DIRETOR DE OPERAÇÕES: JOSÉ RICARDO DIAS ADEODATO GERENTE DE DESENVOLVIMENTO OPERACIONAL: WALT DISNEY PAULINO

CONCEPÇÃO/COORDENAÇÃO

Walt Disney Paulino

ELABORAÇÃO

Deborah M. B. Alexandre (COGERH)

Marciana França (COGERH)

COLABORAÇÃO/APOIO

Lílian Rodolfo (COGERH SOBRAL)

Raimundo (COGERH SOBRAL)

Copyright © 2009 COGERH

Direitos reservados. Proibida a publicação, tradução ou reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização prévia.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................05

2. CARACTERIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO..............................................................06

2.1. Caracterização Fisiográfica...............................................................................................06

2.2. Características Ambientais................................................................................................06

2.3 Material Utilizado..............................................................................................................09

2.4 Trabalhos Realizados.........................................................................................................09

3. INDICADORES SOCIOECONÔMICOS.......................................................................09

4.USOS E FONTES DE POLUIÇÃO NO ENTORNO E NA BACIA

HIDROGRÁFICA.................................................................................................................12

5. COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO.......................................................................15

6. QUALIDADE DA ÁGUA.................................................................................................17

7. CONCLUSÕES E DISCUSSÕES................................................................................... 19

8. RECOMENDAÇÕES E MEDIDAS MITIGADORAS..................................................20

9. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................21

APÊNDICE.............................................................................................................................23

Formulário de Campo aplicado no entorno do açude Tucunduba

____________________________________________________________________

5

1. INTRODUÇÃO

O gerenciamento dos recursos hídricos da região semi-árida do Brasil é

fundamental para seu uso sustentável. Tal região apresenta escassez tanto em termos de

quantidade quanto de qualidade das águas, ocasionada pelos fatores climáticos, geológicos

e antrópicos, que influenciam na renovação das reservas hídricas e na variação da

qualidade das águas.

Algumas pesquisas vêm procurando observar as conseqüências da ocupação do solo

pelo homem, associando a urbanização à poluição dos corpos hídricos devido aos esgotos

domésticos, parcialmente ou não tratados, aos despejos industriais, além da

impermeabilização de grandes áreas das bacias hidrográficas. Já nas áreas rurais, segundo

Mansor et al. (2005), a poluição é de origem difusa e devida, em grande parte, à drenagem

pluviométrica de solos agrícolas e ao fluxo de retorno da irrigação, sendo associada aos

sedimentos carreados quando há erosão do solo, aos nutrientes nitrogênio e fósforo e aos

defensivos agrícolas. A drenagem das precipitações em áreas de pecuária é associada,

ainda, aos resíduos da criação animal, como nutrientes, matéria orgânica e coliformes.

O açude em questão é o Tucunduba, conhecido localmente, também como açude

da Serrota, com barragem localizada no município de Senador Sá. Foi construído pelo

Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, com o objetivo de

abastecimento humano de distritos dos municípios de Marco e Senador Sá.

O Relatório de Impactos Ambientais do Açude Tucunduba foi elaborado com

base nas informações levantadas pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos -

Cogerh, através da Gerência Regional da Bacia do Acaraú/Coreaú e da Gerência de

Desenvolvimento Operacional – GEDOP, com o objetivo de investigar as atuais condições

do reservatório, verificando as possíveis relações com os seus usos, sua estrutura física e

seus processos hidrológicos.

O presente documento extraiu informações colhidas na bacia hidrográfica, de

acordo com formulário de campo, na base de dados da Cogerh e complementadas com

diagnósticos realizados pela equipe técnica da Cogerh – Sobral. Foram colhidas e

sistematizadas informações socioeconômicas, de uso e ocupação do solo na bacia

hidrográfica e no entorno do reservatório, fontes de poluição pontuais e difusas, enfim

informações variadas acerca de fatores que podem influenciar na qualidade das águas.

____________________________________________________________________

6

2. CARACTERIZAÇÃO DO RESERVATÓRIO

2.1 Caracterização Fisiográfica

A região pesquisada compreende a bacia hidrográfica do açude Tucunduba,

distante 290 km de Fortaleza, a oeste, com 295,0 km2 de área drenada, abrangendo parte

dos municípios de Senador Sá, Marco, Morrinhos e Santana do Acaraú, com uma

população total de 35.614 pessoas, conforme o Censo Demográfico de 2000 – Desenhos 1

e 2.

O referido açude barra o riacho Tucunduba e é composto por uma barragem de

terra homogênea, localizada nas coordenadas geográficas 338.937 E e 9.648.337 N. Possui

área de espelho d’água de 1.077,00 hectares e capacidade de armazenamento de 41

milhões de metros cúbicos (CEARÁ, 2007).

2.2 Características Ambientais

A bacia hidrográfica do açude Tucunduba está inserida na micro-região de Sobral,

apresentando baixos a médios índices pluviométricos, cerca de 1.000 mm/ano,

concentrados de janeiro a abril. A temperatura varia de 26 a 28 ºC, com clima classificado

como tropical quente semiárido e a região possui alto poder de evaporação, que provoca

um regime de escoamento superficial de alta variabilidade, com cursos d’água

intermitentes, apresentando vazões nulas por longos períodos.

A bacia apresenta características predominantes do semiárido nordestino, com

cobertura vegetal do tipo caatinga arbustiva densa e solos classificados como podzólico

eutrófico vermelho-amarelo e planossolo solódico (IPECE, 2007).

Com relação ao uso e ocupação do solo, ao longo da bacia hidrográfica existe a

prática de agricultura comercial e as áreas nas proximidades da bacia hidráulica são

utilizadas para culturas de subsistência como feijão e milho.

Legenda: Observações:

Mapa de Localização do Açude Tucunduba

COGERH, IPECE e IBEGE

Projeção Universal Transversade MERCATOR (UTM)

Datum Horizonte: SAD-69Origem: Equador e Meridiano Central de 39°WGR

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁSECRETÁRIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH

INVENTÁRIO AMBIENTAL DOS AÇUDES -IVAJulho de 2009Altimetria

DrenagemBacia Hidráulica

Estradas pavimentadas

#

Limite Municipal

Estradas Vicinais

Bacia Hidrográfica

Sede Municipal

â Postos Pluviométricos

N° do desenho:

Data:

01

#

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SÃO VICENTE

Rch. Auiá

Rch. Banguê

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Rch. dos Tanquinhos

Rch. Gros

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60

80

60 100

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200180

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500000

500000

9550

000 9550000

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Senador Sá

Santana do Acaraú

Marco

Morrinhos

500000

500000

9500

000 9500000

N

N

CONTEXTO LOCAL

CONTEXTO ESTADUAL

Quantidade de habitantes na bacia hidrográfica

Fonte: Censo Demográfico de 2000 (IBGE).* O percentual utilizado é em relação a área do município que está dentro da bacia hidrográficado açude Tucunduba.

Fonte:

Título:

Escala:3000 0 3000 6000 Km

1:130000000

Aç. Tucunduba

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

INVENTÁRIO AMBIENTAL DOS AÇUDES -IVA

N° do desenho:

Data:

Projeção Universal Transversade MERCATOR (UTM)

Datum Horizonte: SAD-69Origem: Equador e Meridiano Central de 39°WGR

Observações:

Altimetria

Drenagem

Bacia Hidráulica Estradas Pavimentadas

Bacia Hidrográfica

Sede Municipal

Limite Municipal

Estradas Vicinais

â Postos Pluviométricos#

02

Bacia Hidrográfica do Açude Tucunduba

COGERH e IPECE

SECRETÁRIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH

Julho de 2009Título:

Fonte:

#

â

â

â

â

SÃO VICENTE

Rch. Auiá

Rch. Banguê

Rch. Pacheco

Rch. d

o Carã

o

Rch. dos Jucás

Rch. da Picada

Rch. dos Tanquinhos

Rch. Cajazeira

Rch. Fundo

Rch. Gros

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Rch.

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Panacui

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Tangente

Senador SaSenador Sá

240

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490000

490000

500000

500000

510000

510000

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520000

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9570

000 9570000

9580

000 9580000

9590

000 9590000

N

Legenda:

Aç. Tucunduba

1:110000000Escala:2000 0 2000 4000 Km

____________________________________________________________________

9

2.3 Material Utilizado

O documento cartográfico utilizado foi a carta planialtimétrica da Sudene/DSG de

Bela Cruz, em formato digital, na escala de 1:100.000. Foram utilizados, também, os

mapas temáticos do Estado do Ceará, em formato digital, da Companhia de Pesquisa de

Recursos Minerais - CPRM (2001) e da base digital da Cogerh (shapfile) composta pelas

bacias hidráulicas e hidrográficas dos açudes monitorados, e de toda a rede de drenagem

do Estado do Ceará. A imagem utilizada foi a do satélite CBERS 2, bandas 2, 3 e 4.

2.4 Trabalhos Realizados

A construção do açude Tucunduba foi iniciada em 1913, mas só foi concluído em

1919. A COGERH iniciou o monitoramento quantitativo e qualitativo das suas águas em

setembro de 1998. Para elaboração deste trabalho foi utilizado o banco de dados do

reservatório e realizadas viagens de campo, de 26 a 27/03/2009, para coleta de amostras

em um ponto representativo da bacia hidráulica e aplicação de um formulário de campo,

concebido com o objetivo de subsidiar a elaboração de Inventários Ambientais de Açudes,

com localização e o devido registro fotográfico das fontes poluidoras.

3. INDICADORES SOCIOECONÔMICOS

De acordo com dados do IBGE (2007), a agricultura praticada dos municípios

onde está inserida a bacia hidrográfica do açude Tucunduba é baseada, principalmente, na

cultura de castanha de caju, caju, coco, manga, banana e fruta do conde, além das

tradicionais culturas de subsistências de arroz, feijão e milho. A maioria dos agricultores

da região é formada por pequenos e médios produtores rurais os quais exploram suas

atividades em reduzidas faixas de áreas agrícolas. Já na pecuária, destacam-se as criações,

na seguinte ordem: aves, gado bovino, suínos, ovinos e caprinos (Desenho 3).

No tocante ao saneamento básico, constatou-se que há poluição causada pelo

lançamento de esgotos domésticos nos rios e riachos da região. No entorno do reservatório

e nas localidades de montante há inúmeras residências com fossa rudimentar. Os distritos

com influência direta para a qualidade da água do açude são Serrota, em Senador Sá e

Panacuí, em Marco.

O distrito de Serrota possui uma população total de 2.098 pessoas, sendo 564

pessoas na sua sede, localizada na margem direita do açude. Na sede de tal distrito há rede

de esgoto, com o tratamento feito através de lagoa de estabilização e a água para o

____________________________________________________________________

10

abastecimento é filtrada e distribuída e pelo SAAE. O lixo é recolhido uma vez por

semana e é disposto em lixão sem influência para o reservatório.

Já na sede de Panacuí, com população de, aproximadamente, 1.500 pessoas, existe

uma rede de esgoto inacabada, com 280 ligações ativas conectadas a uma seqüência de 4

(quatro) lagoas de estabilização, sendo que duas estão em funcionamento desde 1993. O

Sistema Integrado de Abastecimento Rural - SISAR/Cagece fornece água para

abastecimento com os tratamentos de filtragem e cloração. A coleta de lixo não possui

uma rotina, por isso é comum avistar lixo a céu aberto.

O Quadro 1 mostra alguns indicadores socioeconômicos da bacia hidrográfica do

açude Tucunduba.

Quadro 1 - Alguns indicadores socioeconômicos da bacia hidrográfica do açude

Tucunduba.

Educação Saúde Índices de desenvolvimento

Municípios Salas

de aula

Matrícula inicial

Alunos/ sala de

aula

Médicos/ 1.000 hab

Leitos/ 1.000 hab

Taxa mortalidade

infantil/ 1.000 nasc.

vivos

IDM1 IDH2 IDS-R3

Senador Sá

79 2.761 34,95 3,40 0,34 7,69 20,12 0,600 0,3795

Marco 224 10.455 46,67 1,28 1,63 27,29 29,33 0,616 0,4130

Morrinhos 155 155 60,95 0,29 0,98 27,61 21,30 0,608 0,4131

Santana do Acaraú

355 11.060 49,16 3,38 1,38 20,20 0,38 0,619 18,46

Fonte: Adaptada de IPECE, 2004a, 2004b, 2004c e 2004d. 1 Índice de Desenvolvimento Municipal – 2004 2 Índice de Desenvolvimento Humano – 2000 3 Índice de Desenvolvimento Social de Resultado – 2005.

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁSECRETÁRIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH

INVENTÁRIO AMBIENTAL DOS AÇUDES -IVA

Sistema SIDRA- IBGE

Título:

Fonte: N° do desenho:

Data:

Observações:Legenda:

Dados levantados através do sistema SIDRA - IBGE

(http://www.sidra.ibge.gov.br

Documentos Pesquisados:-Censo Demográfico de 2000-Produção Pecuária Municipal de 2005-Produção Agrícola Municipal de 2005 Julho de 2009

04

Indicadores Sócio-econômicos

flavio
Text Box
03

____________________________________________________________________

12

4. USOS E FONTES DE POLUIÇÃO NO ENTORNO E NA BACIA

HIDROGRÁFICA

Nas visitas de campo, o volume armazenado era de 49.423.964 m3, estando o

reservatório sangrando com uma lâmina de 0,80 m.

Com relação aos principais usos na bacia hidráulica do açude Tucunduba, no seu

entorno foram localizadas inúmeras residências com fossa rudimentar, pontos de lavagem

de roupas e lavagem de carros.

No distrito de Panacuí foi observada a intensa criação de bovinos nas margens do

açude. O cemitério do distrito é localizado bem próximo ao açude, exercendo influência

direta sobre o mesmo. Parte da sua rede de esgoto está inacabada e os efluentes escoam a

céu aberto até as lagoas de estabilização que, por sua vez, deságuam no açude. O distrito

possui duas localidades bem próximas da bacia hidráulica: Juvenal e Feijão Bravo. Em

Juvenal, observou-se de que o gado é criado nas margens e se alimenta de plantas

aquáticas. Os moradores relataram que são jogados animais mortos em um córrego

afluente do riacho Tucunduba, bem próximo ao açude. Outra prática comum é a de colocar

os suínos nas margens para se alimentarem de camarões. Já em Feijão Bravo, que possui

uma população aproximada de 400 habitantes, verificou-se que há muita ocupação da área

de preservação permanente (APP). Os diversos animais, como gado bovino, ovinos,

caprinos e aves são criados soltos e bebendo água diretamente no açude.

Na bacia hidrográfica, a montante do açude, além dos usos já relatados, foram

identificados os seguintes usos: 1) Presença de muitas residências na APP, tendo as

mesmas fossa rudimentares. Possível contribuição para a bacia hidráulica; 2) Existência de

balneário em Serrota, com muita intensa freqüência nos finais de semana e cuja estrutura

física se encontra dentro do açude e ainda outro em Juremal, cujas mesas e cadeiras são

dispostas nas margens do açude; 3) Extensas áreas de cultivo de feijão e milho, inclusive

na APP.

Com relação às doenças de veiculação hídrica, as registradas mais freqüentemente

são as gastroenterites, as verminoses e as doenças de pele, que ocorrem durante todo o

ano, com intensificação no período chuvoso.

Data:

N° do desenho:

Drenagem

Bacia Hidráulica

# Sede Municipal e DistritalLimite Municipal

Bacia Hidrográfica

Julho de 2009

INVENTÁRIO AMBIENTAL DOS AÇUDES - IVASECRETÁRIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

Projeção Universal Transversade MERCATOR (UTM)

Datum Horizonte: SAD-69Origem: Equador e Meridiano Central de 39°WGR

COGERH e CPRM 03

Aspectos Ambientais e Uso do Solo na Bacia Hidrográfica do Açude Tucunduba

Observações:Legenda:

SOLOS USO DO SOLO488000

488000

496000

496000

504000

504000

512000

512000

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000 9576000

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000 9584000

Fonte:

Título:

Marco

Senador Sá

Morrinhos

Santana do Acaraú

N

Escala:2000 0 2000 4000 Km

1:160000000

Marco

Senador Sá

Morrinhos

Santana do Acaraú

2000 0 2000 4000 KmEscala:1:160000000

N

flavio
Text Box
04

Descrição:Observações: GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

INVENTÁRIO AMBIENTAL DOS AÇUDES -IVA

N° do desenho:

Data:Julho de 2009

Registro Fotográfico da Bacia Hidraúlica e Hidrográfica

na viagem de campo do dia(27/03/2009)

RESENHA FOTOGRÁFICA

2. MACRÓFITAS AQUÁTICAS E OUTROS IMPACTOS NA BACIA HIDROGRÁFICA

4. PONTOS DE POLUIÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA

F 14 : F 21- Buracos escavados no solo paracaptação e tratamento de esgoto "Lagoa deEstabilização" do município de Panacuí.F 22 : F24 - Águas residuárias do município dePanacuí, percorrendo em valas abertas.F 25 - Caixa de captação de efluentes semproteção, ocasionando a proferação de mosquitos.F 26 : F 27 - Cemitério do município de Panacuí.

Título:

Fonte:06

SECRETÁRIA DOS RECURSOS HÍDRICOS - SRH

Dados do Banco da COGERH e Levantamentos de Campo

Painel Fotográfico dos Pontos de Poluição do Açude Tucunduba

Açude Tucunduba

Lixo

ResidênciaPlantaçãode milho

AçudeTucunduba

F 09

Efluente da logoa de estabilização

AçudeTucunduba

Tubulação para saída do efluente Cemitério

F 01 F 03 F 05F 04 F 06

F 08 F 11 F 12

Detalhe d`água

1. CONSTRUÇÕES IRREGULARES DENTRO DA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP

Bomba de captação

Macrófitas

F 14F 13

F 15 F 16 F 17 F 18 F 19 F 20 F 21

F 22 F 23 F 24 F 25 F 26 F 27 F 28

3. LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO

F 01 - Vista do sangradouro do açude Tucundubae do muro de uma residência construidoirregularmente na margem esquerda.F 02 : F 07 - Visualização de residênciasconstruídas irregularmente dentro da APP.F 08 : F 14 - Proliferação de macrófitas aquáticasem diferentes localizações na bacia hidráulicado reservatório.

F 02 F 07

F 10

Cavalos

Balneário

Detalhe da caixa decaptação de efluentes

flavio
Text Box
05

____________________________________________________________________

15

5. COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO

A qualidade das águas de um reservatório pode sofrer alterações expressivas, de

acordo com as condições de ocupação da bacia, alem dos fatores naturais bióticos e

abióticos. O conhecimento do volume médio mensal permite conhecer a evolução sazonal

da disponibilidade hídrica de um reservatório, constituindo-se como uma ferramenta na

gestão de recursos hídricos (Rebouças, 1997). Portanto, o conhecimento do

comportamento hidrológico de um corpo hídrico é de extrema importância para subsidiar a

tomada de decisões na sua gestão, uma vez que permitirá conhecer a disponibilidade deste

recurso.

Nos últimos 10 anos o açude Tucunduba sangrou em todas as estações chuvosas,

tendo o início do aporte acontecendo até meados de fevereiro e as sangrias iniciadas entre

a segunda quinzena de março e a primeira quinzena de abril.

O seu tempo de residência médio é aproximadamente 10 meses e a profundidade

média é de 9 metros. O açude permanece com uma média de 50% da sua capacidade no

período seco.

O estudo do comportamento hidrológico do açude Tucunduba foi elaborado

considerando-se as chuvas anuais incidentes na sua bacia hidrográfica e os níveis de água

diários constantes no banco de dados da COGERH. O Desenho 6 apresenta uma síntese

das informações relevantes relativas ao açude, tais como a evolução do volume

armazenado e o seu tempo de residência.

6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

TÍTULO: DATA:

FONTE: OBSERVAÇÃO: No. DESENHO:

2000ANO 1986 1990

OUTUBRO/2009Comportamento Hidrológico

SangriaV. Morto

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁSECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS

AÇUDE TUCUNDUBACOMPANHIA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

0250500750

1.0001.2501.5001.7502.0002.2502.500

1974

1975

1976

1977

1978

1979

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1994

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1996

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1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Chu

va (m

m)

070

140210280350420490560630700

1/1/

99

1/7/

99

1/1/

00

1/7/

00

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1/7/

09

1/1/

10

Tem

po d

e R

esid

ênci

a (d

ias)

2,002,302,602,903,203,503,804,104,404,705,00

Prof

undi

dade

Méd

ia (m

)

T. Resid.Prof. (m)

105,0105,6106,2106,8107,4108,0108,6109,2109,8110,4111,0

01/0

1/86

01/0

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1/10

Cot

a (m

)

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%

Volu

me

Arm

azen

ado

CotaVol. Armaz.

Muito Seco (MS)

Muito Chuvoso (MC)

Chuvoso (C)

Normal (N)Seco (S)

flavio
Text Box
06

____________________________________________________________________

17

6. QUALIDADE DA ÁGUA

Foi realizada a consolidação dos dados do monitoramento qualitativo, através de

consulta ao banco de dados da COGERH. O banco de dados é composto de resultados

obtidos em laboratório e por utilização de sondas num período de dez anos de coletas

(15/04/1999 a 17/03/2009). Tais coletas foram realizadas pela COGERH em um ponto

considerado como representativo na bacia hidráulica – Figura 1.

As coletas deverão ser realizadas com a freqüência trimestral, com a devida

inspeção na bacia hidráulica. A partir desses dados deverá ser elaborado o Inventário

Ambiental do açude Tucunduba, com o objetivo de sistematizar e confrontar todas as

informações que, de alguma forma, estejam relacionadas com a deterioração da qualidade

da água do reservatório, dando ênfase ao processo de eutrofização. Assim deverá

possibilitar a identificação do estado atual da qualidade da água, a adequação desta aos

diversos tipos de usos; a quantificação das condições reinantes e condicionantes desta

qualidade e definição de ações mitigadoras para a contenção dos impactos ambientais

negativos existentes

Figura 1 – Localização do ponto monitorado pela COGERH no açude Tucunduba.

N

77

4732

62184807654322522151298777777777

TÍTULO: DATA:

FONTE: PERÍODO: No. DESENHO:-

Parâmetro6-9

0-100

Cl. 2 Cl. 3Unidade Mínimo Média Mediana Potab.pH Lab. 7,5 7,924 7,89 8,75 10,8

Máximo CV(%)

Turbidez Lab. NTU 3,5 8,529 8 17,5 12,0 0-5Nitrog. Total mg/LFósforo Total mg/L P 0 0,019 0,006 0,064 20,0 0-0,03OD Lab. mg/L O2 4,98 5,85 5,51 7,38 10,9 5-15Colif. Termotolerantes NMP/100ml 4 35,333 9 93 18,7 0-250 0-0DBO mg/L O2 5,95 5,95 5,95 5,95 14,1 0-5Sólidos Totais mg/LSól. Dissolv. Totais mg/l 136 311,5 310,5 476 11,8 0-10000-500 0-500Cloretos Lab. mg/L Cl 21,6 75,333 69 198,2 11,6 0-2500-250 0-250Temperatura Água ºC 27,1 28,83 28,41 46,2 10,1C. Elét. Sonda mS/cm 0,078 0,208 0,212 0,417 10,3OD Sonda mg/L O2 0,7 7,866 7,79 9,83 10,2 5-15 4-15Clorofila a Sonda µg/L 1 2,619 1,8 17,6 14,0pH Sonda 3,93 7,743 7,54 9,17 10,2 6-9 6-9Salinidade %o 0 0,002 0 0,01 25,5Turbidez Sonda NTU 0 4,091 2 30 18,4 0-50-100 0-100Cloretos Sonda mg/L Cl 0 0,109 0,08 0,34 14,9 0-2500-250 0-250C. Elét. Lab. mS/cm 0,11 0,197 0,185 0,404 11,2Contagem dos Demais Grupos Célula/mL 30,5 873,34 182,4 5025,5 21,2Contagem de Cianobacterias Célula/mL 1800 13518 6761,45 38323,2 14,9 0-50000 0-50000Alc. Hidróx. mg/L CaCO3 0 0 0 0 0,0Potássio mg/L K 0,84 3,03 2,1 6,59 12,6Sódio mg/L Na 20,7 36,093 34,08 48,7 11,1 0-200Alc. Carb. mg/L CaCO3 0 0 0 0 0,0Nitrogênio Amoniacal Lab. mg N-NH3/L 0 0,014 0 0,08 23,6 0-1,5- -Magnésio mg/L Mg 3,7 10,771 6,1 33,1 14,5Dureza Total mg/L CaCO3 22,5 59,214 36 157,4 13,5 0-500Ferro mg/L Fe 0,24 0,526 0,55 0,87 12,0 0-0,30-0,3 0-5Sulfatos mg/L 0 0,79 0 5,36 27,7

COMPANHIA DE GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

0-250

AÇUDE TUCUNDUBA

0-250 0-250

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁSECRETARIA DOS RECURSOS HÍDRICOS

15/09/98 20/03/09

OUTUBRO/2009Síntese das análises realizadas

6-90-100

0-0,054-15

0-25000-10

Banco de dados da COGERH

flavio
Text Box
07

____________________________________________________________________

19

7. CONCLUSÕES

Na análise dos dados constantes no banco de dados do açude Tucunduba,

verificou-se que há uma forte tendência de degradação da qualidade de suas águas. Tal

fato pode ser atribuído à grande contribuição de agentes poluidores no seu entorno. As

fontes difusas são resultantes das atividades agrícolas e das criações de gado bovino,

inclusive na área de preservação permanente, e as fontes pontuais, provenientes dos

esgotos lançados a céu aberto e escoando para a sua bacia hidráulica.

Assim como a maioria dos açudes localizados no semiárido, o açude Tucunduba

tem problemas indicativos do inicio do processo de eutrofização, que, normalmente, se

agrava nos períodos em que o nível do reservatório baixa.

8. RECOMENDAÇÕES E MEDIDAS MITIGADORAS

O açude Tucunduba tem como uso preponderante o abastecimento humano, no

entanto, encontra-se em processo de eutrofização, o que torna urgente a definição de uma

série de ações para melhoria de suas águas. As ações, de médio e longo prazo, incluem:

• Criação de condições sanitárias adequadas, tanto nas sedes distritais quanto nas

comunidades. O ideal para a população rural, principalmente nas residências

mais próximas ao reservatório, seria a implementação de fossas sépticas

biodigestoras;

• Adoção de práticas agrícolas orgânicas e de conservação do solo compatíveis

com o relevo, com o plantio em curva de nível, adubação verde e plantio

direto, respeitando devidamente a área de preservação permanente do

reservatório;

• Exploração de pecuária fora da APP e da área de entorno, além de construção

de cochos para dessedentação animal, evitando assim que os animais tenham

acesso ao reservatório;

• Adoção de programa para coleta seletiva de lixo e escolha de locais mais

adequados para disposição de lixo orgânico;

• Implementação de programas de educação ambiental nas escolas e junto às

comunidades, com o objetivo de conscientização quanto aos cuidados de

preservação do manancial;

• Por fim, para a certificação das medidas adotadas e para uma gestão efetiva do

reservatório em questão, é recomendada a realização de adequações no seu

____________________________________________________________________

20

programa de monitoramento qualitativo/quantitativo e a fiscalização dos usos

do solo e da água, para tanto são imprescindíveis as ações das instituições:

Prefeituras Municipais de Senador Sá e Marco, Superintendência de Meio

Ambiente – SEMACE, Companhia de Água e Esgoto – CAGECE, Secretaria

de Recursos Hídricos – SRH/COGERH e sociedade civil organizada,

juntamente com o Comitê da Bacia do Salgado.

9. BIBLIOGRAFIA

AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. A qualidade da água na agricultura. Trad. GHEYI, H.

R.; MEDEIROS, J. F., DAMASCENO, F. A. V. Campina Grande: UFPB, 1991, 218 p.

(estudos da FAO: Irrigação e Drenagem, 29 revisado 1).

CEARÁ. Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH). Plano Estadual dos

Recursos Hídricos. Fortaleza, 1995. CD-Rom.

CEARÁ. Secretaria de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH). Atlas Eletrônico dos

Recursos Hídricos e Meteorológicos do Ceará. Disponível em:

http://atlas.srh.ce.gov.br/obras/index.asp. Acesso: 14 abr. 2008.

CPRM - Serviço Geológico do Brasil. Atlas dos Recursos Hídricos Subterrâneos do

Ceará. Fortaleza: Programa de Recenseamento de Fontes de Abastecimento por água

subterrânea no estado do Ceará, 2001. CD-ROM.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 2000. Censo Demográfico 2000.

IBGE: Rio de Janeiro, 2000. Disponível em:

http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=1437. Acesso : 14 abr. 2009.

IPECE. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Perfil Básico Municipal:

Senador Sá. Fortaleza, 2007a. Disponível em:

http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/PBM_2007/senadorsa.pdf. Acesso:

14 abr. 2009.

IPECE. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Perfil Básico Municipal:

Marco. Fortaleza, 2007b. Disponível em:

http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/PBM_2007/marco.pdf. Acesso: 14

abr. 2009.

____________________________________________________________________

21

IPECE. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Perfil Básico Municipal:

Morrinhos. Fortaleza, 2007c. Disponível em:

http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/PBM_2007/morrinhos.pdf. Acesso:

14 abr. 2009.

IPECE. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. Perfil Básico Municipal:

Santana do Acaraú. Fortaleza, 2007d. Disponível em:

http://www.ipece.ce.gov.br/publicacoes/perfil_basico/PBM_2007/santanadoacarau.pdf.

Acesso: 14 abr. 2009.

KÖPPEN, W. Climatologia: con un estudio de los climas de la tierra. México: Fondo de

Cultura Econômica, 1918. 478p.

MANSOR, M. T. C.; TEIXEIRA FILHO, J.; ROSTON, D. M. Avaliação preliminar das

cargas difusas de origem rural, em uma sub-bacia do Rio Jaguari, SP. Revista Brasileira

de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande, v.10, n.3, p.715–723, 2006.

REBOUÇAS, A. da C. Água na Região Nordeste: desperdício e escassez. Estudos

Avançados 11(29), 1997 B.

____________________________________________________________________

22

APÊNDICE

____________________________________________________________________

23

Governo do Estado do Ceará

Secretaria dos Recursos Hídricos

Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos

Data: 26/03/2009

INVENTÁRIO AMBIENTAL DOS AÇUDES - IVA

(FICHA DE CAMPO)

1 - IDENTIFICAÇÃO

1.1 - RESERVATÓRIO

Nome: Açude Tucunduba

Bacia Hidrográfica: Coreaú

Ano de construção: 1919

Coordenada: Latitude [ 9.648.337 ]

Longitude [ 338.937 ]

Município: Senador Sá Localidade/Distrito: Serrota

1.2 – TÉCNICO COGERH

Técnico Responsável: Deborah Barros, Lílian Rodolfo e Marciana França

1.3 - SOLICITANTE

Técnico: Órgão:

Telefone: ( ) FAX: E-mail:

Problema Alegado:

1.4 - INSTITUIÇÕES VISITADAS

INSTITUIÇÃO /

LOCALIDADE*

TÉCNICO

CONTACTADO

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

(Cargo / Fone / E-mail / Endereço)

Secretaria de Saúde/ Serrota/ Senador Sá

Rubens Agente de Saúde/ Pres. Associação Comunitária de Santa Ana

Associação Comunitária/ Juremal/ Marco

Lucimar Pres. Associação Comunitária

Sistema de abastecimento/ Juremal/ Marco

Antonio Osvaldo Operador sistema de abastecimento

Associação Comunitária/ Feijão Bravo/ Marco

Júnior Membro Associação Comunitária

Associação Comunitária/ Panacuí/ Marco

José Alcino Pres. Associação Comunitária

* - recomenda-se que previamente à visita de campo sejam relacionados no quadro (plano de viagem), do anexo, os locais e instituições a serem visitadas.

____________________________________________________________________

24

2 - USOS

2.1 - USOS DA ÁGUA

LOCALIZAÇÃO FORMAS DE USOS ENTORNO JUSANTE

Dessendentação Animal ( x ) ( )

Usos Domésticos Locais ( x ) ( )

Recreação de Contato Primário* ( x ) ( )

Recreação de Contato Secundário** ( ) ( )

Usos Públicos (Empresas Concessionárias) ( x ) ( )

Irrigação ( x ) ( )

Pesca Artesanal ( x ) ( )

Piscicultura Intensiva (criação em gaiolas)*** ( ) ( )

Piscicultura Intensiva (criação em viveiros) *** ( ) ( )

Indústria ( ) ( )

*- natação e esqui aquático; ** - pesca e navegação; *** - emprego de ração, aeração, etc.

2.2 - CONSUMO HUMANO

Pop. Atendida* Tratam. Convencional** LocalizaçãoLocalidade

(Município ⁄ Distrito)

Empresa

Concession. Atual Potenc. Floc. Dec. Fil. Des. N S

Mont. Ent.No

Senador Sá/ Serrota SAAE 1.100 x x ( ) (x )

Marco/Panacuí/Feijão Bravo SISAR 265 x ( ) (x )

Marco/Panacuí/Juremal SISAR 400 x ( ) (x )

Marco/Panacuí SISAR 280 x ( ) (x )

( ) ( )

( ) ( )

* - diz respeito à população atendida pelas ligações existentes; ** - Floc.: floculação; Dec.: decantação; Fil.: filtração; Des.: desinfecção; N: não convencional; S: sem tratamento.

3 - FATORES CONDICIONANTES DA QUALIDADE DA ÁGUA

FONTES DE POLUIÇÃO EXISTENTES

LOCALIZAÇÃO

FONTES DE POLUIÇÃO MONTANTE ENTORNO

No

Esgoto Doméstico ( x ) ( x )

Esgoto Hospitalar ( ) ( )

Esgoto Industrial ( ) ( )

Lavagem de Roupa ( ) ( x )

Lavagem de Carro ( ) ( x )

Balneário ( ) ( x )

Banho ( ) ( x )

Uso de Agrotóxicos (defensivos) ( ) ( )

____________________________________________________________________

25

Uso de Fertilizantes (adubos) ( ) ( )

Aterro Sanitário ( ) ( )

Lixão ( ) ( x )

Matadouro ( ) ( )

Cemitério ( ) ( x )

Confinamento de Animais (currais) ( ) ( x )

Animais Soltos ( ) ( x )

Efluentes ETA ( ) ( )

Efluentes ETE ( ) ( x )

Indústria Alimentícia ( ) ( )

Indústria Couro e Curtume ( ) ( )

Indústria Têxtil ( ) ( )

Olarias ( ) ( )

Outros (descrever): ( ) ( )

Obs: Montante = excluindo a bacia hidráulica e entorno; Entorno = diretamente ou nas adjacências da bacia hidráulica.

3.1 - FONTES DE POLUIÇÃO PONTUAL

3.1.1 – PISCICULTURA INTENSIVA

Ração Utilizada

Área Ocupada

(ha)*

Produção de Peixe (kg/ano)* Quant.

(kg/ano)* Marca

Concentração de Fósforo na Ração

(%)

Conversão

Alimentar**

No

Espécies: Tilápia, camarão,

(x ) Pesca Artesanal - No de pescadores cadastrados: [não existe cadastro]

* - Se a unidade não for (ha) ou (kg) indicar a unidade; ** - quantidade de ração para produzir 1 kg de peixe. 3.1.2 - PRODUÇÃO DE ÁGUAS SERVIDAS

Tipo

Tratamento*

População

Atendida**Localização

N

Localidade

(Municipio ⁄ Distrito)

Empresa

Concess. F DS TL CO

FS RU CAAtual Potencial Mont. Ent.

No

Senador Sá/ Serrota ( ) (x )

Marco/Panacuí/Feijão Bravo

( ) (x )

Marco/Panacuí/Juremal ( ) (x )

Marco/Panacuí ( ) (x )

( ) ( )

*- F: Filtro; DS: Decantação Simples; TL: Tratamento do Lodo; CO: Completo; N: Nenhuma (FS: fossa séptica, RU: fossa rudimentar e CA: céu aberto). ** - Diz respeito às ligações existentes.

____________________________________________________________________

26

3.1.3 - RESÍDUOS SÓLIDOS

Destino Final Localização

Localidade

(Município ⁄ Distrito)

No pessoas

atendidas pela coleta

Aterro Sanitário

Sem Local Definido Lixão Enterrado Queimado Mont. Ent.

No

Senador Sá/ Serrota ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Marco/Panacuí/Feijão Bravo ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Marco/Panacuí/Juremal ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Marco/Panacuí ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

3.1.4 – OUTRAS FONTES NA BACIA HIDRÁULICA

Lavagem Freqüência Semanal

(Quantidade de Pessoas)Localização*

Balneário/

Proprietário Roupa Carro Durante a semana

Final de semana

ME MD No

Ilha da Fantasia - Panacuí ( x ) ( x ) ( ) ( )

Sem identificação ( x ) ( x ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

( ) ( ) ( ) ( )

* - ME: margem esquerda e MD: margem direita.

3.2 - FONTES DE POLUIÇÃO DIFUSA

3.2.1 - AGRICULTURA

Adubação** Defensivos** Irrigação*** Localização Distrib. Intensidade Distrib. Intensidade Tipo de sistema Cultura *

Área

Plant. (ha) U D A M B N U D A M B N G MA A S

Mont. Ent.No

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

Culturas:

* - é permitido informar a quantidade global sem discriminação da cultura ou apenas a relação de culturas sem distinguir área ocupada por cada; ** - U: uniforme; D: desuniforme; ** - A: alta; M: média; B: baixa; N: nenhuma. *** - G: gotejamento; MA: microasperção; A: asperção; S: sulcos.

____________________________________________________________________

27

3.2.2 - PECUÁRIA

Rebanho (No de Cabeças) Localização Localidade

(Município ⁄ Distrito) Bovino Suíno Caprino Ovino Galináceos Outros Mont. Ent. No

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

3.2.3 – DEGRADAÇÃO DA VEGETAÇÃO NA BACIA HIDROGRÁFICA

Intensidade* Distribuição** Localização Localidade

(Município ⁄ Distrito) A M B N U D L Mont. Ent. No

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

* - A: alta; M: média; B: baixa; N: nenhuma ** - U: uniforme; D: desuniforme; L: Local.

3.3 - COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO 3.3.1 - INDICADORES DO COMPORTAMENTO HIDROLÓGICO DO AÇUDE a) Sangra com freqüência? ( x ) SIM ( ) NÃO

b) Ano da última sangria? [ 2009 ]

c) Quantas vezes sangrou nos últimos 10 anos? [ ]

d) Durante quantas vezes esteve no volume morto nos últimos 10 anos? [ ]

e) Estado atual do volume armazenado:

Cota atual: m ( ) Cheio ( ) Médio ( ) Vazio

f) Predominância do volume armazenado ao longo dos últimos anos: ( ) Cheio ( ) Médio ( ) Vazio

3.3.2 - IDENTIFICAÇÃO DE AÇUDES A MONTANTE a) Quantidade de açudes a montante? [ ]

b) Existem problemas com eutrofização? ( ) SIM ( ) NÃO

c) Freqüência de ocorrência? ( ) Freqüente ( ) Raramente ( ) Nunca

d) Número de açudes atingidos? [ ] – Localidades:

____________________________________________________________________

28

3.4 - DESMATAMENTO NA BACIA HIDRAULICA

a) Intensidade de remoção da vegetação: ( ) Remoção Total ( x ) Remoção Parcial ( ) Nenhuma

b) Relativo ao nível da água: ( ) Uniforme ( x ) Variável com a cota

4 – CENÁRIO ATUAL

4.1 - MACRÓFITAS AQUÁTICAS

a) Identificação de Macrófitas (Registro Fotográfico) N0 das fotos: 72 - 77 b) Presença ao longo de toda a margem? ( ) SIM ( x ) NÃO c) Que percentual ocupam no espelho d’água? ( 30% ) d) Predominância em que estação? ( x ) Durante estação seca ( ) Tão logo inicia a estação chuvosa e) Espécies de Macrófitas predominantes?

Não classificadas. A maioria do tipo flutuante.

No:

4.2 - QUALIDADE DA ÁGUA

a) Qualidade aparente da água (Registro Fotográfico): No das fotos:

b) Foi coletado amostra de água: ( x ) SIM ( ) NÃO

c) Presença na amostra de: ( x ) Cheiro (x ) Cor ( ) Partículas em Suspensão ( x ) Turbidez Acentuada d) Estes parâmetros variam ao longo do ano? (x ) SIM ( ) NÃO e) Eventos de ‘esverdeamento’ da água: ( x ) Freqüente ( ) Raramente ( ) Nunca Quando: ( ) Durante estação chuvosa ( x ) Durante estação seca f) Transparência: m g) Veloc. Vento: m/s h) Arquivo Perfilagem: No:

4.3 - MORTANDADE DE PEIXES

a) Quando foi a última ocorrência e que espécies morreram?

b) Em que período do ano? c) Freqüência das mortes: ( ) ANUAL ( x ) ESPORADICA d) Após qual evento? ( ) Chuvas isoladas ( ) Ventos fortes ( ) Outros (definir):

No:

4.4 - DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA

a) Tipos: ( ) Cólera ( ) Febre Tifóide ( ) Hepatite Infecciosa A e B ( ) Amebíase ( ) Giardíase ( x ) Gastroenterites ou “infecção estomacal e intestinal” ( x ) Verminoses ( ) Doenças de pele

b) Quando foi a última ocorrência e em que período do ano? Mais freqüentes em períodos chuvosos.

No:

____________________________________________________________________

29

4.5 - TRATAMENTO EXISTENTE DADO À ÁGUA PARA ABASTECIMENTO HUMANO

Descrição do Tratamento* Intensidade** Evolução*** Pior Período

SD S CV AV A M B A D C Estação Chuvosa Estação Seca No

Parâmetros Problemáticos: ( ) Turbidez ( x ) Cor ( x ) Cheiro ( ) pH ( ) Coliformes

Fonte da Informação:

*- SD - simples desinfecção; S - simplificada; CV - convencional; AV - avançada; ** - A - alta; M - média; B - baixa; *** - Nos últimos anos: A - aumentou; D - decresceu; C - permaneceu constante.

ANEXO 1- PLANO DE VIAGEM

Objetivo Localidade

(Município ⁄ Distrito) Instituição Contato

AG PEC TA EG DVH DVGSenador Sá/ Serrota Agente de saúde/

Associação Comunitária Rubens x x x x x

Marco/Panacuí/Feijão Bravo Associçaão Comunitária Júnior x x x x x

Marco/Panacuí/Juremal Operador do sistema de abastecimento

Antonio Osvaldo x x x x x

Marco/Panacuí Associação comunitária José Alcino x x x x x

* - AG: agricultura; PEC: pecuária; EG: esgoto; DVH: doença veiculação hídrica; DVG: degradação da vegetação.

____________________________________________________________________

30

2- OBSERVAÇÕES E INFORMAÇÕES ADICIONAIS No Descrição*

01

02

03

04

05

06

07

* - incluir o número e o relato das observações de campo.

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31

3- DESCRIÇÃO DOS PONTOS Coordenadas Localização No Identificação

Latitude Longitude M E No das Fotos

01 Filtros de tratamento de água Serrota 9647993 338578 ( ) ( x ) 01-02

02 Parede açude ( ) ( ) 03-07

03 Vista geral da bacia hidráulica ( ) ( ) 08-11

04 Captação Juremal/Panacuí/Marco 9648734 339474 ( ) ( ) 12-14

05 Macrófitas 9648937 339695 ( ) ( ) 15-18

06 Lagoa de estabilização de Panacuí 9644043 342788 ( ) ( ) 19-22

07 Cemitério de Panacuí 9643728 342552 ( ) ( ) 23-24

08 Lagoa de estabilização 1 9643610 342424 ( ) ( )

09 Lagoa de estabilização 2 9643441 342862 ( ) ( )

10 Sangria da Lagoa de estabilização 2 para o riacho ( ) ( )

11 Lagoa de estabilização 3 9643893 342601 ( ) ( )

12 Esgoto a céu aberto destinado à vala da lagoa desativada 9643887 342954 ( ) ( )

13 Vala destinada a lagoa desativada 9647853 338832 ( ) ( )

14 Captação SISAR 9647781 338744 ( ) ( )

15 Captação 9646538 341470 ( ) ( )

16 Ilha com animais soltos 9645998 341129 ( ) ( )

17 Cultura de vazante – milho/feijão 9645684 340408 ( ) ( )

18 Macrófitas margem esquerda 9644406 341060 ( ) ( )

19 Residências na APP 9644192 341192 ( ) ( )

20 Lavagem de roupas/ macrófitas 9644027 341446 ( ) ( )

21 Residências e macrófitas 9644076 341921 ( ) ( )

22 Ponto de monitoramento 3 9648036 338995 ( ) ( )

23 Balneário Ilha da Fantasia ( ) ( ) 45-48

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )

( ) ( )