acupuntura em aves

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  • 8/3/2019 Acupuntura Em Aves

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    Paola Penteado de Oliveira

    ACUPUNTURA EM AVES

    Orientador: Prof. Msc. Jean Guilherme Fernandes Joaquim

    Botucatu

    2006

    Monografia apresentada ao Curso de

    Especializao em Acupuntura Veterinria na

    Faculdade de Medicina Veterinria e

    Zootecnia, Universidade Estadual Paulista

    Jlio de Mesquita Filho, Campus deBotucatu, para obteno do ttulo de

    Especialista em Acupuntura Animal

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    Minha Famlia

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    Agradecimento

    Aos professores-mestres por compartilharem sua sabedoria e nos mostrarem uma

    nova viso do que Medicina

    Aos meus pais que possibilitaram a realizao deste aprendizado

    Aos novos amigos conquistados durante o curso

    Roberta e monitores pela colaborao e organizao das aulas tericas,

    prticas e materiais

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    "No fim, tudo d certo. Se no deu porque ainda

    no chegou ao fim.

    Fernando Sabino

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1. Vista lateral dos pontos de acupuntura em aves, segundo McCLUGGAGE(2000)........................................................................................................................ 17

    Figura 2. Superfcie dorsal do esqueleto da asa esquerda, em parte estendido

    lateralmente: A) mero, B) Ulna, C) Rdio, 1) Cabea, 2) Tubrculo dorsal, 3)

    Tubrculo ventral, 4) Forame pneumtico, 5) Articulao do cotovelo, 6) Carpo ulnar,

    7) Carpo radial, 8) Carpometacarpos, II, III e IV) Dedos ou Metacarpos, segundo

    DYCE et al. (1990)..................................................................................................... 17

    Figura 3. Esqueleto de galinha com detalhe dos ossos do p esquerdo em vista

    dorsal: 1) Poro facial do crnio, 2) mandbula, 3) rbita e Anel esclertico do bulbo

    do olho, 4) Crnio, 5) Atlas, 6) xis, 7) Vrtebras cervicais, 8) Articulaes do ombro,

    9) mero, 10) Rdio, 11) Ulna, 12) Mo, 13) Notarium, 14) Vrtebra torcica livre,

    15) Sinsacro, 16) Vrtebras caudais, 17) Pigstilo, 18) lio, 19) squio, 20) Pbis, 21)

    Fmur, 22) Costelas, 23) Escpula, 24) Coracide, 25) Clavculas fusionadas, 26)

    Manbrio do esterno, 27) Esterno, 28) Crista do esterno, 29) Patela, 30) Fbula, 31)

    Tbio tarso, 32) Osso sesamide (cartilagem tibial ossificada), 33) Tarsometatarso,

    34) Dedos (I, II, III e IV), segundo DYCE et al. (1990)............................................... 20

    Figura 4. Vista ventro-lateral direita das emergncias nervosas que formaro o plexo

    braquial da galinha, segundo KING (1986)................................................................ 20

    Figura 5. Plexo lombossacral, pudendo e caudal da galinha, vista ventral. Os

    nmeros se referem aos nervos espinhais dos quais surgem as razes (ramos

    ventrais) dos plexos, segundo KING (1986).............................................................. 23

    Figura 6. Nervos simpticos toracoabdominais da ave, vista ventral esquerda: A)

    Adrenal, C) Ceco, H) Fgado, I) leo, J) Jejuno, K) Rim, P) Pr-ventrculo, R) Reto, S)

    Bao, V) Ventrculo (moela) , segundo KING (1986)................................................. 25

    Figura 7. Vista dorsal dos pontos de acupuntura em aves, segundo McCLUGGAGE

    (2000) ....................................................................................................................... 28

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1. Cinco Elementos, emoes e rgos utilizados para estmulo e controle de

    cada elemento........................................................................................................... 32

    Tabela 2. Categorias diagnstica da Medicina tradicional Chinesa (MTC)............... 32

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    LISTA DE ABREVIATURAS

    B = Meridiano da Bexiga BP = Meridiano do Bao-Pncreas

    C = Meridiano do Corao

    E = Meridiano do Estmago

    F = Meridiano do Fgado

    ID = Meridiano do Intestino Delgado

    IG = Meridiano do Intestino Grosso

    FPE = Fator Patognico Externo

    MTC = Medicina Tradicional Chinesa

    P = Meridiano do Pulmo

    PC = Meridiano do Pericrdio

    R = Meridiano do Rim

    TA = Meridiano do Triplo Aquecedor

    VB = Meridiano da Vescula Biliar

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    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS.................................................................................................... 5

    LISTA DE TABELAS.................................................................................................... 6

    LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................ 7

    SUMRIO.................................................................................................................... 8

    1. INTRODUO......................................................................................................... 9

    2. REVISO DE LITERATURA.................................................................................. 10

    2.1. As Aves na Medicina Tradicional Chinesa...................................................... 10

    2.2. Tcnicas de Acupuntura para Aves................................................................. 10

    2.2.1. Agulha seca.............................................................................................. 112.2.2. Agulha seca sem reteno..................................................................... 11

    2.2.3. Farmacopuntura....................................................................................... 11

    2.2.4. Eletroacupuntura...................................................................................... 12

    2.2.5. Terapia a Laser......................................................................................... 13

    2.2.6. Moxa......................................................................................................... 13

    2.2.7. Implante de Ouro...................................................................................... 14

    2.3. Anatomia das Aves e Acupontos..................................................................... 142.4. Nomenclatura Prpria para Acupontos nas Aves............................................21

    2.4.1. Pontos da MTC para Aves sem Contrapartida nos Mamferos.................21

    2.4.2. Pontos da MTC para Aves com Contrapartida nos Mamferos.................25

    2.4.3. Pontos No Descritos na MTC para Aves com Contrapartida nos

    Mamferos........................................................................................................... 25

    2.4.4. Pontos no Descritos na MTC para Aves sem Contrapartida dos

    Mamferos........................................................................................................... 25

    3. CASOS CLNICOS NAS AVES............................................................................. 28

    3.1. Infeces Bacterianas..................................................................................... 28

    3.2. Conjuntivite...................................................................................................... 29

    3.3. Paralisia Gstrica com Aderncia de Alimentos..............................................29

    3.4. Aderncia de Ovos.......................................................................................... 30

    3.5. Canibalismo e Automutilao (Bicagem das Plumas)..................................... 30

    4. REFERNCIAS..................................................................................................... 34

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    1. INTRODUO

    A acupuntura em aves pouco explorada e documentada, embora sejauma tcnica praticada por mais de 3 mil anos. Ao longo dos sculos, os chineses

    desenvolveram mapas de pontos e meridianos existentes por todo corpo de seres

    humanos e eqinos, mas no para aves. Esse fato se deve preocupao com

    sua sade e com os cavalos, considerados suas ferramentas de guerra. A

    importncia dos bovinos e sunos para a agricultura, fez com que os chineses

    comeassem a realizar acupuntura nessas espcies tambm (PARTINGTON,

    1996).No tratamento de pacientes avirios, a acupuntura pode ter seus

    benefcios, mas na dependncia da espcie envolvida h limitaes,

    principalmente em virtude do estresse da captura e manipulao. Como as aves

    so bastante sensveis, seus aspectos emocionais e mentais devem ser levados

    em considerao na escolha da terapia de eleio (McCLUGGAGE, 2000).

    As aves, geralmente, no se mostram doentes e dificultam que seus

    proprietrios percebam que elas esto enfermas. A demora em se tratar o paciente

    pode piorar o prognstico do caso. A partir da deteco da patologia, importante

    realizar exames convencionais e abordar o paciente pelos aspectos da medicina

    oriental (McCLUGGAGE, 2000).

    Este estudo tem por objetivo levantar informaes e atualizar os

    conhecimentos sobre a acupuntura nos pacientes avirios, seus padres,

    patologias mais comumente tratadas e pontos mais indicados para os tratamentos.

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    2. REVISO DE LITERATURA

    2.1. As Aves na Medicina Tradicional Chinesa

    Para aplicar os princpios da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) no

    tratamento de aves, deve-se considerar a natureza e origem destes animais. Em

    sua relao com o Universo, as aves so predominantemente Yang. Elas so

    vazias ou ocas devido a seus ossos pneumticos, plumas e sacos areos. So

    quentes com temperaturas corpreas prximas a 42 C, e com o metabolismo

    rpido, freqncias cardaca e respiratria mais elevadas quando comparadas s

    de mamferos (McCLUGGAGE, 2000).

    Existe um balano entre o Yin e o Yang em aves sadias, contudo em

    casos de doena h uma tendncia de excesso real ou relativo de Yang.

    Inicialmente ocorre o aumento de Yang com o consumo do Yin e depois se

    estabelece a deficincia de Yang tambm. Geralmente, nessa fase de

    desenvolvimento do processo que o proprietrio nota o problema e procura auxlio.

    Na maioria dos casos, a ave arrepiada e fria apresenta deficincia de Qi, tornando

    o prognstico pior (McCLUGGAGE, 2000).

    Por serem evolutivamente mais novas que os mamferos, considera-se

    que a resposta das aves manipulao do equilbrio de Yin e Yang pela

    acupuntura mais sensvel e positiva, assim como as crianas. Essa caracterstica

    aliada natureza Yang das aves devem ser consideradas na eleio do

    tratamento, bem como sua durao e freqncia. A tonificao de pontos requer

    menos manipulao e menor tempo de permanncia das agulhas, assim como

    para realizar a sedao (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000). Pontos

    potencialmente mais fortes, como o Hegi (IG4) e Shenmen (C7), devem ser

    utilizados com critrio (PARTINGTON, 1996).

    2.2. Tcnicas de Acupuntura para Aves

    A realizao da prtica da acupuntura em aves requer a presena de um

    assistente que durante o exame seja responsvel pela contenso tranqila da ave,

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    permitindo assim a palpao, identificao dos pontos e colocao das agulhas

    (PARTINGTON, 1996).

    2.2.1. Agulha seca

    A tcnica mais comumente utilizada a de agulha seca com seu

    tamanho variando na dependncia da espcie do paciente. Em aves menores, os

    acupontos so bastante superficiais, de 1 a 10 mm de profundidade, tornando o

    peso da agulha um limitante. Agulhas CHINESE HWA TO ou TAI CHI, com 0,25

    mm de dimetro e 15 mm de comprimento, so geralmente adequadas para a

    maioria dos pacientes. Aves muito pequenas como periquitos e passeriformesrequerem o uso de agulhas pequenas para mos ou pontos Ting, com 8 mm de

    comprimento (PARTINGTON, 1996). A sedao e tonificao pela manipulao por

    5 a 10 segundos das agulhas durante a insero possibilita que elas sejam

    removidas da ave (McCLUGGAGE, 2000).

    2.2.2. Agulha seca sem reteno

    O acupunturista durante a insero das agulhas capaz de manipul-las

    aplicando tcnicas de sedao e tonificao sem que precise deixar as agulhas

    nos acupontos. Essa tcnica tem sido empregada com sucesso em aves muito

    pequenas, com menos de 100 gramas (McCLUGGAGE, 2000).

    As agulhas so inseridas nos pontos e manipuladas por 5 a 10

    segundos e ento so retiradas. Esse processo se repete em todos os pontos de

    escolha do clnico (McCLUGGAGE, 2000).

    2.2.3. Farmacopuntura

    Trata-se de um mtodo alternativo ao da agulha seca, no qual

    realizada a injeo de substncias que agiro nos acupontos. freqentemente

    empregada em aves refratrias ao tratamento e de excitao fcil (PARTINGTON,

    1996; McCLUGGAGE, 2000). O lquido injetado exerce presso contnua no

    acuponto, semelhante ao estmulo do Do-In (PARTINGTON, 1996).

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    A cianocabalamina (vitamina B12, 1000g/ml) a substncia mais

    injetada. O volume varia dependendo da ave, bem como a agulha e seringa. Para

    aves pequenas, injeta-se 0,05 a 0,2 ml em cada ponto com seringa e agulha de

    insulina (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000). A toxicidade da vitamina B12

    desconhecida e sabe-se que age como um tnico geral. Aps 24 horas de

    injeo, o excesso da vitamina excretado pelos rins e a urina adquire a colorao

    avermelhada da droga, observada nas fezes dos animais. importante relatar a

    alterao da colorao da urina ao proprietrio para evitar maiores preocupaes

    (McCLUGGAGE, 2000).

    Aves que pesam menos de 50 gramas podem sofrer danos reversveis

    ou permanentes em tecidos, principalmente os tendneos e nervosos. Em casos deleso dos vasos sangneos pode ocorrer um sangramento, fatal para algumas

    aves. Ainda possvel que haja convulso ou piora do quadro inicial em funo de

    resposta muito intensa manipulao (McCLUGGAGE, 2000).

    2.2.4. Eletroacupuntura

    A eletroacupuntura no comumente utilizada em aves e deve-se ter

    muita cautela em sua execuo, pois a corrente eltrica uma das formas mais

    Yang avaliada pela fsica (PARTINGTON, 1996). A aplicao de energia Yang em

    aves, que tambm so de natureza Yang, pode causar grande injria levando

    deficincia de Yin (McCLUGGAGE, 2000).

    Aves maiores podem se beneficiar com o uso da eletroacupuntura em

    aplicaes locais, principalmente em extremidades e articulaes no auxlio de

    recuperao ps-trauma e artrites (McCLUGGAGE, 2000).

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    2.2.5. Terapia a Laser

    A pele fina das aves permite que o laser penetre e estimule eficazmente

    os acupontos pouco profundos. O laser de baixa intensidade ou de luz fria bem

    aplicado para tratamento de aves (McCLUGGAGE, 2000). Devido musculatura

    abdominal ser delgada, mais seguro aplicar a terapia a laser nos pontos do

    meridiano Vaso Concepo ou Ren Mai (VC). A estimulao infravermelha vem

    sendo aplicada com sucesso em vrias patologias como lipoma, ovos aderidos,

    leses por poxvrus e pontos Bafeng (PARTINGTON, 1996, McCLUGGAGE, 2000).

    Um dos problemas encontrado no uso da terapia a laser a estimulao

    de vrios pontos ao mesmo tempo e com funes antagnicas, devido ao tamanho

    muito reduzido de algumas espcies. Um exemplo so os acupontos E36 (Zu San

    Li) e VB34 (Yin Ling Quan), usados para problemas distintos e comumente

    estimulados ao mesmo tempo (McCLUGGAGE, 2000).

    2.2.6. Moxa

    A moxa nas aves, assim como a eletroacupuntura, no de uso

    rotineiro, pois considerado Yang. Na MTC, a moxa aplicada diretamente sobrea pele do paciente, causando uma cicatriz. Para a maioria dos proprietrios a pele,

    penas ou plumas queimadas aps o tratamento resultado indesejado, portanto

    realiza-se a moxa de maneira indireta, aquecendo a agulha (PARTINGTON, 1996;

    McCLUGGAGE, 2000).

    Em aves com deficincia de Yang, provavelmente, ser necessrio

    utilizar mais moxa quando comparado aos mamferos com o mesmo quadro,

    embora a resposta ao estmulo da moxa nas aves seja mais rpida

    (PARTINGTON, 1996). O aquecimento dos canais (JING LUO) e a disperso de

    Umidade e Frio so as principais indicaes para o uso da moxa (PARTINGTON,

    1996; McCLUGGAGE, 2000), como nos casos de artrite para resolver a Fleuma

    (PARTINGTON, 1996). Aves muito doentes, frias e fracas, respondem bem

    aplicao dessa tcnica em pontos apropriados, incluindo o E36 (Zu San Li).

    Parece ter algum efeito nos casos de ovos aderidos quando a moxa empregado

    diretamente ao longo do canal Vaso Concepo. Essa tcnica tambm pode ser

    usada com bons resultados nos processos da Sndrome Bi, Painful Bi e Bony Bi

    (McCLUGGAGE, 2000).

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    2.2.7. Implante de Ouro

    O implante de ouro um processo cirrgico que requer anestesia levepara que o ouro, nas formas de esfera ou pedaos achatados, seja introduzido no

    acuponto (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000). O grau de sucesso da

    tcnica depende da pureza do material implantado, portanto fundamental que

    seja ouro de 24 quilates (PARTINGTON, 1996).

    O tamanho das agulhas e aplicador variam de acordo a espcie aviria

    em questo. Geralmente, so agulhas 20 gauge e agulha de raqui de 1/ 2 polegada

    (McCLUGGAGE, 2000).

    2.3. Anatomia das Aves e Acupontos

    Por sculos, os acupunturistas vm determinando os pontos, suas

    localizaes e usos. A MTC se baseia num complexo sistema de equilbrio entre

    meridianos, na seleo de pontos baseando-se na Teoria dos Cinco Movimentos,

    na utilizao de Pontos Mestre, no equilbrio entre Yin e Yang e nos Oito

    Princpios. Para a obteno de sucesso na prtica da acupuntura, devem-se eleger

    os pontos corretos (McCLUGGAGE, 2000).

    Em humanos a escolha dos pontos e sua localizao so mais fceis

    pela vastido de informaes, entretanto, o mesmo no ocorre no caso das aves

    em que a maioria dos pontos transposta de outras espcies. Presume-se que o

    ponto esteja situado numa regio anatmica especfica do corpo, portanto no se

    pode esperar que a localizao do ponto e seu efeito mximo sejam alcanados

    em sua totalidade (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000).

    Um nmero significante de estruturas anatmicas e termos so nicos

    para as aves. A terminologia e homologia da anatomia das aves e mamferos tem

    sido uma controvrsia por anos. Um exemplo a nomenclatura dos msculos do

    metacarpo e dgitos das asas, regio coxofemoral e membro posterior. O osso

    coracide, que articula com o mero e escpula, nico nas aves e uma

    importante marca anatmica para a localizao de pontos da MTC como P1 (Fei

    Tian) e P2 (Yi Gen) (Figura 1) (PARTINGTON, 1996).

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    As maiores diferenas na anatomia esto nas extremidades. Nas asas

    dobradas, o rdio dorsal grande ulna, contudo na asa estendida o rdio

    cranial ulna. Nas aves, existem apenas dois ossos do carpo, o radial e o ulnar.

    H trs ossos metacrpicos, o alular e os metacarpos maior e menor (Figura 2)

    (DYCE, 1990; PARTINGTON, 1996). A alula ou polegar a referncia anatmica

    para o IG4 (He Gu) (Figura 1). O fmur das aves possui poucas variaes quando

    comparada aos mamferos e o osso tibiotarso o correspondente tbia dos

    mamferos. Os ossos metatrsicos II, III e IV so fusionados assim como os ossos

    do tarso para formar um nico osso tarsometatarso ou osso da canela (Figura 3).

    Nenhuma ave possui mais que quatro dedos (DYCE, 1990; PARTINGTON, 1996).

    O nmero de vrtebras em cada segmento vertebral constante paracada espcie aviria, mas pode variar entre as espcies. Diferenciar o limite exato

    entre as vrtebras cervicais e torcicas, ou lombar e sacral difcil. Alm disso,

    existe uma estrutura nomeada de sinsacro (Figura 7) resultante da fuso das

    ltimas vrtebras torcicas com as lombares, sacrais e uma ou duas vrtebras da

    cauda, que diminui o acesso s ramificaes dorsais dos nervos paravertebrais

    (PARTINGTON, 1996).

    O mtodo mais preciso para identificar os nervos que emergem dacoluna vertebral numer-los a partir da cabea (Figura 4) (KING, 1986;

    PARTINGTON, 1996). O nervo simptico surge entre o espao da ltima vrtebra

    cervical e primeira torcica para inervar o corao e pulmo. Esses nervos so

    denominados de nervo espinhal 14 com o ramo ventral originando o nervo cardaco

    e nervo espinhal 15 cujo ramo ventral origina o nervo intercostal. Imediatamente

    caudal ao nervo 15, encontram-se os nervos espinhais de 16 a 20, cujos ramos

    ventrais originam os nervos esplncnicos torcico (maior e menor), heptico, enervos dos gnglios mesentrico cranial, do gnglio adrenal, e plexo sinsacral

    subvertebral. Os nervos espinhais localizados nessa regio do sinsacro recebem a

    nomenclatura de nervos sinsacrais. O par de nervos de nmero 20 localiza-se no

    6 espao intervertebral (PARTINGTON, 1996). O par de nervos 39 (Figura 5)

    ltimo a emergir dentre as vrtebras caudais (KING, 1986).

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    Figura 1. Vista lateral dos pontos de acupuntura em aves, segundo McCLUGGAGE(2000)

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    Figura 2. Superfcie dorsal do esqueleto da asa esquerda, em parte estendidolateralmente: A) mero, B) Ulna, C) Rdio, 1) Cabea, 2) Tubrculo dorsal, 3)Tubrculo ventral, 4) Forame pneumtico, 5) Articulao do cotovelo, 6) Carpo ulnar,7) Carpo radial, 8) Carpometacarpos, II, III e IV) Dedos ou Metacarpos, segundoDYCE et al. (1990)

    A fuso das vrtebras, a reduo do nmero de espaos intervertebrais

    e de pares de gnglios nervosos paravertebrais (Figura 6) resultam na diminuio

    dos Pontos de Associao ou Pontos Shu (Figura 7). Logo nas aves, os PontosSHU no possui correlao funcional ou anatmica com os mesmos pontos nos

    mamferos (KING, 1986; PARTINGTON, 1996).

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    Figura 3. Esqueleto de galinha com detalhe dos ossos do p esquerdo em vista dorsal:1) Poro facial do crnio, 2) mandbula, 3) rbita e Anel esclertico do bulbo do olho,

    4) Crnio, 5) Atlas, 6) xis, 7) Vrtebras cervicais, 8) Articulaes do ombro, 9) mero,10) Rdio, 11) Ulna, 12) Mo, 13) Notarium, 14) Vrtebra torcica livre, 15) Sinsacro,16) Vrtebras caudais, 17) Pigstilo, 18) lio, 19) squio, 20) Pbis, 21) Fmur, 22)Costelas, 23) Escpula, 24) Coracide, 25) Clavculas fusionadas, 26) Manbrio doesterno, 27) Esterno, 28) Crista do esterno, 29) Patela, 30) Fbula, 31) Tbio tarso, 32)Osso sesamide (cartilagem tibial ossificada), 33) Tarsometatarso, 34) Dedos (I, II, III eIV), segundo DYCE et al. (1990)

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    Figura 4. Vista ventro-lateral direita das emergncias nervosas queformaro o plexo braquial da galinha, segundo KING (1986)

    2.4. Nomenclatura Prpria para Acupontos nas Aves

    Para melhor entendimento da nomenclatura e numerao dos pontos de

    acupuntura aviria, classificam-se os pontos em quatro categorias (PARTINGTON,

    1996; McCLUGGAGE, 2000).

    2.4.1. Pontos da MTC para Aves sem Contrapartida nos

    Mamferos

    H dois pontos tradicionais das aves que no existem nos mamferos, oAvian Gu Duan (End of Thigh) e o Avian Bei Ji (Back of the Body Spine) (Figura 7).

    O ponto denominado Gu Duan situa-se cranial ao acetbulo. A indicao para usar

    esse ponto a ptose da asa (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000).

    McCluggage (2000) no obteve bons resultados utilizando esse ponto em

    tratamentos de papagaios com asa cada e sugere que se determine a causa do

    problema e utilize pontos locais, distais e mestres.

    ltimavrtebracervical

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    Figura 5. Plexo lombossacral, pudendo e caudal da galinha, vista ventral. Osnmeros se referem aos nervos espinhais dos quais surgem as razes (ramos

    ventrais) dos plexos, segundo KING (1986)

    O Bei Ji, segundo ponto tradicional das aves, indicado para tratar Frio

    e todas as alteraes do trato respiratrio. a somatria de trs pontos que devem

    ser usados simultaneamente. Localizam-se na linha mdia dorsal da ave entre a

    penltima e ltima vrtebra cervical, entre a ltima cervical e primeira torcica e

    entre as duas primeiras vrtebras torcicas (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE,

    2000).

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    Figura 6. Nervos simpticos toracoabdominais da ave, vista ventral esquerda: A)Adrenal, C) Ceco, H) Fgado, I) leo, J) Jejuno, K) Rim, P) Pr-ventrculo, R) Reto,S) Bao, V) Ventrculo (moela) , segundo KING (1986)

    2.4.2. Pontos da MTC para Aves com Contrapartida nos

    Mamferos

    O atlas da MTC para aves traz pontos tradicionais especficos para

    aves, com mesma localizao, indicao e inervao que os acupontos humanos.

    Para preservar sua origem aviria e facilitar seu entendimento e uso, cada ponto

    denominado de maneira especfica, derivando-se do nome utilizado para humanos,

    da palavra Avian e seguido pelo nome nico da MTC (PARTINGTON, 1996;

    McCLUGGAGE, 2000).

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    Como exemplo, tem-se o P1, conhecido na MTC das aves como Soar

    Sky, com localizao, ao e inervao idntica ao P1 dos humanos, o qual recebe

    o nome de Zonf Fu (Residncia Central). Para a acupuntura aviria o P1

    identificado por P1, Avian Fei Tian, Soar Sky (PARTINGTON, 1996;

    McCLUGGAGE, 2000).

    2.4.3. Pontos No Descritos na MTC para Aves com

    Contrapartida nos Mamferos

    So pontos transpostos dos mamferos para as aves sem descrio em

    atlas da MTC para aves. A localizao se baseia na anatomia de msculos, vasossangneos e nervos. Assume-se que a ao desses pontos semelhante s dos

    mamferos (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000).

    Para evitar confuses com os pontos da MTC para aves, esses pontos

    so nomeados como para mamferos, como no caso do C7 ou Shen Men (Mind

    Door) (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000).

    2.4.4. Pontos no Descritos na MTC para Aves sem

    Contrapartida dos Mamferos

    Esses pontos no so encontrados na MTC de aves ou mamferos. Os

    sete pontos que pertencem a esse grupo so os Pontos Shu das aves, pontos do

    meridiano da Bexiga. A inervao e ao so similares aos Pontos Shu de

    humanos. Localizam-se ao longo da coluna vertebral (Figura 7), contudo muitos

    deles no esto acessveis pela presena do sinsacro (PARTINGTON, 1996;

    McCLUGGAGE, 2000).

    A nomenclatura se mantm semelhante apenas sendo acrescido a

    denominao Avian antes do nome dos Pontos Shu. Nas aves o Ponto de

    Associao do Fgado Avian Gan Shu (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE,

    2000).

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    Figura 7. Vista dorsal dos pontos de acupuntura em aves, segundoMcCLUGGAGE (2000)

    O Ponto Shu do Corao, o B11, localiza-se caudal ao processo

    transverso da 12 vrtebra cervical e denominado de Avian Xin Shu. Caudal ao

    processo transverso da primeira vrtebra torcica, est o Ponto de Associao do

    Pulmo ou Avian Fei Shu, o B12, tambm pode ser chamado de Feng Men ou

    Porto do Vento. O Ponto Shu do Estmago (pro-ventrculo e ventrculo) ou Avian

    Wei Shu o B13 e localiza-se caudal segunda vrtebra torcica. Caudal

    terceira vrtebra torcica est o B14, Ponto de Associao do Bao ou tambm

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    denominado de Avian Pi Shu. O Intestino Delgado tem seu Ponto de Assentimento

    caudal quarta vrtebra torcica, o B15 ou Avian Xiao Chang Shu. O sexto Ponto

    Shu o B16, Avian Gan Shu, e relaciona-se ao Fgado. O ltimo Ponto de

    Associao o do Intestino Grosso, o B17 ou Avian Da Chang Shu

    (PARTINGTON, 1996; McCLUGGAGE, 2000).

    3. CASOS CLNICOS NAS AVES

    Para maior sucesso no tratamento pela MTC fundamental abordar

    aspectos da Teoria dos Cincos Movimentos, os Oito Princpios e os Pontos Mestre.

    Entretanto, para casos que ocorrem com mais freqncia pode-se utilizar pontoschave.

    3.1. Infeces Bacterianas

    As infeces so consideradas uma invaso do organismo por fator

    patognico externo (FPE), similar ao Calor patognico na natureza que chega

    rapidamente e causa secura, lesa o Yin e provoca lassitude e diminui o movimento

    respiratrio. Com a progresso da doena, o Wei Qi fica comprometido. O Fgado

    geralmente est envolvido, havendo inibio da sua funo de dispersar e garantir

    o fluxo suave de Qi para os rgos. O Bao tambm se apresenta deficiente

    levando a Deficincia de Qi, Fleuma e Estagnao de Xue (McCLUGGAGE, 2000).

    Os pontos mais indicados so:

    IG11 Elimina Calor, resolve a Umidade, regula o Qi nutritivo e o Xue,

    Ponto Terra;

    IG4 Expele o Vento-Calor par ao exterior, tonifica o Qi e o Wei Qi,

    Ponto Fonte;

    E36 ponto Mestre do abdome, trata qualquer deficincia, regula o Wei

    Qi, dispersa o Frio, tonifica o Qi e o Xue.

    Tambm se deve utilizar pontos para os rgos envolvidos:

    B16 Ponto Shu do Fgado;

    B13 Ponto Shu do Papo, Pr-ventrculo e Ventrculo;

    E37 Especfico para drenar Calor-Umidade do trato digestrio.

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    3.2. Conjuntivite

    A conjuntivite frequentemente um problema com Deficincia de Yin do

    Fgado e Rim, complicada pela Deficincia de Wei Qi abrindo portas para FPE

    (Chlamydia nas aves). Pontos locais, como B1 ou B2, E1 e VB2, podem trazer uma

    melhora temporria. Contudo, os pontos mais importantes seriam o VB20, BP6 e

    IG4. Em caso de ataque agudo de Vento-Calor, o B12 e o VB20 auxiliam muito. Se

    acaso o Qi Defensivo estiver comprometido, deve-se considerar a utilizao do

    IG11 ou E36. Se houver aumento do Calor do Gan, F3, VB36 ou B40

    (McCLUGGAGE, 2000).

    Talvez o problema mais comum seja a combinao entre padres de

    Deficincia de Gan e Shen. O tratamento precisa elevar o Qi (E36 e VC17) e o Yin

    do Gan e Shen (R3 e BP6; ou R6, R1, o Ponto Madeira do meridiano da gua, e

    VC4).

    3.3. Paralisia Gstrica com Aderncia de Alimentos

    considerado o principal problema do Estmago, Qi do Estmago

    rebelde, ou do Fgado, falha em assegurar o fluxo suave de Qi.Os pontos mais comumente utilizados so:

    IG11 Ponto para tonificaco e Ponto Terra do meridiano;

    B13 Ponto Shu de pr-ventrculo e ventrculo;

    E36 Ponto Mestre do abdome superior, incluindo Estmago e Bao-

    Pncreas;

    BP6 Ponto Mestre do abdome inferior e tonifica o Fgado.

    VC6 Tonifica o Qi e o Xue, move o Qi e dispersa a estagnao.

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    3.4. Aderncia de Ovos

    A aderncia se deve falha do oviduto em passar ou descender o ovo

    para a cloaca. Na perspectiva da MTC, a falha do Qi do Rim em aquecer o Jiao

    Inferior, que gera uma fraqueza no Fogo do Porto da Vitalidade e conseqente

    fraqueza do tero. O Bao no consegue em transportar e mover os fluidos,

    portanto o tero apresenta secura e o ovo fica aderido. O Bao tambm no

    consegue produzir o Qi suficiente para promover a postura por ser a origem do Qi

    Ps Celestial. um processo de Frio interior com possvel gerao de Fleuma.

    Os pontos que melhor se aplicam este problema so:

    BP6 Fortalece o Bao, tonifica o Rim e acalma a mente;

    E36 Ponto Mestre do abdome, tonifica o Bao, fortalece o corpo e

    tonifica o Qi;

    VG20 Eleva o esprito, clareia a mente e tonifica o Yang;

    PC6 Acalma a mente, abre o Vaso Penetrador e, portanto tonifica o

    tero, bom para tratar aves recorrentes em aderncia de ovos.

    3.5. Canibalismo e Automutilao (Bicagem das Plumas)

    Essa anormalidade pode ter as mais variadas causas e estar associada

    a doenas sistmicas, debilidade do organismo, alergias, parasitismo e causas

    psicognicas, consideradas responsveis pela maioria dos casos.

    O exame das aves deve ser realizado por um tcnico com grande

    conhecimento sobre aves, inclusive para determinar os problemas secundrios

    envolvidos, como por exemplo, uma foliculite bacteriana, que quando tratada

    acelera a recuperao da ave.

    As aves ficam na gaiola ou recinto o tempo todo, no necessitam voar

    para buscar alimentos e em muitos casos no so capazes de se reproduzir, o que

    os torna enfadados, frustrados, deprimidos ou at mesmo agressivos com

    experincias emocionais negativas. A determinao das causas do problema da

    bicagem e od fatores emocionais envolvidos influencia diretamente na escolha dos

    pontos.

    Os pontos mais comumente utilizados so:

    E36 Ponto Mestre do abdome, trata qualquer deficincia, regula o Wei

    Qi, dispersa o Frio e tonifica o Qi e Xue;

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    IG4 Ponto Fonte, expele o Vento-Calor e encaminha para o exterior,

    tonifica o Qi e tonifica o Qi Defensivo;

    Em combinao como VB13 e VG24 acalmam com muita

    eficcia uma ave com ansiedade e medo;

    IG11 Ponto Terra do meridiano, elimina o Calor, resolve a Umidade,

    regula o Qi Nutritivo e Xue;

    PC6 Acalma a mente, regula o Qi do Corao, alivia a irritabilidade

    proveniente da estagnao do Qi do Gan, em geral um ponto mais poderoso que

    o C7 para acalmar a mente quando o Fogo invade o Corao;

    C7 Acalma a mente, regula outros problemas emocionais e melhora o

    pensamento;VG24 Ponto importante para acalmar a mente, excelente quando

    combinado com o VB13 para ansiedade e medo, se o medo ocorrer por perodo

    prolongado provavelmente o Rim estar comprometido e pontos para o Yin do Rim

    devem ser utilizados;

    P7 Libera emoes reprimidas, alivia as preocupaes e angustia,

    estimula o Yin, pois a preocupao lesa o Bao, ento pontos para o Qi do Bao

    devem ser adicionados como BP6 e R6, que vo nutrir o Yin, firmar e direcionar oQi para cima;

    VB13 Ponto do Vaso Yang Linking, acalma a mente, elimina o Vento,

    direciona a essncia para a cabea.

    Outros pontos podem ser utilizados em protocolos para bicagem de

    plumas, assim como VG20, F3, VB5, VB8, TH5, BP6, VB34, B40, R6 e B12.

    Apesar de sempre ter que individualizar as aves a serem tratadas, a primeira

    sesso deveria conter pontos que acalmam, como do Corao e Pericrdio, bemcomo do Fgado.

    A perspectiva da MTC extremamente importante para o seu

    diagnstico e tratamento. A Teoria dos Cinco Elementos pode muito bem ser

    utilizada para entender o problema, uma vez que cada problema emocional se

    relaciona a um elemento. A utilizao dos Cinco Elementos com pontos de canais

    Yin suportam, controlam e regulam o Zang-Fu ou canais afetados (Tabela 1).

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    Tabela 1. Cinco Elementos, emoes e rgos utilizados para estmulo e controle de cadaelemento

    Elemento Emoo Para Promover Para Controlar

    Madeira Raiva Rim Pulmo

    Fogo Alegria Fgado Rim

    Terra Apreenso / Preocupao Corao Fgado

    Metal Tristeza Bao Corao

    gua Medo Pulmo Bao

    Ainda possvel dividir em vrias categorias diagnsticas as patologias

    das aves, como demonstrado na Tabela 2.

    Tabela 2. Categorias diagnstica da Medicina tradicional Chinesa (MTC)

    Categoria Diagnostica

    na MTCSinais Pontos

    Estagnao de Qi do

    Fgado

    Melancolia, frustrao, depresso e mau

    humor

    F3, VB34, PC6,

    BP6 e B16

    Aumento do Yang do

    FgadoIrritabilidade e raiva

    BP6, PC6, IG11,

    B40 e E36

    Medo danificando o Rim Injrias do Rim e AdrenalC7, R3, BP6,

    PC6, B16 e TA4

    Ansiedade e

    Preocupao

    danificando o Qi do

    Bao

    Ansiedade e preocupao C7 e BP6

    Deficincia de Xue do

    Corao

    Geralmente associado m nutrio,

    deficincia de Qi do Bao, preocupao

    que pode gerar Calor no Xue

    C7, B14, PC6 e

    R6

    Exploso do Fogo do

    Corao

    Calor no Corao secundrio ao Calor do

    Fgado

    C9, B11, F3, B40,

    BP6 e R6

    Deficincia de Yin do

    Rim

    R6, BP6, P7 e

    VC4

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    4. REFERNCIAS

    DICE, K.M., SACK, W.O., WENSING, C.J.G. Anatomia das Aves. In: DICE, K.M.,SACK, W.O., WENSING, C.J. Tratado de Anatomia Veterinria. Rio de Janeiro:

    Editora Guanabara Koogan S.A., 1990. p.537-554.

    BAUMEL, J.J. Sistema Nervoso das Aves. In: GETTY, R. Anatomia dos Animais

    Domsticos, Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 1986. p.1890-1922.

    PARTINGTON, M. Avian acupuncture. In: NOME DOS AUTORES. IVAS Course

    Note, Cidade: Editora, 1996. p.6.1.1-6.1.28.

    McCLUGGAGE, D. Acupuncture for the avian patient. In: SCHOEN, A.M. (2 ed.)Veterinary Acupuncture, St. Louis: Mosby, 2000. p.307-322.