adaptação do profissional contabil aos avancços tecnologicos
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trabalho apresentado a FABIC, Faculdade do Bico do Papagaio - TO.espero que possa auxiliar alguemTRANSCRIPT
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DO BICO DO PAPAGAIO – FUNEB
FACULDADE DO BICO DO PAPAGAIO – FABIC
A UTILIZAÇÃO DOS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO UNIVERSO
CONTÁBIL DA CIDADE DE AUGUSTINÓPOLIS - TO
Elizamar Ferreira Pereira1
M.Sc. Pietro Lopes Rêgo2
RESUMO
O presente trabalho tem como principal foco analisar a utilização, dos recursos
tecnológicos no universo contábil dos Escritórios de Contabilidade da cidade de
Augustinópolis – TO, no qual vai buscar evidenciar o perfil dos profissionais contábeis e a
sua adaptação aos novos avanços tecnológicos. Alem de ser um tema atual e relevante, ainda
por ser de cunho socioeconômico, pois nos dias atuais os avanços tecnológicos tem-se
espalhado por todos os ambientes. Os avanços tecnológicos estão crescendo ao passo maior,
do que a assimilação desses recursos, causando assim uma grande deficiência por parte de
vários profissionais de todos os ramos de atividades.
Palavras-chaves: Escritórios de Contabilidade, Avanços Tecnológicos, Augustinópolis – TO.
1 INTRODUÇÃO
1 Acadêmica do 7º Período do Curso de Ciências Contábeis da FABIC2 Professor da Disciplina Metodologia da Pesquisa Aplicada a Contabilidade do Curso de Ciências Contábeis da FABIC
Segundo Sá (1999, p.23): Tudo indica que foram os desenvolvimentos da sociedade,
apoiados nos dos Estados, dos Poderes religiosos e de suas riquezas, somados a das artes de
escrever e contar que influíram, decisivamente, na evolução dos registros contábeis.
Ao longo dos anos a contabilidade tem sofrido grandes transformações, os
profissionais contábeis, utilizavam métodos mecânicos para realização de suas atividades,
como realizar lançamentos de debito e credito escrituração e os demais atos e fatos acontecido
ao longo da movimentação das empresas. O contador era popularmente conhecido como
guarda-livros, pois uma de suas funções era guardar os livros de registros das empresas a qual
era prestador de serviços.
O profissional contábil está passando por um momento em que exige muita reflexão,
pois com o avanço da tecnologia da informação aliada ao grande desenvolvimento das
telecomunicações, muita coisa está mudando dentro das organizações, que lançam mão cada
vez mais da tecnologia para auxiliar seus gestores nas tomadas de decisões e na elaboração de
planos estratégicos. Meira Neto, Abdon (2003, p.12).
Atualmente tanto a contabilidade como o próprio contador ganhou uma nova visão,
diante da nossa sociedade, onde torna-se indispensável a figura de um contador dentro das
empresas, por parte de grande burocratização por meio das exigências legais realizada pelo
governo. A partir do uso da informática e seus recursos o contador deixou de ser meramente
“guarda-livros”, e passou a ser um profissional essencial no auxilio das tomada de decisões,
por parte dos empresários, onde o mesmo busca ter informações precisas sobre a vida
gerencial e financeira da empresa, para ter mais segurança em suas ações futuras.
3 O AVANÇO DA CONTABILIDADE
Desde a antiguidade o homem sempre se preocupou em cuidar do seu patrimônio,
cuidado este que visava registrar quais eram as suas propriedades. Pode-se dizer que era a
contabilidade que eles possuíam e, que essa contabilidade sofreu (e ainda continua
preocupando-se) várias modificações no decorrer do tempo, até chegar à contabilidade que é
conhecida atualmente.
Antigamente o profissional contábil era chamando “Guarda-Livros” segundo
Watanabe (1996, p. 22). Era apenas um auxiliar de entidades comerciais, um detentor de
conhecimentos básicos de contabilidade e estava sujeitos as normas e leis ditada pelo Código
Comercial Brasileiro que foi sancionado por Dom Pedro II em 25 de julho de 1850, instituído
pela lei de nº 556.
No inicio da Velha República, já existiam cursos de Contabilidade nas escolas de
comércio. Nesse contexto, as primeiras escolas de Contabilidade surgiram em 1902, dentre
elas, a Academia de Comércio do Rio de Janeiro e a Escola de Comércio Álvares Penteado
(Fecap) SP.
Em 22 de setembro de 1945, o Decreto-lei n° 7.988 elevou os cursos de Contabilidade
ao nível universitário. No entanto, somente em 27 de maio de 1946, com a assinatura do
Decreto-lei 9.295 pelo então Presidente da República Federativa do Brasil Eurico Gaspar
Dutra, ocorreu a regulamentação da profissão contábil nos pais, além da criação do Conselho
Federal de Contabilidade (CFC) e dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs).
A contabilidade vem se expandindo de formas grandiosas em todos os meios e vêm se
adequando as novas exigências do mercado. Assim, Sá (1997, p. 15) afirma que essa ciência
nasceu com a civilização e jamais deixará de existir em decorrência dela; talvez, por isso, seus
progressos quase sempre tenham coincidido com aqueles que caracterizaram os da própria
evolução do ser humano. Dessa forma, a evolução da Contabilidade acompanha os
acontecimentos históricos e a conseqüente evolução dos povos e das demais ciências.
A contabilidade é a profissão do momento com a criação do speed ‘s fiscais e
contábeis, as empresas necessitam de um profissional ativo dentro de sua empresa.
De acordo com IUDÍCIBUS (2000, p. 22): A principal finalidade da Contabilidade é
controlar os fenômenos ocorridos no patrimônio de uma entidade, através do registro, da
classificação, da demonstração expositiva, da análise e interpretação dos fatos neles ocorridos,
objetivando fornecer informações e orientações necessárias à tomada de decisões sobre sua
composição e variações, bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da
riqueza patrimonial.
3 PERFIL DO PROFISSIONAL CONTABIL
O profissional contábil, como um elemento que integra a organização, também está
inserido nesse contexto, e vem sofrendo uma forte pressão diante das mudanças, pois a sua
função está sendo reformulada a cada passo desse processo de transformação. Esse
profissional deve buscar alternativas para agregar valor não só a empresa com o seu trabalho,
utilizando a Tecnologia da Informação como uma aliada na aquisição e desenvolvimento de
competências” (Barbosa, 2000, p.2).
Os avanços tecnológicos, a informática e os sistemas avançados de comunicação
contábil, acabaram por destituir aquela velha figura do guarda-livros dada ao profissional
contábil por muitos anos. Os programas já realizam as quatro operações, assimilam as
informações e elaboram os demonstrativos contábeis, adequando-os conforme a realidade
escolhida. E também elaboram análise estatísticas. Cabendo portanto, ao Contador, a
explicação e interpretação dos fenômenos patrimoniais, sendo necessário para isso cada vez
mais a intelectualização do conhecimento contábil.
O profissional contábil precisa ser visto como um comunicador de informações
essenciais à tomada de decisões, pois a habilidade em avaliar fatos passados, perceber os
presentes e predizer eventos futuros pode ser compreendido como fator preponderante ao
sucesso empresarial. (Silva, 2003, p. 3).
Para os microempresários o contador serve apenas para calcular e emitir guias de
pagamentos de impostos e para atender o fisco, com o auxilio da informática o contador não
deixou de ser importante para o aspecto econômico e social, a informática substituiu o homem
em alguma de suas tarefas, mais o computador apenas processa os dados e cabe o profissional
analisar e interpretar essas informações.
De acordo com o Professor IUDÍCIBUS (2000, p. 28): O objetivo principal da
Contabilidade é fornecer informação econômica relevante para que cada usuário possa tomar
suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança.
O perfil do contador do futuro é de um profissional que precisa acumular
conhecimentos, buscar mais qualidade em suas prestações de serviço, pois a o contador deixa
de ser um simples guarda-livros como era conhecido e passa a ser consultor um profissional
que auxilia seus clientes na tomada de decisões, onde ele precisa ter iniciativa; ter coragem,
ética, visão de futuro, habilidade de negociação, agilidade, segurança para resolver os
problemas que surgem, capacidade de aprender a lidar com mudanças, idéias de melhoria,
flexibilidade, capacidade de inovar e criar, sobretudo na sua área de atuação, interagir e
estudar as realidades políticas, sociais e financeiras, saber orientar as empresas para o melhor
caminho de forma que elas sobrevivam aos fortes abalos gerados pela globalização da
economia, o poder de manipular conhecimentos é o ponto chave das grandes decisões.
Marion, (2003, p.1). Complementa seu pensamento ao citar alguns privilégios que os
Contadores têm em alguns países como Inglaterra e Estados Unidos, ao afirmar que no
momento, no Brasil, não vivemos nós Contadores esses privilégios, na verdade, eles estão
chegando e dentro de muito pouco tempo surpreenderão a muitos, um dos fatos que está
propiciando tal mudança é que as empresas estão percebendo que, sem uma boa
Contabilidade, não há dados para a tomada de decisão numa economia que a cada dia exige
mais competência e competição
Uma afirmação que reforça a necessidade de ações de valorização da classe contábil
foi escrita por Scarpin, Scarpin e Calijuri (2000, p. 36): Apesar de a Ciência Contábil fornecer
um manancial de informações detalhada e precisas aos gestores de empresas, estes não foram
ainda devidamente cientificados do alcance dessas e de sua importância para o planejamento e
controla de suas atividades. Este fato tem inibido o crescimento, o desenvolvimento e
reconhecimento de muitos contabilistas e suas empresas de Contabilidade.
Faria e Brito (2001, p. 6) comentam que foi alterado o envolvimento do profissional
de Contabilidade, de forma que este passou a engajar-se cada vez mais no processo de gestão
das organizações, agregando, desse modo, mais valor às mesmas, além de melhorar sua
imagem perante a sociedade.
4 A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA CONTABILIDADE
A contabilidade e a tecnologia é a parceria que surgiu para facilitar a vida de
empresários, investidores, contadores e todos que necessitam de informações, para terem
segurança nas suas ações futuras.
Guerreiro, (1989, p.10,11), diz: é importante observar que nas ultimas décadas o
mundo, e particularmente o Brasil viveu uma verdade ira revolução tecnológica da
informática.
A contabilidade deixou de utiliza métodos mecânicos e manuais e vem passando por
uma fase de adaptação diante de vários recursos tecnológicos existentes no mercado trazendo
melhoria na forma de fazer a contabilidade, os benefícios são vários o processo de
escrituração passou de manual para eletrônico e os lançamentos de debito e credito passou a
ser realizado, automático diminuindo o risco de erros.
PADOVEZE (2000, p. 44) relata que: “Tecnologia da Informação é todo o conjunto
tecnológico à disposição das empresas para efetivar seu subsistema de informação”.
Já CRUZ (1998, p. 20) assim a conceitua: “Tecnologia da Informação é todo e
qualquer dispositivo que tenha capacidade para tratar dados e/ou informações, tanto de forma
sistêmica como esporádica, quer esteja aplicada no produto, quer no processo”
Assim como é ressaltado anteriormente pelos autos informação é processamento de
dados em informações que precisam ser cada vez mais precisa para auxiliar nas tomada de
decisões, esses tipos de avanços têm que deixar de ser preocupação e passar a ser estratégias
que resultaram no sucesso da empresa.
Segundo (GIL 2000, p.13) Nossa sociedade mundial, cada vez mais depende da
tecnologia, necessita da qualidade do trabalho do ser humano, considerado por seu talento
intelectual, para continuidade da caminhada com foco na melhoria dos negócios.
Como o grande crescimento da tecnologia de informações a contabilidade precisa cada
vez mais operacionalizar seus trabalhos e para isso a figura do contador precisa esta sempre
atualizado com as ferramentas tecnológicas existente no mercado.
Enterprise Resources Planning (ERP), conhecido também como sistema integrado, ou
seja um software que permite as empresas compartilhar dados e informações em tempo real
de qualquer parte do mundo. O contador deixou de se limitar em seu espaço e ganhou
mobilidade e praticidade.
O surgimento de ERP aumentou o volume de informações necessárias para as
decisões, além de suprir essas e outras lacunas até então existentes.
Para Albertão, (2001, p. 24) [...] nos tempos atuais, mais que nunca, informação
significa poder e seu uso apropriado pode ser uma arma que estabelece o diferencial
competitivo e a projeção de um cenário com vistas a um melhor atendimento a clientes, com a
otimização de toda a cadeia de valores e de produção. Ter o poder e o controle sobre suas
próprias informações de modo a reagir rapidamente dentro da exigência do mercado é uma
necessidade que nenhuma organização que pretenda sobreviver pode ignorar.
Para Peleias (2000), [...] quando a administração de uma empresa decide programar
um sistema integrado, é preciso considerar os benefícios a serem obtidos a partir do momento
em que a solução estiver “rodando”; os impactos sobre a cultura e o ambiente da empresa; o
grau de dificuldade durante o período de implementação; e a relação custo-benefício
envolvida, pois em muitas situações o valor investido pode atingir dezenas de milhões de
reais, e quais funcionalidades, atividades ou áreas serão, ou não, atendidas.
Na história da informática, segundo relata Machado (1986, p.39-40), vários
acontecimentos marcaram o desenvolvimento tecnológico, dentre eles vale destacar:
A invenção da calculadora de Pascal em 1642, que através de procedimentos ainda
rudimentar, com ganchos para digitação dos números efetuava as operações de soma e
subtração.
Em 1812, o matemático Babbage dá um segundo passo quando ao consultar tabelas de
logaritmos percebeu a existência de erros e decidiu construir uma máquina para computar
tabelas matemáticas. Ele só não esperava que ao criar comandos específicos, sua máquina não
se comportasse apenas como uma simples calculadora, mas como uma máquina analítica que
podia ser programada, tanto que em 1859 quando finalmente foi construída foi adotada por
várias empresas e companhias de seguros.
A partir de 1940, surgem na história da humanidade os primeiros computadores
eletrônicos, do tamanho de uma sala inteira e trabalhando através do uso de válvulas,
conhecidos como os computadores de primeira geração. No fim da década de 50, com o
advento dos transistores surgem os computadores de segunda geração, cujo período vai de
1955 a 1965.
Em 1965, com o surgimento do circuito integrado, um componente eletrônico que
contém vários transistores integrados em um único componente, começa a terceira geração de
computadores. Esses com melhor acesso e significativamente menor que o das gerações
anteriores, possibilitando compartilhar o mesmo espaço que os profissionais ocupam nos
escritórios e nas empresas .
Em 1970, a INTEL lança nos EUA, o primeiro microcomputador conhecido como
8008.
5 A CONTABILIDADE APARTIR DOS AVANÇOS TECNOLOGICOS
A informática tem, contribuído, e muito na vida dos homens, na estruturação e
organização de suas atividades, a sociedade atual que vive cada vez nos seus limites de tempo,
os recursos veio facilidade e da mais comodidade para essas pessoas, e com a contabilidade
não é diferente tornando-se mais pratica e rápida as realizações dos trabalhos exigidos por ela.
Guerreiro, (1989, p.10,11), diz: é importante observar que nas ultimas décadas o mundo, e
particularmente o Brasil viveu uma verdade ira revolução tecnológica da informática. Esta
revolução criou condições técnicas e econômicas para a implementação das mais avançadas
soluções em nível de processamento de dados.
A informática está praticamente presente em todas as atividades, e as que não são
informatizadas, não possuem competitividade, e estão sempre atrás. Segundo Meira Neto,
Abdon (2003, p.12) explica que este avanço da tecnologia da informação dentro das
organizações vem ocorrendo também na área contábil, onde alguns anos atrás as grandes
empresas tinham enormes departamentos de contabilidade, para classificar, conciliar,
datilografar ou digitar lançamentos, etc. e que hoje em dia já não se vê mais isto, pois todo
este trabalho está "informatizado".
Não basta somente os avanços tecnológicos crescerem em um ritimo acelerado, os
profissionais que vão ser sujeito a utilização desses recursos tem que se adaptar, atualizando
se sempre que possível. Segundo (GIL 2000, p.13) Nossa sociedade mundial, cada vez mais
depende da tecnologia, necessita da qualidade do trabalho do ser humano, considerado por seu
talento intelectual, para continuidade da caminhada com foco na melhoria dos negócios. É
importante observar que estas mudanças trazidas pelo avanço tecnológico imprimem uma
constante necessidade de atualização dos profissionais ligados à gestão das empresas, e muito
especialmente os profissionais contábeis.
Mas é preciso estar conscientizado de que a informática, pura e simplesmente, apenas
processa dados em função de necessidades definidas no sistema contábil. No entanto, a
responsabilidade para que as operações sejam processadas de forma correta, em tempo hábil e
em conformidade com as normas e princípios contábeis, é exclusividade do contador.
Segundo Hendriksen & Breda (1999,p.38):“A Contabilidade desenvolveu-se em
resposta a mudanças no ambiente, novas descobertas e progressos tecnológicos. “Não há
motivo para crer que a Contabilidade não continue a evoluir em resposta a mudanças que
estamos observando em nossos tempos”.
5.1 A INFLUÊNCIA DA INTERNET NA CONTABILIDADE
Segundo CÔRTES (1999) diz que através da internet mesmo pequenas empresas são
acessíveis a partir de qualquer lugar do mundo.
A internet é uma das ferramentas de grande valia para contabilidade através dela os
profissionais contábeis repassam seus relatórios para os órgãos competentes, sendo que os
dados lançados na rede mundial de computadores podem ser acessados 24 horas por dia sem
problema de fuso horários ou feriados.
Os escritórios contábeis podem utiliza-se da internet, para prestar serviços on-line
diminuindo assim custos e tempo como é citado por RIPAMONT (1999) relata uma série de
casos em que empresas prestadoras de serviços contábeis se transformam em empresas
virtuais, muitas empresas de contabilidade criam sites interativos para enviar documentações
à seus clientes.
5.1 SISTEMAS PUBLICAM DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL E NOTA FISCAL
ELETRONICA
Segundo o site da Receita Federal Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo
digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras
informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal
do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e
prestações praticadas pelo contribuinte. Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e
transmitido, via Internet, ao ambiente Sped
A partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo digital de acordo
com leiaute estabelecido em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais e outras
informações de interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao período de apuração dos
impostos ICMS e IPI. Este arquivo deverá ser submetido à importação e validação pelo
Programa Validador e Assinador (PVA) fornecido pelo Sped.
Programa Validador e Assinador
Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação da máquina
virtual do Java. Após a importação, o arquivo poderá ser visualizado pelo próprio Programa
Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema.
Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD,
transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua
restauração.
Apresentação do arquivo
Em regra, a periodicidade de apresentação é mensal.
Segundo o site do portal da NF-e o conceito adotado trata a Nota Fiscal Eletrônica
como um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente,
com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou
uma prestação serviços, ocorrida entre as partes, e cuja validade jurídica é garantida pela
assinatura digital do emissor (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pela
Fazenda, do documento eletrônico, antes da ocorrência da circulação ou saída da mercadoria.
A Nota Fiscal Eletrônica tem como objetivo a implantação de um modelo nacional de
documento fiscal eletrônico para a substituição da sistemática atual de emissão do documento
fiscal em papel que atualmente acoberta as operações com mercadorias entre empresas
(modelos 1 e 1-A), reduzindo custos, simplificando as obrigações acessórias dos contribuintes
e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais
pelo Fisco.
Benefícios
O Projeto NF-e instituirá mudanças significativas no processo de emissão e gestão das
informações fiscais, trazendo grandes benefícios para os contribuintes, para a sociedade e para
as administrações tributárias:
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
Redução de custos de impressão;
Redução de custos de aquisição de papel;
Redução de custos de envio do documento fiscal;
Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa de AIDF;
Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira;
Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes (B2B);
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias;
Planejamento de logística de entrega pela recepção antecipada da informação da NF-e;
Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais;
Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com fornecedores (B2B);
Benefícios para a Sociedade
Redução do consumo de papel, com impacto em termos ecológicos;
Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas;
Surgimento de oportunidades de negócios e empregos na prestação de serviços ligados
a Nota Fiscal Eletrônica.
Benefícios para as Administrações Tributárias
Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e
compartilhamento de informações entre os fiscos;
Redução de custos no processo de controle das notas fiscais capturadas pela
fiscalização de mercadorias em trânsito;
Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação;
Suporte aos projetos de escrituração eletrônica contábil e fiscal da Secretaria da RFB
(Sistema Público de Escrituração Digital – SPED).
6 OS BENEFICIOS GERADOS A CONTABILIDADE PELA INFORMATICA
Segundo Padovezze (2000, p. 68-69) os sistemas contábeis usuais podem ser
classificados em:
Manual - utiliza livros ou fichas a serem escrituradas;
Mecanizado - utiliza a máquina de datilografia, a máquina de soma e um formulário
denominado “Ficha Tríplice”; e
Eletrônico - utiliza o computador e demais equipamentos eletrônicos a partir de
programas específicos.
Por possuir maior flexibilidade e capacidade de armazenamento de dados e
informações, permitindo o processamento de várias unidades administrativas, centros de
custos e empresas, simultaneamente, e a integração aos demais meios de comunicação, o
sistema eletrônico passou a ser intensivamente utilizado pelos profissionais contábeis.
Diante das mudanças tecnológicas que estão conquistando o mundo com soluções
práticas e inteligentes, melhorar o padrão de qualidade de seus serviços tornou-se uma
imposição para os contadores.
A informática atualmente é fundamental em todos os segmentos da sociedade. Por
outro lado, a contabilidade é um segmento que não vive sem a ajuda dos computadores e, hoje
se percebe um investimento crescente nas organizações em softwares e hardwares ligados à
área contábil.
A Contabilidade e suas práticas existem na sociedade desde tempos remotos, e seus
processos de registros foram evoluindo para acompanhar o próprio desenvolvimento social Sá
(1999, p.17):
A informática permitiu uma mudança sensível na atuação do profissional contábil.
Antes este perdia muito tempo com lançamentos e com isso estava mais sujeito a erros
inadmissíveis nos dias atuais.
São incontáveis os benefícios gerados pela informatização de uma empresa. Entre
esses benefícios estão:
- aumento de produtividades;
- melhoria da qualidade dos serviços;
- mais estímulos para os profissionais da área;
- facilidade para a leitura prévia dos relatórios;
- atendimentos às exigências dos órgãos quanto ao cumprimento de prazos;
- facilidade de acesso às informações da empresa;
- maior segurança das informações;
- menos espaço físico nos ambiente de trabalhos; e
- mais facilidade no processo de tomada de decisão.
Enfim, no campo contábil, sua utilização vem contribuindo para a melhoria, como
também, para a valorização da profissão pela disponibilidade do contador em gerenciar
informações para auxiliar a alta administração a trabalhar em bases melhores.
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