adaptacao estabelecimentos assistenciais saude

72
6 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA ESPECIALIZAÇÃO DE ARQUITETURA EM SISTEMAS DE SAÚDE Adjane Balbino de Amorim Adaptação de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde aos Portadores de Necessidades Especiais: O Caso do Atendimento Ambulatorial do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos SALVADOR-BAHIA 2008

Upload: nathalia-lemes

Post on 01-Oct-2015

26 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Arquitetura Hospitalar

TRANSCRIPT

  • 6

    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA

    ESPECIALIZAO DE ARQUITETURA EM SISTEMAS DE SADE

    Adjane Balbino de Amorim

    Adaptao de Estabelecimentos Assistenciais de Sade aos Portadores de Necessidades Especiais:

    O Caso do Atendimento Ambulatorial do Complexo Hospitalar Universitrio Professor Edgard Santos

    SALVADOR-BAHIA 2008

  • 7

    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE ARQUITETURA

    ESPECIALIZAO DE ARQUITETURA EM SISTEMAS DE SADE

    Adjane Balbino de Amorim

    Adaptao de Estabelecimentos Assistenciais de Sade aos Portadores de Necessidades Especiais:

    O Caso do Atendimento Ambulatorial do Complexo Hospitalar Universitrio Professor Edgard Santos

    Monografia apresentada ao Curso de Especializao da Faculdade de Arquitetura

    da Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para a obteno do Ttulo de Especialista em Arquitetura em Sistemas de

    Sade.

    Orientador (a): Mrcia Maria Lisba Carramenha

    SALVADOR-BAHIA 2008

  • 8

    000000 Amorim, Adjane Balbino, 0000 HUPES Salvador/BA/ Adjane Balbino Amorim - Salvador: Adjane Balbino Amorim, 2007.

    64f.: il. 00000

    Monografia (Especializao) Programa de Ps-Graduao em Arquitetura.

    Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Arquitetura, 2007.

    1. Arquitetura Hospitalar 2. Arquitetura e Sade I. Ttulo II. Universidade Federal da Bahia. Faculdade de

    Arquitetura III. Monografia.

  • 9

    Adjane Balbino de Amorim

    Adaptao de Estabelecimentos Assistenciais de Sade aos Portadores de Necessidades Especiais

    O Caso do Atendimento Ambulatorial do Complexo Hospitalar Universitrio Professor Edgard Santos

    MONOGRAFIA FINAL DE ESPECIALIZAO submetida em satisfao parcial dos requisitos ao grau de

    ESPECIALISTA EM ARQUITETURA DE SISTEMAS DE SADE

    Cmara de Ensino de Ps-Graduao e Pesquisa da

    Universidade Federal da Bahia

    Aprovado: Comisso Examinadora

    ...........................................................

    ...........................................................

    ...........................................................

    Data da Aprovao: ......./......./......... Conceito:

  • 10

    i

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus pela sade e condies de concluir o curso de especializao

    Agradeo minha me Auta Balbino de Amorim, uma educadora incansvel.

    Agradeo orientadora Mrcia Carramenha por sua disponibilidade em atender s minhas

    ansiedades.

    Aos diretores e administradores do Complexo Hospitalar Professor Edgard Santos que

    abriram as portas de sua Instituio para a visita da pesquisadora.

  • 11

    ii RESUMO

    Esta monografia foi inspirada em trabalhos de Avaliao Ps-Ocupao (APO) sobre a

    eficcia de determinado ambiente construdo aps alguns anos de uso. Neste caso, no se

    trata de uma APO mas, simplesmente, uma anlise das atuais circunstncias oferecidas aos

    usurios portadores de necessidades especiais ao acessar um estabelecimento assistencial de

    sade edificado em perodo anterior s vigentes normas de acessibilidade. Para a

    concretizao da proposta de adaptao, num primeiro momento foi realizado o

    levantamento das normas atuais. Numa segunda fase, a Instituio foco da pesquisa foi

    consultada sobre a possibilidade de abrir suas portas para a pesquisadora levantar dados dos

    ambientes. Aps a liberao por parte da administrao do Complexo Hospitalar, foi

    agendada visita para o recolhimento de dados que foram: (a) entrevistas a profissionais que

    desenvolvem suas atividades laborais no Complexo Hospitalar; (b) observao local das

    atividades realizadas alm da movimentao de pacientes e do corpo clnico pelos

    ambientes ambulatoriais; (c) coleta de fotos da atual implantao. O prdio, construdo em

    bairro central da cidade de Salvador, recebe pacientes no somente da Capital, como

    tambm usurios do interior do Estado e algumas vezes de estados vizinhos. Aps a visita,

    a pesquisadora solicitou as plantas baixas do pavimento trreo e do pavimento tipo do

    atendimento ambulatorial. De posse de todos estes dados, foi possvel consolidar as

    informaes e chegar a um produto final. A monografia apresenta propostas para

    adequao dos atuais ambientes do atendimento ambulatorial do HUPES. So solues

    simples que podem ser adotadas para que portadores de necessidades especiais acessem s

    suas instalaes de forma mais independente, atendendo assim s normas de acessibilidade

    e proporcionando mais conforto e segurana aos usurios, acompanhantes e profissionais de

    sade. As sugestes aqui apresentadas permitem inspirar a profissionais e estudiosos de

    arquitetura hospitalar que solues para a adaptao de estabelecimento assistencial de

    sade edificado em perodo anterior s vigentes normas de acessibilidade podem ser

    encontradas algumas vezes com interferncias pontuais.

    Palavras-chave:

    Acessibilidade, Anlise, Adaptao,

  • 12

    iii

    ABSTRACT

    The present work was inspired by works of Post-Occupancy Evaluation (POE) on the

    effectiveness of an specific place after few years of use. In this case, this is not a POE, but

    an analysis of the circumstances offered to people with special needs when accessing a

    health care establishment built in the period before the existence of accessibility standards.

    To materialize the suggestion of adaptation, in the first moment the current standards were

    mapped. Secondly, the Institution focus of the research was consulted about the possibility

    of opening its doors so that the researcher could raise data of the place. After the consent of

    the Complex Hospital administration, a visit was scheduled to collect the following data:

    (a) interviews with professionals who develop their activities in the industrial Complex

    Hospital (b) local observation of activities as well as the movement of patients and health

    professionals through the area, (c) collection of photos of the current place. The building,

    constructed in the central district of the city of Salvador, receives patients not only from the

    capital, but also users from the interior of the state and sometimes from neighboring states.

    After the visit, the researcher requested the plants of the floor and the ground floor type

    pavement of outpatient care. In possession of all these data, it was possible to consolidate

    the information and reach to a final product. The work presents proposals for adequacy of

    current environments of the HUPES outpatient care. These are simple solutions that can be

    adopted so that people with special needs can access its installation in a more independent

    way, respecting the standards of accessibility and providing more comfort and safety to

    users, accompanies and health professionals. The suggestions presented here permits

    inspiring professionals and students of hospital architecture that solutions to the adaptation

    of the health care establishments, built in the period before the existence of accessibility

    standards, can be found sometimes with occasional interference.

    Keywords:

    Accessibility, Analysis, Adaptation,

  • 13

    iv

    SUMRIO

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 1 LISTA DAS FIGURAS 2 LISTA DAS FOTOS 3 LISTA DOS GRFICOS 4 APRESENTAO 5 1. INTRODUO 06 1.1 Justificativa 06 1.2. Objetivo 07 2 Reviso da Literatura 09

    2.1 Definies 09 2.1.1. Acessibilidade 09 2.1.2. Mobilidade 09 2.1.3. Ajudas Tcnicas 10 2.1.4. Dispositivos de auto-ajuda 10 2.1.5. Desenho Universal 10 2.1.6. Deficincia 10

    2.1.6.1. Deficincia Fsica 10 2.1.6.2. Deficincia Auditiva 11 2.1.6.3. Deficincia Visual 11

    2.2 Barreiras Fsicas 11 2.2.1 Barreiras urbansticas 11 2.2.2 Barreiras nas edificaes 11 2.2.3 Barreiras nos Transportes 11 2.2.4 Barreiras nas comunicaes e informaes 12

    2.3. A Legislao Brasileira 12 2.3.1 Decreto Federal 5296 14 2.3.2 ABNT NBR 9050 15 2.3.3 Resoluo da Diretoria Colegiada RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002 16

    2.4. O Hospital Universitrio professor Edgard Gomes 10

    3 Material e Mtodos 20 3.1 Populao e Amostra 20 3.2 .Material 20 3.2.1. Modelo da entrevista aplicada 20 3.3 Mtodos 22 3.4. Tratamento estatstico dos dados 22

    3.4.1 Pesquisa de Campo: O atendimento ambulatorial do HUPES 22

    4 Resultados e Discusso 39 4.1. Entrevistas 39 4.1.1. Tabulao das respostas 39 4.2. Possveis adaptaes 43

    4.3. Plantas Baixas 49 4.4. Croquis 53 5 Concluses 57 8. Referncias 58 Anexos 60

  • 14

    1

    LISTA DAS ABREVIATURAS E SIGLAS

    ANVISA Agncia Nacional de vigilncia Sanitria

    CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade

    DATASUS Departamento de Informtica do Sistema nico de Sade

    GM Gabinete do Ministro

    MS Ministrio da Sade

    NOAS Norma Operacional de Assistncia Sade

    NOB/SUS Norma Operacional Bsica do Sistema nico de Sade

    NV Nascidos Vivos

    ONG Organizao No Governamental

    PSF Programa da Sade da Famlia

    RH Recursos Humanos

    SIH Sistema de Informao Hospitalar

    SUS Sistema nico de Sade

    2

  • 15

    LISTA DAS FIGURAS

    Figura 1. Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial Fonte: Cedido

    pelo HUPES Figura 2. Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, rea de

    pesquisa. Fonte: Cedido pelo HUPES Figura 3. Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, propostas.

    Fonte: Cedido pelo HUPES. Alteraes da autora Figura 4. Planta baixa do pavimento tipo do atendimento ambulatorial. Fonte: Cedido

    pelo HUPES Figura 5. Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, rea de

    pesquisa. Fonte: Cedido pelo HUPES Figura 6. Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, alteraes

    propostas. Fonte: Cedido pelo HUPES. Alteraes da autora Figura 7. Corrimos Vistas. Fonte: ABNT: NBR 9050. Figura 8. Corrimos Em corte. Fonte: ABNT: NBR 9050. Figura 9. Alturas de comandos e controles. Fonte: ABNT: NBR 9050 Figura 10. Sinalizao visual e ttil nas portas dos banheiros e sanitrios. Fonte: ABNT:

    NBR 9050 Figura 11. Portas nos atendimentos. Fonte: ABNT: BR 9050 Figura 12. Sinalizao ttil nos degraus. Fonte: ABNT: NBR 9050 Figura 13. Transferncia da cadeira de rodas para a bacia sanitria interna. Fonte:

    ABNT. NBR 9050. Figura 14. Transferncia da cadeira de rodas para a bacia sanitria externa. Fonte:

    ABNT: NBR 9050. Figura 15. Barras de apoio Fonte: ABNT: NBR 9050

    3

  • 16

    LISTA DAS FOTOS

    Foto 1. Fachada Principal do Hospital. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 2. Entrada principal. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 3. Piso da entrada principal do EAS. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 4. Acesso principal. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 5. Piso industrial. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 6. Piso das rampas. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 7. Guarda corpo das rampas. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 8. Corrimo das escadas. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 9. Largura dos corredores. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 10. Proximidade da rampa das cadeiras das esperas descentralizadas. Fonte: A

    autora em 17 de outubro de 2007 Foto 11. Circulaes transformadas em espera. Fonte: A autora em 17 de outubro de

    2007 Foto 12. Sanitrios com rea de transferncia suficiente. Fonte: A autora em 17 de

    outubro de 2007 Foto 13. Elevadores Ausncia de recursos para deficientes visuais. Fonte: A autora em

    17 de outubro de 2007 Foto 14. Uso de cores nos pavimentos sinalizao. Fonte: A autora em 17 de outubro

    de 2007 Foto 15. Sinalizao dos consultrios. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 16. Espera comum a todos os pacientes. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 17. Consultrio mdico. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 18. Escada. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 19. Sanitrio atual. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 20. Banheiro adaptado barras. Fonte: www.mercur.com.br, acessado em 10 de

    novembro de 2007 Foto 21. Porta maaneta atual. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007 Foto 22. Porta maaneta proposta. Fonte: A autora. Arquivo tcnico

    4

  • 17

    LISTA DOS GRFICOS

    Grfico 1. Acidentes no atendimento ambulatorial Grfico 2. Reformas no atendimento ambulatorial Grfico 3. Sinalizao no atendimento ambulatorial Grfico 4. Sistema de sonorizao no atendimento ambulatorial Grfico 5. Localizao geogrfica dos pacientes no atendimento ambulatorial

    Grfico 6. Atendimento aos pacientes portadores de necessidades especiais no atendimento ambulatorial

  • 18

    5

    APRESENTAO A adaptao de ambientes s atuais necessidades uma premissa para que a populao

    portadora de necessidades especiais possa ter acesso equitrio aos estabelecimentos

    assistenciais de sade. Embora as normas que regulem este assunto tenham pouco tempo de

    existncia, a sua aplicao de fundamental importncia para o exerccio da democracia ao

    conceder a estes cidados as mesmas condies de acesso que qualquer outro indivduo.

  • 19

    1. INTRODUO

    1.1 - Justificativa

    O impedimento, a desvantagem e a incapacidade muitas das vezes deflagram o

    preconceito oculto na sociedade. Parte da populao com relevantes capacidades

    intelectuais tem restritas as possibilidades de conviver e contribuir na sociedade devido aos

    impedimentos impostos pela prpria cidade. A equiparao das oportunidades deve ser um

    alvo a ser perseguido por todos a fim de que aqueles que hoje encontram-se reclusos em

    seus lares possam ter as condies mnimas de trabalho, divertimento e interao com a

    sociedade.

    O ltimo censo do IBGE apresentou como resultado que 14,5% da populao

    brasileira possui algum tipo de deficincia, totalizando aproximadamente 24,6 milhes de

    pessoas. Em 2000, haviam 8,5% de idosos no pas, o que representa 14 milhes de pessoas

    e 1 pessoa idosa em 26,5% dos lares. Esta populao aumentou duas vezes e meio mais

    rpido que a populao jovem entre 1991 e 2000 e 75% dos idosos so considerados

    pobres. Estima-se que 15% da populao brasileira estar com idade superior a 60 anos em

    2025. Em 2000, foram aprovadas as Leis Federais 10.048 e 10.098 que tratam da

    acessibilidade para as pessoas com deficincia nos espaos pblicos. (BRASIL, 2004 a).

    Neste contexto, a necessidade de tornar o acesso aos EAS livre toda sociedade

    inspirou esta pesquisa na busca por solues possveis de adequao destas edificaes s

    exigncias normativas.

    Este trabalho pretende apresentar aos arquitetos e engenheiros especializados em

    Estabelecimentos Assistenciais de Sade, alternativas para adaptar prdios histricos s

    atuais normas de acessibilidade sem descaracterizar as caractersticas histricas destes

    imveis.

    Pretende-se ainda reforar o conceito que no somente os portadores de

    necessidades especiais precisam de recursos especiais de acessibilidade, mas sim todo

    aquele que, embora no seja portador de alguma deficincia fsica, torna-se por fora das

    circunstncias, mesmo que apenas momentaneamente, deficiente em alguma de suas

    capacidades. Como o caso dos internados vtimas de algum acidente ou at mesmo aqueles

    que passaram por alguma cirurgia e que durante algum perodo podem apresentar

  • 20

    dificuldades para locomover-se, para enxergar, para falar ou at mesmo apresentar outros

    vrios distrbios.

    Para efetuar um estudo de caso, foi selecionado o atendimento ambulatorial do

    Hospital Universitrio da Bahia, EAS que presta cuidados aos pacientes na cidade de

    Salvador. Foi realizada uma visita para estudo observacional e aplicao de entrevista

    semi-estruturada aos seus funcionrios.

    A arquitetura deve no apenas zelar pelos fluxos de trabalho e pela beleza, mas,

    sobretudo deve promover o conforto ambiental e a humanizao dos espaos, cuidando

    para que o princpio da universalidade seja atendido dentro dos ambientes projetados.

    1.2. Objetivo

    O tema Hospital do futuro tem sido muito discutido nos dias atuais. O senso

    comum que seja uma edificao repleta de automao e inovaes tecnolgicas, com a

    presena constante de monitores que acompanham cada minuto de vida dos pacientes.

    Tambm h a interpretao de que seja um prdio que utilize racionalmente a gua, otimize

    energia, use a energia solar, a elica entre outras. O hospital do futuro tudo isso, porm

    algo bem mais simples no pode ser desconsiderado a acessibilidade.

    No pas, existem diversas edificaes que, por terem relevncia arquitetnica e

    histrica, no podem simplesmente ser implodidas. Muitos destes prdios at hoje so

    utilizados como Estabelecimentos Assistenciais de Sade e precisam se adequar

    acessibilidade.

    Atualmente, graas tecnologia disponvel, aliada aos modernos recursos de

    locomoo e de comunicao, a parcela da populao com dificuldade de locomoo que

    outrora permanecia restrita a seu lar, tem a oportunidade de participar mais ativamente da

    sociedade. A arquitetura associa-se s regulamentaes da Carta Maior e de outras

    legislaes estendendo o acesso destas pessoas s instituies de ensino, pesquisa, diverso,

    sade entre outras.

    Este trabalho se prope a aclarar sociedade sobre as normas hoje existentes

    relacionadas acessibilidade e as caractersticas principais que um Servio de Sade deve

    adotar para poder ser identificado como um Hospital do futuro.

  • 21

    Como estudo de caso estudou-se o atendimento ambulatorial do Hospital

    Universitrio da Bahia um hospital reconhecido por toda a sociedade soteropolitana como

    um dos maiores e tambm de grande valor histrico.

  • 22

    2. REVISO DA LITERATURA

    O impedimento, a desvantagem e a incapacidade muitas das vezes deflagram o

    preconceito oculto pela sociedade. Diversos cidados com relevantes capacidades

    intelectuais no tm as possibilidades de conviver na sociedade devido aos impedimentos

    impostos pela prpria cidade. A equiparao das oportunidades deve ser um alvo a ser

    perseguido por todos a fim de que aqueles que atualmente se encontram reclusos em seus

    lares possam ter condies mnimas de trabalhar, estudar, aprimorar seus conhecimentos e

    interagir com a sociedade.

    2.1. Definies

    2.1.1. Acessibilidade

    Segundo a Lei Federal 10098 de 2000 a acessibilidade a possibilidade e condio

    de alcance para utilizao, com segurana e autonomia, de espaos, mobilirios e

    equipamentos urbanos, das edificaes, dos transportes e dos sistemas e meios de

    comunicao, por pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida (BRASIL,

    2000).

    2.1.2. Mobilidade

    Atributo associado s pessoas e aos bens, corresponde s diferentes respostas

    dadas por indivduos e agentes econmicos s suas necessidades de deslocamento,

    consideradas as dimenses do espao urbano da complexidade das atividades nele

    desenvolvidas (VASCONCELOS, 1996).

    2.1.3. Ajudas Tcnicas

    Consideram-se ajudas tcnicas os produtos, instrumentos, equipamentos ou

    tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa

  • 23

    portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal,

    total ou assistida. (BRASIL, 2004)

    2.1.4. Dispositivos de auto-ajuda

    Todos os equipamentos que facilitam ou propiciam a realizao de atividades.

    Entre eles: andadores, bengalas, muletas, cadeiras de rodas, rteses e prteses. (Brasil,

    2004).

    2.1.5. Desenho Universal

    Aquele que visa atender a maior gama de variaes possveis de caractersticas

    antropomtricas e sensoriais da populao (ABNT, 2004).

    2.1.6. Deficincia

    Reduo, limitao ou inexistncia das condies de percepo das caractersticas

    do ambiente ou de mobilidade e de utilizao das edificaes, espao, mobilirio,

    equipamento urbano e elementos, em carter temporrio ou permanente (ABNT, 2004).

    2.1.6.1. Deficincia Fsica

    Alterao completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,

    acarretando o comprometimento da funo fsica, apresentando-se sob a forma de

    paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, triplegia, triparesia,

    hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputao ou ausncia de membro, paralisia cerebral,

    nanismo, membros com deformidade congnita ou adquirida, exceto as deformidades

    estticas e as que no produzam dificuldades para o desempenho das funes (BRASIL,

    2006).

  • 24

    2.1.6.2. Deficincia auditiva

    Perda bilateral, parcial ou total de 41 decibis (dB) ou mais, aferida por

    audiograma nas freqncias de 500 Hz, 1000 Hz, 2000 HZ e 3000Hz (BRASIL, 2006).

    2.1.6.3. Deficincia visual

    Cegueira, na qual a acuidades visual igual ou menor que 0,05 no melhor olho,

    com a melhor correo ptica; a baixa viso, que significa acuidade visual entre 03 e 0,05

    no melhor olho, com a melhor correo tica; os casos nos quais a somatria da medida do

    campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60, ou a ocorrncia simultnea de

    quaisquer das condies anteriores (BRASIL, 2006)1.

    2.2. Barreiras fsicas

    Qualquer entrave ou obstculo que limite ou impea o acesso, a liberdade de

    movimento, a circulao com segurana e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou

    terem acesso informao, classificadas em:

    2.2.1. Barreiras urbansticas as existentes nas vias pblicas e nos espaos

    de uso pblico.

    2.2.2. Barreiras nas edificaes as existentes no entorno e interior das

    edificaes de uso pblico e coletivo e no entorno e nas reas internas de uso comum nas

    edificaes de uso privado multifamiliar.

    2.2.3. Barreiras nos transportes as existentes nos servios de transportes,

    como a escassez de veculos de transporte pblico adaptados com rampas para o acesso de

    passageiros com reduo de sua mobilidade.

    1 Decreto Federal 5296 de 2006 Ministrio da Justia, artigo 5, inciso I.

  • 25

    2.2.4. Barreiras nas comunicaes e informaes qualquer entrave ou

    obstculo que dificulte ou impossibilite a expresso ou o recebimento de mensagens por

    intermdio dos dispositivos, meios ou sistemas de comunicao, sejam ou no de massa,

    bem como aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso informao.

    2.3. A Legislao Brasileira

    A sade descrita na Constituio Brasileira como dever do Estado e direito do

    cidado (Brasil, 1988). Segundo Hlio Pereira Dias, em Direitos e obrigaes em sade

    (...) o direito sade, por ser um direito inerente prpria vida

    do ser humano, rege-se pelos princpios da universalidade e da

    igualdade de acesso s aes e aos servios que a promovem,

    protegem e recuperem. (DIAS, 2004)

    Segundo a Lei 10.098 de 2000, pessoa portadora de deficincia ou com mobilidade

    reduzida aquela que temporria ou permanentemente tem limitada sua capacidade de

    relacionar-se com o meio e de utiliz-lo. (BRASIL, 2000)

    As cidades constituem-se no palco das contradies econmicas, sociais e

    polticas. A existncia de barreiras econmicas, sociais e, sobretudo, as fsicas

    (arquitetnicas) atingem de forma mais contundente as populaes mais pobres e menos

    protegidas, cuja circulao e acessibilidade ao espao urbano so drasticamente reduzidas,

    impedindo o deslocamento de pessoas com deficincia e outras que possuem dificuldades

    de locomoo. Para as pessoas com restrio de mobilidade ter acessibilidade no se

    resume possibilidade de entrar em um determinado local, mas na capacidade de se

    deslocar de maneira independente. (BRASIL, 2004 b)

    No Brasil, a acessibilidade nos espaos urbanos e edificaes de uso pblico ou de

    uso coletivo so legalmente garantidas por normas e legislao prpria. O Plano Diretor

    Municipal, as legislaes especficas como o Cdigo de Obras ou Edificaes, o Cdigo de

    Posturas, a Lei de Uso e Ocupao, a Lei de Parcelamento do Solo e o Plano Diretor de

    Mobilidade Urbana constituem um conjunto de instrumentos municipais, complementares

    ao Decreto no 5.296 de 2004. (BRASIL, 2004 c)

  • 26

    Segundo a Lei Federal 10.098 de 2000, a acessibilidade a possibilidade e

    condio de alcance para utilizao, com segurana e autonomia, de espaos, mobilirios e

    equipamentos urbanos, das edificaes, dos transportes e dos sistemas e meios de

    comunicao, por pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    (BRASIL, 2000)

    Vasconcelos (1996) define mobilidade como o atributo associado s pessoas e aos

    bens, que corresponde s diferentes respostas dadas por indivduos e agentes econmicos s

    suas necessidades de deslocamento, consideradas as dimenses do espao urbano da

    complexidade das atividades nele desenvolvidas.

    O artigo 4 da Lei n 10.048 de 2000: estabelece que qualquer aprovao de

    projetos arquitetnicos ou urbansticos, concesso de alvar de funcionamento e emisso de

    carta de habite-se deve ser atestado o atendimento s normas tcnicas de acessibilidade,

    legislao especfica e as regras contidas no Decreto. (BRASIL, 2000)

    A Resoluo da diretoria Colegiada, RDC n 50, de 21 de fevereiro de 2002,

    informa que para a elaborao de Projetos de Estabelecimentos Assistenciais de Sade,

    devem ser seguidas as orientaes contidas na NBR 9050:2004 que estabelece critrios de

    acessibilidade de pessoas portadoras de deficincia a edificaes, espao, mobilirio e

    equipamentos urbanos. (BRASIL, 2002)

    Segundo a RDC 50, EAS com at dois pavimentos ficam dispensados da

    implantao de elevador ou rampa. Neste caso, a movimentao de pacientes ou portadores

    de necessidades especiais se dar por meio de escada com equipamento porttil ou

    plataforma mecnica tipo plano inclinado adaptado escada. A implantao das rampas nos

    EAS tambm deve seguir os parmetros estabelecidos pela NBR 9050. (BRASIL, 2002)

    O artigo 11 do Decreto Federal n 5.296 de 2004 resolve que nas edificaes de

    uso pblico a serem construdas ou reformadas necessrio um sanitrio para cada sexo em

    cada pavimento e, nas existentes, um sanitrio acessvel por pavimento, com entrada

    independente. J o artigo 3 da Lei n 10.098 de 2000, regula que quaisquer tipos de projetos

    arquitetnicos ou urbansticos concebidos ou implantados pelo poder pblico ou privado,

    bem como reformas e ampliaes de estruturas j existentes, devem ter como referncias

    bsicas as normas tcnicas de acessibilidade, legislao especfica e as regras contidas no

  • 27

    Decreto, isto inclui as edificaes dos Estabelecimentos Assistenciais de Sade.

    (BRASIL,2004)

    No que tange s reformas ou restauraes de prdios histricos ou tombados pelo

    Patrimnio Nacional o decreto Federal 5296 em seu Art. 30 descreve que as solues

    destinadas eliminao, reduo ou superao de barreiras na promoo da acessibilidade a

    todos os bens culturais imveis devem estar de acordo com o que estabelece a Instruo

    Normativa n 1 do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional - IPHAN, de 25

    de novembro de 2003.

    Segundo a Instruo normativa n 1 do IPHAN, as intervenes podero ser

    promovidas atravs de modificaes espaciais e estruturais; pela incorporao de

    dispositivos, sistemas e redes de informtica; bem como pela utilizao de ajudas tcnicas e

    sinalizaes especficas, de forma a assegurar a acessibilidade plena sempre que possvel,

    devendo ser legveis como adies do tempo presente, em harmonia com o conjunto. Cada

    interveno deve ser considerada como um caso especfico, avaliando-se as possibilidades

    de adoo de solues em acessibilidade frente s limitaes inerentes preservao do

    bem cultural imvel em questo. Bem cultural o elemento que por sua existncia e

    caracterstica possua significao cultural para a sociedade valor artstico, histrico,

    arqueolgico, paisagstico, etnogrfico seja individualmente ou em conjunto. (BRASIL,

    2003)

    Finalmente, o artigo 11 do Decreto Federal n 5.296 de 2004, estabelece que os

    profissionais de arquitetura, engenharia e reas correlatas da prefeitura devero assinar a

    Anotao de Responsabilidade Tcnica ART, junto s entidades de fiscalizao

    profissional, declarando que seus projetos atendem as normas de acessibilidade. (BRASIL,

    2004)

    2.3.1. Decreto Federal 5296 de 02 de dezembro de 2004

    O Decreto Federal 5296 foi publicado no dia 02 de dezembro de 2004 com a

    assinatura do presidente da Repblica Federativa do Brasil.

    Ficam sujeitos ao cumprimento das disposies deste Decreto a aprovao de

    projeto de natureza arquitetnica e urbanstica, de comunicao e informao, de transporte

  • 28

    coletivo, bem como a execuo de qualquer tipo de obra, quando tenham destinao

    pblica ou coletiva; a aprovao de financiamento de projetos com a utilizao de recursos

    pblicos, dentre eles os projetos de natureza arquitetnica e urbanstica, os tocantes

    comunicao e informao e os referentes ao transporte coletivo, por meio de qualquer

    instrumento, tais como convnio, acordo, ajuste, contrato ou similar.

    O artigo 11 do Decreto regula que a construo, reforma ou ampliao de

    edificaes de uso pblico ou coletivo, ou a mudana de destinao para estes tipos de

    edificao, devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis pessoa

    portadora de deficincia ou com mobilidade reduzida.

    Ainda no artigo 19 h a informao de que qualquer construo, ampliao ou

    reforma de edificaes de uso pblico deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao seu

    interior, com comunicao com todas as suas dependncias e servios, livre de barreiras e

    de obstculos que impeam ou dificultem a sua acessibilidade.

    O 1o do artigo 19 esclarece que no caso das edificaes de uso pblico j

    existentes, ser adotado o prazo de trinta meses a contar da data de publicao do Decreto

    para garantir acessibilidade s pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade

    reduzida.

    2.3.2. ABNT NBR: 9050 de 1992

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Frum Nacional de

    Normalizao. A ABNT NBR 9050 foi elaborada no Comit Brasileiro de Acessibilidade

    (ABNT/CB40), pela Comisso de Edificaes e Meio (CE40:001.01).

    Esta Norma estabelece critrios e parmetros tcnicos a serem observados quando

    do projeto, construo, instalao e adaptao de edificaes, mobilirio, espaos e

    equipamentos urbanos s condies de acessibilidade e visa proporcionar maior

    quantidade possvel de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitao de

    mobilidade ou percepo, a utilizao de maneira autnoma e segura do ambiente,

    edificaes, mobilirio, equipamentos urbanos e elementos.

    Segundo o item 1.3.1 Todos os espaos, edificaes, mobilirio e equipamentos

    urbanos que vierem a ser projetados, construdos, montados ou implantados, bem como as

  • 29

    reformas e ampliaes de edificaes e equipamentos urbanos, devem atender ao disposto

    na Norma para serem considerados acessveis.

    A respeito de reformas realizadas nos ambientes o item 1.3.2 descreve que

    edificaes e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser tornados

    acessveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessvel.

    2.3.3. Resoluo da Diretoria Colegiada RDC-ANVISA n 50

    A Resoluo da Diretoria Colegiada RDC/Anvisa n. 50 de 21 de fevereiro de 2002

    a norma que regulamenta o planejamento fsico e a inspeo de todos os estabelecimentos

    assistenciais de sade (EAS). A Norma tem como foco principal proporcionar a

    descentralizao das decises de planejamento e projeto, que por meio de equipe

    multidisciplinar efetuar a programao do novo estabelecimento de sade. A RDC no

    pretende estabelecer uma tipologia de EAS, nem tampouco programas arquitetnicos pr-

    definidos. Seu objetivo permitir a projetao e a avaliao de qualquer EAS. Ela

    apresenta regras flexveis para o planejamento de redes fsicas e para a elaborao de

    projetos de EAS.

    A Resoluo fonte de consulta para projetao de novos estabelecimentos e para

    a avaliao de projetos fsicos e utilizada pela vigilncia sanitria (em conjunto com

    outras normas especficas) para a anlise dos projetos e emisso de parecer tcnicos.

    Os novos EAS devem respeitar os conceitos apresentados pela norma tanto nos

    projetos novos quanto nas reas a serem ampliadas de EAS existentes, assim como nas

    reformas de estabelecimentos j existentes e aqueles anteriormente no destinados a

    atividades de sade.

    A Resoluo dividida em trs partes. A primeira parte apresenta os parmetros

    para a elaborao de um projeto fsico de EAS. A segunda apresenta os programas fsico-

    funcionais dos estabelecimentos de sade; a sua organizao funcional, as dimenses

    mnimas de cada ambiente e finalmente a quantificao e os pontos de instalao dos

    ambientes. A terceira parte traz os critrios para projeto de EAS, como as circulaes

    externas e internas, as condies ambientais de conforto, as condies ambientais de

  • 30

    controle de infeco, as instalaes prediais ordinrias e especiais e as condies de

    segurana contra incndio.

    A RDC ainda esclarece os critrios para elaborao de projetos fsicos: os

    documentos exigidos para anlise por parte da Vigilncia Sanitria Local, o projeto bsico

    de arquitetura, o relatrio tcnico contendo o memorial sucinto do projeto de arquitetura, a

    listagem das atividades, as especificaes dos materiais, a descrio das solues adotadas

    para abastecimento de gua, destinao do esgoto, dos resduos slidos e suprimento de

    energia.

    A Resoluo fornece s Vigilncias Sanitrias as condies bsicas de anlise dos

    projetos apresentados para posterior emisso do parecer tcnico, que deve contemplar entre

    outras coisas a adequao do projeto de arquitetura as atividades propostas, a

    funcionalidade do edifcio, a adequao do dimensionamento dos ambientes, as instalaes

    ordinrias e especiais, as especificaes dos materiais.

    Para uma obra nova, a aplicao da resoluo deve ser total.

    Em reformas devem ser privilegiados os fluxos e a solicitao de documentao

    complementar. Sempre devem ser solicitadas as planta com lay-out dos equipamentos e a

    declarao do projetista de como esto sendo supridas as no conformidades. Apenas aps

    de definidas as atribuies, atividades e sub-atividades que o estabelecimento ir executar

    que se deve proceder a elaborao do projeto arquitetnico que deve comear pela

    definio do programa arquitetnico.

    A RDC ainda apresenta parmetros relativos s condies ambientais de conforto

    higrotrmico e qualidade do ar, acstico, luminoso a partir de luz natural e para o controle

    de infeces define as barreiras fsicas por meio de ante-cmaras, vestirios e sanitrios de

    barreria conforme a necessidade da atividade.. Ainda para o controle de infeco so

    previstos os fluxos de trabalho das unidades funcionais que exigem seqncia pr-definida.

    A RDC ainda apresenta as instalaes prediais ordinrias e especiais para cada

    atividade desenvolvida pelo EAS.

    A RDC foi elaborada aps a publicao da ABNT NBR: 9050 de 1992 e

    justamente devido a este fato inseriu em seu corpo as informaes pertinentes

    acessibilidade descritos na NBR, como o caso da adaptao dos sanitrios, que conforme

    descrito na tabela Unidade Funcional 8 apoio logstico, atividade 8.6.1 banheiro para

  • 31

    paciente interno, descreve as caractersticas de um banheiro adaptado para deficientes.

    Ainda na Resoluo encontra-se a informao em sua parte III, captulo 4 circulaes

    Internas e Externas sobre a proporo de vagas para deficientes fsicos a cada 100 vagas de

    estacionamento. A inclinao da rampa adotada na RDC a mesma descrita pela ABNT

    NBR: 9050.

    2.4 O Hospital Universitrio Professor Edgard Santos - HUPES

    O Hospital Universitrio Professor Edgar Santos foi inaugurado no ano de 1948 e

    recebeu este nome devido a seu idealizador o professor Edgard Santos. O professor Edgard

    Santos foi quem liderou o processo de construo do Hospital das Clnicas. Cirurgio,

    catedrtico de Patologia Cirrgica j em 1928, aos 30 anos, tornou-se diretor da Faculdade

    de Medicina no perodo de 1936 a 46, vindo a ser reitor da UFBA de 46 a 1961. Edgard

    Santos foi mais do que um cientista com viso do futuro. Em 1938, depois de uma

    campanha de quase 20 anos, coube a Edgard Santos lanar a pedra fundamental do Hospital

    das Clnicas. Um hospital universitrio concebido e planejado dentro dos padres mais

    avanados para a poca, sobretudo na arquitetura hospitalar e na formao de quadros de

    recursos humanos de nvel superior. Depois de 11 anos de construo, o hospital foi

    inaugurado no final de 1948, dando condies para a criao da Escola de Enfermagem da

    UFBA. Nos anos 50, a Bahia viveu uma fase de grande progresso representado sobretudo

    pela explorao de petrleo e pela efervescncia cultural, cujo centro era a UFBA. Esses

    foram tambm os melhores anos do Hospital e se estenderam at o final da dcada de 60.

    O Hospital Universitrio Professor Edgard Santos tem mais de 30 mil m, 256

    leitos, 153 mdicos, 107 enfermeiras, 1.298 funcionrios, 163 professores de Medicina, 842

    estudantes de graduao, 80 de ps-graduao e 116 mdicos residentes. Atende, em mdia,

    a mais de 500 pacientes por dia em seus ambulatrios. No Centro Cirrgico so realizadas

    cerca de 4.800 cirurgias por ano.

  • 32

    O HUPES tornou-se um centro de referncia para a Medicina da Bahia e de todo o

    Norte e Nordeste. (www.hupes.ufba.br)

    Foto 1. Fachada Principal do Hospital. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 33

    3. Material e Mtodo

    3.1. Populao e Amostra

    A pesquisa foi realizada no atendimento ambulatorial do Hospital Universitrio Professor

    Edgard Santos por meio de visita, entrevista e anlise do projeto arquitetnico cedido pela

    gerncia de arquitetura do hospital.

    3.2. Material

    Foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas, no diretivas aos profissionais do

    Complexo Hospitalar e, posteriormente elaborados lay-outs propondo possveis solues

    para a o EAS visitado.

    O modelo utilizado na entrevista est apresentado no quadro abaixo. Os nomes dos

    profissionais entrevistados foram substitudos na tabulao dos resultados deste Trabalho

    por suas respectivas funes a fim de resguardar a privacidade dos mesmos.

    3.2.1. Modelo da entrevista aplicada

    1 Nome

    2 Profisso ou Formao

    3 rea em que desempenha as atividades

    4 H quanto tempo trabalha no HUPES:

    5

    H registro de ocorrncia de acidente e/ou queda no ltimo ano por usurios, pacientes ou funcionrios no local do atendimento ambulatorial?

    Recentemente: ( ) SIM ( )NO

    ltimo ano: ( )SIM ( )NO

    ltimos 5 anos: ( )SIM ( )NO

    6 Houve reforma no atendimento ambulatorial nos ltimos 5 anos a fim de atender aos pacientes com dificuldade de locomoo?

    ( ) sim ( )no ( ) no sabe

  • 34

    7 A seu ver como a sinalizao do atendimento ambulatorial? (presena de placas indicativas)

    ( )tima ( ) muito boa ( ) boa

    ( )regular ( ) insuficiente ( ) no h

    8 O sistema de som do hospital informa aos pacientes do ambiente ambulatorial sobre o seus atendimentos?

    ( ) otimamente bem ( ) muito bem

    ( ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    ( )no existe

    9 Algum paciente j ficou perdido sem encontrar o consultrio que deveria ser atendido por ausncia ou escassez de sinalizao?

    ( )raramente ( )freqentemente

    ( )Nunca ( ) Sempre

    10 Como um paciente com alguma deficincia fsica (deficincia visual, auditiva ou de locomoo) recebe assistncia ao adentrar ao atendimento ambulatorial?

    ( )otimamente bem ( ) muito bem

    ( ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    10.1 Como se d esta assistncia? Pode descrev-la?

    __________________________________________________________________________

    A autora comprometeu-se a disponibilizar para o servio visitado um exemplar da

    monografia apresentada como requisito para aprovao no curso de especializao, que

    poder tambm ser aproveitada pelo servio como fonte inspiradora para futuras reformas e

    adaptaes do EAS.

  • 35

    3.3. Mtodos

    A metodologia adotada para realizao do trabalho de pesquisa obedeceu a duas

    fases: a primeira, pautada na pesquisa documental na qual foram levantadas normas

    brasileiras, literatura especfica, legislao internacional relativa a Acessibilidade. Foram

    considerados como critrio de seleo os textos produzidos nos ltimos 10 anos e a

    legislao e normatizao brasileira dos ltimos cinco anos;

    Na segunda fase, pautada em pesquisa de campo, foi visitado o atendimento

    ambulatorial do Complexo Hospitalar professor Edgard Santos, conhecido como Hospital

    Universitrio de Salvador. Durante o estudo observacional foi efetuado um levantamento

    fotogrfico da Unidade estudada, e foram registradas em relatrio as caractersticas fsicas

    dos espaos visitados.

    3.4. Tratamento estatstico dos dados

    Os dados foram tabulados, suas informaes foram transferidas para grficos que

    conferem mais facilidade de interpretao dos questionamentos realizados.

    3.4.1 Pesquisa de campo: O hospital Universitrio de Salvador

    A visita ao atendimento ambulatorial do Hospital Universitrio Professor Edgard

    Santos, ocorreu na tarde do dia 17 de outubro de 2007. A administradora do atendimento

    ambulatorial antes de iniciar a visita explicou como funcionam os servios que, no caso

    especfico deste hospital, so realizados mediante marcao prvia. No h servios de

    emergncia, apenas atendimentos pr-agendados.

    O atendimento ambulatorial est atualmente implantado em 3 andares divididos

    nas alas 1 e 2. O acesso aos pavimentos pode ser realizado por meio de rampas e de

    elevadores.

    Para racionalizar o atendimento aos pacientes as diferentes especialidades so

    atendidas em dias da semana previamente estipulados. A instituio fornece ao paciente

    uma lista na qual so discriminadas as informaes relativas aos locais de atendimento de

  • 36

    cada especialidade, assim como os dias, os turnos de atendimento e finalmente os ramais

    telefnicos.

    O roteiro utilizado para visita ao atendimento ambulatorial contemplou as

    informaes relativas a pisos, rampas, larguras dos corredores, banheiros (rea de

    transferncia) e outras relacionadas acessibilidade, conforme o formulrio encontrado no

    item: anexos.

    A chegada ao atendimento ambulatorial no foi fcil. A falta de sinalizao e o

    desconhecimento da cidade fizeram com que a pesquisadora se dirigisse originariamente

    recepo geral do prdio, para ento ser redirecionada para o prdio que distava do Hospital

    Geral cerca de 300 metros. (foto 2)

    Foto 2. Entrada principal. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 37

    A entrada ao estabelecimento realizada por meio de pavimentao por blocos de

    pedra e cimento em desnvel (foto 3).

    Foto 3. Piso da entrada principal do EAS. Fonte: A autora em 17 de outubro de

    2007

  • 38

    Na entrada existe centralizada uma rvore frondosa que limita a viso da placa

    indicativa do Atendimento ambulatorial (foto 4). Nota-se pela foto que pela mesma entrada

    realizado o acesso de veculos e transeuntes.

    Foto 4. Acesso principal. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 39

    O piso dos ambientes internos do estabelecimento est em bom estado de

    conservao e atende s normas. Trata-se de um piso industrial de alta resistncia na cor

    cinza (foto 5).

    Foto 5. Piso industrial. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 40

    Nas rampas do estabelecimento o piso utilizado era o de borracha de goma na cor

    preta. Alm de estar em estado de manuteno desfavorvel ao transeunte devido estar

    gasto, com diversas falhas entre suas emendas e desgastado pelo uso, no constitudo de

    material adequado ao trfego pesado que recebe. (foto 6)

    Foto 6. Piso das rampas. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 41

    O guarda corpo nas rampas apenas desenvolve-se em uma das laterais e est

    instalado na altura de 0,90 com do piso. (foto 7). constitudo de material metlico

    (grelhas e moldura), todavia no se desenvolve em toda extenso da rampa.

    Foto 7. Guarda corpo das rampas. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 42

    Da mesma forma que as rampas, as escadas apenas possuem corrimo em uma das

    extremidades. (foto 8). Este corrimo constitudo por madeira fixada parede. A altura

    desta barra de apoio de 0,90 cm.

    Foto 8. Corrimo das escadas. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 43

    A maior parte dos corredores apresentava a largura de 2,00 m, dimenso suficiente

    para a passagem de macas, cadeiras de rodas e transeuntes com tranqilidade. (foto 9)

    Notou-se contudo que a chegada s recepes alocadas no hall de cada pavimento estava

    muito prxima (0,25 cm) do lance da rampa, o que ocasiona a concentrao de pacientes na

    chegada da circulao vertical. (foto 10)

    Foto 9. Largura dos corredores. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 44

    Foto 10. Proximidade da rampa das cadeiras das esperas descentralizadas. Fonte: A autora

    em 17 de outubro de 2007

  • 45

    Em alguns dos corredores de passagem foram instaladas esperas para algumas das

    clnicas, comprometendo a rea de circulao a estes ambientes. (foto 11)

    Foto 11. Circulaes transformadas em espera. Fonte: A autora em 17 de outubro

    de 2007

  • 46

    Os sanitrios do EAS em sua maioria apresentavam rea suficiente para a manobra

    dos cadeirantes. Verificou-se ainda que a largura das portas dos sanitrios era de 0,80 cm.

    (foto 12). No entanto no existem os recursos de transferncia barras de apoio.

    Foto 12. Sanitrios com rea de transferncia suficiente. Fonte: A autora em 17 de

    outubro de 2007

  • 47

    No existe no estabelecimento sistema de sonorizao. O atendimento realizado

    hoje por meio da chamada nominal, tanto na triagem, quanto nas diversas recepes aos

    ambulatrios espalhados pelos pavimentos do EAS.

    Alm da rampa que d acesso aos pavimentos do prdio, tambm existem

    elevadores que no dispem de sistema de sonorizao e nem botes tteis para deficientes

    visuais. (foto 13).

    Foto 13. Elevadores Ausncia de recursos para deficientes visuais. Fonte: A

    autora em 17 de outubro de 2007

  • 48

    A sinalizao visual do EAS foi feita por meio da adoo de diversas cores para

    facilitar a locomoo dos pacientes. Cada pavimento e cada Ala em especial recebeu

    pintura diferenciada. (foto 14) Contudo no h referncia na triagem inicial dos

    ambulatrios discriminados por suas respectivas cores, o que facilitaria a orientao dos

    pacientes.

    Foto 14.Uso de cores nos pavimentos - sinalizao. Fonte: A autora em 17 de

    outubro de 2007

  • 49

    Cada consultrio tambm recebeu identificao por meio de placas coloridas de

    cartolina. (foto 15) Todavia no foi implantado o sistema ttil em nenhum dos ambientes do

    EAS.

    Foto 15. Sinalizao dos consultrios. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 50

    Hoje no estabelecimento no h fila diferenciada para portadores de necessidades

    especiais, estes pacientes so encaminhados pelos vigilantes para atendimento prioritrio na

    recepo. (16)

    Foto 16. Espera comum a todos os pacientes. Fonte: A autora em 17 de outubro de

    2007

  • 51

    Segundo funcionrios, os pacientes cadeirantes so atendidos nos consultrios em

    suas prprias cadeiras o que no comprometeria a sade dos tcnicos de enfermagem na

    transferncia destes para as macas, que em outros EAS tm gerado diversas queixas de

    funcionrios por desenvolver doenas relativas ao movimento repetitivo - DORT. (foto 17).

    Foto 17.Consultrio mdico. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

  • 52

    4. RESULTADOS E DISCUSSO

    4.1. Entrevista

    Foram entrevistadas quatro funcionrias do estabelecimento, duas de nvel

    superior administradora hospitalar e arquiteta, uma de nvel mdio auxiliar de

    enfermagem e um de nvel bsico recepcionista, trs das quais j trabalhavam no

    estabelecimento h mais de 10 anos.

    4.1.1. Tabulao das respostas

    As entrevistas aos profissionais do servio visitado foram realizadas com o intuito

    de averiguar como os funcionrios vem o estabelecimento de sade no que diz respeito a

    acessibilidade. Por meio das entrevistas e das constataes verificadas in loco pela

    pesquisadora foram realizadas as propostas de adequao dos ambientes s necessidades

    dos portadores de necessidades especiais. Os questionrios com as respostas dos

    entrevistados esto no captulo: Anexos.

    As questes de 1 a 4 apenas levantam informaes relativas a identificao dos

    funcionrios e suas reas de atuao. As tabulaes foram realizadas a partir da questo 5.

    Questo 5:

    0

    4

    Tem conhecimento de acidentes no atendimento ambulatorial?

    Sim No

    Grfico 1. Acidentes no atendimento ambulatorial

  • 53

    Questo 6:

    30

    1

    Houve reforma no atendimento ambulatorial nos ltimos anos?

    Sim No No sabe

    Grfico 2. Reformas no atendimento ambulatorial

    Comentrios:

    a) Reformas nos ambientes de dermatologia,

    b) Reformas nos ambientes: fisioterapia, otorrino, fonoaudiologia

    c) Reforma na rampa.

    Questo 7:

    00

    22

    00

    Como a sinalizao no atendimento abulatorial?

    tima M uito Boa Boa Regular Insuf iciente No h

    Grfico 3. Sinalizao no atendimento ambulatorial

  • 54

    Questo 8:

    00000

    4

    Como o sistema de sonorizao no atendimento ambulatorial?

    tima Muito Boa Boa Regular Insuficiente No existe

    Grfico 4. Sistema de sonorizao no atendimento ambulatorial

    Comentrios:

    1 - A chamada realizada nominalmente.

    Questo 9:

    31

    00

    Pacientes ficam perdidos no atendimento ambulatorial?

    Raramente Frequentemente Nunca Sempre

    Grfico 5 . Localizao geogrfica dos pacientes no atendimento ambulatorial

    Comentrios:

    a) Por no saber ler.

    b) Por no ser alfabetizado (no ler)

  • 55

    Questo 10:

    01

    300

    Ao seu ver, como o atendimeto aos portadores de necessidades especiais?

    tima Muito Boa Boa Regular Insuficiente

    Grfico 6. Atendimento aos pacientes portadores de necessidades especiais no

    atendimento ambulatorial

    Comentrios:

    1 - Desde a portaria, o paciente recepcionado e encaminhado para a triagem. No

    caso de paciente portador de deficincia fsica solicitado que seu acompanhante siga com

    ele durante todo o trajeto realizado no atendimento ambulatorial.

    2 Recebe apoio do corpo de enfermagem. O paciente com deficincia

    recepcionado pelo vigilante do Estabelecimento, que o encaminha recepo. Na recepo

    ele amparado pela equipe de enfermagem que inclusive solicita a permanncia de seu

    acompanhante durante a consulta ambulatorial.

    3 - O paciente recepcionado na portaria pelo atendimento de segurana que o

    encaminha triagem

    4 - O segurana encaminha o paciente para o balco de recepo que, ento, o

    direciona ao ambulatrio no qual ser atendido.

  • 56

    4.2. Possveis adaptaes

    A visita ao atendimento ambulatorial do HUPES demonstrou a realidade da

    maioria dos Estabelecimentos Assistenciais de Sade edificados em perodo anterior s

    normas de acessibilidade. O fluxo percorrido pelo paciente desde a entrada at a chegada

    aos consultrios verificou-se a ausncia de solues arquitetnicas para contemplar a

    populao com deficincia fsica.

    A entrada do atendimento ambulatorial alm de estar em via de grande trfego de veculos no possui sinalizao visvel desde seu porto sobre que Estabelecimento se

    refere. A placa indicativa do atendimento ambulatorial apenas visvel aps a entrada do

    transeunte pelo porto do prdio. (foto 2).

    Adaptao 1 Implantao de Placa indicativa no porto principal.

    O piso da entrada principal rugoso (foto 3) e apresenta desnveis que podem promover a queda dos pacientes e acompanhantes, mesmo aqueles que no sofrem de

    dificuldades do aparelho locomotor.

    Adaptao 2 retirada da atual pavimentao e instalao de piso de alta

    resistncia apropriado para reas externas sem contudo possuir reentrncias ou salincias.

    No h diferenciao no hall e na espera para pacientes idosos, grvidas ou portadores de necessidades especiais. (foto 16)

    Adaptao 3 Implantao de fila especfica para esta populao, alm da

    implantao de placa indicativa dos servios oferecidos pelo estabelecimento. A chamada

    audvel por meio de sistema de sonorizao facilitar o atendimento de portadores de

    deficientes visuais.

  • 57

    O atendimento no servio realizado por meio de marcaes prvias, que podem ser realizadas pelo telefone. As diversas clnicas atendem em dias e horrios pr-

    estabelecidos.

    Adaptao 4 Ainda na rea externa da edificao implantar placa indicativa do

    telefone do estabelecimento pelo qual as consultas podem ser agendadas, assim como a

    indicao dos atendimentos oferecidos pelo servio com seus dias e horrios pr-

    determinados.

    Apesar da instalao de ttens e cartazes com cores distintas para a discriminao das diversas clnicas do ambulatrio, no h correlao destas cores na

    recepo do servio. (foto 14)

    Adaptao 5 Implantar na recepo quadro indicativo correlacionando s cores

    utilizadas em cada pavimento aos respectivos atendimentos de sade.

    As rampas do servio possuem largura e inclinao condizentes com as atuais legislaes, contudo o piso em plastigoma e a ausncia de corrimo em toda a sua extenso

    dificultam a circulao dos pacientes e funcionrios com mobilidade reduzida. (fotos 6 e 7)

    Adaptao 6 Trocar o atual revestimento por um piso de alta resistncia sem

    ressaltos, salincias ou reentrncias e a instalao de corrimo em toda extenso da rampa

    nas duas laterais desta.

    Da mesma forma que as rampas, as escadas tambm possuem corrimos apenas em uma de suas laterais. (foto 8)

    Adaptao 7 Instalar corrimo em toda extenso da escada nas duas laterais.

  • 58

    Situao atual:

    Foto 18. Escada. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

    Os banheiros vistoriados no dia da visita possuam rea suficiente para a entrada e manobra para cadeirantes, no entanto, no apresentavam barras de segurana para

    sua transposio. (foto 12)

    Adaptao 8 - A instalao de barras de segurana nos sanitrios.

  • 59

    Situao atual:

    Foto 19. Sanitrio atual. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

    Situao proposta:

    Foto 20. Banheiro adaptado- barras. Fonte: www.mercur.com.br

  • 60

    A largura dos corredores era suficiente para a passagem simultnea de paciente em cadeira de rodas ou macas, todavia no foram implantadas em suas laterais as barras de

    segurana. (foto 9)

    Adaptao 9 A instalao de barras de segurana nos corredores de passagem.

    Notou-se durante a visita, que em alguns dos corredores era realizada a espera para o atendimento a algumas das clnicas (foto 11). Ainda percebeu-se que em alguns dos

    andares a rea do patamar da rampa de acesso foi invadida pela colocao de cadeiras de

    espera (foto 10). Em ambos os casos a mobilidade dos pacientes e acompanhantes ficou

    comprometida, o que pode inclusive trazer riscos de queda aos transeuntes.

    Adaptao 10 Promover a retirada das cadeiras nas reas de circulao da

    rampa e a retirada das esperas nos corredores de passagem.

    Apesar da informao por tcnica de enfermagem de que o paciente portador de deficincia no aparelho locomotor atendido em sua prpria cadeira de rodas, verificou-se

    no consultrio de atendimento a existncia de trilho no piso para o fechamento da porta

    sanfonada (foto 17). Este trilho alm de acumular poeiras de difcil limpeza pela equipe de

    servios gerais tambm pode ocasionar quedas por parte dos pacientes que possurem

    dificuldades de locomoo.

    Adaptao 11 Retirada dos trilhos nos pisos que, alm de dificultar a limpeza

    dos ambientes, tambm podem ocasionar quedas por parte de pacientes idosos, com

    dificuldades visuais ou portadores de deficincia do aparelho locomotor.

  • 61

    Notou-se durante a visita que as maanetas das portas so do modelo bola, o que alm de dificultar a entrada da equipe de enfermagem no caso de portarem bandejas

    tambm dificultam a entrada de pacientes e acompanhantes com dificuldades no aparelho

    locomotor.

    Adaptao 12 Troca das maanetas de bola pelo modelo alavanca e quando no

    afetar a integridade dos servios realizados, implantar visores nas respectivas portas.

    Situao atual:

    Foto 21. Porta maaneta atual. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007

    Situao proposta:

    Foto 22. Porta maaneta proposta. Fonte: A autora. Arquivo tcnico

  • 62

    4.3. Planta Baixa do Pavimento Trreo

    Figura 1 Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial Fonte: Cedido

    pelo HUPES

    4.3.1. Planta atual do trreo

    Figura 2 Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, rea de pesquisa.

    Fonte: Cedido pelo HUPES

  • 63

    4.3.1.2. rea de propostas

    Figura 3 Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, propostas. Fonte:

    Cedido pelo HUPES. Alteraes da autora.

  • 64

    4.3.2. Pavimento Tipo

    Figura 4 Planta baixa do pavimento tipo do atendimento ambulatorial. Fonte: Cedido pelo

    HUPES

    4.3.2.1. rea de propostas no pavimento tipo

    Figura 5 Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, rea de pesquisa.

    Fonte: Cedido pelo HUPES

  • 65

    4.3.2.2. Alteraes propostas

    Figura 6 Planta baixa do pavimento trreo do atendimento ambulatorial, alteraes

    propostas.. Fonte: Cedido pelo HUPES. Alteraes da autora

  • 66

    4.4 Croquis

    4.4.1 Instalao de corrimos

    Figura 7 Vistas . Fonte: ABNT: NBR 9050. Figura 8 Em corte. Fonte:

    ABNT: NBR 9050

    4.4.2 Alturas de comandos e controles

    Figura 9 Alturas de comandos e controles. Fonte: ABNT: NBR 9050

  • 67

    4.4.3 Sinalizao nas portas dos banheiros e sanitrios

    Figura 10 Sinalizao visual e ttil nas portas dos banheiros e sanitrios. Fonte: ABNT:

    NBR 9050

    4.4.5 Portas nos atendimentos

    Figura 11 Portas nos atendimentos. Fonte: ABNT: NBR 9050

  • 68

    4.4.4 Sinalizao ttil nos degraus

    Figura 12 Sinalizao ttil nos degraus. Fonte: ABNT: NBR 9050

    4.4.6 Sanitrios

    Figura 13 Transferncia interna Fonte: NBR 9050. Figura 14 - Transferncia externa

    Fonte: NBR 9050

  • 69

    4.4.7 Instalao das barras de apoio junto s bacias sanitrias

    Figura 15 barras de apoio Fonte: ABNT: NBR 9050

  • 70

    5. Concluses

    Apesar da existncia de normas que regulamentam a edificao e reforma dos

    estabelecimentos de sade pblicos e privados no que diz respeito ao acesso de portadores

    de deficincia, poucos so os que j incorporaram em seus projetos fsicos de reforma e

    ampliao as caractersticas exigidas por lei.

    Nos EAS novos a preocupao em cumprir o que foi regulamentado notria

    posto que os rgos de fiscalizao que liberam o alvar sanitrio e a licena para seu

    funcionamento exigem solues para o acesso livre toda populao estejam presentes no

    desde o projeto arquitetnico para sua ento liberao.

    O atendimento ambulatorial do HUPES possui reas e caractersticas

    arquitetnicas favorveis s recomendaes das normas de acessibilidade.

    As entrevistas comprovaram que apesar de no possuir todas as caractersticas de

    um edifcio acessvel, o procedimento operacional dos funcionrios busca minimizar estas

    falhas.

    As modificaes propostas para sua adequao so de simples soluo e

    beneficiaro no somente a circulao de portadores de necessidades especiais assim como

    a todo o funcionamento do servio de sade que ter melhor desempenho e poder prestar

    um atendimento de melhor qualidade com mais agilidade e menor risco de acidentes.

  • 71

    9. REFERNCIAS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS ABNT-NBR 9050: acessibilidade de pessoas portadoras de deficincia a edificaes, espao, mobilirio e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. Disponvel em: . Acesso em: 9 de setembro de 2007.

    BRASIL Ministrio da Sade. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. Resoluo da Diretoria Colegiada n 50: Dispe sobre o Regulamento Tcnico para planejamento, programao, elaborao e avaliao de projetos fsicos de estabelecimentos assistenciais de sade. Braslia, 21 fev. 2002. 129 p.

    _____. Ministrio das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasil Acessvel: caderno 1: atendimento adequado s pessoas com deficincia e restrio de mobilidade. Braslia, 2006. 60p.

    _____. Ministrio das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasil Acessvel: caderno 2: construindo a cidade acessvel. Braslia, 2006a. 167p.

    _____.Ministrio das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasil Acessvel: caderno 3: Implementao do decreto n 5.296/04 para a construo da cidade acessvel. Braslia, 2006b. 114p.

    _____. Lei n 10.048/00, de 8 de novembro 2000. D prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e d outras providncias. Braslia, DF, 2000.

    _____. Lei n 10.098/00, de 19 de dezembro 2000. Estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias. Braslia, DF, 2000.

    _____. Decreto n 5.296/04, de 2 de dezembro 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que d prioridade de atendimento s pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critrios bsicos para a promoo da acessibilidade das pessoas portadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida, e d outras providncias. Braslia, DF, 2004.

    BRASIL. Instruo Normativa n 1, de 25 de novembro de 2003. Dispe sobre a acessibilidade aos bens culturais imveis acautelados em nvel federal e outras categorias.

  • 72

    Disponvel em: http:/www.iphan.gov.br/legislac/I.N.%20n%201%20de%2025.11.2003.htm. Acessado em: 10 de setembro de 2007

    DIAS, Hlio Pereira. Direitos e obrigaes em sade. Braslia, Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, 2004. 387p.

    HUPES Hospital Universitrio Professor Edgar Santos. Histrico. Institucional. Disponvel em: http://www.hupes.ufba.br/historico.html. Acessado em: 02 de novembro de 2007.

    MERCUR. Body care. Disponvel em: http://www.mercur.com.br/site/content/bodycare/resultado_busca.asp?pagina_atual=2&Cod_linha=&palavra_chave=&Cod_Aplicacao_Bodycare=37. Acessado em: 10 de novembro de 2007

    VASCONCELLOS, Eduardo A. Transporte urbano nos pases em desenvolvimento: reflexes e propostas. So Paulo, Editoras Unidas, 1996.

  • 73

    ANEXOS

    1 Roteiro utilizado na visita ao atendimento ambulatorial do HUPES

    1 Observao dos pisos (desnveis, acabamentos..) foto

    2 Observao das rampas (corrimo ?) foto

    3 Observao da largura corredores (macas e cadeiras de rodas...) foto e medio

    4 Observao dos banheiros. So acessveis? foto

    a) Verificar largura das portas foto

    b) rea de transferncia - foto

    5 Sistema de sonorizao, se h e se funciona

    6 Sinalizao visual ? foto

    7 Sistema ttil - foto

    8 Filas diferenciadas para pacientes com necessidades especiais?

    9 Transferncia de cadeira de rodas para maca? Como se procede?

    10 Medies:

    a) largura das portas

    b) wcs

    c) altura os corrimos

    11 Elevador ttil? (foto)

    12 Acesso externo ao atendimento ambulatorial - (foto)

    13 Acesso diferenciado para portadores de necessidades especiais? (foto)

  • 74

    2 Respostas s entrevista

    Entrevista 1

    1 FUNO: profissional da administrao do Atendimento ambulatorial

    2 Profisso ou Formao: administradora

    3 rea em que desempenha as atividades: administrao

    4 H quanto tempo trabalha no HUPES: 12 anos

    5

    H registro de ocorrncia de acidente e/ou queda no ltimo ano por

    usurios, pacientes ou funcionrios no local do atendimento

    ambulatorial?

    Recentemente: ( ) SIM ( )NO

    ltimo ano: ( )SIM ( x )NO

    ltimos 5 anos: ( )SIM ( )NO

    6 Houve reforma no atendimento ambulatorial nos ltimos 5 anos a

    fim de atender aos pacientes com dificuldade de locomoo?

    (x ) sim ( )no ( ) no sabe

    Setor de fisioterapia, otorrino,

    fonoaudiologia

    7 A seu ver como a sinalizao do atendimento ambulatorial?

    (presena de placas indicativas)

    ( )tima ( ) muito boa ( ) boa

    ( x )regular ( ) insuficiente ( ) no h

    8 O sistema de som do hospital informa aos pacientes do ambiente

    ambulatorial sobre o seus atendimentos?

    ( ) otimamente bem ( ) muito bem ( )

    bem ( )regular ( ) insuficiente ( x

    )no existe Chamada nominal

    9 Algum paciente j ficou perdido sem encontrar o consultrio que

    deveria ser atendido por ausncia ou escassez de sinalizao?

    ( x )raramente ( )freqentemente

    ( )Nunca ( ) Sempre

    10 Como um paciente com alguma deficincia fsica (deficincia

    visual, auditiva ou de locomoo) recebe assistncia ao adentrar ao

    atendimento ambulatorial?

    ( )otimamente bem ( ) muito bem ( x )

    bem ( )regular ( ) insuficiente

    10.1 Como se d esta assistncia? Pode descrev-la?

    Desde a portaria, o paciente recepcionado e encaminhado para a triagem. No caso de paciente

    portador de deficincia fsica solicitado que seu acompanhante siga com ele durante todo o trajeto

    realizado no atendimento ambulatorial.

  • 75

    Entrevista 2

    1 Funo: Profissional da rea de enfermagem

    2 Profisso ou Formao: tcnica de enfermagem

    3 rea em que desempenha as atividades: atendimento de enfermagem

    4 H quanto tempo trabalha no HUPES: 17 anos

    5

    H registro de ocorrncia de acidente e/ou queda no ltimo ano por

    usurios, pacientes ou funcionrios no local do atendimento

    ambulatorial?

    Recentemente: ( ) SIM ( x )NO

    ltimo ano: ( )SIM ( x )NO

    ltimos 5 anos: ( )SIM ( x )NO

    6 Houve reforma no atendimento ambulatorial nos ltimos 5 anos a

    fim de atender aos pacientes com dificuldade de locomoo?

    ( x ) sim ( ) no ( ) no sabe

    Consultrio de dermatologia

    7 A seu ver como a sinalizao do atendimento ambulatorial?

    (presena de placas indicativas)

    ( )tima ( ) muito boa ( ) boa

    ( x )regular ( ) insuficiente ( ) no h

    8 O sistema de som do hospital informa aos pacientes do ambiente

    ambulatorial sobre o seus atendimentos?

    ( ) otimamente bem ( ) muito bem

    ( ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    ( x )no existe

    9 Algum paciente j ficou perdido sem encontrar o consultrio que

    deveria ser atendido por ausncia ou escassez de sinalizao?

    ( ) raramente ( x)freqentemente

    ( )Nunca ( ) Sempre

    Por no ser alfabetizado (no ler)

    10 Como um paciente com alguma deficincia fsica (deficincia

    visual, auditiva ou de locomoo) recebe assistncia ao adentrar ao

    atendimento ambulatorial?

    ( )otimamente bem ( ) muito bem

    ( x ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    apoio do corpo de enfermagem

    10.1 Como se d esta assistncia? Pode descrev-la?

    O paciente com deficincia recepcionado pelo vigilante do Estabelecimento, que o encaminha

    recepo. Na recepo ele amparado pela equipe de enfermagem que inclusive solicita a permanncia

    de seu acompanhante durante a consulta ambulatorial.

  • 76

    Entrevista 3

    1 Funo: profissional de Atendimento ao pblico

    2 Profisso ou Formao: Auxiliar administrativo

    3 rea em que desempenha as atividades: recepo (perodo da tarde); guichet de atendimento (perodo da

    manh)

    4 H quanto tempo trabalha no HUPES: 11 anos

    5

    H registro de ocorrncia de acidente e/ou queda no ltimo ano por

    usurios, pacientes ou funcionrios no local do atendimento

    ambulatorial?

    Recentemente: ( ) SIM ( x )NO

    ltimo ano: ( )SIM ( x )NO

    ltimos 5 anos: ( )SIM ( x)NO

    6 Houve reforma no atendimento ambulatorial nos ltimos 5 anos a

    fim de atender aos pacientes com dificuldade de locomoo?

    ( x ) sim ( )no ( ) no sabe

    As rampas

    7 A seu ver como a sinalizao do atendimento ambulatorial?

    (presena de placas indicativas)

    ( )tima ( ) muito boa ( x ) boa

    ( )regular ( ) insuficiente ( ) no h

    8 O sistema de som do hospital informa aos pacientes do ambiente

    ambulatorial sobre o seus atendimentos?

    ( ) otimamente bem ( ) muito bem

    ( ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    ( x ) no existe

    9 Algum paciente j ficou perdido sem encontrar o consultrio que

    deveria ser atendido por ausncia ou escassez de sinalizao?

    ( x )raramente ( )freqentemente

    ( )Nunca ( ) Sempre

    Por no saber ler

    10 Como um paciente com alguma deficincia fsica (deficincia

    visual, auditiva ou de locomoo) recebe assistncia ao adentrar ao

    atendimento ambulatorial?

    ( )otimamente bem ( x ) muito bem

    ( ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    10.1 Como se d esta assistncia? Pode descrev-la?

    O paciente recepcionado na portaria pelo atendimento de segurana que o encaminha triagem

  • 77

    Entrevista 4

    1 Funo: Profissional da rea de arquitetura

    2 Profisso ou Formao: arquiteta

    3 rea em que desempenha as atividades: Arquitetura do HUPES

    4 H quanto tempo trabalha no HUPES: 2 anos

    5

    H registro de ocorrncia de acidente e/ou queda no ltimo ano por

    usurios, pacientes ou funcionrios no local do atendimento

    ambulatorial?

    Recentemente: ( ) SIM ( x)NO

    ltimo ano: ( )SIM ( x )NO

    ltimos 5 anos: ( )SIM ( x )NO

    6 Houve reforma no atendimento ambulatorial nos ltimos 5 anos a

    fim de atender aos pacientes com dificuldade de locomoo?

    ( ) sim ( )no ( x ) no sabe

    7 A seu ver como a sinalizao do atendimento ambulatorial?

    (presena de placas indicativas)

    ( )tima ( ) muito boa ( x ) boa

    ( )regular ( ) insuficiente ( ) no h

    8 O sistema de som do hospital informa aos pacientes do ambiente

    ambulatorial sobre o seus atendimentos?

    ( ) otimamente bem ( ) muito bem

    ( ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    ( x )no existe

    9 Algum paciente j ficou perdido sem encontrar o consultrio que

    deveria ser atendido por ausncia ou escassez de sinalizao?

    ( x )raramente ( )freqentemente

    ( )Nunca ( ) Sempre

    10 Como um paciente com alguma deficincia fsica (deficincia

    visual, auditiva ou de locomoo) recebe assistncia ao adentrar ao

    atendimento ambulatorial?

    ( ) otimamente bem ( ) muito bem

    ( x ) bem ( )regular ( ) insuficiente

    10.1 Como se d esta assistncia? Pode descrev-la?

    O segurana encaminha o paciente para o balco de recepo que ento, o direciona ao ambulatrio no

    qual ser atendido.

    LISTA DAS FOTOSLISTA DOS GRFICOSAPRESENTAOForam aplicadas entrevistas semi-estruturadas, no diretivas aos profissionais do Complexo Hospitalar e, posteriormente elaborados lay-outs propondo possveis solues para a o EAS visitado.Na segunda fase, pautada em pesquisa de campo, foi visitado o atendimento ambulatorial do Complexo Hospitalar professor Edgard Santos, conhecido como Hospital Universitrio de Salvador. Durante o estudo observacional foi efetuado um levantamento fotogrfico da Unidade estudada, e foram registradas em relatrio as caractersticas fsicas dos espaos visitados. A visita ao atendimento ambulatorial do Hospital Universitrio Professor Edgard Santos, ocorreu na tarde do dia 17 de outubro de 2007. A administradora do atendimento ambulatorial antes de iniciar a visita explicou como funcionam os servios que, no caso especfico deste hospital, so realizados mediante marcao prvia. No h servios de emergncia, apenas atendimentos pr-agendados. A chegada ao atendimento ambulatorial no foi fcil. A falta de sinalizao e o desconhecimento da cidade fizeram com que a pesquisadora se dirigisse originariamente recepo geral do prdio, para ento ser redirecionada para o prdio que distava do Hospital Geral cerca de 300 metros. (foto 2)Foto 2. Entrada principal. Fonte: A autora em 17 de outubro de 2007A entrada ao estabelecimento realizada por meio de pavimentao por blocos de pedra e cimento em desnvel (foto 3).

    Na entrada existe centralizada uma rvore frondosa que limita a viso da placa indicativa do Atendimento ambulatorial (foto 4). Nota-se pela foto que pela mesma entrada realizado o acesso de veculos e transeuntes.4.1.1. Tabulao das respostasANEXOS

    Entrevista 1Entrevista 2Consultrio de dermatologia

    Entrevista 3Por no saber ler

    Entrevista 4