aerogamaspectrometria e aeromagnetometria

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  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    1/167

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    INSTITUTO DE GEOCNCIAS

    M lS

    AEROGAMAESPECTROMETRIA E AEROMAGNETOMETRIA

    DE UM TR AT O OCIDENTAL DO PR - CAMBRIANO

    PAULISTA

    Francisco Jos Fonseca Ferreira /^

    BIBLIOTECA

    Orientador:

    Prof. Dr.

    Benjamim Bley

    d e

    Brito Neves

    TESE

    D E

    DOUTORAMENTO

    C O M I S S O E X A M I N A D O R A

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    2/167

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    INSTITUTO DE GEOCINCIAS

    AEROGAMAESPECTROMETRIA E AEROMAGNETOMETRIA

    DE UM TRATO OCIDENTAL DO PR-CAMBRIANO PAUUSTA

    [C *

    B IBLIOTECA "a i

    n

    Francisco Jos Fonseca Ferreira "

    Orientador Prof. Dr. Benjamin Bley de Brito Neves

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    SUMRIO

    TEXTO i

    FIGURAS i i i

    TABELAS -v

    A N E X O S v i

    R E S U M O .v i i

    ABSTRACT vi i i

    A G R A D E C IM E N T O S ix

    T E X T O

    1 Intro du o .01

    1.1 Objetivo s e L oca l izao da rea 01

    1.2 Organizao d o Trabalho 03

    1.3 Fontes de Informao Geofs i ca e M etod olo gia .03

    2 T r a b a l h o s A nt e r io r e s e T r a b a lh o s U t i l iz a d o s 0 5

    3 M etod ologia Aerogamaespectromtr ica 06

    3.1 Considera e s Bsicas 06

    3.2 Caracters t icas da Radia o Gama 12

    3.3 Pro ced imentos Operac ionais 23

    3.3.1 O Sistema Areo 23

    3.3.2 Rad iao de Fundo Atmosfr ico 23

    3.3.3 Efeito Compton 26

    3.3.4 Cor re o Altimtrica 29

    3.3.5 Converso para concentraes sup erf ic ia i s 29

    3.3.6 Ou tro s fatores que influenciam a s me d id a s....; 31

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    5.5 Com parao numrica en tre os dados gamacspcctromctricos terrestres e areos da Sute

    Intrusiva de Itu 77

    5.6 Macios Sorocaba, So Francisco e Morungaba 83

    5.6.1 Dados geolgicos gerais 83

    5.6.2 Respostas aerogamaespectromtricas dos macios Sorocaba, So Francisco e

    Morungaba 88

    5.6.2.1

    Macio Sorocaba 88

    5.6.2.2

    Macio So Francisco 92

    5.6.2.3

    Macio Morungaba .92

    5.6.3 Discusso dos resultados obtidos .97

    6 Aerogamaespectrometria Regional

    100

    6.1 Gerao das malhas e dos mapas de contorno 100

    6.2 Integrao dos dados aerogamaespectromtricos e geolgicos 104

    6.2.1 Domnio Embu 105

    6.2.2 Domnio So Roque 108

    6.2.3 Domnio Jundia 111

    6.2.4 Domnio Amparo 112

    6.2.5 Domnio Guaxup 113

    6.2.6 Domnio Bacia do Paran

    115

    7 Aeromagnctometria 116

    7.1 Correes Aeromagnetomtricas , 116

    7.1.1 Correo da variao diurna 116

    7.1.2 Distribuio dos erros- nivelamento magntico 116

    7.1.3 Reduo do campo geomagntico (IG RF) 117

    7.2 Gerao da malha e do mapa de contorno 118

    7.3 Interpretao Qualitativa - Bases Tericas 119

    7.3.1 Anlise Espectral 123

    7.3.2 Separao Regional-Residual 124

    7.3.2.1 Filtro Gaussiano 124

    7.3.2.2 Filtro Passa-Baixa 126

    7.3.2.3 Filtro Continuao para Cima 126

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    FIGURAS

    i

    1 M a p a d e l o c a l i za o d o r e a d o P r o je t o A e r o g e o f s i c o S o P a u l o - R i o d e J a n e i r o ,

    i nd i c a n d o a r e a e s t u d a d a 0 2

    2 E sp e c t r o t i p i c o d a r a d i o a t i v i d a d e n a t u r a l 0 9

    3 P o r c e n ta g em d a r a d i a o g a m a t o t a l d e t e t a d a d e r e a s c i rc u l a r e s c o m d i fe r e nt e s

    d i m e t r o s p a r a o K , U e T h a u m a a l t u r a d e 120m 15

    4 D is t r ib u i o d a e ne r gi a d o f l u x o d e ft o n s p r o d u zi d o p o r 1 % d e K d i s s e m i na d o e m a r e i a ,

    imersa em 20cm de gua 16

    5 D is t r i bu i o d a e ne r gi a d o f l u x o d e ft o n s p r o d u z id o p o r I p p m d e U d i s s e m i n a d o e m

    are ia , imersa em 20cm d e gua 17

    6 D is t r ib u i o d a e n er gi a d o fl u x o d e ft o n s p r o d u zi d o p o r Ip p m d e Th d i s s e m i n a d o e m

    ; are ia , imersa em 20cm d e gua 18

    7 Dis tr ibuio da energia do f luxo de ftons e da componente

    skyshine

    t o m a d a a l m a c i m a

    d e u m g r a n it o t i p i c o 2 0

    8 D is t r i bu i o a n gu l a r d e u m f l u x o d e r a i o s g a m a a u m a a l tu r a d e l m 21

    9 P o r c e n ta g em d a r a d i a o ga m a t o t a l d e t e t a d a a p a r t i r d e r e a s c o m d i fe r e n t e s d i m e t r o s ,

    e m fu n o d o v o l u m e d o d e t e t o r 2 2

    10 E sp e c t r o t i p i c o d a r a d i a o g a m a t o m a d o a 120-m d e a l tu r a 2 4

    11 Espectro da rad iao csmica 25

    12 M d i a s m e n s a i s d a c o n c e nt r a o d o

    RnP

    2

    em Cincinnati , medidos pela manh (S.OOhs)

    e a tard e (15:00hs ) 27

    i 13 Repre sentao esquemtica da intera o entre as janelas de energia d o K, U e Th .28

    \

    14 V a r ia o d o K c o m a a l tu r a d a a e r o n a v e 3 0

    15 Q u a t r o t i p o s d e ge o m e tr i a fo n t e -s e n s o r v e r i f ic a d a s e m l e v a n t a m e nt o s t e r r e st r e s 3 3

    16 O e fe it o d a ge o m e t ri a d a fo n t e e d a d i s t n c i a s e ns o r -fo n t e s o b re a s m e d i d a s e m

    l e v a n t a m e nt o s a r e o s 3 4

    17 M a p a g e o l g ic o e s qu e m ti c o d a s a s s o c i a e s g r a n it i d e s p e r t e n c e nt e s a o

    Itu belt

    (p a r t e

    leste) 36

    18 M apa geolgico s impl if icad o da Sute Intrus iva de Itu 38

    19 M a p a d e p o n t o s ga m a e s p e c t r o m t r ic o s d a S u te In tr u s iv a d e It u 41

    2 0 M a p a d e c o n t o r n o d o K (g a m a e s p e c t r o m e t r i a ) 4 5

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    3 6 M a p a d e p o nt o s a e r o ga m a c s p c c t r o m t r ic o s s e le c i o n a d o s d a S u t e In tr u s i v a d e It u 6 9

    3 7 M a p a d e c o n t o r no d o K (a e r o g a m a e s p e c t r o m e tr i a ) - 7 0

    38 M a p a d e c o n t o r no d o U (a e r o g a m a e s p e c t r o m e tr i a ) 71

    3 9 M a p a d e c o n t o r no d o T h (a e r o g a m a e s p e c t r o m e tr i a ) 7 2

    4 0 M a p a d e c o n t o r no d a r a z o U /K (a e r o g a m a e s p e c t r o m e t r ia ) 7 3

    41 M a p a d e c o n t o r no d a r a z o U /T h (a e r o g a m a e s p e c t r o m e tr i a ) 7 4

    4 2 M a p a d e c o n t o r no d a r a z o T h /K (a e r o g a m a e s p e c t r o m e tr i a ) 7 5

    4 3 M a p a d e c o n t o r no d o p a r m e tr o F * K .U /T h (a e r o g a m a e s p e c t r o m e t r i a ) 7 6

    44 Regresso linear entre contagens po r segundo (cps) e porce ntagem (%) d e K na Sui te

    Intrus iva de Itu 79

    45 Regresso l inear entre contagens por segundo (cps) e porc entagem ( /) de Th na Sui te

    Intrus iva de Itu 80

    46 Regresso l inear entre contagens por segundo (cps) e porc entagem (V*) d e U na Sui te

    Intrusiv a de Itu 81

    47 Perf is medidos atra vs da gamaesp ectrometr ia area e terres tre na rea de Brancroft ,

    E s c u d o C a na d e n s e 8 2

    48 M apa geolgico do s mac ios Soroca ba (1), So Francisco (2) e P irap ora (3) 85

    4 9 M a p a ge o l gi c o d a s p a r t e s m e r id i o na l e o r i e nt a l d o m a c i o d e M o r u n g a ba 8 7

    50 M a p a d a s v a r i a e s d o s nv e i s d e r a d i a o d o K p a r a o s m a c i o s S o r o c a b a , S o

    F r a n c is c o e P i r a p o r a 8 9

    51 M a p a d a s v a r i a es d o s n v e i s d e r a d i a o d o U p a r a o s m a c i o s S o r o c a b a , S o

    F r a n c is c o e P i r a p o r a 9 0

    52 M a p a d a s v a r i a e s d o s n v e i s d e r a d i a o d o T h p a r a o s m a c i o s S o r o c a b a , S o

    Francisco e P irapora 91

    53 M a p a d a s v a r ia e s d o s n v e i s d e r a d i a o d o K p a r a a s p a r t e s m e r id i o na l e o r i e nt a l

    d o m a c i o M o r u n ga b a . 93

    54 M a p a d a s v a r i a e s d o s nv e i s d e r a d i a o d o U p a r a a s p a r t e s m e r id i o na l e o r i e nt a l

    d o m a c i o M o r u n ga b a 9 5

    55 M a p a d a s v a r ia e s d o s n v e i s d e r a d i a o d o T h p a r a a s p a n e s m e r id i o na l e o r i e nt a l

    d o m a c i o M o r u nga ba 9 6

    56 R e p r e s e nt a o e s q u e m t i c a d o s d o i s p r o c e d i m e nt o s b s i c o s u t i l i za d a s p e l o m to d o

    bid irec ional de gera o de malha s 101

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    I TABELAS

    : 1 C o e fi c ie n te s d e a t e n u a o d e m a s s a e

    half

    thickness

    d e v r i a s e n e r gi a s d e r a i o s ga m a n o

    j a r , gu a e c o n c r e t o 0 8

    2 A s r i e d e d e c a i m e n to d o U'

    M

    11

    . 3 A s r i e d e d e c a i m e n t o d o Th

    33 2

    11

    4 P o r c e n ta g em d e d e t e c o d a r a d i a o g a m a o r i gi nr i a d e r e a s c i r c u la r e s a b a i x o d o

    p o n t o d e m e d i d a , a u m a a l t u r a d e 120m 14

    5 C o nt r ib u i e s d e v i d a s a o K, U e T h p a r a u m a e x p o s i o d e Ic m a c i ma d o s o l o 14

    6 E s p e c tr o d a s l a r gu r a s d a s ja ne l a s 14

    7 C a r a c t e r s t ic a s g e r a i s d o s g r a n it o i d e s p e r t e n c e nt e s a o

    Itu belt

    (parte l e s te) 37

    8 F a t o r e s d e c a l i br a o e r a z e s d e

    stripping

    .*. .4 0

    9 M d i a s p a r a o s c o r p o s g r a nt i c o s d a S u t e In tr u s i v a d e It u o b t i d a s a t r a v s d e

    gamaespec trometra terres tre 40

    10 M d i a s p a r a o s c o r p o s g r a n t i c o s d a S u i t e In tr u s i v a d e It u o b t i d a s a t r a v s d e

    g a m a e s p e c tr o m e t r a d e l a b o r a t r i o 4 0

    11 C a r a c t e r s t ic a s ge r a i s d o s g r a n it o i d e s d a r e gi o e nt r e a s c i d a d e s d e S o P a u l o e P i l a r

    d o S u l /P i e d a d e 1 06

    12 P r o p r i e d a d e s m a g n ti c a s d e r o c h a s d o e m b a s a m e n to c r i s t a l i no 135

    13 C o m p a r a o e n t r e a s m e d i d a s d e s u s c e p t i b il id a d e m a g nt i c a e m r o c h a s e a s

    s u s c e p b il id a d e s a p a r e n t e s c a l c u l a d a s a p a r t i r d e d a d o s a e r o m a g n ti c o s r e s i d u a i s . ... 13 8

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    A N E X O S

    I M a p a d e C o nt o r no d o K

    II M a p a d e C o nt o r no d o U

    III M a p a d e C o nt o r no d o T h

    IV M a p a d e C o nt o r no d a C o nt a ge m T o t a l

    V M a p a d e C o n to r n o d a R a z o K /T h

    V I M a p a d e C o nt o r n o d a R a z o K /U

    V II M a p a d e C o n to r n o d a R a z o U / T h

    V III M a p a d e C o n to r n o d o P a r m e tr o F - K . U /T h

    IX M a p a d e C o nt o r no d o C a m p o A e r o m a gn t ic o Re s id u a l

    X M a p a d e C o n to r n o d a F il tr a ge m G a u s s i a n a R e gi o n a l

    X I M a p a d e C o n to r n o d a F il tr a g em P a s s a -Ba i x a

    XII M ap a de Contorno da Continua o Para Cima - 1000m

    XIII M apa d e Contorno da Continuao Para Cima - 2000m

    X IV M a p a d e Co n t o r no d a C o n ti nu a o P a r a C i m a - 5 00 0m

    X V M a p a d e C o nt o r no d a Re d u o a o P l o

    X VI M a p a d e Co n t o r no d a Su s c e p t i b il id a d e M a g n ti c a Ap a r e n t e

    XVII Mapa Geolgico Esquemtico

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

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    R E S U M O

    N e s t e t r a b a l h o fo r a m p r o c e s s a d o s d a d o s a e r o g a m a e s p e c t r o m c t r i c o s e

    aeromagnetomtr icos corr ig idos , d i s tr ibudos em rea aproximada de 20.000m

    2

    entre So

    P au lo e P irassununga (SP ), l imitada p e las seguintes coord enad as: 47*30722*00';

    Div .SP-M G/2200'; 4630'/Div.SP -M G; 4630'/23*45'; 4730'/2345'. As linh a s d e v o

    fo r a m e s p a a d a s d e I km , p e r fa z e nd o c e r c a d e 2 l .0 00 km d e p e r fi s. A s m e d i d a s fo r a m

    t o m a d a s a c a d a 1 0 0 m

    t

    a u m a a l t u r a m d i a c o n s t a n t e s o b r e o t e r r e n o d e 1 5 0 m . N o s

    c a p t u l o s p e r t i n e n t e s a e r o g a m a e s p e c t r o m e t r a fo r a m g e r a d o s e g e o l o g i c a m e n t ei nt e r p r e t a d o s m a p a s d e c o n t o r n o d e K , U , T h , U / T h , K / U , K /T h e F = K .U / T h , t o d o s e m

    escala 1:500.000. Inclu i tambm comparaes , v i sual e numrica , entre dados de

    espectrometr ia gama terres tres e areos da Sute Intrus iva de I tu , em escala 1:200.000;

    . a lm de corre laes entre informaes aero gamaespectromtr icas e geolgicas de a lguns

    1 m a c i o s g r a ni t i d e s c o m o S o r o c a b a , S o F r a nc i s co e M o r u n g a b a , o s q u a i s p o s s u e m

    mapeamentos fac io lgicos . Em re lao aeromagnetometr ia , fo i e laborada uma

    i n t e r p r e t a o q u a l i t a t i v a a p a r t i r d o s p r o d u t o s d a a p l i c a o d e d i v e r s o s f i l t r o s c o m o

    g a u s s i a n o , p a s s a -b a i x a , c o n t i n u a o p a r a c i m a , r e d u o a o p l o e s u s c e p t i b i l i d a d e

    magntica aparente bem como uma tentat iva pre l iminar e s impl i f i cada de integrao com

    da do s geolgicos d i spo nve i s . Os pr inc ipai s resu l tado s obt ido s foram o s seguintes: 1) a

    c o m p a r o e n t r e d a d o s a e r o g a m a e s p e c t r o m t r i c o s e g e o l g i c o s , a n v e i s d e s e m i d e t a l h e

    (1:50.000), da s su i te s grani tides d e I tu . Soroca ba, So Francisco e M oru ngaba mostro u-se

    sat i s fatr ia no que d iz respe i to individual izao de corpos; d i scr iminao de segmentos

    d i s t i nt o s e / o u u n i d a d e s d e m a p e a m e n t o ; r e l a e s e nt r e o s p a d r e s d e zo n a d a d e d a s fc i e s

    e a d i s t r i bu i o d o s n v e i s d e r a d i a o d e K , e T h . 2 ) Em ge r a l , fo r a m s u g e r i d a s , a p a r t ir

    d o s d a d o s a e r o g a m a e s p e c t r o m t r i c o s , a e r o m a g n e t o m t r i c o s e d o c o t e jo c o m i n fo r m a e s

    g e o l g i c a s , c l a s s i f i c a e s p a r a a s r o c h a s g r a n i t i d e s s e g u n d o a s p r i n c i p a i s p r o p o s i e s

    correntes na l i teratura internac ional . 3) A part ir da parametr izao aeroniagnt ica dos

    terrenos pr-cambrianos expos tos , fo i poss ve l infer ir o arcabouo tec tnico do

    e m b a s a m e n t o o c u l t o s o b s e d i m e n t o s e l a v a s d a B a c i a d o P a r a n , b a s e a d o n o s d i v e r s o s

    m a p a s f i l t r a d o s . O u t r o a s p e c t o i n t e r e s s a n t e fo i a d e f i n i o d e u m a b o r d a t e c t n i c a d a

    b a c i a , n a r e a e s t u d a d a , q u e , a l m d e c o n d i c i o n a r o

    emplacement

    d o s g r a n i t i d e s

    pertencentes ao

    Itu belt,

    p o d e t e r , u m a v e z r e a t i v a d a , i n f l u e n c i a d o a s e d i m e n t a o n e s s a

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    ABSTRACT

    This work includes processing and interpretation of airborne spectrometric and

    magnetometpc data of a 20,000km

    2

    area between the cities of So Pa ulo and Pirassununga

    (So Paulo state, Brazil), limited by the following coor dinates: 4730'W/2200'S; SP-MG

    boundary/2200'S; 46'30 'W /SP- M G boun dary; 4630'W/2345'S; 47"30'W /23'45'S. The

    space between flight line wa s 1km and the total length of profiles was 21,000km . Th e

    sampling interval along profiles was 100m and terrain clearance was approximately con-

    stant and equal to 150m. Spectrometric ma ps were produced and interpre ted, showing

    isorad curves for K, U and Th channels, U/T h, K/U and K/Th ratios, and F = K.U /Th;

    the common scale was 1:500,000. Visual and numerical comparisons were presented be-

    tween ground and airborne spectrometric data of Itu Intrusive Suite at scale 1:200,000, and

    correlations were made between spectrometric and geological data of some granitoids as

    Sorocaba, So Francisco and Morungaba. As for magnetometry, a qualitative interpreta-

    tion was carried, based on the products of a variety of filtering processes as gaussian,

    low-pass, upward continuation, reduction-to-the pole and apparent magnetic susceptibility,

    as a preliminar and simplified trial of integration with available geological data. Main re-

    sults are the following ones: 1) a comparison between spectrometric and geological data at

    scale 1:50,000 of Itu, Sorocaba, So Francisco and Morungaba granitoids showed satis-

    factory individualization of the bodies, discrimination of different sectors and/or mapping

    units and relations between facies zonality patterns and distribution of radioactivity levels

    of K, U and Th channels; 2) airborne spectrometric and magnetometric data compared

    with geological data generally suggest classifications for granitoid rocks following main

    current proposals of international literature; 3) on the basis of magnetometric features of

    outcropping Precambrian terrains and with the help of filtered maps, it was possible ;D

    induce the tectonic framework of the basement complex covered by sediments and lavas

    of Parana Basin, with the help of filtered maps. Another interesting aspect was the defi-nition of the tectonic border of this basin inside the studied area, which not only controlled

    the localization of ltu belt granitoids, but also may have affected the sedimentation in the

    basin by reactivation processes; 4) Finally it was shown that used methods are important

    mapping tools, which may contribute for the knowledge of the granitoids and the tectonic

    framework and for the study of metallogenic potential.

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    AGRADECIMENTOS

    Seria praticamente impossvel agradecer a todas as pessoas que de uma forma ou

    outra colaboraram com o desenvolvimento e concluso deste trabalho.

    Ao Prof.D r. Benjamim Bley de Brito Neves pelos vrios anos de convvio estimulante,

    muitas discusses e espirito de companheirismo.

    Ao Prof.Dr. Chang Hung Kiang do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento

    Leolpoldo A. Miguez de Mello (CENPES), da Petrleo Brasileiro S.A. - Petrobrs, o

    convite para desenvolver o presente exerccio, no mbito dessa instituio, atravs da

    concesso de uma bolsa de estudos. Tambm ao Conselho Nacional de Desenvolvimento

    Cientfico e Tecnolgico (CNPq), pelo auxlio financeiro outorgado duran te seis meses.

    Ao Prof.Dr. Marco Polo Pereira da Boa Hora do Setor de Mtodos Potenciais

    (Semepo), do Departamento de Explorao (Depex),da Petrobrs,pela disponibilidade e

    pelo processo de discusso permanente, o qual possibilitou ao autor, dentre outras

    experincias, uma certa famiiiaridade com parte do sistema de processamento de dados

    geocientficos e de cartografia digital, instalado naquele departamento. Entretanto, o

    treinamento amide dependeu da efetiva participao de diversas pessoas como Srgio

    Luiz da Silva Quinto, Paulo Mrcio Gonzaga, Marcos de Barros Muniz, Benedito Souza

    Gomes, Frederico Augusto Varejo Marinho, Eduardo Machado de Souza Arajo, Luiz

    Fernando Santana Braga, Jorge Incio dos Anjos, Delano Luiz Pinto de Aguiar, Marly

    Peres, Csar Fraga de Oliveira, Adr Ino Teixeira Dias, Orlando Aquino de Lima, alm de

    Edgard Liandrat pelas profcuas discusses e leitura critica do manuscrito e

    abstract.

    Dentro desse contexto, agradeo a Rubens Nascimento dos Santos, Francisco Fbio de

    Arajo Ponte, Ricardo Freitas Alves, Oscar Jos Bernardes Neto, Luiz Eduardo Seabra

    Varella e Bonito Leonzio Fuschilo, todos do Setor de Programao e Anlise (Sepran),do

    Depex, pela cordialidade e participao nas diversas fases de tratamento dos dados. A

    Roberto Alexandre Vitria de Moraes pelas vrias sugestes durante o processamento das

    informaes aeromagnetomtricas.

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    A o s P r o f s . D r s . V a l d c c i r d e A s s i s J a n a s i , S i l v i o R o b e r t o F a r i a s V l a c h e M r i o d a

    C o st a C a mp o s N e t o , d o In s ti tu t o d e Ge o c i n c ia s d a U ni v e r s i d a d e d e S o P a u l o ( J G-U S P ) ,

    p e la i mp o r t a nt e c o l a b o r a o n o c o t e jo d a s i nfo r ma e s g e o l gi c a s , i nt e r p r e t a o d o s d a d o s

    aerogeofs icos c le i tura cr i tica d o texto.

    M a r t a R o s a n e d a R o c h a N e t t o B a t i s t a e M r c i a L c i a d e L i m a C o r r a p e l a

    c o l a b o r a o , p a c i n ci a e d e d i c a o na d i gi t a o d o t e x t o e t a b e l a s , r e s p e c t i v a me n t e .

    E l i a n e M a r i a d a S i l v a Qu i n l o p e l a a mi z a d e e c u i d a d o s a r e v i s o d o ma n u s c r i t o .

    T a mbm a Le o n e l D o r o t h eu Qu i n i o , M a r i a A p a r e c i d a d a S il v a Qu i nt o , S r gi o L u i z d a

    S i l v a Qu i n t o e M a r c e l o Le o n e l d a S i l v a Qu i n t o p e l a c a r i n h o s a a c o l h i d a .

    J o r g e Lu i z d a C u n h a p e l a d i g i t a l i z a o d e a l g u ma s i l u s t r a e s e a J o s C a ^ o s d e

    Go u v a e R i c a r d o Y o i t i S h i ma mo t o p e l a e l a b o r a o d a s d e ma i s f i g u r a s .

    s P r o f a s . D r a s . N a o mi U s s a mi , M r c i a E r n e s t o e M a r i a I r e n e B a r t o l o me u R a p o s o ,

    d o I n s t i t u t o A s t r o n mi c o e Ge o f s i c o d a U n i v e r s i d a d e d e S o P a u l o ( I A G- U S P ) , p e l a

    c o n f i a n a d e p o s i t a d a .

    F i n a l me n t e , ma s n o p o r l t i mo , a o I n s t i t u t o d e P e s q u i s a s T e c n o l g i c a s d o E s t a d o

    d e S o P a u l o S . A . I P T , e n t i d a d e n a q u a l o a u t o r e x e r c e u s u a s a t i v i d a d e s p o r ma i s d e 1 0

    a n o s e a q u e m d e v e p a r t e d e s u a f o r ma o p r o f i s s i o n a l , c o n s t r u d a a t r a v s d a l i v r e

    i n t e r a o c o m p e s q u i s a d o r e s , c o m p a n h e i r o s e a m i g o s , s e l r e t u d o , d o s a g r u p a m e n t o s d e

    geofsica e geologia geral.

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    1 INTRODUO

    1.1 OBJETIVOS E LOCALIZAO DA REA

    A p e s a r d e g r a n d e p a r t e d o t e r r i t r i o b r a s i l e i r o s e r c o n t e m p l a d a p o r c o b e r t u r a s

    a e r o g e o f i s i c a s , m u i t o p o u c o t e m s i d o f e i t o n o s e n t i d o d e d i v u l g a r e s s e i m e n s o a c e r v o d e

    d a d o s e e x p l o r a r a d e q u a d a m e n t e s u a a p l i c a b i l i d a d e e m g e o c i n c i a s .

    O s l e v a n t a m e n t o s a e r o g e o f s i c o s n o B r a s i l , c o n c e n t r a d o s s o b r e m a n e i r a d u r a n t e o s

    anos 70 , em terrenos pr-cambrianos , normalmente reg is traram informaes

    m a g n e t o m c t r i c a s e g a m a e s p e c t r o m t r i c a s , e o s p r o d u t o s f i n a i s s o r e p r e s e n t a d o s ,

    f r e q e n t e m e n t e , n a fo r m a d e m a p a s d e c o n t o r n o d o c a m p o m a g n t i c o r e s i d u a l e d a

    c o n t a ge m t o t a l .

    O P r -C a m br ia n o o c i d e n ta l d o E s ta d o d e S o P a u l o e n c o n t r a - s e p r a t i c a m e nt e c o b e r t o

    p e l o P r o je t o A e r o g e o f s i c o S o P a u l o - R i o d e J a n e i r o . O l e v a n t a m e n t o fo i e x e c u t a d o

    durante os anos de 1978 e 1979 pe la ENCAL S.A. - Consul tor ia e Aerolevantamentos e

    o s d a d o s fo r a m c o r r igi d o s p e la C o m p a n h i a d e P e s q u is a d e R e c u r s o s M i ne r a i s (C P R M ),

    em 1988.

    O objet ivo pr inc ipal

    desse

    t r a b a l h o fo i p r o c e s s a r o s d a d o s a e r o g a m a e s p e c t r o m t r i c o s

    e acromagnetomtr icos , gerar mapas geofs i cos temticos reg ionais e proceder uma

    tentat iva pre l iminar e s impl i f i cada de integrao geofi s i co-geolgica , com nfase nos

    m a c i o s g r a ni ti d e s e n o a r c a b o u o t e c t ni c o , d e u m t r a t o o c i d e n t a l d o P r -C a m br i a no d o

    E st a d o d e S o P a u l o .

    P o r e s t e e s t u d o t e r c o n s t i t u d o o p r i m e i r o c o n t a t o d o a u t o r c o m i n fo r m a e s

    a e r o g a m a c s p e c t r o m t r i c a s d i s c r i m i n a d a s , o e x e r c c i o fo i m a i s v o l t a d o p a r a a r e s o l u o d o

    mtodo, em confronto com informaes geofs i cas terres tres da mesma natureza e

    g e o l g ic a s e m n v e i s d e s e m i d e t a lh e e r e gi o na l , d o q u e , a p a r t ir d e s s a s m e s m a s i n fo r m a e s ,

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    so*

    Figura I - MAPA DE LOCA LIZA O DA REA DO PROJETO AEROGEOFSICO SO PAU LO-RIO OE JANEIRO,

    INDICANDO A REGIO ESTUDA DA m odificodo d Anjo* t M our o, 1988 ).

    N

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    I

    1.2 ORGANIZAO DO TRABALHO

    O trabalho fo i d iv id ido em c inco segmentos pr inc ipai s :

    n o p r im e ir o , fo i e fe tu a d a u m a r e v i s o c o n d e n s a d a d o s p r i n c p i o s d a

    e s p e c t r o m e t r i a g a m a , v o l t a d a p a r a a a p l i c a o e m l e v a n t a m e n t o s a r e o s ;

    n o s e gu n d o , fo i p r o c ed i d a u m a c o m p a r a o , v i s u a l e n u m r i c a , e n tr e d a d o s

    gamaespectromtr icos terres tres e a reos da Sute Intrus iva de I tu . Tambm foram

    r e l a c i o n a d o s d a d o s g e o f i s i c o s e g e o l g i c o s d e a l g u n s m a c i o s g r a n i t i d e s c o m

    m a p e a m e n to s fa c i o l o gi c o s c o m o o s d e S o r o c a b a , S o F r a n c i sc o e M o r u n g a ba ;

    n o t e r c e ir o , a p a r ti r d a c o m p i l a o d e m a p a g e o l gi c o a t u a l i za d o , fo i r e a l i za d a

    u m a t e n t a t i v a p r e l i m i n a r e s i m p l i f i c a d a d e i n t e g r a o d e t o d o s o s d a d o s

    aerogamaespectromtr icos e geolgicos da rea;

    n o q u a r t o , fo i e l a b o r a d a u m a i n t e r p r e t a o q u a l i t a t i v a d o s d a d o s

    a e r o m a g n e t o m c t r i c o s , a p a r t i r d o s p r o d u t o s d a a p l i c a o d e d i v e r s o s f i l t r o s c o m o

    g a u s s i a n o , p a s s a -b a i x a , c o n t i n u a o p a r a c i m a , r e d u o a o p l o , s u s c e p t i b i l i d a d e

    magntica aparente e integrao geolgica s implifca;

    n o qu i nt o e l t im o , fo r a m d e s e n v o l v i d a s b r e v e s c o n s id e r a e s f i na i s s o b re a

    integrao geral dos dados aerogeofs i cos e geolgicos .

    1.3 FONTES DE INFORMAO E METODOLOGIA

    As p r inc ipai s fontes de informao geofs i ca foram as se guintes:

    d a d o s a e r o g a ma e s p e c t r o m t r ic o s e a e r o m a g n e to m tr i c o s d o P r o je t o S o P a u l o -

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    I

    plotters

    eletrostaticos coloridos

    on line

    de 36 polegadas VERSATEC, modelos CE 3236,

    alm de terminais IBM 3278.3 e de uma impressora LASER IBM 3800-3.

    gerao das malhas de dados terrestres e areos;

    Foram utilizados basicamente dois mtodos para a gerao das malhas terrestres e

    areas, em funo da distribuio planimtrica dos dados. Assim, para as informaes

    terrestres, foi empregado um mtodo de interpolaao cuja ponderao calcada no inverso

    da distncia (veja item 4.3), enquanto para as areas aplicou-se um mtodo bidirccional

    de gerao de m alhas (veja item 6.1).

    interpreta o aeromagnetica qual itativa;

    Para desenvolver a interpretao aeromagnetica qualitativa foi utilizado um conjunto

    de programas de filtragem, cujo detalhamento deve ser remetido ao Captulo 7.

    elaborao e edio dos ma pas de conto rno;

    Para a elaborao e edio dos mapas de contorno, foram empregados sistemas e

    programas proprietrios da Petrobrs, disponveis aos usurios. Foram produzidos 21

    mapas de contorno, em escala 1:200.000, da Sute Intrusiva de Itu; 8 mapas em escala

    1:500.000 referentes aos dados aerogamaespectromtricos e igual nmero pertinente ao

    tratamento das informaes aeromagnetomtricas.

    compilao de map a geolgico;

    Para a compilao do mapa geolgico, procurou-se reunir informaes atualizadas,

    com nfase p ara as rochas granitides. Assim, tomo u-se como base o mapa de Janasi e

    Ulbrich (1985), em escala 1:500.000, procedendo-se atualizaes a partir dos trabalhos de

    Janasi et ai. (1990) e Vasconcellos e Janasi (1989), ambos nessa escala. A

    compartimentao em grandes unidades foi baseada no mapa ao milionesimo de Campos

    Neto e Vasconcellos (1986). J as informaes relativas Bacia do Par an foram extra das

    do mapa geolgico do Es tado de So Paulo (I PT 1981), tamb m na escala 1:500.000.

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    2 TRABALHOS ANTERIORES E TRABALHOS UTILIZADOS

    Diversos so os trabalhos ex i s tentes na l i teratura geolgica que versam sobre a rea

    e s t u d a d a o u q u e a i n c l u e m . N o o b je t i v o d e s s e c a p i t u l o e l a b o r a r u m a s i n t e s e d o

    c o n h e c im e nt o g e o l g ic o e g e o f is i c o d o P r -C a m b r ia n o e d o s t e r r e no s s e d i m e n t a r e s d a B a c ia

    d o P a r a n n o E s t a d o d e S o P a u l o , u m a v e z q u e e s s a t a r e fa j fo i d e s e n v o l v i d a , e m p a r t e ,

    n

    o exame de qual i f i cao do autor (Ferre ira 1987a,b). Entretanto , s inteses bas tante

    completas sobre a geologia pr-cambriana podem ser encontradas em Artur (19S8),Vasconce l los (19S8) e sobre a Bac ia do Paran em Zaln

    et ai

    (1990).

    N e s t e e x e r c c i o fo r a m t o m a d o s c o m o b a s e e s s e n c i a l m e n t e o s t r a b a l h o s d e J a n a s i e

    Ulbrich (1985), Vlach (1985 e 1989), Wernick e Galembeck (1986), Vasconcel los e Janasi

    (19S9), Godoy (1989), Vlach et ai. (1990), Janasi et ai.(1990), Wernick (1990) e Wer nick

    et ai.

    (1990) sobre os grani t ides , e o de Campos Neto e Vasconce l los (1986) sobre a

    ge o l o gi a d a re a , a lm d o m a p a g e o l g ic o d o E s t a d o d e S o P a u l o (IP T 1 98 1) .

    A bibl iografia geofs i ca bs ica dos temas envolvidos (aerogamaespectrometr ia e

    aeromagnetometr ia) pode ser remet ida a Bhattacharyya (1966), Spector e Grant (1970),

    Adams e Gasparini (1970), Grasty (1979), Kil leen (1979), Bristow (1979), Darnley (1982),

    Mares (1984), Faure (1986), Darnley e Ford (1989) e vr ios l ivros-texto de introduo a

    geofs ica.

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    3 METODOLOGIA AEROGAMAESPECTROMTRICA

    3.1 CONSIDERAES BSICAS

    E xi st e m t r s fo r m a s p e l a s q u a i s a s r a d i a e s s e ma n i fe s t a m : p a r t c u l a s a e

    P

    e

    r a d i a o y . A s p a r t c u l a s a s o n c l e o s d e H e e s o a b s o r v i d a s p o r p o u c o s c e n t m e t r o s d e

    a r . A s p a r t c u l a s

    fi

    s o e l t r o ns e p o s s u e m m a i o r p o d e r d e p e n e t r a o n o a r , u l tr a p a s s a n d o

    l m . J a r a d i a o y u m a fo r m a d e r a d i a o e l e t r o m a g n t i c a , s e m e l h a n t e a o s r a i o s X ,

    s e n d o fo r t e m e n t e p e n e t r a t i v a . c a r a c t e r i z a d a p o r u m a fa i x a d e f r e q n c i a s e n t r e 3 x 1 0 "

    5-

    1

    e 3.\10

    :i

    S~ \ a p r e s e n t a n d o , p o r t a n t o , c u r t s s i m o s c o m p r i m e n t o s d e o n d a (I O *

    11

    a IO'

    13

    m).

    Wulf (1910

    apud

    G r a s t y 1 97 9) m o s t r o u q u e a r a d i a o g a m a p r o v e n i e nt e d a s u p e r f c i e

    t e r r es t re c a p a z d e i o n i za r o a r a t a l tu r a s d a o r d e m d e 3 00 m .

    A a b s o r o d a r a d i a o g a m a o c o r r e a t r a v s d e t r s p r o c e s s o s d i s t i n t o s : e fe i t o

    fo t o e l t r ic o , e s p a l h a m e n t o e p r o d u o d e p a r .

    N o e fe i t o fo t o e l t r i c o , a e n e r g i a d o r a i o g a m a c o m p l e t a m e n t e a b s o r v i d a p o r u m

    e l t r o n p e r i f r i c o q u e e x p e l i d o d o t o m o , e m i t i n d o d e s s e m o d o r a d i a o b e t a , p o r m e i o

    da energia c intica E = hv - Eb, onde Eb a energia d o e l tron, e h v = hc/A (onde h a

    c o n s t a n t e d e P l a n c k ; c a v e l o c i d a d e d a l u z e X o c o m p r i m e nt o d e o n d a ) , a e ne r gi a d o

    f to n i nc i d e n t e . e v i d e n t e q u e e s s a c o n d i o (e je o d e e l tr o n ) e x is t e a p e n a s q u a n d o a

    energia do fton inc idente for maior que Eb. A absoro atravs do efe i to fotoe l tr ico

    p r e d o m i na n t e e m c o n d i e s d e b a ix a e n e r gi a , c o n s ta t a n d o -s e , a s s i m , q u e a m e s m a d e c r e s c er a p i d a m e n t e c o m o a u m e n t o d a e n e r g i a d o f t o n . P a r a u m a m e s m a e n e r g i a , a a b s o r o

    d o s r a i o s g a m a , e m g e r a l , d i r e t a m e n t e p r o p o r c i o n a l a o n m e r o a t m i c o d o m a t e r i a l

    a b s o r v e n t e .

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    C a s o u m a r a d i a o g a m a d e i n t e n s i d a d e I i n c i d a e m u m a c a m a d a a b s o r v e n t e d e

    e s p e ss u r a d x , a qu a n t id a d e d e r a d i a o a b so r v i d a d l s e r p r o p o r c i o na l a d x e 1 , d e fo r m a

    que:

    dl = - n\d

    x

    O fa t o r d e p r o p o r c i o n a l i d a d e , c a r a c t e r s t i c o d o m e i o , c o n h e c i d o c o m o c o e f i c i e n t e d e

    a t e n u a o l in e a r . N o c a s o d a i nt e ns id a d e I a s s u m ir o v a l o r I

    o

    n a p r e s e n a d e m a t e r i a l

    no-absorvente , e nto:

    I = I,*"**

    A e s p e s s u r a d o m a t e r ia l a b s o r v e nt e q u e r e d u z a in t e ns i d a d e d a r a d i a o p e la m e t a d e ,

    denominada meia-espessura (Xtp), p o d e s e r a s s im e x p r e s s a :

    Gras ty (1979) apresenta (Tabela 1) as meias-espessuras bem como os ndices de

    a t e n u a o d e m a s s a d e v r i a s e ne r gi a s p a r a a gu a , o a r e a r o c h a , b a s e a d o e m H u b be l l e

    Berger (1968). O coef ic i ente de atenuao de massa o coef ic i ente de atenuao l inear

    d i v i d i d o p e l a d e n s i d a d e d o m a t e r i a l . P a r a a e r o n a v e s a a l t u r a s d e 1 0 0 m o u m a i s , a

    i nt e ns id a d e d o s r a i o s ga m a a b a i xo d e 0 , 1 0M e v , e m i t i d o s p o r r o c h a s o u s o l o s n a s u p e r fc i e ,

    s e r c o n s i d e r a v e l m e n t e r e d u z i d a e r e f l e t i r o p r e d o m n i o d o e s p a l h a m e n t o C o m p t o n d a

    r a d i a o g a m a d e a l t a e n e r g i a . A s s i m , a r a d i o a t i v i d a d e n a t u r a l p o d e s e r d e t e c t a d a a

    a l g u m a s c e n t e n a s d e m e t r o s d a s u p e r f c i e , c o n s t i t u d a d e r a i o s g a m a o r i g i n r i o s d a

    s u p e r fc i e, o u d e a l g u m a s d e ze n a s d e c e n tm e t r o s a b a i x o d e l a .

    T o d a s a s r o c h a s e s o l o s s o r a d i o a t i v o s e e m i te m r a d i a o g a m a . A s fo nt e s d e s s a

    radiao so:

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    21/167

    I

    Energia

    (Mev)

    0 01

    Q

    10

    0.20

    0.30

    0.40

    0.50

    0.60

    0.80

    1.00

    1.45

    1.50

    1 7

    2.00

    2.62

    3.00

    Coeficiente d e Atenuao de Massa

    (cm/g) '

    Ar

    4.8200

    0.1510

    0.1340

    0.1230

    0.1060

    0.0954

    0,0868

    0.0804

    0.0706

    0.0635

    0.0526

    0 0 5 1 7

    0.947:1

    0,0444

    0.0391

    0,0358

    gua

    4.9S00

    0.1680

    0.1430

    0.1360

    0.1180

    0,1060

    0.0966

    0.0894

    0.0785

    0,0706

    0.0585

    0,0575

    0.0532

    0.0493

    0.0433

    0,0396

    Rocha'

    26.5000

    0.1710

    0.1400

    0.1250

    0.^070

    0.0957

    0.0873

    0.0807

    0.0708

    0.0637

    0.0528

    0.0519

    0.0482

    0.0447

    0.0396

    0.0365

    h-a;f Thickness

    Ar

    c

    (m )

    1.11

    35.50

    40.00

    43.60

    50.60

    56.20

    61.80

    66.70

    75.90

    84.40

    102.00

    104.00

    112.00

    121.00

    137.00

    150.00

    g u *

    ( c m )

    0.139

    4.130

    4.650

    5.100

    5.870

    6.540

    7,1 0

    7,750

    8.830

    9.820

    11.800

    12.100

    13.000

    14.100

    16.000

    17 500

    Rocha*

    (cm)

    0.01

    1.62

    1.98

    2.22

    2.59

    2.90

    3.18

    3.43

    3.92

    4.35

    5.25

    5.34

    5.7S

    6.20

    7.00

    7.60

    a) Espessura do material pela qual a intensidade do raio reduzida pela m etade do valor inicia/;

    b) 75 N;232 O ; 1,3% Ar por peso;

    c) composio do concreto tipico (Hubbel & Berger 1968);

    d) para o ar a O*C 76cm de Hg com uma densidade de 0,001293 g/cm

    1

    e) densidade do concreto de2JS g/cm*

    Tabela 1 - Coeficientes de atenuao de m assa e half thicknessde vrias energias de raios gam a no

    ar, gua e concreto.

    (conforme Hubbell & Berger 1968, modificado de Grasty 1979).

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    22/167

    1

    0000

    30003

    20000

    10000

    DETETOR OENftI 13054 P0L3I

    TEMPODECONTBGEM: 10MINUTOS

    OIHENSOES ORFONTEDECflUBRRCftOc 7.62MX7.62M

    DISTRMCIB FONTE-DETETOBt 0.6METROS

    COHPOSICRO ORFONTEDECRLIBPR-kO:

    2 . 2 I Z OE K

    3.0PPB OEU

    26 .1PPH

    DE

    TH

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    23/167

    I

    D e a c o r d o c o m F a u r c (I 9S 6 ), r e fe r e nc i a nd o o u t r o s a u t o r e s , o

    K

    d e c a i d e u m a fo r maregular para o

    Arft

    e o

    Ca%

    O d e c a i m e n t o p a r a o

    Arft

    o c o r r e a t r a v s d a e m i s s o d e

    p o s i t r o n s e d a c a p t u r a d e e l t r o n s , e n q u a n t o p a r a o Ca% o p r o c e s s o e n v o l v e a p e n a s

    e m i ss o d e p a r t c u la s b e t a n e ga t i v a s .

    N o d e c a i m e n t o p a r a o

    Ar ,

    c e rc a d e 1 1% d o s to m o s d e

    Kft

    d e c a e m p o r c a p t u ra d e

    e l trons e at ingem um es tado exc i tado de Arf, s e g u i d o d a e m i s s o d e r a i o s g a m a c o m

    energia d e l ,46M eV (Figur a 2). Aproximadame nte 0,16% des ses tomo s decaem tambcm

    p o r c a p t u r a d e e l t r o n s d i r e t a m e n t e p a r a a fo r m a e s t v e l d e Arfl, emit indo ass im uma

    energia d e 1,51 M ev. A terce ira p arte , 0 ,001% do s to mos d e

    K ,

    d e c a i p o r e m is s o d e u m

    p o s i t r o n (0 ,4 9M e V ) , s e g u i d o d a s u a e l i m in a o a t r a v s d a l ib e r a o d e l , 02 M e V d e

    energia.

    O s d e c a i m e n t o s d o s i s t o p o s

    U

    23

    , U

    235

    , U

    23

    e

    Th

    7

    *

    2

    ,

    p o r s u a v e z , r e v e l a m -s e m a i s

    c o m p l e xo s . T o d o s o s i s t o p o s d e U s o r a d i o a t iv o s e o

    Th

    21 2

    ex is te pr imariamente apenas

    n es sa fo r m a , c o n t u d o c e r c a d e q u a t r o vezes m a i s a b u n d a n t e q u e o U . C i n c o i s t o p o s d o

    Th ,

    n o o b s t a n t e , o c o r r e m n a n a t u r e z a c o m o p r o d u t o s i n t e r m e d i r i o s d o s d e c a i m e n t o s d e

    t

    y

    (J23S

    O

    U

    23 1

    d e c a i p a r a o

    Pb

    m

    da seguinte forma:

    U

    2

    ? - PbS

    6

    + ZHef + 6/f + Q,

    o n d e Q = 4 7, 4M e V / t o m o , o u 0 ,7 1c a l / g/ a n o e r e p r e s e n ta a s o m a d a s e n e r gi a s d e

    d e c a i m e nt o d e t o d a a s r i e .

    O s d e c a i m e n t o s d o s d e m a i s i s t o p o s p o d e m s e r a s s i m i n d i c a d o s :

    U&

    -

    Phff

    +

    IHei

    +

    4 0 + Q

    (45 ,2 M e V / t o m o ) e

    Th&

    -

    Pb&

    +

    6He} + 4 0

    +

    Q

    (39 , 2M e V / t o m o ) .

    D e s s a fo r m a , o s d e c a i m e n t o s d eU

    2il

    ,t/

    235

    e

    Th

    23 2

    resu l tam nos seguintes i stopos

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    24/167

    Isotopo

    u

    T h

    2 M

    P a "

    4

    u"

    4

    7h"

    fia"

    s

    fin"

    2

    P o

    2 1 t

    P o

    2 1 4

    8 /

    2 1 4

    P o

    2 1 4

    P 6

    2 1 0

    B /

    21 0

    P o

    2 1 0

    P b

    2 O i

    Radiao

    3

    X

    a

    a

    X

    s

    P

    P

    s

    A

    a

    t s t v t l

    iVeia-Vida

    4.507x 10anos

    24.1 dias

    1,18 meses

    2,48x 10

    5

    anos

    7.52x 10*anos

    1600 anos

    3.82S dias

    3,05 meses

    26,8 meses

    19.7 m eses

    1.58

    x 10-

    segundos

    22,3 anos

    5.02 dias

    138,4 dias

    sfo omitidos

    os

    produtos

    de

    decaimento para istopos

    que

    representam

    menosde 0,2%.

    Tabola 2 - A srie de decaimento do U

    n

    *

    (conforme Smith & Wolienberg 1972, modificado de Grasty 1979).

    Istopo

    Th

    2

    fi a

    22

    c

    2 2 8

    Th

    229

    fa

    22

    *

    Radiao

    a

    P

    P

    et

    %

    Mcia-Vida

    1.39x10'anos

    6,7 anos

    6,13 .oras

    1,91 anos

    3,64 dias

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    25/167

    Considerando-se que o U e o Th dispem de uma configurao eletrnica similar,

    Th(Z = 90) e U(Z = 92), decorre que tais elementos possuem propriedades quim icas

    semelhantes. Ambos ocorrem na nature za com o xidos tctravalentes e por apresentarem

    ions similares (l

    N

    * =

    1,05/4

    e Th**= ,\0A) podem ser facilmente substitudos entre

    si.

    Entretanto, sob condies oxidantes, o assume a forma hexavalente, sendo solvel na

    gua e portanto mais mvel, enquanto o Th existe somente na forma tetravalente, e por

    conseguinte seus minerais so insolveis na gua.

    Durante a cristalizao de um magma, U e Th so concentrados na fase liquida,

    incorporados em rochas ricas em silica. Por essa razo os granitos, por exemplo, so mais

    ricos nesses elementos que as rochas baslticas ou ultramficas.

    3.2 CARACTERTICAS DA RADIAO GAMA

    O primeiro trabalho terico dedicado variao da intensidade da radiao gama

    natural com a altura foi o de Eve (1911

    apud

    Grasty 1979). Esse autor avaliou a

    intensidade da radiao gama em termos do nmero (n) de ons produzidos por segundo/

    cm

    3

    de ar e mostrou que:

    ( 1 )

    I* JU

    onde:

    g a radiao mdia das rochas;

    n

    o

    o nmero de ons produzido por cm

    3

    /s no ar, em condies normais de temperatura e

    presso, a lcm de uma fonte de um Curie de atividade radioativa (igual a Ig de Ra);

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    26/167

    Subst i tu indo x = l /z na e qua o (1) , tem-se:

    -khx

    dx

    =

    N

    0

    E

    2

    {h)

    , ( 2 )

    onde:

    A'

    o

    r e p r e s e n t a a c o n t a g e m r e g i s t r a d a e m u m d e t e c t o r d e r a i o s g a m a n a s u p e r f c i e , e N , a

    c o nt a ge m a u m a a l tu r a h .

    A funo Ei c o n h e c i d a c o m o i nt e gr a l e x p o n e n t i a l d e s e g u n d a o r d e m e n a l it e r a t u r a

    sov itica referida co mo 'fun o d e King". King (1912

    apud Grasiy

    1979) general izou a

    e q u a o (2 ) e d e r i v o u a v a r i a o d o s r a i o s g a m a (N ) c o m a a l t u r a a c i m a d e u m d i s c o c i r -

    c u la r d e e s p e s s u r a

    d,

    cont ido em um ngulo d o p o n t o d e m e d i d a . N d a d o p o r :

    onde C "o.

    u, he?,

    p o s s u e m o m e s m o s ig ni fi c a d o d o s p a r me t r o s d a e q u a o (1 ) .

    A p a r t i r d a e q u a o a c i m a , p o d e -s e c a l c u l a r a p o r c e n t a g e m d a r a d i a o t o t a l

    d e t e c t a d a (P ) , a q u a l o r i g i n r i a d e u m a r e a c i r c u l a r s u b t e n d i d a p o r u m n g u l o 2,

    atravs da seguinte expresso:

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    27/167

    Porcentagemcia

    Fonte

    10

    ~ 20

    ~ 30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    Potssio*

    {fi=0.006801m)

    74,5

    110.9

    143.4

    176.1

    211,5

    252.2

    307.7

    372,7

    493,3

    Urnio*

    {ft= 0.0019/m)

    76.2

    113.3

    146.8

    180.6

    217,2

    259,5

    312.3

    385.8

    513.4

    Trio

    (/i= 0,00506/m)

    79.6

    100.0

    154,1

    190.1

    229.5

    275.5

    335.5

    415.2

    559.5

    i) Coeficientedeatenuao linear tomadosdaTabela 1parao ar a O*C 76cmde Hg.

    Tabela 4 - Porcentagem de deteo da radiao gama originria de circulares

    abaixo do ponto de medida, a uma altura de 120m (conforme Grasty 1979)

    1%K

    1ppm Th

    i ppm U

    Razo

    dt

    Exposio

    {M

    R/h)

    Lovborg&Kirkegaard

    (1974)

    1.S2

    0.31

    0,63

    Beck*eai'

    (1972)

    1,49

    0.31

    0,62

    Tabela 5 - Contribuies devidas ao K, U e Th para uma exposio de 1cm

    acima do solo. (conforme Grasty 1979)

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    28/167

    100

    z

    z

    a

    o

    X

    UJ

    U5

    a

    z

    J

    u

    DC

    D

    a.

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    29/167

    10

    0 .5 1.0 1.5

    2. 0

    2. 5

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    30/167

    a >

    o

    E

    o

    CO

    o

    o

    10

    1. 0

    1. 5

    2 . 0

    2 . S

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    31/167

    10

    LU

    O

    o

    CO

    z

    o

    o

    10

    10

    10

    TLIH>8> - 2.62HEV

    F0T0PIC0S DO TLiaO BIi BI 1212) i RC (228)

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    32/167

    A F i g u r a 5 m o s t r a d i v e r s o s fo t o p i c o s , t o d o s o r i u n d o s d a r a d i a o g a m a e m i t i d a p e l o

    Bi

    Zi

    *

    a t e ne r gi a s d e 0 ,5 M e V , a s s i n a la n d o -s e a p e n a s a q u e l a c o r r e s p o n d e n t e a l , 76 M e V .

    A b a i x o d e 0 , 5M c V , s e g u nd o K o ga n

    et ai.

    (1971

    apud

    M a r e s 1 98 4) , a s r a d i a e s ga m a s o

    p r o v e n i e nt e s , a le m d o Bi

    21

    , d o s i s t o p o s Pb

    21

    *,

    Th

    23

    *

    c L

    nu

    .

    A F i g u r a 6 t a m b m e x i b e v r i o s fo t o p i c o s , d e s t a c a n d o a q u e l e c o r r e s p o n d e n t e a o

    TP

    oi

    (2,62MeV).

    O s o u t r o s s o o r i g i n a d o s d o s i s t o p o s

    TP*, Bi

    m

    e

    Ac*

    at energias de

    0 ,5 M e v . A ba i xo d e s s e p a t a m a r , o e s p e c t r o d e r a d i a e s g a m a p r o v m d o s i s t o p o s

    Th

    23 2

    ,

    Th

    2

    *,

    Ac-* c Pb

    21 2

    ,d e a c o r d o c o m K o ga net ai. (1971 apud M are s 1984).

    A contribuio

    skyshine

    d e c o r r e d o s r a i o s ga m a a d v i nd o s d a s u p e r f c i e , o s q u a i s fo r a m

    e s p a l h a d o s p e l o a r n a a lt u r a d e l m . O f lu x o d e s s a c o n t r i b u i o d e b a i xa e n e rgi a e

    p a r t i c i p a c o m c e r c a d e 5 0 % d o t o t a l d a e n e r g i a m e n o r q u e 2 0 0 k e V . P a r a e s s a s b a i x a s

    energias , a rad iao v ir tualmente i sotrpica , com dis tr ibuio angular uniforme, mesmo

    q u e o s r a i o s ga m a t e nh a m s o fr id o m lt ip l a s c o l is e s e s e t o r n e m e r r t ic o s .

    A F i g u r a 7 a p r e s e n t a o e s p e c t r o d e e n e r g i a d e u m f l u x o d e r a i o s g a m a b e m c o m o a

    contribuio

    skyshine

    a l m a c i ma d e u m gr a n i to c o m 3 , 4% d e K , 3 p p m d e U e m e q u il b r io

    e 12ppm de Th, conforme Lovborget ai. (1976apud Grasty 1979).

    A F i g u r a 8 , p o r s u a v e z , i l u s t r a a d i s t r i b u i o a n g u l a r t p i c a d e u m f l u x o d e r a i o s

    g a m a a l m d e a l t u r a , o n d e n o t a - s e q u e p e q u e n a p a r t e d o f l u x o d i r e t a m e n t e a b a i x o d o

    s e n s o r d e t e c t a d a , e a m a i o r p a r t e d a r a d i a o p r o v m d e n g u l o s e n t r e 6 0 e 8 0

    s

    , a part i r

    d a v e r t i c a l .

    A T a b e l a 5 a p o n t a a c o n t r i b u i o d o K , d o U e d o T h p a r a u m a e x p o s i o d e l m

    acima da superfc ie . Os resu l tados s imi lares obt idos por Beck et ai (1972) e Lovborg e

    Kirkegaard (1974

    apud

    Gras ty 1979) reve lam uma boa coe rncia da d i s tr ibuio de energia

    d e u m fl u x o d e r a io s g a m a .

    N a i n t e r p r e t a o d e d a d o s a c r o g a m a e s p e c t r o m t r i c o s , t o d a v i a , n o s u f i c i e n t e

    c o n h e c e r s o m e n t e a d i s t r i b u i o d o s r a i o s g a m a o r i u n d o s d e K , U e T h , m a s t a m b m a s

    c a r a c t e r s t ic a s d o s e n s o r , o s q u a i s p o d e m m o d i fi c a r d e m o d o c o n s id e r v e l o e s p e c t r o . A

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    33/167

    10

    10

    10

    io

    a.

    o

    10

    10

    10

    CaMTRIBUICRO

    MTSHIME

    I

    J_

    0 .5 1 .0 1 .5 2 .0

    EN ER GI A DOS RRIO S CftMfl [HEVJ

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    34/167

    25

    20

    K

    O

    S 15

    Z3

    -J

    g

    E 10

    r

    E 5

    -

    -

    -

    |

    I

    40 6 0 ' BO 100 120

    RNGULBS HEOIDSS A Pf lRTIP 0 0 EI XD VEHTICRL

    140*

    160

    160

    FIGURR 8 - D IST RIB UI CR O HNGULRR DO FLUXO OE RfllO S

    GftMfi TOMRDO fl 1 METRO.

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    35/167

    I

    EMCACrft DO M I P SMNIt 2 .C2 NE

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    36/167

    1

    3.3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

    3.3.1 O Sistem a Areo

    N a s m e d i d a s a r e a s d a r a d i o a t i v i d a d e n a t u r a l , e m p r e g a m -s e s e n s o r e s c i l n d r i c o s d e

    g r a n d e v o l u m e . E m fu n o d a s c a r a c t e r s t i c a s f s i c a s d o fo t o m u l t i p l i c a d o r , n o s o

    o b s e r v a d o s o s c o m p o r t a m e n t o s i l u s t r a d o s n a s f i g u r a s 4 , 5 e 6 , s e n d o n e c e s s r i o , p o r t a n t o ,

    s e le c i o na r ja n e l a s r e p r e s e n ta t i v a s d e u m d e t e r m i n a d o r a d i o e l e m e nt o .

    O e s p e c t r o t p ic o d e u m a r a d i a o g a m a , t o m a d o a 120m d e a l t u r a , a p r e s e nt a d o na

    Figura IO, de Foote (I968 apudGrasty 1 97 9) . O s p i c o s d e 2 ,6 2M e V , l , 7 6 M e v e l , 4 6M c V

    representam o 77

    201

    , o

    Bi

    21

    *

    a s s im c o m o o

    K*.

    O s r a i o s g a m a , a s s i m c a r a c t e r i z a d o s , s o

    a c e i to s e m g er a l c o m o o s m a i s a d e q u a d o s p a r a a s m e d i d a s d e U e T h , e m v ir t u d e d e s er e m

    a b u n d a n t e s . P e l o fa t o d e p o s s u r e m a l t a e n e r g i a , n o s o s i g n i f i c a t i v a m e n t e a b s o r v i d o s

    p e l o a r ; t a m bm p o r e s s a r a z o s o i n d i v i d u a l i za d o s c o m fa c il id a d e d e o u t r a s r a d i a e s n o

    e s p e c t r o . A s ja ne l a s d e e n e r gi a d a q u e l e s r a i o s e nc o n t r a m -s e d i s p o s t a s n a T a be l a 6 , a l m

    d a ja n e la d a c o n t a ge m t o t a l . E n tr e t a n t o , u m a s r i e d e c o r r e e s s o ne c e s s r i a s p a r a q u e

    s e p o s s a m g er a r o s p r o d u t o s fi na i s d e u m l e v a n t a m e n t o a e r o g a m a e s p e c t r o m e t r i c o . A s

    p r i nc i p a i s s o : r e d u o d a r a d i a o d e fu n d o a t m o s fr i c o (background); c o r r e o d o E fe i to

    C o m p t o n ; c o r r e o a h i m t r c a e a i n d a c o n v e r s o d o s d a d o s c o r r i g i d o s e m c o n c e n t r a e s

    (% e p p m ).

    3.3.2 Rad iao de Fundo Atm osfrico

    Em q u a l q u e r l e v a n t a m e n t o a e r o g a m a e s p e c t r o m e t r i c o , s o t r s a s p r i n c ip a i s fo n te s d a

    radiao atmosfr ica:

    r a d i o a t iv i d a d e d a a e r o na v e e d o e qu i p a m e n t o ;

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    37/167

    DB COMBGEH TOTBL

    a

    z

    j

    IU

    u

    a

    o

    LJ

    50000

    10000

    1000

    10 0

    u

    \

    1 j

    \

    m

    m

    a

    o

    0.

    o

    a

    z

    R

    1

    1

    11

    i i

    \

    .

    * 5

    D

    Z

    Q

    a

    u

    z

    j l

    1

    X I

    It .

    7^i

    - i

    40 60 120 160 200 2U0 280

    320 360 400

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    38/167

    500

    1

    1.0 1.5

    EMERGIR MEV)

    T

    2.0

    2.5

    FICURfl 11 - ESPECTRO Dfi RflDIflCfiO COSMICfl

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    39/167

    c

    m cada janela pode ser removida quando se monitora a janela de alta energia de 3-6MeV,

    a

    qual no

    ser

    afetada pelas variaes naturais na superfcie (Burson 1973

    apud

    Grasty

    1979).

    A maior influncia, entretanto, ocorre em funo dos produtos de decaimento do Rn,

    um gs que se propaga na atmosfera e tem uma meia-vida de trs dias e oito dcimos. A

    forma bem como a intensidade da propagao dependem de diversos fatores como presso,

    umidade do solo, m anto de intemperismo , ventos e temp erat ura . A Figura 12 exibe as

    concentraes de Rn monitoradas em Cincinnati (EUA), pela manh e tarde, ao longo

    de quatro anos, segundo Gold et ai (1964 apud Grasty 1979). Darnley e Gr asty (1970

    apud

    Grasty 1979) mostraram que cerca de 70% dos ftons detectados na janela do U so

    resultantes de produtos de decaimento do Rn ocorridos no ar.

    3 . 3 . 3 E fe i t o C o m p t o n

    Em virtude do espalhamento Compton na superfcie e no ar, de 2,62MeV do TP

    0

    *,

    pode haver interferncia nas janelas de baixa energia do U e do K, a partir de uma fonte

    pura de Th. O mesmo ocorre com fontes de U que interferem no espectro de baixa energia

    do K assim como na janela de alta energia do Th, em resposta radiao do Bi

    21

    *na srie

    de decaimento do U.

    Devido ao pequeno poder de resoluo dos detectores de NaI, as contagens

    decorrentes de uma fonte pura de K podem ser registradas no canal do . As razes de

    contagens nas janelas de baixas energias oriundas de fontes puras de U e Th so

    conhecidas comos tripping factors e denominadas o, 0 e y, onde:

    a igual razo das contagens nas janelas de U e Th , a partir de uma fonte pu ra

    de Th;

    P igual razo das contagens nas janelas de K e Th. a partir de uma fonte pura

    de Th;

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    90 0

    z

    c

    1

    a:

    7 00 .

    fv c no

    KRNHfi

    1930

    1961

    19S2

    IS63

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    41/167

    J f i N E L f i0 0

    K

    J R N E L R 00

    U

    J f l N E L R0 0

    T H

    D I M I N U I O

    DR

    E N E R G I f l

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    42/167

    Stripping Factor Fatores usados para afaixa do

    Th na

    janela

    do U

    P

    Th na

    janela

    do K

    y U n a janela do K

    a

    U na

    janela

    do Th

    (normalmente pequeno)

    b

    K na janela do Th (zero)

    g

    K na

    janela

    do U

    (szero)

    Um detalhamento do s procedimentos adotados para se determinarem os stripping

    factors

    em

    levantamentos areos pode

    ser

    encontrado

    em

    Killeen (1979).

    Para

    que

    seja possvel transformar

    as

    contagens medidas

    nos

    levantamentos

    aerogamaespectrometricos

    em

    concentraes (ppm,%),

    necessrio discriminar

    as

    seis

    constantes

    de

    calibrao referidas, principalmente

    as

    trs primeiras. Esse procedimento

    utiliza grandes fontes

    de

    calibrao

    de

    concreto

    ou

    fontes planares(pads);

    as

    mesmas foram

    construdas em Ottawa, pelo Servio Geolgico do Canad, segundo Grasty e Darnley

    (1971 apud Grasty 1979), como tambm

    em

    Grand Junction

    ,

    pelo Departamento

    de

    Pesquisa e Desenvolvimento de Energia dos Estados Unidos (Word 1978

    apud

    Grasty

    1979). No

    Brasil, devido

    inexistncia

    de

    fontes

    de

    calibrao,

    as

    contagens registradas

    nos levantamentos aerogamaespectrometricos

    no

    podem

    ser

    transformadas

    em

    teores,

    o

    que impossibilita

    a

    comparao

    com

    estatsticas internacionais,

    em

    termos

    das

    concentraesde U e Th, em ppm , e K, em %, nosdiversos t iposderochas.

    3.3.4 Co rreo Altim trca

    A correo altimtrica

    efetuada atravs

    de

    sobrevos,

    de

    preferncia

    em

    regiesplanas

    e a

    diversas altura s. Para

    o

    intervalo

    de

    alturas normalmente empregado

    em

    levantamentos areos, as contagens em cada janela podem ser representadas, de forma

    adequada, pela seguinte expresso:

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    43/167

    1.0

    l l

    in

    cr

    UJ

    o

    to

    a

    et

    X

    Cl

    z

    UJ

    cr

    0 . 5

    _

    50

    100 150 200

    flLTURfl Dfl BEflONflVE

    M

    250

    300

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    44/167

    3.3.6 Outros Fatores que Influenciam as Med idas

    Os outros fatores que influenciam as medidas, de acordo com Killeen (1979), so o

    equilbrio radioativo; a geometria e o arranjo das amostras; o tempo morto; o volume das

    amostras; a soma e o empilhamento de pulsos.

    Uma srie radioativa encontra-se em equilbrio secular quando o mesmo nmero de

    tomos decai, em todos os membros, em uma mesma unidade de tempo, ou seja:

    onde:

    A', = o nmero de tomos do elemento radioativo-p ai;

    / = 1, 2, 3, = produtos de decaim ento;

    ;. = co nstante de decaimento (l/ s).

    O estado de equilbrio, nesse caso, alcanado quando o processo de decaimento

    sucede em um sistema geoquimicamente fechado. Assim, pode-se determ inar o total d o

    pai na srie de decaimento atravs da medida da radioatividade de qualquer filho.

    Principalmente em relao ao U, o equilbrio secular nem sempre obtido, uma vez que,

    ao assumir seu estado hexavalente, esse elemento torna-se bastante solvel e,

    conseqentemente, de fcil lixiviao. Na srie de decaimento do /

    2M

    , o istopo-filho

    referencial o 77z

    230

    (Tabela 2), o qual possui uma meia-vida de aproximadamente 80.000

    anos. Desse modo. o equilbrio secular do U atingido em 560.000 anos, assumindo que,

    em sete meias-vidas, os produtos-filhos alcanaro 99% do valor do equilbrio, enquanto

    o do Th conseguido em cerca de 47 anos e por esse motivo pode ser considerado em

    estado de equilbrio.

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    45/167

    A geometria do detector outro fato: de grande importncia, visto que o tamanho e

    a forma do mesmo influenciam a med ida da radiao. Detectores portt eis ou

    aerotransportados so considerados de geometria 2rr, e a geometria 4n , por exemplo,

    aquela na qual a fonte engloba todo o detector, como no caso de perfilagens de poos. As

    figuras 15 e 16 apresentam diferentes geometrias sensor-fonte bem como a influncia da

    topografia em levantamentos areos.

    O volume efetivo da amostra pode ser afetado por fatores como a densidade do ma-

    terial e o coeficiente de absoro, como j visto.

    O tempo morto representa o tempo durante o qual o aparelho encontra-se ocupado

    analisando um raio gama, no registrando, assim, outros raios que eventualmente estejam

    incidindo.

    J a soma, ou empilhamento de pulsos, tem lugar quando dois raios gama alcanam

    o detector ao mesmo tempo e so interpretados como apenas um pelo aparelho.

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    46/167

    I

    FIGURfl 15 - QURTRO TIPOS DE GEOMETRIR FONTE-SENSGR

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    47/167

    C O N T R G E M N O R M f l L

    B

    -

    f i L T B C O N T f l GE M

    C

    -

    B RI Xf l C O N T R G E M

    D - l L T f l C O N T f l G E M

    FIGURR 1 6 - 0 EFEIT O OR GEOMETRIR DR FONTE E DR OISTRNClfl

    SEN50R-F0NTE SOBRE OS MEDIDRS EM LEVRNTRMENTOS REREOS.

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    48/167

    4 GAMAESPECTROMETRIA TERRESTRE

    O que se denominou gamaespectrometria terrestre constitui uma sintese da Suite

    Intrusiva de Itu , a gerao e a anlise de mapas de contorno dos radioclcmentos, de suas

    razes e do parmetro F, utilizando dados terrestres de Pascholati (1990).

    4.1 SUTE INTRUSIVA DE ITU

    A Suite Intrusiva de Itu (Pascholati et ai. 1987) situa-se cerca de 60km da cidade de

    So Paulo, abrangendo uma rea aproximada de 400km

    2

    .

    Os granitoides de Itu pertencem ao denominado Itu beltde Vlach et ai.(1990), o qu al

    formado por dezenas de pltons e complexos granitoides tardi a ps-orogenicos ao ciclo

    Brasiliano (640-580Ma). Aco mp anham ,

    grosso modo,

    a borda erosiva da B3cia do Paran

    e truncam domnios tectonoestratigrficos distintos (Figura 17). As caracteristicas gerais

    desses granitoides so apresentadas na Tabela 7.

    Vlach

    et ai

    (1990) definiram quatro associaes granitoides, geograficamente

    superpostas, com base em critrios estru turais, petrogrficos e geoqumicos. So elas:

    granitoides porfirticos clcio-alcalinos comparveis aos do tipo I Caledon iano.

    Os minerais mficos so biotita e eventualmente homblenda, e os acessrios mais

    comuns, titanita como tambm allanita.

    granitoides rseos, grosseiros, com textura s viborgticas, com parveis aos do tipo

    A. A composio siene?ranitica, e os acessrios principais so titanita, allanita

    e fluorita.

    as duas outra s associaes, intermed irias, incluem biotita-monzogran itos

    ineqigranulares e granitoides rseos, diferenciados, apresentando muscovita e

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    49/167

    FIVNF.RO/6ICO

    o n

    4O

    SOIM

    1

    etoo

    NE0PR0TER0ZICO | l lu b(H l

    C M M I f d l O C S OirCMCMCIAOOt

    d (

    I ' I

    COMT

    BIO r iT

    MOWZOCMAH'TOS

    CALCIO

    ICAC'NUt

    I J M4CIC0S Hla Ct5 f IC400S

    MESO/ NEOPf?OTEnb/OICO

    (f i- l fl TCRHINOS MCT*MMriCOIOf

    I) I \i MAUMIHO * MOIO

    TCWKMOSMCTAMIiriCOtDC

    ALTOI

    MACIOS GfMNITlDES

    1-MOKUNOABA

    2 ITATIBA

    S-IT

    4 CACHOriKA

    9 TINHA MOVA

    7-1*0 fMANCIfCO

    t-tCRRAOOS

    OAMItl

    1I-CHWI00 00 04ZE0

    12-1*0 MOUCL ACNJO

    15-AOUOOS GRANOCS

    Figuro17 - Mapa geolgico esquemticodasastociaffet granitldt ptrteneentetoo

    N

    lt btlt (parte lette) .

    (modificadodeVlachet ai. 1990)

    r j

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    50/167

    ASSOCIAIS

    "calcio-alcatina*.

    porlirilica

    monxogranito*

    Inaquigranutaroa

    vtborgiticai

    llonogranito*

    at iociado*

    graniura

    tardios com

    muscov iu

    PRINCIPAIS

    OCORRtNCIAS

    Sorocaba,

    Morungaba (norte)

    Serra da Balela

    Morungaba (ul)

    Ilu

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    51/167

    rru

    23*10

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    52/167

    Pascholati (1990) apresentou ainda um mapa gcelpico em escala 1:50.000, onde

    notam-se diversos lineamentos extraidos de imagens LANDSAT-TM, iiiosaicos rfe radar e

    fotografias areas convencionais, sendo que os mais marcantes refletem zonas de falhas

    curvas e aproximadamente paralelas, ou convergentes Zona de Falha de Jundiuvira.

    Atravs dessas imagens bem como de posterior verificao de campo, foram registradas

    cunhas de rochas encaixantes que permitiram distinguir os granitos Salto, Fazenda Cruz

    Alta, Fazenda Japo, ltupeva e outros (Figura 18).

    4.2 LEVANTAMENTO GAMAESPECTROMTRICO TERRESTRE

    Pascholati (1990) realizou, entre outros, um levantamento gamaespectromtrico

    terrestre na Sute Intrusiva de Itu.

    As medidas para esse levantamento foram tomadas por um gamaespectrmetro

    porttil da Scintrex, com um detector de NaI ativado a TI de 2.5x2.5^o/.

    3

    , no qual os

    intervalos das janelas so: K(1380-1560keV); U(1660-1900keV); Th(2580-2650keV);

    CT(SU0-2770keV).

    O rudo de fundo foi medido em um lago, utilizando um barco de alumnio (IAG).

    Foram obtidos os seguintes resultados: K = 0,59cps; U=0,34cps; Th = 0,19cps.

    A calibrao do instrumento foi efetuada no Instituto de Radioproteco e

    Radiometria da Comisso Nacional de Energia Nuclear (IRD/CNEN), no Rio de Janeiro,

    onde foram utilizadas fontes planares (pads) com 3,0m de dimetro e 0,5m de altura.

    A partir dos dados obtidos, Pascholati (1990) calculou as razes de stripping

    (a, i, fiey)

    como tambm os fatores de calibrao (cK, cU e cTh) necessrios para se

    obterem os respectivos teores (1RD). Considerando que os teores assim calculados

    revelaram-se bem superiores aos medidos em laboratrio, essa autora resolveu proceder a

    novos clculos, desta feita utilizando os padres fornecidos pelo fabricante (TS-5 com

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    53/167

    IRD

    IAG

    a

    .0,665

    Razes

    d e

    -Pr-"

    3

    0,6832

    0,6560

    P

    0.BS1

    0,715

    y

    0,7585

    0.7800

    ck

    8.S5

    0,12*

    Fatores

    d e

    Calibraao

    c

    4,299

    0.33*

    cTh

    0.399

    3,60*

    Tabela

    8-

    Fatores

    d e

    calibraao

    e

    razes

    d e

    stripping

    ' =

    cps/ppm (conforme Pasc f io iat i

    19S0)

    Corpos

    Graniticos

    Salto

    Faz.Cruz Alta

    F a i . J a p i o

    I tupeva

    Outros

    Suit I tu

    N m e r o d

    NJ-SHD

    V

    COUMAe

    E9CPLAEMX >

    >

    - ORIGEM

    fitam

    X - ESOJERDO

    Y - D^ERIOR

    Z - KWIMD

    56

    fc l

    S8 B .ee

    5 8 B .ee

    2 b2 M B .8 S

    74Z1BM .SB

    s .

    se

    2 b2 M B .Se

    7 4 2 1M B .Se

    1 .4 b

    f

    1

    m~

    CROSS

    PLOT

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    94/167

    u

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    eanLABix

    BJ0DLAB1Y

    X - OBBBi

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    HOLD

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    148.

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    MS.M

    SUBM.M

    74UMI.M

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    IUBM.N

    74UMB.M

    .N

    14 .S3

    4 .1 9

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    17B1

    c

    CONTAGENS P/ MINUTO

    CONTAGENS P/ MINUTO

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    95/167

    o

    8

    5

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    3 5 3

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    m

    33

    m

    3D

    m

    correspondentes, em cps, medidos no terreno. Os coeficientes de correlao alcanados

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    96/167

    foram os seguintes: K = 0,44, U = 0, 54 e Th = 0,37, po rta nto melhores em relao ao K e

    ao U e pior para o Th.

    evidente que a correlao seria melhor se os dados superficiais representassem

    integrao em reas circulares equivalentes quelas atingidas pelos sensores areos e,

    sobretudo, se tais reas se deslocassem sucessivamente em relao linha de vo, como a

    experincia realizada por Darnley e Fleet (1968).

    5.6 MACIOS SOROCABA, SAO FRANCISCO E MORUNGABA

    O item anterior dedicou-se basicamente a um estudo comparativo entre dados

    terrestres e areos, atravs do qual constatou-se que os dados aerogamaespectromtricos

    detm um poder de resoluo satisfatrio, no que diz respeito individualizao dos

    diversos corpos da Sute Intrusiva de ltu. Esse estudo foi efetuado por meio do

    mapeamento dos nveis de radiao de K, U e Th.

    Neste item desenvolvida uma tentativa de estudo da resoluo dos dados areos em

    relao s fcies e s associaes de fcies (unidades de mapeamento, segundo Viach 19S5)

    de alguns macios granitides, para a qual dispe-se de dados geolgicos, petrogrficos e

    petroqumicos compatveis com a escala de semidetalhe (1:50.000).

    5.6.1 Dados Geolgicos Gerais

    Godoy (1989) apresentou um estudo detalhado sobre os macios Sorocaba e So

    Francisco. Estes apresentam formas alongadas segundo a direo NE-SW, coincidindo

    com a orientao geral dos dobramentos das rochas encaixantes, e caracterizam ncleos

    de antiformais.

    Godoy (1989) identificou, no macio Sorocaba, zonas de falhas transcorrentes que

    separam a poro oriental, com direo ENE-WSW, da poro central, com direo

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    97/167

    NE-SW, e esta, por sua vez, da ocidental.

    A parte oriental, segundo o autor acima, corresponderia a um bloco exposto mais

    profundo, caracterizado por uma maior homogeneidade das fcies, sendo os granitos 3B

    porfirides cinza dominantes.

    A parte central do corpo caracteriza-se por possuir, alm de um maior nmero de

    falhas, grande variedade de fcies, com predominio dos granitides rseos.

    O macio So Francisco exibe seus contatos atravs de zonas de falha e apresenta

    maior homogeneidade de fcies. De acordo com Godoy (1989), seu mapeamento foi

    dificultado em funo das condies de acesso rea, e dessa forma as relaes entre as

    fcies foram mais bem estabelecidas no segmento ocidental do corpo, onde concentrou-se

    grande parte das anlises petrogrficas e qumicas. Na maior poro do corpo predomina

    uma rea arrasada, que constitui um planalto entre os contrafortes da serra. Nesse locai

    verifica-se um solo espesso, associado a um a cang a latertica gene ralizada .

    Segundo Vlach (1985), o macio Morungaba pode ser dividido em trs segmentos

    principais: um a sul, de forma grosseiramente retangular, um a norte, com forma de

    paraielogramo e separado do primeiro por uma lente gnissica, e ainda um outro de forma

    lenticular, com direo geral NE-SW.

    A orientao do macio concordante com as estruturas regionais que se dispem

    segundo NNE; os contatos com as encaixantes so preferencialmente de natureza tectonica.

    De uma maneira geral, podem ser diferenciados dois grupos de rochas granitides, com

    base em critrios geolgicos: com megacristais de microclneo e eq igran ulare s.

    a) Macio Sorocaba

    Godoy (1989) reconheceu 18 fcies distintas no macio Sorocaba e as reuniu em 11

    associaes ou unidades de mapeamento, adotando como critrio as caractersticas

    cONrarof aHtmaeot

    conraTos inrtaiaot

    tmwvnm

    I f TWO

    Of

    OVIMCIITaiO

    oc meaMia

    cmcta

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    98/167

    assoc n w m m i rmatponnnfrica

    SO FRANCISCO

    nW

    assoc acia nmmowc aosta

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    assoc MMirMioioi osf

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    assoc roarwoiot MOSMMau

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    MOOHC

    (Kf wiotnctoi awrnotiTosI

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    *

    cl tf fOIKCMCOt (ca00 M o)

    TlO >ILAR0 0

    SUL

    T l O SEM A DA 4 T I A

    TlPO

    IPO Pl iO A O E/ iuo i im eoi

    TIPO ITAPEVI

    TIPO TAPlKAt

    T IPO IB IU N A /SA N TA ISA B EL

    Hl O OlSCItlMIMADOS

    "A

    Em mapa genrico

    s o b r e o s

    principais

    c o r p o s g r a n i t i d e s d o P a r a n e d a r e g i o s u

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    121/167

    d e

    So Paulo, Wernick

    (1990)

    classificou

    o q u e d e n o m i n o u " C o m p l e x o I b i n a ' c o m o

    pertencente aos tipos hbridos clcio-alcalinos(4c) . (4b) c a luminos os (3) . Essa c lass i f icao

    baseada no mtodo d atipologia d o z ir c o d e P u p i n (1 98 0) e i l u s t r a d a n a Fig u r a 5 9 .

    i n te r e s s a n te o b s e r v a r q u e , d e a c o r d o c o m M a u r i c e e C h a r b o n n e a u ( I 9 S 7 ) . o s

    granitides d o t i p o I , d e C h a p p e l l e W h i te ( 1 9 7 4 ) , m a n i f e s ta m u m a c o r r e l a o p o s i t i v a

    entre o U

    e o Th , d e s o r te q u e a s r a z e s U /Th s o n o r m a l me n te m a i s b a i x a s n e l e s qu e n o s

    granitos a d u a s m i c a s. T a n t o o U q u a n t o o T h c o n c e nt r a m-s e n a s p a r t e s m a i s e v o l u d a s

    do magma g r a ni ti c o , r e s u l t a nd o e m u m a r a d i o a ti v id a d e t o t a l e l e v a d a , c o m o p o d e - s e n o u r

    no Anexo

    IV. Ass im, poss ve l que os granitides I tapev i , Embu I e Cauca ia sejam

    classificados c o m o d o s t i p o s I o u a m a g n e t i ta , s e g u n d o I s h i h a r a ( I 9 S 1 ) , c o m o s u g e r i d o

    no item 7.4.1. Para Janasi

    et ai.

    ( 1 99 0 ), o s e l e v a d o s n v e i s d e U e Th p o d e m s e r r e s u l ta nte s

    da relativa abundncia d e a l l a n i ta e t i ta n i ta . O u tr o s a c e s s r i o s i n c l u e m o p a c o s , a p a t i ta e

    zirco: e p i d o to e f lu o r i ta s o m i n e r a i s s e c u n d r io s e v e n tu a i s .

    6.2.2 Domnio So Roque

    O domnio

    S o R o q u e e n g l o b a o s m a c i o s S o r o c a b a e S o Fr a n c i s c o , p e r te n c e n te s a o

    ]tu belt de Vlach et ai ( 19 9 0) , c o m e n ta d o s a nte r i o r m e nte . A c r e s c e n ta - s e a i nd a qu e o

    ltimo foi c l a s s i f i c a d o d e m o d o d i s t i n to p e l o m to d o d a t i p o l o g i a d o z i r c o p o r W c r n i c k e

    Galcmbeck (19S6) e Godoy (1989). Enquanto os pr imeiros optaram por granitos

    mantlicos alcalinos ( t i p o 6 ) , o o u t r o a u t o r c l a s s i f i c o u e s s e m a c i o c o m o h b r i d o , d e

    tendncia

    s u b a l c a l in a ( t ip o 5 ) . O m a c i o So r o c a b a fo i qu a l i fi c a d o p e l o s r e fe r i d o s a u to r e s

    como clcio-alcalino ( t i p o 4 c ) e p o r W e r n i c k ( 1 9 9 0 ) c o m o p e r te n c e n te a o s t i p o s 4 c e 5

    (hbrido subalcalino), a o p a s s o q u e o S o Fr a n c i s c o e n v o l v e u o s t i p o s 5 e 6 . J Wernick et

    ai

    (1990) preferiram

    e n q u a d r a r o m a c i o S o r o c a b a s o m e n te n o t i p o 5 .

    -I . A. (ALCALINIDADE)

    100

    10 0

    B

    M O

    AB,

    "9

    AB,

    4 0 0

    A B .

    0 0

    AB

    0 0

    AB,

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    C

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    122/167

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    I.T.

    o o -

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    4 0 0

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    F

    MftNTO

    CLASSIFICAO DEGRANITIDES (Mgundo PUPIN.1980)

    1

    2

    ALUMINOSOS

    CRUSTAIS

    O macio Tico-Tico foi considerado por Carneiro (19S3) com o pr-tectnico sua fase

    de dobramcntos F2 e possui como acessrios mais comuns granada, muscovita, turmalina

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    123/167

    i

    e zirc o. Esse auto r registrou a presena de veios pegm atiticos do br ad os , associado s ao

    granito, os quais poderiam encerrar minerais radioativos e, assim, em conjunto com outros

    da mesma natureza presentes no macio, justificariam os elevados indices de U.

    O que deve ser investigado so as causas dessas ntimas relaes entre os macios So

    Roque e Tico-Tico bem como as diferenas quanto aos demais corpos desse domnio.

    O macio So Roque, a julgar pelas informaes geofisicas, deve ser diferenciado em

    suas pores norte, central e sul, entretanto ainda no se dispe de mapeamentos

    faciolgicos detalhados que comprovem essa hiptese.

    interessante notar que Pascholati

    et ai.

    (1990) referiram mdias d e 4 ,1 % , 5,6ppm e

    12.3ppm para o K, o U e o Th do macio So Roque e compararam esses valores com os

    dados da Sute lntrusiva de Itu, concluindo, desse modo, que o primeiro mais pobre em

    Th . Essa constatao harmon iza-se perfeitamente com os m ap as d o Th (Anexo 111), da

    razo U /Th (Anexo VII) e do parm etro F (Anexo VIII).

    De acordo com Maurice e Charbonneau (1987), os granitos no-magnticos (srie

    iimenita) de Ishihara (1977 e 1981), ou os do tipo S de Chappell e White (1974), os quaisincluem os leucogranitos a duas micas, peraluminosos, so normalmente mais uranferos

    em relao aos torferos e, ->or conseqncia, resultam em razes U/Th mais elevadas que

    os outros tipos de granitos. Tais autores acrescentam ainda que o U eleva-se com a

    diferenciao associada silica, enquanto o Th decresce, o mesm o acontece ndo com o CaO

    e o TiO

    2

    . Citam, em adio, que nesse tipo de granito freqente a presena de veios de

    U e depsitos de U - Sn - W do tipo greisen, os quais formam-se atravs de

    hidrotermalismo e autometassomatismo em estgios tardios.

    O macio Tico-Tico pode, ento, ser considerado do tipo S, o que parece ser aceito.

    O macio So Roque, ao contrrio, segundo Wernick

    et ai.

    (1990), muito pouco

    conhecido, com exceo da poro situada nos arredores do municpio homnimo,

    Ferreira e Wernick (1989) estudaram o macio Itaqui atravs de mapeamento

    faciolgico e identificaram nove tipos petrogrficos principais. Devido talvez ao contraste

    de escalas entre os mapas geofisico e geolgico (1:500.000 x 1:25.000), a comparao entre

  • 7/25/2019 Aerogamaspectrometria e Aeromagnetometria

    124/167

    eles ficou prejudicada. Deve-se notar, todavia, com respeito ao K, que a metade ocidental

    mais rica (Anexo I); quanto ao U e ao Th (anexos II e III), por outro lado, os indices so

    baixos. Esse macio foi considerad o tarfi-tectnico em relao princ ipal fase de

    deformao do Grupo So Roque e classificado como de natureza clcio-alcalma de baixa

    temperatura, pelo mtodo da tipologia do zireo.

    Os macios Cantareira e Maripor foram reunidos por Wernick e Galembeck (1986)

    nos tipos crustais aluminosos (3) e reclassificados por Wernick (1990) e Wernick et ai.

    (1990) como entre os tipos 3 e

    4a .

    6 . 2 . 3 D o m n i o J u n d i a

    No domnio Jundia, os trs macios principais so os de Itu, Morungaba e Bragana

    Paulista. Os dois primeiros foram enquadrados por Wernick e Galembeck (1986) nos

    granitides hbridos subalcalinos (tipo 5) e clcio-alcalinos tipo 4b, respectivamente. Para

    Wernick (1990), o macio de Itu envolve os tipos 4c, 5 e 6, sendo mantida a proposio

    anterior para o macio de Morungaba. possvel que essa diversidade classificatria da

    Sute Intrusiva de Itu esteja relacionada com eventuais naturezas distintas dos diversos

    corpos identificados por Pascholati (1990), contudo as relaes no so ntidas desse ponto

    de vista.

    O macio de Bragana Paulista, com grande expresso em rea, apresenta como

    caracterstica gamaespectromtrca principal elevados nveis de radiao do Th (Anexo

    111); no tocante ao U, os valores predominantes encontram-se abaixo da mdia e j com

    respeito ao K, predominam ndices tambm abaixo da mdia. Na rea de exposio da

    Sute Catapora, a sul da cidade de Socorro, entretanto, os ndices de K podem chegar at

    I

    A Suite Salm