aft ii economiatrabalho t2 teoexe mariotti aula 01

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    CURSO ON-LINE ECONOMIA DO TRABALHOAUDITOR FISCAL DO TRABALHO AFT/MTECURSO REGULAR TEORIA E EXERCCIOS

    PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br 1

    Aula Um

    Ol, Pessoal!

    com grande satisfao que damos incio ao curso de Economia do

    Trabalho voltado preparao para a prova de Auditor Fiscal do Trabalho.

    Nesta primeira aula sero abordados os seguintes itens do contedoprogramtico:

    1. Conceitos bsicos e Definies. Populao e fora de trabalho. Populao

    economicamente ativa e sua composio: empregados, subempregos e

    desempregados. Rotatividade da Mo-de-obra. Indicadores do mercado de

    trabalho.

    Quero dizer a vocs que estou disposio de vocs para todo e qualquer

    esclarecimento que se faa necessrio em relao s aulas e ao curso.

    Um abrao,

    Mariotti

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    1. Conceitos Iniciais da Economia do Trabalho

    Antes de adentramos a alguns dos principais conceitos associados

    Economia do Trabalho, torna-se fundamental que conheamos um pouco mais do

    sentido da palavra Trabalho, para ento contextualizarmos a sua utilizao para

    fins do estudo da Economia do Trabalho.

    Quase todos ns associamos, ou melhor, temos a mesma conceituao daspalavras emprego e trabalho. Esta, muito embora estejam relacionadas, possuem

    significados diferentes.

    Sendo mais antigo que o seu prprio conceito, o trabalho conhecido

    desde os primrdios da humanidade, sendo concebido a partir da transformao,

    pelo homem, de matrias primas existentes na natureza, como a madeira e a

    pedra, em ferramentas e armas de guerra. Muito mais recente, o conceito deemprego derivado da Revoluo Industrial, em que os homens passam a

    oferecer o seu trabalho em troca de uma remunerao, j naquela poca, o

    salrio.

    De fato, nos dias de hoje, todo emprego no s pode como deve estar

    ligado, obrigatoriamente, ao recebimento de uma remunerao financeira em

    contrapartida. O salrio, principal fonte remuneratrio do emprego, serve, emtodo processo econmico, como fonte balizadora de trocas entre patres e

    empregados.

    No decorrer das aulas do curso veremos que o conceito de salrioestar

    quase sempre vinculado s relaes existentes entre os dois principais agentes

    econmicos, trabalhadores e empresas. No menos importante, entretanto,

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    conceituar desde j que a palavra trabalho, na acepo econmica, significa umfator econmico, ou tambm conhecido como insumo de produo,

    normalmente remunerado em horas.

    Ex.: Um Auditor Fiscal do Trabalho, conforme dispe o ltimo edital de concurso,

    possui uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. Por esta jornada de

    trabalho o Auditor far jus remunerao inicial de R$ 13.067,00.

    Feitas as consideraes iniciais, passemos agora explanao dos

    principais conceitos subjacentes ao trabalho, conceitos estes que fazemos

    questo de destacar que foram retirados, quase que na sua unanimidade, das

    notas metodolgicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE,

    utilizadas na Pesquisa Mensal sobre o Emprego PME. Ressalto, de todo modo,

    que diferentemente do ocorrido nas provas aplicadas para o cargo de Auditor

    Fiscal do Trabalho at 2006, na prova de 2010 foram cobrados conceitosretirados diretamente de resolues exaradas pela Organizao Internacional do

    Trabalho - OIT. Assim sendo, em certas vezes, quando da ocorrncia de conceitos

    diversos, apresentaremos tambm aqueles exarados pela OIT, como forma de

    evitar surpresas.

    1.1 Populao e Fora de Trabalho

    O conceito de populao amplo, sendo dependente do contexto em que se

    busca utiliz-lo. De todo modo, para fins de entendimento neste material, pode-

    se afirmar que o termo populao um conceito numrico, o qual se refere

    ao nmero de indivduos, homens, mulheres e crianas ocupantes de um

    determinado espao geogrfico. Vejamos a utilizao do conceito de

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    populao brasileira, a partir de informaes extradas do site do IBGE, definindo-a em nmeros, a qual cabe exatamente no contexto da aula:

    A populao brasileira atual de 190.732.694 habitantes (dados do IBGE

    Censo 2010).

    Segundo as estimativas, no ano de 2025, a populao brasileira dever atingir

    228 milhes de habitantes.

    A populao brasileira distribui-se pelas regies da seguinte forma: Sudeste

    (80,3 milhes), Nordeste (53,07 milhes), Sul (27,3 milhes), Norte (15,8

    milhes).

    O termo fora de trabalho um termo eminentemente terico, derivado

    da conceituao feita por um dos maiores estudiosos sobre o trabalho, oeconomista Karl Marx. Para o ilustre autor, fora de trabalho representada

    pela capacidade dos trabalhadores de produzirem riqueza material a partir de

    suas aptides e habilidades, estas submetidas condio de compra e venda. De

    outro modo, segundo Marx, esta compra e venda da fora de trabalho a base

    do capitalismo industrial, sendo o trabalho em si a mais importante das foras

    produtivas (ou insumo do processo produtivo).

    Conforme vocs podem perceber, o conceito de fora de trabalho pode ser

    utilizado de forma bastante terica, sendo at mesmo confuso, especialmente

    para o que propomos saber sobre o termo em nosso curso. Por tudo isso,

    optamos em utilizar o conceito de Chahad1 para fora de trabalho. Segundo o

    autor fora de trabalho (ou Populao Economicamente Ativa PME) representa

    1CHAHAD. J. P. Z. Manual de Economia. Captulo 20. 5 edio. 7 tiragem. Saraiva. 2009.

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    em ltima instncia os elementos que iro constituir o mercado de trabalho, oqual, por sua vez, abastece as firmas (empresas) no que diz respeito

    necessidade de mo-de-obra.

    Deve-se mencionar que, na esfera das Notas Metodolgicas do IBGE, a

    fora de trabalho (tambm denominada pelo Instituto de Populao

    Economicamente Ativa PEA) constituda pela populao ocupada e pela

    populao desocupada. A subdiviso da fora de trabalho, conforme oradestacado, so objeto de anlise nos itens seguintes.

    Em suma, destaco a vocs que a conceituao de fora de trabalho que

    deve ser adotada para a prova a descrita pelo IBGE. Muito embora seja

    uma conceituao at agora vaga em nosso estudo, serve de orientao para a

    resoluo de questes numricas que porventura possam apresentar dados

    referentes populao ocupada e populao desocupada, exigindo de vocscandidatos (as), por exemplo, o clculo da prpria fora de trabalho.

    FORA DE TRABALHO = POPULAO ECONOMICAMENTE ATIVA (PEA)

    No obstante, importante considerar que as conceituaes tericas de fora

    de trabalho podem servir para a utilizao tanto em questes objetivas de cunho

    ideolgico, a exemplo do que ocorreu na prova do concurso de 2010, quanto narealizao de prova discursiva que verse sobre o tema fora de trabalho.

    Passemos ento as principais conceituaes feitas pelo IBGE.

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    1.2 Trabalho em atividade econmica

    Segundo o IBGE considerado trabalho em atividade econmica o exerccio

    de:

    a) ocupao remunerada em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefcios

    (moradia, alimentao, roupas, treinamento, etc.) na produo de bens e

    servios;b) ocupao remunerada em dinheiro ou benefcios (moradia, alimentao,

    roupas, etc.) no servio domstico; ou

    c) ocupao sem remuneraona produo de bens e servios, em ajuda na

    atividade econmica de membro da unidade domiciliar.

    Em regra, para o trabalho ser considerado em atividade econmica,

    tanto na produo de bens e servios quanto no servio domstico, ele deveserremunerado:

    em dinheiro; ou

    em benefcios (moradia, alimentao, educao, etc.)

    Destaca-se, de todo modo, que o trabalho em atividade econmica

    exercido na produo de bens e serviospode ser remunerado tambm:

    em produtos; ou

    em mercadorias.

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    Perceba que, segundo o conceito do IBGE, o servio domstico comoatividade econmica no pode ser remunerado atravs de produtos ou

    mercadorias.

    Ainda considerado trabalho em atividade econmica, o exerccio de

    ocupao sem remunerao na produo de bens e servios, e no no

    servio domstico, em ajuda na atividade econmica de membro da unidade

    domiciliar. O trabalhador no remunerado membro da unidade domiciliar apessoa que trabalha sem remunerao durante pelo menos uma hora na semana,

    em ajuda a membro de unidade familiar que empregado na produo de bens

    primrios (agricultura, pecuria), por conta prpria2ou empregador3.

    Observao adicional feita pelo IBGE refere-se ao no enquadramento

    como trabalho quando no exerccio de ocupao:

    na produo para o prprio consumo ou uso de membro(s) da

    unidade domiciliar; e

    sem remunerao, desenvolvida em ajuda a instituio religiosa,

    beneficente ou de cooperativismo.

    Ressalta-se que muito embora estas ocupaes reflitam a ocupao dotrabalhador, elas no so consideradas, para fins de avaliao da Pesquisa Mensal

    de Emprego - PME, como sendo um trabalho realizado em atividade econmica.

    2 Trabalhador por conta prpria: pessoa que trabalha explorando o seu prprio empreendimento, sozinha ou com scio, sem ter empregado e contando, ou no, com a ajuda de

    trabalhador no remunerado.

    3 Empregador: pessoa que trabalha explorando o seu prprio empreendimento, com pelo menos um empregado.

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    Box de Comentrio 1:Muito cuidado com os conceitos descritos acima quanto aos tipos de

    ocupao consideradas como no sendotrabalhopelo IBGE:

    - na produo para o prprio consumo ou uso de membro(s) da

    unidade domiciliar;

    - sem remunerao, desenvolvida em ajuda a instituio religiosa,beneficente ou de cooperativismo.

    Conforme ser visto na abordagem referente ao conceito de Populao

    Economicamente Ativa PEA, muito embora a ocupao destas pessoas

    no se enquadre no conceito de trabalho para o IBGE, estas mesmas

    pessoas so consideradas pessoas ocupadas (pessoas componentes da

    PEA).

    Dando prosseguimento aula, e respeitando a ordem dos pontos presentes

    no contedo programtico, deveramos passar conceituao da chamada

    Populao Economicamente Ativa PEA e a sua composio. De todo modo,

    torna-se fundamental elucidarmos de onde provm a PEA, conceito que

    sinnimo de Fora de Trabalho.

    1.3 Populao em Idade Ativa - PIA e em Idade No Ativa PINA

    A Populao em Idade Ativa (PIA) a classificao etria que compreende o

    conjunto de todas as pessoas aptas a exercer determinada atividade econmica.

    No Brasil, e para o IBGE, a PIA composta por toda populao com 10

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    (mnimo) ou mais anos de idade. Por corolrio, a Populao em Idade NoAtiva PINA aquela composta pelas pessoas abaixo de 10 anos de idade.

    Box de Comentrio 2:

    Importa considerar que no conceito de PIA ou PINA no deve ser levado

    em considerao as definies quanto ao enquadramento legal de

    trabalho infantil. Muito embora seja proibido em nosso pas, o IBGE

    mantm a idade de 10 anos como parmetro para a composio daPIA.

    A Conveno 138 da OIT definiu como idade mnima recomendada para

    o trabalho 16 anos. Tanto por isso que alguns autores de bibliografias

    internacionais utilizam este parmetro para definio da PIA. No

    menos importante, a Constituio Federal admite em seu texto o

    trabalho tambm a partir dos 16 anos, ressaltando que esta idadeexclui a possibilidade trabalho noturno, perigoso ou insalubre,

    reservado somente aqueles (as) com mais de 18 anos4.

    A principal caracterstica referente a PIA o seu desmembramento nos

    conceitos de Populao Economicamente Ativa PEA e Populao No

    Economicamente Ativa PNEA.

    1.4 PEA

    A Populao Economicamente Ativa refere-se mo-de-obra potencial, ou

    seja, s pessoas que possuem trabalho remunerado tanto na condio de

    4 Exclumos nesta explicao a admisso feita pela CF no seu art. 227, pargrafo 3 , inciso I, referente a idade considerada para aquele enquadrado como menor aprendiz que de 14

    anos.

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    Segundo as Notas Metodolgicas do IBGE, as Pessoas EconomicamenteAtivas na semana de referncia compreendem as pessoas ocupadas e

    desocupadas (desempregadas)nesta semana.

    1. Pessoas Ocupadas: so classificadas como ocupadas na semana de

    referncia as pessoas que exerceram trabalho, remunerado ou sem

    remunerao, durante pelo menos uma hora completa na semana de referncia,

    ou que tinham trabalho remunerado do qual estavam temporariamente afastadasnessa semana.

    De acordo com o IBGE, considerada como pessoa ocupada, mas

    temporariamente afastada de trabalho remunerado, aquela que no trabalhou

    durante pelo menos uma hora completa na semana de referncia por

    motivo de frias, greve, suspenso temporria do contrato de trabalho,

    licena remunerada pelo empregador, ms condies do tempo ou outrosfatores ocasionais.

    Destaca-se, ainda, segundo a pesquisa, que foi considerada a pessoa que,

    na data de referncia, estava afastada:

    por motivo de licena remunerada por instituto de previdncia por

    perodo no superior a 24 meses;

    do prprio empreendimento por motivo de gestao, doena ou

    acidente, sem ser licenciada por instituto de previdncia, por

    perodo no superior a trs meses;

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    por falta voluntria ou outro motivo, por perodo no superior a 30dias.

    De acordo com o IBGE as ocupaes das pessoas pertencentes PEA

    podem ser as seguintes:

    Empregado - Pessoa que trabalhava para um empregador (pessoa fsica ou

    jurdica), geralmente obrigando-se ao cumprimento de uma jornada de trabalho erecebendo em contrapartida uma remunerao em dinheiro, mercadorias,

    produtos ou benefcios (moradia, comida, roupas, etc.). Nesta categoria incluiu-se

    a pessoa que prestava servio militar obrigatrio e, tambm, o sacerdote,

    ministro de igreja, pastor, rabino, frade, freira e outros clrigos;

    Trabalhador domstico - Pessoa que trabalhava prestando servio domstico

    remunerado em dinheiro ou benefcios, em uma ou mais unidades domiciliares;

    Conta-prpria (ou autnomo)- Pessoa que Conceitos trabalhava explorando o

    seu prprio empreendimento, sozinha ou com scio, sem ter empregado e

    contando, ou no, com a ajuda de trabalhador no remunerado;

    Empregador- Pessoa que trabalhava explorando o seu prprio empreendimento,

    com pelo menos um empregado;

    Trabalhador no remunerado membro da unidade domiciliar- Pessoa que

    trabalhava sem remunerao, durante pelo menos uma hora na semana, em

    ajuda a membro da unidade domiciliar que era: empregado na produo de bens

    primrios (que compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuria,

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    extrao vegetal ou mineral, caa, pesca e piscicultura), conta-prpria ouempregador;

    Outro trabalhador no remunerado - Pessoa que trabalhava sem

    remunerao, durante pelo menos uma hora na semana, como aprendiz ou

    estagirio ou em ajuda a instituio religiosa, beneficente ou de cooperativismo;

    Trabalhador na produo para o prprio consumo- Pessoa que trabalhava,durante pelo menos uma hora na semana, na produo de bens do ramo que

    compreende as atividades da agricultura, silvicultura, pecuria, extrao vegetal,

    pesca e piscicultura, para a prpria alimentao de pelo menos um membro da

    unidade domiciliar;

    Trabalhador na construo para o prprio uso - Pessoa que trabalhava,

    durante pelo menos uma hora na semana, na construo de edificaes,estradas privativas, poos e outras benfeitorias (exceto as obras destinadas

    unicamente reforma) para o prprio uso de pelo menos um membro da unidade

    domiciliar.

    Box de Comentrio 3:

    Em re-anlise ao boxde comentrio 1, perceba que, para o IBGE, todos

    os trabalhadores no remunerados que trabalharam ao menos uma

    hora na semana so considerados pessoas ocupadas e,consequentemente, componentes da PEA. De todo modo, conforme

    disposto no box de comentrio 1, uma vez desenvolvidas atividades

    sem remunerao, relacionadas a ajuda instituio religiosa,

    beneficente ou de cooperativismo, estas no so consideradas como

    trabalho.

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    2. Pessoas Desocupadas (desempregadas): So classificadas comodesocupadas na semana de referncia as pessoas sem trabalho na semana de

    referncia, mas que estavam disponveis para assumir um trabalho nessa semana

    e que tomaram alguma providncia efetiva para conseguir trabalho no perodo de

    referncia de 30 dias, sem terem tido qualquer trabalho ou aps terem sado do

    ltimo trabalho que tiveram nesse perodo.

    E a, vocs se lembram do que destacamos no item LembranaImportante? A vai: A busca por um trabalho, por parte dos desocupados,

    constitui condio fundamental para a sua incluso no cmputo da PEA.

    1.5 Pessoas No Economicamente Ativas - PNEA

    Por definio as Pessoas No Economicamente Ativas so aquelas no

    enquadradas como ocupadas ou como desocupadas (mas na busca por trabalho,ok?). Assim sendo, fazem parte da PNEA as pessoas incapacitadas para o

    trabalho (invlidos mental e fisicamente; idosos e rus) ou que desistiram de

    buscar trabalho ou que mesmo no querem trabalhar (inativos), incluindo ainda

    neste contexto, e por excluso, aqueles que exerceram atividade no remunerada

    por menos de uma horana semana de referncia.

    Seguindo o conceito do IBGE, so includos na PNEA os desalentados,representados por aqueles que procuraram trabalho ininterruptamente durante

    pelo menos seis meses, contados at a data da ltima providncia tomada para

    conseguir trabalho no perodo de referncia de 365 dias, tendo desistido por no

    encontrar qualquer tipo de trabalho, trabalho com remunerao adequada ou

    trabalho de acordo com as suas qualificaes. Importante considerar que no rol

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    dos trabalhadores desalentados incluem-se os estudantes, pensionistas e aquelesque se dedicam somente aos afazeres domsticos.

    Merece destaque a divergncia existente entre o IBGE e o DIEESE

    (Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos) quanto ao enquadramento

    dos desalentados. Enquanto que para o primeiro aqueles fazem parte da PNEA,

    para o segundo os desalentados fazem parte da PEA.

    IBGE:

    Desalentados fazem parte da PNEA

    DIEESE:

    Desalentados fazem parte da PEA

    Box de conhecimento:

    Conceitos do DIEESE:

    Vamos entender um pouco mais os conceitos utilizados pelo DIEESE,

    para a definio da PEA, na chamada Pesquisa de Emprego e

    Desemprego:

    Segundo o Departamento Intersindical a PEA corresponde parcela da

    Populao em Idade Ativa (PIA) que est ocupadaou desempregada.

    1 - So considerados ocupados:

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    Os indivduos que, nos sete dias anteriores ao da entrevista realizada,possuem trabalho remunerado exercido regularmente, com ou sem

    procura de trabalho; ou que, neste perodo, possuem trabalho

    remunerado exercido de forma irregular, desde que no tenham

    procurado trabalho diferente do atual; ou possuem trabalho no-

    remunerado de ajuda em negcios de parentes, ou remunerado em

    espcie/beneficio, sem procura de trabalho.

    Destaca-se que excluem-se da condio de ocupados as pessoas que

    nos ltimos sete dias realizaram algum trabalho de forma

    excepcional.

    2 - So considerados desempregados:

    Os indivduos que se encontram numa situao involuntria de no-trabalho, por falta de oportunidade de trabalho, ou que exercem

    trabalhos irregulares com desejo de mudana. Destaca-se que essas

    pessoas so desagregadas em trs tipos de desemprego:

    - desemprego aberto: pessoas que procuraram trabalho de maneira

    efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista e no exerceram

    nenhum trabalho nos sete ltimos dias;

    - desemprego oculto pelo trabalho precrio: pessoas que realizam

    trabalhos precrios - algum trabalho remunerado ocasional de auto-

    ocupao - ou pessoas que realizam trabalho no-remunerado em

    ajuda a negcios de parentes e que procuraram mudar de trabalho nos

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    30 dias anteriores ao da entrevista ou que, no tendo procurado nesteperodo, o fizeram sem xito at 12 meses atrs;

    - desemprego oculto pelo desalento(desalentados): pessoas que

    no possuem trabalho e nem procuraram nos ltimos 30 dias anteriores

    ao da entrevista, por desestmulos do mercado de trabalho ou por

    circunstncias fortuitas, mas apresentaram procura efetiva de trabalho

    nos ltimos 12 meses.

    Com base nestes conceitos, mais uma vez ressalto que enquanto para o

    IBGE os desalentados fazem parte da PNEA, para o DIEESE etses fazem parte da

    PEA.

    Resumo Prvio dos Conceitos do IBGE referente PIA, PINA, PEA e

    PNEA:

    1 - A PEA composta pelos OCUPADOS e pelos DESOCUPADOS,

    mas que buscam um trabalho nos ltimos trinta dias;

    2 A PNEA faz parte da Populao em Idade Ativa PIA, ou

    seja, pessoas que possuem mais de 10 anos de idade (segundo

    conceito do IBGE), mas que se encontram incapacitadas para otrabalho (invalidez fsica e/ou mental), desalentadas

    (procuraram emprego nos ltimos seis meses e desistiram,

    estudantes, pensionistas, aposentados) e inativos, os quais no

    buscam trabalho nem desejam trabalhar.

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    1.6 Subemprego

    Pode-se dizer que o subemprego uma situao econmica a que uma

    pessoa se encontra e que est classificada entre o que se conceitua por emprego

    e desemprego. Quase como regra o subemprego, tambm chamada de

    subocupao, decorrente de situaes em que a pessoa no possui formao

    profissional para se recolocar no mercado de trabalho. No obstante, outra

    caracterstica do subemprego a realizao de uma jornada de trabalho inferior a40 horas semanais, ou 44 horas conforme previso da Consolidao das Leis

    Trabalhistas CLT.

    O subemprego enxergado tanto no meio rural, em cultivos agrcolas com

    baixa produtividade, como tambm nos centros urbanos, sendo genericamente

    classificado como aqueles empregos considerados informais.

    Como consequncia da subocupao, tem se a existncia de

    subremunerao, a qual reflete, na maior parte das vezes, a situao financeira a

    que se encontra submetido a pessoa que tem condies de trabalhar por um

    maior perodo do que realmente o faz. O IBGE destaca, nas suas Notas

    Metodolgicas da PME, os conceitos de Pessoas subocupadas por insuficincia de

    horas trabalhadas e de Pessoas sub-remuneradas, as quais refletem as noes

    de subemprego.

    - Pessoas subocupadas por insuficincia de horas trabalhadas: Define-se

    como subocupadas por insuficincia de horas trabalhadas as pessoas que

    trabalharam efetivamente menos de 40 horas na semana de referncia, no

    seu nico trabalho ou no conjunto de todos os seus trabalhos, gostariam de

    trabalhar mais horas que as efetivamente trabalhadas na semana de

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    referncia e estavam disponveis para trabalhar mais horas no perodo de 30dias, contados a partir do primeiro dia da semana de referncia;

    - Pessoas sub-remuneradas: Define-se como subremuneradas as pessoas

    ocupadas na semana de referncia, cuja relao do rendimento mensal

    habitualmente recebido de todos os trabalhos por horas semanais habitualmente

    trabalhadas em todos os trabalhos inferior a relao do salrio mnimo por

    40 horas semanais.

    1.6.1 O conceito de subemprego para a Organizao Internacional

    do Trabalho - OIT

    Por meio da Resoluo relativa medio do subemprego

    (www.ilo.org/public/portugue/bureau/stat/res/underemp.htm) e das situaes de

    emprego inadequado, a OIT ampliou o conceito de subemprego, de tal forma aabranger uma maior esfera de trabalho enquadrada nesta modalidade. Diz o

    prefcio da Resoluo:

    (...Reconhecendo a necessidade de rever as normas existentes sobre a medio

    do subemprego, alargando-lhes o mbito para abranger igualmente as situaes

    de emprego inadequado, tendo em vista acentuar a sua utilidade como directrizes

    tcnicas para os pases e para melhorar a comparabilidade internacional dasestatsticas;

    Admitindo que o subemprego e as situaes de emprego inadequado num dado

    pas dependem das caractersticas do seu mercado de trabalho e que, por

    consequncia, a deciso de medir um, ou os dois, determinado pelas

    circunstncias nacionais;...).

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    A partir dos pressupostos traados na Resoluo, a OIT destaca que: Deacordo com o quadro conceptual aplicvel medio da mo-de-obra, a medio

    do subemprego e dos indicadores de emprego inadequado devem basear-se,

    principalmente, nas actuais capacidades dos trabalhadores e na sua situao de

    trabalho de acordo com o que for descrito por esses trabalhadores. Destaca

    ainda que Cai fora do mbito desta resoluo o conceito de subemprego baseado

    em modelos tericos relativos a capacidades potenciais e aos desejos de trabalho

    da populao em idade de trabalhar. Em verdade, a Organizao estabelececonceitos objetivos de caracterizao do subemprego, reduzindo brechas para

    interpretaes divergentes baseadas em modelos tericos muitos vezes

    inaplicveis igualmente em todos os pases.

    No menos importante, no item 4 da Resoluo a OIT afirma que O

    subemprego reflecte a subutilizao da capacidade produtiva da

    populao com emprego, incluindo a que resulta de um sistema econmicodeficiente ao nvel nacional ou regional. Relaciona-se com uma situao

    alternativa de emprego, na qual as pessoas desejam trabalhar e esto disponveis

    para o fazer. (negrito nosso)

    deixado claro no texto que as recomendaes relativas medio do

    subemprego dizem respeito ao subemprego ligado durao do trabalho e a

    subutilizao da capacidade produtiva do trabalhador. Conforme a norma, osubemprego ligado durao do trabalho existe quando a durao do

    trabalho de uma pessoa com emprego insuficiente em relao a uma

    situao de emprego possvel que essa pessoa est disposta a ocupar e

    disponvel para o fazer. Resumidamente, trata-se da situao em a pessoa

    ocupa um emprego inadequado sua disposio de trabalhar.

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    Por ser uma resoluo supranacional, o corpo do texto explicita que talvezos pases desejem considerar, entre os diferentes tipos de situaes de emprego

    inadequado, se importante produzir indicadores diferentes para:

    (a) emprego inadequado ligado s qualificaes, caracterizado por uma utilizao

    insuficiente ou inadequada das qualificaes profissionais, o que significa uma m

    utilizao dos recursos humanos. As pessoas que se encontram nesta categoria

    de emprego inadequado podem ser consideradas como pertencendo ao conjuntodas pessoas que, durante o perodo de referncia, desejavam ou procuravam

    mudar a sua situao de trabalho atual, de forma a utilizar plenamente as suas

    qualificaes profissionais atuais, e estavam disponveis para o fazer;

    (b) emprego inadequado ligado ao rendimento, resultando de uma organizao

    insuficiente do trabalho ou de uma fraca produtividade, de utenslios,

    equipamentos ou formao insuficientes, ou de uma infra-estrutura deficiente. Aspessoas que se encontram nesta categoria de emprego inadequado podem ser

    entendidas como pertencendo ao conjunto das pessoas que, durante o perodo de

    referncia, desejavam ou procuravam mudar a sua situao de trabalho atual,

    tendo em vista aumentar o seu rendimento, limitado por fatores como os que se

    mencionaram anteriormente, e estavam disponveis para o fazer. Os pases

    desejaro talvez determinar um limite mnimo, escolhido em funo das

    circunstncias nacionais, acima do qual as pessoas no tm caractersticas paraserem includas nesta situao;

    (c) emprego inadequado ligado ao nmero de horas de trabalho demasiado

    elevado pode ser entendido como referindo-se a uma situao na qual as

    pessoas, providas de um emprego, desejavam ou procuravam fazer menos horas

    de trabalho do que as que tinham feito durante o perodo de referncia, quer no

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    mesmo emprego, quer em outro emprego, com uma reduo correspondente dorendimento. Os pases desejaro provavelmente determinar um limite horrio

    mnimo, abaixo do qual as pessoas no so qualificadas para incluso neste

    grupo.

    Conforme se verifica, a relao entre emprego inadequado e durao do

    trabalho ampla, o que permite cada pas uma mensurao mais efetiva

    quanto a existncia de subemprego de pessoas em sua economia.

    Nota relevante: Muito embora vocs possam estar pensando se necessrio um

    entendimento mais analtico do conceito de subemprego para a prova, fao

    questo de dizer que estes mesmos conceitos foram objeto de cobrana em prova

    pela ESAF, logicamente como forma de tornar as coisas mais difceis para os

    candidatos e candidatas. At o concurso de 2006 os conceitos ficavam restritos

    queles utilizados principalmente pelo IBGE e, subsidiariamente, pelo DIEESE.

    Na lista de questes propostas est disponvel a questo da prova de 2010

    que abordou a Resoluo da OIT.

    Importante considerar, a partir da conceituao definida pela OIT, a

    existncia de interpretaes diversas por parte do DIEESE e do IBGE quanto ao

    subemprego. O Departamento Intersindical adota o enfoque de mercadoheterogneo, uma vez que considera como desemprego uma srie de situaes

    de que seriam na verdade classificadas como subemprego. Diferentemente, o

    IBGE, seguindo a regra disposta no item 4 da Resoluo da OIT, enquadra as

    mesmas ocupaes como atividade econmica produtiva, excluindo-se do rol de

    desempregados. Reproduz-se novamente frao do item 4:

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    O subemprego reflecte a subutilizao da capacidade produtiva da populaocom emprego, incluindo a que resulta de um sistema econmico deficiente ao

    nvel nacional ou regional.

    Passemos agora ao prximo item do contedo programtico a ser abordado

    nesta aula, aquele relativo conceituao dos indicadores do mercado de

    trabalho.

    1.7 Indicadores do mercado de trabalho

    Os indicadores do mercado de trabalho refletem o comportamento das

    principais variveis estudadas nos itens anteriores. De outro modo, os mesmos

    indicadores servem como referncia para a anlise do comportamento da

    economia, haja vista que o fator de produo trabalho considerado o principal

    insumo produtivo utilizado na gerao de riqueza de um pas.

    1.7.1 Taxa de Participao na fora de trabalho (ou da Populao

    Economicamente Ativa PEA)

    Trata-se seno do principal, de um dos mais importantes ndices de anlise

    do mercado de trabalho. Sua mensurao objetiva verificar qual a efetiva

    disponibilidade de pessoas dispostas a trabalhar. Segundo destaca Chahad5

    , ataxa de participao da fora de trabalho reflete o nvel de engajamento da

    populao ativa nas atividades produtivas, pela mensurao do tamanho relativo

    da fora de trabalho, fornecendo uma aproximao do volume de oferta de

    emprego imediatamente disponvel na economia.

    5CHAHAD. J. P. Z. Manual de Economia. Captulo 20; pg. 388. 5 edio. 7 tiragem. Saraiva. 2009.

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    A frmula de clculo da Taxa de Participao da Fora de Trabalho aseguinte:

    PIA

    PEATrabalhodeForanaoParticipadeTaxa =

    Atravs da anlise do ndice acima possvel verificar que quanto mais

    prximo de 1 ou 100% for o resultado da diviso, maior a oferta de trabalho

    dentre aquelas pessoas consideradas capacitadas (ou em idade ativa) em uma

    economia.

    Como caractersticas inerentes ao mercado de trabalho nas mais diversas

    economias, Chahad (2009) destaca que, em qualquer pas, possvel ser

    observado o seguinte:

    i. a participao adulta superior participao de idosos e jovens. De

    acordo com o autor, a necessidade de educar e a aposentadoria, que no

    Brasil grande tema discusso, especialmente quanto precocidade frente

    aos demais pases, refletem a menor participao dos dois grupos;

    ii. a participao feminina inferior masculina, isto decorrente do fato de

    que os trabalhos domsticos no so considerados para fins de composio

    da PEA, sendo tais trabalhos exercidos especialmente por mulheres;

    iii. em decorrncia do desenvolvimento econmico, tem ocorrido a elevao da

    participao das mulheres no mercado de trabalho, especialmente em

    funo da mudana do papel feminino na relao de trabalho.

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    Quanto aos itens ii e iii, acrescenta-se que historicamente vivemos emuma sociedade machista, o que, ao longo dos anos, contribuiu fortemente tanto

    para a efetiva inferioridade numrica de mulheres na fora de trabalho quanto,

    infelizmente, para um menor nvel de remunerao financeira (salrios) pelo

    trabalho ofertado.

    Box de Comentrio 4:

    Uma vez que a Taxa de Participao na Fora de Trabalho dado pela relao

    entre a PEA e a PIA (PIA

    PEA), caso queiramos calcular a Taxa de No Participao

    na Fora de Trabalho, basta substituirmos a PEA no numerador pela PNEA, a qual

    conhecemos como Populao No Economicamente Ativa. Assim sendo, temos:

    PIA

    PNEATrabalhodeForanaoParticipaNodeTaxa =

    Importantssimo ressaltar que tanto a Taxa de Participao na Fora de

    Trabalho quanto a Taxa de No Participao na Fora de Trabalho no

    podem, jamais, serem confundidas com a Taxa de Ocupao e a Taxa de

    Desocupao na Fora de Trabalho. Conforme veremos no prximo item, a

    Taxa de Ocupao e, consequentemente, a Taxa de Desocupao, relacionam-se

    com a Populao Economicamente Ativa.

    possvel banca examinadora a cobrana, em questo de prova, dos ndices

    referentes ao percentual de pessoas ocupadas ou desocupadas em relao

    quelas em idade ativa (PIA). Lembrando que, segundo o IBGE, as pessoas em

    idade ativa so todas aquelas com 10 anos ou mais, e que esta classificao no

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    leva em conta a conceituao jurdica de trabalho infantil nem to quanto a idademnima disciplinada pela Consolidao das Leis Trabalhistas CLT, conforme j

    discutido no corpo da aula.

    Assim sendo, quando se quiser mensurar as Pessoas Ocupadas em relao

    Populao em Idade Ativa, teremos a seguinte expresso:

    PIAOcupadosOcupaodeNvel =

    e

    PIA

    sDesocupadooDesocupadeNvel =

    Os conceitos de Pessoas Ocupadase Pessoas Desocupadasreferem-se

    composio da PEA, conforme descrito no item 1.46 da aula. Dessa maneira,

    caso seja necessria realizar a mensurao da Taxa de Desemprego na Economia,

    deve-se, sempre, partir do conceito de Fora de Trabalho ou Populao

    Economicamente Ativa, at mesmo porque este parmetro o que efetivamente

    representa a quantidade pessoas prontamente disponveis para o trabalho.

    6 Qualquer dvida, no continue. Leia novamente o item 1.4 para consolidar o entendimento e as definies de PEA e

    PNEA.

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    1.7.2 Taxa de Desemprego

    Trata-se, sem dvida, do mais comum dos ndices de medio do

    desempenho do mercado de trabalho no pas.

    Afora o conceito tcnico de desemprego, conforme j transcrito em aula,

    Chahad (2009) define a Taxa de Desemprego como sendo a contabilizao

    daqueles e daquelas que esto aptos, saudveis e buscando trabalho, mas queno encontram ocupao taxa de salrios vigentes no sistema econmico.

    Perceba que o autor adiciona o conceito de taxa de salrios, parmetro que

    de fato define o apetite do um indivduo de querer ou no trabalhar. A taxa de

    salrio, ou o parmetro salarial, reflete a verdadeira relao entre a oferta e

    demanda por trabalho em uma economia. Veremos esta inter-relao ao longo do

    curso.

    Voltando a conceituao de Taxa de Desemprego, podemos defini-la atravs

    da relao existente entre os desocupados e a Fora de Trabalho, ou mais uma

    vez, entre os desempregados e a Populao Economicamente Ativa PEA.

    PEA

    dosDesempregaousDesocupadoDesempregodeTaxa =

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    Box de Comentrio 5:Como vocs esto estudando para uma prova de concurso, deve-se sempre

    tomar muito cuidado com as pegadinhas elaboradas pela banca somente para

    eliminar candidatos. Vejamos:

    A taxa de desemprego pode aumentar sem que, no entanto, que tenha ocorrido

    demisses de empregados.

    Exemplos:

    1) Supondo que o nmero de desempregados/desocupados de uma economia

    seja de 10 e o nmero de empregados igual a 90, temos a seguinte taxa de

    desemprego na economia:

    sDesocupadoOcupadossDesocupadoDesempregodeTaxa

    +

    =

    Lembrando que: Ocupados + Desocupados = PEA

    %101,01090

    10==

    +

    =DesempregodeTaxa

    2) Caso um inativo, o qual compem atualmente a PNEA volte a trabalhar, ou

    seja, se incorpore PEA, ou seja, queira novamente trabalhar, mas no consiga

    trabalho, teremos o seguinte novo nvel de desemprego:

    %9,101089,01190

    11=

    +

    =DesempregodeTaxa

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    Conforme se verifica, o simples fato de um inativo retornar atividade, mas sem

    conseguir emprego, faz com aumente a taxa de desemprego da economia,

    mesmo no ocorrendo demisses.

    Sendo assim, muito cuidado!!!

    O comportamento da taxa de desemprego evidencia o comportamento daatividade econmica do pas. Atualmente, em decorrncia do processo de

    crescimento econmico, reduziu-se consideravelmente a taxa de desemprego,

    atingindo 6,2% da PEA, o que demonstra o menor nvel para o perodo nos

    ltimos 4 (quatro) anos. Em dezembro de 2010 o pas teve uma taxa de 5,3%, o

    menor nvel nos ltimos dez anos para o perodo (dezembro de 2010).

    Importante considerar que o desemprego possui diversas vertentes, umavez que a sua ocorrncia pode ser devida tanto incapacidade de absoro pelo

    sistema econmico em si, dado pelo atingimento do mximo da capacidade

    produtiva da economia decorrente, por exemplo, do excesso de demanda por

    bens e servios, quanto pela falta de demanda pelos bens, situao que leva as

    empresas a ajustarem a sua necessidade de mo-de-obra a um nvel mais baixo,

    e assim gerando, por consequncia, desemprego. Estas situaes sero

    estudadas ao longo do curso, at mesmo porque com base nestesentendimentos que o governo procura intervir no processo econmico para

    estimular o processo produtivo e nvel de emprego na economia.

    As situaes ora apontadas demonstram a existncia de vrios tipos de

    desemprego, aos quais conceituamos abaixo:

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    PEA

    EmpregadosouOcupadosEmpregodeTaxa =

    Lembrando que:

    sDesocupadoOcupadosPEAAtivaenteEconomicamPopulao +=)(

    1.7.3 Rotatividade da Mo-de-obra e ndice de Rotatividade

    No mercado de trabalho comum a ocorrncia de demisses seguidas de

    novas contrataes de trabalhadores. Esta situao caracteriza a forma original

    do conceito de rotatividade da mo-de-obra. Diferentemente, caso o processo de

    demisso no seja sucedido da contratao de um novo trabalhador, estar-se-

    gerando, na verdade, o aumento do desemprego. Esta inclusive a definio de

    Chahad (2009). De acordo com o autor, o que diferencia essa duas situaes

    (rotatividade e desemprego) que, do ponto de vista das firmas, a rotatividade

    implica a idia de que a mo-de-obra dispensada, ou que voluntariamente se

    demite, ser substituda, enquanto a dispensa do empregado parte da firma ou

    seu pedido de resciso do contrato de trabalho, sem que ocorra reposio,

    caracteriza um desemprego na forma tradicional do termo.

    Segundo a teoria econmica tradicional, a rotatividade da mo-de-obra

    afetada por variaes nos indicadores macroeconmicos (inflao, juros), os

    quais refletem o grau de aquecimento da economia, e por aspectos

    microeconmicos, a exemplo da evoluo do processo tecnolgico de produo,

    que acaba por gerar a substituio de trabalhadores.

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    A mensurao do ndice de rotatividade deve ser precedida de umadefinio da forma de como ser calculada. Segundo o Ministrio do trabalho a

    taxa de rotatividade um importante instrumento para analisar o comportamento

    do mercado de trabalho formal. Segundo renomados autores, a taxa de

    rotatividade da mo-de-obra varivel de fluxo que mede o percentual dos

    trabalhadores substitudos mensalmente no total de trabalhadores empregados.

    De forma especfica, o Ministrio do Trabalho calcula o ndice da seguinteforma: o mnimo entre as admisses e desligamentos no ms de referncia em

    relao ao estoque de empregos no ms imediatamente anterior, multiplicado por

    100 (haja vista ser um valor percentual). Matematicamente, temos:

    ( )[ ] 100/;min1 xEDAdeRotatividadeTaxa

    ttt =

    Sendo:

    t

    A o total de admisses no tempo t;

    tD o total de desligamentos7no tempo t; e

    1t

    E o estoque de empregos no tempo t - 1

    Vamos tornar as coisas um pouco mais claras, aplicando a frmula acima

    segundo os conceitos do MTE:

    O estoque de empregos, no ano 20X1, foi de 1.000.000 de empregados. No

    decorrer do perodo seguinte, 500.000 trabalhadores foram admitidos e 600.000

    saram do trabalho, seja por iniciativa prpria ou por dispensas (veja ento o

    7O desligamento inclui no somente as demisses, mas tambm aqueles que saram do emprego por conta prpria.

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    porqu do termo desligamentos, e no demisses). O ndice de rotatividade naeconomia no perodo de tempo em anlise ser igual a 500.000/1.000.000 ou

    50%. A frmula trata do mnimo entre as admisses e os desligamentos, motivo

    pelo qual no numerador o nmero utilizado foi 500.000.

    Esta situao ocorre porque o ndice de rotatividade considera apenas a

    quantidade de trabalhadores que foi substituda no perodo. Por esse motivo, o

    nmero total de trabalhadores contratados s considerado, ao medir arotatividade, se um nmero pelo menos equivalente de trabalhadores

    forem desligados, sendo vlida a recproca.

    Destaca-se que a anlise deste indicador do mercado de trabalho permite

    aferir que a rotatividade tende a ser pr-ciclica, ou seja, em perodos de

    crescimento econmico o mercado de trabalho fica aquecido, o que se traduz na

    elevao do nmero de desligamentos voluntrios em funo do aumento deoportunidades com salrios mais elevados. Essa situao tem se repetido

    constantemente, especialmente em mercados que demandam trabalhadores com

    especialidades de conhecimento.

    O impacto do maior fluxo de trabalhadores, entrando e saindo das

    empresas, eleva a taxa de rotatividade na medida em que esta determinada

    pelo menor valor entre admisses e desligamentos.

    Situao inversa, em perodos de recesso econmica, ocorre a diminuio

    das contrataes e os desligamentos voluntrios diminuem, contrabalanceada, no

    entanto, pela elevao das demisses promovidas pelas empresas. Em resultado,

    diante de um processo recessivo, e com base na frmula utilizada pelo IBGE, a

    rotatividade da mo-de-obra tende a reduzir, posto que, ao demitir

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    trabalhadores, o objetivo das empresas reduzir as despesas com o pagamentode mo-de-obra, alm do fato dos trabalhadores evitarem sair por medo de no

    terem outra oportunidade.

    Conforme visto, a rotatividade da mo-de-obra dependente tanto das

    decises dos trabalhadores j empregados quanto das empresas. No que tange

    ao conceito de rotatividade voluntria, EHRENBERG e SMITH8 fazem algumas

    consideraes relevantes para o nosso estudo9

    . Os autores destacam aspectosrelevantes que levam a sada dos trabalhadores, a saber:

    1.Mantendo-se constante os outros fatores, um trabalhador qualquer

    ter maiores possibilidade de sair de um emprego de baixo salrio

    do que um de alto salrio;

    Em regra esta parece ser uma condio natural, haja vista que diante desalrios mais baixos, os quais muitas vezes sequer suprem as necessidades

    mnimas para o trabalhador e sua famlia, existe a tendncia de que

    qualquer aumento ser relevante para o seu padro de vida.

    Diferentemente, em situao em que a salrio supre as necessidades e

    permite ainda a sua utilizao, por exemplo, para consumo de lazer, menor

    tende a ser o mpeto de sada do trabalho.

    2.As taxas de sadas de trabalhadores tendem a declinar medida

    que aumenta o tamanho da empresa;

    8EHRENBER. R.G.; SMITH, R.S.. A Moderna Economia do Trabalho. Pg. 386-389. 5 edio. Makron Books .2000.9As constataes feitas pelos autores referem-se aquelas estudadas no modelo de capital humano, tema que ser novamente

    revisto em outra aula do curso.

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    Um maior rol de oportunidades em grandes empresas frente s pequenasexplica em parte o comportamento do trabalhador. Associado a este, tem-

    se que empresas grandes oferecem treinamento constante aos seus

    trabalhadores, que, muitas vezes, vem acompanhado de salrios mais altos

    decorrentes de promoes para cargos dentro da prpria empresa. Esta

    poltica reduz a onerosidade decorrente da sada de trabalhadores

    qualificados e busca por novos profissionais que precisam ganhar confiana,

    serem motivados e atentos aos detalhes do negcio empresarial.

    3.Mulheres tm taxas de sada do emprego mais elevadas do que os

    homens;

    Esta ocorrncia deve-se, segundo os autores, ao menor investimento em

    capital humano feito com as mulheres, situao decorrente do fato de que

    estas possuem outros afazeres como as atividades domsticas e a criaodos filhos. A legislao brasileira, neste caso, muito embora seja muito

    relevante para a proteo familiar, desestimula o investimento em capital

    humano feminino, a medida que garante as mulheres o perodo de licena

    maternidade de 6 meses.

    4.Trabalhadores tero mais possibilidades de sada quando for

    relativamente fcil para eles obter um emprego melhor de formarpida.

    A situao atual do mercado de trabalho no Brasil espelha bem esta

    concluso. Haja vista a existncia de demasiadas oportunidades de trabalho

    ocasionadas pelo crescimento econmico, maior tende a ser a rotatividade

    voluntria da mo-de-obra. Em situao inversa esse fenmeno se

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    modifica, naturalmente em funo da falta de reempregabilidade rpida dotrabalhador. Segundo o autor, por meio de pesquisas, e tambm por lgica

    de entendimento, possvel constatar a existncia de relao negativa (ou

    inversa) entre a taxa de desemprego a a taxa de rotatividade da mo de

    obra.

    5.A rotatividade diminui medida que a idade e o tempo no emprego

    dos trabalhadores aumenta e, por corolrio, a rotatividade eleva-sequando os trabalhadores so mais novos.

    A maior parte das oportunidades do mercado de trabalho direcionada

    aos/as jovens, os quais recebero maior ateno das empresas no sentido

    de capacitao. Na existncia de dissintonia entre a empresa e o

    trabalhador, especialmente os jovens, maior ser tambm a probabilidade

    de busca por outras oportunidades de trabalho. No obstante, na existncia

    de treinamento ao longo do perodo de relao trabalhista, aqueles commaior tempo de casa tendem a ter menor interesse de procurar novas

    oportunidades.

    6.As taxas de sada sero mais altas quando os custos de sair forem

    mais baixos.

    Esta situao parece ser muitas vezes o carma do futuro servidor pblico.A aprovao em concurso pblico leva o trabalhador a ter que se mudar

    para outra localidade, na maior parte das vezes, distante do seu local de

    moradia atual. Esta situao inclusive o caso dos novos Auditores do

    Trabalho. Afora a peculiaridade, quando outras oportunidades para o

    trabalhador concentram-se num menor raio de distncia, maior tende a ser

    o seu mpeto de troca de emprego, provocando o aumento da rotatividade.

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    Com base nesta srie de comentrios possvel concluir que a rotatividadeda mo-de-obra literalmente dependente de uma srie de aspectos, os quais se

    interagem tanto em decorrncia das decises de oferta de trabalho por parte dos

    indivduos quanto de demanda por trabalho por parte das empresas. A partir da

    prxima aula teremos a oportunidade de conhecermos com mais profundidade a

    relao existente entre os dois principais agentes do processo econmico.

    Passemos agora resoluo de algumas questes propostas e tambmbaseadas em provas anteriores.

    Um abrao,

    Mariotti

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    Questes Propostas:

    1) - (Questo Elaborada pelo Autor) O IBGE realiza mensalmente

    pesquisa sobre as condies de emprego no Brasil. Neste sentido, o

    Instituto procurou definir o significado do termo trabalho como atividade

    econmica. Em relao a estas definies, assinale a alternativa

    incorreta.

    a) a ocupao sem remunerao na produo de bens e servios, em ajuda naatividade econmica de membro da unidade domiciliar.

    b) no a ocupao na produo para o prprio consumo ou uso de membro(s)

    da unidade domiciliar.

    c) a ocupao remunerada em mercadorias no servio domstico.

    d) a ocupao remunerada em mercadorias na produo de bens e servios.

    e) no a ocupao sem remunerao, desenvolvida em ajuda a instituio

    religiosa, beneficente ou de cooperativismo.

    2) (Questo Elaborada pelo Autor) O IBGE, seguindo recomendao da

    Organizao Internacional do Trabalho, realiza a classificao dos

    indivduos segundo as suas aptides e sua participao no mercado de

    trabalho. A esse respeito, a Populao em Idade Ativa

    I) a populao economicamente ativa.II) no abrange as crianas recm-nascidas.

    III) abrange os aposentados.

    IV) a populao cuja idade a capacita a exercer o trabalho.

    Esto corretos os itens:

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    a) II e IV so corretasb) I correta

    c) II, III e IV so corretas

    d) I e II corretas

    e) I, II e III so corretas

    3 (AFT/MTE ESAF/2003) De acordo com o IBGE, os trabalhadores

    desalentados so aqueles que desistem de procurar emprego porque:a) no encontram qualquer tipo de trabalho ou no encontram trabalho com

    remunerao adequada ou de acordo com suas qualificaes.

    b) no pertencem a nenhum sindicato.

    c) no esto dispostos a trabalhar, independentemente do salrio, pois valorizam

    o lazer acima de todas as coisas.

    d) trabalharam efetivamente menos de 40 horas em todos os trabalhos da

    semana de referncia.e) trabalharam efetivamente mais de 40 horas em todos os trabalhos da semana

    de referncia.

    4 - (AFT/MTE ESAF/1998) Com relao aos conceitos bsicos

    envolvendo o mercado de trabalho, podemos firmar que:

    a) no se incluem no conceito de desemprego aquelas pessoas que, no estando

    empregadas, abandonaram a busca de emprego.b) considerado desempregado todo o membro da populao residente que no

    possui emprego.

    c) considerado desempregado todo o membro da populao residente que no

    possua carteira de trabalho assinada.

    d) no so computadas no desemprego aquelas pessoas que nunca trabalharam.

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    de emprego possvel, que essa pessoa est disposta a ocupar e disponvel parafaz-lo.

    e) O emprego inadequado ligado ao rendimento resulta de uma organizao

    insuficiente do trabalho ou de uma fraca produtividade de utenslios,

    equipamentos ou formao insuficientes, ou de uma infra-estrutura deficiente.

    7 (AFT/MTE ESAF/2006) Suponha uma economia que possua as

    seguintes caractersticas: Populao total = 1000 pessoas; populao emidade ativa = 800 pessoas; populao desocupada = 200 pessoas;

    populao economicamente ativa = 600 pessoas. Podemos afirma que

    nessa economia, a taxa de desocupao e a taxa de inatividade so

    (aproximadamente), respectivamente:

    a) 33% e 25%

    b) 25% e 25%

    c) 20% e 20%d) 33% e 40%

    e) 25% e 20%

    8 (Questo Proposta) Considere as seguintes informaes referentes a

    uma economia:

    Estoque de Empregos: 15.000.000Trabalhadores Admitidos: 3.000.000

    Trabalhadores Desligados: 4.500.000

    Com base nestas informaes, pode-se concluir que a taxa de

    rotatividade da mo-de-obra :

    a) 5%

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    b) 30%c) 10%

    d) 20%

    e) 50%

    9 (Questo Proposta) Segundo o Ministrio do trabalho a taxa de

    rotatividade um importante instrumento para analisar o

    comportamento do mercado de trabalho formal. A respeito desteindicador, assinale a afirmativa correta

    a) Um elevado volume de desligamentos de trabalhadores pode estar associado

    ao perodo de crescimento da economia.

    b) O aumento na rotatividade da mo-de-obra decorre de um ciclo de recesso

    econmica.

    c) Considerando um mercado de trabalho que tinha, no ano 2010, 1000

    trabalhadores, e que em 2011 a quantidade de trabalhadores desligados foi iguala 100, e de admitidos igual a 200, o ndice de rotatividade atingiu 20%.

    d) Um maior volume de contrataes de trabalhadores aumenta a rotatividade da

    mo-de-obra.

    e) O resultado da rotatividade da mo-de-obra dependente apenas das decises

    das empresas.

    10 (Questo Proposta) Considerando as vrias acepes einterpretaes para o desemprego, assinale a definio incorreta:

    a) O desemprego Friccional decorrente da criao e do desaparecimento de

    postos de trabalho em decorrncia do regular funcionamento da atividade

    econmica.

    b) O desemprego estrutural decorre, em boa parte da falta de qualificao da

    mo-de-obra produtiva.

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    c) O desemprego sazonal ocorre em funo, por exemplo, de perodos deentressafra da colheita da Soja no pas.

    d) O desemprego oculto, para o DIEESE, representado pelas pessoas que no

    possuem trabalho e nem procuraram nos ltimos 30 dias anteriores ao da

    entrevista, por desestmulos do mercado de trabalho ou por circunstncias

    fortuitas, mas apresentaram procura efetiva de trabalho nos ltimos 12 meses.

    e) O desemprego keynesiano decorrente das opes de trabalho feito pelo

    trabalhador, tendo como justificativa, por exemplo, o baixo nvel salarial daatividade a ser exercida.

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    Gabarito Comentado:

    1) - (Questo Elaborada pelo Autor) O IBGE realiza mensalmente

    pesquisa sobre as condies de emprego no Brasil. Neste sentido, o

    Instituto procurou definir o significado do termo trabalho como atividade

    econmica. Em relao a estas definies, assinale a alternativa

    incorreta.

    a) a ocupao sem remunerao na produo de bens e servios, em ajuda naatividade econmica de membro da unidade domiciliar.

    b) no a ocupao na produo para o prprio consumo ou uso de membro(s)

    da unidade domiciliar.

    c) a ocupao remunerada em mercadorias no servio domstico.

    d) a ocupao remunerada em mercadorias na produo de bens e servios.

    e) no a ocupao sem remunerao, desenvolvida em ajuda a instituio

    religiosa, beneficente ou de cooperativismo.

    Comentrios:

    A questo trata, conforme o prprio enunciado, das definies dadas pelo IBGE

    para definir o termo ou expresso trabalho como um atividade econmica. Assim

    sendo, em com base nas abordagens feitas no item 1.2, so considerados

    trabalho:

    a) ocupao remunerada em dinheiro, produtos, mercadorias ou benefcios

    (moradia, alimentao, roupas, treinamento, etc.) na produo de bens e

    servios;

    b) ocupao remunerada em dinheiro ou benefcios (moradia, alimentao,

    roupas, etc.) no servio domstico; ou

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    c) ocupao sem remuneraona produo de bens e servios, em ajuda naatividade econmica de membro da unidade domiciliar.

    Ainda no mesmo item, tm-se os seguintes destaques:

    Observao adicional feita pelo IBGE refere-se ao no enquadramento como

    trabalho quando no exerccio de ocupao:

    na produo para o prprio consumo ou uso de membro(s) da unidade

    domiciliar; e

    sem remunerao, desenvolvida em ajuda a instituio religiosa,

    beneficente ou de cooperativismo.

    Importante chamar a ateno de vocs para uma possvel pegadinha por parte dabanca examinadora. Perceba que as assertivas b e e iniciam com a expresso

    no, ou seja, para estas assertivas, no se enquadram como trabalho em

    atividade produtiva, de tal forma que a negao de outra negao se transforme

    em uma afirmao, fazendo com que estas, baseadas nas definies acima,

    estejam tambm corretas.

    Feito o comentrio acima, pode-se constatar que a alternativa incorreta a letrac, uma vez que a ocupao nos servios domstico, para ser considerada

    trabalho como atividade produtiva, no pode ser remunerada em mercadorias,

    mas apenas em dinheiro ou em benefcios como alimentao, moradia, etc.

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    Por fim, muito cuidado para no confundir o conceito de mercadoria combenefcio. Segundo o IBGE, alimentao e roupas so considerados benefcios e

    no mercadorias.

    Gabarito: letra c.

    2) (Questo Elaborada pelo Autor) O IBGE, seguindo recomendao da

    Organizao Internacional do Trabalho, realiza a classificao dosindivduos segundo as suas aptides e sua participao no mercado de

    trabalho. A esse respeito, a Populao em Idade Ativa

    I) a populao economicamente ativa.

    II) no abrange as crianas recm-nascidas.

    III) abrange os aposentados.

    IV) a populao cuja idade a capacita a exercer o trabalho.

    Esto corretos os itens:

    a) II e IV so corretas

    b) I correta

    c) II, III e IV so corretas

    d) I e II corretase) I, II e III so corretas

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    Comentrios:

    Item I - A Populao em Idade Ativa composta pela Populao

    Economicamente Ativa PEA e a Populao No Economicamente Ativa PNEA.

    Por meio desta conceituao j possvel afirmarmos que o item I est

    incorreto.

    Item II - Outro conceito que define a PIA o de que esta composta portoda populao com 10 (mnimo) ou mais anos de idade.

    Consequentemente, a Populao em Idade No Ativa PINA aquela composta

    pelas pessoas abaixo de 10 anos de idade. Com base no conceito ora narrado

    possvel afirmarmos que o item II est correto.

    Item III - Em relao ao pargrafo anterior, perceba que a restrio imposta

    composio da PIA somente aquelas relacionada pessoas menores de 10anos. Assim sendo, pode-se concluir que os aposentados, muito embora no

    estejam trabalhando, especialmente por conta do atingimento de tempo de

    servio que lhes permitiram tal situao econmica, fazem parte da PIA. Cabe

    apenas destacar que os aposentados no fazem parte da PEA que, segundo a

    definio do IBGE, refere-se mo-de-obra potencial, ou seja, s pessoas que

    possuem trabalho remunerado tanto na condio de assalariados em geral, como

    de empregados em empresas familiares, incluindo-se ainda na PEA osdesocupados, os quais no esto trabalhando, mas que esto em busca de

    trabalho.

    Item IV - Por conseqncia da interpretao dos itens II e III, pode concluir que

    o item IV tambm est correto.

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    Gabarito: letra c.

    3 (AFT/MTE ESAF/2003) De acordo com o IBGE, os trabalhadores

    desalentados so aqueles que desistem de procurar emprego porque:

    a) no encontram qualquer tipo de trabalho ou no encontram trabalho com

    remunerao adequada ou de acordo com suas qualificaes.

    b) no pertencem a nenhum sindicato.

    c) no esto dispostos a trabalhar, independentemente do salrio, pois valorizamo lazer acima de todas as coisas.

    d) trabalharam efetivamente menos de 40 horas em todos os trabalhos da

    semana de referncia.

    e) trabalharam efetivamente mais de 40 horas em todos os trabalhos da semana

    de referncia.

    Comentrios:

    Muito embora seja uma questo elaborada pela ESAF, trata-se de uma questo

    bem mais fcil de ser respondida uma vez que o enunciado da questo vai direto

    ao ponto.

    Reproduzimos a literalidade do conceito de desalentado definido pelo IBGE:

    Os desalentados so representados por aqueles que procuraram trabalho

    ininterruptamente durante pelo menos seis meses, contados at a data da ltima

    providncia tomada para conseguir trabalho no perodo de referncia de 365 dias,

    tendo desistido por no encontrar qualquer tipo de trabalho, trabalho com

    remunerao adequada ou trabalho de acordo com as suas qualificaes.

    Importante considerar que no rol dos trabalhadores desalentados incluem-se os

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    estudantes, pensionistas e aqueles que se dedicam somente aos afazeresdomsticos.

    No obstante o acima destacado, vale lembrar que, para o IBGE, os desalentados

    fazem parte da Populao No Economicamente Ativa PNEA. Entendimento

    diferente, conforme tambm j destacado, tem o DIEESE. Segundo o

    Departamento Intersindical os desalentados so pessoas que no possuem

    trabalho e nem procuraram nos ltimos 30 dias anteriores ao da entrevista, pordesestmulos do mercado de trabalho ou por circunstncias fortuitas, mas

    apresentaram procura efetiva de trabalho nos ltimos 12 meses.

    Gabarito: letra a.

    4 - (AFT/MTE ESAF/1998) Com relao aos conceitos bsicos

    envolvendo o mercado de trabalho, podemos firmar que:a) no se incluem no conceito de desemprego aquelas pessoas que, no estando

    empregadas, abandonaram a busca de emprego.

    b) considerado desempregado todo o membro da populao residente que no

    possui emprego.

    c) considerado desempregado todo o membro da populao residente que no

    possua carteira de trabalho assinada.

    d) no so computadas no desemprego aquelas pessoas que nunca trabalharam.e) o fato de um indivduo estar em idade ativa caracteriza-o como sendo membro

    da PEA (Populao Economicamente Ativa).

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    Comentrios:

    Conforme verificado em aula os desempregados, assumidas determinadas

    condies, so considerados como componentes da PEA segundo o IBGE.

    Vejamos algumas definies a respeito, inclusive aquelas realizadas pelo DIEESE,

    uma vez que enunciado da questo no se pronunciou a respeito.

    De acordo com o IBGE so classificadas como desocupadas (desempregadas nasemana de referncia as pessoas sem trabalho na semana de referncia, mas que

    estavam disponveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram

    alguma providncia efetiva para conseguir trabalho no perodo de referncia de

    30 dias, sem terem tido qualquer trabalho ou aps terem sado do ltimo trabalho

    que tiveram nesse perodo.

    J de acordo com o DIEESE Os indivduos que se encontram numa situaoinvoluntria de no-trabalho, por falta de oportunidade de trabalho, ou que

    exercem trabalhos irregulares com desejo de mudana. Ainda de acordo com o

    Departamento os desempregados so desagregados em trs tipos de

    desemprego:

    - desemprego aberto: pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos

    30 dias anteriores ao da entrevista e no exerceram nenhum trabalho nos seteltimos dias;

    - desemprego oculto pelo trabalho precrio: pessoas que realizam trabalhos

    precrios - algum trabalho remunerado ocasional de auto-ocupao - ou pessoas

    que realizam trabalho no-remunerado em ajuda a negcios de parentes e que

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    procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou que,no tendo procurado neste perodo, o fizeram sem xito at 12 meses atrs;

    desemprego oculto pelo desalento (desalentados): pessoas que no

    possuem trabalho e nem procuraram nos ltimos 30 dias anteriores ao da

    entrevista, por desestmulos do mercado de trabalho ou por circunstncias

    fortuitas, mas apresentaram procura efetiva de trabalho nos ltimos 12 meses.

    Perceba que vem do ltimo conceito de desemprego do DIEESE a diferena em

    relao aos desalentados para o IBGE, conforme discutido na resoluo da

    questo anterior.

    Muito bem, apresentado novamente os conceitos, vejamos as assertivas:

    a) aqueles que abandonaram a busca por emprego de fato no so includoscomo desempregados e, consequentemente, no fazem parte da PEA.

    b) a assertiva a contrape esta assertiva, uma vez que se um indivduo no

    busca emprego, mesmo estando sem emprego no considerado como

    desempregado para fins de estatstica da PEA.

    c) a carteira de trabalho um dos requisitos que define a definio de trabalhoformal, e no o conceito de desemprego.

    d) so computados no desemprego aquelas pessoas que nunca trabalharam,

    desde que estejam procurando emprego e atendam os demais requisitos para

    fazerem parte da PIA e, consequentemente, da PEA.

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    e) Conforme verificado, muito embora um indivduo seja componente da PIA, elepode estar classificado naquelas pessoas pertencentes parte da populao

    classificada como no economicamente ativa.

    Gabarito: letra a.

    5 (Questo proposta) Considerando que a Populao No

    Economicamente Ativa igual a 15% da Populao em Idade Ativa,pode-se concluir que a Taxa de Participao da Fora de Trabalho igual

    a

    a) 0,15

    b) 0,425

    c) 1,5

    d) 0,75

    e) 0,85

    Comentrios:

    A primeira informao relevante a se ter em mente de que o conceito

    de Fora de Trabalho refere-se Populao Economicamente Ativa PEA.

    Adicionalmente, considerando que a Populao em Idade Ativa formadapela PEA e pela PNEA, temos que:

    PNEA/PIA = 15%; PEA = 85% da PIA.

    Gabarito: letra e.

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    6 (AFT/MTE ESAF/2010) Avalie as seguintes consideraes sobre osubemprego e emprego, oriundas da Resoluo Relativa Medio do

    Subemprego e das Situaes de Emprego Inadequado, da Organizao

    Internacional do Trabalho OIT, e assinale a opo incorreta.

    a) A medio do subemprego e dos indicadores de emprego inadequado devem

    basear-se, principalmente, nas atuais capacidades dos trabalhadores e na sua

    situao de trabalho de acordo com o que for descrito por esses trabalhadores.

    b) O conceito de subemprego baseado em modelos tericos relativos acapacidades potenciais e aos desejos de trabalho da populao em idade de

    trabalhar.

    c) O subemprego reflete a subutilizao da capacidade produtiva da populao

    com emprego, incluindo a que resulta de um sistema econmico deficiente ao

    nvel nacional ou regional.

    d) O subemprego, ligado durao do trabalho, existe quando a durao do

    trabalho de uma pessoa com emprego insuficiente em relao a uma situaode emprego possvel, que essa pessoa est disposta a ocupar e disponvel para

    faz-lo.

    e) O emprego inadequado ligado ao rendimento resulta de uma organizao

    insuficiente do trabalho ou de uma fraca produtividade de utenslios,

    equipamentos ou formao insuficientes, ou de uma infra-estrutura deficiente.

    Comentrios:

    Conforme comentamos no corpo da aula, a ESAF inovou consideravelmente a

    cobrana de questes em prova. A banca cobrou conceitos presentes nas

    Resolues da Organizao Internacional do Trabalho OIT, ao contrrio do que

    fazia nos anos anteriores.

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    As respostas para esta questo esto narradas no corpo da aula, mas, para finsde consolidao, optamos por reproduzi-las novamente.

    Todas as assertivas foram retiradas da Resoluo Relativa Medio do

    Subemprego e das Situaes de Emprego Inadequado, evidenciadas nos

    seguintes pargrafos

    Pargrafos 3, 3, 4, 7 e 17.b.

    "3. De acordo com o quadro conceptual aplicvel medio da mo-de-obra, a

    medio do subemprego e dos indicadores de emprego inadequado devem

    basear-se, principalmente, nas actuais capacidades dos trabalhadores e na sua

    situao de trabalho de acordo com o que for descrito por esses trabalhadores.

    Cai fora do mbito desta resoluo o conceito de subemprego baseado

    em modelos tericos relativos a capacidades potenciais e aos desejos detrabalho da populao em idade de trabalhar. (negrito nosso)

    4. O subemprego reflecte a subutilizao da capacidade produtiva da populao

    com emprego, incluindo a que resulta de um sistema econmico deficiente ao

    nvel nacional ou regional.(...)

    7. O subemprego ligado durao do trabalho existe, quando a durao dotrabalho de uma pessoa com emprego insuficiente em relao a uma situao

    de emprego possvel, que essa pessoa est disposta a ocupar e disponvel para o

    fazer.

    17. Os pases desejaro talvez considerar, entre os diferentes tipos de situaes

    de emprego inadequado, se importante produzir indicadores diferentes para:

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    (b) emprego inadequado ligado ao rendimento, resultando de uma organizao

    insuficiente do trabalho ou de uma fraca produtividade, de utenslios,

    equipamentos ou formao insuficientes, ou de uma infraestrutura deficiente.

    (...)"

    O erro est justamente na parte destacada em negrito no item 3 ora reproduzido.

    Segundo a Resoluo, excludo do seu mbito o conceito de subempregobaseado em modelos tericos relativos a capacidades potenciais e aos desejos de

    trabalho da populao em idade de trabalhar.

    Gabarito: letra b.

    7 (AFT/MTE ESAF/2006) Suponha uma economia que possua as

    seguintes caractersticas: Populao total = 1000 pessoas; populao emidade ativa = 800 pessoas; populao desocupada = 200 pessoas;

    populao economicamente ativa = 600 pessoas. Podemos afirma que

    nessa economia, a taxa de desocupao e a taxa de inatividade so

    (aproximadamente), respectivamente:

    a) 33% e 25%

    b) 25% e 25%

    c) 20% e 20%d) 33% e 40%

    e) 25% e 20%

    Comentrios:

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    O conceito de taxa de desocupao ou taxa de desemprego o mesmo, ou seja,representa a relao entre os desocupados ou desempregados em relao

    populao economicamente ativa PEA.

    PEA

    dosDesempregaousDesocupadoDesempregoouoDesocupadeTaxa =

    Relembrando alguns conceitos:

    A Populao Economicamente Ativa refere-se mo-de-obra potencial, ou seja,

    s pessoas que possuem trabalho remunerado tanto na condio de assalariados

    em geral, como de empregados em empresas familiares. Ainda se inclui na PEA

    os desocupados, os quais no esto trabalhando, mas que esto em busca de

    trabalho.

    Lembrana Importante: A busca por um trabalho, por parte dos desocupados,

    constitui condio fundamental para a sua incluso no cmputo da PEA.

    A questo apresenta informaes referentes tanto aos desocupados quanto

    tambm PEA. Sendo assim, temos:

    %33600

    200==DesempregoouoDesocupadeTaxa

    Importantssimo: Cabe destacar que quando a questo falar em taxa de

    ocupao ou desocupao, deve-se sempre ser feita relao com a PEA.

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    Muito bem. Somente pela primeira resposta j possvel eliminar trsopes, ficando com as assertivas a ou d como sendo o gabarito da questo.

    Com relao segunda pergunta, temos que o conceito de inatividade

    relaciona-se com a composio da Populao em Idade Ativa, a qual composta

    tanto pela populao economicamente ativa quanto a no economicamente ativa.

    Sendo assim, temos:

    PIA = PEA + PNEA

    Mais uma vez relembrando conceitos:

    Por definio as Pessoas No Economicamente Ativas so aquelas no

    enquadradas como ocupadas ou como desocupadas (mas na busca por trabalho,

    ok?). Assim sendo, fazem parte da PNEA as pessoas incapacitadas para otrabalho (invlidos mental e fisicamente; idosos e rus) ou que desistiram de

    buscar trabalho ou que mesmo no querem trabalhar (inativos), incluindo ainda

    neste contexto, e por excluso, aqueles que exerceram atividade no remunerada

    por menos de uma horana semana de referncia.

    A PNEA faz parte da Populao em Idade Ativa PIA, ou seja, pessoas que

    possuem mais de 10 anos de idade (segundo conceito do IBGE), mas que seencontram incapacitadas para o trabalho (invalidez fsica e/ou mental),

    desalentadas (procuraram emprego nos ltimos seis meses e desistiram,

    estudantes, pensionistas, aposentados) e inativos, os quais no buscam trabalho

    nem desejam trabalhar. (negritos nossos).

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    Adicionalmente, vale considerar que sempre que a banca falar em taxa deinatividade, deve-se sempre ser feita a relao com a PIA. Sendo esta composta

    pela PEA e pela PNEA, e considerando que na PNEA incluem-se os inativos, temos

    que:

    %25800

    200===

    PIA

    PNEAeInatividaddeTaxa

    Gabarito: letra a.

    8 (Questo Proposta) Considere as seguintes informaes referentes a

    uma economia:

    Estoque de Empregos: 15.000.000

    Trabalhadores Admitidos: 3.000.000

    Trabalhadores Desligados: 4.500.000

    Com base nestas informaes, pode-se concluir que a taxa de

    rotatividade da mo-de-obra :

    a) 5%

    b) 30%

    c) 10%

    d) 20%

    e) 50%

    Comentrios:

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    Conforme a metodologia do IBGE, a taxa de rot