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AIRTON DOS SANTOS ALONÇO INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE ADUBOS E CORRETIVO EM PROFUNDIDADE, NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.), SOB DÉFICIT HÍDRICO INDUZIDO EM SOLO DE CERRADO. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Santa Maria, RS - BRASIL 1990

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AIRTON DOS SANTOS ALONÇO

INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE ADUBOS E CORRETIVO EM

PROFUNDIDADE, NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.), SOB DÉFICIT

HÍDRICO INDUZIDO EM SOLO DE CERRADO.

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Santa Maria, RS - BRASIL

1990

INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE ADUBOS E CORRETIVO EM

PROFUNDIDADE, NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.), SOB DÉFICIT

HÍDRICO INDUZIDO EM SOLO DE CERRADO.

por

AIRTON DOS SANTOS ALONÇO

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em

Engenharia Agrícola. Área de concentração em Mecanização

Agricola, da Universidade Federal de Santa Maria (RS), como

requisito parcial para obtenção do grau de MESTRE EM

ENGENHARIA AGRÍCOLA.

Santa Maria, RS – BRASIL

1990

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA

A COMISSÃO EXAMINADORA, ABAIXO ASSINADA, APROVA A DISSERTAÇÃO

INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE ADUBOS E

CORRETIVO EH PROFUNDIDADE, NA CULTURA

DO MILHO (Zea mays L.), SOB DÉFICIT

HÍDRICO INDUZIDO EM SOLO DE CERRADO

ELABORADA POR

AIRTON DOS SANTOS ALONÇO

COMO REQUISITO PARCIAL PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM

ENGENHARIA AGRÍCOLA

DEDICATÓRIA

A memória de meus queridos pais,

que Já partiram -, por não estarem tão longe,

que minha saudade não os alcance.

(Raul Pont)

AGRADECIMENTOS

À Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em especial ao CPAC, pela oportunidade

oferecida;

A CAPES, pelo auxílio financeiro;

Ao Prof. Odilon Oliveira Ferreira, responsável moral conclusão deste trabalho, pela

orientação, coragem, amizade e irrestrita dedicação, nosso reconhecimento com a

consciência do dever cumprido;

Ao Prof. Dr. Carlos Antônio Gamero, pela compreensão, amizade e co-orientação;

Aos funcionários do Centro de Pesquis a Agropecuária Cerrados/EMBRAPA, Antônio

Alves dos Santos, Dr. Cláudio Alberto Bento Franz, José da Conceição, Udonor Martin e

Wantuir Caixeta Vieira, pela valiosa ajuda nos trabalhos de campo e de laboratório;

Aos amigos Luís José Campos, Sérgio Mauro Folle e Moacir Gabriel Saueressig, pelo

apoio logístico em Brasília;

Ao Prof. Valduíno Estefanel pelo auxílio e orientação nas análises estatísticas;

Ao Prof. Isaías Salin Farret, pelo apoio.

A Sra. Zélia Maria Fighera de Medeiros, funcionária do Núcleo de Processamento de

Dados da UFSM, pelo sempre pronto atendimento, em todas as ocasiões que se fizeram

necessárias análises estatísticas;

A todos os "anônimos" (que foram muitos) e que, direta ou indiretamente contribuíram

para a realização deste trabalho;

À minha esposa, Ana Emília, pelo amor, dedicação e compreensão.

RESUMO

INFLUÊNCIA DA INCORPORAÇÃO DE ADUBOS E

CORRETIVO EM PROFUNDIDADE, NA CULTURA

DG MILHO (Zea mays L.), SOB DÉFICIT

HÍDRICO INDUZIDO EM SOLO DE CERRADO

Autor: Aírton dos Santos Alonço

Orientador: Odilon Oliveira Ferreira

Objetivou-se no presente trabalho, estudar os efeitos do preparo convencional do

solo (uma aração e duas gradagens) e do preparo com o equipamento "wye double digger",

utilizando-se diferentes formas de distribuição de fertilizantes e de calcário. Os parâmetros

avaliados constaram de algumas características físicas e químicas de um solo classificado

como Latossolo Vermelho Escuro e a produção da cultura do milho submetida a déficit

hídrico induzido.

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com cinco

tratamentos e três repetições por tratamento, em parcelas de 128 m2.

Dentre as variáveis estudadas, as únicas que apresentaram diferenças significativas

entre os tratamentos foram: densidade global do solo; porosidade total do solo e saturação

de alumínio. As demais variáveis estudadas, não apresentaram diferenças significativas,

mas indicaram tendências que possibilitam algumas conclusões.

Cada tratamento, estudado individualmente ao longo do perfil do solo até 0,80m de

profundidade, apresentou diferenças significativas em quase todas as variáveis nas oito

camadas de solo estudadas.

Os tratamentos 2, 3, 4 e 5 obtiveram, respectivamente, um acréscimo de

produtividade em relação ao convencional, tratamento 1 (5558 Kg/ha), de 4,98; 15,01;

16,27 e 3,30% respectivamente. Embora não tenha sido observada diferença estatística

entre os tratamentos os resultados sugerem que a incorporação profunda de calcário e/ou

calcário + adubos é uma técnica promissora.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA

Autor: Airton dos Santos Alonço

Orientador: Odilon Oliveira Ferreira

Título: Influência da incorporação de adubos e corretivo em profundidade, na cultura do

milho (Zea mays L.), sob défict hídrico induzido em solo de cerrado.

Dissertação de mestrado em Engenharia Agrícola

Santa Maria, 23 de fevereiro de 1990.

ABSTRACT

EFECTS OF THE DEEP INCORPORATION OF FERTILIZERS AND LIME IN THE

CORN (Zea mays L.) CROP, BY WATER STRESS SIMULATED PERIODS.

Author: Airton dos Santos Alonço

Adviser: Odilon Oliveira Ferreira

The objetive of present work was to study the effect; conventional preparation (one

plowing and two diskings) and preparation with the equipment wye double digger, using

different ways of distríbution of fertilizer and lime.

The parameters evaluated were some physical and chemical properties of a soil

classified as dark-red Latossol and production of the corn culture submitted to a simulated

water stress period.

To carry out these propositions, it was installed an experiment totally randomized

with five treatments and three repeattions in parcele of 128 m2.

The global density of the soil, its total porosity of the soil and the aluminum

saturation are the only properties present significative difference among the treatments.

The other properties studied didn't present any significative difference, but they

indicated some tendencies.

Each treatment that was studied individually through out the soil profile until

0,80m of deeping, presented significative differences in the majority of the properties of

the soil studied.

The treatments l, 2, 3, 4 and 5 obtained, respectively production of 5558,00;

5834,67; 6392,33; 6462,33 and 5741,33 Kg/ha, presenting an increase of productivity in

relation to the conventional tillage, treatment l, of 4,98; 15,01; 16,27 and 3,30%

respectively.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA

Author: Airton dos Santos Alonço

Adviser: Odilon Oliveira Ferreira

Title: Effects of the deep incorporation of fertilizers and lime in the corn (Zea mays L.)

crop, by water stress simulated periods.

Masters degree dissertation in agricultural Engineering

Santa Maria, February 23th 1990.

ÍNDICE

Página

RESUMO. ........................................................................................................vi

ABSTRACT....................................................................................................viii

LISTA DE TABELAS....................................................................................xiv

LISTA DE QUADROS....................................................................................xv

LISTA DE FIGURAS.................................................................................... xvii

l - INTRODUÇÃO..............................................................................................l

2- REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................4

3- MATERIAL E MÉTODO..........................................................................24

3.1- Material ....................................................................................................24

3.1.1- Campo experimental..............................................................................24

3.1.2- Solo........................................................................................................25

3.1.3- Insumos básicos.....................................................................................26

3.1.3.1- adubação corretiva .............................................................................26

3.1.3.2- adubação de manutenção....................................................................28

3.1.3.3- Adubação de cobertura.......................................................................28

3.1.3.4- Sementes.............................................................................................28

3.1.3.5- Insecticida..........................................................................................28

3.1.4- Máquinas e implementos.......................................................................29

3.1.4.1- Arado..................................................................................................29

3.1.4.2- Grade...................................................................................................29

3.1.4.3- Pulverizador........................................................................................29

3.1.4.4- Trator..................................................................................................29

3.1.4.5- "Wye double digger".........................................................................30

3.1.4.6- Semeadora...................................... ...................................................34

3.1.5- Material para irrigação.......................... ................................................34

3.1.5.1- Tubo Janelado.....................................................................................34

3.1.6- Outros materiais ....................................................................................35

3.2- Método......................................................................................................35

3.2.1- Delineamento experimental...................................................................35

3.2.2- Tratamentos de preparo do solo................... .........................................35

3.2.3- Instalação, condução e estádios específicos do desenvolvimento da cultura do

milho.....................................................................................39

3.2.4- Coleta de amostras de solo para a caracterização das propriedades físicas e

químicas...................................................................................39

3.2.5- Irrigação do experimento ......................................................................43

3.2.6- Características físicas do solo................................................................44

3.2.6.1- Determinação do teor de água do solo................................................44

3.2.6.2- Determinação da densidade global do solo.........................................44

3.2.6.3- Determinação da porosidade total do solo..........................................44

3.2.6.4- Determinação da microporosidade do solo.........................................45

3.2.6.5- Determinação da macroporosidade do solo........................................45

3.2.7- Características químicas do solo............................................................45

3.2.7.1- Determinação do pH em água.............................................................45

3.2.7.2- Determinação da matéria orgânica.....................................................46

3.2.7.3- Determinação do fósforo assimilável.................................................46

3.2.7.4- Determinação do alumínio trocável....................................................46

3.2.7.5- Determinação do Ca+Mg trocáveis....................................................46

3.2.7.6- Determinação do potássio trocável.....................................................46

3.2.8- Anal i se estai f st iça.............................................................................47

4- RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................48

4.1- Características físicas do solo.................................................................. 48

4.1.1- Teor de água do solo..............................................................................48

4.1.1.1- Camada de 0,00 a 0,10m.....................................................................49

4.1.1.2- Camada de 0,10 a 0,20m.....................................................................49

4.1.1.3- Camada de 0,20 a 0,30m.....................................................................49

4.1.1.4- Camada de 0,30 a 0,40m.....................................................................50

4.1.1.5- Camada de 0,40 a 0,50m.....................................................................50

4.1.1.6- Camada de 0,50 a 0,60m.....................................................................50

4.1.1.7- Camada de 0,60 a 0,70m.....................................................................50

4.1.1.8- Camada de 0,70 a 0,80m.....................................................................51

4.1.2- Densidade global do solo.......................................................................54

4.1.3- Porosidade total do solo.........................................................................55

4.1.4- Macroporosidade do solo ......................................................................57

4.1.5- Microporosidade do solo.......................................................................62

4.1.6- Relações entre teor de água do solo, densidade global do solo, porosidade total do

solo, macroporosidade do solo e microporosidade do solo..................................63

4.2- Características químicas do solo...........................................................69

4.2.1- pH em água............................................................................................69

4.2.2- Alumínio trocável..................................................................................71

4.2.3- Cálcio mais magnésio trocáveis.............................................................76

4.2.4- Matéria orgânica do solo........................................................................78

4.2.5- Fósforo assimilável................................................................................84

4.2.6- Potássio trocável....................................................................................86

4.2.7- Saturação de alumínio............................................................................91

4.2.8- Relações entre pH em água, alumínio trocável, Ca+Mg trocáveis, matéria orgânica

do solo, fósforo assimilável e potássio

trocável................................................................................................96

4.3- Produção de grãos ....................................................................................99

5-CONCLUSÕES..........................................................................................102

6- RECOMENDAÇÕES......................................... ......................................104

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................... ..........................105

LISTA DE TABELAS

Página

TABELA l- Frequência de períodos secos da estação das chuvas de duração

variável, para Brasília, baseada em 42 anos de registro, nas

estações meteorológicas de Formosa, Brasília e

CPAC............................................................... 08

TABELA 2- Sequência de eventos para instalação, condução da cultura e

estádios do desenvolvimento das plantas de milho........................

........................................................ 40

TABELA 3- Coeficientes de correlação (r) entre as propriedades físicas a cada

camada estudada......................................... 67

TABELA 4 Coeficientes de correlação (r) entre as propriedades químicas a cada

camada estudada.................................... 98

LISTA DE QUADROS

Página

QUADRO l- Algumas características físicas e químicas do perfil de um solo

Latossolo Vermelho-Escuro, na área

experimental.................................................................... 26

QUADRO 2- Análise química do calcário dolomítico......................... 27

QUADRO 3- Resumo dos tratamentos................................................. 37

QUADRO 4- Valores médios do teor de água do solo, sob métodos de preparo e

adubação do solo, em cada camada estudada.

......................................................................... 52

QUADRO 5- Valores médios da densidade global do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, em cada camada

estudada.............................................................. 58

QUADRO 6- Valores médios da porosidade total do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, em cada camada

estudada.............................................................. 58

QUADRO 7- Valores médios de macroporosidade do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, em cada camada

estudada.............................................................. 64

QUADRO 8- Valores médios de microporosidade do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, em cada camada

estudada.............................................................. 64

QUADRO 9- Valores médios de pH do solo, sob métodos de preparo e adubação

do solo, em cada camada estudada............... 73

QUADRO 10- Valores médios de alumínio trocável do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, em cada camada estudada.

............................................................

73

QUADRO 11- Valores médios de Ca+Mg trocáveis do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, em cada camada

estudada.............................................................. 80

QUADRO 12- Valores médios de matéria orgânica do solo, sob métodos de 80

preparo e adubação do solo, em cada camada estudada

.............................................................

QUADRO 13- Valores médios de fósforo assimilável do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, em cada camada estudada.

............................................................ 87

QUADRO 14- Valores médios de potássio trocável, sob métodos de preparo e

adubação do solo, em cada camada estudada.

......................................................................................... 87

QUADRO 15- Valores médios da saturação de alumínio, sob métodos de preparo

e adubação do solo, nos cinco tratamentos, no solo virgem, em

cada camada estudada.

................................................................................ ........ 93

QUADRO 16- Produção média de grãos, em cada tratamento, corrigida a 13% de

umidade. .......................................... 100

LISTA DE FIGURAS

Página

FIGURA l- Esquema de utilização da área do CPAC........................... 1

FIGURA 2- Componentes principais do "wye double digger............... 2

FIGURA 3- Vista geral do equipamento "wye double digger.............. 2

FIGURA 4- Corte esquemático da janela, de um sistema de tubos janelados,

empregado para a irrigação do experimento . 2

FIGURA 5- Esquema do delineamento experimental .......................... 2

FIGURA 6- Esquema de trabalho no campo, do "wye double

digger.............................................................................. 2

FIGURA 7- Dimensões das trincheiras abertas para coletar amostras de solo e

esquemas de coleta........................................... 2

FIGURA 8- Valores médios do teor de água do solo, sob métodos de preparo e

adubação do solo, solo virgem, em cada camada estudada.

............................................................ 2

FIGURA 9- Valores médios da densidade global do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada. .............................................. 2

FIGURA 10- Valores médios de porosidade total do solo, sob métodos de

preparo e adubaçao do solo, solo virgem, em cada camada

estudada. .............................................. 2

FIGURA 11- Valores médios de macroporosidade do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada. .................. ........................... 2

FIGURA 12- Valores médios de m ícroporosidade do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada. .............................................. 2

FIGURA 13- Valores médios de pH do solo, sob métodos de preparo e adubação

do solo, solo virgem, em cada camada estudada.................

........................................................ 2

FIGURA 14- Valores médios de alumínio trocável do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada................................................ 2

FIGURA 15- Valores médios de Ca+Mg trocáveis do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada. .. ........................................... 2

FIGURA 16- Valores médios de matéria orgânica do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada................... ............................ 82

FIGURA 17- Valores médios de fósforo assimilável do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada................. ............................. 2

FIGURA 18- Valores médios de potássio trocável do solo, sob métodos de

preparo e adubação do solo, solo virgem, em cada camada

estudada................................................ 2

FIGURA 19- Valores médios da saturação de alumínio, sob métodos de preparo e

adubação do solo, solo virgem, em cada camada estudada.

............................................................ 942

FIGURA 20- Produção média de grãos de milho, em cada tratamento,

corrigida a 13% de umidade......................... 1012

l- INTRODUÇÃO

Os solos dos cerrados brasileiros, principalmente na região do Distrito Federal, onde

predominam os Latossolos Vermelho-Escuro e Vermelho-Amarelo, caracterizam-se na

maioria, por possuírem uma acidez relativamente alta, uma vez que o alumínio é o cátion

trocável predominante, normalmente acima de 50%, restringindo o desenvolvimento de

espécies sensíveis a elevados teores de alumínio.

A experiência têm demonstrado, que os agricultores desta região a fim de reduzir o

problema, utilizam implementos agrícolas como, grades pesadas e arados de discos ou de

aivecas, incorporando corretivos e/ou fertilizantes a 0,25 m de profundidade, no máximo.

Diversos trabalhos demonstram que o total anual da precipitação pluviométrica é

suficiente para qualquer cultivo, ou até mesmo para mais de um cultivo anual. O grande

problema, é que durante o período chuvoso que se estende de outubro a maio, ocorrendo

cerca de 80% do total anual das precipitações (média de 1580 mm, em Brasília), sempre

existe o risco de ocorrerem períodos de estiagem significativos, denominados veranicos,

causando severos prejuízos às culturas implantadas, em parte, devido a pequena camada de

solo explorável pelas raízes, face a este perfil de solo ter sido corrigido a no máximo 0,25

m de profundidade.

A capacidade produtiva destes solos é pequena em condições naturais, porém, de

grande potencial se corrigidas as deficiências de fertilidade. Estes solos em geral, s3o

profundos, bem drenados, com textura variando desde arenosa até multo argilosa e com

alta estabilidade de agregados.

A capacidade de retenção de água é multo baixa, principalmente em consequência

da composição mineralógica e da estrutura e, apenas 6 a 8% de água são retidas entre

tensões de zero a um bar e quase nada a tensões superiores a um bar. Isto significa que a

água armazenada na "camada arável" é suficiente para manter uma cultura em pleno

crescimento por apenas 6 a 10 dias.

Trabalhos desenvolvidos no Centro de Pesquisa Agropecuária dos

Cerrados/EMBRAPA, constatam que o simples aumento da profundidade de Incorporação

do calcário, para aproximadamente 0,30 m, têm aumentado em 30% os rendimentos das

culturas, e também sua resistência a períodos prolongados de estiagem.

Baseado na hipótese de que o manejo do solo de cerrado, a profundidades maiores,

pela distribuição de fertilizantes e corretivos, é uma das formas de minimizar os

problemas decorrentes de veranicos, desenvolveu-se a presente pesquisa com os objetivos

de:

- Comprovar, através da produção obtida em cada tratamento, se a incorporação mecânica

profunda de calcário e fertilizantes promove uma maior resistência ao déficit hídrico, da

cultura do milho em um Latossolo Vermelho-Escuro de cerrado;

- Estudar a Influência de cinco métodos de preparo e adubação do solo sobre o teor de água

no solo, densidade global do solo, porosidade total do solo, macroporosidade do solo e

microporosidade do solo, em oito profundidades;

- Estudar a influência de cinco métodos de preparo e adubação do solo sobre o teor,

distribuição e saturação de alumínio trocável, Ca+Mg trocáveis, matéria orgânica do solo,

pH do solo, fósforo assimilável e potássio trocável, em oito profundidades;

2- REVISÃO DE LITERATURA

Segundo SOUZA & RITCHEY (1988), EMBRAPA (1987). ADÁMOLI et alii

(1985), MUZILLI (1985), EMBRAPA (1985), EMBRAPA (1982), EMBRAPA (1981),

EMBRAPA (1980), MIRANDA et alli (1979), EMBRAPA/SNLCS (1978),

MALAVOLTA et alii (1977) e EMBRAPA (1976), os solos dos cerrados, devido ao seu

alto grau de intemperização, têm uma baixa capacidade de troca de cátíons que é ocupada

na maior parte por íons de hidrogénio e alumínio, do que resulta uma elevada acidez e alta

saturação de alumínio. Há uma grande carência de nutrientes e os solos tem ainda, uma alta

capacidade de adsorver o fósforo na fase sólida, reduzindo a sua disponibilidade na

solução, de onde seria absorvido pelas plantas.

Os solos mais representativos de área dos cerrados são o Latossolo Vermelho-

Escuro (LE) e o Latossolo Vermelho-Amarelo (LV) que, abrangem cerca de 52% da área,

podendo-se encontrar dentro de uma mesma unidade, solos com características químicas e

físicas diversas (EMBRAPA-CPAC,1978).

Em uma análise dos dados de um perfil de duas principais unidades de solo da área

experimental do Centro de Pesquisa Agropecuária dos Cerrados, os resultados mostram que

ambos tem baixa fertilidade natural porém é interessante notar que o Latossolo Vermelho-

Escuro apresenta uma alta saturação de alumínio em todo o perfil enquanto no Latossolo

Vermelho-Amarelo, abaixo de 0,30 m não existe alumínio trocável. Entretanto, isto não

pode ser tomado como regra geral polé nestas duas unidades de solo podem ser encontrados

perfis com condições bem diversificadas em termos de

saturação de alumínio,(EMBRAPA-CPAC, 1976).

MIRANDA et alii (1979), consideram que acima de 20% de saturação de alumínio,

a maioria das culturas revelam um decréscimo de rendimento e que o nível desejável de

Ca+Mg no solo, para suprimento nutricional das plantas, está em torno de 2 me/100 g.

Assim, torna-se necessária a adoção de práticas capazes de controlar estas condições, o que

pode ser feito pela aplicação de calcário em níveis adequados para neutralizar o alumínio

tóxico,

bem como fornecer cálcio e magnésio como nutrientes.

Segundo SOUZA & RITCHEY (1988), nos solos ácidos, as plantas teriam um

desenvolvimento normal sem a presença de elementos tóxicos. Entretanto, a maioria desses

solos apresentam saturação de bases multo baixa e alta saturação de alumínio, o que

Impede o bom desenvolvimento das plantas. A principal consequência da acidez dos solos é

a presença de alumínio tóxico °m solução e como cátion trocável. Os efeitos da toxidez de

alumínio podem ser observados nas raízes das plantas, que se apresentam curtas, pouco

ramificadas e, às vezes, escurecidas. Como consequência, tem-se um menor volume de solo

explorado por este sistema radicular, o que limita a absorção de água e de nutrientes. A

toxidez de alumínio também afeta a translocação de fósforo das raízes para a parte aérea

das plantas.

SOUZA et ai l i (1985) e SOUZA & RITCHEY (1988), trabalhando com a cultura

da só J a em um Latossolo Vermelho-Escuro de cerrado, demonstraram a Importância do

cálcio como nutriente. No tratamento em que o cálcio foi omitido e o pH corrigido com

carbonato de magnésio (HgCO3), a produção de grãos foi mínima, sendo drásticos os

efeitos no desenvolvimento das plantas, que apresentaram sintomas típicos de deficiência

de cálcio. O sistema radicular das plantas, nestes tratamentos, não apresentou

desenvolvimento lateral nem em profundidade, o que possivelmente limitou a absorção de

água e de nutrientes.

WOLF (1975) e LOPES (1980) apud ADÁMOLI et alii (1985), em estudos

realizados sobre a disponibilidade de água, observaram que cerca de 2/3 da água disponível

nesses solos sSo removidos entre as tensões de 1/10 a l bar, independente da textura e da

cor do solo. Tal fato pode ser explicado pela presença de estrutura granular ultrapequena

nos solos argilosos, que lhes confere comportamento semelhante aos dos de textura média

(ADÁMOLI et alii, 1985).

Segundo GOEDERT et alii (1980), a capacidade produtiva dos solos dos cerrados é

pequena, em condições naturais. Porém, uma vez corrigidas as necessidades nutricionais, o

potencia l é grande. Via de regra, são solos profundos, bem drenados, com textura variando

desde arenosa até muito argilosa. Apresentam-se , estas, bem estruturadas, com alta

estabilidade de agregados, especialmente micro-agregados.

Segundo WOLF (1977), a capacidade de retenção de água é multo baixa,

principalmente em consequência da composição mineralógica e da estrutura. Apenas 6 a

8% de água são retidas entre tensões de zero a um bar. Isto significa que a água armazenada

na camada arável é suficiente para manter uma cultura em pleno crescimento por apenas

seis a dez dias.

Conforme EMBRAPA (1976, 1978, 1980, 1981, 1982, 1985 e 1987), WOLF

(1977), ADÁMOLI et ai 11 (1985) e COCHRANE et alii (1988) no que diz respeito ao

fator água, a utilização agrícola dos solos é limitada por um ou mais dos seguintes aspectos:

- Distribuição irregular das chuvas no período de novembro a março, com a aparição de

veranicos, e falta de água na estação seca, de abril a setembro;

- A região ë caracterizada por uma alta radiação solar e baix a umidade relativa, o que

determina elevados índices de evapotranspiração potencial, durante todo o ano;

- Os solos apresentam baixa capacidade de retenção de umidade, baixa densidade global

e Infiltração elevada, o que aumenta os riscos da ocorrência de "st ress" de água, para as

culturas. Contudo, os solos apresentam valores aceitáveis de condutividade capilar, o

que permite algum movimento da água das camadas mais profundas do solo à

superfície, principalmente durante a noite;

- O baixo pH ou a toxidez do alumínio reduzem o desenvolvimento radicular, o qual

Impede o uso, pela planta, de toda a água armazenada no primeiro metro do perfil do

solo.

WOLF (1977), estudando matematicamente as probabilidades de ocorrência de

períodos secos (veranicos) na estação chuvosa para Brasília, com dados contínuos de 42

anos, fornecidos por estações agrometeorológicas de Formosa-GO, Brasília e CPAC,

chegou aos resultados apresentados na Tabela l.

Embora a frequência de ocorrência dos veranicos tenha sido determinada

matematicamente por UQLF (1977) e seus dados corroborados por COCHRANE et alii

(1988), é ainda multo difícil aplicar estas informações aos efeitos sobre as lavouras, uma

vez que as possíveis combinações de veranicos em um período de cinco meses são quase

infinitas.

TABELA l- Frequência de períodos secos da estação das chuvas de duração variável, para

Brasília, baseada em 42 anos de registro, nas estações meteorológicas de

Formosa, Brasília e CPAC (Fonte: WOLF, 1977).

Período de secas Frequência

8 3/ano

10 2/ano

13 1/ano

18 2 a cada 7 anos

22 1 a cada 7 anos

WOLF (1977), cita que " os efeitos dos períodos secos sobre as culturas são

adicionalmente complicados pelo seguinte; l- Os impactos dos períodos secos não

acontecem independentes. Suponhamos que um período seco de “n” dias foi seguido por

um dia de chuvas e depois por outro período seco de "n" dias. Isto poderia ser mais

prejudicial do que os dois períodos secos mais espaçados. Tal foi o caso em 1970/71,

quando ocorreram veranicos de 13 e 16 dias separados por somente 6 mm de precipitação.

Naquele ano perdeu-se a colheita de milho da Estação Experimental; 2- A relação em

tempo entre as ocorrências de veranicos e o período crítico da cultura é da máxima

importância para muitas dessas culturas, como o milho. Um veranico de 10 dias durante o

período de floração pode ser mais prejudicial do que uma estiagem maior no princípio do

crescimento ou imediatamente anterior à colheita; 3- Outros fatores atmosféricos além da

precipitação não foram considerados"(p.147).

O fenômeno veranico varia em frequência e intensidade na região dos cerrados, e,

mesmo que diversos estudos tenham sido realizados, o observado recentemente foi:

- No ano de 1977, na área do CPAC, sua duração foi de 41 dias, nos meses de fevereiro -

março (EMBRAPA, 1978);

- No ano agrícola de 1978/79, na área do CPAC, sua duração foi de 12 dias, no período de

23 de fevereiro a 6 de março (EMBRAPA, 1980) :

- No ano agrícola de 1979/80, na área do CPAC, sua duração foi de 11 dias, no período de

27 de novembro a 7 de dezembro (EMBRAPA,1981);

- No ano agrícola de 1980/81, na área do CPAC, sua duração foi de 31 dias, no período de

3 de fevereiro a 5 de março (EMBRAPA, 1982);

- No ano agrícola de 1981/82, na área do CPAC, sua duração foi de 23 dias, no mês de

fevereiro (EMBRAPA, 1985).

Podendo concluir-se que, se há uma tendência para os veranicos ocorrerem durante

um certo período da estação chuvosa, se nenhum período é revelado como o mais provável

para veranicos, as opções de manejo para minimizar seus efeitos devem ser restringidas a

práticas como: seleção de variedades, incorporação profunda de calcário ou irrigação

suplementar (WOLF, 1977).

ÉRICO et alli (1980), em experimento estabelecido num Latossolo Vermelho-

Escuro, textura argilosa, na região Centro-Oeste do Brasil, aplicaram calcário em vários

níveis e incorporaram às profundidades de 0,15 e 0,30 m, sendo que a incorporação a 0,30

m foi conseguida através de aração profunda seguida de cultivo com enxada rotativa. Em

todas as parcelas foi aplicada uma fertilização básica constituída de nitrogénio, fósforo,

potássio, zinco, boro e molibdênio. O milho foi cultivado em três ciclos sucessivos na

mesma área e, em todos os três ciclos as produções de milho foram significativamente

maiores com a incorporação de 4 ou 8 toneladas de calcário por hectare à profundidade de

0,30 m do que quando esta incorporação foi realizada à 0,15 m. A absorção de água pelas

plantas foi também maior para os tratamentos com calcário incorporado a 0,30 m, fato que

reduziu os períodos de deficiência de água para a cultura durante o seu ciclo. Foi verifica-

da disponibilidade de água na região abaixo dos 0,15m nos tratamentos com calcário

incorporado raso, porém as plantas apresentavam-se com acentuado murchamento e

aparentemente incapazes de absorver água por causa da profundidade restrita do sitema

radicu1ar. Foi necessário reduzir a saturação de alumínio na camada de 0 a 0,30 m para

menos de 30% para obter contínuas produções máximas .

SALINAS et alii (1975), realizaram um experimento no CPAC, durante a estação

chuvosa, no ano agrícola de 1974/75, utilizando quatro níveis de calcário (l, 2, 4 e JB

toneladas/ha) e duas profundidades de incorporação (0 - 0,15m e 0 - 0,30m), com objetivos

de testar a resistência à toxidez de alumínio de duas variedades de sorgo, verificar os efeitos

residuais da incorporação de calcário e avaliar o desenvolvimento radicular ao longo do

perfil do solo. Verificaram que, a maior produção, considerada 100%, foi obtida no

tratamento em que foram aplicadas 8 ton/ha de calcário, na profundidade de 0 - 0,30m. As

produções obtidas nos tratamentos em que foram aplicadas l, 2, 4 e 8 ton/ha de calcário à

profundidade de 0,15m, corresponderam a 26, 72, 83 e 97% respectivamente. Quando

foram aplicados l, 2 e 4 ton/ha até 0,30m, as produções obtidas alcançaram 47, 79 e 86%

respectivamente. O desenvolvimento radicular das duas variedades implantadas, foi sempre

superior nos tratamentos onde a incorporação de calcário foi mais profunda.

Segundo EMBRAPA (1976, 1978, 1979 e 1980), em um experimento instalado com o

objetivo de conhecer a quantidade de calcário a ser aplicado, seu efeito residual e sua

eficiência, quando incorporado em diferentes profundidades, em um Latossolo Ver melho-

Escuro, foram aplicados cinco níveis de calcário: O, l, 2, 4 e 8 Ton/ha (PRNT= 100%).

Todas as doses foram incorporadas a duas profundidades, 0-0,15m e 0-0,30m. Em função

ds ter sido utilizado calcário calcifico, foi incluído um tratamento extra de 100 kg de

Mg/ha, sem calagem, com o objetivo de avaliar o efeito do magnésio como nutriente. Esse

experimento foi instalado em outubro de 1972, com a cultura do milho (Cargil 111), sendo

repetido no período seco de 1973, com irrigação; no ano agrícola 1973/74; no ano

agrícola 1974/75, com a cultura do sorgo; e, no ano agrícola 1975/76, novamente com a

cultura do milho. A incorporação do calcário, à profundidade de 0.30m , determinou

produções de grãos significativamente mais elevadas, em comparação aos mesmos níveis

de calcário incorporados a 0,l5m no solo. O tratamento com magnésio salientou-se, em

relação ao tratamento testemunha, evidenciando sua grande importância como nutriente,

porém, se for usado o calcário dolomítico, o magnésio poderá ser suprimido.

PHILLIPS et alii (1980), estudando a semeadura direta e preparo convencional

cita que, na maioria dos casos a umidade é maior no solo sob semeadura direta do que no

solo sob preparo convencional.

BAEUMER & BAKERMANS (1973), encontraram valores semelhantes de

umidade do solo, em solo sem preparo e sob método de preparo convencional. O solo sem

preparo mostrou potencial matricial maior, oferecendo uma menor resistência à absorção

da água pelas plantas.

O aumento da densidade global do solo, nas profundidades entre 0,20 a 0,30m,

tem sido caracterizado como "pé de arado" que se forma ao longo dos anos de cultivo

intensivo (BAVER et alii, 1972; DONAHUE et alii, 1977). SOUZA & COGO (1978), em

solo Laterítico Bruno Avermelhado (U.M. São Jerônimo), SILVA (1980), em Latossolo

Roxo (U.M. Erexim), encontraram uma camada mais densa a uma profundidade

aproximada a 0,30m.

GAMERO (1985), estudando os efeitos dos tipos de preparo sobre a cultura do

milho e as características do solo, em Terra Roxa Estruturada Unidade de Mapeamento

Lageado, observou que o cultivo mínimo apresentou um valor médio de densidade global

do solo ligeiramente inferior ao preparo convencional e ao realizado por enxada rotativa

com diferentes regulagens. Este efeito também pode ser observado analisando-se os

resultados de porosidade total, cujos valores foram sempre superiores para o cultivo

mínimo, em relação aos demais tratamentos.

MELLO (1988), trabalhando com diferentes tipos de preparo do solo na cultura da

soja, em um Latossolo Vermelho-Escuro de cerrado, constatou não existir diferenças

significativas entre os preparos do solo com arado de discos seguido de duas gradagens

com grade nível adora de dupla ação, arado de aivecas seguido de uma gradagem com

grade nível adora de dupla ação, uma gradagem com grade aradora seguida de uma

gradagem com grade nível adora de dupla ação, enxada rotativa e semeadura direta.

Existiram diferenças significativas dentro de cada tratamento, ao longo do perfil do solo,

nas profundidades estudadas, em relação às propriedades físicas e químicas do solo.

Resultados constatando não haver diferença entre métodos de preparo do solo, em

relação a alterações das propriedades físicas e químicas do solo, foram encontrados por

ABRÃO et alii (1979) em Latossolo Roxo Distrófico, BEZERRA (1978) em Podzóiico

Vermelho Amarelo Câmbico Distrófico e REINERT (1982), em Latossolo Vermelho -

Escuro com textura argilosa.

REINERT (1982), trabalhando com métodos de preparo do so lo, calagem e manejo

da resteva, em Latossolo Vermelho-Escuro, observou que os tratamentos com calagem

apresentaram maiores índices de cálcio e magnésio trocáveis e pH do solo e menores

teores de alumínio trocável que os tratamentos sem calagem. Os va lores de cálcio e

magnésio trocáveis e pH do solo diminuíram significativamente com a profundidade

aumentando os teores de alumínio. Os cátions cálcio e magnésio, apesar de pouco móveis,

deslocaram-se para camadas imediatamente inferiores às atingidas pelo preparo, que

apresentaram então menores teores de alumínio e maiores valores de pH.

Resultados semelhantes de distribuição de cálcio, magnésio e alumínio trocáveis

nas diferentes profundidades foram encontrados por GARCIA (1981).

MACHADO (1976), BEZERRA (1978), RAMOS (1979) e GARCIA

(1981), estudando métodos de preparo de solo, encontraram maiores teores de fósforo e

potássio na camada superficial de solos sob semeadura direta, do que em solos sob preparo

convencional. RAMOS & DEDECEK (1975), obtiveram maior produtividade na cultura de

soja em solo preparado somente com grade de discos e atribuíram estes resultados ao

maior nível de fertilidade na camada superficial de 0,10m, onde ocorre o maior

desenvolvimento radicular. No entanto, em regiões sujeitas a períodos de estiagem, tal fato

coloca em risco o desenvolvimento de plantas devido ao secamento superficial; por isto,

há a necessidade de aumentar a profundidade explorável de solo pelas raízes.

BENATTI Jr. et alii (1981 a. 1981 b), em trabalhos que tinham como obJetivos

verificar a influência do tipo de arado, da profundidade e da intensidade de aração sobre a

produção de culturas anuais, em Latossolo Roxo e em Podzolico Vermelho -Amarelo-Orto,

observaram em ambos os casos que, para a cultura do milho, houve efeito significativo da

profundidade de araçao sobre sua produção, sendo a aração profunda (0,30m) mais

eficiente que a rasa (0,10m).

Diversos trabalhos foram desenvolvidos com o objetivo de caracterizar

implementos agrícolas que promovam melhorias às propriedades físicas e químicas do solo.

SPOOR & GODUIN (1978), trabalhando com quatro tipos de hastes distintas de

subsoladores, identificaram os efeitos de cada uma delas sobre o solo, volume de solo

mobilizado e também potência requerida para a realização do trabalho. NEGI et alii

(1978), desenvolveram um equipamento que além do objetivo de cortar, agitar e

reacomodar o solo também realiza uma injecto de adubo líquido, pneumaticamente à

profundidade de 0,15m. ELKINS et alii (1983), preocupavam-se com as camadas

compactadas que ocorrem em diversos tipos de solo, devido ao excessivo tráfego de

máquinas e também ao mau manejo do mesmo. Foi quando enteio, Implantaram na

Austrália um experimento para comparar preparo convencional do solo, semeadura direta,

preparo com cinzel em linha e preparo com subsolador vibratório na profundidade de

aproximadamente 0,40m. Os resultados obtidos na primeira safra, na produção de soja,

indicaram incrementos, em relação ao preparo convencional, de 16,05% para a semeadura

direta, 23,46% para o preparo com cinzel em linha e 25,93% para o

tratamento com o subsolador vibratório. E, os obtidos na Segunda safra, na produção de

soja, indicaram incrementos, em relação ao preparo convencional, de 10,53% para o

preparo com o cinzel em linha e 18,95% para o tratamento com subsolador vibratório. A

semeadura direta neste segundo ano, apresentou um decréscimo de 8,42% em relação ao

preparo convencional. ELKINS & HENDRICK (1983), desenvolveram um subsolador que

possuía espécie de faca, própria para promover o corte na camada compactada trabalhando

à profundidade de aproximadamente 0,40m. Nesta condição, os autores observaram uma

sensível superioridade no porte das plantas em relação às implantadas em solo que recebeu

preparo convencional e às implantadas por semeadura direta. ANDERSON S HENDRICK

(1983), utilizaram-se do protótipo de subsolador desenvolvido por ELKINS & HENDRICK

(1983) e colocaram na faca, situada na extremidade inferior da haste, um distribuidor de

calcário a fim de associar o corte na camada compactada com a correção da acidez do solo.

Não obtiveram resultados significativos, a não ser a redução do tráfego de veículos sobre a

área cultivada.

PEARSON et alii (1973), estudando a uniformidade da mistura de calcário ao solo

e sua influência na penetração de raízes de algodão, observaram que quanto mais uniforme

e profunda a mistura, maior o desenvolvimento radicular do algodão. O problema

encontrado era a falta de máquinas apropriadas para realizar tal tarefa.

SIMPSON S LIPSETT (1973), estudando os efeitos da mistura superficial de

nutrientes sobre as exigências nutricionais da alfafa, no subsolo, em experimentos

realizados em casa de vegetação, mantiveram o lençol freático a 0,85m de profundidade e,

incorporaram fósforo, boro, sódio e calcário até 0,55m de profundidade, a fim de comparar

os resultados com a incorporação superficial destes mesmos elementos químicos, com a

manutenção do lençol freático também à 0,85m. Os resultados obtidos permitiram

concluir que a incorporação profunda de fertilizantes propiciou um maior e mais

profundo desenvolvimento radicular da cultura e a produção obtida foi superior no

tratamento onde a incorporação dos nutrientes foi realizada à profundidade de 0,55m.

Resultados semelhantes foram encontrados por DOSS & LUND (1975) em um

trabalho que tinha como objetivo verificar o efeito do pH no subsolo sobre o

desenvolvimento radicular e na produção de algodão, por REICOSKY et alii (1976),

estudando "stress" hídrico, subsolagem, irrigação e controle do lençol freático na cultura

do milho, por CLARK (1979) estudando os efeitos da toxidez de alumínio no

desenvolvimento radicular da cultura do milho e por STONE (1982), estudando os efeitos

da incorporação profunda de nutrientes no subsolo na produção de soja, batata, beterraba,

repolho e alho.

FISHER et ai l l (1975), trabalhando em um solo sob boas condições de umidade e

também com o mesmo solo seco, verificando os efeitos na produção de cevada e repolho,

observou que a densidade global do solo, no tratamento em que trabalhava o solo com um

equipamento denominado "double-dug" ou então "double digging" era sensivelmente

inferior, principalmente de 0,20 a 0,42m de profundidade, do que as médias de densidade

global de todos os demais tratamentos (aração com solo seco, araçao com solo úmido,

enxada rotativa com solo seco e enxada rotativa com solo úmido).

Em um estudo dos efeitos nas condições do solo devido a cultivos mecanizados, alto

teor de água no solo e alta profundidade de incorporação com o "hand -digging" ou "double

digging", GOODERHAM (1976), no Wye College, Inglaterra, observou que o tratamento

com o "double digging" comparado com as médias dos demais tratamentos mecanizados,

apresentava teores de água (g / 100g) inferiores até 0,10m de profundidade, a partir desta

profundidade em diante, os valores registrados eram superiores. Quando estudada a

densidade global do solo (g /cm3), os valores encontrados para o tratamento "double

digging" foram sensivelmente inferiores, até 0,40m de profundidade, do que os valores

referentes a média dos demais tratamentos mecanizados. O volume de ar no solo (ml /

100ml) no tratamento "double digging" foi superior a média dos tratamentos mecanizados

até a profundidade de 0,40m e, tanto em laboratório como a campo, os valores de

resistência à penetracão encontrados, em todas as profundidades estudadas, até 0,45m, no

tratamento "double digging" foram inferiores a média dos demais tratamentos

mecanizados.

WARBOYS et alii (1979) citam que, resultados obtidos em vários tipos de solos,

tem mostrado grandes produções de cereais e outras culturas, pelo completo revolvimento

do subsolo proporcionado pelo "wye double dígger", comparado com técnicas

convencionais de subsolagem. Benefícios adicionais em termos de produção são possíveis

pela incorporação de fertilizantes no subsolo.

Warboys et alii (1976) apud WARBOYS et alii (1979), caracterizam o "wye double

digger" como sendo um equipamento que ara o solo superficialmente e ao mesmo tempo

revolve o subsolo a uma profundidade de 0,45m em uma só operação, sem misturar o

subsolo com as camadas superficiais e sem inverter o perfil do solo. Devido ao

movimento rotativo do rotor é esperado que a demanda de potência necessária à tração, e

também a patinagem das rodas do trator diminuam, se comparadas com os sistemas de

aração convencionais.

Segundo WARDOYS et alii (1979), o "wye double digger" expõe a superfície do

subsolo pela aração, coloca fertilizantes na superfície exposta do subsolo, e então

incorpora o fertilizante no subsolo pela rotação desenvolvida no solo a uma profundidade

de 0,45m. Isto é considerável, Já que o método daria uma maior uniformidade de

distribuição de fertilizantes no subsolo do que outros métodos usados até aqui. Os

benefícios da incorporação de fertilizantes no subsolo foram mostrados primeiramente

com incorporação manual em experimentos iniciados em 1974 na estação experimental de

Rothamsted. O experimento com as culturas de trigo, beterraba, cevada e batata, tinha

como tratamentos, solo não trabalhado, revolvimento manual profundo, revolvimento

manual profundo com fósforo e potássio incorporados no subsolo e por fim, com fósforo e

potássio extra na superfície do solo.Todos os tratamentos receberam nitrogénio, fósforo e

potássio na superfície do solo. O tratamento com revolvimento manual profundo

beneficiou todas as culturas, exceto a batata, com aumento na produção de 23% para o

trigo, 29% para a cevada e 7% para a beterraba. Além disso, a incorporação de fertilizantes

no subsolo com revolvimento manual profundo, resultou em aumento na produção de

batata, cevada e beterraba, de 17, 46 e 15% respectivamente.

JAGGARD & WEBB (1976), ROWSE & BARNES (1977), STONE (1977),

ROWSE et alii (1977), McEWEN et alii (1978), STONE (1978), ROWSE & STONE

(1978a) e ROWSE & STONE (1978b) em trabalhos realizados na Inglaterra, nas estações

experimentais de Rothamsted, Woburn, Wellesbourne (Estação Nacional de Pesquisa

Vegetal) e no Wye College of Agricultural Engineering em Wye, verificaram que, usando

o "wye double digger" para colocação profunda de fertilizantes e também sem colocar,

simplesmente revolvendo o solo, usando como culturas testes, batata, feijão fava, repolho e

beterraba), apenas o revolvimento profundo, aumentou a produção em 14% para a batata

e 33% para a beterraba. O feijão fava e a batata responderam melhor à incorporação

profunda de fertilizantes, o mesmo não acontecendo para o repolho e para a beterraba.

Usando a cultura da cevada como cultura teste, em dois tipos de solo, um franco arenoso

e outro franco argilo arenoso, com o "wye double digger" apenas trabalhando o solo e

também, incorporando fertilizantes, comparando estes resultados com os obtidos pelo

preparo do solo por arado, subsolador comum, subsolador alado sem incorporar nada ao

solo e subsolador alado incorporando fertilizantes ao subsolo, os resultados encontrados

demonstraram/que o revolvimento profundo do solo aumentou a produtividade da cevada

em 21% no solo franco arenoso e 10% no solo franco argilo arenoso. A incorporação

profunda em níveis muito altos de fósforo e potássio com o "wye double digger"

promoveu aumento de produção em 26 % a mais do que o tratamento com aração em

ambos os solos. De outra forma, nos solos preparados com o subsolador alado a produção

decresceu substancialmente. A má performance do subsolador alado talvez se tenha dado

devido ao fato do subsolo não estar suficientemente seco. A mistura de fertilizantes no

subsolo, com o subsolador alado foi inadequada, apesar da subsolagem ter sido realizada

a duas profundidades (0,30 e 0,40m) com espaçamento de 0,30m.

WARBOYS et alii (1973), citam que é muito importante a incorporação de

fertilizantes no subsolo, porém é necessário decidir quais os nutrientes que devem ser

incorporados, níveis apropriados e frequência de aplicação.

ROWSE & STONE (1980/81 a), trabalhando com incorporação profunda em um

solo franco-argilo-arenoso, na Estação Nacional de Pesquisa Vegetal (Inglaterra), com as

culturas de batata, soja, repolho e beterraba, tendo como tratamentos: a aração

convencional a 0,23m, em que os fertilizantes foram colocados na linha de semeadura;

preparo do solo com o "wye double digger" e adubação na linha de semeadura ; preparo do

solo com o "wye double digger" e adubação ao longo do perfil do solo e também na linha

de semeadura, verificaram acréscimos na produção de 13, 12, 30 e 26% de batata, soja,

repolho e beterraba, respectivamente, quando comparado o tratamento onde foi realizada

incorporação profunda com o de aração convencional.

ROWSE & STONE (1980/81 b), na mesma área especificada no parágrafo anterior

e também mesmos tratamentos, porém com o objetivo de observar os efeitos nas

propriedades hidráulicas do solo, desenvolvimento radicular, extraçao de água e resistência

ao déficit hídrico, verificaram que, o aumento da profundidade de cultivo de 0,23 para

0,45m fez com que a extraçao de água pelas culturas de batata, soja, repolho e beterraba

que era realizada de 0 a 0,30m de profundidade, aumentasse para a faixa de 0,30 a 0,70m

de profundidade. O cultivo profundo com o "wye double digger" reduziu a densidade

global do solo e aumentou a capacidade de armazenamento de água. Na cultura da soja, a

produção de matéria seca aumentou em 17% após o cultivo profundo, devido ao sistema

radicular profundo poder suportar períodos de deficiência hídrica e também por extrair mais

água que o tratamento com aração convencional .

Em um experimento a fim de determinar os fatores que afetam a demanda de

potência causada pelo "wye double digger", WALTON & WARDOYS (1986), analisaram

a velocidade do rotor subsolador (a 94, 117, 160, 197 e 242 RPM), velocidade de

deslocamento do conjunto trator+equipamento (a 1,8; 2,4; 3,9 e 5,1 Km/h) e , forma e

número de hastes do rotor subsolador (16 e 24 hastes relas e 12 hastes do tipo picão), em

dois tipos de solo, um franco siltoso e o outro franco argilo siltoso. Os resultados obtidos

mostraram que a cada incremento na TDP do trator correspondia a um incremento na

rotação do rotor subsolador e, também na velocidade de

deslocamento do conjunto. Porém, a energia específica total requerida (Kw h/ha)

aumentou com o aumento da rotação do rotor subsolador, mas ao contrário, reduziu com o

aumento na velocidade de deslocamento do conjunto. Por exemplo, à velocidade de

deslocamento de 5,1 Km/h e 94 RPM no rotor subsolador, a energia específica requerida foi

de 180 Kwh/ha, ao passo que, a uma velocidade de deslocamento de 1,8 Km/h e 242 RPM

no rotor, a energia específica requerida foi de 530 Kwh/ha, usando um rotor com 16 hastes

relas em um solo leve. As hastes do tipo picão, exigiram cerca de 50% menos potência do

que as hastes relas (rotor com 16 e 24 unidades) .

3- MATERIAL E MÉTODO

3.1- Material

3.1.1- Campo Experimental

O experimento foi instalado e conduzido no Centro de Pesquisa Agropecuária dos

Cerrados (CPAC)/EMBRAPA, localizado no Km 18 da BR 020, a 30 Km de Brasília - DF.

O campo experimental foi definido pelas coordenadas geográficas 15°35'30" Latitude Sul

e 47242'30" Longitude Oeste (de Greenwich), e altitude média de 998 metros, com

exposição face norte.

A área nunca fora utilizada para fins agrícolas, tendo sido desmatada em 1975/1976.

A vegetação original foi classificada como Cerrado. Após o desmatamento não houve

qualquer mobilização ou limpeza do terreno até a instalação do experimento. Vinte e nove

dias antes da semeadura, a área foi roçada e o material resultante foi enleirado e retirado do

local por um ancinho enleirador.

A Figura l permite localizar a área experimental no contexto do CPAC.

3.1.2- Solo

O Quadro l contém características físicas e químicas do solo, determinadas para a

camada de 0,00 à 0,80 m de profundidade.

FIGURA 1 – Esquema de utilização da área do CPAC, 1077 (fonte: EMBRAPA/ CPAC. 1978).

QUADRO l- Algumas características físicas e químicas do perfil de um solo Latossolo

Vermelho-Escuro, na área experimental

CAM AG AF S AT D.G MA MI PT pH Al CaMg M.O. P K S.Al 00-10 9 29 4 58 1,17 19 39 58 4,7 1,44 0,30 2,15 1,1 39 78,26 10-20 9 29 4 60 1,09 24 36 60 4,8 1,15 0,45 2,30 1,1 21 69,53 20-30 10 28 4 59 1,11 26 34 60 5,0 1,12 0,22 2,29 0,8 16 81,10 30-40 9 29 5 57 1,04 31 32 63 5,0 0,98 0,18 1,81 0,7 10 82,66 40-50 10 32 5 54 1,01 31 33 64 4,9 0,82 0,21 1,74 1,0 8 78,06 50-60 9 31 4 57 1,03 31 33 64 4,9 0,67 0,22 1,39 0,5 6 74,00 60-70 12 30 5 54 0,99 34 32 66 4,8 0,59 0,19 1,21 0,5 5 74,42 70-80 7 33 5 56 1,01 32 33 65 4,8 0,48 0,18 1,18 0,5 6 71,07

SIMBOLOGIA:

CAM: Camada estudada no perfil do solo (cm) ;

AG: Areia grossa (%);

AF: Arei a fina (%);

S : Silte (%);

AT: ArgiIa total (%) ;

D.G.: Densidade global do solo (g/cm3);

MA: Macroporosldade do solo

MI: Microporosidade de solo;

PT: Porosidade total do solo

pH: pH do solo em água;

Al: Alumínio trocável (me/ 100 ml );

CaMg: Ca+Mg trocáveis (me/ 100ml);

M.O.; Matéria orgânica do solo (%);

P: Fósforo assimilável (MELICH – micrograma / ml)

K: Potássio trocável (micrograma/ ml);

S.Al: Saturação de alumínio (%).

3.1.3 - Insumos básicos

3.1.3.1- adubação corretiva

As análises químicas apresentadas no Quadro l. considerando-se os resultados

obtidos para alumínio trocével e Ca+Mg até a profundidade de 0,40m, mediante cálculo

através da fórmula N.C.(t/Ha)= (2 x Al) + [2 - (Ca+Mg)], onde: N.C.(t/Ha)= Necessidade

de calagem;

Al= Teor de alumínio trocável( expresso em me/100 ml de solo);

no caso:(l,44 + 1.15 + 1,12 + 0.98) / 4 = 1,17;

2 = índice para correcção do teor de Al. Este índice varia de l a 3, sendo 2, o valor

recomendado para a região dos cerrados;

Ca+Mg = (0,30 + 0,45 + 0,22 + 0,18) / 4 = 0,29;

2 = é o componente na estimativa que visa manter um teor

mínimo de 2,0 me/ 100 ml de solo para cálcio + magnésio; indicaram a necessidade

de uma dosagem de:

- 4000 Kg/Ha de calcário dolomítico;

- 300 Kg/Ha de P205 ( Fonte: Super Fosfato Triplo );

- 80 Kg/Ha de FTE - BR 12;

- 100 Kg/Ha de K20 ( Fonte: Cloreto de Potássio).

QUADRO 2 - Análise química do calcário dolomítico %

CaO 24,69

MgO 10,29

PRNT 64,09

3.1.3.2- Adubação de manutenção

De acordo com as análises químicas citadas, foram determinadas as quantidades de

adubos, a serem aplicadas na linha de semeadura, a saber:

- 20 Kg/Ha de Nitrogénio ( Fonte: Sulfato de Amónia);

- 60 Kg/Ha de P205 ( Fonte: Super Fosfato.Triplo);

- 60 Kg/Ha de K20 ( Fonte: Cloreto de Potássio);

3.1.3.3 - Adubação de cobertura

Utilizou-se 100 Kg/Ha de Nitrogênio ( Fonte: Sulfato de amônia ), 36 dias após a

emergência das plantas de milho.

3.1.3.4- Sementes

Utilizou-se sementes de milho híbrido, Cargill 111.

3,1.3.5 - Inseticida

Houve a necessidade de duas aplicações de Lannate (solução concentrada contendo

215 gramas de Methomyl por litro),a primeira, vinte dias após a emergência das plantas de

milho, na dosagem de l litro/ha e a segunda, trinta e nove dias após a emergência na

dosagem de 2 litros/ha, para controle da vaquinha (Diabrotica speciosa L.)

3.1.4- Máquinas e implementos

Para a instalação e condução do experimento foram utilizados os seguintes

equipamentos:

3.1.4.1- Arado

Arado marca Santa Izabel, com três discos lisos de 0,7112 m ( 28") de diâmetro,

0,90 m de largura de trabalho efetiva, montado no sistema de engate de 3 pontos traseiro do

trator.

3.1.4.2- Grade

Grade niveladora off-set, marca Baldan, 36 discos de 0,4572 cm ( 18") de diâmetro,

com discos recortados na secção dianteira e lisos na secção traseira, acoplada à barra de

tração, e 3,00 m de largura efetiva de trabalho.

3.1.4.3- Pulverizador

Pulverizador costal, manual, de bombeamento constante, marca Jacto, com

capacidade de 20 litros, provido de bico cônico.

3.1.4.4- Trator

Trator marca Massey-Ferguson, modelo MF 290 LS, motor Perkins 4248A, 4

cilindros, potência de 59,57 KW à 2200 RPM, torque máximo de 29,7 Kgfm à 1400 RPM e

49,27 KU na TDP a 540 RPM. Rodas motrizes com pneus 18.4-30.

3.1.4.5- “Wye double digger”

O “Wye double digger” requer tratores agrícolas com potência entre 47,80 e 55,16

KW no motor, acionamento pela TDP a 540 RPM e sistema de engate de três pontos

categoria II.

O implemento é constituído basicamente pêlos mecanismos apresentados na Figura

2, conforme WALTON & WARBOYS, 1986.

A- Subsolador rotativo

Constituído por um rotor com duas flanges, que podem conter 2 ou 3 pares de

lâminas, trabalhando à profundidades de 0,22 m até 0,50 m.

B- Arado

Constituído de uma aiveca com relha de 0,4572 m (18").

C- Chassi

Estrutura para fixação do arado, das caixas com distribuidor de corretivos e/ou

fertilizantes, da roda motriz do sistema de distribuição de corretivos e fertilizantes, do

mecanismo de transmissão de potência, do sistema de engate de três pontos, do regulador

de profundidade e da chapa protetora do rotor.

D- Mecanismo para transmissão de potência ao rotor

É provido de uma caixa de mudanças selectaltilth, na qual a velocidade periférica do rotor

pode ser alterada invertendo-se ou mudando-se os pares de engrenagens, de forma a obter a

rotação desejada.

E- Caixa de correntes

É o compartimento onde estão as correntes e engrenagens que transmitem potência

para o rotor.

F- Braço para regular a profundidade

É usado para regular a profundidade de trabalho do rotor.

G- Cobertura protetora do rotor

Serve como anteparo ao solo que é jogado para cima pelo subsolador rotativo.

OBS: Devido ao fato do sistema de distribuição do corretivo e fertilizante do "wye double

digger", não alcançar as vazões necessárias para as dosagens requeridas, a distribuição foi

feita manualmente.

Em todos os tratamentos em que o preparo do solo foi realizado com o “wye double

digger”, a velocidade média de deslocamento foi de 0,94 Km/h e a rotação do subsolador

rotativo foi de 85,95 RPM, determinada pela expressão:

Vr = Vt x (E1/E2) x 0,3 Vr = 382 x(15/20) x 0.3

onde:

Vr= rotação do subsolador rotativo;

Vt= rotação da TDP do trator;

El= numero de dentes da engrenagem motora;

E2= número de dentes da engrenagem movida;

No tratamento em que o preparo do solo foi realizado com o arado de discos, a

velocidade média de deslocamento do conjunto trator + arado foi de 6,59 Km/h.

A operação de gradagem n i veladora foi desenvolvida com a velocidade média de

deslocamento de 10,11 Km/h.

Um resumo dos tratamentos estudados é apresentado no Quadro 4.

FIGURA 2- Componentes principais do "wye double dígger"(Fonte WALTON &

WARBOYS, 1986).

3.1.4.6- Semeadora

Utilizou-se uma semeadora de tração humana, denominada semeadora universal, com

mecanismo dosador composto por uma voluta jônica, adaptada a partir do projeto de uma

"plantadeira de alho", desenvolvida no CPAC por SEIXAS & FOLLE (1982).

Vista lateral direita

Vista lateral esquerda

FIGURA 3- Vista gera do equipamento “wye double digger”.

3.1.5- Material para Irrigação

3.1.5.1- Tubo janelado

A irrigação do experimento foi realizada pelo sistema de sulcos de infiltração, sendo

utilizados tubos janelados desenvolvidos por SILVA et alii (1982), conforme Figura 4.

FIGURA 4- Corte esquemático da Janela, de um sistema de tubos janelados, empregado

para a irrigação do experimento.

3.1,6- Outros materiais

No decorrer dos trabalhos de campo e de laboratório, foram utilizados, além dos

citados, os seguintes materiais: sacaria; barbante; etiquetas; trados; estacas para a

demarcação das parcelas; anéis volumétricos; pipetas; termômetros; estufas; balanças

vidraria; cronômetro; tensiômetros e tacómetro digital.

3.2- Método

3.2.1- Delineamento experimental

O experimento foi constituído de cinco tratamentos de pré paro do solo, adubação e

calagem, delineado como inteiramente casualizado, com três repetições, resultando num

total de quinze parcelas, conforme Figura 5.

Cada parcela constituiu-se de uma área de 128 metros quadrados (6,4 x 20,0m),

separadas por carreadores de 0,5 e 1,0 m de largura (Figura 5), respectivamente nos

sentidos transversal e longitudinal da área experimental.

3.2.2- Tratamentos de preparo do solo

Os tratamentos de preparo do solo, adubação e calagem foram denominados de T l,

T 2, T 3, T 4 e T 5, onde:

T l: adubação e correção com as quantidades especificadas no subítem 3.1.3.1, distribuídas

manualmente na superfície do solo e incorporadas com o arado à profundidade de

aproximadamente 0,22m e duas gradagens com grade niveladora;

T 2: adubação e correção com as quantidades especificadas no sub ítem 3.1.3.1, distribuídas

manualmente na superfície do solo e, incorporadas com a aiveca do "wye double digger".

Neste tratamento, o subsolador rotativo trabalha a partir de 0.22m até aproximadamente

0,50m, conforme ALONÇO, 1989 (Figura 6), sem no entanto incorporar fertilizante e

corretivo no subsolo. Após o preparo foram realizadas duas gradagens com grade n i

veladora;

T 3: Adubação e correção com as quantidades especificadas no subítem 3.1.3.1,

distribuídas manualmente na superfície do solo e, incorporadas com a aiveca do" wye

double dígger". Neste tratamento, o subsolador rotativo incorporou a partir de 0,22 m até

aproximadamente 0,50m, conforme ALONÇO, 1989 (Figura 6), a mesma quantidade de

calcário recomendada para a camada de O a 0,22 m. O calcário incorporado em

profundidade, foi distribuído manualmente no sulco deixado pela aiveca. Após o preparo

foram realizadas duas gradagens com grade niveladora;

T 4: Adubação e correção com as quantidades especificadas no subítem 3.1.3.1,

distribuídas manualmente na superfície do solo e incorporadas com a aiveca do" wye

double digger". Neste tratamento, o subsolador rotativo incorporou a partir de 0,22 m até

aproximadamente 0,50 m, conforme ALONÇO, 1989 (Figura 6), a mesma quantidade de

adubo e calcário recomendada para a superfície. Esta adubação mais calcário incorporados

em profundidade, foram distribuídos manualmente no sulco deixado pela aiveca. Após este

preparo foram realizadas duas gradagens com grade níveladora;

T 5: adubação e correção com metade das quantidades especificadas no sub-ítem 3.1.3.1,

dístribuidas manualmente na superfície do solo e, incorporadas com a aiveca do" wye

double digger". Neste tratamento, o subsolador rotativo incorporou a partir de 0,22 m à

aproximadamente 0,50 m, conforme ALONÇO, 1989 (Figura 6), a metade da quantidade

de adubo e calcário recomendada no sub - ítem 3.1.3.1. Esta adubação mais calcário

incorporados em profundidade de, foram distribuídos manualmente no sulco deixado pela

aiveca, a cada passagem do equipamento. Após este preparo foram realizadas duas

gradagens com grade niveladora.

QUADRO 3- Resumo dos tratamentos

Adubação

Profundidade tratamentos Preparo do solo

0,00 – 0,22 0,22 – 0,50

T1 1 aração+2 gradagens Calc.+P+K+FTE 0

T2 WDD + 2 gradagens Calc.+P+K+FTE 0

T3 WDD + 2 gradagens Calc.+P+K+FTE Calc.

T4 WDD + 2 gradagens Calc.+P+K+FTE Calc.+P+K+FTE

T5 WDD + 2 gradagens ½(Calc.+P+K+FTE) ½(Calc.+P+K+FTE)

LEGENDA:

WDD="Wye Double Digger"; K= adubação potássica;

Calc.= Calagem; FTE= FTE BR 12;

P= adubação fosfatada;

3.2.3.- Instalação, condução e estádios específicos do desenvolvimento da cultura do

milho

A seqüência de eventos para a instalação e condução da cultura e os estádios

específicos do desenvolvimento das plantas de milho, encontram-se resumidas na Tabela 2.

O espaçamento adotado foi de um metro entre as linhas e 5 a 9 sementes por metro

linear, a uma profundidade de 0,05 m, buscando-se obter uma densidade média de 50000

plantas por hectare.

Dez dias após a emergência da cultura foi efetuada uma semeadura manual para

preencher as falhas existentes nas linhas e 33 dias após a emergência inicial foi executada a

operação de desbaste para manter cerca de 5 plantas por metro linear.

3.2.4- Coleta de amostras do solo para a caracterização das propriedades físicas e

químicas

Em todas as parcelas, após a colheita, foram abertas trincheiras de l,20m de largura

x 1,00 m de comprimento x l,00m de profundidade. Nas paredes com dimensões de 1,20 m

de largura x 1,00 m de profundidade foram coletadas as amostras para as caracterizações de

propriedades químicas (Figura 7A) , e as amostras para as caracterizações de propriedades

físicas (Figura 7B).

As amostras, para caracterização química, foram coletadas, a partir de 0,75 m,

subindo ao longo do perfil, de 0,10 em 0,10 m, até a profundidade de 0,05 m (Figura 7A).

A coleta para a caracterização química, por profundidade, constituiu-se de 12 sub-amostras,

coletadas ao longo dos 1,20 m de largura, abrangendo no caso, uma entrelinha e duas linhas

de semeadura.

FIGURA 5- Esquema do delineamento experimental.

TABELA 2- Seqüência de eventos para instalação, condução da cultura e estádios do

desenvolvimento das plantas de milho.

Datas Eventos de instalação e condução da cultura e estádios específicos de desenvolvimento

15, 16 e 17/06/83 Aplicação e incorporação dos fertilizantes e corretivo 08/07/83 Abertura dos sulcos de irrigação 12/07/83 Semeadura e adubação 14/07/83 Início da irrigação 22/07/83 Início da emergência das plântulas 31/07/83 Semeadura para eliminação de falhas 10/08/83 Aplicação de inseticida para controle da vaquinha (Diabrotica speciosa) 23/08/83 Desbaste 26/08/83 adubação de cobertura 29/08/83 Aplicação de inseticida para controle da vaquinha (Diabrotica speciosa)

14 e 15/09/83 Amontoa do milho 26/09/83 Florescimento generalizado 27/09/83 última irrigação para causar déficit hídrico 28/10/83 Reinicio da irrigação 15/12/83 Colheita manual

FIGURA 7- Dimensões das trincheiras abertas para coletar as amostras de solo e esquemas

de coleta para análises químicas (a) e físicas (b).

* Sentido da coleta de amostras

FIGURA 6- Esquema de trabalho no campo do “wye double digger”.

Para a caracterização física do solo, as amostras foram obtidas utilizando-se

cilindros amostradores, com dimensões de 0,05m de diâmetro x 0,05093 m de altura,

obtendo-se amostras com volume de 100 centímetros cúbicos, coletadas ao longo do perfil

solo, de 0,10 em 0,10 m, desde a profundidade de 0,05 m até 0,75m (Figura 7B).

3.2.5- Irrigação do experimento

Utilizou-se irrigação por sulcos, através de tubos janelados. Sessenta e oito dias

após a emergência da cultura, no início da floração, a irrigação foi suspensa por trinta dias,

a fim de induzir um déficit hídrico simulando um veranico. Segundo AZEVEDO et alii

(1983), o período do ciclo vegetativo em que a planta mais sensível à falta de água, é na

floração e na frutificação onde a deficiência de água pode comprometer a produção.

A necessidade de irrigação foi determinada através de tensiômetros com

vacuômetros metálicos, instalados em todos os tratamentos à 0,10, 0,20, 0,30 e 0,50m de

profundidade. Dependendo do estádio de desenvolvimento da cultura, irrigava -se baseado

em um dos tensíômetros toda a vez que a tensão de água no solo alcançasse 0,6 atm,

segundo AZEVEDO et alii(1983).

OBS: As vazões e as quantidades de água aplicadas no experimento não foram

determinadas. A irrigação, sempre foi considerada suficiente, no momento em que o

tensiômetro da profundidade considerada, registrasse zero atmosferas.

3.2.6- Características físicas do solo

3.2.6.1- Determinação do teor de água do solo

Para a determinação do teor de água do solo, optou-se pelo método de determinação

gravimétrica padrão, com base na massa de solo seco em estufa à temperatura de 105 -

110°C até massa constante e obtido pela expressão:

Teor de água (%) = (massa amostra úmida – massa amostra seca 105°C) x 100 massa amostra seca a 105°C

3.2.6.2- Determinação da densidade global do solo

Para a determinação da densidade global do solo, optou-se pelo método do anel

volumétrico, conforme EMBRAPA(1979).

A densidade global da amostra, foi determinada através da expressão:

Densidade global (g/cm 3)= massa da amostra seca a 105°C Volume do anel

3.2.6.3- Determinação da porosidade total do solo

Foi determinada pelo método indireto, conforme EMBRAPA

(1979), através da expressão:

Porosidade(%) = (densidade de sólidos – densidade global) x 100) densidade de sólidos

3.2.6.4- Determinação da microporosidade do solo

Foi determinada pelo método da mesa de tensão, descrito EMBRAPA (1979) , com

o emprego de amostras com estrutura não deformada e calculada através da expressão:

Microposodade (%)= (mas. amos. 60cm – mas. amos. 105°C) x 100

Volume cilindro

onde: Mas. amos. 60 cm = Massa da amostra a 0,60 m de tensão

Mas. amos. 105°C == Massa da amostra seca à 105°C

3.2.6.5- Determinação da macroporosidade do solo

Foi determinada pelo método indireto, conforme EMBRAPA (1979 ), através da expressão:

Macroporosidade (%) = Porosidade total (%) – Microporosidade (%)

3.2.7- Características químicas do solo

3.2.7.1- Determinação do pH em água

Foi determinado, pelo método potenciométrico, descrito em EMBRAPA (1979).

3.2.7.2- Determinação da matéria orgânica

Para o cálculo da matéria orgânica, é necessário determinar a percentagem de

carbono orgânico do solo, o qual foi determinado através do método volumétrico pelo

bicromato de potássio e titulação pelo sulfato ferroso, conforme EMBRAPA (1979).

3.2.7.3.- Determinação do fósforo assimilável

Foi determinado pelo método colorimétrico, pelo ácido ascórbico, descrito em

EMBRAPA (1979).

3.2.7.4- Determinação do alumfnio trocével

Determinou-se através do método volumétrico e titulação pelo hidróxido de sódio,

descrito em EMBRAPA (1979).

3.2.7.5- Determinação do Ca + Mg trocável

Determinou-se através do método complexométrico e titulação do EDTA, descrito

em EMBRAPA (1979).

3.2.7.6- Determinação do potássio trocável

Foi determinado pelo método espectrofotogramétriço, descrito em EMBRAPA

(1979).

3.2.8- Análise estatística

Foi realizada análise de variância para todos os dados obtidos e aplicado o teste de

Tukey ao nível de 5% de probabilidade, para comparar médias entre os tratamentos, e,

dentro dos tratamentos, nas camadas de 0,00 a 0,10m, 0,10 a 0,20m, 0,20 a 0,30m

0,30 a 0,40m, 0,40 a 0,50m, 0,50 a 0,60m, 0.60 a 0,70m e, 0,70 a 0,80m, ao longo do perfil

do solo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capítulo são apresentados e discutidos os resultado obtidos, a análise da

variância dos dados e os parâmetros que foram analisados estatisticamente.

4.1- Características físicas do solo

4.1.1- Teor d» água do colo

O Quadro 4 e a Figura 8 (A e B) mostram os valores médios do teor de água do solo

nas camadas de 0,00 a 0,10m, 0,10 a 0,20m, 0,20 a 0,30m, 0,30 a 0,40m, 0,40 a 0,50m,

0,50 a 0,60m, 0,60 a 0,70m e 0,70 a 0,80m após a colheita do milho quando todas amostras

foram coletadas. Os dados não revelam diferenças significativas entre si quando

comparados os cinco sistemas de preparo do solo e adubação, nas oito camadas estudadas.

O tratamento 3 revelou diferenças significativas ao longo das oito camadas estudadas,

apresentando 29,53% do teor de água na camada de 0,70 a 0,80m e 24,72% na de 0,60-

0,70m. A Figura 8 (A e B) representa graficamente as oscilações do teor de água do solo

em todos tratamentos, dentro de cada camada estudada. Na Figura 8, além valores do teor

de água no solo dos cinco tratamentos, nas oito camadas estudadas, são apresentados

também, valores do teor água no solo para o solo virgem, a fim de que as mesmas sirvam

como referencial para as alterações ocorridas no solo através dos diversos tratamentos.

Para melhor interpretação das informações contidas na Figura 8, cada camada será

discutida separadamente.

4.1.1.1- Camada de 0,00 a 0,10m

Observa-se na curva relativa a esta camada, que o tratamento 4 é o que apresenta o

maior teor de água do solo e o tratamento 5 o menor. O tratamento 3 é ligeiramente

superior ao 2, e este, ao tratamento l. Todos os tratamentos, exclusive o 4,apresentam

teores de água do solo inferiores ao do solo virgem.

4.1.1.2- Camada de 0,10 a 0,20m

Nesta camada, o tratamento que apresenta maior teor de água no solo é o l, sendo

sucedido pêlos tratamentos 4, 3, 2 e 5 respectivamente. Todos os tratamentos, exclusive o

l, apresentam teores de água do solo inferiores ao do solo virgem.

4.1.1.3- Camada de 0,20 - 0,30m

Nesta camada, a exemplo da profundidade de 0,00 a 0,10m o tratamento 4 é o que

apresenta melhor desempenho do teor de água do solo, sendo sucedido pêlos tratamentos l,

5, 3 e 2 respectivamente. Todos os tratamentos, exclusive o 4 e o l, apresentam teores de

água do solo inferiores ao do solo virgem.

4.1.1.4- Camada de 0,30 a 0,40m

Observa-se na curva relativa a esta camada, que o tratamento que apresenta maior

teor de água no solo é o 3, ligeiramente superior ao l, e este, ao 4, 5 e 2, respectivamente.

Os tratamentos 4, 5 e 2, nesta profundidade, apresentam teores de água do solo inferiores ao

do solo virgem.

4.1.1.5- Camada de 0,40 a 0,50m

Nesta camada, o tratamento 3 é o que apresenta maior teor de água no solo, sendo

sucedido pêlos tratamentos 4, 5, l e 2 respectivamente. Todos os tratamentos apresentam

teores de água do solo inferiores ao do solo virgem.

4.1.1.6- Camada de 0.50 a 0,60m

Nesta camada, o tratamento 5 foi o que apresentou maior teor de água no solo,

ligeiramente superior ao tratamento l, e este, ao 3, 4 e 2, respectivamente. Todos os

tratamentos apresentaram teores de água do solo inferiores ao do solo virgem.

4.1.1.7- Camada de 0,60 a 0,70m

Observa-se na curva relativa a esta camada, que o tratamerto 5 é o que apresenta o

maior teor de água no solo, e o tratamento 3 o menor. O tratamento l, ligeiramente superior

ao 4, e este, ao tratamento 2. Todos os tratamentos apresentaram teores de água do solo

inferiores ao do solo virgem.

4.1.1.8- Camada de 0,70 a 0,80m

Nesta camada o tratamento 3 é o que apresenta maior teor de umidade no solo,

sendo sucedido pêlos tratamentos l, 5, 4 e 2 respectivamente. Todos os tratamentos

apresentaram teores de água do solo inferiores ao do solo virgem.

Na Figura 8, o fenômeno que chamou a atenção, foi o fato do solo virgem, mesmo

que seus dados não tenham sofrido análises estatísticas, possuir o teor de água do solo

superior ao de todos os tratamentos nas camadas de 0,40 a 0,50m, 0,50 a 0,60m, 0,60 a

0,70m e 0,70 a 0,80m. Na camada de 0,00 a 0,10m só não foi superior ao tratamento 4, na

de 0,10 a 0,20m não o foi somente em relação ao tratamento l e na de 0,20 a 0,30m, não o

foi em relação aos tratamentos l e 4.

A uniformidade do teor de água nas diversas camadas, para os tratamentos

estudados, é provavelmente decorrente de precipitações regulares que ocorreram na época

da coleta das amostras.

QUADRO 4- Valores médios do teor de água do solo (%) . sob métodos de preparo e

adubação do solo, em cada camada estudada

P T1 T2 T3 T4 T5

1 26,17A 26,96 A 27,03AB 28,44A 25,68 A

2 28,92A 26,48 A 25,80AB 27,29 A 25,30 A

3 27,19A 25,35 A 25,86AB 27,63 A 26,41 A

4 27,21A 25,65 A 27,32AB 26,67 A 26,65 A

5 27,23A 26,85 A 27,87 AB 27,51 A 27,29 A

6 28,00A 26,94 A 27,82 AB 27,53 A 28,18 A

7 28,15A 26,94 A 24,72 B 28,12 A 28,80 A

8 29,17A 27,68 A 29,53A 27,95 A 29,01 A

M 27,76 a 26,60 a 26,99 a 27,64 a 27,17 a

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 1,79

*Teste de Tukey a 5% para camadas , dentro dos tratamentos: 3,87

* Coeficiente de variação para tratamentos: 6,91%

*Coeficiente de variação para camadas ; 5,57%

OBSERVAÇÕES E SIMBOLOGIAS VÁLIDAS PARA TODOS OS QUADROS ONDE

FOREM APRESENTADOS RESULTADOS E ANÁLISES ESTATÍSTICAS:

*Médias seguidas da mesma letra maiúscula na vertical, e minúscula na horizontal, não

diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

* De P1 a P8, os valores encontrados, são as comparações entre as profundidades dentro de

cada tratamento

* As comparações entre os tratamentos l, 2, 3, 4 e 5 encontram-se na última linha de cada

quadro, precedidas por "M"(média).

SIMBOLOGIA:

P l: Camada de 0,00 a 0,10m

P 2: Camada de 0,10 a 0,20m

P 3: Camada de 0,20 a 0,30m

P 4: Camada de 0,30 a 0,40m

P 5: Camada de 0,40 a 0,50m

P 6: Camada de 0,50 a 0,60m

P 7: Camada de 0,60 a 0,70m

P 8: Camada de 0,70 a 0,80m

Tl: Tratamento l;

T2: " 2;

T3: " 3;

T4: " 4;

T5: " 5.

FIGURA 8- Valores médios do teor de água do solo, sob métodos de preparo e adubação

do solo, solo virgem, em cada camada estudada.

4.1.2- Densidade global do solo

O Quadro 5 e a Figura 9 mostram valores médios de densidade global do solo nas

camadas estudadas e especificadas no item 4.1.1, após a colheita do milho, quando todas as

amostras foram coletadas. Os dados (Quadro 5) revelam diferenças significativas, pelo teste

de Tukey ao nível de 5%, entre o tratamento 4 e os tratamentos l e 2, tendo no primeiro

caso, a média das 8 camadas, o valor de 1,02 g/cm3 e no segundo, 1,09 e 1,11 g/cm3

respectivamente. Os tratamentos 3 e 5 não diferiram significativamente, pelo mesmo teste e

ao mesmo nível, dos demais tratamentos .

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a O,80m. analisando da tratamento

individualmente, observou-se que os tratamentos 4 e 5 não apresentaram diferenças

significativas, quando comparados os oito valores de densidade global, encontrados nas

cama estudadas, enquanto que, o l e o 2 apresentaram diferenças significativas, pelo teste

de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

No tratamento l, na camada de 0,70 a 0,80m, ocorreu a menor densidade global

(1,03 g/cm3) e na camada de 0,10 a 0,20m a maior (1,16 g/cm3) . As densidades nas demais

camadas estudadas não diferiram significativamente, pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

No tratamento 2, na camada de 0,70-0,80m, ocorreu a menor densidade global do

solo (1,01 g/cm3) e, na camada de 0,10-0,20 a maior (1,21 g/cm3 ).A menor densidade

global encontrada na camada de 0,70-0,80m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não

diferiu significativamente das densidades globais médias encontradas camadas de 0,00-

0,10m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m e 0,60-0,70m. O maior valor de densidade

global, encontrado na camada de 0,10-0,20m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não

diferiu significativamente das densidades globais encontradas nas camadas de 0,00-0,10m,

0,20-0,30m, 0,30-0,40m e 0,50-0,60m.

Na Figura 9, embora não tendo sofrido análise estatística, também foram incluídos

valores de densidade global do solo, para o solo virgem, a fim de que os mesmos sirvam

como referencial para as alterações ocorridas no solo através dos diversos tratamentos.

O tratamento 4 apresentou valores de dens idade global uniforme ao longo do perfil,

devido provavelmente à maior dose de adubo e corretivo que propiciou um

desenvolvimento radicular mais profundo.

4.1.3- Porosidade total do solo

O Quadro 6 e a Figura 10 mostram valores médios de porosidade total do solo nas

camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m, O,60-

0.70; 0,70-0,80m, após a colheita do milho quando todas as amostras foram coletadas. Os

dados revelam diferenças significativas pelo teste de Tukey ao nível de 5%, entre o

tratamento 4 e os tratamentos l e 2, tendo, no primeiro caso, a média das oito camadas o

valor de 65,67% e no segundo, o mesmo valor para os dois tratamentos, que foi de 61,29%.

Os tratamentos 3 e 5 não diferiram significativamente com os demais tratamentos, pelo

teste de Tukey ao nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando da tratamento

individualmente, observou-se que os tratamentos 5 não apresentaram diferenças

significativas, quando compara os oito valores de porosidade total do solo, encontrados nas

camadas estudadas, enquanto que, os tratamentos l, 2 e 4 apresentaram diferenças

significativas, ao longo do perfil, pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

No tratamento l, na camada de 0,70-0,80m, ocorreu o maior valor de porosidade

total do solo (64,33%) e, na de 0,10-0,20m menor (58,00%). As porosidades nas demais

camadas estudadas, não diferiram significativamente entre si, pelo teste de Tukey ao nível

de 5% de probabilidade.

No tratamento 2, na camada de 0,70-0,80m ocorreu o maior valor de porosidade

total do solo (65,00%) e, na camada de 0,10-0,20m, o menor (56,00%). A maior porosidade

total do solo, encontrada na camada de 0,70-0,80m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%,

não diferiu significativamente das porosidades totais médias encontradas nas camadas de

0,00-0,10m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m e 0,60-0,70m. O menor valor de porosidade total do

solo, encontrado na camada de 0,10-0,20m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu

significativamente das porosidades totais encontradas nas camadas de 0,20-0,30m, 0,40-

0,50m e 0,50-0,60m.

No tratamento 4, na camada de 0,40-0,50m, ocorreu o maior valor de porosidade

total do solo (70,00%) e, na camada 0,10-0,20m e 0,20-0,30m as menores (63,00%). O

maior valor de porosidade total do solo encontrado na camada de 0,40-0,50m, não diferiu

significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% das porosidades totais médias

encontradas nas camadas de 0,50-0,60m, 0,60-0,70m e 0,70-0,80m. O menor valor de

porosidade total do solo, encontrado nas camadas de 0,10-0,20m e 0,20-0,3m pelo teste de

Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente das porosidades totais médias

encontradas nas camadas de 0,00-0,10, 0,30-0,40m, 0,50-0,60m e 0,70-0,80m.

Na Figura 10, além dos valores médios de porosidade total do solo dos cinco

tratamentos, nas oito camadas estudadas, apresentados também, sem terem sofrido análises

estatísticas, valores de porosidade total do solo virgem, a fim de que os mesmos sirvam

como referencial para as alterações ocorridas no solo através dos diversos tratamentos.

O tratamento 4 apresentou valores de porosidade total mais uniforme ao longo do

perfil, devido provavelmente à maior dosagem de adubo e corretivo, o que propiciou um

desenvolvimento radicular mais profundo.

4.1.4- Macroporosidade do Solo

O Quadro 7 e a Figura 11 apresentam valores médios de macroporosidade do solo

nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m,

QUADRO 5- Valores médios de densidade global do solo (g/cm3), sob métodos de preparo

e adubação, em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 1,09 AB 1,11 ABC 1,11 A 1,06 A 1,06 A

2 1,16 A 1,21 A 1,05 A 1,06 A 1,12 A

3 1,12 AB 1,16 AB 1,11 A 1,03 A 1,12 A

4 1,13 AB 1,10 ABC 1,08 A 1,04 A 1,12 A

5 1,08 AB 1,09 BC 1,07 A 1,00 A 1,02 A

6 1,08 AB 1,12 ABC 1,04 A 0,98 A 1,06 A

7 1,04 AB 1,05 BC 1,04 A 0,99 A 1,04 A

8 1,03 B 1,01 C 1,04 A 0,99 A 1,07 A

M 1,09 a 1,11 a 1,07 ab 1,02 b 1,08 ab

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 0,07

* Teste de Tukey a 5% para camadas , dentro dos tratamentos: 0,12

* Coeficiente de variação para tratamentos;6,99%

* Coeficiente de variação para camadas ; 4,27%

QUADRO 6- Valores médios de porosidade total do solo (%), sob métodos de adubação e

preparo, em cada camada estudada

P T1 T2 T3 T4 T5

1 60,33 AB 64,33 A 60,33 A 62,33 C 63,33 A

2 58,00 B 56,00 C 64,67 A 63,00 BC 60,33 A

3 60,00 AB 57,00 BC 60,67 A 63,00 BC 61,00 A

4 59,67 AB 62,33 AB 62,00 A 62,33 BC 61,00 A

5 62,67 AB 61,67 ABC 62,00 A 70,00 A 64,33 A

6 63,00 AB 60,67 ABC 63,67 A 68,00 ABC 62,67 A

7 62,33 AB 63,33 A 63,67 A 68,33 AB 64,00 A

8 64,33 A 65,00 A 63,67 A 67,33 ABC 62,00 A

M 61,29 b 61,29 b 62,58 ab 65,67 a 62,33 ab

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 4,37

* Teste de Tukey a 5% para camadas , dentro dos tratamentos: 6,31

* Coeficiente de variação para tratamentos: 7,35%

* Coeficiente de variação para camadas : 3,95%

FIGURA 9- valores médios da densidade global do solo, sob métodos de adubação e

preparo do solo, sol virgem, em cada camada estudada.

FIGURA 10- Valores médios da porosidade total do solo, sob métodos de adubação e

preparo do solo, sol virgem, em cada camada estudada.

0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m, 0,60-0,70m, 0,70-0,80m, após a colheita

do milho, quando as amostras foram coletadas. Os dados (Quadro 7), quando comparados

os cinco tratamentos entre si, revelam não existir diferenças significativas pelo teste de

Tukey ao nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando da tratamento

individualmente, observou-se que os tratamentos 1, 3 e 5 não apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, já os tratamentos 2 e 4, apresentaram

diferenças significativas, nas camadas estudadas. O comportamento da macroporosidade

nos tratamentos estudados não pode ser explicado com as informações disponíveis, haja

visto que preparos de solo semelhantes apresentaram diferenças e preparos distintos não

apresentaram .

No tratamento 2, na camada de 0,70-0,80m, ocorreu o maior valor de

macroporosidade do solo (33,33%) e, na camada 0,10-0,20m, o menor (20,00%). O maior

valor de macroporosidade do solo, encontrado na camada de 0,70-0,80m, pelo teste de

Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores de macroporosidade do

solo encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,50-0,60m e

0,60-0,70m. O menor valor de macroporosidade do solo, encontrado na camada de 0,10-

0,20m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

encontrados nas camadas de 0,20-0,30m e 0,50-0,60m.

No tratamento 4, na camada de 0,40-0,50m ocorreu o maior valor de

macroporosidade do solo (39,67%) e, na camada 0,00-0,10m o menor (27,67%). O maior

valor de macroporosidade do solo, encontrado na camada de 0,40-0,50m, pelo teste de

Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores médios encontrados nas

camadas de 0,30-0,40m, 0,50-0,60m, 0,60-0,70m, 0,70-0,80m. O menor valor de

macroporosidade do solo, encontrado na camada de 0,00-0,10m, pelo teste de Tukey ao

nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores médios encontrados nas camadas de

0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m e 0,70-0,80m.

Na Figura 11, além de valores médios de macroporosidade do solo dos cinco

tratamentos, são apresentados também, valores de macroporosidade para o solo virgem, a

fim de que os mesmos sirvam como referencial para as alterações ocorridas no solo através

dos diversos tratamentos.

4.1.5-Microporosidade do solo

O Quadro 8 e a Figura 12 apresentam valores médios de microporosidade do solo

nas camadas de 0,00-0,l0m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m,

0,60-0,70m e 0,70-0,80m após a colheita do milho, quando todas as amostras foram

coletadas. Os dados (Quadro 8), revelam n3o existir diferenças significativas, pelo teste de

Tukey ao nível de 5%, quando comparados os cinco sistemas de preparo do solo e

adubação, nas oito camadas estudadas.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que os tratamentos 1, 2, 3 e 4, não apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%. O comportamento da microporosidade

nos tratamentos estudados não pode ser explicado com as informações disponíveis, haja

visto que preparos de solo semelhantes apresentaram diferenças e preparos distintos não

apresentaram.

O tratamento 5 apresentou diferenças significativas, ao longo do perfil nas camadas

estudadas, sendo que, na camada 0,10-0,20m ocorreu o maior valor de microporosidade

(35,00%), e o menor valor na camada de 0,40-0,50m (30,33%). Os valores médios de

microporosidade do solo encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m,

0,40-0,50m, 0,50-0,60m, 0,60-0,70m, 0,70-0,80m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não

diferiram significativame nte entre si.

Na Figura 12, além dos valores de microporosídade do solo dos cinco tratamentos,

nas oito profundidades estudadas, são apresentados também, valores de microporosidade

para o solo virgem, a fim de que os mesmos sirvam como referencial para as alterações

ocorridas no solo devido aos diversos tratamentos.

4.1.6- Relações entre teor de água do ao solo, densidade global do solo, porosidade

total do solo, macroporosidade do solo e microporosidade do solo.

As correlações entre teor de água, densidade global, porosidade total,

macroporosidade e microporosidade do solo são apresentadas na Tabela 3.

QUADRO 7- Valores médios de macroporosidade do solo (%) , sob métodos de adubação

e preparo, em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 25,00 A 29,67 AB 26,33 A 27,67 C 29,67 BCD

2 22,67 A 20,00 C 33,00 A 29,00 BC 25,00 D

3 25,67 A 22,33 ABC 27,33 A 30,00 BC 26,67 A

4 26,00 A 29,33 AB 28,67 A 31,67 ABC 28,00 A

5 29,67 A 29,33 AB 29,67 A 39,67 A 33,67 A

6 29,67 A 26,33 ABC 30,67 A 37,67 AB 30,33 ABC

7 29,00 A 31,00 AB 31,00 A 37,67 AB 29,67 A

8 31,67 A 33,33 A 31,67 A 36,33 ABC 28,67 A

M 27,42 a 27,67 a 29,79 a 33,71 a 28,36 a

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 6,78

*Teste de Tukey a 5% para camadas, dentro dos tratamentos: 9,94 .

* Coeficiente de variação para tratamentos: 24,20%

* Coeficiente de variação para camadas : 12,40%

QUADRO 8- Valores médios da microporosidade do solo (%) , sob métodos de preparo e

adubação, em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 35,67 A 34,67 A 34,00 A 34,67 A 33,33 AB

2 35,33 A 36,33 A 31,33 A 34,00 A 35,00 A

3 34,00 A 35,00 A 33,67 A 33,33 A 34,33 AB

4 33,67 A 32,33 A 33,33 A 31,33 A 33,00 AB

5 33,33 A 32,67 A 32,33 A 30,33 A 30,33 B

6 32,67 A 34,33 A 32,67 A 30,33 A 32,00 AB

7 33,33 A 32,00 A 32,67 A 31,00 A 34,33 AB

8 33,00 A 33,67 A 32,33 A 30,67 A 33,67 AB

M 33,88 a 33,88 a 32,79 a 31,96 a 33,25 a

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 2,99

* Teste de Tukey a 5% para camadas, dentro dos tratamentos: 4,47

* Coeficiente de variação para tratamentos: 9,49%

* Coeficiente de variação para camadas: 5,29%

FIGURA 11- valores médios de macroporosidade do solo, sob métodos de adubação e

preparo do solo, sol virgem, em cada camada estudada.

FIGURA 12- valores médios de microporosidade do solo, sob métodos de adubação e

preparo do solo, sol virgem, em cada camada estudada.

TABELA 3- Coeficientes de correlação (r) entre as propriedades físicas a cada camada

estudada.

CAM (m) DEN PT MAC MIC 0,00-0,10 TAS +0,154 -0,292 -0,282 +0,182 0,10-0,20 TAS +0,167 -0,200 -0,192 +0,181 0,20-0,30 TAS -0,575* +0,481 +0,555* -0,514* 0,30-0,40 TAS +0,168 +0,067 +0,016 +0,171 0,40-0,50 TAS -0,263 +0,116 +0,161 -0,299 0,50-0,60 TAS -0,024 -0,133 -0,092 -0,125 0,60-0,70 TAS -0,392 +0,250 0,275 -0,237 0,70-0,80 TAS -0,143 -0,111 +0,108 -0,350 0,00-0,10 DEN -0,732* -0,811* +0,705* 0,10-0,20 DEN -0,863* -0,910* +0,845* 0,20-0,30 DEN -0,886* -0,852* +0,556* 0,30-0,40 DEN -0,809* -0,797* +0,665* 0,40-0,50 DEN -0,842* -0,919* +0,868* 0,50-0,60 DEN -0,907* -0,901* +0,668* 0,60-0,70 DEN -0,839* -0,845* +0,608* 0,70-0,80 DEN -0,891* -0,925* +0,707*

0,00-0,10 PT +0,954* -0,551* 0,10-0,20 PT +0,952* -0,778* 0,20-0,30 PT +0,939* -0,628* 0,30-0,40 PT +0,959* -0,734* 0,40-0,50 PT +0,970* -0,741* 0,50-0,60 PT +0,979* -0,737* 0,60-0,70 PT +0,933* -0,590* 0,70-0,80 PT +0,947* -0,670* 0,00-0,10 MAC -0,768* 0,10-0,20 MAC -0,923* 0,20-0,30 MAC -0,835* 0,30-0,40 MAC -0,885* 0,40-0,50 MAC -0,867* 0,50-0,60 MAC -0,851* 0,60-0,70 MAC -0,836* 0,70-0,80 MAC -0,801* SIMBOLOGIA:

CAM: Camada;

TAS: Teor de água do solo;

DEN: Densidade global do solo;

PT: Porosidade total do solo;

MAC: Macroporosidade do solo;

MIC: Microporosidade do solo;

* : Significativo ao nível de 5%;

(-): Diminui ;

(+): Aumenta.

Houve uma correlação significativa dos valores de densidade global com

porosidade total, macroporosidade e microporosidade dos valores de porosidade total com

macroporosidade e microporosidade; dos valores de macroporosidade com

microporosidade.

Os resultados mostram um estreito relacionamento entre essas propriedades físicas

do solo e são corroborados por REINERT (1982).

Verificou-se no entanto, que o relacionamento entre a densidade global, porosidade

total, macroporosidade e microporosidade, foi diferente dentro dos métodos de preparo e

adubação nas oito camadas estudadas, conforme Figuras 9, 10, 11 e 12.

O teor de água do solo teve o coeficiente de correlação (r) significativo, com

densidade global, macroporosidade e microporosidade, unicamente na camada de 0,20-

0,30m. Por outro lado, densidade global correlacionou-se significativamente com

porosidade total, macroporosidade e microporosidade do solo, sendo que, à medida que

aumentou a densidade global, diminuíram a porosidade total e a macroporosidade e

aumentou a microporosidade do solo. A porosidade total do solo correlacionou-se

signifícativamente com a macroporosidade e a microporosidade solo, sendo que à medida

que aumentou a porosidade total, aumentou a macroporosidade e diminuiu a

microporosidade do solo. A macroporosidade correlacionou-se significativamente com a

microporosidade, sendo que, à medida que uma aumentou, diminuiu o valor da outra.

4.2- Características químicas do solo

4.2.1- pH em água

O Quadro 9 e a Figura 13 apresentam valores médios de pH do solo, nas diversas

camadas estudadas. As amostras foram coletadas imediatamente após a colheita do milho.

Os dados (Quadro 9) quando comparados os cinco tratamentos entre si, revelam não existir

diferenças significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que todos os tratamentos apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, ao longo do perfil, nas camadas

estudadas.

No tratamento l, na camada de 0,00-0,10m, o solo apresentou o maior pH (5,77) e,

na camada de 0,30-0,40m o menor (4,70), sendo que este não diferiu significativamente,

pelo teste de Tukey ao nível de 5%, dos valores de pH médios encontrados nas camadas

de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m, 0,60- 0,70m e 0,70-0,80m.

No tratamento 2, na camada de 0,00-0,10m, encontrou-se o maior va lor de pH

(5,97) e, na camada de 0,70-0,80m o menor (4,90), sendo que este não diferiu

significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5%, dos valores de pH médios

encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0.50-

0,60m e 0,60-0,70m.

No tratamento 3, na camada de 0,00-0,10m foi encontrado o maior valor de pH do

solo (5,83) e, na camada de 0,60-0,70m o menor (4,93). Constatou-se pelo teste de Tukey a

5%, que este maior valor do pH encontrado na camada de 0,00-0,10m, não diferiu

significativamente dos valores médios de pH encontrados nas camadas de 0,10-0,20m e

0,20-0,30m. O menor valor de pH encontrado na camada de 0,60-0,70m, pelo teste de

Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores médios de pH

encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,5-0,60m

e 0,70-0,80m.

No tratamento 4, na camada de 0,00-0,10m foi encontrado o maior valor de pH do

solo (5,43) e, na camada de 0,60-0,70m o menor (4,73). Constatou-se pelo teste de Tukey a

5%, que este maior valor do pH encontrado na camada de 0,00-0,10m, não diferiu

significativamente dos valores médios de pH encontrados nas camadas de 0,10-0,20m,

0,20-0,30m, 0,30-0,40m e 0,40m-0,50m. O menor valor de pH encontrado na camada de

0,60-0,70m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios de pH encontrados nas camadas de 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m e 0,70-

0,80m.

No tratamento 5, na camada de 0,30-0,40m foi encontrado o maior valor de pH do

solo (5,40) e na camada de 0,60-0,70m o menor (4,80). Constatou-se pelo teste de Tukey

ao nível de 5%, que este maior valor do pH encontrado na camada de 0,30-0,40m, não

diferiu significativamente dos valores médios de pH encontrados

nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,40-0.50, 0,50-0,60m e 0,70-

0,80m. O menor valor de pH encontrado na camada de 0,60-0,70m, pelo teste de Tukey ao

nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores médios de pH encontrados nas

camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,40-0,50m e 0,70-0,80m.

O comportamento dos valores médios de pH ao longo do perfil do solo, em cada

tratamento estudado, deveu-se à profundidade de incorporação de calcário e fertilizantes

delineados para cada tratamento, conforme SALINAS et alii (1975) e ERICO et alii

(1980).

4.2.2- Alumínio trocável

O Quadro 10 e a Figura 14 apresentam valores médios de alumínio trocável do solo,

nas diversas camadas estudadas. As amostras foram coletadas imediatamente após a

colheita do milho. Os dados (Quadro 10) quando comparados os cinco tratamentos entre

si, revelam não existir diferenças significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que os tratamentos l, 2, 3 e 4 apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, nas camadas estudadas. O Tratamento

5 não apresentou diferenças significativas ao longo do perfil.

No tratamento l, na camada de 0,30-0,40m, ocorreu o maior teor de alumínio trocável

do solo (0,98) e na camada de 0,00-0,10m o menor (0,04). O menor teor de alumínio

trocável do solo, encontrado na camada de 0,00-0.l0m, não diferiu do teor médio de

alumínio encontrado na camada de 0,10-0,20m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, bem

como o maior teor, encontrado na camada de0,30-0,40m, também não diferiu

significativamente dos teores médios encontrados nas camadas de 0,40-0,50m, 0,50-

0,60m, 0,60-0,70m e 0,70-0,80m.

No tratamento 2, na camada de 0,30-0,40m ocorreu o maior teor de alumínio trocável

do solo (0,91) e na camada de 0,00-0,10m o menor zero. O menor teor de alumínio trocável

do solo, encontrado na camada de 0,00-0.l0m, não diferiu do teor médio de alumínio

encontrado na camada de 0,10-0,20m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, bem como o

maior teor, encontrado na camada de 0,30-0,40m, também não diferiu significativamente

dos teores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,40-0,50m,

0,50-0,60m e 0,70-0,80m.

No, tratamento 3, na camada de 0,60-0,70m ocorreu o maior valor de alumínio

trocável do solo (0,71) e na camada de 0,00-0,10m o menor zero. O menor teor de

alumínio trocável de solo, encontrado na camada de 0,00-0.l0m, não diferiu dos teores

médios de alumínio encontrados nas camadas de 0,20-0,30m e 0,30-0,40m. O

maior teor, encontrado na camada de 0,60-0,70m, também não diferiu significativamente

dos teores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m,

0,50-0,60m e 0,70-0,80m.

No tratamento 4, na camada de 0,40- 0,50m ocorreu o maior valor de alumínio

trocável do solo (0,78) e na camada de 0,00-0,10m o menor (0,19). O menor teor de

alumínio trocável do solo,

QUADRO 9- Valores médios de pH do solo, sob métodos de preparo e adubação do solo,

em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 5,77 A 5,97 A 5,83 A 5,43 A 5,20 AB

2 5,07 B 5,13 B 5,47 AB 5,33 AB 5,27 AB

3 4,77 B 5,00 B 5,40 AB 5,17 ABC 5,37 A

4 4,70 B 5,00 B 5,23 B 5,10 ABC 5,40 A

5 4,77 B 5,93 B 5,03 B 4,93 ABC 5,13 AB

6 4,90 B 5,07 B 5,10 B 4,87 BC 5,07 AB

7 4,90 B 5,03 B 4,93 B 4,73 C 4,80 B

8 4,90 B 4,90 B 5,00 B 5,00 ABC 4,97 AB

M 4,97 a 5,13 a 5,25 a 5,07 a 5,15 a

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 0,46

* Teste de Tukey a 5% para camadas, dentro dos tratamentos:0,56

* Coeficiente de variação para tratamentos: 9,52%

* Coeficiente de variação para camadas: 4,31%

QUADRO 10- Valores médios de alumínio trocável do solo (me/ml), sob métodos de

preparo e adubação, em cada camada estudada

P T1 T2 T3 T4 T5

1 0,04 C 0,00 B 0,00 B 0,19 C 0,37 A

2 0,44 BC 0,43 AB 0,53 A 0,24 BC 0,41 A

3 0,97 A 0,78 A 0,21 AB 0,44 ABC 0,31 A

4 0,98 A 0,91 A 0,39 AB 0,67 ABC 0,28 A

5 0,89 AB 0,85 A 0,61 A 0,78 A 0,57 A

6 0,77 AB 0,67 A 0,67 A 0,73 AB 0,69 A

7 0,69 AB 0,60 A 0,71 A 0,73 AB 0,68 A

8 0,55 AB 0,57 A 0,63 A 0,63 ABC 0,53 A

M 0,67 a 0,60 a 0,47 a 0,55 a 0,48 a

* Teste de Tukey a 5% para tartamentos: 0,38

* Teste de Tukey a 5% para profundidades, dentro dos tratamento0,50

* Coeficiente de variação para tratamentos: 71,50%

* Coeficiente de variação para profundidades: 35,19%

FIGURA 13- valores médios de pH do solo, sob métodos de adubação e preparo do solo,

solo virgem, em cada camada estudada.

FIGURA 14- valores médios de alumínio trocável do solo, sob métodos de adubação e

preparo do solo, solo virgem, em cada camada estudada.

encontrado na camada de 0,00-0,10m, não diferiu dos teores médios de alumínio

encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m e 0,70-0,80m. O maior

teor, encontrado na camada de 0,40-0,50m, também não diferiu significativamente dos

teores médios encontrados nas camadas de 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,50-0,60m, 0,60-

0,70m e 0,70-0,80m.

O comportamento dos valores médios de alumínio trocável ao longo do perfil do

solo, em cada tratamento estudado, deveu-se à profundidade de incorporação de calcário e

fertilizantes delineados para cada tratamento.

4.2.3- Cálcio mais magnésio trocáveis (Ca+Mg)

O Quadro 11 e a Figura 15 apresentam valores médios de Ca+Mg trocáveis do solo,

nas diferentes camadas estudadas. As amostras foram coletadas imediatamente após a

colheita do milho. Os dados (Quadro 11), quando comparados os cinco tratamentos entre

si, revelam não existir diferenças significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que todos os tratamentos apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, nas camadas estudadas.

No tratamento l, na camada de 0,00-0.l0m ocorreu o maior valor de Ca+Mg do

solo (4,31) e nas camadas de 0,60-0,70m e 0,70-0,80m o menor (0,17). O maior valor de

Ca+Mg do solo, encontrado na camada de 0,00-0,10m, pelo teste de Tukey ao nível de

5%, diferiu significativamente dos valores médios encontrados nas demais camadas

estudadas. O menor valor, encontrado nas camada de 0,60-0,70m e 0,70-0,80m, pelo

mesmo teste e ao mesmo nível não diferiu significativamente dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m e 0,50-0,60m.

No tratamento 2, na camada de 0,00-0,10m ocorreu o maior valor de Ca+Mg do

solo (4,39) e na camada de 0,70-0,80m o menor (0,23). O maior valor de Ca+Mg do solo,

encontrado na camada de 0,00-0.l0m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, diferiu

significativamente dos valores médios encontrados nas demais camadas estudadas. O

menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível, não diferiu significativamente dos

valores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m,

0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m, 0,60-0,70m.

No tratamento 3, na camada de 0,00-0,10m ocorreu o maior valor de Ca+Mg do solo

(3,65) e na camada de 0,70-0,80m o menor (0,18). O maior valor de Ca+Mg do solo,

encontrado na camada de 0,00-0,10m, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu

significativamente dos valores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m e 0,20-

0,30m. O menor valor, encontrado na camada de

0,70-0,80m, pelo mesmo teste e ao mesmo nível, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m e 0,60-0,70m.

No tratamento 4, na camada de 0,00-0.l0m ocorreu o maior valor de Ca+Mg de

solo (2,77) e na camada de 0,60-0,70m o menor (0,21). O maior valor de Ca+Mg do solo,

pelo teste de Tukey ao nível de 5% não diferiu significativamente dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m e 0,30-0,40m. O menor valor, pelo

mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0.50-0,60m e

0,70-0,80m.

No tratamento 5, na camada de 0,20-0,30m ocorreu o maior valor de Ca+Kg do

solo (2,5&) e na camada de 0,60-0,70m o menor (0,18). O maior valor de Ca+Mg do solo,

pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significatimente dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,30-0,40m e 0,40-0,50m. O menor

valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu significativamente

dos valores encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m. 0,50-0,60m

e 0,70-0,80m.

O comportamento dos valores médios de Ca+Mg ao longo do perfil do solo, em

cada tratamento estudado, deveu-se à profundidade de incorporação de calcário e

fertilizantes delineadas para cada tratamento.

4.2.4- Matéria orgânica do solo

O Quadro 12 e a Figura 16 apresentam valores médios de matéria orgânica do solo

nas camadas estudadas. Os dados (Quadro 12), quando comparados os cinco tratamentos

entre si, revelam não existir diferenças significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00-0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que todos os tratamentos apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível do 5%, nas camadas estudadas.

No tratamento l, na camada de 0,00-0,10m, ocorreu o maior valor de matéria

orgânica do solo (2,73) e na camada de 0,70-0,80m o menor (1,30). O maior valor de

matéria orgânica do solo, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, diferiu significativamente

dos valores médios encontrados nas demais camadas estudadas. O menor valor, pelo

mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,40-0,50m, 0,50-0,60m e 0,60-0,70m, tendo porém

diferido dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-

0,30m e 0,30-0,40m.

No tratamento 2, na camada de 0.00-0.10m, ocorreu o maior valor de matéria

orgânica do solo (2,47) e na camada de 0,60-0,70m o menor (1,27). O maior valor de

matéria orgânica do solo, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu

significativamente dos va lores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m e

0,20-0,30m. O menor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu

significativamente do valor médio encontrado na camada de 0,70-0,80m, tendo porém

diferido, dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-

0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m e 0,50-0,&0m.

QUADRO 11- Valores médios de Ca+Mg trocáveis do solo (me/l00ml) sob métodos de

preparo e adubação, em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 4,31 A 4,39 A 3,65 A 2,77 A 1,93 ABC

2 2,20 B 1,63 B 2,67 AB 2,41 AB 2,23 AB

3 0,62 BC 0,87 B 2,59 AB 1,69 ABC 2,56 A

4 0,35 C 0,42 B 1,57 BC 0,99 ABC 1,89 ABC

5 0,39 C 0,58 B 1,05 BC 0,80 BC 0,97 ABC

6 0,27 C 0,51 B 0,77 C 0,55 C 0,57 BC

7 0,17 C 0,32 B 0,33 C 0,21 C 0,18 C

8 0,17 C 0,23 B 0,18 C 0,22 C 0,24 C

M 1,06 a 1,12 a 1,60 a 1,20 C 1,32 a

*Teste de tukey a 5% para tratamentos: 1,11

*Teste de Tukey a 5% para camadas, dentro dos tratamentos:1,78

*Coeficiente de variação para tratamentos: 92,79%

*Coeficientes de variação para camadas: 52,20%

QUADRO 12. Valores médios de matéria orgânica do solo (%), sob métodos de preparo e

adubação, em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 2,73 A 2,47 AB 2,30 A 2,30 A 2,30 A

2 2,37 B 2,13 A 2,43 A 2,27 A 2,40 A

3 2,13 BC 2,23 AB 2,20 AB 2,27 A 2,27 A

4 1,83 CD 1,77 BC 1,93 BC 2,03 AB 2,10 AB

5 1,50 E 1,57 CD 1,80 C 1,80 BC 1,83 BC

6 1,53 DE 1,40 D 1,67 C 1,50 CD 1,53 CD

7 1,43 E 1,27 E 1,33 D 1,47 D 1,37 D

8 1,30 E 1,30 E 1,27 D 1,33 D 1,23 D

M 1,85 a 1,77 a 1,87 a 1,87 a 1,88 a

FIGURA 15- Valores médios de Ca+Mg trocáveis, sob métodos de adubação e preparo do

solo, solo virgem, em cada camada estudada.

FIGURA 16- Valores médios de matéria orgânica do solo, sob métodos de adubação e

preparo do solo, solo virgem, em cada camada estudada.

No tratamento 3, na camada de 0,10-0,20m, ocorreu o maior valor de matéria

orgânica do solo (2,43) e na camada de 0,70-0,80m o menor (1,27). O maior valor de

matéria orgânica do solo pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu

significativamente dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,20-

0,30m. O menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu

significativamente do valor médio encontrado na camada de 0,60-0,70m, tendo porém

diferido, dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-

0,30m, 0,40-0,50m e 0,50-0,60m.

No tratamento 4, na camada de 0,00-0,10m, ocorreu o maior valor de matéria

orgânica do solo (2,30) e na camada de 0,70-0,80m o menor (1,33). O maior valor de

matéria orgânica do solo pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu s

significativamente dos valores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m ,20-

0,30m e 0,30-0,40m. O menor valor, não diferiu significativamente dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,50-0,60 e 0,60-0,70m, tendo porém diferido, dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-040m e

0,40-0,50m.

No tratamento 5, na camada de 0,10-0,20m, ocorreu o maior valor de matéria

orgânica do solo (2,40) e na camada de 0,70-0,80m o menor (1,23). O maior valor de

matéria orgânica do solo pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu

significativamente dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,20-

0,30m e 0,30-0,40m. O menor valor, pelo mesmo teste e mesmo nível de significância,

não diferiu significativamente dos valores médios encontrados nas camadas de 0,50-0,60m

e 0,60-0,70 tendo porém diferido, dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-

0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m e 0,40-0,50.

Em função do desenvolvimento e densidade de raízes à profundidades maiores, é

que observou-se os valores médios de matéria orgânica, ao longo do perfil, em cada

tratamento estudado.

2.5- Fósforo assimilável

O Quadro 13 e a Figura 17 apresentam valoreis médios de fósforo assimilável do

solo nas camadas estudadas. Os dados (Quadro 13), quando comparados os cinco

tratamentos entre si, revelam não existir diferenças significativas, pelo teste de Tukey ao

nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que todos os tratamentos, exclusive o 4, apresentaram

diferenças significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, nas camadas estudadas.

No tratamento l, na camada de 0,00-0,10m, ocorreu o maior valor de fósforo

assimilável (13,73) e nas camadas de 0,50-0,60m 0,70-0,80m o menor (0,23). Este teor de

fósforo assimilável, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, diferiu significativamente dos

valores médios encontrados nas demais camadas estudadas. O menor valor, pelo mesmo

teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu significativamente dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m e 0,60-

0,70m.

No tratamento 2, na camada de 0,00-0,l0m, ocorreu o maior valor médio de

fósforo assimilável (8,57) e na camada de 0,70-0,80m o menor (0,20). O maior valor de

fósforo assimilável, diferiu significativamente dos valores médios encontrados nas demais

camadas estudadas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%. O menor valor, pelo mesmo teste

e ao mesmo nível, não diferiu significativamente dos valores médios encontrados nas

camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m 0,50-0,60m e 0,60- 0,70m.

No tratamento 3, na camada de 0,00-0,10m, ocorreu o maior valor de fósforo

assimilável (5,87) e na camada de 0,70-0,80m o menor (0,17). O maior valor de fósforo

assimilável, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m e 0,40-0,50m. O

menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível, não diferiu significativamente dos

valores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-

0,50m, 0,50-0,60m e 0,60-0,70m.

No tratamento 5, na camada de 0,00-0,l0m, ocorreu o maior valor de fósforo

assimilável (6,73) e nas camadas de 0,60-0,70m e 0,70-0,80m o menor (0,20). O maior

valor de fósforo assimilável, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu

significativamente dos valores encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20 - 0,30m e

0,30-0,40m. O menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível, não diferiu

significativamente dos valores médios encontrados nas camadas de 0,20-0,30m, 0,30-

0,40m, 0,40-0,50m e 0,50-0,60m.

O comportamento dos valores médios de fósforo assimilável ao longo do perfil do

solo, em cada tratamento estudado, deveu-se à profundidade de incorporação de calcário e

fertilizantes delineados para cada tratamento.

4.2.6- Potássio trocável

O Quadro 14 e a Figura 18 apresentam valores médios de potássio trocável do solo

nas camadas estudadas. Os dados (Quadro 14), quando comparados os cinco tratamentos

entre si, não apresentam diferenças significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que todos os tratamentos apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, nas camadas estudadas.

No tratamento l, na camada de 0,10-0,20m, ocorreu o maior valor médio de

potássio trocável (30,67) e nas camadas de 0,50-0,60m, 0,60-0,70m e 0,70 e 0,80m o

menor (7,00). O maior valor de potássio trocável, pelo teste do Tukey ao nível de 5%, não

diferiu significativamente do valor médio encontrado na camada de 0,00-0,10m. O

menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível, não diferiu significativamente do valor

médio encontrado na camada de 0,40-0,50m, tendo porém diferido, dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m e 0,30-0,40m.

QUADRO 13- Valores médios de fósforo assimilável do solo (micro grama/ml), sob

métodos de preparo e adubação, em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 13,73 A 8,97 A 5,87 A 4,83 A 6,73 A

2 3,97 B 1,47 B 3,23 AB 4,20 A 6,10 AB

3 0,80 B 1,20 B 1,47 AB 4,07 A 3,00 ABC

4 0,47 B 0,50 B 0,97 AB 1,13 A 2,70 ABC

5 0,33 B 0,37 B 0,43 AB 1,37 A 0,97 BC

6 0,23 B 0,23 B 0,33 B 0,43 A 0,33 C

7 0,37 B 0,23 B 0,23 B 0,30 A 0,20 C

8 0,23 B 0,20 B 0,17 B 0,20 A 0,20 C

M 2,52 a 1,65 a 1,59 a 2,07 a 2,53 a

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 2,34

* Teste de Tukey a 5% para camadas, dentro dos tratamentos:5,52

* Coeficiente de variação para tratamentos: 149,85%

* Coeficiente de variação para camadas: 104,53%

QUADRO 14- Valores médios de potássio trocável do solo (micrograma/ml), sob

métodos de preparo e adubação, em cada camada estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5

1 27,33 A 24,67 A 19,00 AB 24,33 A 24,00 A

2 30,67 A 19,67 AB 22,67 A 20,67 A 25,00 A

3 20,33 B 19,00 AB 19,00 AB 20,00 AB 19,00 AB

4 15,00 BC 15,67 BC 16,00 BC 20,00 AB 17,00 BC

5 09,00 CD 14,00 BCD 11,33 CD 14,33 BC 12,33 CD

6 07,00 D 11,00 CD 09,67 D 12,33 CD 09,67 D

7 07,00 D 08,67 D 10,00 CD 10,00 CD 07,67 D

8 07,00 D 08,33 D 05,67 D 08,00 D 06,67 D

M 15,42 a 15,13 a 14,17 a 16,21 a 15,17 a

* Teste de Tukey a 5% para tratamentos: 5,32

* Teste de Tukey a 5% para camadas, dentro dos tratamentos:6,32

*Coeficiente de variação para tratamentos: 36,83%

*Coeficiente de variação para camadas: 16,27%

FIGURA 17- Valores médios de fósforo assimilável, sob métodos de adubação e preparo

do solo, solo virgem, em cada camada estudada.

FIGURA 18- Valores médios de potássio trocável, sob métodos de adubação e preparo do

solo, solo virgem, em cada camada estudada.

No tratamento 2, na camada de 0,00-0,10m, ocorreu o maior valor médio de

potássio trocável (24,67) e na camada de 0,70-0,80m o menor (8,33). O maior valor de

potássio trocável, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos

valores médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m e 0,20-0,30 m. O menor valor,

pelo mesmo teste e ao mesmo nível, não diferiu significativamente dos valores

encontrados nas camadas de 0,40-0,50m, 0,50-0,60m e 0,60-0,70m, tendo porém

diferido, dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-

0,30m e 0,30-0,40m.

No tratamento 3, na camada de 0,10-0,20m, ocorreu o maior valor de potássio

trocável (22,67) e na camada de 0,70-0,80m o menor (5,67). O maior valor de potássio

trocável, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m e 0,20-0,30m. O menor valor, pelo

mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu significativamente dos valores

encontrados nas camadas de 0,40-0,50m, 0.50-0,60m e 0,60-0,70m, tendo porém diferido,

dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m e

0,30-0,40m.

No tratamento 4, na camada de 0,00-0,10m, ocorreu o maior valor de potássio

trocável (24,33) e na camada de 0,70-0,80m o menor (8.00). O maior valor de potássio

trocável, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m e 0,30-0,40m. O menor valor,

pelo mesmo teste e ao mesmo nível, não diferiu significativamente dos valores

encontrados nas camadas de 0,50-0,60m e 0,60-0,70m, tendo porém diferido, dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m, 0,30-0,40m e

0,40-0,50m.

No tratamento 5, na camada de 0,10-0,20m, ocorreu-o maior valor de potássio

trocável (25,00) e na camada de 0,70-0,80m o menor (6,67). O maior valor de potássio

trocável, pelo teste de Tukey ao n f vê l de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m e 0,20-0,30m. O menor valor, pelo

mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu significativamente dos valores

encontrados nas camadas de 0,40-0,50m. 0,50-0,60m e 0,60-0,70m, tendo porém diferido

dos valores médios encontrados nas camadas de 0,00-0,10m, 0,10-0,20m, 0,20-0,30m e

0,30-0,40m.

O comportamento dos valores médios de potássio trocável, ao longo do perfil do

solo, em cada tratamento estudado, deveu-se à profundidade de incorporação de calcário e

fertilizantes delineadas para cada tratamento.

4.2.7- Saturação de alumínio

O Quadro 15 e a Figura 19 apresentam valores médios de saturação de alumínio nas

camadas estudadas, nos cinco tratamentos, do solo virgem, e calculados pela expressão:

Saturação de alumínio(%)= Al x 100

Al + Ca + Mg + (K/390)

onde:

Al: Alumínio trocável;

Ca + Mg: Cálcio mais magnésio trocáveis;

K: Potássio trocável;

390: Fator usado para a transformação do K em ppm para me/100ml.

Os dados (Quadro 15), apresentam diferenças significativas, entre os tratamentos

estudados e o solo virgem, pelo teste de Tukey ao nível de 5%. A maior média de saturação

de alumínio encontrada foi no solo virgem (73,6) que diferiu significativamente dos

demais tratamentos realizados.

O tratamento l, quando comparado coro os demais tratamentos, apresentou a maior

média de saturação de alumínio (55,8), tendo diferido significativamente pelo teste de

Tukey ao nível de 5%, de todos os tratamentos estudados. O tratamento 2, apresentou

média imediatamente inferior ao l (47,4) e não diferiu significativamente do 4 (40,8). Os

tratamentos 3, 4 e 5, não diferiram significativamente entre si pelo teste de Tukey ao

nível de 5%, apresentando as menores médias de saturação de alumínio, sendo que o

tratamento 3 foi o que apresentou a menor (34,7), sendo se-

guido pelo 5 (36,2) e posteriormente pelo 4 (40,8).

Ao longo do perfil do solo, de 0,00 a 0,80m, analisando cada tratamento

individualmente, observou-se que todos os tratamentos apresentaram diferenças

significativas, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, nas camadas estudadas.

No tratamento l, na camada de 0,60-0,70m, ocorreu o maior valor de saturação de

alumínio (78,4) e na camada de 0.00-0,10m o menor (0,90). O maior valor de saturação de

alumínio, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m e

0,70-0,80m. O menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não

diferiu do valor médio encontrado na camada de 0,10-0,20m.

No tratamento 2, na camada de 0,70-0,80m, ocorreu o maior valor de saturação de

alumínio (69,5) e na camada de 0,00-0,10m o menor zero. O maior valor de saturação de

alumínio, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0-40,50m, 0,50-0,60m e

0,60-0,70m. O menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não

diferiu do valor médio encontrado na camada de 0,10-0,20m, tendo porém diferido, dos

valores médios encontrados nas camadas de 0,20-0,30m, 0,30-0,40m, 0,40-0,50m, 0,50-

0,60m, 0,60-0,70m e 0,70-0,80m.

QUADRO 15- Valores médios da saturação de alumínio (%), sob métodos de

adubação e preparo, nos cinco tratamentos, em cada profundidade estudada.

P T1 T2 T3 T4 T5 S.V.

1 00,9 B 00,0 C 00,0 D 6,3 E 16,7 C 84,4 A

2 16,1 B 20,4 BC 16,3 CD 8,9 DE 15,2 C 35,1 B

3 59,2 A 45,9 AB 17,4 CD 20,2 CDE 10,6 C 84,6 A

4 71,5 A 66,4 A 19,5 CD 39,2 BCD 12,7 C 86,0 A

5 68,5 A 57,8 A 36,1 BC 48,2 ABC 36,3 BC 80,3 A

6 77,7 A 55,4 A 45,6 ABC 55,7 AB 53,5 AB 68,4 A

7 78,4 A 63,8 A 66,4 AB 75,3 A 77,3 A 80,4 A

8 74,3 A 69,5 A 75,9 A 72,4 A 67,1 AB 69,7 A

M 55,8 b 47,4 c 34,7 d 40,8 cd 36,2 d 73,6 a

S.V.: Solo virgem

*Teste de Tukey a 5% para tratamentos; 31,8

*Teste de Tukey a 5% para profundidades, dentro dos tratamentos: 6,9

FIGURA 19- Valores médios de saturação por alumínio, sob métodos de adubação e

preparo do solo, solo virgem, em cada camada estudada.

No tratamento 3, na camada de 0,70-0,80m, ocorreu o maior valor de saturação de

alumínio (75,9) e na camada de 0,00-0,10m o menor zero. O maior valor de saturação de

alumínio, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,50-0,60m e 0,60-0,70m. O menor valor, pelo

mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0,30m e 0.30-0,40ro. tendo porém diferido

dos valores médios encontrados nas camadas de 0,40-0,50m, 0,50-0,60m, 0,60-0.70m e

0,70-0,80m.

No tratamento 4, na camada de 0,60-0,70m, ocorreu o maior valor de saturação de

alumínio (75,3) e na camada de 0,00-0,10m a menor (6,30). O maior valor de saturação de

alumínio, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,40-0,50m, 0,50-0,60m e 0,70-0,80m. O menor

valor, pelo mesmo teste e ao mesmo nível de significância, não diferiu dos valores médios

encontrados nas camadas de 0,10-0,20m e 0,20-0,30m, tendo porém diferido dos valores

médios encontrados nas camadas de 0,30-0,40m, 0.40-0,50m, 0,50-0,60m, 0,60-0,70m e

0,70-0,80m.

No tratamento 5, na camada de 0,60-0,70m, ocorreu o maior valor de saturação de

alumínio (77,3) e na camada de 0,20-0,30m o menor (10,6). O maior valor, pelo teste de

Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores médios encontrados nas

camadas de 0,50-0,60m e 0,70-0,80m. O menor valor, pelo mesmo teste e ao mesmo

nível, não diferiu dos valores médios encontrados nas camadas de 0,50-0,60m, 0,60-0,70m

e 0,70-0,80m.

No solo virgem, na camada de 0,30-0,40m, ocorreu o maior valor de saturação de

alumínio (86,0) e na camada de 0,10-0,20m o menor (35,1). O maior valor da saturação de

alumínio, pelo teste de Tukey ao nível de 5%, não diferiu significativamente dos valores

médios encontrados nas camadas de 0.00-0,10m, 0,20-0,30m, 0,40-0,50m, 0,50-0,60m,

0,60-0,70m e 0,70-0,80m, tendo porém diferido do menor valor, encontrado na camada de

0,10-0,20m.

Ao serem comparados os resultados encontrados ao longo do perfil do solo, nos

cinco tratamentos e no solo virgem, tendo sido o solo virgem tomado como referencial,

constatou-se que, dependendo do procedimento adotado em cada tratamento, a saturação

de alumínio foi reduzida proporcionalmente às dosagens, tendo os tratamentos 3, 4 e 5

evidenciado os efeitos da dosagem e da profundidade de incorporação na redução da

saturação de alumínio.

4.2.8- Relações entre pH em égua, alumínio trocável, Ca+Mg trocáveis, matéria

orgânica do solo, fósforo assimilável e potássio trocável.

As correlações entre pH, alumínio trocável, Ca+Mg, matéria orgânica, fósforo e

potássio são apresentadas na Tabela 4. Houve correlação significativa entre os valores

médios de pH em água com alumínio trocável até a camada de 0,50-0,60m, sendo que à

medida que aumentou o pH diminuiu o alumínio trocável e více-versa; entre pH em água e

o Ca+Mg trocáveis até a camada de 0,50-0,60m, sendo que à medida que aumentou o pH

aumentou o Ca+Mg e vice-versa; entre o alumínio trocável e o Ca+Mg até a camada de

0,50-0,60m, sendo que à medida que aumentou o Ca+Mg diminuiu o alumínio trocável e

entre o alumínio trocável e o fósforo assimilável nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-

0,30m, 0,30-0,40m e 0,50-0,60m, sendo que, nestas camadas, à medida que aumentou o

fósforo assimilável diminuiu o alumínio trocável.

Resultados semelhantes, ao longo do perfil do solo, foram encontrados por

GARCIA (1981) e por REINERT (1982) trabalhando em Latossolo Vermelho-Escuro, até a

profundidade de 0,30m.

Os valores médios de pH em água e o teor de matéria orgânica do solo,

apresentaram correlações significativas nas camadas de 0,30-0,40m e 0,40-0,50m,

observando-se que à medida em que aumentou a matéria orgânica também aumentou o pH.

Os valores médios de pH em água e do fósforo assimilável apresentaram

correlações significativas nas camadas de 0,20-0,30m e 0,30-0,40m, sendo que, à medida

em que aumentou o teor de fósforo aumentou o valor do pH.

As correlações entre, os valores médios de pH em água com os teores médios de

potássio trocável e entre teores médios de alumínio trocável com os teores médios de

potássio trocáve l, não foram significativas.

TABELA 4- Coeficientes de correlação (r) entre as propriedades químicas a cada camada

estudada

CAM (m) Al CaMg MO FOSF K 0,00-0,10 pH -0,783* +0,951* +0,340 +0,211 +0,065 0,10-0,20 pH -0,894* +0,941* +0,075 +0,500 -0,069 0,20-0,30 pH -0,949* +0,913* +0,045 +0,566* -0,085 0,30-0,40 pH -0,900* +0,853* +0,550* +0,625* +0,280 0,40-0,50 pH -0,849* +0,786* +0,550* +0,249 +0,394 0,50-0,60 pH -0,708* +0,513* -0,088 +0,464 +0,340 0,60-0,70 pH -0,365 +0,194 +0,069 +0,302 +0,116 0,70-0,80 pH +0,303 -0,044 +0,350 -0,519* +0,216 0,00-0,10 Al -0,787* +0,299 -0,451 -0,067 0,10-0,20 Al -0,897* +0,117 -0,532 -0,022 0,20-0,30 Al -0,874* +0,076 -0,653* -0,014 0,30-0,40 Al -0,929* -0,640* -0,683* -0,277 0,40-0,50 Al -0,803* -0,462 -0,249 -0,214 0,50-0,60 Al -0,556* -0,005 -0,580* -0,294 0,60-0,70 Al -0,166 +0,594* +0,124 +0,018 0,70-0,80 Al -0,084 +0,172 -0,443 +0,387 0,00-0,10 CaMg +0,527* +0,352 +0,201 0,10-0,20 CaMg +0,188 +0,633* +0,133 0,20-0,30 CaMg -0,016 +0,579* -0,035 0,30-0,40 CaMg +0,672* +0,752* +0,373

0,40-0,50 CaMg +0,708* +0,366 +0,409 0,50-0,60 CaMg +0,117 +0,601* +0,561* 0,60-0,70 CaMg -0,266 0,000 +0,753* 0,70-0,80 CaMg +0,006 +0,155 +0,262 0,00-0,10 MO +0,676* +0,712* 0,10-0,20 MO +0,278 +0,273 0,20-0,30 MO +0,149 +0,428 0,30-0,40 MO +0,620* +0,452 0,40-0,50 MO +0,263 +0,264 0,50-0,60 MO +0,152 -0,401 0,60-0,70 MO +0,366 -0,025 0,70-0,80 MO -0,191 +0,507* 0,00-0,10 FOSF +0,698* 0,10-0,20 FOSF +0,289 0,20-0,30 FOSF +0,312 0,30-0,40 FOSF +0,158 0,40-0,50 FOSF +0,379 0,50-0,60 FOSF +0,519* 0,60-0,70 FOSF +,0160 0,70-0,80 FOSF 0,000

SIMBOLOGIA ;

CAM (m); Camada (m); FOSF: Fósforo assimilável; pH: pH do solo; K: Potássio trocável;

Al: Alumínio trocável do solo; *: significativo ao nível de 5%; CaMg: Ca+Mg trocáveis;

M O: matéria orgânica: (+); aumenta; (-) diminui.

Corelações positivas entre os teores médios de Ca+Mg e os valores médios de

matéria orgânica, ocorreram nas camadas de 0,00-0,10m, 0,30-0,40m e 0,40-0,50m.

Nas camadas de 0,10-0,20m, 0,20-0.30m, 0,30-0,40m e 0,50-0,60m houve

correlação significativa entre os valores médios de Ca+Mg e os valores médios de fósforo

assimilável e, nas camadas de 0,50-0,60m os valores médios de Ca+Mg apresentaram

correlação significativa com os valores médios de potássio trocável. Em ambos os casos, à

medida que o Ca+Mg aumentou, também aumentaram os valores de fósforo assimilável e

de potássio trocável.

Os valores médios de matéria orgânica dó solo, apresentaram correlações

significativas com os valores médios de fósforo assimilável e de potássio trocável, nas

camadas de 0,00-0,10m e 0,30-0,40m no primeiro caso, e no segundo, de 0,00-0,10m,

sendo que nos dois casos, à medida que aumentou o valor médio de um, também

aumentou o do outro.

Correlação significativa dos valores médios de fósforo assimilável com potássio

trocável, ocorreram nas camadas de 0,00-0,10m e 0,50-0,60m, sendo que à medida que

os valores médios de fósforo aumentaram também aumentaram os valores médios de

potássio.

4.3- Produção de grãos

A análise dos valores apresentados no Quadro 16 e na Figura 20, referentes à

produção de grãos por hectare, não apresentam diferenças significativas pelo Teste de

Tukey ao nível de 5%, quando comparados todos os tratamentos entre si. Porém, se

analisarmos as médias de produção de grãos por hectare, é possível fazer projeções que dão

algumas tendências dentro do contexto geral de uma propriedade agrícola aplicando-se os

valores de produção obtidos.

Se tomarmos a produção de 5558 Kg/ha do tratamento l (uma aração e duas

gradagens) como a máxima (100%), por ser o convencional nos cerrados, veremos que nos

demais tratamentos houve os seguintes acréscimos:

- Tratamento 2: + 4,98%;

- Tratamento 3: +15,01%;

- Tratamento 4: +16,27%;

- Tratamento 5: + 3,30%.

Embora sem se levar em conta a relação custo/benefício, considera-se que estes

acréscimos de produção obtidos não podem ser desprezados, recomendando uma análise

mais aprofundada pela importância que o assunto assume a n f vê l de propriedades

agrícolas.

QUADRO 16- Produção média de grãos de milho, em cada tratamento, corrigida a 13% de

umidade.

Produção (kg/ha)

Tratamento 1 5558

Tratamento 2 5835

Tratamento 3 6392

Tratamento 4 6462

Tratamento 5 5741

FIGURA 20- Produção média de grãos de milho, em cada tratamento, corrigida a 13% de

umidade.

5- CONCLUSÕES

Nas condições em que o trabalho foi desenvolvido, a análise dos resultados obtidos

levou às seguintes conclusões:

- Os métodos de adubaçao e preparo estudados não produziram efeitos significativos no

teor de água do solo;

- Em relação à densidade global e à porosidade total do solo, o tratamento 4 foi o que

apresentou condições mais favoráveis ao desenvolvimento radicular das plantas;

- Os métodos de adubação e preparo, quando comparados entre si, não produziram efeitos

significativos na macroporosidade, microporosidade, pH, alumínio trocável, Ca+Mg,

matér ia orgânica, fósforo assimilável e potássio trocável do solo;

- Em relação à saturação de alumínio, os métodos de preparo e adubação, quando

comparados entre si, apresentaram diferenças significativas, sendo que, os tratamentos 3,

4 e 5, na média das oito camadas estudadas, foram os que melhor reduziram a saturação de

alumínio;

- A saturação de alumínio ao longo do perfil do solo, em cada tratamento, foi reduzida

para menos de 20% a saber:

a) No tratamento l até a profundidade de 0,20m;

b) No tratamento 2 até a profundidade de 0,20m;

c) No tratamento 3 até a profundidade de 0,40m;

d) No tratamento 4 até a profundidade de 0,30m;

e) No tratamento 5 até a profundidade de 0,40m;

- Os tratamentos produziram diferenças significativas na produção de milho.

6- RECOMENDAÇÕES

- Seja repetido o presente trabalho, no mínimo por quatro anos, a fim de que seja possível

avaliar os efeitos dos diversos tratamentos, nas propriedades físicas e químicas do solo;

- Paralelamente à recomendação supra citada, seja realizado um estudo da relação

custo/benefício, ano a ano e também ao longo dos anos;

- Seja desenvolvido um estudo sobre desenvolvimento radicular em cada tratamento;

- Sejam realizados estudos comparativos, ao longo do perfil do solo, entre as camadas nos

diversos tratamentos para as variáveis estudadas.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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