Álcool, crack e outras drogas: prevenção e tratamentoweb.unifoa.edu.br/cadernos/especiais/abead/i...
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Centro Universitário de Volta Redonda - Ano VII - Edição Especial - Maio/2012
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I Seminário Regional da ABEAD
Álcool, Crack e outras Drogas:Prevenção e Tratamento
CADERNOS UniFOACENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
I SEmINÁRIO AbEAD
ISSN 1809-9475
CADERNOS UniFOACENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA
FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA
I SEmINÁRIO AbEAD
Edição Especial - maio/2012
FOA
EXPEDIENTE
CapaÉrica Patrícia
EditoraçãoLaert dos Santos / Caio Rossatto / Henrique Rossatto
Comitê EditorialAgamêmnom Rocha de Souza
Rosana Aparecida Ravaglia SoaresSérgio Elias Vieira Cury
Conselho EditorialAline Andrade Pereira
Carlos Alberto Sanches PereiraCarlos Roberto Xavier
Denise Celeste Godoy de Andrade RodriguesÉlcio Nogueira
Fernanda Augusta Oliveira MeloJúlio César de Almeida Nobre
Pablo Gimenez SerranoMargareth Lopes Galvão SaronMauro César Tavares de Souza
Vitor Barletta Machado
Revisão de textos
Língua PortuguesaClaudia Maria Gil Silva
Maricinéia Pereira Meireles da Silva
Língua InglesaMaria Amália Sarmento Rocha de Carvalho
Conselho Editorial ad hoc
Claudinei dos SantosDoutor em Engenharia de Materiais - Escola de Engenharia de
Lorena - Universidade de São Paulo - EEL/USP
Diamar Costa PintoDoutor em Biologia Parasitária - Fundação Oswaldo Cruz
Fabio Aguiar AlvesDoutor em Biologia Celular e Molecular
Universidade Federal Fluminense
Igor José de Renó MachadoDoutor em Ciências Sociais - Universidade Estadual de Campinas
- Professor do Departamento de Antropologia - UFSCAR
Maria José Panichi VieiraDoutora em Engenharia Metalúrgica pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro
Ruthberg dos SantosDoutor em Administração pela Universidade de São Paulo
Douglas Mansur da SilvaDoutor em Antropologia Social – Universidade Federal de Viçosa
FOAPresidente
Dauro Peixoto Aragão
Vice-PresidenteJairo Conde Jogaib
Diretor Administrativo - FinanceiroIram Natividade Pinto
Diretor de Relações InstitucionaisJosé Tarcísio Cavaliere
Superintendente ExecutivoEduardo Guimarães Prado
Superintendência GeralJosé Ivo de Souza
UniFOAReitor
Alexandre Fernandes Habibe
Pró-reitora AcadêmicaCláudia Yamada Utagawa
Pró-reitora de Pós-Graduação,Pesquisa e Extensão
Daniella Regina Mulinari
Cadernos UniFOAEditora Executiva
Flávia Lages de Castro
Editora CientíficaDaniella Regina Mulinari
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REALIZAÇÃO
Associação Brasileira Estudo de Álcool e Drogas - ABEAD
Instituto de Desenvolvimento, Estudos, Ações e Implementações Sociais – IDEAIS
FOA- Centro Universitário de Volta Redonda UniFOA;
Prefeitura Municipal de Volta Redonda;
PARCEIROS NA AÇÃO
FIA- Fundação para a Infância e Adolescência do Estado do Rio de Janeiro;
Câmara Municipal de Volta Redonda;
Secretaria Municipal de Saúde;
Secretaria Municipal de Ação Comunitária de Volta Redonda – SMAC;
Companhia Siderúrgica Nacional-CSN.
COmISSÃO CIENTÍFICA
Selene Franco Barreto-Associação Brasileira de Estudo de Álcool e Drogas – ABEAD
Luiz Guilherme da Rocha Pinto- Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Drogas- ABEAD
Selma Elisa Tavares- Instituto de Desenvolvimento, Estudos, Ações e Implementações Sociais – IDEAIS
Alessandra dos Santos Francisco- Centro Universitário de Volta Redonda UniFOA;
Rosane Marques de Carvalho- Prefeitura Municipal de Volta Redonda
FICHA CATALOGRÁFICABibliotecária Gabriela Leite Ferreira - CRB 7/RJ - 5521
C122 Cadernos UniFOA : Edição especial : I seminário ABEAD / Centro Universitário de Volta Redonda. – ano VII, (maio 2012). – Volta Redonda : FOA, 2012.
ISSN 1809-9475
1. Ciências da saúde – Periódicos. 2. Dependênciaquímica – Prevenção e tratamento – Periódicos. I. FundaçãoOswaldo Aranha. II. Título.
CDD – 050
Centro Universitário de Volta Redonda - UniFOA
Campus Três Poços
Av. Paulo Erlei Alves Abrantes, nº 1325Três Poços, Volta Redonda /RJ
CEP 27240-560Tel.: (24) 3340-8400 - FAX: 3340-8404
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Versão On-line da Revista Cadernos UniFOAhttp://www.unifoa.edu.br/cadernos
SUmÁRIO
Adolescência: Fatores de risco e Prevenção ao uso prejudicial de Drogas .......................................................................11
Desmedicalização e subjetivação do sofrimento: uma estratégia de redução de danos ....................................................12
Destituição versus Drogadição ..........................................................................................................................................13
Epidemiologia Das Neoplasias Malignas De Fígado E Vias Biliares Intra – Hepáticas ...................................................14
Medicalização da Vida: Um estudo sobre o uso de medicamentos psicofármacos em uma Unidade de Saúde Mental do município de Volta Redonda ..............................................................................................................................................15
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) como fator de proteção ...............................................................16
O dependente do dependente – Dependência Química dos pais, Acolhimento Institucional dos filhos: as relações possí-veis. ....................................................................................................................................................................................17
O papel da escola na prevenção do uso indevido de drogas ..............................................................................................18
Padrões de consumo de álcool entre pessoas em situação de rua ......................................................................................19
Quando o acordar é mais que abrir os olhos e o sucesso do tratamento muito mais que ausência de recaídas: frustração e adoecimento profissional no trato com o dependente químico ..........................................................................................20
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ADOLESCÊNCIA: FATORES DE RISCO E PREVENÇÃO AO USO PREJUDICIAL DE DROGAS
Autora: Alana de Paula MachadoOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
Este artigo busca discutir a temática da “Adolescência: Fatores de risco e Prevenção ao uso prejudicial de Drogas”, e o interesse por este tema surgiu mediante a atuação como Assistente Social 1 na esfera pública e privada e resultou na necessidade de avaliar ações de caráter preventivo, que vão para além do uso de Drogas propriamente dito, mas que englobam várias áreas que devem ser discutidas como: DSTs-AIDS, gravidez na adolescência, trabalho, escola, família, grupos, sexo, amizade, entre outros temas que fazem parte do universo do adolescente. Pretende-se, neste artigo, identificar maneiras atrativas e eficazes de tra-balhar com os Adolescentes e relacioná-las com o meio ambiente do adolescente adicto ou não-adicto, ou seja, o contexto socioeconômico no qual este jovem está inserido, valorizando seus desejos e perspectivas de vida, e com isso, pensar em estratégias de reinserção social. Assim, reduziria a probabilidade do uso pre-judicial de Álcool e outras Drogas pelos adolescentes em geral, e isto pode ser feito através de um espaço de discussão aberta de cunho terapêutico para os adolescentes, com o foco principal na questão de prevenção das drogas e demais temas que possam surgir nos encontros. Para concretizar as ações almejadas, recorreu--se a vários autores, entre eles: Macedo (2004), Becker (1994), Abramovay (2002), Meyer (2004), Abrapia (1997) e Brasil (2006), através de uma pesquisa bibliográfica descritiva qualitativa e apropriação de dados quantitativos de um projeto realizado em uma Escola no ano de 2011.
Palavras-chave: Prevenção; drogas; [email protected]
1 Ambulatório de Saúde Mental localizado no município de Porto Real-RJ (2010-atual), CAPS-Ad (2010-2011)- e Colégio Verbo Divino (2008-2009), ambos no Município de Barra Mansa-RJ e Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) no Atendimento de Pessoas em Situação de Rua Adulta e Migrantes (CREPOP) no município de Resende-RJ. (2011-atual).
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DDESmEDICALIZAÇÃO E SUbJETIVAÇÃO DO SOFRImENTO:
UmA ESTRATÉGIA DE REDUÇÃO DE DANOS
Autora: Vânia Lucia da C. JaymeOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
Atualmente, observamos a medicalização como um fenômeno que vem se tornando alvo de preocupação em termos de saude pública, nao só no Brasil, como também, em diversos países do mundo. Tratar proble-mas de comportamento, problemas da vida cotidiana em geral, como doença, transtorno, ou seja, dentro de uma lógica médica tornou-se prática comum. Com isso, o questionamento a respeito do assunto por diversos autores vem ganhando corpo. O presente artigo tem por finalidade contribuir com a discussão sobre o tema e, propor o uso racional dos psicofármacos como estratégia de redução de danos. Tal discus-são será realizada através de uma revisão bibliográfica das contribuições de autores como Freud (1930), Birman (2000), Ivan Illich (1975), dentre outros. O fenômeno da medicalização parece refletir a ideologia de que todo sofrimento psíquico deva ser abordado dentro do modelo médico, bem como contextualiza-se numa contemporaneidade que, produzindo novas formas de subjetivação, lida com o sofrimento psíquico de forma a buscar excluí-lo da experiência humana por não reconhecê-lo como inerente e necessário a esta. Observamos, como resultado de tal prática, um aumento do quadro de somatizações, além do próprio esva-ziamento das subjetivadades no mundo contemporâneo.
Palavras-chave: Medicalização, psicofármacos, contemporaneidade. [email protected]
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DESTITUIÇÃO VERSUS DROGADIÇÃO
Aluna: Daniele Almeida OliveiraOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
De acordo com o Código Civil, o Poder Familiar pode ser exercido em igualdade de condições pelo pai e pela mãe. Aos pais cabe o dever de sustento, guarda e educação dos fi lhos menores. Os fi lhos estão su-jeitos ao Poder Familiar até os dezoito anos de idade. A destituição e a suspensão do Poder Familiar são decretadas judicialmente, em procedimento contraditório. Este trabalho tem por objetivo estudar a relação estabelecida entre destituição do Poder Familiar e drogadição partindo da hipótese de que muitos pais des-tituídos sejam dependentes químicos. Para concretizar o objetivo proposto serão analisadas ações judiciais de destituição do Poder Familiar que tramitaram na Vara da Infância e Juventude da Comarca de Cruzeiro/SP, no ano de 2011, e que culminaram no encaminhamento de crianças a pretendentes à adoção inscritos no Cadastro Nacional de Adoção. Para enriquecer este trabalho serão apontadas discussões sobre destituição, utilizando-se as considerações da autora Fávero (2001) e drogadição, tema explorado pelos autores Bucher (1992), Dias (2001) e Fiore (2007). A consulta aos processos judiciais e estudo do referencial teórico possi-bilitará apreender a interface entre a condição de vida do indivíduo, a dependência química e a destituição do poder familiar.
Palavras-chave: Poder familiar, destituição e drogadiçã[email protected]
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DEPIDEmIOLOGIA DAS NEOPLASIAS mALIGNAS DE
FÍGADO E VIAS bILIARES INTRA – HEPÁTICAS
BAYLÃO, A. G. P. do, CARDOSO, M. D. T., JUNQUEIRA, R. M. & PACHECO, S. J. B.
Este trabalho é um estudo epidemiológico das Neoplasias Malignas de Fígado e Vias Biliares Intra – Hepá-ticas, que tem por objetivos não somente contribuir numa melhor elucidação e ampliação do conhecimento clínico da etiopatogenia das Neoplasias Hepáticas Malignas, que possuem como espectro de maior rele-vância clínica o Hepatocarcinoma Celular ( CHC ), que ao coletar – se os dados de mortalidade pelo CHC do Sistema Nacional de Informações sobre Mortalidade ( SIM/ DATASUS ) constatou – se uma elevada prevalência de CHC em algumas regiões do Brasil, sobretudo a Região Sul, isso devido a uma associação de fatores ambientais, sociais e genéticos ( Histórico Familiar de Neoplasias ), porém os fatores de maior relevância clínica a indução de desenvolvimento neoplásico são o alcoolismo, as Infecções por VHB/ VHC caracterizando as Hepatites Virais, as intoxicações sejam por metais pesados ou principalmente por Aflato-xinas sintetizadas pelo fungo Aspergillus flavus e as Causas Farmacológicas ( Hepatites Medicamentosas ).
Palavras – Chave: Hepatocarcinoma Celular ( CHC ), Neoplasias, VHB/ VHC, Aflatoxinas. [email protected]
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mEDICALIZAÇÃO DA VIDA: Um ESTUDO SObRE O USO DE mEDICAmENTOS PSICOFÁRmACOS Em UmA UNIDADE DE
SAÚDE mENTAL DO mUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA
Autora: Lauriane Martins SantanaOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
O aumento no consumo de medicamentos é um fenômeno contemporâneo que vem ga-nhando destaque no cotidiano de pessoas de todo o mundo. O uso indiscriminado nos alerta para um tempo em que a medicalização é percebida como solução para problemas de ordem emocional, social e econômica. Há uma idéia fortemente difundida que credita ao medicamento a resolução de conflitos inerentes ao ser humano. Discutiremos neste tra-balho, especialmente sobre o uso dos psicofármacos mais conhecidos como, antidepressi-vos, ansiolíticos, estabilizadores de humor, neurolépticos. Alguns estudiosos (CAPONI, VERDI, BRZOZOWSKI, HELLMANN, 2011) abordam o tema “medicalização da vida” propondo reflexões sobre as indústrias farmacêuticas, Estado, saúde da população e a incorporação do patológico em questões fundamentalmente existenciais. A pesquisa tem como objetivo analisar os aspectos centrais de utilização de psicofármacos em usuários atendidos na Unidade de Saúde Mental Espaço de Cuidado em Saúde, através de estudo de dados quantitativos e qualitativos em prontuários dos usuários, buscando compreender a função ou suporte que estes medicamentos estão cumprindo em suas vidas. A partir disso, serão avaliados os diferentes modos de subjetivação da realidade articulando-se ao contexto de medicalização da vida. Não se pretende desconsiderar a importância dos medicamentos e os benefícios que podem oferecer às pessoas, mas ressaltar sobre o uso indiscriminado e privilegiar seu uso racional. Uma prática profissional implicada em compreender esse fenômeno complexo é um fator fundamental para amenizar os riscos do uso indiscriminado de psicofármacos, situação que além de gerar uma grande despesa aos cofres públicos e produzir uma demanda de grandes proporções, em contraponto, poderia melhorar a qualidade de vida das pessoas, pois os investimentos gastos em me-dicamentos poderiam ser aplicados em políticas públicas de saúde, educação, assistência social dentre outras.
Palavras-chave: Medicalização da Vida, aspectos centrais de utilização dos psicofármacos, uso racional de [email protected]
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DO CENTRO DE REFERÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
(CRAS) COmO FATOR DE PROTEÇÃO
Autora: Danielle Figueredo MarquesOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
Entendemos por fatores de proteção toda ação realizada com fins de prevenir situações de risco. Dentre as políticas de atendimento da rede sócio assistencial temos o Centro de Referencia de Assistência Social (CRAS), equipamento específico da Proteção Social Básica que tem como prioridade o atendimento à família, espaço em que encontramos uma gama de serviços a serem desenvolvidos e de onde surgem as mais diversas situações. O presente trabalho tem por objetivo compreender e valorizar esses espaços já citados como potenciais fatores de proteção. O destaque dado à família e no desenvolvimento de suas po-tencialidades visando à superação de suas dificuldades se constitui por instrumento protetivo. Ainda sobre a proteção, considera-se de suma importância, neste artigo, ressaltar a prevenção ao uso de drogas. Para tanto, pretende-se utilizar como modelo para nossa fundamentação teórica, para tais intervenções, o modelo da resiliência. Nesse sentido, definiu-se como objetivo central, analisar os benefícios proporcionados ao processo de desenvolvimento do indivíduo. Esta pesquisa bibliográfica descritiva, de cunho qualitativo, será desenvolvida a partir da discussão de diversos autores que já abordaram o tema em questão, dentre eles cabe citar, L Miranda (2009), Yunes (2003), Murta (2009) “Revista Eletrônica de Psicologia e Políticas Públicas”. Acerca da vivência relacionada, entendemos que prática abordada possa contribuir na formação geral dos indivíduos.
Palavras-chave: CRAS, família, proteçã[email protected]
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O DEPENDENTE DO DEPENDENTE – DEPENDÊNCIA QUÍmICA DOS PAIS, ACOLHImENTO INSTITUCIONAL
DOS FILHOS: AS RELAÇÕES POSSÍVEIS.
Autora: Talita Mara Maia TavaresOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
As audiências concentradas que ocorrem semestralmente configuram-se como um momento essencial na vida de crianças que vivem em medida protetiva de acolhimento institucional, suas famílias, juízes, pro-motores e as equipes técnicas envolvidas no processo de proteção e garantia de direitos dessas pessoas que nesse momento estão tendo toda sua situação de rompimento de vínculos familiares revista. As referidas audiências ocorridas no município de Resende, interior do Rio de Janeiro, no ano de 2011 foram caracte-rizadas por uma circulação preocupante de familiares dessas crianças que, ao serem indagados pela Juíza e pela Promotora, confirmavam que o motivo presumido da negligência e do abandono que justificava o acolhimento institucional de seus filhos era sua própria dependência química. Este artigo tem por objetivo desdobrar as relações possíveis entre o dependente químico e seus dependentes, ou seja, seus filhos, no Programa de Acolhimento Institucional Nossa Casa (PAINC), no município de Resende/RJ. Como recurso metodológico, avalia-se que a pesquisa quantiqualitativa é capaz de favorecer o debate uma vez que os da-dos quantitativos podem subsidiar a análise qualitativa. Dessa maneira, serão apresentados gráficos com os dados quantitativos obtidos através da pesquisa de campo neste programa, mostrando o número de crianças acolhidas; os motivos do acolhimento; o número de crianças acolhidas por motivo da dependência química de seus pais; a principal substância química de uso dos pais das crianças acolhidas; e por fim, o desfecho da situação de acolhimento. Todos os dados, quantitativos e qualitativos serão analisados à luz do debate teórico. Documentos técnicos como Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Normativas do Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), Política Nacional Sobre Drogas entre ou-tras bibliografias auxiliarão no desdobramento das possíveis relações existentes entre dependência química dos pais e acolhimento institucional dos filhos.
Palavras-chave: Dependência química, acolhimento institucional, crianças, medida [email protected]
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DO PAPEL DA ESCOLA NA PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO DE DROGAS
Autora: Aline DelgadoOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
Cada dia mais as políticas de assistência às crianças, adolescentes e jovens vêm se confrontando com o agravamento da situação de risco na qual essa população se encontra em todo o país. Esta realidade vem ocasionando dificuldades na frequência e no aproveitamento escolar, nas condições de saúde e nas rela-ções afetivas dos jovens, sua família e o mundo, tendo como consequência a exposição a um circuito de sociabilidade marcado pela violência, pelo uso de drogas e pelos conflitos com a lei. (CASTRO; ROSA, 2010). Muitos autores discorrem que a construção de identidade nesta fase transcende a questão das crises e rupturas, aparecendo como um momento de vulnerabilidade e fragilidade em relação ao social. Diante deste fato, faz-se necessário estarmos muito atentos aos fatores de risco e proteção dos adolescentes em relação ao uso indevido de drogas, não apenas na família, mas também no interior da escola, a qual aparece com lugar de destaque enquanto fator de formação e de socialização dos adolescentes. Neste sentido, o presente trabalho tem por objetivo discutir sobre o papel da escola na prevenção do uso indevido de drogas e identificar qual o papel e o lugar ocupado pela escola e pelos adolescentes como atores e/ou vítimas. Para explorar o tema proposto, será utilizada a metodologia de abordagem bibliográfica, de caráter exploratório, que segundo Minayo (1994) é a fase mais importante para construção do projeto de pesquisa. Faremos um levantamento bibliográfico através de livros, revistas, e materiais eletrônicos buscando a opinião de vários autores que priorizam estudos e pesquisas sobre a questão. Pensando numa abordagem mais ampla, não aquela que apenas atribui à família as responsabilidades por suas demandas, mas toda uma rede de proteção social, trabalhamos com a hipótese de que a escola é um grande fator de proteção e prevenção ao uso de drogas por adolescentes.
Palavras-chave: Adolescentes, escola, [email protected]
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PADRÕES DE CONSUmO DE ÁLCOOL ENTRE PESSOAS Em SITUAÇÃO DE RUA
Autor: Thiago G. GrangeiroOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
Sabemos que a extrema pobreza, a dificuldade no acesso às políticas de trabalho, habitação, educação, saúde e demais serviços constituem-se como entraves à qualidade de vida das pessoas em situação de rua. Nesse recorte também encontramos a presença constante do consumo e oferta de substâncias psicoativas como o álcool no contexto das pessoas em situação de rua. Muitos autores reconhecem a importância do álcool nas estratégias de adaptação da população em situação de rua. Entretanto, estudos consolidados revelam os prejuízos associados ao consumo abusivo de álcool. Este estudo tem por objetivo investigar os padrões de consumo de álcool entre pessoas em situação de rua e promover debate sobre sua importância no contexto dessa população e os prejuízos associados a esse consumo. Para tal, entrevistaremos pessoas em situação de rua, usuárias de álcool atendidas no Centro de Referência Especializado de Assistência So-cial (CREAS) para população em situação de rua, no município de Resende-RJ. Esta pesquisa de campo, de cunho qualitativo, será desenvolvida a partir da análise dos dados colhidos em campo e discussão com estudos promovidos por diversas instituições como Secretaria Nacional de Políticas sobre Álcool e outras Drogas (2007), Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (2007), Ministério do Desenvolvi-mento Social e Combate à Fome (2007) e autores que já abordaram o tema em questão, dentre eles Varanda (2009) e Muñoz (1995). Entende-se que assim como o uso abusivo de álcool pode ser fator determinante no processo de ida para as ruas também pode ser determinante na permanência e na queda da qualidade de vida dessa população. Fatalmente, acredita-se que uso de álcool entre essa população também tenha essencial função na adaptação e superação das adversidades da vida em situação de rua.
Palavras-chave: População em situação de rua; álcool; dependência quí[email protected]
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DQUANDO O ACORDAR É mAIS QUE AbRIR OS OLHOS E O
SUCESSO DO TRATAmENTO mUITO mAIS QUE AUSÊNCIA DE RECAÍDAS: FRUSTRAÇÃO E ADOECImENTO PROFISSIONAL
NO TRATO COm O DEPENDENTE QUÍmICO
Autora: Lenise Cruz SouzaOrientadora: Profa Me. Maria Augusta da Silva Tavares
Na dependência química, o sujeito se mostra encarcerado por hábitos deletérios e comportamentos repetiti-vos que atrofiam e sequestram seu juízo crítico e autonomia. Porém, tão preocupante e deletério é o adoeci-mento dos profissionais que muitas vezes são considerados de maneira equivocada (em geral reforçado pela sensação de onipotência do mesmo) como tutores dos dependentes químicos em tratamento e recuperação. O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a atuação profissional e o adoecimento deste sujeito que muitas vezes desenvolve um comportamento anacrônico na mão inversa do que se preconiza em relação ao tratamento da dependência química; e criar estratégias que serão utilizadas, ou não pelo próprio sujeito para se autogerenciar e não se transformar em um tutelado do profissional, mudando assim apenas de julgo. Para tal, será observada a atuação dos profissionais em suas práticas clínicas, reflexão sobre a transferência e contra transferência, e sua capacidade de resiliência, muitas vezes, “ditadas” como essenciais e prepon-derantes no perfil do dependente químico para a sua recuperação. Esta pesquisa bibliográfica descritiva, de cunho qualitativo, será desenvolvida a partir da discussão de diversos autores que já abordaram o tema em questão, dentre eles Radunz (1999). Acerca da reflexão relacionada à atuação do profissional e seu ado-ecimento frente às frustrações de possíveis insucessos durante o processo de recuperação do dependente químico, é indispensável ressaltar que a recuperação na dependência química é novamente retornar a um desenvolvimento saudável de perdas e ganhos sem patologizar. E participar deste processo de maneira coerente, enquanto profissional, é também cuidar de si para cuidar do outro, ou seja, mais que saber fazer é necessário sentir-se humano e não super-herói.
alavras-chave: Dependência química; resiliência; auto cuidado; pratica clí[email protected]
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