Álcool, drogas e cÂncer na adolescÊncia fabio arnoni gonçalves pinto fernanda pipitone rodrigues...

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ÁLCOOL, DROGAS E CÂNCER NA ADOLESCÊNCIA Fabio Arnoni Gonçalves Pinto Fernanda Pipitone Rodrigues Gabriel Beligni Campi Guilherme Mendes Gava Ivan Cese Marchetti Juliana Centeno de Azevedo Karen Korkes Leonardo Vinícius de Matos Moraes Maíra Fernandes Gonçales Depto de Pediatria Social – FCMSCSP julho 2009

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ÁLCOOL, DROGAS E CÂNCER NA

ADOLESCÊNCIAFabio Arnoni Gonçalves PintoFernanda Pipitone Rodrigues

Gabriel Beligni CampiGuilherme Mendes Gava

Ivan Cese MarchettiJuliana Centeno de Azevedo

Karen KorkesLeonardo Vinícius de Matos Moraes

Maíra Fernandes Gonçales

Depto de Pediatria Social – FCMSCSPjulho 2009

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Álcool

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Álcool - epidemiologia

“Estudo da contagem de casos de usuários, dependentes, e pacientes com problemas relacionados ao uso dessa substância.”

Estima-se que mais de dois terços das pessoas em países ocidentais ingerem bebidas alcoólicas além do que apenas ocasionalmente.

68,7% de uso de álcool na vida da população.

Prevalência de 11,2% de dependência de álcool na populaçãoem geral, no Brasil. 17,1% entre homens e 5,7% entre mulheres.

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Álcool - epidemiologia

IML de São Paulo (1987 - 1992) - 120.111 laudos. 18.263 laudos foi positivo para a alcoolemia, com uma média de 2.605 casos positivos por ano.

Acidentes de trânsito e uso de bebidas alcoólicas (1997) – em quatro capitaisbrasileiras: Brasília, Curitiba, Recife e Salvador. Das 865 vítimas, 27,2% apresentou alcoolemia superior a 0,6 g/l, limite permitido pelo Código Nacional de Trânsito de 1997

Bebidas alcoólicas - principal motivo de internação psiquiátrica envolvendo o uso de substâncias 39.186 internações de um total de 51.787 internações em 367 hospitais psiquiátricos do Brasil (2004).

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Álcool - epidemiologia

CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre drogas psicotrópicas.

Crianças com 10 a 12 anos uma porcentagem de 41,2% já havia consumido álcool pelo menos 1 vez na vida. 0,2%, uso diário de bebidas alcoólicas.

Na faixa etária dos 16 anos, já fizeram uso: 75% no Brasil

36% em Portugal89% na Dinamarca 83% em Barbados

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Estudantes do Ensino Fundamental e Médio

70% dos estudantes já consumiram cerveja

27% já fez uso de vinho

3% já havia feito consumo de destilados

Esses dados se mantiveram constantes ao longo dos anos

Uma grande parcela dos bebedores pesados já havia entrado em contato com outras drogas

(1987, 1989, 1993, 1997)

Aumento em quase todas as cidades em relação ao uso pesado (pelo menos 20 vezes ao mês, anteriormente a pesquisa).

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Estudantes do Ensino Superior

Estudo realizado em 1994 em faculdades do interior e da capital

11,8% de alunos masculinos e 1,3% de alunas femininas foram classificados como bebedores-problema.

4,2% dos homens e 0,8% de mulheres estudantes são dependentes do álcool

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Meninos de Rua(1987, 1989)

São Paulo e Porto Alegre

1987: 83% e 71% respectivamente.

1989: 86% e 74,5% respectivamente

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Dependência

“Um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos nosquais o uso de uma substância, ou de uma classe de substâncias, torna-seprioritário para o indivíduo, em substituição a outros comportamentos queantes eram prioritários. A característica nuclear desta síndrome é o desejo(freqüentemente forte, vezes irresistível) para usar drogas (que podem ou

nãoter sido prescritas), álcool ou tabaco.” CID-10 citado por Castel, Hochgraf e

Andrade (1995).

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OMS

3 sinais de dependência de substâncias psicoativas:

1° alterações causadas pela substância, tanto física quanto psíquica;

2° compulsividade do paciente em relação a bebida;

3° quadros de tolerância e abstinência.

Dependência

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MotivadoresEspirito de grupo, principalmente na adolescênciaCuriosidadeIncentivo dos paisOrientação médica - “Biotônico Fontoura”Propaganda de alta influência, com ídolos e personagens famosos

Já o uso continuado (manutenção da ingestão) , tem principalmente duas causas:

Pré-disposição orgânica: principalmente pela tolerância.Benefícios: principalmente os fatores sociais

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Cardiomiopatia.Demência (SNC).

Pancreatite.Diabetes ou Hipogonadismos.Neuropatia Cerencial (SNP).

Doença Alcoolica do fígado (Círosse, Esteatose, Hepatite).

Doenças

Neoplasias.

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Acetaldeído e Etanol

Etanol não é carginogênico

ADH: álcool desidrogenase ETANOL → ACETALDEÍDO Age principalmente no fígado Presente em mucosas do TGI

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Acetaldeído

Altamente tóxico, mutagênico e carcinógeno

Inibe fatores anti-tumorais O-metil-guaniltranferase: reparo em lesões por

alquilantes

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Fígado

Hepatocarcinoma CA primário de fígado, derivado de

hepatócitos Homens 3:1 Entre 3ª e 5ª décadas

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Fígado

Degeneração hepática gordurosa: ↑ biossíntese de lipídeos ↓ transporte de lipoproteínas hepáticas Aguda e reversível

Hepatite alcoólica aguda Potencialmente reversível Hepatócitos necrosados Acúmulo de gordura e de corpúsculos hialinos alcoólicos

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Fígado

Cirrose hepática Lesão hepática irreversível Atinge 10% a 15% de consumidores crônicos Risco de 5% a.a. de desenvolver hepatocarcinoma

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Boca

Carcinoma espinocelular Cavidade oral e lábios Álcool e tabaco são principais fatores de risco 6% das neoplasias diagnosticadas anualmente Homens: 3:1

Álcool: ↑ em até 15 vezes o risco

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Boca

Na mucosa bucal: Altera permeabilidade da membrana Solvente para carcinógenos (↑ absorção) Atrofia epitelial: ↑ susceptibilidade

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Boca

Atrofia lipomática de glândulas salivares ↓ secreção salivar

Características inibitórias na mutagenicidade Acúmulo de carcinógenos

↓ limpeza

Deficiências nutricionais e imunológicas

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Mama

2° mais frequente no mundo 22% de novos casos em mulheres CA que mais causa morte em mulheres, no BR

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Mama

Ingestão de álcool é fator de risco, mesmo moderadamente

Efeito mutagênico do acetaldeído Altera metabolismo do estrógeno

↑ níveis e altera receptores Altera níveis de folato: síntese de DNA

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Mama

Estudo de 2008 Nível de estrogênio estimula CA sensível

ER+/PR+ 70% do CA de mama

Risco é dose dependente Menos de 1 dose: 7% 1 a 2 doses: 32% + 3 doses: 51%

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Laringe

2,8% dos novos casos em homens no mundo

2% das neoplasias malignas, no BR Homens: 8:1 50 a 70 anos 25% CA de cabeça e pescoço

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Laringe

Pertence ao trato respiratório Volatilização provoca contato com

carginógeno

Álcool dobra o risco

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Esôfago

Entre as 10 neoplasias mais incidentes

A ingestão de álcool: Prolonga tempo de contato Altera epitélio esofágico Causa deficiência nutricional e imunológica

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Esôfago

Altos níveis de ADH ↑ metabolização do álcool em acetaldeído

Promove ação de outros carcinógenos N-nitrosometilbenzilamina (NMBzA) Produtos da peroxidase lipídica

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Esôfago

Carcinoma espinocelular Homens 4:1 Acima de 50 anos

Adenocarcinoma Fumo e obesidade são fatores de risco Não há relação com consumo

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Colo-retal

3° mais incidente no mundo Homens e mulheres Pico entre 60 e 79 anos 80% acima dos 50 anos

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Colo-retal

↓ ac. Fólico 20g/dia álcool

Altas concentrações colônicas de acetaldeido promovem depleção de ac. fólico

Risco 7 vezes maior de CA de cólon distal

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Colo-retal

Atividade ADH retal >>> ADH colônico

Álcool Fator de risco mais importante no reto

Maior presença de microorganismos fecais

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Tabaco

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Tabaco - epidemiologia

“Tabagismo- principal causa de morte evitável em todo o mundo.” OMS

1 bilhão e 200 milhões de fumantes em todo o mundo

(cerca de 1/3 da população mundial com mais de 15 anos)

4,9 milhões de mortes anuais10 milhões de mortes por ano em 30 anos

Metade desta população em idade produtiva (35-69)

WHO, 2003

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0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

1950 1965 1975 1995 2000 2025

Total

Paísesdesenvolvidos

Países emdesenvolvimento

Tabagismo – Epidemiologia:Mortalidade

Nº de mortes/ano

OMS, 2006

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Tabagismo – Epidemiologia: distribuição quanto ao sexo 47% de toda a população masculina e 12% da

população feminina no mundo fumam.Paises desenvolvidos Paises em

desenvolvimento• 42% dos homens• 24% das mulheres

• 48% dos homens• 7% das mulheres

OMS

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Tabagismo – Epidemiologia: Brasil

32% da população é fumante

Cerca de 200 mil mortes por ano (OPAS , 2002)

A região Sul do país é a que apresenta maior proporção de dependentes :42% dos habitantes Nordeste são 31%.

Os moradores da zona rural também fumam mais que os das zonas urbanas.

Ministério da Saúde, 2009

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Tabagismo X Infância e adolescência

A cada dia cerca de 100 mil jovens começam a fumar no mundo e 80% deles vivem em países em desenvolvimento

Tabagismo: questão pediátrica???Cerca de 90% dos fumantes tornam-se dependentes da nicotina entre os 5 e 19 anos de idade.

Há 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária.

INCA, 2002

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Tabagismo X Infância e adolescência

Ministério da Saúde dos EUA, 1992

Nicotina é considerada porta de entrada para o uso de drogas ilícitas

Pessoas com faixa etária entre 12 e 18 anos a dependência à nicotina se instala mais fácil e fortemente

Formação da personalidade

Construção da consciência crítica e da auto-estima

PERIGO!!Fase de incorporar os hábitos e comportamentos da vida adulta

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Tabagismo X Infância e adolescência

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Tabagismo X Infância e adolescência

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Tabagismo- Curiosidades: Indústria Tabagista

Posicionamento Público

A propaganda não é dirigida aos jovens. A pressão dos amigos é o fator mais importante para o tabagismo infantil.

“ A propaganda de cigarros afeta meramentea demanda dentro da categoria de produtos,

através do fortalecimento da lealdade àmarca ou criando mudanças de marca, mas

não é dirigida para aumentar o consumo totalas custas de não fumantes”.

“A Souza Cruz fabrica cigarros para oconsumo exclusivo de adultos baseada nos

melhores mecanismos e meios de produção“.

Fonte: http://www.souzacruz.com.br

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Tabagismo- Curiosidades: Indústria Tabagista

Por esses esforços, fica a impressão de que a indústria do tabaco é contra o consumo do tabaco entre os jovens e promove medidas supostamente dirigidas para prevenir o tabagismo para menores de idade, criando campanhas e utilizando a idéia de que "fumar é para adultos". Porém, na verdade, ao apresentar o cigarro como "adulto" e "proibido", essas companhias buscam colocar sutilmente um importante ingrediente para reforçar o comportamento rebelde do adolescente, pois entre as principais motivações para o adolescente fumar são o desejo de se afirmar como adulto, sua rebeldia e a rejeição dos valores dos seus pais.

Ministério da Saúde

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Tabagismo- Curiosidades: Indústria Tabagista

"Eles representam o negócio de cigarros amanhã. À medida que o grupo etário de 14 a 24 anos amadurece, ele se tornará a parte chave do volume total de cigarros, no mínimo pelos próximos 25

anos."

J. W. Hind, R.J. Reynolds Tobacco, internal memorandum, 23rd January 1975

"Atingir o jovem pode ser mais eficiente mesmo que o custo para atingi-los seja maior, porque eles estão desejando experimentar, eles têm mais

influência sobre os outros da sua idade do que eles terão mais tarde, e porque eles são muito mais leais à sua primeira marca.“

Escrito por um executivo da Philip Morris em 1957

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Tabagismo- Curiosidades: Indústria Tabagista

“Um cigarro para o iniciante é um ato simbólico. Eu não sou mais a criança da minha mãe, eu sou forte, eu sou um aventureiro, eu não sou quadrado... A

medida em que a força do simbolismo psicológico diminui, o efeito farmacológico assume o papel de manter o hábito”

Rascunho de relatório do Quadro de Diretores da Phillip Morris, 1969.

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Tabagismo- Curiosidades: Indústria Tabagista

“É importante saber tanto quanto possível sobre ospadrões de tabagismo dos adolescentes. Os adolescentes de hoje

são os potenciais consumidores regulares de amanhã, e a grande maioria dos fumantes começa a fumar na sua

adolescência . Devido ao nosso grande espaço de mercado entre os fumantes mais jovens, a Philip Morris sofrerá mais do que qualquer outra companhia com o declínio do número de

adolescentes fumantes”

Memorando enviado por umpesquisador da Philip Morris, Myron E. Johnston para

Robert B. Seligman, Vice Presidente de pesquisa edesenvolvimento da Philip Morris, 1981

Ministério da Saúde _ arquivos secretos da indústria tabagista

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Tabagismo- Curiosidades: Fumo passivo

Definição segundo a OMS:

É a inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados.

3ª maior causa de morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool.

IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995

Ar poluído X Fumaça pós filtro

3x mais nicotina,

3 x mais monóxido de carbono,

e até 50 x mais substâncias cancerígenas

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Tabagismo- Curiosidades: Fumo passivo

Repercussões:

1 - Em adultos não-fumantes:• Ca de pulmão: 30%• IAM : 24%

2 - Em crianças:• freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;• risco de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exacerbação da asma.

3 - Em bebês:• Morte súbita: 5X• Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

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Tabagismo- Curiosidades: Fumo passivo

Outros Efeitos: • Irritação nos olhos,• Manifestações nasais, • Tosse,• Cefaléia, • problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias• problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão

arterial e angina.• capacidade funcional respiratória • risco de ter aterosclerose

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Tabagismo: Repercussões 1 Perda de cabelo

2 Catarata

5 Câncer de Pele

3 Formação de rugas

4 Perda da audição

6 Deterioração dos dentes

7 Enfisema

10 Úlcera gástrica

9 Problemas cardiovasculares

8 Osteoporose

12 Descoloração dos dedos

11 Câncer uterino

13 Deformação dos espermatozóides

14 Psoríase

14 Câncer

15 Câncer

http://www.opas.org.br

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Tabagismo: Repercussões• São atribuíveis ao consumo de tabaco:• 45% das mortes por doença coronariana (como o infarto do miocárdio)

• 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (como o enfisema)

• 25% das mortes por doença cérebro-vascular (como os derrames)

• 30% das mortes por câncer, sendo que• 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes.

O tabagismo é também considerado doença pediátrica:

• 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos, sendo que15 anos é a idade média de iniciação

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Tabagismo x CâncerFisiopatogenia:

Célula normal mutaçãoDanos em um ou mais genes

Alteração do DNA

Controla as funções normais da célula

Novas células anormais

Falha do sistema imunológico e de reparo

Divisão descontrolada

Tumor

Agressão sucessiva

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Tabagismo x Câncer

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Tabagismo x Câncer

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Tabagismo x Câncer: Pulmão

INCA

É o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial.

14.715 óbitos em 2000, sendo o tipo de câncer que mais fez vítimas.

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Tabagismo x Câncer: Pulmão

O tabagismo é responsável por:• 90% dos casos de câncer no pulmão;• Dos 10% restantes 1/3 é por fumantes passivos;• Mortalidade por CA de pulmão 15 X maior;• 1 a 14 cigarros --- moralidade 8 x maior• 15 a 24 cigarros--- mortalidade 14x maior;• + de 25 cigarros---mortalidade 24 x maior,• A cessação de fumar aumenta a sobrevida em 9

anos;

INCA

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Tabagismo x Câncer: Pele

Aumenta a mortalidade do melanoma;

Aumento em 2X no Câncer de células escamosas

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Tabagismo x Câncer: Mama

Estudo com 116 mil mulheres mostra que o risco para câncer de mama é 30 % maior em fumantes

Maior risco:• Início antes dos 20 anos;• Pelo menos 5 anos antes da gravidez

Departamento de Serviços de Saúde da Califórnia _Revista do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos

Não foram encontradas relações com fumantes passivas ou ex-fumantes

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Tabagismo X Câncer: outros

• Nariz : 2X• Língua, boca, glândulas salivares e faringe: 6 a 27 vezes;• Esôfago: 8 a 10 vezes;• Laringe: 10 a 18 vezes;• Estômago: 2 a 3 vezes;• Rins: 5 vezes;• Bexiga: 3 vezes;• Pênis: 2 a 3 vezes;• Pâncreas: 2 a 5 vezes;• Cólon e reto:3 vezes• Ânus : 5 a 6 vezes

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ANABOLIZANTES/ ESTERÓIDES

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ANABOLIZANTES DEFINIÇÃO

Derivados sintéticos da testosterona:Efeitos androgênicos: sistema reprodutivo e

desenvolvimento dos caracteres secundáriosEfeitos anabólicos: crescimento dos ossos

longos com fechamento da epífise, aumento da laringe e da espessura das cordas vocais, aumento da massa e força muscular, redução na gordura corporal.

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ESTATÍSTICAS DO USO

Estatísticas precárias * utilização por parcelas consideráveis da população é

relativamente recente * estudos experimentais são dificultados por razões éticas * relatos de casos clínicos uso de anabolizantes esteróides

é associado à ocorrência de doenças mais ou menos graves. Mas não permitem concluir que a relação entre as drogas e as

doenças sejam do tipo "causa e efeito“.

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ESTATÍSTICAS DO USO

Brasil: não tem uma estimativa do uso ilícito 16 a 34 anos, sexo masculino. 2001 - 540 mil – 108 cidades com mais de 200 mil habitantes 2008 - 1,2 milhão (CEBRID)

EUA: 6,6% pop total – 65% início aos16 anos freqüência de uso: 3% a 37% por populações de estudantes de 1°,2° ou 3°

graus (universitários) e atletas. maior índice de consumo : halterofilismo e fisicultura. atletas profissionais: índice de consumo de 33% a 62%,dependendo do

estudo (subestimado - consumo proibido por todas as federações esportivas)

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ESTATÍSTICAS DO USO Reino Unido – pesquisa: 1.667 pessoas em academias publicado no International Journal of Sports Medicine homens 9,1 % X 2,3% mulheres doses até 34 vezes as doses terapêuticas 28% dos usuários eram atletas de competição 88% - sistema de ciclos interrompidos 77% perceberam efeitos colaterais: * homens: 56% atrofia do testículo 52% ginecomastia 37% dificuldade para dormir 36% HAS 26% lesões tendinosas 22% sangramento nasal 16% resfriados freqüentes

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ESTATÍSTICAS DO USO

* mulheres: irregularidades menstruais, hipertrofia do clitóris, diminuição das mamas, engrossamento da voz, acne, queda de cabelo hirsutismo.

OBS: Interrupção dos ciclos = tonturas, fraqueza, perda da libido e dores articulares.

Conclusão: curto prazo = alta incidência de efeitos indesejáveis (nem sempre graves). longo prazo = doenças graves ( drogas,tempo,doses e predisposição

individual).

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FORMAS DE USO

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PRINCIPAIS PRODUTOS COMERCIAIS

Mais de 40 produtos:Androxon DuratestonDeca-DurabolinOutros: Hemogenin, Dianabol,Testex,

Primobolan, Proviron etc.

Esteróides importados oxandrolona(Anavar) trembolona(Parabolan) éster da testosterona(Tectahat)

Obs: Potenay – produto veterinário

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Indicações e contra indicações de uso

FDA (Federal Drug Association) :Indicações: ganho de peso por portadores de SIDA ou doenças terminais diminuição da dor óssea na osteoporose; Catabolismo induzido por corticosteróide; anemia grave; angioedema hereditário; câncer de mama metastático; deficiência hormonal masculina endometrioseContra-indicações: homens portadores de cânceres sensíveis a andrógenos (câncer prostático e o

câncer de mama ) mulheres gestantes (cruzam a placenta : masculinização em fetos femininos.

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EFEITOS ORGÂNICOS GERAIS

Aumento do peso corporal e da água corpórea,cefaléia, tonturas, vertigem,tremores. Cardiovascular/Hematológico1,2,6,7,9* Aumento do colesterol total* Diminuição do colesterol HDL* Aumento do colesterol LDL* Hipertensão (retenção de sódio e água)* Anormalidades hematológicas, como aumento da agregaçãoplaquetária, com aumento das proteínas de coagulação facilitando a possibilidade de trombose e IAM* Infarto miocárdico* Hipertrofia de ventrículo esquerdo* Acidente cerebrovascular Renais: Tu de Wilms (T), aumento do vol. Urinário, aumento da creatinina (T). Dermatológicas:Acne (V), queda do cabelo/calvície(V)

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EFEITOS HEPÁTICOS

* Lesão hepática (T) * Testes de função hepática alterados (T) * Icterícia colestática (T) * Carcinoma hepatocelular (mais de 24 meses de uso) (T) * Peliose hepática (formação de “saculações de conteúdo sangüíneo” que podem romper matando por hemorragia- mais de 6 meses de uso) (T) * Hepatoma, adenoma hepático(T) * Hepatite (T) * Sangramento de varizes por hipertrofia porta secundária à hiperplasia nodular regenerativa (T) OBS:* Relatos clínicos de Johnson & Meadows - 69 usuários de EAA 80%

- alterações hepáticas

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APARELHO LOCOMOTOR

* Risco aumentado de lesão musculotendinosa* Necrose avascular de cabeça femoral* Fechamento prematuro das epífises (adolescentes) (V)* Dor articular (adolescentes)

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ENDÓCRINO REPRODUTIVOHOMEM* Menor produção de hormônios (F)* Atrofia testicular (F)* Oligo/Azoospermia (F)* Infertilidade* Ginecomastia (F) (sinal de disfunção hepática, que pode causar alterações no metabolismo dos hormônios Ou até mesmos de um câncer, ppte qnd se manifesta de

forma dolorosa e apenas em um dos ladosTto: cirurgia )

* Hipertrofia prostática (V)* Carcinoma prostático* Ginecomastia* Priapismo (V)* Alteração do metabolismo glicídico (resistência à insulina, intolerância à glicose) (F)* Alteração do perfil tireoideo (diminuição de T3, T4, TSH e TBG)* Impotência (F)* Acne* Calvície

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ENDÓCRINO REPRODUTIVO MULHER

* Masculinização (V)* Hirsutismo (V)* Voz mais grave (V)* Hipertrofia de clitóris (V)* Atrofia mamária (V)* Irregularidades menstruais (oligo/amenorréia) (V)* Aumento da libido (V)* Diminuição das gorduras corporais (V)* Teratogenicidade - virilização de fetos femininos* Alteração do metabolismo glicídico (resistência à insulina, intolerância à

glicose) (F)* Alteração do perfil tireoideo (diminuição T3, T4, TSH e TBG)

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EFEITOS SOBRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

* Maturação esquelética precoce* Puberdade acelerada = fechamento prematuro da epífises ósseas = baixa estatura

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MEU FILHO COM DOPPING

2008 - Giselher Spitzer, pesquisador alemão -University of Berlin

Estudo: 69 filhos vivos dos 52 ex-atletas de elite

dopados 32 x maior - morte prematura para os fetos

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MEU FILHO COM DOPPING

OBS: tendência parece ser ainda mais visível no caso dos filhos cujas mães, e não os pais, fizeram uso de doping.

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EFEITOS PSICOLÓGICOS

* Comportamento agressivo (V)* Aumento/diminuição da libido* Flutuações repentinas do humor (T)* Episódios maníacos e/ou depressivos (T)* Dependência (T)* Psicose (T)* Ideação/tentativa de suicídio (T)* Depressão quando da retirada (T)* Ansiedade (T)* Euforia (T)* Irritabilidade (T)

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EFEITOS

Câncer hepático

Câncer de testículo

Câncer de próstata

Câncer de mama

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CÂNCER DE FÍGADO

• Causa é desconhecida• Fatores de risco : *doença hepática crônica, *hepatite viral, *hemocromatose, *carcinógenos do fígado * toxinas (micotoxinas) * uso de estróides

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ADENOMA HEPATOCELULAR ASSOCIADO A ESTERÓIDES ANABOLIZANTES (PELIOSIS HEPATIS)

doença hepática vascular induzida por drogas. caracterizada por cavidades preenchidas por sangue que estão

distribuídas randomicamente pelo lóbulo hepático. Evolução : icterícia, hepatomegalia, hipertensão portal, hemoperitônio e

insuficiência hepática. A peliose a longo prazo pode levar tanto a fibrose peri-sinusoidal ou a hiperplasia nodular regenerativa.

alguns casos descritos em mulheres utilizando contraceptivos orais (controverso: grande quantidade de mulheres em uso X pouquíssimos casos encontrados).

75% homens de todas as idades (especialmente adolescentes).

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CÂNCER DE TESTÍCULO

Causas não são bem conhecidas. Fatores de risco: -Malformações congênitas, -uso de hormônios, -doenças como caxumba ou infecção viral, -hereditariedade

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CÂNCER DE TESTÍCULO epidemiologia

RARO 5% dentre tumores malignos do homem, homens entre 15 e 50 anos 1:50.000 (população geral), 1:10.000 (atrofia testicular) 7.500 novos casos por ano. incidência entre homens brancos quase dobrou nos últimos 40 anos. 4,5 vezes mais comum entre homens brancos que negros. Curável: 90% sobrevivem à doença Maioria: tumores germinativos (95%)

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CÂNCER DE PRÓSTATA

Causas ainda desconhecidas, relacionadas com: idade( quanto mais velho maior a probabilidade), hormônio (testosterona), histórico familiar, raça (maior incidência no homem negro), alimentação (Dieta rica em gorduras e pobre em

vegetais e frutas baixam as defesas do corpo contra o câncer, o Japão tem menos registros).

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PRL -prostatectomia radical laparoscópica amostra constituída por próstata, vesículas seminais e canal deferente colocados em saco plástico para extração através de uma incisão subumbilical;

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CÂNCER DE MAMA

Hormônios esteróides sexuais estimulam a proliferação de células do tecido mamário, aumentando a probabilidade de ocorrer a mutação que precede o câncer.

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CÂNCER DE MAMA EM HOMENS

incidência considerada baixa – 1% dos cânceres malignos

1 em cada 100 CA feminino ocorrência tende a aumentar (má

qualidade de vida e dificuldade em diagnosticar o tumor na sua fase inicial, confundido com ginecomastia)

homem de 50, 60 anos estimativa do Instituto Nacional do Câncer:

surgem cerca de 250 casos novos em todo Brasil, a cada ano, baseado nos números de 2002.

Risco não aumentado por hereditariedade Uso de anabolizantes

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CÂNCER DE MAMA EM MULHERES

Brasil: o que mais causa mortes entre as mulheres relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima desta faixa etária sua

incidência cresce rápida e progressivamente. Fatores de Risco:-História familiar-Idade-menarca precoce-menopausa tardia-primeira gravidez após os 30-Nuliparidade-Álcool-Uso de esteróides

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CÂNCER DE MAMA EM MULHERES

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USO DE ESTERÓIDES E A EXPRESSÃO DE RECEPTORES HORMONAIS, EM PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA

As respostas do tecido mamário aos estímulos hormonais podem resultar em alterações do crescimento normal para a formação de hiperplasias ou neoplasias. Trabalho UNICAMP: investigação dos níveis de expressão dos receptores de estrógeno (RE) e progesterona (RP) e sua relação com o uso de esteróides sexuais exógenos em um grupo de mulheres portadoras de câncer de mama:

2 grupos de portadoras de câncer de mama: usuárias / não usuárias de ESE 108 casos Resultados: negatividade de 75% dos RE e 70% dos RP Contradição: literatura científica = 50% RE e 40% RP

PIBIC-UNICAMP - 2006

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NOTÍCIAS: Na malhação, o peso da morte

São Paulo, 02 de setembro de 2004 : Outro suspeito (19 anos) de usar anabolizante para gado morre em

hospital do DF 27/08/2008: Anabolizante mata jovem (25 anos) em Caruaru Brasília -14/02/2009: Polícia do DF investiga morte de rapaz após uso de anabolizante de animal Maricá - 11/03/2009: Estudante (32 anos) morre em academia suspeita de uso de anabolizantes

*Mortes : uso contínuo prolongado ou de doses abusivas. Causas: infartos cardíacos, trombose cerebral, hemorragia hepática, sangramento

de varizes do esôfago, miocardiopatia, metástases de tumores da próstata e do fígado, infecções por depressão da imunidade ou contaminação por medicamentos falsificados (AIDS e hepatite).

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NOTÍCIAS São Paulo, 15 de janeiro de 2004 : Ansiosas por mais músculos, malhadoras fazem aplicações

com um medicamento proibido no país e que pode afetar a saúde

5/5/2009 : Professores se infiltram em academias para estudar uso de anabolizantes por jovens.

Uso de anabolizante faz pele de jovem alemão (21 anos) 'explodir‘:

São Paulo, 24 de novembro de 2003: FORTÃO QUE SE SENTE FRAQUINHO PODE ESTAR COM VIGOREXIA (sínd. de adônis , overtraining)

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BIBLIOGRAFIA http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.meioemidiacult.com.br/cult.qps/_Arquivos/Imagens2/47/

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Page 101: ÁLCOOL, DROGAS E CÂNCER NA ADOLESCÊNCIA Fabio Arnoni Gonçalves Pinto Fernanda Pipitone Rodrigues Gabriel Beligni Campi Guilherme Mendes Gava Ivan Cese

Álcool , drogas e câncer na adolescência

Depto de Pediatria Social - FCMSCSPJulho/2009

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