alongamento antes de corrida não evita lesões nos músculos
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REABILITAÇÃO EM FASES Os principais games aplicados à saúde
Fontes: ARTHUR PROTASIO, coordenador do Game Studies da FGV-Rio; SONIA BRUCKI, neurologista, CLÁUDIO GALVÃO DE CASTRO JUNIOR,oncologista; MARCOS DUARTE, professor de educação física da USP
EYE TOYIndicação: problemasmotores
Descrição: a câmera acopladaao Play Station 2 filma ojogador e projeta sua imagemnomonitor. Ele se vê dentro dojogo e disputa partidas depingue-pongue, futebol oumonta um sanduíche
Unidade doMorumbi darede Lucy Montoro, em SP
Entretémmais do que afisioterapia convencional,
incentivando o paciente apontuar para passar de fase
IREXIndicação: problemas
motores
Descrição: exige dois monito-
res e uma sala com cromaqui.
A imagem do paciente é
projetada em situações como
um jogo de vôlei
Unidade doMorumbi da
rede Lucy Montoro, emSP
Pode ser adaptado a
cada paciente
DANCE CENTRALPlataforma: Xbox 360
Indicação: fitness
Descrição: o jogador faz
coreografias e vê quantas
calorias está perdendo
Estimula a prática de
atividades físicas
WII FITPlataforma:Nintendo
Wii
Indicação: fitness
Descrição: tem balança
que registra o peso e
permite exercícios
aeróbicos, de força, ioga e
equilíbrio
Não substitui benefí-
cios dos exercícios
tradicionais
BRAIN AGE 1 E 2Plataforma:Nintendo DSIndicação:memória
Descrição: o objetivo éexercitar o cérebro comjogos dememória ecálculo
Pode funcionar,mas não substituiatividades sociais
ISLANDSIndicação: distúrbios alimen-tares e compulsão por jogosDescrição: sensores registramexpressões faciais do jogadorenquanto ele tenta vencerimpulsos e escapar de uma ilhaHospital de Bellvitge,Barcelona, EspanhaSão necessários testespara provar sua eficácia
COMBATEIndicação: crianças
e adoles-
centes com câncer
Descrição: desenvolvido pela
brasileira Technology &
Training. O jogador tem de
destruir células cancerígenas
Deve começar a serusado
no segundo semestre
É educativo, mas exige
conhecimentos de biologia
JOGOS COMERCIAIS
EA SPORTS ACTIVE 2Plataformas:NintendoWii,Play Station 3, Xbox 360Indicação: fitnessDescrição: commonitorcardíaco, elástico e sensoresdemovimento, estimula apraticar exercícios como emuma academiaÉ preciso cuidado paranão abusar dos exercí-cios, já que não há acompa-nhamento profissional
onde é usado o que dizem osmédicos
JOGOS USADOS EM HOSPITAIS
Leandro Simioni, 36, usa o Eye Toy, no centro Lucy Montoro, em SP
O auxiliar Thiago Barbosa demonstra o IRex
FotosEduardo
Anizelli/Folhapress
saúdeEFSEGUNDA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2011 C8
terapiagameJogos eletrônicosestimulamestimulamestimulam pacientes a se dedicar mais aos exercícios de recuperação físicafísicafísica ementalmentalmentalGUILHERME GENESTRETIDE SÃO PAULO
Ovideogame já foi inimigoda saúde, culpado por obesi-dade, sedentarismo e até porincentivar a violência. Masalguns hospitais notaramqueelepodeajudara recupe-rar desde lesões na medulaaté transtornosdoimpulso.Foi o caso de um hospital
de Barcelona, na Espanha,que desenvolveu o jogo “Is-lands”, para tratar pessoascom comportamentos com-pulsivos, como vício em jo-gosedistúrbiosalimentares.Sensores captam as rea-
ções fisiológicas do jogador eele só prossegue se agir comautocontrole diante dos de-safiospropostosnojogo.No Brasil, a rede Lucy
Montoro, ligada à SecretariaEstadual de Direitos da Pes-soa com Deficiência de SãoPaulo, tem uma proposta si-milar, mas voltada a quemtemproblemasmotores.Na unidade da Vila Maria-
na, fisioterapeutas usam jo-gos como “Wii Fit” “WiiSports” como complementoda terapia tradicional em pa-cientescomderrame.Os jogos, para Nintendo
Wii, são vendidos para o pú-blico geral, mas os médicosnotaram que as tarefas exigi-das, comoseequilibrareexe-cutar posições de ioga, po-demser terapêuticas.
ESTÍMULO“No Wii, os pacientes vêm
mais interessados empartici-par da terapia”, diz o fisiote-rapeutaPedrodeCastro.NaunidadedoMorumbi, a
terapia ocupacional atende2.000 pacientes por mês,muitosdelescomjogos.O “Eye Toy”, do Play Sta-
tion 2, é um deles. A câmeraregistra a imagemdo jogadore a projeta no monitor. Elemexe os braços para defen-der o gol ou montar um san-duíche,dependendodojogo.“Na terapia tradicional, a
pessoa passabolinhasdeumlado para o outro dez vezes,fica cansada. No videogame,ela executa as tarefas semperceber”, diz Thaís Terrano-va, terapeutaocupacional.Ela afirma, contudo, que
os jogos não substituem osmétodos tradicionais.Habili-dades como as que exigemrelaxamento dos músculosou contato físico entre médi-co e paciente não são supri-
dasnarealidadevirtual.Jogos para recuperar fun-
ções mentais também têm li-mitações.O “Brain Age”, para Nin-
tendoDS, temcomobaseo li-vro “60 Dias para Aumentaro Poder da sua Mente”, doneurocientista japonês Ryu-ta Kawashima. Ele defendeque exercícios diários de ra-ciocínio e memória melho-ramodesempenhocerebral.
Para Sônia Brucki, daAca-demia Brasileira de Neurolo-gia, só o game não basta. “ Énecessário diversificar as ati-vidades, socializar e praticarexercícios físicos para forta-leceraatividadecognitiva.”
GOLEIROLeandro Simioni, 36, ex-
jogador de futebol profissio-nal em times da Alemanha ede Israel, sofreu um acidentede moto no começo de de-zembro ficou sem movimen-tos naspernas.Antes atacan-te, ele assumiuopapeldego-leironovideogame.Internado na unidade do
Morumbi do Lucy Montoro,ele testouoequipamentoEyeToynaúltimasexta-feira.Seu objetivo era defender
bolas e melhorar a mobilida-de do tronco. “Nem percebique estava na terapia, de tãoconcentradonospontos.”
“Na terapiatradicional, a pessoapassa bolinhas de umlado para o outro, secansa. No game, elaexecuta as tarefassemperceberTHAÍS TERRANOVAterapeuta ocupacional
Reuters
Alongamento antes de corridanão evita lesõesnosmúsculosMudar rotina de aquecimento é o quemais prejudica o atleta
DA REUTERS
Uma pesquisa com 3.000voluntários nos EUA mostraque o alongamento não pro-tegecontra lesões.Daniel Pereles, da Univer-
sidade George Washington,pediu a metade dos corredo-res queparticiparamdoestu-doque sealongassemporaté
cincominutos antes da ativi-dade. A outra metade correusemsealongar.Nos dois grupos, cujos in-
tegrantes corriam ao menos16 km por semana, a propor-ção de atletas que sofreu le-sões foisimilar: 16%.O estudo, que durou três
meses, foi divulgado na se-manapassadaemreuniãoda
Academia Americana de Ci-rurgiõesOrtopédicos.O fator de risco mais im-
portante foram lesões crôni-cas ou recentes e excesso depeso. Depois disso, o maiorproblema foi a mudança derotina. Quem já se alongavateve mais lesões se estava nogrupo designado a não fazeralongamento,evice-versa.ddd BARRIGADEALUGUELBARRIGADEALUGUELBARRIGADEALUGUEL EmNova Déli, o casal espanhol Mauro (à dir.) e Juan Carlos beija
gêmeas geradas por encomenda na Índia, onde a prática émais barata que no Ocidente