alternativas didÁtico-pedagÓgicas para auxÍlio no …
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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO CAMPUS PETROLINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FORMAÇÃO DE
PROFESSORES E PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES
DIEGO PIRES ROCHA
ALTERNATIVAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA AUXÍLIO
NO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA NO ENSINO SUPERIOR
Petrolina – PE
2017
DIEGO PIRES ROCHA
ALTERNATIVAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA AUXÍLIO
NO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA NO ENSINO SUPERIOR
Trabalho de conclusão apresentado ao Programa de Pós-
Graduação Stricto Sensu em Formação de Professores e Práticas
Interdisciplinares (PPGFPPI) da Universidade de Pernambuco
(UPE) Campus Petrolina, como requisito parcial para obtenção
do grau de Mestre em Educação na Modalidade Profissional.
Linha de Pesquisa: Práticas Interdisciplinares, Educação e
Diversidade
Orientador: Prof. Dr. Paulo Adriano Schwingel
Co-orientadora: Profa. Dra. Rita di Cássia de Oliveira Angelo
Petrolina – PE
2017
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária Eliane Batista de Carvalho, CRB 4/2011,
Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina.
R672a Rocha, Diego Pires. Alternativas didático-pedagógicas para auxílio no estudo da anatomia humana no ensino superior / Diego Pires Rocha.
98f. : il. Orientadores: Prof. Dr. Paulo Adriano Schingel e Profª. Dra.
Rita di Cássia de Oliveira Angelo. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em
Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares, Universi- dade de Pernambuco (UPE) / Petrolina, PE, 2017. Cópia de computador (printout).
1. Anatomia. 2. Ensino superior. 3. Aprendizagem. 4.
Metodologia. I. Schingel, Paulo Adriano (Orient.). II. Angelo, Rita
di Cássia de Oliveira Angelo (Co-orient.). III. Universidade de
Pernambuco – Campus Petrolina – PPGFPPI. IV. Título.
CDD: 611.07
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, por ter me dado a permissão de chegar até aqui,
e por toda a força concedida na concretização desse sonho. Além disso, agradeço a Ele
que colocou pessoas tão especiais a meu lado, sem as quais certamente não teria dado
conta.
Aos meus amados pais, Ferreira e Lourdinha, agradeço por tudo que fizeram e
fazem por mim, por serem exemplos, tanto na minha vida pessoal quanto na profissional.
A minha querida esposa, Vannessa, por ser tão importante na minha vida. Devido
a seu companheirismo, amizade, paciência, compreensão, apoio, alegria e amor, este
trabalho pôde ser realizado. Te amo.
As minhas amadas filhas, Maria Eduarda e Mariana, presentes de Deus, que
durante este dois anos compreenderam minha ausência em diversos momentos. Amo
vocês minhas filhas.
Aos meus queridos sogros, João Bosco e Giovanna, pelo incentivo e apoio sempre
que precisei.
Aos meus irmãos Lana e Rafael e meus sobrinhos, que apesar da distância sinto
sempre a presença e o amor de vocês em mim. Amo muito vocês.
Aos meus cunhados, Max e Bosquinho, minha cunhada, Bianca e Concunhada,
Patrícia, pelo apoio e torcida, vocês são muito importante para mim.
Aos meus amigos irmãos que Deus colocou em minha vida e escolhi para conviver
Hugo, Pollyanna, Adauto, Manu, Jayme e Iracema, Sérgio e Teresa, Júnior e Regina.
Obrigado por fazerem parte da minha vida.
Ao amigo Jayme Montenegro por tudo que passou ao longo deste dois anos,
demonstrando ser um verdadeiro amigo. Serei eternamente grato.
Em especial, minha amiga pessoal e de trabalho Iracema Montenegro, a quem
serei eternamente grato pela realização deste sonho, pois sua ajuda em todos os momentos
ao longo deste dois anos, foi de suma importância para realização deste trabalho, obrigado
pelo incentivo, apoio e contribuição.
Aos meus orientadores, Prof. Dr. Paulo Adriano e Profa. Dra. Rita di Cássia,
exemplos profissionais, que com competência e responsabilidade foram fundamentais
para realização deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Ricardo Kenji e Profa. Relma Lucia pelo apoio na etapa final deste
trabalho.
Aos monitores da disciplina Anatomia Humana, Everton, Ariana, Myllena, Yana
e Lessaiane pela ajuda na preparação dos modelos anatômicos.
Obrigado ao Programa de Pós-Graduação Formação de Professores e Práticas
Interdisciplinares e todos que fizeram parte da minha turma de mestrado, professores e
colegas.
RESUMO
O ensino da Anatomia Humana para a graduação consiste, basicamente em ensino
tradicional, com as aulas teóricas em forma de palestras e as práticas utilizando peças
anatômicas embalsamadas. Esse método, por vezes, é criticado devido à característica de
memorização breve, o que dificulta a retenção do conhecimento para a aprendizagem
significativa. As atividades lúdicas/educativas pode tornar-se uma atividade prazerosa, ao
mesmo tempo que contém informações educacionais favorecendo a aprendizagem.
Considerando as metodologias de ensino (ativa e passiva) e os diversos recursos didáticos
utilizados para o ensino da Anatomia Humana, foram criados materiais didáticos, assim
como, buscou-se avaliar o rendimento e preferência dos estudantes quanto às estratégias
na aprendizagem em Anatomia Humana. O presente estudo desenvolveu materiais
didáticos (modelos anatômicos artísticos e jogos didáticos) para aula prática em Anatomia
Humana, bem como, avaliou-os através de uma pesquisa do tipo pesquisa-ação. Esta foi
realizada com 72 discentes nas aulas práticas das disciplinas de anatomia humana dos
cursos de Bacharelado em Nutrição (n=41) e Enfermagem (n=31) da Universidade de
Pernambuco, Campus Petrolina. Cada turma foi dividida em duas subturmas (MA:
metodologia ativa; MP: metodologia passiva. Em cada subturma, foi subdividida em 4
bancadas, sendo uma fixa para o grupo controle (aula tradicional), e três bancadas com
metodologias alternativas (modelos anatômicos artísticos, jogos didáticos e desenho
artístico). Foram realizados cinco encontros em nutrição e sete encontros em
enfermagem, sendo o primeiro para apresentação da disciplina, projeto com
caracterização da população; os demais encontros foram para ministrar o conteúdo e
aplicar os métodos alternativos de aprendizagem. Em cada aula, os alunos respondiam
individualmente um pré-teste e após a aula um pós-teste com uma pesquisa de satisfação.
Como produtos desse estudo, apresentado na forma de relatório, desenvolveu-se materiais
didáticos para aula prática e um artigo original. Os materiais didáticos anatômicos
produzidos foram constituídos por 18 modelos artísticos e 18 jogos. Estes, foram
depositados no acervo permanente do Laboratório de Anatomia da UPE Campus
Petrolina. Parte desses materiais foram utilizados no estudo desenvolvido para a
construção do artigo original. As metodologias ativa e passiva favoreceram a
aprendizagem observadas por meio do aumento de acertos no pós-teste. Em relação a
preferência pelas metodologias utilizadas, os discentes, prefiram a metodologia passiva à
ativa. Os métodos alternativos mostram ser eficientes para o ensino/aprendizagem da
Anatomia Humana, pois, o pós-teste apresentou aumento do número de acertos, sendo o
jogo matematicamente maior. Quanto à satisfação, houve semelhança entre os métodos
analisados. Com isso, percebe-se que os materiais didáticos produzidos minimizam a
carência de peças anatômicas para dissecação, possibilitando, o ensino prático da
Anatomia Humana, assim como as metodologias alternativas de ensino melhoram a
eficiência do aprendizado independente da metodologia utilizada, passiva ou ativa.
Palavras-chave: Anatomia. Ensino Superior. Aprendizagem. Metodologia.
ABSTRACT
The Human Anatomy teaching for graduation consists, basically in traditional teaching,
with theoretical classes in the form of lectures and practices using embalmed anatomical
pieces. This method is sometimes criticized because of the brief memorization feature,
which makes it difficult to retain meaningful learning knowledge. Playful/educational
activities may become a pleasurable activity, while containing educational information
that encourages students’ learning. Considering the teaching methodologies (active and
passive) and the several didactic resources used for Human Anatomy teaching, materials
aids were created, as well as, it was tried to evaluate students' performance and preference
about strategies in Human Anatomy learning. The present study developed teaching
materials (artistic anatomical models and didactic games) for practical classes in Human
Anatomy, as well as evaluated them by an action-type research. It was applied with 72
students in human anatomy practical classes of the Nutrition Bachelor (n = 41) and
Nursing (n = 31) courses in Pernambuco University at Campus Petrolina. Each class was
divided into two subclasses (AM: Active Methodology, and AP: Passive Methodology ),
each sub-class was divided into 4 groups, one fixed for the control group (traditional
class) and three groups with alternative methodologies (artistic anatomical models,
didactic games and artistic design). Five meetings were held in Nutrition and seven ones
in Nursing course. The first one it was to present the subject and the project with the
people characterization, the other meetings were to teach the content and apply alternative
learning methods. In each class, the students answered a pre-test and after class a post-
test individually as a satisfaction survey. As result of this study, a report, didactic
materials were developed for practical classes and an original article were produced. The
anatomical didactic material was composed of 18 artistic models and 18 games. These,
were put in the permanent collection of the Anatomy Laboratory at UPE Campus
Petrolina. Some of these materials were used in the study developed for the construction
of the original article. The active and passive methodologies benefited the observed
learning by the increase of correct answers made in the post-test. Regarding the
preference for the methodology used, the students prefer the passive to active
methodology. The alternative methods show the effectiveness of the Human Anatomy
teaching / learning, because the post-test presented an increase in the number of correct
answers, and the mathematical game was higher. Regarding satisfaction, there was
similarity between the analyzed methods. With this, it can be seen that the didactic
materials produced minimize the lack of anatomical pieces for dissection, making
possible practical teaching of Human Anatomy; as well, the alternative teaching
methodologies improve the learning effectiveness regardless of their use, passive or
active.
Keywords: Anatomy. Graduation. Learning. Methodology.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO ............................................................. 10 2.1 CRIAÇÃO DOS MATERIAIS ANATÔMICOS DIDÁTICOS .................................... 10 2.2 AVALIAÇÃO DOS MATERIAIS ANATÔMICOS DIDÁTICOS .............................. 11 2.2.1 Formação dos grupos ................................................................................................... 11 2.2.2 Desenho do estudo ........................................................................................................ 12 2.2.3 Coleta de dados ............................................................................................................. 14 2.2.4 Considerações éticas ..................................................................................................... 14 2.2.5 Plano de descrição e análise de dados ......................................................................... 14
3 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................ 16 3.1 ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE O ENSINO DA ANATOMIA ......................... 16 3.2 ENSINO-APRENDIZAGEM NO NÍVEL SUPERIOR................................................. 18 3.3 METODOLOGIAS ALTERNATIVAS NO ENSINO DA ANATOMIA ..................... 20
4 RESULTADOS DA PESQUISA ..................................................................... 23
5 PRODUTOS ...................................................................................................... 24 5.1 PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS EM ANATOMIA HUMANA .............. 24 5.2 ARTIGO ORIGINAL ..................................................................................................... 64
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 83
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 84
ANEXOS ............................................................................................................ 90
APÊNDICES ..................................................................................................... 91
8
1 INTRODUÇÃO
Anatomia é uma das ciências das áreas da saúde mais antigas e se dedica ao estudo
das estruturas e organização geral dos seres vivos (SALBEGO et al., 2015; COSTA et
al., 2012). Atualmente, o estudo anatômico na maioria das instituições do ensino superior
é realizada por meio de uma combinação de aulas teóricas, estudo autodirigido com livros
didáticos e aulas práticas em laboratório (MCLACHLAN et al., 2004). Esses métodos
"tradicionais" de ensino na anatomia são bastante utilizados em muitas instituições de
ensino superior (MCLACHLAN; PATTEN, 2006, DRAKE et al., 2009). Porém, por ter
como característica a memorização breve, dificulta a retenção do conhecimento e, talvez
por isso, os estudantes refiram a Anatomia como de difícil aprendizagem (MANSINI;
MOREIRA, 2008; BRINKE et al., 2014).
A maioria dos docentes prefere utilizar a dissecação cadavérica como método de
ensino (PATEL; MOXHAM, 2006). Porém, a escassez de cadáveres não reclamáveis e a
burocracia para obtenção destes, bem como as dificuldades que os estudantes têm para
utilizar o material cadavérico para estudar anatomia, torna-se, um fator limitante e
desmotivador. Pois, podem dificultar os estudantes a dedicarem o tempo necessário ao
estudo desta ciência, por muitas vezes esses materiais ficarem disponíveis apenas durante
o horário da aula (INZUNZA et al., 2003). Essa carência de peças cadavéricas, termina
exigindo que o professor reflita sobre o processo ensino aprendizagem e inove sua prática
pedagógica, oferecendo meios para integrar, aperfeiçoar e dinamizar as aulas de anatomia
(FORNAZIERO et al., 2010).
Uma possibilidade de promover a retenção do conhecimento e amenizar a falta de
material cadavérico necessário para o processo ensino-aprendizagem é utilizar
metodologias alternativas1, que possam permitir uma maior participação e apreensão dos
conhecimentos anatômicos (JOHNSON; CHARCHANTI; TROUPIS, 2012). As
metodologias alternativas para o ensino aprendizagem tem se destacado no ensino da
anatomia, pois permitem, ao aluno, um papel ativo no processo de aprendizagem,
1O termo "alternativas" deriva do radical "alternar", onde o propósito de seu emprego não é completa
substituição de uma prática didática, mas sim a "alternância" de seu uso com o de técnicas mais modernas.
Na Anatomia, buscam outras formas de ensino além de palestras e dissecação. Existe uma grande
variabilidade de metodologias alternativas, entre elas: modelos e simuladores mecânicos, filmes e vídeos
interativos, simulações computacionais e de realidade virtual, acompanhamento clínico em pacientes reais,
estudo anatômico em animais mortos por causas naturais ou circunstâncias não-experimentais, e outros
(GREIF, 2003).
9
buscando assim superar as limitações do ensino tradicional com aulas expositivas e
dialogadas, palestras, e dissecação.
As atividades lúdicas/educativas pode tornar-se uma atividade prazerosa, ao
mesmo tempo que contém informações educacionais favorecendo a aprendizagem
(SOARES, 2008). No ensino da anatomia, a utilização de imagens, mesmo de produção
amadora, contribuem para alcançar, satisfatoriamente, os objetivos propostos, o que
melhora significativamente a compreensão dos alunos sobre o conteúdo anatômico
abordado. Assim como, a criação de jogos didáticos criados pelos discentes também
favorece seu aprendizado (SILVA; SANTANA, 2012). A utilização das mídias virtuais
(vídeos do YouTube, jogos virtuais, softwares educativos, outros) associado às práticas
pedagógicas representa uma possibilidade a mais para os professores, pois estimula o
aprendizado, de modo que os participantes desse processo passe a investigar as soluções
para os problemas e para as situações em estudo. Essa nova maneira está relacionada a
uma nova visão de construção do conhecimento, em um processo que envolve todos os
participantes, professores e alunos, superando as formas tradicionais na relação de ensino-
aprendizagem (GARCIA, 2013).
Neste estudo, desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Formação de
Professores e Práticas Interdisciplinares, modalidade mestrado profissional da
Universidade de Pernambuco (UPE) Campus Petrolina, são apresentados os resultados
que teve como objetivo geral avaliar as alternativas didático-pedagógicas como método
complementar ao estudo da Anatomia Humana no ensino superior. De maneira específica,
objetivou-se contemplar os seguintes tópicos:
- Desenvolver materiais didáticos (modelos artísticos e jogos didáticos) em
Anatomia Humana.
- Avaliar a aquisição do conhecimento discente de acordo com as metodologias e
métodos aplicados.
- Avaliar a preferência dos alunos quanto às metodologias e métodos aplicados ao
ensino da Anatomia Humana.
Diante da necessidade de utilizar diferentes técnicas de ensino a fim de favorecer
uma eficiência de aprendizagem, foram desenvolvidos Produtos Anatômicos (modelos
anatômicos artísticos e jogos didáticos) para auxiliar o ensino nas aulas práticas de
Anatomia. Assim como, um artigo original foi desenvolvido pra avaliar os efeitos desses
materiais sobre o rendimento e preferências dos estudantes quanto às essas estratégias
para aprendizagem em Anatomia Humana.
10
2 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
O presente estudo foi realizada na Universidade de Pernambuco Campus Petrolina
da cidade de Petrolina-PE, localizado na Rodovia BR 203 Km 2, s/n. Vila Eduardo –
Petrolina/PE, CEP 56.328-900.
Tradicionalmente, as disciplinas de Anatomia Humana da UPE Campus Petrolina
são ministradas em aulas teóricas e práticas. As aulas teóricas ocorrem em sala de aula
refrigerada com capacidade para 50 alunos, sendo utilizados recursos como quadro
branco com pincel e projetor multimídia. As aulas práticas foram ministradas no
laboratório de Anatomia com peças anatômicas plásticas e cadavéricas com livro tipo
atlas, auxiliados por monitores supervisionados pelo professor. Esse estudo foi aplicada
em 2016.2, com a parte prática das disciplinas de Anatomia Humana I (Carga horária
[CH]: 90h, sendo teórica: 60h e prática: 30h) para o curso de Enfermagem e Anatomia
Humana (CH: 75h, sendo teórica: 45h e prática: 30h) para o curso de Bacharelado em
Nutrição. Os assuntos abordados nos cursos envolvidos são semelhantes, porém possuem
especificidades. Os assuntos abordados em Enfermagem são: Introdução à Anatomia,
Osteologia, Artrologia, Miologia, Sistemas Cardiovascular e Respiratório. Em Anatomia
Humana, no curso de Nutrição o assunto consta dos seguintes conteúdos: Introdução à
Anatomia, Osteologia, Artrologia, Miologia, Sistemas Cardiovascular, Respiratório,
Disgestório, Genitourinário Masculino e Feminino e Nervoso. Inicialmente, os materiais
anatômicos didáticos foram construídos para serem utilizados a cada aula das referidas
disciplinas. Em seguida, os materiais foram avaliados, porém, devido à greve estudantil
e docente, parte dos materiais não foram avaliados e consequentemente utilizados no
artigo original (Enfermagem: Sistemas Cardiovascular e Respiratório; Nutrição:
Digestório, Genitourinário Masculino e Feminino e Nervoso).
2.1 CRIAÇÃO DOS MATERIAIS ANATÔMICOS DIDÁTICOS
Os materiais anatômicos foram desenvolvidos para utilização nas aulas práticas das
disciplinas vinculadas ao Laboratório de Anatomia da UPE Campus Petrolina, tornando-
se parte de seu acervo.
Inicialmente, foi realizada um estudo sobre os materiais anatômicos necessários
ao acervo do laboratório. Em seguida, uma pesquisa em Atlas Anatômicos foi efetivada
a fim de selecionar as imagens mais adequadas para confecção dos modelos anatômicos
artísticos. Posteriormente, um jogo didático anatômico foi desenvolvido embasado no
11
conteúdo do modelos artísticos. Para cada conteúdo da disciplina, objetivos foram
traçados, um modelo artístico e um jogo didático produzidos a fim de atingir os objetivos
propostos. Os modelos anatômicos são apresentados em materiais utilizados e modo de
fazer. Enquanto os jogos, além dos tópicos anteriores continham as regras do jogo.
Para confecção, ambos produtos, foram utilizados materiais de papelaria de baixo
custo, como, isopor, massa de biscuit, caixas, bonecos plásticos, palitos de churrasco,
massa de modelar, tintas, cola, papéis diversos e materiais reutilizáveis. Utilizando as
habilidades e criatividade, o modelo anatômico artístico foi idealizado e criado, assim
como, os jogos didáticos.
Os materiais confeccionados foram testados pelos monitores, por meio de um teste
piloto, no qual os monitores utilizaram os materiais com em aula, sendo supervisionados
pelo mestrando a fim de verificar a qualidade do produto. Quando necessário, ajustes
foram realizados para adequação do material. Esses materiais são apresentados, nesse
relatório, em “Produtos didáticos desenvolvidos”.
2.2 AVALIAÇÃO DOS MATERIAIS ANATÔMICOS DIDÁTICOS
Para a avaliação dos materiais anatômicos construídos, um estudo de pesquisa-
ação com abordagem comparativa antes e depois foi desenvolvido e apresentado no artigo
original.
A população de estudo foi composta por estudantes (N=72) dos cursos de
Bacharelado em Enfermagem e Nutrição da Universidade de Pernambuco Campus
Petrolina cursando a disciplina de Anatomia Humana (1º período). Foram excluídos da
pesquisa discentes que cursaram anteriormente a disciplina em Anatomia Humana.
2.2.1 Formação dos grupos
Para as aulas práticas, cada turma foi divididas em duas subturmas metodologia
ativa (MA), onde o discente construiu o material didático, e metodologia passiva (MP),
na qual o grupo recebeu o material a ser utilizado pronto para ser estudado. Em cada
subturma, esses discentes voluntários foram organizados em grupos distribuídos em
quatro bancadas (mesa de estudo) com média de cinco alunos cada, numeradas de 1 à 4
(MA: G1, G2, G3, G4; MP: G1, G2, G3, G4). As bancadas G1 (das subturmas MA e MP)
foram controle (metodologia tradicional), as demais (G2, G3, G4) receberam, além da
aula tradicional, a metodologia alternativa de ensino, a qual era cíclica (modelos
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artísticos, jogos didáticos e pintura). Os discentes aproximadamente cinco alunos por
bancada, permaneceram fixos, durante todo o projeto e disciplina.
Figura 1. Desenho esquemático do rodízio dos grupos (G) das
subturmas (MA e MP) nas bancadas (G1-G4) para as turmas de
Enfermagem e Nutrição.
2.2.2 Desenho do estudo
Inicialmente, houve a apresentação da disciplina e projeto aos alunos com
apresentação do termo de consentimento livre e esclarecido (Apêndice 1) e posterior
aplicação de questionário para caracterização do população (Apêndice 2). Em seguida,
foram realizados sete encontros para enfermagem e cinco para nutrição. Nesses encontros
foram apresentados os conteúdos e aplicados dos métodos alternativos de aprendizagem.
A parte prática da disciplina, com duração de duas horas, foi direcionada pelo
professor com o auxílio de um monitor, fixo por bancada, considerando o conteúdo
previsto no plano de ensino da mesma. Cada aula prática foi constituída de seis
momentos, explicados abaixo:
- 1º momento (Acolhimento): Duração de 10 min. Todos os grupos participaram.
- 2º momento (Pré-teste): Duração de 10 min. Todos os grupos participaram. Os
discentes responderam a um pré-teste (Apêndice 3) específico para o conteúdo
ministrado, a fim de avaliar o conhecimento prévio. O pré-teste é uma avaliação prática
em que o grupo de alunos respondeu a cinco questões do tipo múltipla escolha, referente
ao conteúdo que foi abordado.
- 3º momento (Aula prática tradicional): Duração de 40 min. Os todos os grupos
participaram. Os monitores, supervisionados pelo professor, foram apresentados os
13
pontos anatômicos tendo como auxílio as peças anatômicas (cadavéricas humanas e
plásticas) e livro tipo atlas.
- 4º momento (Metodologia alternativa): Duração de 40 min. Os grupos 1 a 4
receberam ou construíram os material didáticos alternativos. A bancada do grupo controle
recebeu o livro tipo atlas e texto para estudarem com os modelos anatômicos, sem auxílio
de monitor. Os métodos alternativos para o ensino da Anatomia Humana aplicados foram:
a) Modelos anatômicos artísticos:
Ativo (MA): Os grupos criaram modelos anatômicos com uso de materiais
de baixo custo disponibilizados em sua bancada (papéis, isopor, massa de biscuit
e outros).
Passivo (MP): Os grupos estudaram através de modelos anatômicos
artísticos criados pelos monitores, supervisionados pelo professor, com uso de
materiais de baixo custo (papéis, isopor, massa de biscuit e outros).
b) Jogos didáticos:
Ativo (MA): O grupo elaborou um jogo didático relacionado à temática da
aula. Os jogos podem abordar terminologias anatômicas, funções sistêmicas, relações
entre as estruturas e morfologia das estruturas.
Passivo (MP): O grupo utilizou um jogo didático (ex. dominó, jogos de
cartas, memória, palavra cruzadas, entre outros) elaborados pelos monitores
supervisionados pelo professor, relacionados aos assuntos da aula.
c) Desenho artístico/Pintura:
Ativo (MA): O grupo recebeu modelos anatômicos plásticos, folha de
papel em branco e lápis de cor para desenhar o modelo anatômico disponibilizado.
Passivo (MP): O grupo recebeu um desenho anatômico para pintura com
lápis de cor.
- 5º momento (Pós-teste): Duração de 10 min. Os todos os grupos participaram.
Os discentes responderam a um pós-teste (Apêndice 4), o qual foi realizado da mesma
forma que o pré-teste, composto das mesmas questões da primeira avaliação (com as
ordens das questões e das alternativas trocadas). O pós-teste tem o objetivo de avaliar o
conhecimento adquirido na aula.
- 6º momento (Teste de satisfação): Duração de 10 min. Todos os grupos
participaram do teste de satisfação (Apêndice 5). Os voluntários responderam quanto
gostaram da metodologia em uma escala numerada de zero a cinco, sendo 0 péssimo e
cinco ótimo. Assim como, enumeraram os pontos positivos e negativos da metodologia.
14
2.2.3 Coleta de dados
Os dados foram coletados e avaliados através de um questionário para
caracterização da população, pré-teste, pós-teste e pesquisa de satisfação.
Caracterização da população de estudo
Um questionário foi aplicado constando de questões que caracterizaram a
população de estudo quanto ao sexo, idade, escolaridade dos pais, renda per capita
(Apêndice 2).
Avaliação da aprendizagem do aluno
Um instrumento de avaliação foi criado abordando os assuntos apresentados em
cada aula para avaliação da aprendizagem do aluno. As cinco questões foram de múltipla
escolha. No início da aula prática foi aplicada para os alunos uma avaliação, pré-teste
(Apêndice 3), sobre o assunto abordado. Após a aula prática, os alunos realizaram a
mesma avaliação, pós-teste, (Apêndice 4) com ordem das questões invertidas.
Avaliação da preferência dos estudantes pelos métodos de ensino
Ao final de cada aula, um teste de satisfação envolvendo perguntadas sobre o grau
de satisfação (0 a 5) quando ao tipo de metodologia da aula lecionada foi aplicado, sendo
0 péssimo e cinco ótimo. Além disso, foi solicitado uma listagem dos pontos positivos e
negativos do método de ensino (Apêndice 5).
2.2.4 Considerações éticas
Inicialmente, o presente projeto foi avaliado pelo local de estudo a fim de
disponibilizar a “Carta de Anuência” (Apêndice 6). Em seguida, este projeto de pesquisa
foi submetido à Plataforma Brasil e encaminhando ao Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade de Pernambuco (CEP-UPE), juntamente ao “Termo de Confidencialidade”
(Apêndice 7) e “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido”. O presente estudo foi
aprovado pelo CEP-UPE, sendo registrado sob no. CAAE Nº 1.951.621 (Anexo 1).
2.2.5 Plano de descrição e análise de dados
A análise estatística foi descritiva com apresentação tabular. A caracterização da
amostra e as avaliações do aprendizado (pré- e pós-teste), da preferência pelos distintos
métodos de ensino e dos métodos tradicionais e alternativos utilizados na disciplina foram
analisadas quantitativamente com o programa Statistical Package for Social Sciences
(SPSS) versão 12.0.1. Os dados são apresentados através de média e desvio padrão após
verificação da normalidade pelo teste Kolmogorov-Smirnov. A comparação entre as
metodologias ativa e passiva e entre métodos tradicional e alternativos foi realizada por
15
meio do teste t para amostras independentes. A comparação entre os valores pré- e pós-
teste para as mesmas metodologias ou os mesmos métodos foi realizada por meio do teste
t para amostras dependentes. Para comparação das médias do pré- com o pós-teste, nos
diferentes métodos alternativos em um mesmo grupo foi realizada análise de variâncias
(ANOVA) de dois fatores (two-way) seguido do pós-teste de Bonferroni. Relações
lineares entre variáveis contínuas foram calculadas através do coeficiente de correlação
linear de Pearson. Todas as análises foram bilaterais e os valores de p foram calculados,
e a magnitude das diferenças entre os momentos foi calculada por meio do tamanho do
efeito, utilizando o modelo proposto por Cohen (1988). Um tamanho de efeito entre 0,20
e 0,49 foi considerado pequeno, entre 0,50 e 0,79 foi moderado e ≥0,80 foi considerado
largo, com limite confidencial adotado em 5% (p<0,05).
16
3 CONTEXTUALIZAÇÃO
A palavra anatomia é derivada do grego anatome (ana = através de; tome = corte)
refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre essas estruturas. O termo dissecação
deriva do latim (dis = separar; secare = cortar), que é equivalente etimologicamente a
anatomia. Contudo, atualmente, tem-se por “Anatomia” a ciência, enquanto “dissecar” é
um dos métodos desta ciência (TORTORA, 2012).
A história da Anatomia é tão antiga quanto à história da Humanidade. Em algumas
cavernas de regiões, como os Montes Akakus da Líbia, foram encontradas esculturas e
pinturas rupestres de animais pré-históricos com mais de 25.000 anos. Nesses registos
pré-históricos eram evidenciadas as formas e estruturas de animais mostrando seus pontos
vulneráveis auxiliando na caça. Pode-se entender, que a Anatomia originou quando o
homem primitivo teve a curiosidade de observar nos animais ou em seus semelhantes as
“partes” que os constituíam. Surgiram, por conseguinte, as primeiras dissecações, que
consistiam em expor, através de incisões ou de cortes planejados, as estruturas do corpo,
estabelecendo uma relação de dependência entre a forma e a função (GRAY, 1988).
Atualmente, a Anatomia é uma ciência dinâmica e em desenvolvimento com uma longa
herança. Ela continua propiciando os fundamentos para as pesquisas em saúde,
bioquímicas, do desenvolvimento citogenético e biomecânica (UNICAMP, 2009). No seu
conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a
constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.
3.1 ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE O ENSINO DA ANATOMIA
A referida ciência se organizou para o ensino superior na disciplina Anatomia
Humana, sendo considerada um componente básico da matriz curricular dos cursos da
área de saúde. O conhecimento anatômico acompanha o aluno universitário desde
primeiro ano até o final do seu curso, sendo importante para o aluno perceber a relevância
dessa disciplina e as várias interligações entre as demais disciplinas do curso de saúde
(VAVRUK, 2012). O estudo da anatomia é fundamental para possibilitar o
reconhecimento dos órgãos do corpo humano, a morfologia, a localização, a função e a
organização desses órgãos em sistemas. Oferecendo subsídios para construção do
conhecimento do profissional que o habilite a compreender a história e a nomenclatura
anatômica, os planos corporais, os fatores de variação, bem como, estudo teórico e prático
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dos sistemas orgânicos, relacionando as principais patologias associadas a cada um desses
sistemas (UNICAMP, 2009).
A partir de reflexões a respeito da prática do profissional das áreas de saúde faz-
se necessário a construção do conhecimento sobre Anatomia Humana, articulado a outras
disciplinas da matriz curricular dos cursos de graduação da área de saúde. Tendo em vista
que o profissional necessita de uma sólida qualificação técnico-científica, a fim de
reconhecer e compreender a natureza humana de cada indivíduo com necessidades
básicas de saúde adequados às dimensões biopsicossociais. Desta forma, é relevante a
importância do estudo da anatomia humana, bem como a sua interdisciplinaridade,
permitindo ao futuro profissional um desenvolvimento de suas atividades com
competência, capacitando-o a exercer funções complexas nos sistemas de saúde
(BRASIL, 2011).
A disciplina de Anatomia Humana é considera fundamental na área de saúde, pois
o seu entendimento desperta a curiosidade dos discentes e facilita a aquisição do
conhecimento nas disciplinas subsequentes da referida área. Alguns alunos encontram
dificuldades para aprender a mesma, e esse fato pode estar relacionado com a falta de
familiaridade deles com a terminologia anatômica, que em sua maioria são derivadas do
latim e grego. Outra dificuldade encontrada está na disponibilidade e qualidade do
material cadavérico disponibilizado pela instituição de ensino aos seus discentes, sendo
agravado muitas vezes pela falta de atenção e de motivação dos alunos (FORNAZIERO;
GIL, 2003).
Atualmente, na maioria das vezes, o ensino da Anatomia Humana é realizado de
forma tradicional, onde o professor expõe os assuntos na aula teórica e indica os pontos
anatômicos a serem identificados nas peças anatômicas pelos alunos durante a prática
com o auxílio de um atlas. O atlas de anatomia expõe o conteúdo na forma de desenhos,
esquemas e até fotografias cadavéricas, limitando-se muitas vezes as ilustrações
apresentada pelo autor (INFANTOSI; KLEMT, 2000). Esse método, por vezes, é
criticado devido à característica de memorização breve, o que dificulta a retenção do
conhecimento para a aprendizagem significativa (MANSINI; MOREIRA, 2008).
As aulas práticas de anatomia tradicionalmente ocorrem em laboratório
específico. As atividades são desenvolvidas através de um roteiro no qual consta da
relação das estruturas anatômicas a serem identificadas, bem como a sequência ideal para
tal identificação e o seu objetivo. Como meio auxiliar pode ser utilizado um Atlas de
Anatomia que serve de instrumento de comparação para identificação dos pontos
18
anatômicos. Às vezes, acontece uma breve exposição do conteúdo abordado por parte do
professor. Para que a aula prática conduza a uma aprendizagem significativa, é importante
que o professor esteja presente, não somente como expositor, mas principalmente como
orientador e incentivador da reflexão e da busca do conhecimento, observando o
comportamento dos grupos, detectando falhas e dificuldades, utilizando todas as
ferramentas possíveis como apoio para uma melhor aprendizagem (DAMASCENO;
CÓRIA–SABINI, 2003).
3.2 ENSINO-APRENDIZAGEM NO NÍVEL SUPERIOR
O ensino superior ao longo das últimas décadas vem sofrendo com as acentuadas
mudanças a sociedade e o professor tem que acompanhar estas mudanças. Com o mercado
de trabalho, extremamente competitivo, a universidade precisa se preocupar com o
estudante universitário, promovendo condições para o seu desenvolvimento integral.
Tentando desenvolver suas potencialidades ao máximo para que possa atingir seu nível
de excelência pessoal e estar preparado para um papel atuante na sociedade (SANTOS,
2008).
A educação está diretamente ligada ao ensino e a aprendizagem. Entretanto,
ocorre uma distinção, sendo que o ensino é a organização, a transmissão de
conhecimentos e experiências para que ocorra uma melhor aprendizagem no educando, a
qual deve considerar a capacidade e necessidade de aprender desse educando. Enquanto
a aprendizagem, está relacionada com as habilidades do indivíduo, tendo a possibilidade
de ocorre de maneira formal (ensino adquirido nas escolas, por exemplo) ou informal
(ensino adquirido pelas relações sociais, por exemplo). Portanto, a aprendizagem está
relacionada com a adaptação do indivíduo ao meio que pode modificar o seu
comportamento (LIMA, 2010).
O desempenho do professor e estudante no ensino-aprendizagem é bem diferente
do assumido algum tempo atrás. Atualmente o estudante sai da passividade para se tornar
coator do processo ensino-aprendizagem, adotando uma postura mais ativa e
protagonizando, junto com o professor, o seu processo educativo. A escola ou as
Instituições de Ensino Superior (IES) se tornam mais do que um ambiente de transmissão
de saberes, um lugar de interação e construção, onde o professor e estudante
desempenham o papel principal. É essencial, portanto, que o educador esteja preparado
para lidar adequadamente com esse novo estudante. O conhecimento adquirido de uma
maneira passiva, como utilizando a leitura, audição e observação, é de menor eficiência
19
do que a aquisição ativa do conhecimento, quando o aluno atua, discuti e constrói (KORF
et al., 2008).
As teorias mais atuais sobre o ensino e a aprendizagem preconizam um diferente
papel para o professor e o aluno: o professor não deve ser o centro do processo, mas sim
o aluno. O professor deve ser um facilitador do processo e a aprendizagem é o resultado
final do processo. Ao aluno cabe, ajudado pelo professor, construir o conhecimento. O
aprender é conseguido quando o aluno, facilitado, orientado pelo professor, aprende a
aprender. O professor deve estar buscando novas formas de ação, estratégias para que
possa atingir seus objetivos, ser reflexivo, crítico, investigador (GADOTTI, 1991).
Além dos métodos e técnicas de ensinar, dos recursos didáticos e tecnológicos, a
Pedagogia enfoca, dentre outras fundamentações, o relacionamento, interação professor-
aluno, o planejamento de ensino e sistema de avaliação do ensino-aprendizagem.
Vasconcelos (1996, p.10), acredita que:
O professor, dotado de competência técnica (na área de sua especialidade), de
competência prática (no campo de trabalho ao qual a sua disciplina está ligada),
de competência científica (voltada para a construção do novo conhecimento) e
de competência pedagógica (voltada para o fazer pedagógico, construído no
seu cotidiano, em sala de aula, mas de modo não ocasional e sim
metodologicamente desenhado), será certamente um profissional da Educação
e não simplesmente alguém que, exercendo uma função, não se compromete
com ela, com seus aspectos mais formais e específicos.
A falta de motivação e engajamento de estudantes estão entre os maiores
problemas da educação no mundo, bem como a insegurança da falta de domínio do
conteúdo ministrado pelo professor, prejudicando desempenho e capacidade na resolução
de problemas. Para reverter esta situação e melhorar frequência e desempenho dos alunos,
é necessário transformar a forma de educação centrada na transmissão de conhecimentos
pelo professor e memorização de conteúdos e adotar metodologias ativas, com educação
centrada no aluno, permitindo autonomia, raciocínio e formação pensamento crítico
(CEZAR et al., 2010).
As metodologias alternativas tornam-se uma opção na educação, propiciando
maneiras de integrar e dinamizar as aulas de Anatomia Humana facilitando o processo de
ensino-aprendizagem. Visto que, várias mudanças estão se agregando no dia a dia dos
estudantes e que esse processo deve ser ajustado a realidade que o aluno vivencia em sua
rotina, então se acredita existir a possibilidade de modificações das práticas pedagógicas
(FORNAZIERO et al., 2010).
20
Quando se discute os métodos didáticos, as metodologias ativas apresenta uma
relevância importante de Aprendizagem surgem como importante enfoque quando se
discute os métodos didáticos que auxiliem no processo ensino-aprendizagem de
relevância significativa na formação do indivíduo crítico e consciente de seu papel na
sociedade contemporânea.
3.3 METODOLOGIAS ALTERNATIVAS NO ENSINO DA ANATOMIA
A aquisição de um conhecimento aprofundado da morfologia é de extrema
importância para estudantes, pois, ela propicia o entendimento da conexão geral entre as
estruturas e função do corpo (KONIG; LIEBICH, 2011). A disciplina de Anatomia
Humana é essencial ao profissional da saúde, pois, se este não tiver uma ampla e perfeita
compreensão das estruturas anatômicas humanas, acabará se restringindo à rotina e ao
convencional. Os alunos devem desenvolver uma atitude de estudo independente em que
existam trocas de ideias e reflexões a respeito dos assuntos, em que a teoria seja articulada
continuamente com a prática. Essa estratégia visa favorecer a aprendizagem significativa
promovendo diferentes oportunidades de interação com o novo conhecimento, a fim de
melhorar a interação do aluno com a disciplina, favorecendo o aprendizado (BATISTA,
2006).
A situação atual em sala de aula pode ser caracterizada como baseada numa
metodologia tradicionalmente expositiva, na qual se concentra na exposição, mais clara
e precisa possível, a respeito do conteúdo anatômico, procurando trazer para os discentes
os elementos mais importantes, para a compreensão do mesmo. Do ponto de vista
pedagógico esse método pode trazer um alto risco de não aprendizagem devido ao baixo
nível de interação sujeito-objeto, formando um discente passivo, não crítico
(VASCONCELLOS, 1992).
Hoje os alunos universitários se beneficiam da quantidade e da velocidade da
informação com os recursos da internet e desejam interagir com a realidade,
representando um desafio às aulas expositivas tradicionais, ainda que apoiadas por
recursos audiovisuais desta forma as instituições de ensino superior buscam atender aos
anseios dessa nova geração de estudantes por meio de metodologias, métodos e meios
pedagógicos, garantindo qualidade e efetividade do ensino (SOARES, 2008).
Uma possibilidade é a utilização de métodos pedagógicos que permitam ao
estudante desempenhar um papel mais ativo e garantindo-lhe maior autonomia no
processo de aprendizagem, as diversas metodologias ativas podem ser utilizadas no
21
ensino da anatomia, não apenas para reforçar o conteúdo ministrado em sala de aula, mas
para melhorar os estímulos multissensoriais dos alunos e sua autocritica, facilitando assim
processo de ensino-aprendizagem (DAVIS, 1996).
No ensino da anatomia a utilizações de imagens, mesmo de produção amadora,
contribuem para alcançar, satisfatoriamente, os objetivos propostos, o que melhora
significativamente a compreensão dos alunos sobre o conteúdo anatômico abordado, a
criação de jogos didáticos criados pelos discentes também favorece seu aprendizado
(SILVA; SANTANA, 2012)
As metodologias ativas aliadas a interatividade permite ao professor disseminar
conhecimento e experiências que até então estavam restritos aos livros textos e ao atlas,
desta forma o estudo da anatomia nos cursos da área da saúde ganham uma nova
abordagem, despertando o interesse dos alunos associando recursos inovadores.
Aprendizagem deve ocorrer da forma mais agradável possível, ainda que a aquisição de
conhecimentos sempre exija esforços e dedicação (YOSHIDA et al., 2003).
Várias propostas metodológicas alternativas para o ensino da Anatomia Humana
são desenvolvidas e aplicadas aos discentes. Um das formas de metodologia alternativa é
por meio das artes cênicas, na qual, peças teatrais utilizadas associada ao conteúdo
científico, possibilita a construção ativa do conhecimento (DA SILVA et al., 2001).
Aplicação do conhecimento adquirido através da disciplina para ensinar à população em
geral, valoriza e estimulam práticas de ensino mais dinâmicas contribuindo para um
aprendizado discente significativo (MONTES; DE SOUZA, 2008). O ato de dissecar e
tutorar auxilia na compreensão do conteúdo e no desempenho avaliativo (HAN et al.,
2015). O ensino com exame físico utilizando a anatomia de superfície de acordo com o
contexto construtivo, colaborativo, contextual e com princípios de aprendizagem
autodirigida leva à maior satisfação e percepção de melhor aprendizado dos alunos
(BERGMAN et al., 2013). As estratégias metodológicas alternativas são satisfatórias para
o processo de ensino/aprendizagem discente.
Dissecações cadavéricas captam melhor a essência da ciência, evitando a
simplificação excessiva promovida pelos modelos de plástico ou atividades virtuais;
sendo de fundamental importância para a aquisição do conhecimento em Anatomia
(LOMBARDI et al., 2014). Porém, estratégias metodológicas alternativas
complementam esse ensino tradicional trazendo dinamicidade, despertando a
criatividade, satisfação, auxiliando as diferentes formas de aprendizado (LOMBARDI et
al., 2014).
22
Professores de anatomia devem ser incentivados a desenvolver exercícios práticos
que ofereçam experiências de aprendizagem, como, por exemplo, utilizando
metodologias alternativas, que rastreiam a atenção dos alunos (KOOLOOS et al., 2014).
Atividades pedagógicas com modelagem em argila apresentaram um melhor desempenho
na retenção do conhecimento anatômico quando comparada com aqueles que apenas
visualizaram o vídeo-aula (KOOLOOS et al., 2014). Os módulos de dissecação (módulos
de construções tridimensionais para ajudar a entender regiões anatômicas complexas)
auxiliam a aprendizagem por facilitar a compreensão tridimensional do corpo humano
(SERRAT et al., 2014). O uso de modelos plásticos pode promover melhor aquisição e
retenção de conhecimento que as mídias virtuais, apesar destas, trazerem benefícios no
processo ensino-aprendizagem (CODD; CHOUDHURY, 2011; LOMBARDI et al.,
2014). As metodologias alternativas de aprendizagem, estimulam o aluno crítico e
participativo, relacionando-os a uma nova visão de construção do conhecimento, em um
processo que envolve todos os participantes, docentes e discentes (GARCIA, 2013).
23
4 RESULTADOS DA PESQUISA
O presente estudo foi desenvolvido no Laboratório de Anatomia Humana da
Universidade de Pernambuco Campus Petrolina com monitores e estudantes dos cursos
de Bacharelado em Enfermagem e Nutrição da referida universidade. Os produtos
descritos nesse relatório são compostos por materiais didáticos criados e, posteriormente,
aplicados e avaliados resultando em um artigo original; contemplando o objetivo geral e
objetivos específicos propostos da pesquisa, assim como o propósito do Mestrado
Profissional.
Os materiais didáticos produzidos foram constituídos por 18 modelos anatômicos
artísticos e 18 jogos didáticos anatômicos, de acordo com o conteúdo das disciplinas.
Esses, depositados no acervo permanente do Laboratório de Anatomia da UPE Campus
Petrolina, ficando a disposição para utilização dos alunos e professores da instituição.
Parte desses materiais foram utilizados no estudo desenvolvido para a construção do
artigo original.
O artigo original, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UPE (CAAE no.
1.951.621), a ser submetido à revista: Educação (ISSN: 1981-2582). Esse artigo
contempla os objetivos específicos do projeto: avaliar a aprendizagem e a preferência do
aluno quanto a metodologia (ativa e passiva) e, método de ensino (tradicional e
alternativos) comprando-os.
O presente estudo, apresentado em forma de relatório, produziu materiais didáticos
que tiveram sua eficiência na aprendizagem avaliados em artigo original. Este verificou
a importância do desenvolvimento de novas estratégias, como metodologias alternativas,
para complementar o ensino da Anatomia Humana. A comunidade universitária,
discentes e docentes, poderá ser beneficiada com a utilização das metodologias
alternativas. As pesquisas envolvendo diversas metodologias alternativas de ensino e sua
comparação com o ensino tradicional devem ser aprofundadas e verificadas sua
aplicabilidade prática.
24
5 PRODUTOS
5.1 PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS EM ANATOMIA HUMANA
Os materiais didáticos em Anatomia Humana foram desenvolvidos nesta pesquisa
a fim de que criar os materiais a serem utilizados no projeto “Alternativas didático-
pedagógicas para auxílio no estudo da Anatomia Humana no ensino superior” que tem
por objetivo: avaliar as alternativas didático-pedagógicas como método complementar ao
estudo da Anatomia Humana no ensino superior. Esses materiais didáticos, constituídos
de modelos anatômicos artísticos e jogos didáticos, foram utilizados na metodologia no
artigo original.
Os referidos materiais foram confeccionados no Laboratório de Anatomia
Humana da Universidade de Pernambuco Campus Petrolina, no período de Junho e Julho
de 2016. A idealização e a orientação foi do aluno vinculado ao mestrado do Programa
de Pós-graduação Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares, Prof. Diego
Pires Rocha e seus orientadores, com colaboração da Profa. Iracema Hermes Pires de
Melo Montenegro, os produtos foram desenvolvidos pelos monitores de Anatomia
Humana do curso de nutrição, Ariana dos Santos Souza, Yanna Gabriele Hermogens
Ferreira, Mylena Thaise Moraes Santos, Heverton Vieira de Souza do curso de Nutrição
e pela monitora de Anatomia do curso de enfermagem Lessaiane Catiusca da Silva
Oliveira.
Os modelos anatômicos artísticos e jogos didáticos auxiliam o
ensino/aprendizagem complementando o modelo de ensino tradicional (palestras e
dissecação cadavérica). A escassez de cadáveres humanos não reclamáveis e os altos
custos dos modelos anatômicos plásticos comercializados incentivam a busca por
métodos de ensino de baixo custo que auxiliem o aprendizado anatômico em aulas
práticas. O modelo anatômico artístico, criado em materiais de papelaria, como massa de
modelar e biscuit, pode reproduzir de forma tridimensional as estruturas anatômicas,
enfatizando as estruturas necessárias para a área do curso. Os jogos com finalidades
pedagógicas promovem situações de ensino-aprendizagem que auxiliam a construção do
conhecimento, introduzindo atividades lúdicas e prazerosas, desenvolvendo a capacidade
de iniciação e ação ativa e motivadora. Os materiais didáticos são ferramentas
educacionais que auxiliam os discentes a estudar e compreender as estruturas internas e
externas, bem como, as diversas funções dos sistemas do corpo humano.
Os materiais didáticos são apresentados seguindo o conteúdo de cada aula através
de objetivos e materiais produzidos. Os materiais produzidos (modelo anatômicos
25
artísticos e jogo didático) são apresentados em materiais necessários e modo de fazer. Os
jogos possuem também “regras do jogo”. O quadro 1 apresenta os produtos
confeccionados de acordo com a conteúdo da disciplina.
Quadro 1. Materiais didáticos apresentados em modelo artístico e jogos didáticos
conforme conteúdo da disciplina.
Conteúdo da disciplina Modelo Artístico Jogo Didático
Introdução à Anatomia Planos e eixos do corpo
humano Palavras-cruzadas
Osteologia Generalidades Substância óssea Acerto o alvo
Osteologia – Acidentes
Ósseos do membro
superior
Osso: Clavícula Caça-palavras
Osteologia – Acidentes
Ósseos do membro
inferior
Osso: Fíbula Acerto o alvo
Artrologia generalidades Elementos essenciais da
articulação sinovial Palavra-Cruzadas
Miologia generalidades Músculos longo, largo e
circular Quis
Músculos da face Músculos da expressão
facial Jogo da memória
Músculos do tórax Músculos do tórax Dominó
Músculos do membro
superior Músculos do ante braço Quebra-cabeça
Músculos do membro
inferior
Músculos rotadores
externos Quis
Sistema circulatório:
coração
Coração em sístole e
diástole Jogo da memória
Sistema circulatório:
vascularização dos
membros superiores e
inferiores
Vascularização dos
membros Palavra-cruzadas
Sistema respiratório Traquéia, Brônquios e
Pulmões
Dominó
Sistema digestório Cavidade bucal Imagem e ação
Sistema urinário Néfron Quebra-cabeça
Sistema reprodutor
feminino Pudendo Caça-palavras
Sistema reprodutor
masculino Corte transverso do pênis Acerte o alvo
Medula espinhal Meninges da medula
espinhal Acerte o alvo
26
AULA: INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA
Objetivos da aula prática:
- Conhecer e identificar os planos de delimitação e secção do Corpo Humano
- Conhecer e identificar os eixos do Corpo Humano
Produtos confeccionados:
- Modelos Anatômicos Artísticos (Figura 2 A e B).
- Jogo Didático (Figura 2 C).
Figura 2. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem
(Introdução à Anatomia) e Nutrição (Introdução à Anatomia) da UPE Campus
Petrolina. A - Modelo anatômico: Planos de delimitação e secção. B – Modelo
anatômico: Eixos do corpo. C - Jogo Didático: Caça-palavras.
Modelos Anatômicos Artísticos - Plano de delimitação, secção e eixo do corpo
humano
Materiais utilizados: Duas caixas de plástico transparentes, dois bonecos (as) de
plásticos, três cartolina ou papel 4 (cores diferentes), três palitos para churrasco, um
pedaço de isopor (para a base), cola de isopor e cola quente e hidrocor ou tinta Guache (3
cores)
Como confeccionar:
1. Modelo de Planos de Delimitação e Secção
Pegue 3 pedaços de cartolina de cores diferentes e corte do tamanho do boneco, depois
cole- os no boneco conforme os planos de secção, espere secar. Depois abra a caixa
coloque o boneco dentro com os planos de secções (transverso, sagital, longitudinal). De
cada lado (externo) da caixa coloque letras para identificar os planos de delimitação.
2. Modelo Eixos do Corpo Humano
A B C
27
Pegue 3 palitos de churrasco e utilizando tinta guache ou hidrocor pinte-os cada um de
cores diferentes, espere secar. Pegue o boneco cole os pés dele num pedaço de isopor,
depois introduza os palitos de churrasco no bonecos conforme os eixo do corpo humano
(supero-inferior, látero-lateral, antero-posterior) e coloque o boneco dentro da caixa.
Jogo Didático - Caça Palavras (Planos: de delimitação, de secção e eixos do corpo
humano)
Materiais utilizados:
Site da Discovery education2, palavras selecionadas, Tutorial “Como criar caça-palavras
e cruzadinha!” do canal Tecon tudo, folha de papel A4, impressão, tesoura, plastificação.
Como confeccionar:
Selecionar as palavras de acordo com o tema para compor o caça palavras. Assistir o
tutorial “Como criar caça-palavras e cruzadinha!” do canal Tecon tudo. Utilizar o site da
Discovery education para gerar o caça palavras e sua resposta, ampliá-los utilizando o
Microsoft Word. Imprimir o jogo e suas respostas, e plastificar o jogo para que possa ser
utilizado mais de uma vez. Fazer perguntas de acordo com as palavras selecionadas,
imprimir, cortar e plastificadas com o papel adesivo.
Regra do jogo:
Os alunos deveram ler e responder as perguntas sobre Planos de delimitação, de secção e
eixos do corpo humano, sendo possível assim identificar e marcar as palavras no jogo.
2DISCOVERY EDUCATION. Puzzlemaker: puzzle generation tool for teachers, students and parents.
Disponível em: <http://www.discoveryeducation.com/free-puzzlemaker/>. Acesso em: 01 junho 2016.
28
AULA: OSTEOLOGIA GENERALIDADES
Objetivos da aula prática:
- Conhecer, identificar os aspectos básicos dos ossos.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 3A)
- Jogo Didático (Figura 3B)
Figura 3. Material utilizado na sub-turma passiva do
curso de Enfermagem (Aula de Osteologia
Generalidades) e Nutrição (Aula de Osteologia) da
UPE Campus Petrolina. A - Modelo anatômico:
Substância Óssea. B - Jogo Didático: Acerte o alvo.
Modelo Anatômico Artístico - Substâncias Ósseas dos Ossos Longos
Materiais utilizados:
Massa de biscuit, isopor, papel cartão, cola, tesoura, pincel e tintas branca e amarela e
azul, impressão e alfinete de quadro de avisos.
Como confeccionar:
Modele a massa até o formato desejável para o osso e substancia amarela, deixe secar,
pinte de branco o osso e de amarelo a substancia amarela e azul o extremidade inferior
do osso. Corte o isopor em forma de quadrado e cole o papel cartão sobre ele. Imprima
no papel o título das peças e nome de cada uma das estruturas. Cole o nome de cada
estrutura na extremidade do alfinete e deixe secar. Cole a peça e os alfinetes sobre cada
estrutura correspondente e deixe secar para poder usar.
A B
29
Jogo Didático - Acerte o alvo (substâncias ósseas dos ossos longos)
Materiais utilizados:
Folha pequena de isopor, impressão, cola, tinta, alfinetes de quadro de aviso.
Como confeccionar:
Recortar o isopor em formato retangular proporcional para a imagem e o título; pintar o
isopor e deixar secar; Imprimir imagem do osso, título e nome das estruturas anatômicas
que compõe o osso e recorta-los; colar a imagem no centro e o título na porção superior
do isopor e o nome das estruturas na extremidade dos alfinetes, e deixar secar para poder
utilizar.
Regra do Jogo:
O jogo poderá ter até dois participantes por rodada. Cada um terá que escolher uma cor
de alfinete. Essa cor será usada até o fim do jogo. Os jogadores devem lançar o dado, e
quem obtiver a maior pontuação, iniciará a partida. Durante a partida, apenas as cartas do
envelope de perguntas devem ser usadas. O primeiro jogador deve retirar aleatoriamente
uma carta do envelope de perguntas com um número correspondente (exemplo: 1-
indique) e indicar com o alfinete na imagem da estrutura óssea, o que é pedido pela carta.
Posteriormente, o próximo jogador deve seguir os mesmos passos. Cada participante deve
guardar suas cartas de perguntas em ordem de resposta até as cartas de perguntas
acabarem. Ao final do jogo, os participantes devem pegar as cartas do envelope de
respostas e conferir com as suas respostas. Cada carta do envelope de perguntas terá uma
carta correspondente no envelope de respostas com o mesmo número (exemplo: 1-
resposta), que indicará a cor de seta correta em que o alfinete deve estar. O participante
que acertar o maior número de indicações no alvo vencerá o jogo.
30
AULA: OSTEOLOGIA – ACIDENTES ÓSSEOS DOS MEMBROS SUPERIORES
Objetivos da aula prática:
- Conhecer, identificar os acidentes ósseos da clavículas.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 4A)
- Jogo Didático (Figura 4B)
Figura 4. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem (Aula de
Osteologia Acidentes Ósseos dos Membros Superiores da UPE Campus Petrolina. A -
Modelo anatômico: Osso Clavícula. B - Jogo Didático: Caça Palavras.
Modelo Anatômico Artístico - Osso Clavícula
Materiais utilizados:
Massa de biscuit, creme emulsificante.
Como confeccionar
Selecionar imagem pelo atlas de Anatomia Humana, e com ajuda da imagem ir moldando
a massa de acordo com as estruturas anatômicas presentes na clavícula, assim que
conseguir o molde, colocar para secar.
A B
31
Jogo Didático - Caça palavras
Materiais utilizados:
Site da Discovery education, palavras selecionadas, Tutorial “Como criar caça-palavras
e cruzadinha!” do canal Tecon tudo, folha de papelA4, impressão, tesoura, plastificação.
Como confeccionar:
Selecionar as palavras de acordo com o tema para compor o caça palavras.Assistir o
tutorial “Como criar caça-palavras e cruzadinha!” do canal Tecon tudo. Utilizar o site da
Discovery education para gerar o caça palavras e sua resposta, ampliá-los utilizando o
Microsoft Word. Imprimir o jogo e suas respostas, e plastificar o jogo para que possa ser
utilizado mais de uma vez. Fazer perguntas de acordo com as palavras selecionadas,
imprimir, cortar e plastifica-las.
Regra do Jogo:
Os alunos deveram ler e responder as perguntas sobre a clavícula, sendo possível assim
identificar e marcar as palavras no jogo.
32
AULA: OSTEOLOGIA - ACIDENTES ÓSSEOS DOS MEMBROS INFERIORES
Objetivos da aula prática:
- Conhecer, identificar os acidentes da Fíbula.
Produtos confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 5A)
- Jogo Didático (Figura 5B)
Figura 5. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem (Aula de
Osteologia Acidentes do Membro Superior) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo
Anatômico: Osso Fíbula. B – Jogo Didático: Acerte o alvo.
Modelo Anatômico Artístico - Osso Fíbula
Materiais utilizados:
Massa de biscuit, cola, tesoura, pincel e tintas branca, impressão e alfinete de quadro de
avisos.
Como confeccionar:
Modele a massa até o formato desejável para o osso, deixe secar, pinte de branco. Imprima
no papel o nome de cada uma das estruturas. Cole o nome de cada estrutura na
extremidade do alfinete e deixe secar. Coloque os alfinetes sobre cada estrutura
correspondente e deixe secar para poder usar.
B A
33
Jogo Didático - Acerte o alvo
Materiais utilizados:
Folha pequena de isopor, papel A4, impressão, cola, tinta, alfinetes de quadro de aviso.
Como confeccionar:
Recortar o isopor em formato retangular proporcional para a imagem e o título; pintar o
isopor e deixar secar; Imprimir imagem do osso, título e nome das estruturas anatômicas
que compõe o osso e recorta-los; colar a imagem no centro e o título na porção superior
do isopor e o nome das estruturas na extremidade dos alfinetes, e deixar secar para poder
utilizar.
Regra do Jogo:
O jogo poderá ter até dois participantes por rodada. Cada um terá que escolher uma cor
de alfinete. Essa cor será usada até o fim do jogo. Os jogadores devem lançar o dado, e
quem obtiver a maior pontuação, iniciará a partida. Durante a partida, apenas as cartas do
envelope de perguntas devem ser usadas. O primeiro jogador deve retirar aleatoriamente
uma carta do envelope de perguntas com um número correspondente (exemplo: 1-
indique) e indicar com o alfinete na imagem da Fíbula, o que é pedido pela carta.
Posteriormente, o próximo jogador deve seguir os mesmos passos. Cada participante deve
guardar suas cartas de perguntas em ordem de resposta até as cartas de perguntas
acabarem. Ao final do jogo, os participantes devem pegar as cartas do envelope de
respostas e conferir com as suas respostas. Cada carta do envelope de perguntas terá uma
carta correspondente no envelope de respostas com o mesmo número (exemplo: 1-
resposta), que indicará a cor de seta correta em que o alfinete deve estar. O participante
que acertar o maior número de indicações no alvo vencerá o jogo.
34
AULA: ARTROLOGIA
Objetivos da aula prática:
Identificar os elementos essenciais e acessórios das articulações sinoviais
Produtos Confeccionados:
-Modelo Anatômico Artístico (Figura 6A)
-Jogo Didático (Figura 6B)
Figura 6. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem (Aula de
Artrologia Generalidades) e Nutrição (Aula de Artrologia) da UPE Campus Petrolina. A
- Modelo anatômico: Elementos articulares essenciais. B - Jogo Didático: Palavras-
cruzadas.
Modelo Anatômico Artístico - Articulação sinovial do joelho
Materiais utilizados:
Uma placa de cerâmica (para a base), Isopor (para o molde), Hidrocor preto, Estilete,
Massa de biscuit natural, três tintas para tecido cores variadas.
Como confeccionar:
Pegue um pedaço de isopor desenhe com um hidocor preto o formato desejado para fazer
o molde do fêmur, tíbia e fíbula corte com estilete. Separe três bolas de massa de biscuit,
a primeira deve manter a cor natural; a segunda deve ser misturada com tinta de cor
marrom ou bege; e a terceira deve ser misturada com tinta vermelha e amarela.
Após o preparo da massa e do molde, cubra o molde com a massa cor de pele, acrescente
biscuit de cor natural na superfície articular; separe pedaços da massa de cor natural e
para os ligamentos (com formato retangular arredondado nas pontas) e biscuit circulares
A B
35
para os meniscos. Também com o biscuit de cor natural faça a capsula articular, tanto
aberta como fechada; na capsula articular aberta acrescente também um pouco de massa
laranja na parte interna da capsula articular para representar a membrana sinovial (parte
interna da capsula articular). Por último pressione a peça contra a placa de cerâmica, deixe
secar.
Jogo Didático - Palavras Cruzadas
Materiais utilizados:
Folha de papel A4, impressão e Plastificação e um pincel para quadro branco.
Como confeccionar:
Selecionar as palavras de acordo com o tema para compor as palavras cruzadas.Criar uma
tabela com vários espaços reduzidos, apagando os quadrados desnecessários e numerar
as palavras. Os nomes compostos devem ter um quadro preenchido com cor escura entre
as duas palavras.Deve ser produzida também uma folha de perguntas e uma de respostas.
As perguntas devem ser divididas em horizontais e verticais e numeradas de acordo com
o que foi organizado no caça palavras; a folha de repostas deve ser idêntica à de perguntas,
contendo as respostas depois as folhas devem ser impressas e plastificadas para poderem
ser reutilizado.
Regra do Jogo:
Os alunos deveram ler e responder as perguntas sobre a articulação sinovial do joelho,
sendo possível assim identificar quantas letras possuem cada palavras e onde elas se
encaixam no jogo.
36
AULA: MIOLOGIA GENERALIDADES
Objetivos da aula prática:
Classificar os músculos quanto à forma, ao números de: cabeças, de ventre e cauda,
identificando- os.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 7A)
- Jogo Didático (Figura 7B)
Figura 7. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem (Aula
de Miologia Generalidades) e Nutrição (Aula de Miologia) da UPE Campus
Petrolina. A - Modelo anatômico: Músculos longo, largo e circular. B - Jogo
Didático: QUIZ
Modelos Anatômicos Artísticos - Músculos longo, largo e circular.
Materiais utilizados:
Massa de biscuit, isopor, papel cartão, cola, tesoura, pincel e tintas branca e vermelha e
impressão.
Como confeccionar:
Modele a massa até o formato desejável para os músculos, deixe secar, pinte de vermelho
o que se delimita como músculo e de branco a aponeurose. Corte o isopor em forma de
quadrado e cole o papel cartão sobre ele. Imprima no papel o título das peças e nome de
cada uma delas assim como sua classificação. Cole as peças de maneira que não fiquem
juntas e na extremidade inferior seus nomes e classificações, deixe secar para poder usar.
A B
37
Jogo Didático - Quiz
Materiais utilizados:
Uma folha de papel cartão A4, tesoura, envelope e impressão.
Como confeccionar:
Criar caixas de texto no Microsoft Word com perguntas e respostas sobre os músculos
rotadores, imprimir, recortar e guardar no envelope.
Regra do Jogo:
O jogo deverá ter dois participantes por rodada. O primeiro jogador (J1) escolhe uma
carta sem olhar e entrega para o segundo jogador (J2) que lê a pergunta contida nela, o
jogador 1 tem que responder de maneira correta, depois é a vez do J2 escolher a carta e
entrega-la para J1 fazer a leitura da pergunta para que J2 responda. O gabarito consta na
carta. Ganha quem acertar mais.
38
AULA: MÚSCULOS DA FACE
Objetivos da aula prática:
- Identificar os músculos da expressão facial
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 8A)
- Jogo Didático (Figura 8B)
Figura 8. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem (Aula de
Músculos da Face) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo anatômico: Músculos da
Expressão Facial. B - Jogo Didático: Jogo da Memória.
Modelo Anatômico Artístico - Músculos da expressão facial
Materiais utilizados:
Massa de biscuit, creme emulsificante, tinta para tecido na cor vermelha, boneco de
plástico médio.
Como confeccionar:
Selecionar imagem pelo atlas de Anatomia Humana, e com ajuda da imagem ir moldando
a massa de acordo com as estruturas anatômicas presentes na face, assim que conseguir o
molde, colocar para na face do boneco para secar.
A B
39
Jogo Didático - Quebra cabeça
Materiais utilizados:
Folha de PVC, papel A4, impressão, tesoura, cola específica para PVC.
Como confeccionar:
Inicialmente, selecionar algumas figuras sobre músculos da face na base de dados
do Google Imagens, didáticas e coloridas. Após a seleção das imagens, as mesmas devem
ser duplicadas no Microsoft Word e assim, impressas em papel do tipo A4. Cortar as
figuras manualmente e colar na folha de PVC que também precisa ser cortada em
pequenos quadrados, tentando-se padronizar os tamanhos das figuras. Atrás de cada peça
do jogo, pode-se colar o nome “jogo da memória”. Ao final, as peças podem ser
guardadas em envelope.
Regras do jogo:
O jogo poderá ter até quatro participantes por rodada. Todas as cartas devem estar
inicialmente com suas imagens viradas para baixo. Um dos jogadores deve embaralhar as
cartas antes que o jogo inicie. Os próprios jogadores escolhem quem deve iniciar o jogo.
O primeiro jogador deve virar uma carta e tentar encontrar o par correto da mesma. Caso
ele o encontre, tem o direito de procurar mais um par, e assim sucessivamente. Ao errar,
ele passa a vez para o próximo jogador. O vencedor será aquele que ao final do jogo tiver
achado mais cartas iguais.
40
AULA: MÚSCULOS DO TÓRAX
Objetivos da aula prática:
- Identificar os músculos do Tórax.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 9A)
- Jogo Didático (Figura 9B)
Figura 9. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem (Aula de
Músculos do Tórax) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo anatômico: Músculos do
tórax. B - Jogo Didático: Dominó.
Modelos Anatômicos Artísticos - Músculos do tórax
Materiais utilizados:
Massa de biscuit, creme emulsificante, tinta para tecido na cor vermelha, azul, bege,
manequim usado em lojas de confecção, tinta óleo spray, tinner.
Como confeccionar:
Selecionar imagem pelo atlas de Anatomia Humana, e com ajuda da imagem ir moldando
a massa de acordo com as estruturas anatômicas presentes no tórax.Tingir a massa para
diferenciar as estruturas. Assim que conseguir o molde, colocar no manequim e deixar
secar. O manejo do manequim deve-se pintar todo com tinta óleo spray para fazer a base.
Jogo Didático - Dominó
A B
41
Materiais utilizados:
Papel emborrachado de qualquer cor, tesoura, cola branca, impressão.
Como confeccionar:
No Microsoft Paint (software utilizado para a criação de desenhos simples e para a edição
de imagens), fazer retângulos mais ou menos 4x1,5cm, com traço horizontal no meio,
adicionar dentro dos espaços dos retângulos imagens coloridas dos músculos do Tórax
tiradas da internet, de forma que não haja nenhum ímpar, fazer quantidade desejada,
imprimir e recortar os dominós. Logo após recortar pedaços de papel emborrachado do
mesmo tamanho dos papeis impressos e colá-los.
Regras do jogo:
Os alunos devem iniciar o jogo com uma peça, em seguida jogar à próxima referente à
estrutura anatômica presente no músculo do tórax, quem possuir em mãos a peça deve
colocá-la na sequência e assim sucessivamente até que complete a lógica do jogo.
42
AULA: MÚSCULOS DOS MEMBROS SUPERIORES
Objetivos da aula prática:
- Identificar os músculos superficiais da região anterior do antebraço.
Produtos confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 10A)
- Jogo didático (Figura 10B)
Figura 10. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de
Enfermagem (Aula de Músculos do Membro Superior) da UPE
Campus Petrolina. A - Modelo anatômico: Músculos do antebraço.
B - Jogo Didático: Quebra-cabeça.
Modelo Anatômico Artístico - Músculos superficiais da região anterior do
antebraço.
Materiais utilizados:
Biscuit de cor natural, cola de biscuit, tinta de tecido nas cores vermelha, nude
clara e branca; isopor grosso, pincel, rolo de massa, régua, tábua, óleo de peroba, lápis,
palito de dente e faca e fogo.
Como confeccionar:
Inicialmente, desenhar no isopor apenas o formato de um antebraço. Então, aqueça
uma faca no fogo, e quando ela estiver bem quente, passar pela marca do desenho,
cortando-o do isopor. Prepare a massa de biscuit. Ela deve ser sovada muitas vezes antes
do processo de pintura. Depois disso, pintar uma parte da massa de nude, uma de
vermelha e outra de branca. Quando a massa estiver colorida, ela deve ser colocada em
cima de uma tábua lubrificada com óleo de peroba, caso seja de madeira, para que a massa
não grude. A massa deve ser aberta com um rolo de massa, que também deve estar com
A B
43
um pouco de óleo de peroba. Cobrir todo o isopor cortado em forma de antebraço, colando
a massa com a cola de biscuit. Esperar a cola secar um pouco. Enquanto isso, cortar uns
pedaços da massa vermelha, que representará os músculos. Em cada pedaço, fazer riscos
com o palito de dente, que representarão as fibras musculares. Ao final do processo, colar
esses pedaços vermelhos em cima do biscuit de cor nude. Com a tinta branca, produzir os
ligamentos que ficarão próximos aos músculos superficiais na região do carpo e da mão.
Jogo Didático - Quebra- Cabeça
Materiais utilizados:
Papel emborrachado, cola, tesoura, papel plastificado, caixa pequena de madeira, imagem
impressa dos músculos superficiais do antebraço, GIMP (programa de edição e criação
de imagens para Windows).
Como confeccionar:
Primeiramente, escolher uma imagem no Google Imagens sobre os músculos superficiais
do antebraço que seja clara e didática. Depois da escolha, a imagem pode ser ampliada
no Microsoft Word e assim, ser transferida para o GIMP, para que nele seja formado o
quebra-cabeça. Após esse processo, imprimir a imagem em papel do tipo A4, colando–as
no papel emborrachado, e ao secar, cortar cuidadosamente cada peça do quebra-cabeça
manualmente. As peças podem ser plastificadas, para maior duração do quebra-cabeça.
Ao final, personalizar a caixa de madeira onde serão guardadas as peças do jogo, com o
nome do assunto do jogo e imagens sobre o tema. Também é necessário imprimir a
mesma imagem que é formada pelo quebra-cabeça, para servir de exemplo para os
participantes durante o jogo. Essa imagem pode ser guardada na mesma caixa que as
peças do quebra-cabeça.
Regras do jogo:
O jogo deve ter um número mínimo de dois jogadores por partida, onde ambos deverão
montar juntos, em um tempo máximo de dez minutos, as peças do quebra-cabeça até que
seja formada a imagem sobre os músculos superficiais do antebraço.
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AULA: MÚSCULOS DOS MEMBROS INFERIORES
Objetivos da aula prática:
- Conhecer, identificar os músculos rotadores do quadril.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 11A)
- Jogo Didático (Figura 11B)
Figura 11. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Enfermagem (Aula de
Músculos do Membro Inferior) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo anatômico:
Músculos Rotadores Externos. B - Jogo Didático: QUIZ.
Modelo Anatômico Artístico - Músculos rotadores externos do quadril
Materiais utilizados:
Massa de biscuit, isopor, papel cartão, cola, tesoura, pincel e tintas branca e vermelha e
impressão e alfinete de quadro de avisos.
Como confeccionar:
Modele a massa até o formato desejável para os músculos e osso do quadril, deixe secar,
pinte de vermelho o que se delimita como músculo e de branco os tendões e o osso do
quadril. Corte o isopor em forma de quadrado e cole o papel cartão sobre ele. Imprima no
papel o título das peças e nome de cada uma delas. Cole o nome de cada estrutura na
extremidade do alfinete e deixe secar. Cole a peça e os alfinetes sobre cada músculo
correspondente e deixe secar para poder usar.
A B
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Jogo Didático - Quiz
Materiais utilizados:
Uma folha de papel cartão A4, tesoura, envelope e impressão.
Como confeccionar:
Criar caixas de texto no Microsoft Word com perguntas e respostas sobre os músculos
rotadores, imprimir, recortar e guardar no envelope.
Regra do Jogo:
O jogo deverá ter dois participantes por rodada. O primeiro jogador (J1) escolhe uma
carta sem olhar e entrega para o segundo jogador (J2) que lê a pergunta contida nela, o
jogador 1 tem que responder de maneira correta, depois é a vez do J2 escolher a carta e
entrega-la para J1 fazer a leitura da pergunta para que J2 responda.O gabarito consta na
carta. Ganha quem acertar mais.
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AULA: SISTEMA CIRULATÓRIO – CORAÇÃO
Objetivos da aula prática:
- Identificar as valvas cardíacas no processo sistólico e diastólico.
Produtos confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 12A)
- Jogo Didático (Figura 12B)
Figura12. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Nutrição (Aula de
Sistema Cardiovascular) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo anatômico: Coração
em sístole e diástole. B - Jogo Didático: Jogo da memória.
Modelo Anatômico Artístico - Valvas cardíacas no processo sistólico e diastólico
Materiais utilizados:
Biscuit de cor natural, cola de biscuit, tinta de tecido nas cores vermelha, azul, rosa e
branca; isopor grosso, pincel, rolo de massa, régua, tábua, óleo de peroba, lápis, faca e
fogo.
Como confeccionar:
Inicialmente, desenhar no isopor apenas o formato de dois corações. Então, aqueça uma
faca no fogo, e quando ela estiver bem quente, passar pela marca do desenho do coração,
cortando-o do isopor. Com os dois formatos de coração cortados, raspar um dos lados do
isopor cortado, para deixa-lo mais fundo, pois isso facilitará no momento de fazer os
átrios e ventrículos do órgão. Preparar a massa de biscuit depois pintar uma parte da massa
de azul, uma de vermelha, uma de rosa e outra de branca. Quando a massa estiver colorida,
A B
47
ela deve ser colocada em cima de uma tábua lubrificada com óleo de peroba, caso seja de
madeira, para que a massa não grude. A massa deve ser aberta com um rolo de massa,
que também deve estar com um pouco de óleo de peroba.Com o biscuit aberto, deve-se
ir preenchendo o isopor. Do lado direito do coração, por representar a volta do sangue
desoxigenado do corpo para os pulmões, deve ser colocada a massa de cor azul. E do lado
esquerdo, que representa a saída de sangue oxigenado do coração para o corpo, deve ser
depositada o biscuit vermelho. Corta-se com a régua o excesso de massa da borda do
isopor. Entre os ventrículos, coloca-se um pouco da massa rosa, que pode representar o
músculo cardíaco. As valvas são feitas com a tinta branca, e devem ser depositadas por
último, no coração formado.
Jogo Didático - Jogo da Memória
Materiais utilizados:
Cartolina branca, cola, tesoura, papel plastificado, diversas imagens impressas sobre o
coração em sístole e em diástole, envelopes vermelhos, papel do tipo A4.
Como confeccionar:
Inicialmente, selecionar algumas figuras sobre o coração em sístole e em diástole
da base de dados do Google Imagens, didáticas e coloridas. Após a seleção das imagens,
as mesmas devem ser duplicadas no Microsoft Word e assim, impressas em papel do tipo
A4. Cortar as figuras manualmente e colar na cartolina que também precisa ser cortada
em pequenos quadrados, tentando-se padronizar os tamanhos das figuras. Atrás de cada
peça do jogo, pode-se colar o nome “jogo da memória”. Após esse processo, cada
quadrado pode ser plastificado com o papel plastificado, com o objetivo de fazer as peças
durarem por mais tempo. Ao final, as peças podem ser guardadas em envelope.
Regras do jogo:
O jogo poderá ter até quatro participantes por rodada. Todas as cartas devem estar
inicialmente com suas imagens viradas para baixo. Um dos jogadores deve embaralhar as
cartas antes que o jogo inicie. Os próprios jogadores escolhem quem deve iniciar o jogo.
O primeiro jogador deve virar uma carta e tentar encontrar o par correto da mesma. Caso
ele o encontre, tem o direito de procurar mais um par, e assim sucessivamente. Ao errar,
ele passa a vez para o próximo jogador. O vencedor será aquele que ao final do jogo tiver
achado mais cartas iguais.
48
AULA: SISTEMA CIRCULATÓRIO – VASCULARIZAÇÃO DOS MEMBROS
SUPERIORES E INFERIORES
Objetivos da aula prática:
- Conhecer e identificar os principais vasos sanguíneos dos membros superiores e
inferiores.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 13A)
- Jogo Didático (Figura 13B)
Figura 13. Material para ser utilizado no curso de Enfermagem (Aula de Sistema
Vascular dos Membros Superiores e Inferiores) da UPE Campus Petrolina. A -
Modelo anatômico: Vascularização dos Membros. B - Jogo Didático: Palavras
Cruzadas.
Modelo Anatômico Artístico - Sistema vascular dos membros superiores e inferiores
Materiais utilizados:
Duas pranchas de isopor, estilete, cola de isopor, tinta guache tom de pele, cola colorida
vermelha e azul.
Como confeccionar:
Uma das pranchas de isopor, vai formar uma base para o modelo anatômico. A outra vai
ser esculpida com o estilete no formato de uma pessoa e será colada com cola de isopor
A B
49
na base. Logo após, pintar toda a lateral do boneco que representa a pele. Fazer em cima
do boneco, as veias e artérias correspondentes a cada parte do corpo.
Jogo Didático - Palavras Cruzadas
Materiais utilizados:
Folha de papel A4, impressão e Plastificação e um pincel para quadro branco.
Como confeccionar:
Selecionar as palavras de acordo com o tema para compor as palavras cruzadas. Criar
uma tabela com vários espaços reduzidos, apagando os quadrados desnecessários e
numerar as palavras. Os nomes compostos devem ter um quadro preenchido com cor
escura entre as duas palavras. Deve ser produzida também uma folha de perguntas e uma
de respostas. As perguntas devem ser divididas em horizontais e verticais e numeradas de
acordo com o que foi organizado no caça palavras; a folha de repostas deve ser idêntica
à de perguntas, contendo as respostas depois as folhas devem ser impressas e plastificadas
para poderem ser reutilizado.
Regra do Jogo:
Os alunos deveram ler e responder as perguntas sobre a vascularização dos membros
superiores e inferires, sendo possível assim identificar quantas letras possuem cada
palavras e onde elas se encaixam no jogo.
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AULA: SISTEMA RESPIRATÓRIO
Objetivos da aula prática:
- Conhecer e identificar as estruturas que constituem a traqueia, os brônquios e os
pulmões.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 14A)
- Jogo Didático (Figura 14B)
Figura 14. Material utilizado na sub-turma passiva do curso de Nutrição (Aula de
Sistema Respiratório) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo anatômico: Traqueia,
Brônquios e Pulmões. B - Jogo Didático: Dominó.
Modelos Anatômico Artístico: Traqueia, Brônquios e Pulmões.
Materiais utilizados:
Massa para biscuit branca, tinta para tecido roxa ou marrom, tinta para tecido verde, uma
prancha de isopor, tinta guache branca, um estilete, uma lixa e cola para isopor.
Como confeccionar:
Primeiro, fazer uma base com um pedaço 40x30cm de isopor onde ficarão os pulmões e
a traqueia, lixar as laterais. Moldar pulmões em isopor para então cobrir os esses moldes
com massa para biscuit que foi pintada com tinta roxa, amassando e colocando a tinta aos
poucos. A massa deve passar por algum tipo de rolo para ficar amassada, de modo que
cubra o molde de isopor. Com o molde já coberto de massa (exceto na parte de baixo,
B A
51
onde ficará colado na base), fazer as fissuras pulmonares correspondentes a cada pulmão.
Com o estilete, recortar do isopor, um formato de traquéia, lixando o excedente para que
fique arredondado pintar inteiramente com guache branca. Pintar um pouco da massa de
biscuit de verde, amassar e fazer tiras. Colar as tiras na traquéia (exceto na parte de baixo,
onde ficará colada na base), com um espaço entre uma e outra formando os anéis
traqueais. Finalmente colar a traqueia na base junto aos pulmões.
Jogo Didático - Dominó
Materiais utilizados:
Papel emborrachado de qualquer cor, tesoura, cola branca, impressão.
Como confeccionar:
No paint (software utilizado para a criação de desenhos simples e para a edição de
imagens), fazer retângulos mais ou menos 4x1,5cm, com traço horizontal no meio,
adicionar dentro dos espaços dos retângulos imagens coloridas do sistema respiratorio
tiradas da internet, como pulmões, alvéolos, traqueia, de forma que não haja nenhum
ímpar, fazer quantidade desejada, imprimir e recortar os dominós. Logo após recortar
pedaços de papel emborrachado do mesmo tamanho dos papeis impressos e colá-los.
Regras do jogo:
Jogar como dominó comum, embaralhar as peças, e combinando as peças iguais, ao final
do jogo, quem tiver menos peças vence.
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AULA: SISTEMA DIGESTÓRIO
Objetivos da aula prática:
- Identificar as principais estruturas da cavidade bucal propriamente dita
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 15A)
- Jogo Didático (Figura 15B)
Figura 15. Material para ser utilizado nas aulas dos cursos de Enfermagem e
Nutrição (Aula de Sistema Digestório) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo
anatômico: Cavidade Bucal. B - Jogo Didático: Imagem e Ação
Modelos Anatômicos Artísticos - Cavidade Bucal Propriamente Dita
Materiais utilizados:
Massa para biscuit branca, tinta para tecido ou tinta a óleo cor-de-rosa, um palito de
churrasco ou de dentes.
Como confeccionar:
Reservar um pouco da massa para biscuit sem pintar, e modelar com as mãos, os 32 dentes
conforme seus formatos e deixar secar. Enquanto isso, o restante da massa branca deve
ser pintada de rosa, adicionando aos poucos a tinta à massa e amassando com as mãos até
atingir a uniformidade do tom desejado. Logo após, modelar com as mãos a gengiva, céu
da boca e assoalho bucal, fazendo neles pequenos riscos que são a rafe do palato e as
pregas palatinas transversais. Com a massa rosa, fazer a parte a língua desenhando nela
as papilas e forame cego.
A B
53
Jogo Didático - Imagem e Ação
Materiais utilizados:
Cinco folhas de papel A4, impressão e plastificação.
Como confeccionar:
No paint (software utilizado para a criação de desenhos simples e também para a edição
de imagens), escrever nomes de partes da cavidade oral como palato duro, palato mole,
ou língua, uma parte em cada carta do jogo. E em uma delas explicar as regras do jogo.
Após isso, imprimir, e recortar no formato desejado para plastificar, obtendo maior
durabilidade.
Regras do jogo:
No mínimo dois jogadores. Um jogador embaralha as cartas, pega uma e em seguida tenta
desenhar o que leu em uma folha de papel. Enquanto isso, o outro jogador tem a missão
de adivinhar o que foi desenhado.
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AULA: SISTEMA URINÁRIO
Objetivos da aula prática:
- Conhecer e identificar as partes constituintes do Néfron.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 16A)
- Jogo Didático (Imagem 16B)
Figura 16. Material para ser utilizado nas aulas dos cursos de
Enfermagem e Nutrição (Aula de Sistema Urinário) da UPE Campus
Petrolina. A - Modelo anatômico: Néfron. B - Jogo Didático: Quebra-
cabeça.
Modelos Anatômico Artístico - Néfron
Materiais utilizados:
Uma placa de cerâmica (para a base), Massa de biscuit natural, três tintas para tecido de
cores diferentes.
Como confeccionar:
Separe quatro pedaços de massa de biscuit, a primeira misture com tinta amarela; a
segunda misture com tinta vermelha; a terceira com tinta azul e a última misturando com
tinta azul e vermelha resultando na tonalidade roxa.Com a massa de cor amarela faça o
néfron. Faça uma bola pequena de massa amarela, amace metade para formar Cápsula
de Glomerular; faça um cilindro e de formato de S para formar o túbulo contorcido
proximal e conecte a capsula; estique o cilindro deixando mais fino e curvo para da forma
a alça de renal; repita o processo do túbulo contorcido proximal para formar o túbulo
contorcido distal; depois de formar o S vá engrossando aos poucos o cilindro da forma o
A B
55
ducto coletor, separando alguns pedaços para acrescenta lateralmente originando
ramificações.Com a massa de cor vermelha forme cilindros finos, usando-os primeiro
para formar pequenos círculos que vão se cruzar para formar o glomérulo; conecte os
cilindros finos para dar início as arteríolas aferente e eferentes, a aferente deve engrossar
e formar a artéria renal, as arteríolas eferentes devem formar uma rede passando por cima
e por baixo do néfron e deixando pontas soltas no meio da estrutura.Com a massa de cor
azul faça a veia renal, saindo dele ponha finos cilindros para formar as vênulas passando
por cima e por baixo do néfron formando uma rede com pontas soltas no meio. Usando a
massa roxa conecte as pontas soltas das vênulas e arteríolas.
Jogo Didático - Quebra Cabeça do Néfron
Materiais utilizados:
Papel emborrachado, cola, tesoura, papel plastificado, caixa pequena de madeira, imagem
impressa do Néfron, GIMP (programa de edição e criação de imagens para Windows).
Como confeccionar:
Primeiramente, escolher uma imagem no Google Imagens sobre o Néfron que seja clara
e didática. Depois da escolha, a imagem pode ser ampliada no Microsoft Word e assim,
ser transferida para o GIMP, para que nele seja formado o quebra-cabeça.Após esse
processo, imprimir a imagem em papel do tipo A4, colando–as no papel emborrachado,
e ao secar, cortar cuidadosamente cada peça do quebra-cabeça manualmente. As peças
podem ser plastificadas, para maior duração do quebra-cabeça. Ao final, personalizar a
caixa de madeira onde serão guardadas as peças do jogo, com o nome do assunto do jogo
e imagens sobre o tema. Também é necessário imprimir a mesma imagem que é formada
pelo quebra-cabeça, para servir de exemplo para os participantes durante o jogo. Essa
imagem pode ser guardada na mesma caixa que as peças do quebra-cabeça.
Regras do jogo:
O jogo deve ter um número mínimo de dois jogadores por partida, onde ambos deverão
montar juntos, em um tempo máximo de dez minutos, as peças do quebra-cabeça até que
seja formada a imagem sobre o Néfron.
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AULA: SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Objetivos da aula prática:
Identificar os elementos constituintes da vulva.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 17A)
- Jogo Didático (Figura 17B)
Figura17. Material para ser utilizado nas aulas dos cursos de Enfermagem e
Nutrição (Aula de Sistema Reprodutor Feminino) da UPE Campus Petrolina. A -
Modelo anatômico: Pudendo. B - Jogo Didático: Caça Palavra.
Modelos Anatômico Artístico - Pudendo
Materiais utilizados:
Um pedaço de papelão (para a base), isopor (para o molde), pincel preto, estilete, palito,
massa de biscuit natural, duas tintas para tecido de cores diferentes, caneta preta.
Como Confeccionar:
Pegue um pedaço de isopor desenhe com um pincel preto o formato desejado para fazer
o molde para o pudendo, corte com estilete. Separe duas bolas de massa de biscuit, a
primeira deve ser misturada com tinta de cor marrom ou bege; a segunda deve ser
misturada com tinta vermelha ou rosa. Após o preparo da massa e do molde, cubra o
molde com a massa cor de pele, desenhando os contornos com palitos; acrescente biscuit
A B
57
de cor rosa para formar os lábios menores, prepúcio do clitóris, clitóris, vestíbulo da
vagina moldando com um palio de forma rápida para não secar antes que tenha a forma
desejada; após fazer todo o vestíbulo da vagina com todos os detalhes, pinte o óstio da
vagina de rosa ou vermelho para da profundidade visual. Por fim pressione a peça contra
o pedaço de papelão para colar, se desejar use cola, deixe secar. Após seca use a caneta
preta para desenhar pelos no monte pubiano.
Jogo Didático - Caça Palavras
Materiais utilizados:
Site da Discovery education palavras selecionadas, Tutorial “Como criar caça-palavras e
cruzadinha!” do canal Tecon tudo, folha de papelA4, impressão, papel emborrachado,
cola, tesoura, plastificação.
Como Confeccionar:
Selecionar as palavras de acordo com o tema para compor o caça palavras. Assistir o
tutorial “Como criar caça-palavras e cruzadinha!” do canal Tecon tudo. Utilizar o site da
Discovery education para gerar o caça palavras e sua resposta, ampliá-los utilizando o
Microsoft Word. Imprimir o jogo e suas respostas, e plastificar o jogo para que possa ser
utilizado mais de uma vez. Fazer perguntas de acordo com as palavras selecionadas,
imprimir, cortar e colar no emborrachado. As perguntas devem então ser plastificadas
com o papel adesivo e cortadas.
Regra do Jogo:
Os alunos deveram ler e responder as perguntas sobre as estruturas da vulva, sendo
possível assim identificar e marcar as palavras no jogo.
58
AULA: SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Objetivos da aula prática:
- Identificar as estruturas constituintes do corte transverso do Pênis.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 18A)
- Jogo Didático (Figura 18B)
Figura 18. Material para ser utilizado nas aulas dos cursos de Enfermagem e Nutrição
(Aula de Sistema Reprodutor Masculino) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo
anatômico: Corte transverso do Pênis. B - Jogo Didático: Acerte o Alvo.
Modelo Anatômico Artístico - Corte Transverso do Pênis
Materiais utilizados:
Um pedaço de papelão (para a base), isopor (para o molde), pincel preto, estilete, palito,
massa de biscuit natural, quatro tintas para tecido de cores diversas, caneta preta.
Como confeccionar:
Pegue um pedaço de isopor desenhe com um pincel preto o cilindro para fazer o molde
para o corte transversal do pênis, corte com estilete. Separe 6 bolas de massa de biscuit,
a primeira deve ser misturada com tinta de cor marrom ou bege; a segunda deve ser
misturada com tinta amarela; a seguinte com tinta de cor azul; outra com tinta de cor
vermelha; uma deve ter tinta amarela e vermelha formando massa de cor laranja e a última
com tinta azul e vermelha misturadas deixando a massa com cor roxa.Após o preparo da
massa e do molde, cubra o molde com a massa cor de pele; faça um círculo de massa azul
A B
59
e ponha na parte de cima do cilindro; usando a massa amarela faça um cilindro fino e
ponha na borda entre massa marrom e a massa azul, para formar o dartos peniano. Use a
massa roxa para formar os corpos cavernosos e a massa laranja para formar o corpo
esponjoso cole sobre a massa azul, faça pequenas bolinhas com a massa azul e a vermelha
para representar os vasos, ponha nos corpos cavernosos e no dartos peniano. Antes de
secar use a caneta preta para fazer a uretra e pequenos pontos nos corpos cavernosos e
esponjosos. Por fim pressione a peça contra o pedaço de papelão para colar, se desejar
use cola, deixe secar.
Jogo Didático - Acerte o alvo
Materiais utilizados:
Imagem do corte transversal, folha de papelA4, impressão, plastificação, etiquetas
adesivas coloridas, tesoura, envelopes e dado.
Como confeccionar:
Inicialmente deve ser selecionada uma imagem do Google Imagens que represente de
forma clara e didática, o corte transversal do pênis. Essa imagem precisa ser ampliada no
Microsoft Word, e cada parte da figura deve ser indicada com setas, de cores diversas,
que são as mesmas cores que devem estar nas cartas do envelope de respostas. Essas setas
representam o local onde o jogador deve fixar a etiquetas coloridas durante a partida. A
imagem precisa ser impressa em papel A4 e depois plastificada. Posteriormente, criar
algumas perguntas e algumas respostas no Microsoft Word sobre o pênis e seus
constituintes baseadas no que é mostrado pela imagem. Para cada pergunta, uma resposta
que indica a cor da seta mostrada na figura. Elas devem ser impressas, cortadas e coladas
em cartolina, plastificadas e guardadas em envelope. É importante ressaltar que devem
ter dois envelopes, um só para as cartas de perguntas; e outro só para as respostas. A sua
função é servir como auxilio durante o jogo para os participantes das partidas.
Regra do Jogo:
O jogo poderá ter até dois participantes por rodada. Cada um terá que escolher uma cor
de etiquetas adesiva. Essa cor será usada até o fim do jogo. Os jogadores devem lançar o
dado, e quem obtiver a maior pontuação, iniciará a partida. Durante a partida, apenas as
cartas do envelope de perguntas devem ser usadas. O primeiro jogador deve retirar
aleatoriamente uma carta do envelope de perguntas com um número correspondente
(exemplo: 1-indique) e indicar com o adesivo na imagem do pênis, o que é pedido pela
carta. Posteriormente, o próximo jogador deve seguir os mesmos passos. Cada
participante, deve guardar suas cartas de perguntas em ordem de resposta até as cartas de
perguntas acabarem. Ao final do jogo, os participantes devem pegar as cartas do envelope
de respostas e conferir com as suas respostas. Cada carta do envelope de perguntas terá
60
uma carta correspondente no envelope de respostas com o mesmo número (exemplo: 1-
resposta), que indicará a cor de seta correta em que o alfinete deve estar. O participante
que acertar o maior número de indicações no alvo vencerá o jogo.
61
AULA: MEDULA ESPINHAL - MENINGES
Objetivo:
- Conhecer as meninges e localiza-las em suas regiões.
Produtos Confeccionados:
- Modelo Anatômico Artístico (Figura 19A)
- Jogo Didático (Figura 19B)
Figura 19. Material para ser utilizado nas aulas dos cursos de Enfermagem e Nutrição (Aula
de Sistema Nervoso) da UPE Campus Petrolina. A - Modelo anatômico: Medula Espinhal
com meninges. B - Jogo Didático: Acerte o alvo.
Modelo Anatômico Artístico: Medula Espinhal com meninges
Materiais utilizados:
Biscuit de cor natural, cola de biscuit, tinta de tecido nas cores amarela, azul clara e azul
escura, rolo de papel toalha, pincel, rolo de massa, régua, tábua, óleo de peroba, cola de
isopor e alfinetes.
Como confeccionar:
O primeiro passo é preparar a massa de biscuit. Ela deve ser sovada muitas vezes antes
do processo de pintura. Depois disso, pintar uma parte da massa de azul clara, uma de
azul escura, e outra de amarela. Quando a massa estiver colorida, ela deve ser colocada
em cima de uma tábua lubrificada com óleo de peroba, caso seja de madeira, para que a
massa não grude. A massa deve ser aberta com um rolo de massa, que também deve estar
com um pouco de óleo de peroba. Posteriormente, depositar com um pincel de tinta uma
quantidade generosa de cola de biscuit sobre o rolo de papel toalha. Logo em seguida,
A B
62
colar a massa de cor azul claro sobre o rolo, cobrindo-o por inteiro. Essa representará a
medula espinhal com a meninge pia-máter. Com isso, colar em cima da massa azul claro,
o biscuit de cor azul escuro, mas até a metade do rolo, representando assim, a meninge
aracnoide. Em cima do biscuit de cor azul escuro, cola a massa de cor amarela, que será
a meninge mais externa, denominada dura-máter. Ainda com biscuit de cor amarelo, fazer
os pares de nervos espinhais e colar sobre toda a medula. Entre os espaços existentes entre
as meninges (espaço subaracnóideo, espaço subdural) colocar alfinetes com os nomes
desses espaços. Ao final do processo, esperar o biscut secar, tendo-se cuidado para que
ele não fique marcado.
Jogo Didático - Acerte o alvo
Materiais utilizados:
Papel camurça azul marinho, isopor de tamanho médio, cola de isopor, tesoura, papel A4,
alfinetes coloridos, envelopes.
Como confeccionar:
Inicialmente deve ser selecionada uma imagem do Google Imagens que represente de
forma clara e didática, a medula espinhal com todas as meninges. Essa imagem precisa
ser ampliada no Microsoft Word, e cada parte da figura deve ser indicada com setas, de
cores diversas, que são as mesmas cores que devem estar nas cartas do envelope de
respostas. Essas setas representam o local onde o jogador deve fixar o alfinete durante a
partida. A imagem precisa ser impressa em papel A4. Em sequência, colar o papel
camurça no isopor com a cola de isopor. Ao secar, a imagem impressa da medula com
meninges é colada no papel. Posteriormente, criar algumas perguntas e algumas respostas
no Microsoft Word sobre a medula, meninges e seus constituintes baseadas no que é
mostrado pela imagem. Para cada pergunta, uma resposta que indica a cor da seta
mostrada na figura. Elas devem ser impressas, cortadas e coladas em cartolina,
plastificadas e guardadas em envelope. É importante ressaltar que devem ter dois
envelopes, um só para as cartas de perguntas; e outro só para as respostas. A sua função
é servir como auxilio durante o jogo para os participantes das partidas.
Regras do jogo:
O jogo poderá ter até dois participantes por rodada. Cada um terá que escolher uma cor
de alfinete. Essa cor será usada até o fim do jogo. Os jogadores devem lançar o dado, e
quem obtiver a maior pontuação, iniciará a partida. Durante a partida, apenas as cartas do
envelope de perguntas devem ser usadas. O primeiro jogador deve retirar aleatoriamente
uma carta do envelope de perguntas com um número correspondente (exemplo: 1-
indique) e indicar com o alfinete na imagem da medula espinhal, o que é pedido pela
carta. Posteriormente, o próximo jogador deve seguir os mesmos passos. Cada
63
participante, deve guardar suas cartas de perguntas em ordem de resposta até as cartas de
perguntas acabarem. Ao final do jogo, os participantes devem pegar as cartas do envelope
de respostas e conferir com as suas respostas. Cada carta do envelope de perguntas terá
uma carta correspondente no envelope de respostas com o mesmo número (exemplo: 1-
resposta), que indicará a cor de seta correta em que o alfinete deve estar. O participante
que acertar o maior número de indicações no alvo vencerá o jogo.
64
5.2 ARTIGO ORIGINAL
Artigo a ser submetido à revista: Educação (ISSN: 1981-2582)
ALTERNATIVAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA AUXÍLIO NO ESTUDO
DA ANATOMIA HUMANA NO ENSINO SUPERIOR
DIDACTIC PEDAGOGICAL ALTERNATIVES TO AID THE ANATOMY OF
HUMAN STUDY IN HIGHER EDUCATION
Diego Pires Rocha1
Ariana dos Santos Souza 2
Yanna Gabriele Hermogens Ferreira 2
Mylena Thaise Moraes Santos 2
Heverton Vieira de Souza 2
Lessaiane Catiusca da Silva Oliveira 3
Iracema Hermes Pires de Mélo Montenegro4
Rita di Cássia de Oliveira Angelo5
Paulo Adriano Schwingel6
1 Mestrando em Educação pelo Programa Formação de Professores e Práticas
Interdisciplinares. Docente do Colegiado de Enfermagem- UPE Campus Petrolina.
2 Discente do Bacharelado em Nutrição UPE Campus Petrolina.
3 Discente do Bacharelado em Enfermagem UPE Campus Petrolina.
4 Docente do Colegiado de Nutrição - UPE Campus Petrolina.
5 Membro Permanente do Programa Formação de Professores e Práticas
Interdisciplinares. Docente do Colegiado de Fisioterapia - UPE Campus Petrolina.
6 Membro Permanente do Programa Formação de Professores e Práticas
Interdisciplinares. Docente do Colegiado de Nutrição - UPE Campus Petrolina.
Endereço de Correspondência
Diego Pires Rocha
Colegiado de Enfermagem – UPE Campus Petrolina.
BR 203, Km 02. Cidade Universitária. Vila Eduardo. Petrolina – PE. CEP:
Telefone: (87) 981785666
E-mail: [email protected]
65
Resumo
Introdução: A população estudantil é bem diversificada quanto à idade, cultura,
experiência, dentre outras características. Portanto, o ensino superior vem se adaptando a
essas diversidades, desenvolvendo metodologias alternativas que aliadas à interatividade
em Anatomia Humana permitem, ao professor, disseminar conhecimento e experiências
que até então estavam restritos aos livros textos e ao atlas. Objetivo: Avaliar as
alternativas didático-pedagógicas como método complementar ao estudo da Anatomia
Humana no ensino superior. Metodologia: O presente estudo do tipo pesquisa-ação foi
realizado com 72 discentes nas aulas práticas das disciplinas de anatomia humana dos
cursos de Bacharelado em Nutrição (n=41) e Enfermagem (n=31) da Universidade de
Pernambuco, Campus Petrolina. Cada turma foi dividida em duas subturmas (MA:
metodologia ativa; MP: metodologia passiva. Em cada subturma, foi subdividida em 4
bancadas, sendo uma fixa para o grupo controle (aula tradicional), e três bancadas com
metodologias alternativas (modelos anatômicos artísticos, jogos didáticos e desenho
artístico). Foram realizados cinco encontros em nutrição e sete encontros em
enfermagem, sendo o primeiro para apresentação da disciplina, projeto com
caracterização da população; os demais encontros foram para ministrar o conteúdo e
aplicar os métodos alternativos de aprendizagem. Em cada aula, os alunos respondiam
individualmente um pré-teste e após a aula um pós-teste com uma pesquisa de satisfação.
Resultados: As metodologias ativa e passiva favoreceram a aprendizagem observada por
meio do aumento de acertos no pós-teste. Em relação a preferência pelas metodologia
utilizada, os discentes, prefiram a metodologia passiva à ativa. Os métodos alternativos
mostram ser eficaz para o ensino/aprendizagem da Anatomia Humana, pois, comparados
ao pré-teste todos os métodos alternativos aumentaram o número de acertos no pós-teste.
Quando calculado o tamanho do efeito, o jogo apresentou grande magnitude tanto na
metodologia passiva quanto ativa, seguido pelo desenho/pintura e modelo artístico.
Quanto à satisfação, houve semelhança entre os métodos analisados. Conclusão: As
metodologias alternativas de ensino melhoram a eficiência do aprendizado independente
da metodologia utilizada passiva ou ativa.
Palavras-chave: Anatomia. Ensino Superior. Aprendizagem. Metodologia.
Abstract
Introduction: The student population is much diversified in terms of age, culture,
experience, among other features. For this reason, the graduation teaching has been
adapting to these diversities, developing alternative methodologies that allied to
interactivity in Human Anatomy allow the teacher to disseminate knowledge and
experiences which were restricted to textbooks and atlas. Objective: To evaluate didactic-
pedagogical alternatives as a complementary method to the study of Human Anatomy in
a graduation course. Methodology: the present study named action type research was
applied with 72 students in human anatomy practical classes of the Nutrition Bachelor (n
= 41) and Nursing (n = 31) courses in Pernambuco University, Campus Petrolina. Each
class was divided into two subclasses (AM: Active Methodology and AP: Passive
Methodology ), each sub-class was divided into 4 groups, one fixed for the control group
(traditional class)and three groups with alternative methodologies (artistic anatomical
models, didactic games and artistic design) Five meetings were held in Nutrition and
seven ones in Nursing course. The first one it was to present the subject and the project
66
with the people characterization, the other meetings were to teach the content and apply
alternative learning methods. In each class, the students answered a pre-test and after class
a post-test individually as a satisfaction survey. Results: The active and passive
methodologies benefited the observed learning by the increase of correct answers made
in the post-test. Regarding the preference for the methodology used, the students prefer
the passive to active methodology. The alternative methods show the effectiveness of the
Human Anatomy teaching / learning, as compared to the pre-test presented, all alternative
methods increased the number of correct answers in the post-test. When calculated the
effect size, the game showed great magnitude, both in passive and in active methodology,
followed by drawing / painting and artistic model. Regarding satisfaction, there was
similarity between the analyzed methods. Conclusion: alternative teaching
methodologies improve the learning effectiveness regardless of their use, passive or
active.
Keywords: Anatomy. Graduation. Learning. Methodology.
INTRODUÇÃO
A população estudantil das universidades é muito diversificada quanto à idade,
experiência, cultura, nível de preparação e estilos de aprendizagem, assim como, tem seu
próprio conjunto de valores, ideias, éticas, crenças (MEEHAN-ANDREWS, 2009). O
ensino superior precisa adaptar-se as essas mudanças da sociedade visando favorecer o
desenvolvimento integral do estudante (SOARES et al., 2014). A fim de desenvolver
métodos para motivar e promover a compreensão do conhecimento (MEEHAN-
ANDREWS, 2009).
A aprendizagem ativa deve desempenhar um papel central na educação em saúde,
possibilitando que o estudante evolua da passividade (transmissão de conhecimentos e
memorização de conteúdos) e tore-se coator do processo ensino-aprendizagem, adotando
uma postura mais ativa e protagonizando, junto com o professor, o seu processo educativo
(KAUFMAN, 2003; KORF et al., 2008; CEZAR et al., 2010). É essencial, que o educador
esteja preparado para lidar adequadamente com esse novo estudante que adquiri
conhecimento de forma passiva (leitura, audição e observação), quando vivenciadas
apenas essas estratégias, assim como, de uma maneira mais eficiente através de
metodologias ativas, quando o aluno atua, discuti e constrói o conhecimento (KORF et
al., 2008). Os estudantes devem desenvolver uma atitude de estudo independente, em que
existam trocas de ideias e reflexões a respeito dos assuntos, cuja a teoria seja articulada
continuamente com a prática, promovendo diferentes oportunidades de interação com o
novo conhecimento (BATISTA, 2006).
67
A aprendizagem significativa é o mecanismo humano, por excelência, para
adquirir e armazenar a vasta quantidade de ideias e informações representadas em
qualquer campo de conhecimento (MONEREO; PÉREZ, 20011). Para uma aula
conduzida por este tipo de aprendizagem, é importante que o professor esteja presente,
não somente como expositor, mas principalmente como orientador e incentivador da
reflexão e da busca do conhecimento, observando o comportamento dos grupos,
detectando falhas e dificuldades, utilizando todas as ferramentas possíveis como apoio
para uma melhor aprendizagem (DAMASCENO; CÓRIA –SABINI, 2003).
O ensino da Anatomia Humana para a graduação consiste, basicamente em ensino
tradicional, com as aulas teóricas em forma de palestras e as práticas utilizando peças
anatômicas embalsamadas (DYER; THORNDIKE, 2000; BRINKE et al., 2014). Esse
método, por vezes, é criticado devido à característica de memorização breve, o que
dificulta a retenção do conhecimento para a aprendizagem significativa (MANSINI;
MOREIRA, 2008). Porém, uma palestra com bons recursos visuais (imagens ricas,
diagramas, símbolos), auditivos (discurso claro e conciso, leitura de textos) com
perguntas para buscar o conhecimento prévio e exemplos do cotidiano apresentados de
diferentes formas é sensível às preferências de aprendizagem dos alunos e facilitam o
aprendizado (MEEHAN-ANDREWS, 2009).
A aquisição de um conhecimento aprofundado da morfologia é de extrema
importância para estudantes da área de saúde por propiciar a conexão geral entre as
estruturas e funções do corpo afirmando a necessidade da Anatomia Humana ser um
componente básico da matriz curricular dos cursos da área de saúde (KONIG; LIEBICH,
2011; VAVRUK, 2012).
A importância da anatomia para os diversos cursos da área de saúde é indiscutível,
porém, anatomistas de diversos lugares discutem, sem chegar a um consenso, a melhor
maneira de ensinar aos estudantes (PATEL; MOXHAM, 2006; PRIDEAUX; BLIGH,
2002). Por conseguinte, as instituições combinam técnicas de ensino na esperança de
promover melhor eficiência da aprendizagem (HEYLINGS, 2002). Os principais
métodos utilizados para o ensino da Anatomia Humana são: dissecção por estudantes,
inspeção de peças anatômicas, utilização de modelos anatômicos, uso de aprendizagem
assistida por computador, slides e fitas e ensino de anatomia in vivo e radiológica. Porém,
a dissecção cadavérica humana ainda é o método preferido de ensino (PATEL;
MOXHAM, 2006).
68
A Anatomia Humana é uma disciplina de ensino predominantemente
tradicionalista, sendo rotulada pelos estudantes como de difícil aprendizagem (JORDAN
et al., 1999; DYER; THORNDIKE, 2000; BRINKE et al., 2014). Cada estudante possui
diferentes habilidades e formas preferenciais de aprendizagem. Portanto, não há uma
maneira que seja a mais eficiente para o aprendizado, mas, diferentes abordagens
auxiliam o aprendizado de vários estilos de estudantes (MEEHAN-ANDREWS, 2009).
Avaliações utilizando peças cadavéricas macroscópicas, lâminas histológicas,
modelos anatômicos e radiografias exploram diferentes habilidades (três dimensões)
sendo viável, confiável e bem aceito para avaliar o conhecimento anatômico
(SCHUBERT et al., 2009). Atividades pedagógicas com modelagem em argila
apresentaram um melhor desempenho na retenção do conhecimento anatômico quando
comparada com aqueles que apenas visualizaram o vídeo-aula (KOOLOOS et al., 2014).
Os módulos de dissecação (módulos de construções tridimensionais para ajudar a
entender regiões anatômicas complexas) auxiliam a aprendizagem por facilitar a
compreensão tridimensional do corpo humano (SERRAT et al., 2014). O uso de modelos
plásticos pode promover melhor aquisição e retenção de conhecimento que as mídias
virtuais, apesar destas, trazerem benefícios no processo ensino-aprendizagem
(CODD; CHOUDHURY, 2011; LOMBARDI et al., 2014). As metodologias alternativas
de aprendizagem, estimulam o aluno crítico e participativo, relacionando-os a uma nova
visão de construção do conhecimento, em um processo que envolve todos os
participantes, docentes e discentes (GARCIA, 2013).
Considerando as metodologias de ensino (ativa e passiva) e os diversos recursos
didáticos utilizados para o ensino da Anatomia Humana, este estudo buscou avaliar o
rendimento e preferência dos estudantes quanto às estratégias na aprendizagem em
Anatomia Humana.
METODOLOGIA
O presente estudo, do tipo pesquisa-ação com abordagem comparativa antes e
depois, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco
(CAAE no. 1.951.621).
Na Universidade de Pernambuco Campus Petrolina, localizada no Vale do São
Francisco – Pernambuco / Brasil, foi conduzida a pesquisa com os estudantes
matriculados na disciplina de Anatomia Humana dos cursos de Enfermagem (n=31) e
69
Nutrição (n=41). Foram excluídos do banco de dados aqueles que tinham cursado a
disciplina anteriormente.
As disciplinas de Anatomia Humana da UPE Campus Petrolina são ministradas,
inicialmente, com aulas teóricas seguidas de práticas, com duração de 3h e 2h,
respectivamente. As aulas teóricas são ministradas em sala de aula através de palestras,
enquanto, as aulas práticas ocorreram no laboratório de Anatomia. Ocorreram sete
encontros nas turmas de Enfermagem e cinco em Nutrição, com teoria seguida de prática
em cada encontro. No primeiro encontro a disciplina e o projeto foram apresentados e
realizada a caracterização da população. Esta consistiu em um questionário sócio-
demográfico com perguntas sobre idade, sexo, naturalidade, tipo de escolaridade do nível
básico, escolaridade dos pais e renda familiar. Os demais encontros tiveram as aulas
práticas organizadas através das metodologias de ensino propostas de acordo com o tipo
(metodologias ativas e passivas) e com o método alternativo (modelo anatômico, jogos
didáticos e desenho/pintura).
Considerando o tipo de metodologia, de forma aleatória (sistema de matrícula),
cada turma foi dividida em duas sub-turmas metodologia ativa (MA) e metodologia
passiva (MP), para cada curso. Em cada sub- turma, as metodologias alternativas foram
aplicadas através da organização de grupos distribuídos, por conveniência (escolha
discente sem conhecimento do método utilizado na bancada), em quatro bancadas
representando grupos (G), numeradas de 1 à 4 (MA: G1, G2, G3 e G4; MP: G1, G2, G3
e G4). O Grupo “G1” foram tidos como controle, e receberam aula tradicional, com
exposição dos pontos anatômicos pelo monitores e estudo com utilização de atlas. As
bancadas restantes (G2, G3 e G4) receberam, além da aula tradicional, o método
alternativo de ensino que utilizaram jogos didáticos, desenhos e modelos anatômicos, a
qual era apresentada de forma cíclica em cada encontro. Os grupos discentes com um
monitor permaneciam fixos a determinada bancada, supervisionados e orientados pelo
professor.
Como forma de avaliação do conhecimento, testes foram aplicados aos discentes.
No início da aula prática, um questionário (Pré-teste), correspondente ao conteúdo
trabalhado, com cinco perguntas para marcar a resposta verdadeira entre as cinco
alternativas apresentadas, foi aplicado de forma individual aos discentes, a fim de
verificar o conhecimento prévio. As questões foram elaboradas utilizando imagens
anatômicas para a identificação do ponto anatômicos relacionando à nomenclatura
anatômica correspondente. Ao final da aula prática, outro questionário (Pós-teste) foi
70
reaplicado a cada discente para verificar o conhecimento adquirido. O Pós-teste continha
as mesmas cinco questões do pré-teste no mesmo formato, apenas com as ordem das
questões alteradas. Como forma de avaliar a satisfação pessoal do estudante com a
atividade proposta, foi aplicado um teste de satisfação com respostas graduadas de 0 a 5,
sendo 0 “muito ruim” e 5 “ótimo”. O teste proporcionou a oportunidade de comentários
adicionais para os pontos positivos e negativos.
Sintetizando, em cada encontro da aula prática foi organizado seis momentos
semelhantes para as duas sub- turmas, da seguinte forma:
1º momento – Acolhimento (10 min): recepção dos alunos em sala.
2º momento- Pré-teste (10 min): aplicação do Pré-teste.
3º momento - Aula prática tradicional (40 min): Os monitores, supervisionados pelo
professor, apresentaram os pontos anatômicos tendo como auxílio as peças
anatômicas (cadavéricas humanas e plásticas) e livro tipo Atlas.
4º momento - Metodologia alternativa (40 min):O grupo controle não participa
dessa atividade, permanecendo no 3º momento. Os grupos experimentais de cada
sub- turma, através das metodologias ativa (os discentes produzem ou constroem)
e passiva (utilizam o material produzido), utilizam o método alternativo para
auxiliar na aprendizagem. O método alterativo era cíclico entre os grupos
experimentais, no qual cada um utilizava atividades diferentes em cada encontro.
As atividades propostas foram:
a) Modelos anatômicos artísticos: a sub- turma MA criaram de modelos
anatômicos com uso de materiais de baixo custo disponibilizados em sua bancada,
enquanto a sub- turma MP recebiam modelos anatômicos artísticos
confeccionados previamente pelos monitores.
b) Jogos didáticos: a sub- turma MA criaram jogos didáticos relacionados à
temática da aula utilizando os materiais disponíveis. A sub- turma MP utilizaram
jogos didáticos (ex. dominó, jogos de tabuleiro, jogos de memória, entre outros)
elaborados previamente pelos monitores.
c) Desenho artístico/Pintura: a sub- turma MA desenhou a partir de folha branca
o modelo anatômico estudado utilizando lápis de cor. A sub- turma MP receberam
um desenho anatômico pronto para pintura com lápis de cor.
5º momento - Pós-teste (10 min): O Pós-teste foi aplicado aos estudantes.
71
6º momento - Teste de satisfação (10 min): Os estudantes responderam ao teste de
satisfação.
A análise estatística foi descritiva com apresentação tabular. A caracterização da
amostra e as avaliações do aprendizado (pré e pós-teste), da preferência pelos distintos
métodos de ensino e dos métodos tradicionais e alternativos utilizados na disciplina foram
analisadas quantitativamente com o programa Statistical Package for Social Sciences
(SPSS) versão 12.0.1. Os dados são apresentados através de média e desvio padrão após
verificação da normalidade pelo teste Kolmogorov-Smirnov. A comparação entre as
metodologias ativa e passiva e entre métodos tradicional e alternativos foi realizada por
meio do teste t para amostras independentes. A comparação entre os valores pré e pós-
teste para as mesmas metodologias ou os mesmos métodos foi realizada por meio do teste
t para amostras dependentes. Para comparação das médias do pré com o pós teste, nos
diferentes métodos alternativos em um mesmo grupo foi realizada análise de variâncias
(ANOVA) de dois fatores (two-way) seguido do pós-teste de Bonfferroni. Relações
lineares entre as variáveis contínuas foram calculadas através do coeficiente de correlação
linear de Pearson. Todas as análises foram bilaterais e os valores de p foram calculados,
e a magnitude das diferenças entre os momentos foi calculada por meio do tamanho do
efeito utilizando o modelo proposto por Cohen (1988). Um tamanho de efeito entre 0,20
e 0,49 foi considerado pequeno, entre 0,50 e 0,79 foi moderado e ≥ 0,80 foi considerado
largo, com limite confidencial de 5% (p<0.05).
RESULTADOS
Participaram do presente estudo 72 alunos, sendo 62 mulheres e 10 homens, todos
sem deficiência declarada. A média de idade dos alunos participantes da pesquisa foi de
19,4 anos ± 4,28 (idade mínima = 16 anos e máxima = 39 anos). A renda familiar per
capita (n=33, 55,8%) foi de R$ 1.569,90 ± R$ 1.485,46 (mínimo = R$ 0,00 e máxima =
R$7.300,00). Quanto ao tipo de educação, 47,2% (n=34) estudaram a maior parte dos
anos ou todos os anos do ensino fundamental e médio em escola pública e 52,8% (n=38)
tiveram a maior parte ou toda sua educação básica em escola da rede particular. Com
relação da escolaridade da mãe, a maioria 26,4% (n= 19) concluiu a pós graduação, 25%
(n =18) completou o ensino médio, 13,9% (n=10) tem curso superior completo, 12,5%
(n=9) tem o ensino superior incompleto, 12,5% (n=9) não concluiu o ensino fundamental,
apenas 5,5% (n=4) apresentam o ensino fundamental completo e 4,2% (n=3) não
terminaram o ensino médio. Em relação a escolaridade do pai a maioria 30,5% (n=22)
72
não concluiu o ensino fundamental, seguido por 29,2% (n=21) que tem o ensino médio
completo, 15,3% (n=11) tem curso superior completo, 7% (n=5) não completaram o
ensino médio, 5,5% (n=4) tem o curso superior incompleto, 5,5% (n=4) apresenta apenas
o ensino fundamental completo, 2,8% (n=2) conclui a pós graduação e 2,8% (n=2) não
tiveram acesso aos estudos, 1,4% (n=1) não respondeu a este item do questionário.
Ao comparar os tipos de metodologia (ativa e passiva) no pré-teste, observa-se
semelhança de conhecimento entre os grupos, assim como para os resultados do pós-teste.
Porém, ao comparar os grupos pós-teste de uma mesma metodologia com o pré-teste
observa-se aumento do número de acertos para ambos do tipo de metodologia. Correlação
linear de Pearson para as notas pré e pós na metodologia passiva foi de r = 0,315 (r2=0,10;
p<0,05). Correlação linear de Pearson para as notas pré e pós na metodologia ativa foi de
r = 0,421 (r2=0,18; p<0,05). Os participantes preferirem a metodologia passiva à ativa
(p<0,009) (Tabela 1).
Tabela 1. Análise das metodologias ativas e passivas, considerando o pré-teste, pós-teste e
satisfação.
Variáveis
Passiva (n=183)
média±DP
Ativa (n=210)
média±DP Valor de p
Número de acertos no
pré-teste 3,63±1,10† 3,72±1,07‡ 0,412
Número de acertos no
pós-teste 4,29±0,87† 4,22±0,85‡ 0,420
Satisfação com a
metodologia adotada 4,62±0,69 4,41±0,89 0,009
n = corresponde ao número de questionários respondidos; DP = desvio padrão. †p<0,0001 na comparação entre pré e pós-testes para a metodologia passiva ‡p<0,0001 na comparação entre pré e pós-testes para as metodologias ativas
Ao comparar o ensino tradicional da Anatomia Humana com os métodos
alternativos, pode-se notar que no pré-teste os alunos participantes do método tradicional
já iniciaram com melhor desempenho que os alunos dos métodos alternativos. Porém, no
pós-teste os alunos dos dois métodos melhoraram seus desempenhos em relação aos seus
pré-testes. Sendo matematicamente, a diferença do número de acertos maior no método
alternativo, fato que tornou as médias do pós-teste semelhantes entre os dois métodos.
73
Correlação linear de Pearson para as notas pré e pós na método tradicional foi de r = 0,251
(r2=0,06; p<0,05). Correlação linear de Pearson para as notas pré e pós nos métodos
alternativos foi de r = 0,397 (r2=0,16; p<0,01). Quanto à preferência de método adotado
entre os grupos foi semelhante (Tabela 2).
Tabela 2. Análise comparativa entre o ensino tradicional e métodos alternativos, considerando o
pré-teste, pós-teste e satisfação com a metodologia.
Variáveis
Método Tradicional
(n=92)
média±DP
Métodos Alternativos
(n=301)
média±DP
Valor de p
Número de acertos no pré-
teste 3,96±1,11† 3,60±1,06‡ 0,005
Número de acertos no pós-
teste 4,35±0,80† 4,23±0,87‡ 0,239
Satisfação com a
metodologia adotada 4,50±0,72 4,51±0,84 0,918
n = corresponde ao número de questionários respondidos; DP = desvio padrão. †p=0,002 na comparação entre pré e pós-testes para método tradicional ‡p<0,0001 na comparação entre pré e pós-testes para métodos alternativos
Ao avaliar os métodos alternativos de ensino na metodologia passiva, cada método
(modelo, jogo e pintura) apresentou resultados semelhantes ao método tradicional tanto
no pré-teste, quanto no pós-teste. Porém, ao comparar o pré e o pós teste de cada método
foi observado aumento na média de acertos em todos os métodos. Por outro lado,
analisando a magnitude das diferenças entre os momentos pré e pós, foi verificada grande
magnitude no tamanho do efeito apenas para Jogo na metodologia passiva (d = 0,98). O
Jogo foi também o método que apresentou a maior tamanho de efeito (d = 0,74) na
metodologia ativa, sendo considerado de tamanho moderado para grande. Depois desse
método, a Pintura foi o segundo com maior magnitude de efeito (d = 0,61) tanto para a
metodologia passiva, quanto para a metodologia ativa (d = 0,57). Os métodos Controle e
Modelo foram os que apresentaram menores tamanhos de efeito, tanto para a metodologia
passiva (d = 0,52 e d = 0,59, respectivamente), quanto na ativa (Controle: d = 0,30;
Modelo: d = 0,46), sendo considerados de tamanho pequeno para estes métodos (Tabela
3). Quanto à satisfação, houve semelhança entre os quatro métodos analisados para as
duas metodologias pesquisadas (passiva e ativa).
74
Tabela 3. Análise comparativa entre o ensino tradicional e métodos alternativos, considerando o
pré-teste, pós-teste e satisfação com a metodologia.
Metodologia Passiva
Controle
(n=45)
média±DP
Modelo
(n=40)
média±DP
Jogo
(n=51)
média±DP
Pintura
(n=47)
média±DP
Valor
de p
Número de acertos no
pré-teste 3,87±1,14a 3,45±1,15a 3,65±0,98a 3,55±1,14a
0,566* Número de acertos no
pós-teste 4,38±0,83b 4,08±1,00b 4,49±0,73b 4,17±0,89b
Satisfação com a
metodologia adotada 4,56±0,78 4,61±0,70 4,59±0,73 4,72±0,54 0,672
Metodologia Ativa
Controle
(n=47)
média±DP
Modelo
(n=57)
média±DP
Jogo
(n=58)
média±DP
Pintura
(n=48)
média±DP
Valor
de p
Número de acertos no
pré-teste 4,04±1,08a 3,58±1,05a 3,67±1,08a 3,65±1,04a
0,200** Número de acertos no
pós-teste 4,32±0,78b 4,02±0,88b 4,38±0,83b 4,19±0,87b
Satisfação com a
metodologia adotada 4,45±0,65 4,25±1,24 4,38±0,85 4,60±0,57 0,227
n = corresponde ao número de questionários respondidos; DP = desvio padrão.
*Valor de p apresentado para interação; p=0,132 para as diferentes metodologias; p<0,0001 para os momentos Pré e
Pós.
**Valor de p apresentado para interação; p=0,101 para as diferentes metodologias; p<0,0001 para os momentos Pré
e Pós.
Letras distintas indicam diferenças estatisticamente significativas na comparação dentro de cada grupo para o número
de acertos nos momentos pré e pós-testes, segundo Bonferroni.
Ao avaliar os pontos positivos e negativos mencionados pelos estudantes,
observa-se que o grupo controle refere queixa em relação ao pouco tempo para estudo.
Os grupos submetidos à metodologia ativa refere que a aula facilitou a aprendizagem, é
dinâmica, criativa e promove a interatividade. Os grupos passivos do modelo e pintura
75
referem que o aprendizado foi facilitado por essas estratégias de ensino sendo considerado
um bom método de estudo. Já o grupo passivo jogo, além dessas afirmações mencionaram
a interatividade e dinâmica presentes no ensino.
DISCUSSÃO
A educação superior tem o papel de desenvolvimento social, pois, está
contribuindo para a formação humana da população e minimização das desigualdades
sociais (FIALHO; PRESTES, 2014). No Brasil, o ingresso na universidade marca a
transição da adolescência para vida adulta, promovendo mudanças pessoais e formando
um profissional capacitado (POLYDORO, 2000). Na área de saúde, o perfil de alunos
ingressantes nos cursos de graduação são semelhantes aos dos cursos de Enfermagem e
Nutrição avaliados nessa pesquisa, em sua maioria, são jovens, do sexo feminino e
egressos do ensino médio, corroborando com os perfis dos universitários brasileiros
(GAUDENCI NARDELLI et al., 2013). Apesar do contexto nacional apresentar uma
diminuição progressiva no percentual dos jovens com idade inferior a 20 anos e um
aumento progressivo no percentual dos estudantes com idade entre 20 e 25 anos, a
população do presente estudo apresenta uma predominância de jovens abaixo de 20 anos
(ANDIFES, 2011). Sendo esses predominantemente do sexo feminino, assim como
observado na educação superior nacional (ANDIFES, 2011). Os universitários do Brasil
possuem pais com pelo menos o ensino médio (60% de pais e 68% de mães), diminuindo
nas regiões Norte e Nordeste (ANDIFES, 2011). O quantitativo percentual de mães dos
estudantes avaliados com escolaridade no mínimo ensino médio foi maior que a média
nacional (77,8% das mães) e a do pai foi similar a média regional (52,8% dos pais). A
estrutura educacional da família parece ter um papel importante nesse processo de
transmissão da desigualdade de rendimentos entre gerações, pois os pais querem que seus
filhos consigam atingir o nível máximo na educação, para que os mesmo tenham maior
possibilidade de acessão no mercado de trabalho (REIS; RAMOS, 2011).
O perfil do universitário direciona o processo de formação, visto que, o discente
deve explorar ativamente as oportunidades oferecidas pelo ambiente (GAUDENCI
NARDELLI et al., 2013). O pré-teste representa uma avaliação do conhecimento prévio
discente. No presente estudo, observa-se uma homogeneidade inicial entre os grupos,
pois, houve similaridade de acertos no pré-teste ao comparar os tipos de metodologia
(ativa e passiva). Possivelmente, as aulas teóricas do professor ministradas antes das aulas
76
práticas, nivelou o conhecimento entre os grupos. É papel do docente, conduzir essa
aprendizagem significativa, orientando o aluno permanentemente, motivando-o e
permitindo que o mesmo construa seus conhecimentos, buscando experimentar situações
problematizadas e trabalhadas em sala de aula (DEMO, 2011). A incorporação de
atividades que promovam a aprendizagem e o engajamento, bem como a percepção de
valor prático, são importantes, pois estas têm sido associadas a maior taxa de retenção do
conhecimento do estudantes (MATZ et al., 2012).
Nas aulas práticas os alunos podem usar diferentes abordagens explorando o
material anatômico proporcionando uma oportunidade de aprendizagem melhor do que
aprender com livros didáticos sozinho. Aulas práticas têm um papel em fornecer uma
visão detalhada da anatomia e uma apreciação das relações entre as estruturas (SUGAND,
et al. 2010). Isso parece ter sido observado em nosso estudo, pois, apesar de não haver
diferença entre os tipos de metodologias (ativa e passiva) no pós-teste, notou-se maior
número de acertos quando comparado ao pré-teste. Apesar do conhecimento adquirido de
forma passiva ser menos eficiente do que sua aquisição ativa (KORF et al., 2008), em
nosso estudo, todas as metodologias contribuíram para o desenvolvimento do
conhecimento. Assim como, a explanação dos pontos anatômicos realizado pelos
monitores na aula tradicional auxiliam no entendimento do assunto abordado. Visto que,
uma maior frequência de alunos nas aulas práticas está associada a um melhor
desempenho nas avaliações de anatomia (GONSALVEZ; OVENS; IVANUSIC, 2015).
Quanto à preferência, os discentes gostaram mais da metodologia passiva, talvez por esta,
não exigir habilidades manuais e criatividade, ser menos trabalhosa, e demandar menos
tempo que a metodologia ativa.
A capacidade dos alunos em desenvolver suas habilidades de forma ativa é de
extrema importância para uma aprendizagem eficaz em pequenos grupos (EDMUNDS;
BROWN, 2010). Podendo instigar a curiosidade que é um condutor natural da
aprendizagem (DYCHE; EPSTEIN, 2011), estimular a participação ativa no processo de
aprendizagem e instrução (BRILL; YARDEN, 2003) e instigar o pensamento crítico e,
portanto, melhorar o desempenho acadêmico (CHIN; CHIA,2004). Ao produzir atitudes
ativas, os alunos são estimulados a refletir sobre seu progresso de aprendizagem e
começar a desenvolver capacidade metacognitiva (TANNER, 2012), uma competência
importante para os profissionais da área da saúde. Em Anatomia, a observação e
participação ativa permite aos estudantes compreender as estruturas tridimensionais (3D)
e reforçar o conhecimento fornecido durante as aulas tradicionais (AZIZ et al., 2002).
77
A utilização da anatomia como memorização interminável pode fazer com que os
alunos se aproximem das aulas práticas sem estimulo, tendo uma atitude negativa com a
disciplina, dificultando o aprendizado (MILLER et al., 2002). Ao comparar o ensino
tradicional da anatomia humana com os métodos alternativos de ambas metodologias
(ativa e passiva), pode-se notar que os alunos participantes do método tradicional
iniciaram, matematicamente, com melhor desempenho no pré-teste que os grupos dos
métodos alternativos. Porém, ambos aumentaram os acertos no pós-teste com questões
antigas sendo o ganho de acertos maior nos métodos alternativos. Os discentes com altos
níveis de motivação e atitudes positivas em relação as aulas práticas de anatomia, como
proporcionado pelos métodos alternativos, tendem a dedicar mais tempo às aulas
(WINKELMANN; HENDRIX; KIESSLING, 2007). A utilização de métodos
alternativos amplia o processo aprendizagem permitindo que os alunos obtenham um
melhor entendimento do conteúdo estudado. A operacionalização desses métodos
alternativos no ensino da Anatomia Humana facilita a aprendizagem dos estudantes,
aumentando a quantidade de informações, permitindo que os mesmos desenvolvam suas
habilidades e possibilitando o aumento no números de acertos das questões no pós teste
(SOUZA JÚNIOR et al., 2010). Não houve preferência discente entre os métodos de
ensino tradicional e alternativos. Corroborando, com estudos em que a preferência do
aluno pelo tipo de aula do professor não conduz necessariamente a melhores resultados
de avaliação (GONSALVEZ; OVENS; IVANUSIC, 2015).
Os métodos tradicional e alternativo de ensino (modelo, jogo e pintura) tanto na
metodologia passiva quanto na ativa apresentaram aumento matemático no número de
acertos no pós teste, sendo o tamanho do efeito ensino tradicional menor quando
comparados com os demais métodos. Esse menor efeito do ensino tradicional pode ser
por sua característica de memorização breve, o que dificulta a retenção do conhecimento
(MANSINI; MOREIRA, 2008; BRINKE et al., 2014). Enquanto, as atividades
lúdicas/educativas, contém informações educacionais favorecendo a aprendizagem e
permitindo que o conhecimento do aluno seja mais amplo, por trabalhar outras
habilidades além da cognição, e prazeroso (SOARES, 2008).
Os modelos artísticos, jogos didáticos e pintura/desenho são métodos alternativos
que instigam a construção do conhecimento. Em particular, os jogos, que apresentaram
maior efeito nas metodologias passiva e ativa, estimulam as funções mentais, sendo
possível o aprendizado do conteúdo visto em sala de aula (WALLON, 1968). O jogo
participa da construção do sujeito possibilitando a criação da sua personalidade buscando
78
satisfazer seus desejos, exercitando sua capacidade, comunicativa, criativa, imaginativa
ou emocional (PEDROZA, 2005). Além de ser um ativador positivo para a estruturação
e organização neurológica que integra os sistemas sensorial, motor, social, cognitivo e
emocional. A pintura, que apresentou o segundo maior efeito em nosso estudo, é um
complemento útil à anatomia e permite uma aprendizagem positiva no processo
ensino/aprendizagem, pois o elemento diversão envolve os alunos melhorando sua
dedicação às atividades (FINN; MCLACHLAN, 2010). Apesar da modelagem de
estruturas anatômicas (argila, massa de modelar, massa de biscuit) mostrar menor efeito
entre as metodologias alternativas, pode ser utilizado pelos discentes, pois, permite que
eles utilizem sua criatividade, bem como, os seus conhecimentos adquiridos ao longo do
seu processo de aprendizagem (WATERS et al., 2011; KOOLOOS et al., 2014). Embora,
as metodologias alternativas favorecerem aspectos como desejos, criatividade, diversão e
comunicação, no presente estudo, nas metodologias analisadas (passiva e ativa) houve
semelhança na preferência discente entre os métodos de ensino (tradicional, modelo
artístico, jogos didáticos e pintura/desenho). Esses aspectos, dinamicidade, criatividade,
promoção da interatividade, auxílio da aprendizagem; são mencionados pelos discentes
das subturmas ativa e passiva do método jogos na descrição dos pontos positivos da
metodologia. Não existe uma forma que seja a mais eficiente para o aprendizado, mas,
diferentes abordagens auxiliam o aprendizado de estudantes com diferentes habilidades e
formas preferenciais de aprendizagem (MEEHAN-ANDREWS, 2009).
CONCLUSÃO
Os métodos alternativos mostraram auxiliar o aprendizado da Anatomia Humana,
tanto na metodologia passiva quanto na metodologia ativa. Os modelos artísticos, os jogos
didáticos e as pinturas/desenho demonstraram aprimorar o conhecimento de uma forma
mais dinâmica e interativa, sendo apreciada positivamente pelos discente. Porém, os jogos
didáticos seguido da pintura e do modelo artístico apresentaram maior magnitude que o
ensino tradicional. Logo, os métodos alternativos estudados mostraram ser eficientes
para o ensino da Anatomia Humana, complementando o ensino por palestras e dissecação.
O desenvolvimento dos novos métodos de ensino favorecem uma mudança
positiva na forma de ensinar Anatomia no ensino superior. Novos métodos de ensino
devem ser desenvolvidos e avaliados quanto à viabilidade prática no processo ensino-
aprendizagem.
79
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83
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo desenvolveu materiais didáticos para Anatomia Humana no
ensino superior, a fim de minimizar a carência de peças anatômicas para dissecação, bem
como, aumentar o acervo do laboratório de anatomia. Possibilitando, o ensino prático da
Anatomia Humana através de modelos anatômicos artísticos e jogos didáticos pelos
docentes da UPE Campus Petrolina e da Escola de Aplicação Vande Souza Ferreira.
Assim como, popularizar a ciência em estudo para a sociedade em geral, através da
apresentação dos produtos na exposição anatômica do referido laboratório.
O ensino da anatomia tradicional promove o aprendizado, porém, as metodologias
alternativas (metodologia passiva quanto ativa) torna este processo mais apreciado pelos
discentes, visto que, é dinâmico, criativo e promove a interatividade. Permitindo que o
aluno utilize o conhecimento adquirido bem como as suas habilidades para,
possivelmente, se tornar um ser crítico e ativo no seu processo ensino aprendizagem. Os
métodos jogos didáticos, pinturas/desenho e modelos artísticos anatômicos auxiliam no
ensino da Anatomia nas aulas práticas contribuindo para aquisição do conhecimento
facilitando o processo de ensino aprendizagem.
A evolução dos métodos de ensino em Anatomia Humana mostra-se positiva no
processo de ensino-aprendizagem, permitindo uma maior participação e apreensão dos
conhecimentos anatômicos. Essa prática pedagógica está relacionada a uma nova visão
de construção do conhecimento, em um processo que envolve todos os participantes
(discentes e docentes), complementando as formas tradicionais na relação de ensino-
aprendizagem. Conforme apresentado e discutido nesse estudo, infere-se a necessidade
de continuar as inovações em ensino para Anatomia Humana, assim como sua avaliação,
a fim de contribuir na formação e prática pedagógica para o ensino superior.
84
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90
ANEXOS
ANEXO 1 – PROTOCOLO DE APROVAÇÃO NO COMITÊ DE ÉTICA EM
PESQUISA COM SERES HUMANOS
91
APÊNDICES
APÊNDICE 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
“ALTERNATIVAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA O AUXÍLIO NO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
NO ENSINO SUPERIOR”
Prezado(a) Senhor(a):
Gostaríamos de convidá-lo (a) para participar da pesquisa “ALTERNATIVAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS PARA O
AUXÍLIO NO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA NO ENSINO SUPERIOR”, a ser realizada em “ Universidade de
Pernambuco – Campus Petrolina”. Participam como pesquisadores desse estudo os Professores Diego Pires Rocha, Paulo
Adriano Schwingel, Rita de Cassia Angelo, Iracema Hermes Pires de Melo Montenegro. O objetivo da pesquisa é “Avaliar
as alternativas didático- pedagógicas como método complementar ao estudo da Anatomia Humana no Ensino superior..
Visto que, estas alternativas possam contribuir para o processo-aprendizagem dos aluno.”. Sua participação é muito
importante e ela se daria da seguinte forma, o estudo será avaliado a partir dos questionários aplicados aos alunos no
inicio e termino das aulas. Para as aulas práticas, cada uma possui 2h de duração, as turma serão divididas em duas
subturmas (ST1 e ST2) para cada curso. Assim, teremos ST1 e ST2 de Enfermagem e ST1 e ST2 de Nutrição, com média
de 25 alunos cada. Em cada subturma, esses alunos voluntários serão organizados em grupos distribuídos em cinco
bancadas (mesa de estudo), numeradas de 1 à 5 , teremos uma banca que será o grupo controle , uma banca para os que
não quiserem participar e as demais que receberão metolodogias ativas e passivas. Coleta de dados:os alunos responderão
um questionário sobre o conteúdo trabalhado em sala e outro questionário sobre a metodologia.
Esclarecemos que sua participação é totalmente voluntária, podendo o (a) senhor (a): recusar-se a participar, ou mesmo
desistir a qualquer momento, sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. Esclarecemos, também, que
suas informações serão utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e
confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade.
Esclarecemos ainda, que o(a) senhor(a) não pagará e nem será remunerado(a) por sua participação. Garantimos, no
entanto, que todas as despesas decorrentes da pesquisa serão ressarcidas, quando devidas e decorrentes especificamente
de sua participação.
Os benefícios esperados sãopropostas de intervenção educacional para melhoria do ensino da disciplina Anatomia
Humana. Apesar de não existir um benefício direto ao voluntário esperamos que esse estudo resulte em informações
importantes sobre a aprendizagem da anatomia humana no qual o pesquisador se compromete a divulgar os resultados
obtidos respeitando o sigilo das informações coletadas.
Quanto aos riscos,A participação nesta pesquisa não infringe as normas legais e éticas. Os procedimentos adotados
obedecem aos critérios da ética em pesquisa em Seres Humanos, conforme resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional
de Saúde. Nenhum dos procedimentos usados oferece risco a sua dignidade, serão aplicados questionários individuais e
sigilosos, caso o participante sinta desconforto ou constrangimento poderá desistir de participar da pesquisa a qualquer
momento sem ser prejudicado em suas atividades universitárias
Pagamento: O (a) Sr. (a). não terá nenhum tipo de despesa para participar dessa pesquisa, bem como nada será pago por
sua participação.
Caso o(a) senhor(a) tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos poderá nos contatar Profº Diego Pires
RochaRodovia BR 203, Km 2, s/n - Vila Eduardo, Petrolina - PE, 56328-903, (87) 38666470, (87) 981785666,
[email protected], ou procurar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, situada na Av.
Agamenon Magalhães SN Santo Amaro Recife - Pernambuco. cep. 50.100-010 telefone (81) 31833775 email:
Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para participar desta pesquisa autorizando a
excussão do trabalho de pesquisa e a divulgação dos resultados obtidos neste estudo.
Este termo deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas devidamente preenchida, assinada e
entregue ao (à) senhor(a).
Petrolina, ___ de ________de 2017.
Prof. Diego Pires Rocha
RG::5040915 SSP/PE
_______________________________________________________________, tendo sido devidamente esclarecido
sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa descrita acima.
Assinatura (ou impressão dactiloscópica):____________________________
Data:___________________
92
APÊNDICE 2 - CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Nº _____________ DATA AVALIAÇÃO:____/____/____
Nome do entrevistado:_____________________________________________
Endereço: _______________________________________________________
Telefone: _______________________________________________________
E-mail: _______________________________________________________
Idade: _________ Data de nascimento: _____/_____/_____
Sexo do (a) entrevistado(a): ( ) Feminino ( ) Masculino
Tipo de educação (ensino fundamental e médio):
( ) totalmente em escola pública ( ) maior parte em escola pública ( ) maior parte em
escola privada ( ) totalmente em escola privada
Primeira graduação: ( ) Sim ( ) Não
Se não, quantas graduações? Quais? _________________________________
.
Forma de ingresso na UPE:
( ) ENEM ( ) Vestibular seriado - SSA ( ) Cotas ( ) Mobilidade interna ( )
Mobilidade externa ( ) Portador de diploma. Critério de exclusão
Escolaridade dos pais:
Mãe: ( ) sem estudo ( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino fundamental
completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino
superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Pós-graduação
Pai: ( ) sem estudo ( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino fundamental
completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino
superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Pós-graduação
Renda familiar/per capita: R$ _______________
93
APÊNDICE 3 – PRÉ-TESTE
Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina
Pré-teste
Curso:Enfermagem ( ) Nutrição ( )
Subturma1 ( ) Subturma 2 ( )
Mesa: 1( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) Data de Coleta dos Dados: ___/ ___/__
Nome: ________________________________________________________
Assunto: Osteologia Generalidades
1. A letra A corresponde a que
estrutura.
( ) Diáfise
( ) Cartilagem Epifisária
( ) Epífise
( ) Condroblastos
2. A letra B corresponde a que
estrutura.
( ) linha epifisária
( ) medula óssea flava
( ) medula óssea vermelha
( ) forame nutrício
3. A letra C corresponde a que
estrutura.
( ) vasos sanguíneos
( ) trabéculas ósseas
( ) canal medular
( ) diáfise
4. A letra D corresponde a que
estrutura.
( ) Periósteo
( ) membrana sinovial
( ) cavidade sinovial
( ) linha epifisária
5. A letra E corresponde a que
estrutura.
( ) camada espinhosa
( ) camada basilar
( ) substância esponjosa
( ) substância interóssea
Campus Petrolina
A
B
C
D
E
94
APÊNDICE 4 – PÓS-TESTE
Pós- teste
Curso: Enfermagem ( ) Nutrição ( )
Subturma1 ( ) Subturma 2 ( )
Mesa: 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) Data de Coleta dos Dados: ___/ ___/__
Nome: ________________________________________________________
Assunto: Osteologia Generalidades
1. A letra A corresponde a que estrutura.
( ) Cartilagem Sinovial
( ) Cartilagem Articular
( ) Cartilagem Hialina
( ) Cartilagem Elástica
2. A letra B corresponde a que estrutura.
( ) linha espifisária
( ) linha trocantérica
( ) sulco epifisário
( ) sulco trocanterica
3. A letra C corresponde a que estrutura.
( ) forame nutrício
( ) medula óssea vermelha
( ) diáfise
( ) cabeça do osso
4. A letra D corresponde a que estrutura.
( ) substância compacta
( ) epífise
( ) cartilagem articular
( ) medula óssea amarela
5. A letra E corresponde a que estrutura.
( ) Endósteo
( ) Colo do osso
( ) Cavidade medular
( ) Artéria
UPE Campus PetrolinaUPE
A
D
C
B
C
E
95
APÊNDICE 5 – QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO
Questionário de satisfação
Data de Coleta dos Dados: _____/ ______/ _______
Curso: Enfermagem ( ) Nutrição (....)
Subturma1 ( ) Subturma 2 ( )
Mesa: 1( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )
Nome: ________________________________________________________
Considerando sua experiência durante a aula prática de hoje, considerando a metodologia
de ensino utilizada, responda:
1.Na escala abaixo (sendo “0” péssimo e “5” ótimo), o quanto gostou da metodologia
utilizada.
0 1 2 3 4 5
1. Ponto positivo
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
2. Ponto negativo
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
96
APÊNDICE 6 – CARTA DE ANUÊNCIA
97
APÊNDICE 7 – TERMO DE CONFIDENCIABILIDADE