aluizio fontenelle - a umbanda através dos séculos

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UM NDTR VÉS

DOS SÉCULOS

te livro está constituí d a departe teórica e outra prá-

a . primeira , composta deapítulos, o autor expõe asteorias e os seus conce -

obre a estrutura e a e v oluatravés do s s éc ulos da Lei

mbanda, na sua concepçãois perfeita e subl ime ideo-

re ligiosa .a E g L · ndap a rte , tambémtuída d e dez capítulos ,da d as va l ío s as e intere s -s expl ica çõ e s sobre s prá -

umbandís tas e s e u s ri -.

re d e O urn n ó

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ALUIZIO FONTENELLE

U m b a n d a

t r a v é s d o s é

5 ç ED IÇãO

Editora Espiritualista Ltda20211 Rua Frei Caneca 19 ZC 1 4

Caixa Postal 7.041 ZC 53R io de J a n eiro RJ

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PARTE TEÓRICA

oaps

I - A razão de se r deste liv ro .

II - O que s ignifica a palavra U MBANDA.II I - A Umbanda através dos séculos.V I - A v erd ad eira o rigem do prim e iro ho m em que hab ito u

a terra,V - A lg u m as re lig iões e su a o rigem.

Allan Karde ,c ,VI - O C ristianismo - As relig iõ e s desmembradas d o Cris-

tiani sm o . - O s refo rmado res (Valdenses - Wyclife- B u ss - Je rônimo e Luthero) - A era karde c ístae seu fu n dador.

VI I - Umbanda, futura re ligião do Uni ve rso - D omí ni o 0 .08espí r itos.

V IU - A codif ic ação d a Umhanda - T rab a lhos f i lo sófi cose d outri n á rios.

IX - P ro va kárm íca - L ivre arbítr io - Re en carnação.X A fa lsa Umbanda que se p rat ica n o Brasi l - Tabus

- Im age n s - Amuletos , etc.

P RTE PRÁTI

Rio de Jane Ir o , R J - 2818

X I - A m b equerê -Kibanda e o r itu a l arro-bra sí le ír o n o Ca n d o mb lé .

x n - Como d e ve se r c ultuad a a v erdad ei ra U m ban d aSua v erdadei ra d ivis ão .

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ALUIZIO FONTENELL E

XlII - Trabal h ad o res da Unha d o Or iente - En tidades hí n - u s sua s ind u m e ntá r ias e rituais .

XIV Or ix á s da Umband a .X V - A Medicin a do es paço e o poder da vo n tade - Ma la

- 'Passes e o perações astrais,XVI - A Umba n da Iniciática - Os Exus e suas ralan ges

X VI I - R itu a is d a U m b a nda .i ; Ourandetr ísmo X VIII - A a lta sígntíícação dos po n to s cantad os e riscad o s.

X IX - Pembas Pont eiros Ou ríadores Amalás etcX X - sarav ã Umbanda " .

ALU I ZIO FO N T ENE LLE

23 MA IO 9 3 3 JANEIRO 95

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A minha qu e rida esp os a HELENA NOVAL FONTENELLE DA SILVA com p anhe ira im p râ-

uei de todo s os moment os a minha sincerahomenagem .

LU ÍZIO F o NT N LL

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iRMÃO

MEDITA DEMORADAMENTE SOBRE ATUA CONDIÇÃO DE ENTE HUMANO E PRO -CURA CONHECER A RAZÃO DE SER DOSTEUS INúMEROS SOFRIMENTOS. ACOMPA-NHA A EVOLUçaO DA MAIS PERFlill:TAIDEOLOGIA RELIGIOSA QUE É UMB N-D E VERASQUE OS TEUS TEMOHES SEDISSIPARÃO QUANDO TOMARES CONHE -CIMENTO DO MUNDO ESPIRITUAL ONDEOS BONDOSOS ORIX S TE MOSTRARÃO ASUBLIMIDADE DAS LEIS DIVIN S DANDO -TE FORÇA PARA SUPORTARES COM A RE -SIGNAÇaO DOS FORTES OS MAIS ATRO-ZES PADECIMENTOS MORAIS MATERIAIS ESPIRITUAIS.

VEM ...

A UMB ND REDENT OR E AMIGA TEESPERA ...

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1 VOLUM E

P RTE Tf ÓRIC

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· r

CAPÍTUL O

A RAZÃO DE SER DESTE LI VRO

Pel o mui to que tenho o uvido falar; pel as obse rva-ções f eitas durante longos a nos de trabalho com o prat i-can t-eda SEI TA; e, sobretudo, pelo que tenh o l ido sob rea UMBANDAe seus propósitos ; querendo c omba ter deuma maneira pode-se dizer acintosa , as inverdades q uenão só se praticam , como também , se espalham atravésde livros e panfletos que tratam dessa int rincada ma-téria , foi o que me levou ;a publicar esta obra na qua lvenho de público , demonstrar cientificamen te e dentroda maís perfeita concordância em face TEOGONIARE,LIGIOSA,qu e a UMBANDA ,é a única religião quesobre a face da terra tem a autoridade suficiente parafalar e tratar das COUSAS :DiVINAS.

Ao me re ferir ao termo UMBANDA,quero enqua-- r r todo aquele que, contra ela se manifesta , seja destanu daquela re ligião,- e, digamos me smo, em fac e ao cl et is m o U ni u er sal

Na alta conco rdância das re ligiões; quando aprofun-damos a matér ia ao âmag o da sua criaçã o, verificamosque todo s os caminhos prov êm de uma única fonte; eque , a UMB ANDA, é a razã o de ser de todas as religiões .

Em bora pareça-nos um tanto irrisória e ssa afirma-tiva, e stou convicto de ser essa uma verdade; e, como

J

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18 LUI ZI O FONT N LL

não pode haver dúvidas quando se a firma categorica-m en te que uma determinada teoria é ou não verdadeira ,nada m a is fácil para mim se tom a, d o qu e provar -Ihe so qu e a ci m a fo i dit o .

D es sa maneira , de se jo q ue fi que be m patent e tudoo que a cabe i d e expo r, p ois , a p a rti r d es te momento vo ud e itar por ter ra e discor d ar p o r c ompl eto , de todas a steor ias e co n ce it os q u e da Um ba nda fizeram e faze mnão só ce rtos Urnba nd ís tas, com o ta mb ém aqueles que ,desconhe c end o a sua ve rd a dei ra or ig em, julgam-na um areligiã o d e id iot a s , d e o b se d a do s , enfim , de indivídu osdeslassífi c ado s e se m princípios , pa ra os quais só in te-

re ssa o b em estar e o s p ra ze re s da vid a mu nd an a , pouc ose imp o rt and o que p rovenha m d e s ta ou daquela -forma .

Po r es te m otivo , vem à luz do pú bli co , a p rimeir ao bra d o u triná ria e i ii. ; IJosófica ,scrãta n os mol d es d asA c ad emi a s, p a ra q ue aq ueles que se ju lgam aptDs acomba tê-Ia, ten h a m a hom b rid ade de o faze r, em fac ed a p res e nte exp o si çã o , a qual não com p ort a a dubiedaded e i n te rp re ta ç ões n em as falsas d ema gog ias r e ligiosas.

Em retrospecto a um passado de lutas , quero de-monstr a r ta m bé m que estou a c a v a lei ro d a s ituação ,pois, obr a s de mi nha l avra j á se e spal ha m pelo B rasil fora , e quiçá, a lém das fr o n te iras d a Pá tria, ondede monst ro de m od o claro 'e inso fism á v e l, que a qu e lamesma Umb a nda cujos véus v en ho hoj e r asg a r, já pos-su ía sob re e la a auto ri dade d e di rigen t :

Ao se rem el ab o radas as o br as: 4 0 I PI RITl SM Q

N O CON C EITO D AS REL IGL E A E D E U MBAN-DA , e "EXU ", amb as de m ính utcr ía, qui a pe nas de -monstrar d pú b lico, n 1 1 t con heci-men to que, U P i s u b 1 1 um q ue s epr ati ca na quas t t l 1 n r s il, parala n ç r um a bra U I tualm nt e se rve ,de /lV.AD EM E Mil t t , i ndo-s n es sasprátícas relígt SQ 1 1 t i Ia f 11idad de pe-

A UMBANDA ATRAVÉS DOS SÉCULOS

n etrar nas escolas onde a Umband.a o.sse encarada sobo pon to de vista c ientíf co e out narIo.. . . _

Na segunda , já a minha tínalidad e foi a de arrastaraos que t ê m o desejo real d e encarar a Urn ;banda comoreligi ão apon tando -lhes aqu ilo que d e sublime e de su-perio r x iste por d e tr á d o que o vulgo, sem base e ec ul tura, co stuma a pelidar d e MACUMBAS , FEITIÇA

RI AS, etc . ,. I d -Nes ta ob ra , v oc ê pode rá muito b em ca preen er. o

p or q u e d a su a s ubl imi d a d e, u m a vez que, nao faço mis -té rios e nem t ã o pouco crio dogmas so"?Tea v e rdade quede fa to ex ist e , e q u e o p a ssad o do . se c ulo s atesta ., .

P rossigamos então na obra ínícíada, e no capítulosegui nte, vej a mos como ente o a U b : da, segundo ami nha próprda opinião , e qui ça, a opimao daqueles querea lm ente conhecem profundamente essa concep ç ao re-li g ios a , q ue sub lime em to d os o s s e u s pontos de vísta .

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: .

CAPÍTUL O

o QUE SIG NIFICA A PALAVRA UM BAN DA

Apal avra UMB lANDA . .fi'ou ainda , etimOlogi camen:t:I : .N ZUZ DE D EUS,

Na L uz de Deus é . . DIV INA.por analogia , uma v z : L rmo p or m l conce bidocorreta da pal avra U ,AN DAZ D VI A , e a traduçãoem PALLI (*) na ua l f ' ca pllada do o rigina lESORITURAS 'e q oram escritas as SAGRADAS

tque no seu GÊNESIS .,

rando que a Bí blia na m . ja vem dem ons -é do que a t raduc ão inc esma parte re erida , nada m ais(corno podemo s ver' den et do I al z para o Hebr aicO

vejamos en tão: . proprio ênesís e q'ue

Diz a Bíblia:

ê n e sis

1 -- ASSIM os oéus e a terr2 foram acab ados a e todo

seu exérci to- E havend o Deu s acabado di , .que tinh a feít d no ia sétimo a sua obr a,1 o, escansou no sétímodí '

a sua o bra" que tinha f eito. e ImOd ia de toda

*) Pal fi: -- primeira lín .que suas mai s rem ota" í ndíca g ua f_alada no O riente Médio e :a quer tr atad o científic o aboes = c pmv adas a través 'deAmca . re a híst ória da índia E gít1 0 e

3 _ É abençoOUD e'Us o d ia sétimO , e santificou ;porque nele descanso u de toda a s ua ob ra, queJI)euscriara e fizera.

A FORM hÇAO D O JA RD IM DO EDEN

_ _ Estas são as orig ens dos céus e da t erra, quandoforam criados: no dia e m q ue o 8 enhor Deus f eza terra e os céus:

5 _ E toda a p lanta do campo que ainda não esta vana terra, e toda a erva do campo que ai nda nãobrotava; porque ainda o Senhor De us não tinhafeito chover sobre a terra, e não havia :homempara lavrar a terra .

6 _. Um v apor , porém , subia da terra, e regava todaface da terra.

7 _ E formou o Senhor D eus o ho'memdo pó d a terra.e soprou em seus narizes o fôleg o da vida: e ohom em fo i feito a lma vivente.

8 _ E plan tou o Senho r Deus um jardim no Eden , dabanda do Or iente: e pôs ali o homem que tinh aformado ,9 _, E o Senh or Deus fez brotar da te'rra toda a ár voreagrad ável à vista, e boa para comida: e a ár voreda v ida no meio do jardim, e a ár vore da ciê nciado bem e do ma l.

10 _ E saia um rio do Ed en para regar o j ardim; e dalise dividia e se torna va 'em quatro cabeças .11 _ O nome do primeiro é is o n este é I que rodeia

toda a terra de Havi lá, onde há ouro.12 _, E o our o dessa te rra é bom: ali há o bdêlio , e a

pedra sar dônica.13 _ E o nome do segund o rio é Gibon: es te é o que

rodeia toda a terra de Cush.

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LUI ZI O FONT N L L

14 - E ? nome do terceiro r io é Hidd .'vai para a ban da d' ekel Es e o queo oriente da Assí . .:to rio é o E'ufrates .a ssiria : e o q uar-

15 E . .- tomo u o Sen lJ:wrDeusjardim do Eden para o 1 o homem , e o pôs no

16 - - E ordenou o Senhor D avrar e o guardar ..,., toda a árvore do · jard USao ho e , dizend o: De.1 .-- Mas d a árvore da . A comeras lIvrement e

- C lenClado bem d .nao comer ás' porqu e no' e o mal , de lacer tamente orr er s , dJlaem q iUedela com eres,

COMO DEUS CRIOU A MULHER

8 E d - lsse o Senhor Deus ' N- . besteja só: far-lhe -eiu'm a ,e o m que o ho memcomo diante dele . . a aJudadora que e steja

19 '- Havendo pois o Senhor Dtodo o animal do cam eus formado da terraos trouxe a Ad- po , e toda a a ve dos c éus

. ao, para este ver com lh 'na; e tudo o que Adã o es ch ama -viv en, e, isso foi o se ua hamou a toda a alma

;2 - E Adao p A me ., os os nom es a tod d 'ceu.s, e a tod a a best dO o ga o , e as av es dosh a o campo' mOif fi:emn ão se a chav a' ,as para o

. como dían te dele . aJudadora que estivesse21 - - Então o Senhor D eus fe .

sobre Adão, e este adorm: ca um sono pe sadosuas cost elas e cerrou ceu : e tom ou um a das

22 - E da costela que o Se a ca rne em seu lugar .formou um a mUlher, r Deus tomou hom em,

23 - E disse Adão: Esta; rouxe-a a Adao .. e agora o de carne da minh a carn e' s ss os m eus ossos ,porquanto do v arã foi t e ta se ra cha.mada varo a

24 _ Port anto dei , o o ornada, 'erx ara o va rao o se .e apegar-se- á à sua u pa e a sua mãe ,carne. mulher, e se rao amb os uma

A UMB A.ND A ATR AV DOSSÉ c ULOS 23

25 . E amb os estavam nus ; o home m e sua mul her;. e não se envergonhavam,

O mesm o G én esi s porém n o seu origina l em P a liiE Deus cr iou Adima e E va, entregando- lhes uma parteda terra qu e lhes era especialmen te destinad a e que sechamava IDEN, fazendo- lhes no entanto a terminan teproíbíção de verificar o que existia fora daquelas fron-teiras estabe lecidas , dizendo -lhe s apenas que , aqui loperten cia aos Exus .

Cumpre-m e esclarecer , que o ter mo ADÃO foi c o-piado p or analogia do seu original em Palli "ADIMA" ,e que , subentende-se esta analogia , urna. ez que nohebraíco a pronúncia do "i 'aberto , é feita com basta n-te dificuldade, o que podemos verifica r para maior con-cord áncía de minhas pala vras, através do alf abeto he-braíco onde to das as letras cuja pronúncia corres pon-de ao "i" emprega do na língua L atina ou Nó rdica, ésubstituído por acent os especiais q ue lhe empres tam osom gutura l.

Esclareço a inda, que o term o EX U,pertence a o o ri-ginal Pall Ji bem como ao original heimuco tend o a síg-níf íc ção de: "PO VOS".

Cumpre no tar q ue e s signi ficação d e "EXU " éempregada es pecialmente para sign ificar um pov o me-nos pr otegido, i sto na concepção at ual desse mes motermo , empregad o p resentemen te. nas Uonbandas que

distinguem essas en tidades, como espíritos afei tos aomal, e que naquela época referia-se a eles, porém , comoespíritos em es tado e mb rionário de forma ção.

Vol tando ain da a o qu e diz o G êne sis no seu origmalem Polli sabe mos que:

Tendo no entanto â im o desejo de conhecer o qu eera a vida fora daq uelas: fron teiras, con vido u va parafazê- lo, ao que ela, receosa procurou most rar a Adil m aque se assi m o fizes sem, atr airiam sobre si ; a ir a dei Se-

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4 A LU 1ZI O .s-o NT EN EL L E

nhor, porém, acabando em pe rfeita harm onia de idéias ,acompanhou seu companheiro Adima . . na perigosa tra-vessía ...

E ne te mesmo instante, abrem-se os céus descen-do "VINU ",(*) e transmit em-lhes a palavra 'do Cria-dor, que fOIass im pronunciada: "TURIM EVEI TUMIMUMBANDA ..DARMóS" . . ,. po: analo ia , e por não poder absolutamente dar a

tradução perfeita dessa frase , devid o a que essas pala- ras representam ul? segredo de alta iniciação, o qua le da do a conhecer aqueles que possuem o grau de sa-cerd otes, por se tratar de alta magia , vou no entant otraduzi -Ias da seguinte maneira:"Por ordem de D eus é dado o teu destino "

"M'ultipl icai vospois, e . uma vez que t ransg distesos s us mandamentos , tereís agora em encarnações su-eessrvas, Ú' aperfe içoamento da alma, até ganhardes d enovo o RJi llNODAGLÕRIA.

Baíxou sobre a face da terra , a luz da lJ Imbanda. ". E de ta fo ma, . podemos verificar que, sendo o oe-

n S l1. S escnt? . 1lamais de 15 mi l anos , pois , até esta dat afOI transmItIdo segundo a própr ia lei pe lo sistema daKa bb a Zah o que impossíve l se torna determinar -se apata da sua co:upilação , mas que , subentende -se faci l-mente ser anterI r o prime ro Iivro de Moysés

Segundo a Bíb lía, M ys'essubiu ao monte Siruü pa-ra receber d e Deus as Tabuas da Le i que reunia em s ios d zmandamentos ; no entanto, no original escrito emf a Zlz esses , mesmos mandamentos já eram conhecido s

milhares .de a os antes do adven to do próprio Moysé s,e outrossím, so nos foram dados a con hecer" através do s

.' (, ) Vinús - na termi nologia Palli, s ignifica: Espírito s ur o , seg undas pesso as de Deu s, e p or analogia subentende-s eCOmOyEM.MA UEL, e, que na relig ião' católica' é denomin adopor ••esns - Crísto ,

UM ND TR V ES DOS SÉCULOS

manuscritos hebraicos , deixado s por Ahrão, e hoje tra -duzidos em di versas lín guas.

Ao fazer essa s compara ções, quero mo strar ao dis-tinto leitor que, antes d e exístir a Bíblia, já existiamuita 'coisa escrit a sobre a mesma matéria , [emdiver saslínguas e que divergindo essas teorias sob múltíplosaspect , deu origem à criação de inúmeras religiões ,muitas das quaãs ainda hoj e existem espalhada s pelomundo inte iro.

Da pró pria Bíblia, surgrram duas religiões distintas:a BAT ISTh\ ea CA'DõLICAAPOSTóLICA ROMANA ;

sendo que esta última tomou um maior increme:nto, di-vidíndo a opinião dos povos , sendo qu e no Brasil, dadaa nossa formação soc ial, e la é a religião predominante,devendo -se is to tudo ao podenio do TRIBUNALDA IN -

.QUISIÇaO, . que dominou intensamente a velha Europa, .'e que, forçou-nos a adotá-Ia inteiramente , porque outranão foi a noss a concepção e instrução religiosa .

Após ter o leitor tomado conhecimento de qu e existealgo mais an tigo que a Bíblia , e o que , a esse respeitofoi escrito, e stá compilado em um a língua hoj e morta,por forças das circunstâncias, mas , que naq uelas era s,·predomino u de m odo t otal, sendo que ainda no s, nossosdias, pelos avançados es tudos de letras clássicas que f -zernos através das Universidades nas Faculdades de FI-losofia, é que p odemos determinar que do SÂNSCRITOoriginaram-se quas e todos o s atuais idiomas. Cíhegamostambém à conclusão de que , esta língua mater, teveorigem em um passado remoto do idioma Palli e que ,posso sem nenhum receio de errar, afirmar que, se oPa iii já se perde na p oeira do s séculos , a palavr a UM-BtANDAt ambém se perde, pois , no Gênesís dos "VE-DAS", ela é pron unciada pelo VEHBODIVINO .

Pelo expos to, que ro compl etar aqui , que a p alavraUMB AND A,foi pronunciada pela primeira vez, quandopela primeira vez homem transgrediu a LEI DIVINA .

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26 A L U I Z I O F O N T E N E L L E

Portanto, 'lógico se torna minha afirmativa em ch-ser-vos que" a UMBANDA veio aJOmundo, quando omundo entrou na sua primeira formação social, isto é:quando na terra apareceu o primeiro casal que foiADÃOeEVA.

Acontece porém, que a maionia daqueles que se dis-põem a escrever ou mesmo comentar sobre o termoUMBANlDA, em seu princípio etimológico, pecam pelabase, ao afirmarem que a Umbanda nos foi trazida pelosescravos africanos que aqui apertaram l QS meados doSéculo XVI, quando nem ao menos se lembram de queuns pobres escravos, sem a menor formação de cultura,e, praticando algo que nada de semelhante existe noque se pratica atualmente nessa; seita, pudessem ínter-ferir na concepção de um povo já algo mais adiantadoe mais esclarecido, uma vez que, a estes pobres escravos,era-Ines negado até o direito de viver, quanto mais, deditar regras religiosas a uma nação que cambaleantetentava dar os seus primeiros passos de progresso.

Lavro aqui noentanto, o meu preito de gratidão aesses heróis anônimos, que com o suor de suasfaces, emuitas vezes vergastados aos rudes golpes dos chicotes;e atados aos pelourínhos, constituíram os alicerces deuma nação que hoje desfruta das honras de pertencerao conclave de nações que formam o poderio universal. .

Quero deixar patente também, que, respeito e acataas suas concepções religiosas, que, embora afastadas emgrande parte da realidade, não deixam de ser no entan-to, na sua forma empíríca, uma prática da ciência espí-rita; mas, quero também lembrar ao meu prezado leitorque, aquilo que os escravos africanos importaram do'continente negro, foi o que se denomina de "CANDO-Bl lÉ , e agora: falando a esses escritores e BABALAôSDE ORIXÁ que por aí pululam aos montes, tentandotíeturpar e fazer confusão da verdade, que, quando fala-rem ou escreverem no sentido etímológico de um. termo,lembrem-se primeiro da grande fórmula cíentírlea que

27,UMBAND ATRA VÉ S DOS S CULOS

diz: _ nenhum termo análogo pode ser formado, uan-do na eoncordãneía direta não exista a conoo dân la: dosprincípios; o que quer dizer claramente: .nao exístíndona língua africana e em nenhum dos dialetos negrosexistentes no mundo, a palavra UMBANDA, foi por .essesescrítores, e Babalaôs de Orixá, formada a analogía doque os escravos pronunciavam A.MBEQUER"E:-KJIBAND'Aque significa: r ruie Cura nde zro e que esses esmossenhores querem tornar analogo a'palavra UMBANDA,como uma variaçãoou defeito de lmguagem.

Pelo exposto, pode-se facilmente verificar que, nãoexistindo numa língua uma determinada palavra, compode a essa mesma língua, ser atribuída a paternidadedo termo?

En.tretanto como a Nnalidade desta obra, é mostrarao mundo o que de verdadeiro existe na concepção destareligião, que, uns classificam de ESPIRITISMO, outrosde MAGIA BRANCA e a maioria chama de UMBANDA,misturando-a de todos os modos, e procurando ínterpre-tá-la de todas as maneiras; vou em continuação a estecapítulo, discernir de um m do clar e efici nte, todosos seus porquês, a sua evolução através dos séculos, d de os pníncípíos daformação do mundo, da erkm ·d e z s -

t do c nd o blé e finalmente, até os nossos diasatuaís,o de o home procura adaptá-Ia era progressistaque atualmente atravessamos, embora incorrendo emgrave erro por desconhecer Integralmente a sua verda-deira finalidade, a sua verdadeira origem, os seus ver-dadeiros rituais" etc.- A esses mesmos homensa quem foi dado o direitode descobrir a síntese das maiores maravilhas que vêmbeneficiando a humanidade, inclusive a desintegraçãodo Á'DOMO; a esses homens quero mostrar o lf e oOmega da maior expressão Divina que é a UMBANDA.

Com o firme propósito de esclarecer tudo quantoexiste de verdadeiro, nesta concepção religiosa que a

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A L U I Z 1 • FO N T E N EL L E

moa tu ia I?elo·fato de tratar -se de uma r eligi ão qu eprocura nmícamente elevar o s homens rio con ceito d eDeu s evocando o sobrenatu ral; nã o medirei e sforç osno sen tido de que não ha ja dúvidas q uanto à ver acidad edas minhas afirmativas de vez que bas ear- me.eí apena sno que de concr eto existe atravé s de obras cons iderad asde grande v alor cíent íãco.

CAPÍ TUL O

A U MBANDA ATRAVES DOS SÉCULOS

Eis-me frent e a frente com um problema por demaiscomplex o no que diz respeito à verdadeir a conc epçãoque se tem feito atrav és dos tempos de um a ideologia como é a mbt s nd a sublime emtodos os s eus pontosde vista.

As ínverd ades que se têm prat icado e quase tudo .

que se tem escrito atravé s de Ii vros que procuram mos-trar a sua o rigem não têm s ido absolutam ente perfeitosde vez qu e não se fun damentam de fato na realidadedos acontec imentos.

A Lei de Umba nda e ssa lei d ivina tem sido det ur-pada com t eor ias absurd as q ue não condize m abso luta-mente c om a époc a adiantada qu e ora atravessam os. Ohomem de hoje procu ra d esvend ar os mist érios qu e cer-cam quaisque r ativ idades e estuda os p orquês de tudo{ que llhe possa dnter essar em t odos os se tores da vidaatual. Ent retanto p orque ã aprofundarmos os nossos-conh ecimentos no que diz respeito às religiões? ..

Porque n ão no s aprofundame s em pro curar . desco -brir a verdade q ue paira sobre as nossas cabe ças no q ueconcerne às or ç s sobre naturais que nos d irigem ospassos anos e v ontades muda ndo comp letamen te

.rttmo da s nossas i ntenções? ..Se procu rarmos m ergulhar o nosso pensam ento no

.âmago de uma conce pção em busca de mos trar a ver-

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UM NDt\ TR VÉS DOS SÉCULOS 31 -

mundo, aquilo que d fato é perfeit o e integral desdea sua p rimeir a forma aQ.. .

Desta mane ira vejo-me o bri ga do a ag : ,_n pel aforç a d a s eír e unstnc ta s , e sim , por um c a pricho tao co-mum a t odo aquele qu e procura pratic a r uma Umbandasince ra e q ua n d o p o ss u i a dirigir-l lh e os pen sam:ntos ,entida d es de "gr a nd e luz espi ritual ". E :n :b ra veJa ,... eo br igad o usar d e a lg umas verdades esotenc s, ao : dl -se rtar neste terr eno , c o m o fit o d e reforçar amda: ma so meu pen sa m en to, pr o cura re i de n tro da v rdadel a 10-g ic a, mo stra r ,. não por m ei o de fór mu las ch e Ia s, de ü te ra -tu ra, e si m , d e um m o do clar o e compreensívet. tudo

aquilo que desejo.A minha únic a final id a d e é -m os trar como conh -cedor prof u n do das q ues tões e spirituais , e oomo prati -c an te d a Um band a d u ra nte v á rio s an o s, q ue , t udo qw;n-to exi s te so bre a f ace da ter ra evolui , como tem evoluídoo E sp i1 itis m o na Lei d e Umbanda

Alg u ém me p er gun tará ... ._ P o rque nasce u a U lV.I BA NDA ?.E eu r esponde re i . . " . .A tjmb an d a nasceu co m os séculos pa ra uma maIOI

aproxima cã o do h omem ao s e u o rí ador . .' urií ba nd a nasce u c om Ü homem , e .acompanha

at rav é s d a s u a existência m ateria l e ssp írítaial, desdeq ue o m u n d o é m u n d o.

P e la s p róp ri as pal a v ras d o P ai Onipotente: "TU R IM -EVEI , TUMIM -UM.BA ND A,D A RJ.VIjôS",itas pelab oc a do s se us m ini stros, temos a ce rteza absoluta deq u e , uma nova OR DEM b aixara so bre a terra.

"BA IX O U SOB RE A FACE DA TERRA, A LUZ DAU M BAr- ."D .

Deus na sua bo n d a de inf inita , quere ndo d ar a o h o -m em p ec d o r, a o p o rtunid a d e reab ilit a r-se ,. e :? :v: d e novo à sua prim eira o o ndíç â o, d eu -lh o c a stIgO. : Gêne s ís , 3 ,19 . N o suo r do te u TO i:;tOom era s o te u pao , até

LUI ZI O FONT N LL

d ade qu e de fato possa e xistir quando queremos que ve-n h a ton a aquilo que é n ecessário e real dentro de umare lígíã o , nada mais fácil pa ra nós se torna p rovar o quedesej amos, d esde que co n h eç am os p rofund a mente a m a -téria sobre a qual p ret en de mo s d iscutir .

Façam o s Um es tudo c om p le to d aq uilo qu e as ger a -çõe s pa ss ad as nos de ixaram, e, co m u m p ou co de int e -ligên ci a, fo rm u lemos conce p çõ es p erf eit as , e , logo sur -g irá a lu z de q ue ta n to pr eci sam os .

Ao en cara rm os a s questões re ligiosas , n o toca nt e àc ren ç a m e u s nec essário se to rna qu e p ra tiquemos a

v erdadeira car idade , c o n c ebendo o AMOR UNIVERSAL ;e para isso, é p recsí o que o h o m em sint a o C risto dentr odó seu pró prio ' coraç ão, e se rei n tegre na sua condiçãod e ser pe rfei to , tal c omo f o i id ea lizad o e criado pel oD eus On ipo tente .

Se o ho mem co n c eber a ve rdad e, e c u ltuar uma re-lig ião s em pre co n ce itos de q ual q uer natureza, procuran-do au ferí r m ais Iuzes c o m o in tuito único de enriquec eros s e us co n hecimentos p ess o ais, es tará seguindo o camí-Illho d a pe rfe ição ; se rv ir á à humanidad e dentro da evo -luçã o u n ive rsa l, e esta rá progredindo moral e .espiritual-men te , den tro dos p ri ncíp ios básicos nos quais se fun-dam entam todas a s c rença s rei ligosas . Este é o 'caso d aUMBAN IDA .

Do m uito que se tem dito a r es p e ito de ssa lei, vou ,n o entan to , a bordar u m mag n o problema fílosóflco-re-ligio so, que é justam ente co m o se d evia c onceber essaLEI , a travé s da sua pr imit iv a orig e m , de v ez que , diver-g em d e mane ir a as su s tado ra, toda s as op iniões a seurespeito.

meu des e jo esclarece r pont os d e v ista , nos qu a ís ,basea do nas minh a s p ró pr ias conv icções e so bretudo,cr ian d o c o nce pç ões so bre o qu e s e tem fe it o através deestudos psico ló gico s em tudo qua n to d iz r es peito à prá-tica da Umba nd a , ninguém até hoje pr oc ur ou mostra r

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A LU I Z I O . 1 .<O N T E Ê--LL E

que te torn es à terra; . porque dela foste tomado: por-quan to és p ó e em p ó te tornarás".

Deu- lhe també m, atravé s do que se denominou"KARMA" " o dir eito de reabi litar-se : "Multi plicai-vo spoüs, e 'Uma vez que tran sgredi stes os meus mandamen -tos, tereis agora em encarnaç ões sucessivas, o aperf ei-çoamento d a alma, até ganhardes de n ovo o R EINO DAGLóRIA ".

Oomeçara a partir daquele m omento, a evo lução domundo , e com ele, a UM'BANDA.

Era preci so entretanto , que a Lei do Equilíbrio Un i-

tJ e 1 sa l predom inasse nos mundos, uma vez que ao ho -roem fora dado conhecer as forças do em e do Mal

Essas forças seriam o s pólos: POSITIVO e NEGA -TIVO, o ALFA 'e:o OMEGA , o BELO e o FEIO, o MAISe o MENOS, para q ue as igual dades pudessem subs ístír.

Assim, t ínnam qu e predomina r no mundo es sasduas correntes pe rfeitas, onde o HO MEM e a MULH EHhaveriam de re pres entar e sse pe rfeito equilíbrio.

O HOMEM é o pólo positivo" e a MUL HER, o pó lonegativo.

Deu s a encarnação do BE M e do BELO, ao p assoque SAT ANAZé a encarnação do MALe do FEIO .

Criad as todas essa s concepçõ es, não poder ia o Ho-mem fugir a essas forças ; uma ve z que ele próprio pro-curava desvendá-Ia s.

Na própria o rdem Div lna: UMl3ANDA,essas duasforças ali e stavam r epresentadas:

Um - (uno ,----,Deus - infinito -- força do Bem _pólo po sitivo).BANDA - (divisão - lado oposto - força do Mal

-- pó lo negat ivo).Oom a mu ltiplici dade do gê nero humano, essas duas

forças ter iam forçosamente de esta r representada s nopróprio h omem. Ca im. e Abel não fugiram abs olutamen-te 1 > essa concepção.

A U MB'ANDA· AT RAVtS D OS "stCULO S 8

.. Have riam de cumprir-se as Sagradas Escrituras; e,na consuma ção dos sécul os, o homem será obrigado , pe- 5 das responsabi lidad es que assumiu, uma vez quedota do de todos os conhecimentos e da força que lhe fOldada em condições de qu ase igualdade para co De us,"Gênesis , 3. 22 - Então disse 'o Senhor Deus: EIS o qu eo homem é como um de NÓ3, sabendo o bem e o mal ;ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome tam -bém da árvore da vida, e coma e viva eter namente: ",v -s -á na con tingência de escolher qual das duas .fo..r-cas o levará à VI 'l1óRIAou à DERROTA nasua condiçaoperante 'o Criado r.

Como a verdadeira tínalídade deste capítulo, é um -var-lhes que a UMBANDAp rovém os séculos, 0:urr;e lhor: surgiu no mundo com o apareclm nt o pnmeirohomem q ue habitou a terra , nada mais acll se t )lnamostr ar-lhes através de e xplicações pe rteítas, aquilo aque me propus elucída r. _ .

Pelo f ato de que inúm eras interp ret oe f( ra da-das à s questões religiosas, no tocante a exíst êncía deDeus e dos .homens , onde alguns c onstderam_como sendoa Bíblia a revelação di vina das comun ícações de Deus ,embora escr ita pelas mão s do homem co pllador d .?s .ratos, sendo o aut or do G NESIS; e que mais t arde Joaoo vínente, nos tra nsmitiu por es rito os Jatos do Eva nge -

lho pregado p or N. S. Jesus CflS ; nao vem absoluta-mente corrobor ar com as concep çoes formuladas no ver -dadeiro G :ÊNES IS no. seu orig i al ,m Pall i de.vez q ue,antes d o prime iro livro de Moy sés ja se conhecí am essesmandamentos, milhares de anos antes do advento. doprópr io Moysés uma vez que h aviam s ido t ransmítídoshá m ais de qui nze mi l anos. .

Antes de c ometer o pecado, era dada ao homem ac:ondição de comunicar -se diretamente com o seu Cria-

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34 LUI ZI O FONTENEL L

kior, poís ibastava-lhe evocá-Ia nos seus pedid os paraque a palavra divina se manife stasse. '

Em virtude do afastamento do homem, que pro -curou no pecado, furtar-se à aproximação de Deus f lcoupor essa razão impedida essa . manifestação espiritualque era a comunicação C < m o mundo dos seres invisíveis'

eus, comunicava -se com o (homem através do seespírito, e su . o dens eram por ele ouvidas tal e qual,quando nos díríg ímos a qualquer ser mortal.

AO ht?mens que se segu iram às gerações de Adão eEva, pn :r:clpalmente àqueles que procuravam e m Deus

o cumpr ento de suas Leis, foi dada a MEDIUNIDA -DE; que amda . hoje s . conhece através dos tempos, se -gun o as teorias e p ntas , nas quais se acredita que?eu , n ,sua magnaruma bondade, permitiu ao homemmfluencla- o com ,as manifestações esp irituais, para quepudesse Crle tar aqueles que precisassem de luzes, parao seu apeJ:f lçº .amentc:>material e espiritual .

FOI desta maneira que surgiram os verdadeirosPROFETAS, que nada mais eram do que grande s ÉDIUNS, incumbidos por Deus para derramarem sobre aterra, 'os ens ínamentos e leis pelas quaís se deveria reg ertoda a humanidade.

oysés, ao subir ao monte Sinai , para receber a sTABUAS D LEI, recebeu também a dádiva divina narepresenta ção das manifestações medíúnícas, conhec idascomo CLARIVID NCIA, INTUlçaO, PSIC 'OGRAFIA .etc., etc., ou melhor: recebeu a LUZ DA UMBANDA.

. Da me sma forma, João Batista, tendo a graça di-v natde conh cer a yrD®NCIA, transmitiu através dostec l<os_os mais sublimes fatos do Evangelho. Portanto.Crel? .nao haver dúvidas quanto aos fenômenos da Lei pll 'ltal de ve que, na LUZ DA UMBANDA se nave-riam de cumprir todos os mandam entos e vontades im-postas p elo Pai Onipotente

Veja mos agora o r ever so da m edalha .. .

UMB ND T R V É S DO S s c ULO S

Na própria LEI DAUMBANDA , furmadapelas dua scorren tes, isto é: o BEM e o MAL; aqueles que dísvírbua-ram e desobedeceram as Leis Divinas, procuraram n olado oposto, os seu s desígnios. Assim, com a mesmaforça , criou -se o reino de Satana z O "FOVO DE EXU"

que hab itava , o Iad o oposto do EDEN " invadiu todas a sregiões da terra, e a mald ade dominou o mundo.

Mais uma v ez, a grande f órmula esotérica e kaba -Iístíca , entrava na concepção da grande síntese :

"UM BANDA "

_ (U\l10- Deus ,- infinito - força do Bem -pólo positivo - Eden). .

ND _ (Divisão - lado aposto - força do mal_ pólo negativo - ' Reino de E :Xu) .

O homem, tomado pelo desespero, desorJentadore opecado , conhecendo pe rfeitament e o bem o mal, naopestanej ou em fazer o seu PACTO DE HONRA com Sa ,-tanaz : e, aquele mesmo AGENTE MAGICO UNIVER -SAL. que tentara e conseg uira deturpar a consciênciahum ana, prometera ao homem tudo o que e stava ao seualcance , d esde que ele o a dorasse.

Mais um passo fora dado , para o equi líbrio das duasforças .. .

Quem ? venceria? .

Prossigamos através dos séculos ...O homem bom , ama va e ama a Deus sobre tod as as

cousas.O Homem m au, amesquinha-o e zomba d ele, certo

tie que Satanaz é o "ABSOLUTO".Pros segue na terra e no espaço , essa l uta títãníea

entre os dois g randes a dversários: O BEM e o MAL.Com eles , evolui a Umband a, na certeza de que a

marc ha do tempo não pode parar .

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A . LU : IZ IO FONTENELLE ·

Formaram-se legiões' e Iegiões; e, o mundo inteiro,desde os primórdíos das civilizações, ainda hoje luta te-.nazmente pela conquista da sua evolução.

A luta continua; e, o homem, procurando aproxí-mar-se do Deus Onipotente, busca na sua concepção, umd'undamento ou religião que lhe dirija os passos, parachegar até lá.

Mudam-se os nomes, criam-se Deuses, porém, o de-do mágico da Umbanda, continua mostrando a toda ahumanidade, a sua força espiritual.

Vem o PAGANISMO, e com ele a força destruidorado Povo de Exu . Adoram-se deuses de barro e de pe-dra; de bronze e de ouro; em completa. desobediência àsleis divinas.

Surge a MITOLOGIA, e com ela o POLITEíSMO,Aparecem as doutrinas rílosóücase religiosas de

Brahma, Buddha e Confúcio, e com elas também evoluia Umbanda.

Os profetas anunciam a vinda dos seus messias, eeis que o Deus Onipotente resolve enviar à terra o seufilho amado, para a redenção darmísera humanidade.

-Chegamos à era de ORISTO, e com ele, ainda maisse solidificou a concepção da suaLei Divina a UMBANDA .

Façamos urna pequena parada. Volvamos nossospensamentos à era Budâhista e procuremos compará-Iaàs concepções espdrítuaís que hoje se praticam e'secultuam dentro doEspiritismo.

·Vejamos como os híndus, nos SAGRADOS LIVROSDOS VEDAS, tão bem souberam díscernír e comentar, asagrada epopéia do MARRABARHATT , que o supre-mo Me s tre WYAZA soube interpretar através de300.000 versos: e, na velha China milenária, com o usoda PLANlCHETA , recebiam as últãmas palavras dosseus entes queridos, que bemsouberam traduzir, nasbelezas do seu E sp iritua lis m o na descritiva feita em

A UMBAN D A ATRAV S DOS Sl \CULOS

torno do seu NIRVANA , que o apontava como a mo-rada dos deuses, onde seus flhos encontrar-se-iam comos ancestrais, que tiveram na vida material.

Vejamos a evolução'sofrida pela Utnbanda atravésdas épocas, e estejamos certos deque as finalidades têmS11doas mesmas, isto é: procurar nas evocações divinas,o aperfeiçoamento da alma, sabendo queexíste algoalém da vida material, que resume em si tudo aquilo quese deseja de bom e de belo, ao deixarmos'Ü invólucrocarnal que tanto nos atormenta nos faz sofrer a dorfísica,

Analisemos a concepção dessa crença, os seus dog-mas' e ve]amos como em tudo se assemelhaà verdadeira

Umbanda.Vamos encontrar emSiddhârtha Gautama príví-

egíado fundador doBuâ â hismo um predestinado peloDeus Onipotente, para derramar entre o seu po o oensínamentos das suas leis, em perfeita comunhão didéias e pensamentos.

Vejamos ainda como culbuavam a crença no sobrenatural, certos de que essa força índômita, os conduziaatravés dos diversos planos espirituais, até a morada dosDEUSES.

Porque então, meus caros leitores, não uníficarmostodas essas crenças, de vez que tanto faz chamar-se CÉU ou ARUANDA , NIRVANA ou INFINITO ,a verdadeira morada daquele que criou todos os mun-

dos? ..Estudemos, pois, todas essas concepções, e esto

certo de que não me enganei quando afirmei e afirmque a UMBANDA será a futura religião do mundo, tcomo o toí, no período da sua formação.

Não se pode ser materialista, quando se tem a cer-teza de que a Natureza é a obra imortal do maior ar-quíteto do Universo.

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L UI ZI O FON T N LL

A <?om se pode co trarjar as leis de e us qua ndo acien cia ainda na o pode chegar a uma c oncl usão demesmo saber a ve rdadeira or igem do homem?

Como se pode duvid ar da existênc ia de fen ôme nosespirit ais, se a t odo o momento se nos dep aram comf :os. Incapazes de serem eíuc ídacos pe la própriacien cra»

Qual será a nos sa co ndição na ter ra, quando temosa certeza de possui rmos um cérebro que p ensa , e quepod e com a sua capa cidad e cr iado ra modifiar muita sdas vezes a própria e strutura da te a?

muito simples. F omos feitos à imagem de D eus ed entr d e nós mes mos, extis te um a força criadora q epoder á _se r boa ou ma , confo rme as nossas pr ópri aseonvicçoes,

CAPÍTULO IV

A VERDADEIRA ORIGEM DO PRIMEIROHOMEM QUE HABITOU A TERRA

Por divergirem grandemente as opiniões sobre oaparecimento do primeiro h omem na terra, e , não ese .jando deixar passar d esapercebido este ponto de VISta ,principalment e, por s ratar d e assunto u e dizrespeito ao t rato das enumeras relíg íões conhecidas nomundo inteiro, como t ambém, porque a ciência tem pro -curado estud á-ío c om ve rdadeiro carinho , vou apr oveita reste capítulo , para , não só elucídar esse ca so sobre oponto de vis ta rel igio so, como também, explanar o co :?-ceíto que faç o, e o meu modo de entender, sobre taoíntríncado problema.

Tendo esclarecido em c apítulo s ante rlores , que oaparecimen to do homem na terra , seg ;u d .o a própriaBíblia tinha sido em virtude da vontade dív ina, na qual ,o Deus TOdo Poderoso, o cri ou à sua semelhança; e , que ,de acordo com o ênesis escrito no seu original em Pall i (prime ira língua falada quando da formaç d mU? -d?) díma e Eva, ou dão e Eva segundo apropna Bíblia ,foram dest ronados do Eden em virtud e do conheci -mento do e m e do Mal incutidos pelos agentes mági - s uni uer sai e (POVO DE EXJJ) , sendo esses os prin-cipais causadores e respons áveis po r este ..tremen doerro .

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A L UIZI O F O NTENE L LE

Este fato foi mais uma conseqüência da Lei do Equi-líbrio Universal pois, a partir dessa época, a terra seriadívírtída em duas facções ou ralanges: a do BEM sob aproteção de Deus e a do MAL Boba força destruidorade Satanaz. ,

Ainda, segundo o Velh io Testamento Adão e Evaconceberam dois filhos: Caím e Abel, nos quaís devidoao pecado, as duas poderosas correntes estavam perreí -tamente representadas. Abel, era a encarnação do Bemao passo que em Caím, incorporava .... se o Mal.

Guiado pelo mal, Caírn, atraiu para si a semente damaldade, germinando em seu coração a vingança

inveja e ódio matando a seguir o seu próprio irmã .A partir deste momento, a maldição de Deus atingiu

a terra,. regada pelo sangue inocente de Abel; e por suavez, .Ca , ao ser chamado à responsabUidade pelo seuato índigno mergulhou-se no caos da degradação e docastigo.

Conhecendo-se a existência do G énesis escrito se-gundo a própria lei, pelo sistema que se denominou deKaballah há mais de quinze mil anos, ou melhor: muitoantes .do aparecímento do pr vmeíro livro de Moysés, noq e IZ respeito a velho. testamento tão decantado pelaBíblia Sagrada, ja se tinha dele conhecimento antesme mo o aparecimento do próprio Moysés, e que a se-guir , o irmao deste, Ahrãn, os escreveu posteriormentena língua h ebra íca, compilados entretanto do verdadeirooriginal ro u

Existe numa das passagens bíblícas , um ponto bas-tante obscuro, no que diz respeito à expulsão de Adãoe Eva do paraíso, ao qual poderemos dar várias ínter.,pretações ,

Diz a Bíblia :

G ê nesís 5. O primeiro homicídio . 7 - E conheceu Caim a sua mulher e ela conce-beu , e pa riu a E noch : e ele ed ificou ctdade .

A U MBA ND A AT R A WB DOS S ltCULOB 41

chamou o nome da cidade p elo nome de seu filhoEnoch: .

Jmpo ssível se tornacon eeber-se a veracidade dessapassagem bíblica, porque, sendo Caim e Abel os prim i-ros filhos de Adâo e Eva, e , uma vez morto Abel, Ca ímconhecera uma mul her com a qual se casara e dessaunião nascera um primogênito . Donde teria vindo essa .mulher?

Vamos procurar interpretá-Ia . ..Primeiro: - Por suposição; uma vez q ue, alguns

anos se passaram entre a morte de Abel e o casamentode Ca ím, poderia ter se dado o caso de que novas gera -cões se formaram da parte do terceiro filho de Adão eEva, o qual se chamou Seth ; e, desse vínculo da família'tenha surgido então a mulher que Caim conhecera ecom a qu al se unira.

Segundo: - Também po r suposição , poder íamosinterpretar esse fato , baseando-nos na s teorias Científi-cas, as quais pro curaram provar a exist ência de outrascriatu ras humanas , concebidas p elo fenômeno denomi -nado transformação no qual o homem passava pordiversas fases , até chegar ao estado da suacontorma çãoatual . Nesse caso poderia conceber -se perfeitamenteesse estado de coisas, uma vez que, seria bem possívelque Caim , ao emigrar para outr as terras , viesse a encon -trar um elemento feminino em condições idênticas à

sua s.Terceiro : - Ainda por suposição, poderíamos per -

feitamente acatar a teoria de arunn quando afi rmaque o homem descende do macaco; e , assim sendo , po-deria ter sido provável o aparec ímento da mulhe r deCai ro, oréunda de uma dessas tribos s ímíescas,

Por outro lado, formulo eu a minha concep ção.Interpretando esse fato, tendo como ligação , não o

principio da formação terrena, e sim , o incidente havid onos par amo s .celest íaís, quando o Senhor IJe.us, destí-

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L U I Z I O FO N T E NS L L

tu ín do -a LUCIF E R d o s eu e levad o . ca rgo . junt o . ao . Im -pêr so Celeste, ati ro u-o sob a p ech a d e E X U traidor ,juntamente co m a s u a cort e POVO DE EXU), parao . reino . das trevas; e que , es se re mo era ju s tament eo . infinit o ou uâ cuo onde mais tarde se daria , segundo .a ciência , a forma çã o das nebulosas , entre as qu aí s es-tava a própria te rra.

Ao . manifestar- se a von ta de e o . poder divino emcriar os mundos , todo o o smo .s s e movimentou. Cria-ram -se os planos: do . esp írito , da ene rgia , da matéria, eda mar dtestoç ão a seguir, a Vo .Zde Deus p rojeta a suaJ 'ontade através do infinito , transmutações se processam

e mudam de estado. Do estado ext á tíco potencial , passaao estado dinâmico ; tudo entra em movimente.Formam-se turbilhões de átomos, que gravitando emtorno de si próprios , manifestam-se com irradiações d ecalor , de luz e de vida . IÉ o . énícío da formação dosmu n dos , e o . p rincípio . d e toda s as cousas,

Surgem os dias do Gênesis descrâto po r Moysés : Haja luz - e houve luz . Este foi o primei ro dia

d o mundo . E disse Deus: Haja uma e x pans ão no meio das

águas, e haja separação ent re águas e águas ' ., foio. segundo dia do mundo .

E disse D eus: Ajuntem-se as águas debaixo dosCéU 3num lugar; e apareça a porção seca , e ass im foi . ..foí o . terceiro dia do . mundo.

E disse Deu s: Haja luminares nas expansões doscéus, para haver s epara ção . entre o dia e a noite; e sejameles sinais e para tempos determinados e para dias eanos . ' . fo í o . dia da criação . do sol , da lua e das estre -las , o . quarto di a do . mundo . .

E disse Deus : Produzam as águas abundante m en-te r épt e is de alma vi v ente ; e v oe m as ave s sobre a fa c e da .expan são dos céu s .. , f o i o . d ia da c r ia ção . dos pe ixes edospássaros 9 q u into de ex ístênc ía do mund o . .

Ui \m N D TR WS D OS se o ut ó s 4

E d iss e Deus : produz a a terra a lm a vivent e c o n- o rme a sua espécie ; gado e r ép te is , e bes tas f era s date rra c o nf o rme a sua e spéc ie ; e ass im fo í . . . .

E di sse De u s: F aça mo .s o . nomem à nos sa Imagemcon fo rme à n o ssa sem elh a nça : e domi ne sobr e os peixesdo . mar , e sobr e t odo . o rép til que se m?ve s o bre ,a . te r-ra . .. E criou Deus o . hom em à sua unag : a :ger o de Deus o . cri o u: ma cho . e fê ea : os criou .;' ' 10.1

o d ia da criação d e todos os animais da t e rra e do .ap ar ec im ento do homem , o sexto dia do mund? .

A ssim o s céus e a terra e t odo . o . seu exercito . to -ram acabado s. E ha en d o . Deus acabado no dia sét imo asua obra, que ti n ha fei to , de scan so u no . sétimo dia detod a a su a obra , que tin lha feito . . .. foi o .,d em u:De u s d escansou e destinou ao . desca n so, o . setuno e últ í-mo . dia da c ri ação . do mundo.

I

Explica d a entretanto pelaciêndia , a fo .rmação ? Omun d o , co ncebe -se que , pelo }enômeno . da g;avItaçao,gira nd o os astros em to rno de uma força centrífuga , deuorige m à fo rma çã o de uma grande neoutosa , a qual des -pre n de n do tr agmentos, e uma v ez esgotada.a tor ça cen-trífuga d e propuls ão es ta ncaram em de terminado Po . t?,pas sando a gira r em torno do nú c leo . central da p rnm -tíva nebulosa descrevendo . su as pr ó p rías órbitas. Pelofenômeno . do .'atrito e continuando a girar com velocl -

r , • •

dade cada vez maas crescente em torno do próprio eIXO,acabaram por incendiar-s e, ocasionando . a iluminaçãoo u luz fo rm a ndo -se deste modo todo o . sistema plane -tá rio. seguir , d ev id o ao . resfriamento da superr ícíe decad a um dos f ragmento s desloc ados , rormaram -se .a scros tas , as qua is isolad as p o r camadas multifo rn;es p er-mit iram a procnlaçâo de sere s vivos e d e v egetais ,

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A u I Z I O F O N T E N E L L E

Por ou tro lado? ncarando se a formaç ão dos mun-dos , pela parte e spiritual, cOfl:Cebe --se té cer to ponto a o ntade de Deus, que com a ajuda dos e spirítos const ru-tores, dota os de gran de evoluç ão hierár quica executoua sua gradíosa obra. ', .Esses grandes es píritos, co . auto ridad e de poder,e como e xe u ores da vo ntade dívína, passaram a exer-cer uma atI lda? -e perfei ta na ex ecução e no cumpri-mento da açao dma ,?1ica di tada pe lo Verbo D ivino .

. Com a revotu ção sofri da nos diver sos planos espí -rltua ís, ao término da fo rmação dos mundos, foram o s

xus atirados p ara a terra , que de ixou de ser treva de sdeo momento em que surg iu a luz.<?'ormoe tra tava de e spíritos puramente inferiore s

e afeitos ao mal , foí-Ihes d ada a ordem de perambulareora em 'estado e mbrionário de fo rmaçã o, ora pertencen - e s c?mo entes e nca rnados , a um tipo de raça puramenteínteríor, com. todas as carac terísticas an imais. Acredi -ta-se 9 - e o Pitecamtropo erecto de Java , tenha sido um atransição de ssa esp êcíe de seres.

r outro lado , antes de existirem as raças âmi -

c s a outr raças se lhes anteciparam. Eram homensobscuros e bárbaros, grosseiros e e goístas , que não fa -lav m como homens comuns , e sim, e xpr essav am-se pormeio de, s ns turais acompanhados de g estos horren-dos e .'ll11mlc.asl concebíve is. Alímen tavam -se como ver-dadeíros animais , e seus olhos nã o conhe ciam lág rimase nunca riam. Seus prazeres eram gri tos de besta-ferae suas d?res roucos gemidos. Fugiam d a luz preferinda obscuridade e as trevas. '

. Vol ando agora ao ponto de partida , quando fo rmu-181 a minha co cepção sobre a origem da mulher quepertenceu a c a ím c edi t(). que ten ha sido um dessesseres, na fo rma femmma , a companheir a daquele uefor exortado por eus, ao cometer o primeiro ho rclcí-dío; e por es sa raza o, coub e-lhe por castigo essa uni ãouma vez que , aos maus cabe o lma l.' ,

A UMBAN DA A T RAWS D OS Sl :CUL OS 5 :

COMO SE COM PREENDE O MUNDOESPIRITUAL

Sendo o "Espaç o" habita do po r espí ritos, esses porua vez anim am 5 seres vivos , const Ituindo o que seonhece nas I eís espí ritas com o nome de Mundo Espi

íbual. Sen do inúmeras as cat egor ias dos espíritos, eor terem sido emana dos das L eis divinas, são dotadose inteligê ncia, e sentimento. Enc arados sob o ponto de

vista fluíd ico, p ois out ra não é a sua condição nos di- .v rsos plano s espi ritua.is, correspon dem as suas forçasfluídícas, aos planos ou esferas vibratódas nas quaís se

manifestam. Ao espír ito humano apó s a desericarnaçãoomente lhe s é d ado a con sciência da liberdade, apósterem atingido no gr au humano , a verdadei ra compreen-são; da í a concep ção que se faz de um espírito que pos -sui pe rsonalidade , ao manifestar-se na condição del'Egun " (espí ritü de morto).

To dos os seres sepiritua is ha bitam os Espaços Infi -nitos e, somente qua ndo lh e's é pe rmitido , descem aomundo m aterial; e , de acordo com ,a Lei K.ármlÍca muitos 'são obri gados a passar p or inúmer as. prov as e experiên-cias terrenas , para fins unica mente pu rJficadores.

Segundo a es cala hi erá rquica dos espí ritos , exístem .três c lases d esse habitantes d os planos espirituais:

Espírito s Inferiores ou atra sados , compreendendotoda a c asta de ele mento s maus, ignor antes , sofredores,obcesso res, etc., que não possuin do luz espil 'lltual , sãoobrigado s por um a lei de jus tiça, a fhabitar o rein o dastreva s, sob o domín io do r oio de x u Esses seres estãolocaliz ados ora no espaço trevoso, no humb ral, ou nacrosta ter rest re, na qualidade de e spíritos enca rnados oud,e3cncarnados. Esse plano inclui tod as as falanges domal . sob o domínio e direçã o de E xu-Reí Luoífer , da-tados en tretanto de gr ande fo rça maléfic a.

Os Bo ns Espíritos, integr ando as fa lange s dos coope-radar es do Bem, são enca rregados dos trab alhos de a u-

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46 LUIZID FONTENELLE

xílío, proteção e encaminhamen to nos diversos planosespirituais org anizados em famí lias co m a denomina -ção de Entid a des, compreendend o todas as Linha s quecompõem o ciclo evol ucíonal dos espí ritos que atíngíramdeterminada ascenção espir itua l, posuín do força f l u ídi-c suficiente par a comba ter o ma l. Alguns são conside-rados guias individuais, tal , como aconte ce en tre os pra -ticantes da Umbanda. Aos de maior grau hierárquic o,alguns os consid eram com a den omin acão de An-[os-de -Ouarda ,

_ Os Espírito s Super iores , são aq ueles que integrama administração do Kosmos , coop erando c om as divi n-dade s máximas n o que diz respeito às reencarnaçõe s eestudo do Kar rma . São os que r egulam e estabelece m ascondições de provas e castigos. Ajud am na construçãoou destruição ' das regiõ es que p recisam d e rem odel ação.Esses espíritos são d otados de gran de poder, e' pela s uaelevada condição h ierárqui ca, agem com autorid adepró pria. São o s comp onente s das íalanges mais próxi-mas de Deus , ou mel hor: são denominados Mi nistrosou Arcanjo s .

Existe ainda uma c lassificaçã o em separa do para osespíri tos denominados cr iado res, que ao lad o de Deus,são incumbidos de d ar forma e criar nov os tipos em to -das as manifestações espíritu aés. A esses espírito s sãochamados Salvadores , Redento re s , Me s s ia s entreos quais figura o próprio Jesus C risto, qua ndo na suaúltima manírestação, na per soni ficação d e espír ito en-

carnado.Por útímo , segundo as crença s espiri tuads , está lo-calizada a esfera celestíal, onde se con sidera como Di-víadad e Absolu ta, o próprio DEU S.

P Í TULO

LG UM S RE LI GIÕES E S U O RIG EM

-""'-p;:ra que se pude ses dar uma classificaç ão verda -

deira e perfeita sobre as r eligiões, se ria necess ánlo es-tudá -las sob o ponto de vi sta filosóf ico; e pelo fato d enos interessar ape nas o qu e diz; respe ito à origem eexistência através dos sécul os, dessas co ncepções, serápref erível q ue es tudemo s apen as os países e povos qu eas cultuavam , nas suas diversas modalidade s.

Comecemos então pe los povos selvagens .

AS RELIGIõES NA AFlRICA

Pelo fato' da enor me divergênc ia en tre os povos afri-canos , no que diz respei to à su a raça, em vi tude d a inva sões e conquista s dos povos que a dommaram, . ebem dif ícil d escreve r-se ao c erto , qual a religião predo -min ante n o continente negro.

Sab e-se q ue pelo menos s eis raç as tiveram inf luên -cia na fo rmação de sse povo. O s líbicos da costa seten -tríon àl, os egíp oios e etíop es, form avam no núm ero da sraças situadas nas costas do m editerrâne o, formando acha mada fam ília Ch am itic a, as quaís possuíam relaç õesde p arent esco com as raças S e m ita s . Da mesma fo rma'sur 'iram traços de parente sco pré-hístórí co entre osBa s os e os t s r r s localizado s na Africa Betentr ional.Para os lados do Su l conhe ciam se os Núbios das mar -gens do NUo superior, e os Fu ,las na orl:;l .me.ndiQnai

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LUI Z I O F O NT N LL

do gr ande e er to ; f o rmando [unto s uma raça v erdadei-ra ente díst ínta , Os verdadeiros negros ocupavam omeio do continente , ao passo que na parte meridionalout ra s três raças ali vivi a m: os cof re s , lwte ntotes e bos-com nos

. O on síderavam-se os hotentotes como: degenerado s,Juntamente com os anões habitantes do centro do hin -te la ,, : af ricano, e pertencentes aos restos de uma raçaprImJ t va.especial . Acredita-se me smo que algumas ra-ça s egIpc as , tenham s e m is tu ra do aos p o v o s africanos .

.• . nsIderam a lguns historiadores, a Africa dividida :

em tre s partes: O sul , o centro e o norte..A parte que c o mp reendia a Africa menldíonaj era

habitada pelos ca íres , a leste, pel o s hotentotes , e a oestepelos boscom an os , '

. .Toda a egiã o da Afr ica era compo sta d e inúme rastribos, e sIm , conhecia m -s e como pertencentes aos ca-fres as tr ibos: m xos s amazulus , betc tiu n s ou he -reros e tc. Pertencendo aos ho tentotes, conheciam-se a ssegu in tes . n m ques e coranas , ex istindo ainda os gri-q lf se os ba stardos , resultan tes d a mes tL çag em euro -p ela.

.. evid () a sere por de ais con fus as a s tradiçõ esreligiosas dessas tribos , acredita-se que muitas de las nãopossuíam religi ã o, entre elas a dos cafr es .

Os neg ros cu I t.uav a m o feiticismo, e alguns dos seusdeu es s a o conh ecírírs, com os seguintes nomes t ixo

Tsuzgoab e HeitS i-eibib, da part e dos hotentotes. M o rim e n ul un uhi d a parte dos cafres. Entretanto não sesa? e ao certo , se esses nom es desig n av am deu se s na tu -rai s , esp ír tos , feiticeiros , d ef untos o u a n tep as sados .

A cr ed itav am os neg ros afr ica n o s qu e os seu s mor-to aparec c am a os parente s , g e ralment e na forma d eanim ais , po r iss o pro c uravam es culpir to ten s de diver-sa s mane iras, Ou tros adoravam a lua, e acred itava mq u e el a en v iava u m a l e b re ju n to ao hom em pa ra lhes d i.

A uM B A NDA AT R AWS DOS ssotn os

zer : as s im como eu morro e regresso à vida , ass im tumorrer á s e v oltarás à vi d a .

A religíã o dos hotentot es bem como a dos cafres dis-tin g uiam-se da dos negros , pelo fato de não adotarem ofeitícismo (arte da íeítiçaría) . Comportava ap e nas ore

rendas às almas e aos espíritos, e nunca, f e itiços pro-priamente ditos .

Quanto aos negros feiticeiros, consideravam-se é

dic as e ad lvlnhos utilizando -s e de arnuletos e artes mgicas. Entre suas práticas relígtosas o seu ritual é m l to complicado, contendo um _ amfIlll.dade de ab 2 e saodados ao uso de tatuagens produzidas por mcisoes na

.pele e pintadas de diversas formas. Acr:d ltam numDeu s superior , criad o r do mundo, embora nao o adore ,preferindo na maioria das vezes cultuar a crença n s di-vindades maléficas , daí a origem do Ambequerê-Kíban-da, r itual utilizado pelos negros Gêges , Nagôs e Bantus, .cujas on lgens sã o mais recentes.

Outra crença comum aos negros é o ritual por elesprat icado no que diz respeito aos sac ifíc exp íatóríosaos espíritos (para a afastamento das íntelícídades), como í'e rendas de animais mortos e alimentos pred iletos dosseus deuses com a finalidade de profetizar' aconteci -mentos , curar males causados por b ruxarias , fazer cho-ver , etc . .

Acreditando eles em que a do ença e a m o rte nãosão acontecimentos naturais e sim por influência de ma-

lefícíos e encantamentos , entregam-se a toda sorte depráticas m ág .cas , as quais , executadas ao som de ins-trumentos de toda a espécie e gritos bárbaros, dizem-sepossuídos de entidades ou Orixás que os acobertamde qualquer malefící o ,

São dados qu a se que exc lusivam ente à prática damagia ne g ra , e seus trabalhos se resumem em grandeparte na ap li caçã o e us o d e beb er agens , com as quaíspra tíeam o curan deírísmo.

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50 ALUí zfo Ó N EN E L E

Algumas d essas tribos v.eram para o Brasil , e nósnosos dias atuais, é bem g rande o núm ero de de scen-dentes deses pov os africa nos; pois, deve-se 'a eles a ori-gem do n egro em nossa terra.

AS RE LIGIõ ES NA AMÉRICA

Apresenta-s e a raça amer icana com um m isto demongó is e de rnalaíos. Entretanto, não se p ode ter ver-dadeiram ente certeza do pa rente sco dessa, com ou trasraças.

Sabe se ao ce rto flue houve re laçõe s ent re o antigo

e novo mund o antes da desc oberta da América, pelofato de qu e os povos islandeses conheceram a Groen lân-dia no perí odo da Idade Méd ia, quando descera m aolongo da corta para os lados do sul . Anda exis te a in-terpre tação dada por algu ns etnóg rafos, de q ue os hab í-tantes da cos ta ocidental da América do Norte , tinha mcomunicaçõ es com os povos asiátic os. Qua nto. aos abo-rígenes american os impossível se tornou a té hoje pr oce-der- se a urna clas ífícacão cíentíüca .

Con e cem-se ent;e tant ) diversas trib os de índíosamen canos distinguindo-se entre si, a penas por carac-terísticas e speciais. Exízte m os peles verm elha s, que ha -bita.m a oeste d as montanhas Ro chosas desde a costa domar, até o Oregon; essas t ribos são c hamada a tapascas(Chip pew ay) , iroqu eses, alqonquin os, aac otas (índiosS íoux ) . a palache s (Creeks ) , na tc h ez habitant es do baí-X) Mis3jSS,'pi, com lig ações de parentes co de um ladocom os apalaches e do out ro com os índios mexicanos.

No Méxic o conhecem- se os e Wc7 .dm ec os , os tolteco se os as tecos. Na América Central, os mai as , e na costasetentrional d a América d o Sul, os araoa cos e índio sca ra ibas .

Quanb aos habitantes índios da Améri ca do Sul ,dístn guem-se a s tribos brasileiras, nas quai s encontramos os tupis, çuar ams, botocud os, uru bus; xaoant es, ca -·

A UMB ANDA ATR AVÉ S DÓS S CULO S rij6§ im orés etc. muitos dos qua ís pertencent ês no-va g r ação. Nos Pam pas existiam os ab ip es, os arau ca -nos, o s pa ta ções (Teuelc hes) e 'os fuegu1 .c:nos, nas r .gtões da Patagônía. Ao longo d a costa OCIdental, hab í-tavam povos de c ivilízação bastante adi antada. Ao nor-te (Região da Nbva-Granada) estabe leciam-se os ch ib-cha s ou muiscas , enquanto que ao sul habi tavam os pe-ruv ianos , localizados nas ma rgens do lago Titic aca. Naregi ão de Ouzco p redominavam os Incas, perte ncentesao po vo dos quíchuas (kech ua) , de origem aimara.

Das suas reli giões prãmitívas tem-se conhecimen tode que p raticavam a mag i:a, acreditando nos esp íritosdos e lemento s. .

Cultuavam os peles vermelhas, o TtC, e insmo,o qu lpossuía um a lto signific ad religio so, pois o totem na orepresenta va apenas um objeto de cult o, nem tam pou:osignificava um obj eto tsoiado co mo se encara a q 'll:estaodo feitiço , de vez que rep resentava uma deter:nmadacate goría d e objetos quase s empre r epresentativ os deanimais oU:vegetais. .' .

O Totem não era encarado como S Imples objeto deculto pois tanto' o "c1an" como apop ulação ou mesmoum divíduo iso lado , pertenciam integral mente ao seutotem ídent irícando- se material e esp iritualmente comele: daí su raírem alguns rituais utd lízados nos Ca n -dOblés , nos'"quais seus oríxás .são representados porverdadei ros íd olos totêmícos.

Posto à margem o totemismo, cultuavam os pe les

vermel has um a religi ão perfeitamente· individuali dacom o atual es pirit ismo, receb endo eles um c ulto prIVIle-gíado dando a esses e spíri j()S nome de .-r n:amt1 s,osqua és em virtude de pc;s smr.€'ffipOUDS:-ndiv ídualídade,relacionav am-se aos fen ômenos natura is.

Ao mais alto grau dos manítus, se desig nava de"Grand e Espírito ", atr ibuíndo -se a esse fato a concep -ção de que os índi os americano s eul tuavam uma relí-gíão monoteí sta,

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ALUIZIO FONT_ENELLE-

. A representação dessa entidade má xima -era feitasob a forma de um an imal, estando em relação quercom fenômenos n a tur ads quer como símbolí -zandoa alma dos s eus ance strais. Cultuava m gran -demente a mag ia, dand o a alguns fenômenos aencarna ção dos seus deuses na forma humana , atríbuin -.do-lhes variados mito s. Em out1 10Sc asos, essas ent ída-des estavam representa das pelos próprios fenômenos n a-turais, como o caso do Manoboso , a qual atribuíam se r o vento forte do oeste , como divindade épica e herói degrandes empre endímentos.

Praticavam a antropofag ãa sacrificavam ele mentos

humanos e po ssuíam como culto religioso, o uso do fu-mo, no qual o cachimbo da paz representava um a topuramente relig ioso, de perfei ta comunhão entre si .

Quanto à parte civilizada dos povos da América, re-velavam eles tantos no s costumes com o na parte reli-gíosa , as suas idéias quase análogas com os povo s sel-vagens dos mesmos continentes.

As divindades mexicanas d ividiam -se em dua s par-tes: uma considerada co mo deuse s Infe rlores ou domés -ticos (Tepitoton) ; e a outra, chama dos de uses da natu -reza , onde se enco ntram a s seguint es divinda des: Tlaloc deus da ch uva; Cent e otl deusa da ter ra. Ent retanto ,os seus prín cípaís deus es eram denomina dos: Quet zal-toa tl Tetzcat õc po ca e H ui tz ilopoc tüli O primeiroera representado c omo símbolo , tendo um a ser pente ala-da; o segundo t razendo como s ímbolo um espelho, eo terceiro, simbolizando um co libri. Outras entidadeseram representad as pelos povos ida A mérica Central,com as seguint es carac terístícas: uns simboliz ando a ser-pente, e out ros simboliz ando a cr uz, cujos deu ses prin ci-pais eram cha mados GUC Ul17 lia tz Vot arn com idêntic ascarac terísticas do deus mexican o Que tzaleoat l

No Pe ru, as civilizações, estando no m esmo níve ldas civilizaçõe s mexi canas, suas formas re ligiosas no en-tanto eram inte iramen te dif erentes. cu tua vamprinci-

A UMBAL Ú >J \.AT RAWS DOS SlilCULOS

5

palmente o Sol , na evo cação dos seus filho s, com os no-mes de Manco C op a c e Ma ma Gelo tendo como origemos seus antepassa dos tncas Além do S ol, adoravamainda outros deuses, na interp retação de deus da água edeus d o fogo, ou sejam: vir ac ocna e P ach aca mec E,ainda n umero sa falange de espíri tos, deno minad os uaca s

MUJÍtasdestas entidades deram origem à forma çãode li ma das linhas nas quai s se di vide a Umbanda qu ese pratica atualme nte no Brasil, ou s eja a 3?-linha -LINHA D O O RIENTE ,. onde apar ece a 5< ; falange , diri-

gida pela entidade d e nom e Inho ar airi que segundo ahistória das c ivilizações , foi o primei ro Imp erador Inca ,, antes d a era Cristã.

-AS RELIG lôES DOS POVOS DO PACí FICO

Pelo estudo ge ográfico feito , no que diz respeito a oPacífico , sabe-se q ue ess a região está dividida ou com-posta d e cinco grupos de ilhas, ou sej am: o arquipélag oindico ou Mal aio; na região nordeste, a Micronésia , com -posta, das ilhas : Marían as e Carolinas , bem como o s ar-quipélagos de Ma rshall e Gilbert; na regi ão cent ral, aMelan ésía compreendendo a Nova Guiné, os Novas Hé -brídas, a Nova Caledônía e out ras i lhas de somenos im-portância; ao sul , a Aus trália (Nova Holanda) e a T as-mãnía; na pa rte leste, os numeroso s arqu ípélagos d aPoünésia

, Três raças distintas se conhecem no Pacífico: a Aus -traliana, c ompreendendo os povos da Nova Holanda edaTasm ãnía: a Papu a, na Nova Guiné , e a raça Poliné -síca , na Polinésia.

Assemelh am-se entre si es sas raça s sob a questão r e-ligio sa, pois acredi tam nos espíritos e nas almas do ou -tro mun do, embora não conhecendo propniament e a ma-gia. Acredita ainda no sobrena tural , e na ressur reiçãodos-homens brancos.

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UI ZJ O FONTE L

Na Po li n és ia , o seu p ovo adot a e m : q uas e todo o seuri tual, os mesm o s sis temas da s rel ig iõ es con h ecida s co -mo selvagens e bárbara s; pra tic a m an ím is mo e re n -d m c ult o à .natur eza , praticando t o d a a esp éc ie d e m a-g.a pred o m ma nd o a e voc aç ão de e ntidades af e tas asuperstiçõe s.

tre a s suas div indad e s con h ec e m- se i n ú m e ra s a sq ua ís den o minam d e Atua, denomi nan d o tant o a os ' es-pí r itos , co m o a s e nt ida d es , com o nome de T iq u i. O p rin-c ipal d eu s polinésío é TANGALOA (tan g a ro a o u T aa -roa ), n a conc epção ; d e deus do céu e d o mar .

N a Nov a Zelând ia, o sistemareligioso

é re pr ese n ta -do p or um m it o , n o q ua l exi s te a sepa ra ç ão d e P apa ede Rangi (o céu e a terra). O Deus pr in c ipal da sua mi-to log ia, é o M a uí representado como Um de us so lar . Re -p re sen tam as reg iõe s celes tes , na slgnír ícaçâ o de .Po , rei -n o do s deuses , e o rein o do s mor tos c om a signifi c aç ãod e P ulo tu .

. E nt re s uas prática s re ligí osa s , ci ta m -se o u so d a t a -tu age m , que v em ju st ament e co rro o o rer c o m um d ospr e cei tos rel igi oso s nrtllízados na prátíca do canâ obté m u ito c u ltuad o n o Es tado d a B ahí a , nos noiSSOS dias.atu a ís .

Cult u av am gra nd ement e a l ei de TaT rJ caracterís -tica es se n c ial aos c ult os da alta íni cíação , I n d e as pe s-soa s , cousas , fe n ôme nos , e tc , e st avama re p reesnt a d o e ne -re s . Es ses t abu s er am di v ino s ou interdi tos, e em noas ist o é: a ces s ív e is o u n ão , aos p rof ano s . Cultuavam ao

de u s O ro , a quem a tribu ía m c ará ter di v ino .

No a rq u ipé lago M alaí o , o es tado rel ig io so é u m amistu ra d e emig rantes m al a íos e a u tóctones, co m si na isda in f lu ên c ia c ivi liz a d a. Houve em igraç ão d a C iv iliza ç ã oH índ u, p rlnc ípalme n te entre Java , Mad o ura e B a li, o nde ,dev id o a essa mis tur a o riginaram -se num e roso s cu ltos ,d an do ori ge m à ad o raç ão d e íd ol os per ten cen te s a SS ;lraça. A in d a s e e n c ontram v es tígi os d o dom ín io e ro 1; 1

A :t1MBAND A A J R:AVÊS DOS SÉCPLOS 5 5

e da po p u lação cr is tã i ndígen a ; sub sistindo diversas tri -b o s pa gã s. N a S amatra, p or exe m p lo , e x istem os b a ta -qu e ; e m Born é u , o s tia iaques; e m o u tra s il has e ínclusí -v e a s Cele bes pred om ina m as tríbco a fu re s.

A cr e d it am esses p o vo s em q u e cada h om em possuium a a lma , e que " dura n te o so no e ssa alma aba n d on a oco rpo, t o mando ou tr as fo rmas , tr an s fo rma nd o- se e mave s, e tc. Pos su íam poderes sob ren a tu rais pra ti ca n doa fe it iç a ria. Ofer eciam pr es en tes às almas do s m o rt o s,por acredit ar em que esas almas volt a ri am nova m e n te àter ra. Ado ravam plan tas e an im aí s, de n tr e as qua ís , o

a rro z f igu rava em p r. me íro plan o . util izavam -se deamuletos a tr íb u índo- Ihe s - vi rt udes mág icas , bem c omoeram d ad o s ao ccst u me de d ar caça à s cabe ç a s, ass o ci an-do -se ao culto dos crân ios .

Po ste r iormente a eSS8 Gc u ltos , vieram os c ultos d ana tureza, com to dos os se u s m it os, inc lus iv e o da crenç aem qu e ha v iam núpcias entre o cé u e a te rra por oca-síão do ín íc ' o das estacões chuvos as. .

Entre o s seus d eu ses , de s tacam- se R a tu -Qu idul (nailha d e Jav a ) , d eu sa do O-c e an odo Su l q ue h abit a o f un -dJ d o m ar num: pa lác io mar av ilh o so, e que co m an daurna le giã o o u e xé rc ito d e e sp íritos que v iv em nos ro-che d o s . A o l ad o de ss a d e u sa está um mo ns tr o (N i-belo -:ronç) , c o m to da s as c a ra c ter íst icas do de u s d o m a l.

AS RE LI G :IôE S EGíPCI AS

Tudo o q ue e xist e de m a is in teress ante sobre as - re -l 'g iõ es do s pOV '2 SE g ípci os, é o q u e enc er ra o "LIVRO.D OS MO RTO S ", em cu jos text os , p ar s erem muito hete-rogêneos os seus elem e nto s , d ão -no s apen a s al guma cou-sa dos r itu ais f ún ebr e s, d os a m u let os a ser em dep o s ita -do s sob re as múm ias o u n os s ar cóí a g o s, etc .. Os tex tos "e in scr içõ e s co n tida s nas p irâ mides eg íp -

.cías enc e rr a vam to d o o mu n do divino d os seus cu ltos .:Os Egí pc ios v iam em tud o , seres d ív .nos . P ara e les, a

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t ur z I O F ON T N L L

natureza era divina e em todos os seus mistérios existiaa divindade. T a illbémnos corpos celestes, na terra eno Nilo caudaloso e misterioso existiam deu ses podero-sos dos ú ís se vaüam os antigos Egipcios. Acredita-vam na exístêncía de animais fabulosos e terríveis, taiscomo: as esfinges , grifos, ertos de que no sussurrodas "fol b .l .1-gens, s vozes divinas se faziam ouvir. Atri-buíam dons sobrenaturais aos animais, onde eram con-s'derados como deuses, e outros como demônios. Acre -tlitavam que mundo dos morto s era povoado tarrtopor deuses como por demônios, tendo essas entidades,formas humanas U de animais .

Para os povos egípcios, tudo o que encarna a natu-reza era t ido como deus, assim, as árvores, S animais, homens :e mesmo os edifícios, eram considerados co -mo tal. Conhece-se em Tebas, o templo de Amon-Rá,o qual era invocado e figurado como uma verdadeiradeusa.

Acred itavam : na reencarnação, e tanto os deusescomo os demônios podiam esta b elecer a sua m or adaem toda a parte, excercendo boa ou má influência , con-forme suas próprias designações.

Entre os animais que faziam parte dos seu s cultos,encontravam-se os gaviões e os gatos , como di v indadesbenéficas; o crocodilo e o hipopótamo , como amaldiçoa-dos.

Grande parte deses an imais tiveram a sua santi--dade glorificada, devendo aos deuses e deusa s o seuculto pelo fato de lhes atribuírem essas formas. Ado-ravam serpentes, gansos ou gatos, tal qual como umadepto do feiticismo adora o seu feitiço ou patuá. Ge·ralmsnte , haviam cultos nos quaís um animal eraescolhido e considerado c o mo sendo a encarnaçãode um desses deuses, e assim sendo , erígiam-lh etemplos, cercavam-no de sacerdotes, real ézavam-lhesfesta s, e tc. E ram - . con siderado s c om o an imai s sa -grados. - -

A U M B A ND A A TRA V S DOS S tCULOS 57

Desta cam-se co m o os ma is conhec id o s , o s seguintes:o boi APIS de Mênfis , Mnev ís , boi sagrado de R ã , e mHeliópo is , e carnei ro de o s i s em Mendes.

Além d o cul to dos aníma is exi s tiam o s cul tos lo-cais . Os deuses locais e ram consid e rad o s aos o lho s do sseu s ador adores co mo as di v indades mais podero sas ecriadoras de todas as causa s , e se apresentava m d e m a -neira bastante v ariá v el. Cor rhe c ím-s e os deu ses An h u r,Tum e Horus, e Edfu, como deuses sola res ; S et, Amone Min, c o mo deus e s da terra ; macm u H a rcheji tú e Osi -ris, deuses do NUo; Hator, d eus do céu. A lgumas pro -

víncías do antigo Egit c > nomas tinham com o patro n o sdeuses como N e .t, Sokit e Hator. -Inúm e ras foram as d ivindades cultuadas pelos po-

vos egípcios, e ainda , além dos c ultos loca is , havia u mcerto número de divindades que eram adorada s em todoo vale do rio Nilo, a s quaís não possuíam de um c ertomodo o seu culto particular . E ram esse deuses os se --guintes: Rá , deus solar ; Ah , lu a; Nuit , céu ; Seb , deu s d terra, e Ha p i, deu s do Nilo. -

Rá , f,o lio deus mais universalmente adorado no Egi -to. E.Ienã o habitava sobre a terra , tal como os deuseslocais ; segundo as sua s c renç a s , navegava ele n a suab a rca at ravés do c -éu e do infi n ito ; era b enfeit o r dahumanidade e da natureza, fonte d a vid a, senho r d otemplo , e defensor do Egito . Rá, era a lu z que dest ru íaas trevas , combate n d o a serp e n te da s nuvens . Muita slendas se formaram em torno do D e u s Rá , co n sid er adoo p rimei ro Rei do Egito.

Um a das lendas sobre esse Deus , é a seguinte: isi scom seus encantos mágicos , forçou o rei Rá, qu e já seencontra v a v elho , a dizer-lhe certo s segredo s esot é rí co s ,co nv idando-o a partilha r com ela o seu grande pode rdivino. Fazendo-o picar por uma ser v ente vene n os a,p rep ar ad a p o r t t nã o qui s a deus a entretanto de str u iro -veneno do -e orpo d o D e us , en q u ant o e le n ã o - lh e d -is -

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p8 .: 4 I;i.,U : I : l I O F O N T E ,NE.l ;, . · E

sesse O se u .nome oculto; e uma vez que lhe fora re vel a-do, deu a Horus seus doi s o ll hos " Sol ; e a Lua.

Horus é con siderado o Deus m a' s important e doant ig o Egi to. E le . re pres ent ado como um d eus s o lar,

'figura ndo no céu com um grande ro st o, em cu jos olhos ,d ireito e esquerd o sã o vistos o sol e a lua ; o rosto dessadivindad e e stá emoldu rado por quat ro ma dei xas de ca -belo , ou p el o s q uatr o filhos d e Am se t Ha pi D u amutefeQue beh so nuf .

E n tre a s di vinda des que se conhecem at rav és da his -tória re lig iosa do E gito, conhecem-se ai nda : Seb a terra;N u it o céu, div íín dades cosmog ônícas de culto loc a l.

Tu m senho r d e On (H eliópolis) no Baixo-Egito , consi-de rad o como deu s sol ar . lu sas (deusa) esposa de Tu m .Fta h g ra nd e de us de Mên fis ; T otu n e n - So kar is deu sf . runeran o , e tc. , etc .

Todo s os deuses egípc ios form am legiões, ent re a squaís tam bém .se de st ac avam os agent es do mal ou de-mô nios .Entr e tan to , qua nd o o E gito sai u do seu isola -mento , en trand o em con tat o com a Asia, A fr ica, etc.,ou tra s d íví ndades f icar am conhe cidas , e In úmeras cren-ça s se fo rmara m em torn o d as d ivi ndad es estrang eiras .

Um fa tor pre pond eran te que influiu em todos osco nce itos relíg íosos dos povo s egí pcios , f,oi o culto lar -gam ent e d lfu n di d o na crenç a de a lém -túm ulo, ond e a

, mor te , a sepul tur a, e a v ,i da espir itual, con sti tuía a bas eprincipal dos se us m ito s e sup ers tiç ões. O em balsama -ment e, po r se tratar de 'um a operaçã o complica d íss im a,er a xe c tado.pocr nomen s en car regados das necr ópoles,e obedecia a nt al todo própri o . As mú mi as eram de po -sítadas em se rcoragos de ped ra , de made ira o u mes mode pa pel ão, e sobre elas c o locavam-s e os amuletos , osqu ais a ss eg u rav am ao morto o d ire it o , de empreen der a

S U ; 1 . últ ima v iag em.',' .Osseu s túmulos era m c hamado s de casas ete rna s

' en tre mu itos, con hecem -se a s céle b re s pir âmid es nas.q i , e Jl positaY m s. corpos dps :r?i,s , rnper ador es.

A U A ;N D ' A ' 'Rt\ v a s 1)9 ,S , s cULO S 9

Pelo expo sto, podemos tirar conclusões perte ítasso -ore as c renças antig as, comparando-as com as crençasdo mun do m oder no.

A s divinda des tomaram nomes diferentes , po rém ,os cu lto s se comp re endem numa mesma condi ção, naqua l, O sobren a tu ra l faz parte int eg rante de toda sasId eo logias re lígíosas ,

Comnarem os 1 5 deuse aegípcios com o s deuses dosnossos ab orí ge nes , e c om as ent idade s m áx imas que secul tua m na s Um ban das, e ver em os nitid amen te a seme-lha nca Qu e e x is te nos culto s da nat ur e za nos fenô m e-no s solares, e pr inc ipalme nte na evocação d os mortos,onde se conce be de um modocl aro l e ãnaotísm ável , acren ça na reen carnaç ão.

,A S R E L IG IõES BABI L ôN ICAS E ASS 1 R IAS

Sa be s e que os po vo s semitlcos da r egião norte.vouse jam : Bab il ônios , Ar ameu s, Ass ír íos e Fen íci o s, es tãojn te irame n te lígad os.no que d iz respe ito à sua ling uag eme pensamentos , Q uan to às re li g iões, tê m tod as e las umnúcle o com um.

N o ram o a rame u, e m virtude da su a d is p ersão , so-me n te em alg uns lugar es O 'se u cu lto se cent ra liz o u . NOJen íc io , En tr e tanto , a su a reügí ão f o i mu ito mais , dese n-volvida.

As re li g iões dese s três est ado s t inham em comumo .culto de uma d iv indade femini na, com o nome de I s t ar - s ta r téa

, A ' re li g ião babíl ôní ca é reconh ec id amente um na -tural ismo políteísta ou a .nd a , re pr esentada como re ligí âo de u m po vo purame n te a gric u lto r, v ivend o numpaís sumamen te fér til. Na conce pção q ue faziam sobreos fA nôm en os que repre sent avam o cu rso diá rio dos as-

.tro se o re torno 'an ual das e staç ões, sã o parael es mctívos, e tO 'das a s a legrias e esperanças . Ti nham n .a ,l'epl'e $ Jk "taç ão quo tíd ían a '90"$91 , à,a lu.ª a , , @ I' , ;, §º

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'deuses do cé u e da t erra, re inan do s obre a face terres -tre , derramando os luminares da vi da. Para esses po-vos , eram nas for ças da natureza que as divi ndadesse revel ávamo COIDO deuses rep resenta tivo s de sua scrença s, conh eciam-se : na Ba bílônía d o norte, o de ussolar de Si parra, o B el de Nipur, o deus do sol p rimave ril,Marduc , na Babilôná a; o N e bo de Bor sípa , atribuin do-s eao me smo o cresc im ento das searas , N er g al , deus d eCut a, considerado como d eus ce leste ' e que mai s tar detornou-s e um de us d o mundo subter râneo , em v ir.tud ede ser cons iderad o como a entidade q ue d em andav a' o

calor do sol, q ue destru ía e sec ava.Na região babil ônica do sul, Ur é o deus lunar e

senhor d os céus , mod ifica ndo-se mais tarde, e apa re-cendo com a d enomin ação d e gr ande An u , o que si-cendo c om a denominação de grand e An u , o que sig -nifi ca ainda s enhor dos céus .

Entre as entid ades ou deuse s já citados, encont ram-se ainda: Nin ib N in gi rs u ) da Birpula, e o deus sola r deLarsa; Aga n é , na regi ão n orte e Uru c na região sul, as-sociados ao cul to da rainha do s cé us Is iar a e strela d ama nhã e d a tarde, qu e segundo as crenças, c ondu z asforças benéficas 'e' cr iador as da noite . E a , deus d oculto de Eridu ; Sarna s deu s da ca sa do sol , ado radopelos soberan os da Babilônía sententrional , em Siper,junt ament com sua es pos a Aa , deusa q ue e spa lha avid a, d eusa da hum anid ade. An u tt , a est rela da manh ã,

sob a dupla figura de deu sa d a íerti lídade e de d eusada guerra, adorada na ciade de Si par de Anu nít; Bel,deus das fo rça s a tmosf éric as, tend o co mo men sageirosos demôn ios da s te m pesta des , ao l ado d e sua espos aBeli is , adorada como a sobe rana, a m ãe, a deu sa daterr a, na cidade de N ipur; Si n, deus d a lua, com o nom ede Nanar, o tacho. . considerado como o filho pr ímog ê-nito de B e l; é quem il umina a noit e o bscura; é o p ode -roto· tou ro-de-Anu (o céu), o deu s criador .

A U M B ANDA ATRAVÉ S DO S stcU LOS . t l

RELIGIÕE S ASSíRIAS E FENíCIAS

o domín io semí ta ocidental estendeu-se p ara os Ia -.dos do Ma r Medi terrân eo e do Eufrates. Na zona nortedessas r egiões , com o vi zinho s desses povos conta:,, m-se o s hititas e os po vos da A sía Men or, e daí, Sl lOS,

Fen ioio s Filis teus Cananeus terem quas e que ídêntícascon çepç6e s reli giosas , e práticas aná logas nos us ri:tua ís. O f ator primordial de sses uãt s semítícosjus tamen te a feição de u m natural ismo de fo rma poli-teí sta. Seu s deuses er am co nside rados o s senhores do

céu e da terra ; reina m no céu e na terra , tidos comodonos ou senho res do país ou d a cidade ond e, eram es- .,peeía ímente cultu ados e ador ados . Seus de es exer-ciam a sua ação nos pontos o nde era manifestada aene rgia criadora da s forças naturais ; assim ; as ,nas-cen tes dos rios , os lago s, as árvores sagradas , etc. , eramtid os com o lug ares d e ou lto, As árvo res sagradas , e-sempanh avam um pape l preponderant e nos seu s rítuaís.a asc h e ra era um cul to sagrad o, no qual, uma estacaespetada no ch ão indic ava } lugar onde a divind ade sema nifestava e exe rcia o seu gran de po der. Por out rolado os seus deu ses e ram repres entados sob horrendasform as, carac terizadas por tosc as figu ras de animais.

En tre a s divindad es sírías, encontra-se . aâãaâcomo ent idade m áxima . No cu lto de HierápoIis ,. aI?r -sentavam-se Atargatis e s ta r téa que segundo a história

religiosa da Assíri a, e:prese nta a união dos cultos de si ar téi a e do Ad ô n z s. s iart é ia era ' represe ntada porum a deus a que t inha a seu serv iço grande número deeunv.co sv estido s de mulhere s, os q uaís, com ono .me eGal os, e ram ch efiados por um dele s) com a enomín çànde Ar quigal o. Como a nimais sagrados , encontravam -seospeíxes e as pomb as, ond e aparece a eusa per keta a q ual era rep resentada com corpo de peixe

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Entre s deuses fenícíos encontra-ss Baal consíde -rado c omo o d eus do .céu, o qual eracultuado princi pal-m nte nas mon :tanhas. o seu poder é ao mesmo tempocríadore fune sto, caracterizado por símbolos tir ados dorei o . anim al, exemplo . do touro . e do leão, onde lh eatribuem o poder ger ador e destrutivo do calor solar.Ti?ha como símbolos os v egetaís e as energias qu e noseio da natureza orígrnam a vida. .

COMO S ORIGINARAM ALGUMASRELIGIõES

C om imultípl âcação do elemen to hum ano sobre aface da terra, qua tro condições ess enciais concorrerampara q ue o homem procurasse dentro da sua imagina-çã o a cria ção de a lguma cousa que o identificasse pe -rante o criador de todas as cousas

A PES'rE, a FOME, o MEDO e· a MORTE , toramoselerrten tos primord iais, pa ra induz irem o elementohuma no a procurar den tro de um a concepção , o leni-tIVOe o bálsamo . para as suas aflições .

, Seria necessário que o homem t emes se a algum acausa , por is so criaram-se as rel igiões, baseadas uníca.mente n o dogma de ' que uma for ça superior regia o sdestino s de toda a hum anidade .

JEOVAH , o Deus de Israel foi o prim eíro a i mpo r asua condição , ao incutir no seu povo o poder d a sua for-ça e o medo ao seu castigo. Ao ditar a Mo ysés os se usmandamentos, impôs-lhe também o . dever de adorá-to eobedecê-Ia.

.J OVA I era .Deus vingati vo, e procur ava pelaforça, incutir no espírito dos seus f illhos, a víolêncía dassuas pragas.

Muito sofreu o povo do Egito, quand o, sob a tute lado segundo Fara ó, quis impor o domínio sobre o povod eIsrael .

UM ND ATRAV:êS os s] ;5eúLós 63

Foram : precisas OITO PRAGAS , para que Fátaô .abandonas se o seu in tento , e deixasse s eguir a Moysés eseu povo, at ravés d as escaldantes areias do deserto.

Por sua vez , o hom em, sentíndo todos os reveses etodas as co ndições impostas pela p rópria n atureza, sen-tia a nec essidade de dar expansão aos seus in stintos, eassi m, as id éias se mul t'plícaram, e cada u m julgou ecriou um D eus à sua maneira, proliferando de modoassustad or, a questão da crença 8 da religião.

Espalharam-se as raças humanas pela face da ter-ra, e com elas suas religi ões.

O BRAHMA} "TISm

BRAHMA , Deus mitológico da época brahmãníca ,foi o prímelr o Deus da índia sob o império dos VedaS ,'consider ado o craídor dos m undos, dos deuses e de'todas as cri aturas. Teve dois p eríodos ) sendo o primeiro,reserva do ao perío do Iilo sófíc o da relig ião hindu no seuestado prím íblvo, ou Vedismo e o segundo , a sua for -ma panteístíca da índia de nossos dias atuais, ou IN-DUÍSMO.

Para 3 hindus , o Deus Brahma representa Opape lde p rimeira p essoa da trindade, denominada Trimurti tendo ainda a den ominação de Vichnú para os sacerdo-tes v.chnuítas, ou de Civa para os sacerdotes cívaítas.

Sua representação é feita par uma estátuaconten-do quatro cabe ças e q:uatro braços ) segurando um rosá-rio ou ainda : mon .tado num cisne 'ou num pato .

r Antes do Brahmanimo, já existia :O Védismo, sendoeste substituído p or aquele , entre os séculos XII e VIIantes da era Cristã.

Segundo a crença brahmane , o universo cria o po rBrahma, é dividido em três regiões: uma super .or, aqual é comp osta da sobreposí ção de seis céus,conside-rados co mo,residê ncias dos diversos deuses; os dois mais.

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64

elevados denomina m-se: Svarga ou paraíso de Indra , eBrah J ma-Laka ou Brtüvma -oruu ia o paraíso de Brahma.

Quanto ao planeta terra, consideram-na dív ãdídaem set e continentes concêntricos, separados por sete ma -res, estando agrupados em torno da m ontanha santa,deno minada M é ru que sustenta o céu .

A parte inferio r da terra , denomina -se Pâtala con-síderam-na dividida em cinco an dares, determinadacomo a habitação dos demônios , onde o úl timo andaré o infe rno ou N a raka.

Ainda , segundo a teoria br ahm ãníca , a du raçã o doUnive rso é rep resentada por 2 16 milhões de anos cor-

respo ndentes a um dia ou um a noite de B rahma caindoa segui r no caos, para se obr a novament e reínícíad apelo Deus B rahma , ao desp ertar. .

Quanto ao que diz respei to à ímortalídade . da alma ,acreditam o s brahma nes, que o home m sof re a influên-cia da tr ansmígra ção ou metempsíc ose, desde o ele•. .mente planta, at é o home m propriamen te dito.

Diz em os ador adores de Brahma, que a sua origemprovém da bo ca do próprio Brahma, e que , por direitode nascimento , conside ram-se superiores às três outrascastas e xistentes, e qu e são: o s. guerreiros DUaS cha-mados kchat riyas; os busgue ses ou va ci yas e os operá-rios ou lavrad ores, den ominados çuâras

Possuem a sua hierar quia sacerdotal, de vez que osmembros das trê s primeiras castas: brahmanes kcha -triyas e vaciyas só tê m o direito d e recebe r instruçã or.eligiosa , chamando- se a essa investi dura, o nome dedv :dja o que quer dizer : dua s vezes tuuioe ; isto, emvirtud e do seg undo nascimento, que lhes conferem aalta inic iação e o uso d o cordão sag rado.

Por sua ve z, aos ç uâ ras não é . dado o direito derecebe r a instrução rel ígíosa ou melhor: a alta iniciação ;constituindo como único ato de merec imento o cumpri-mento .e obrigaçã o de darem aos brah m a n e s os dona -tívos por e les exigido s.

UMB ND TR VÉS DOS SÉCUL OS

BU DDH1S MO

, Sendo a sua origem p rimitiva na índi a Centr al, naregi ão conhec ida com n ome d e Nepaul, é h oj o BU d J d is

mo conhecido com o uma d outrma de car ater filosóf í-co- elig iOSo ,na qual o Deu s Bud dha é ao mesmo t empoponto nevrá lgico e fundador .

Buddh isnio , que no princíp io era co ider3 f1() icomo uma s imples seita f ilosófica, nasceu so b a mfl? n ciá pessimista que r einava naquela ;er , e € u :propósitoera libe rtar-se dos males da transmígra çao ou renas-

cença perpétua da alma, uma v e que não ,havia conse -guido ve r-se livre dos laços d a VIda mate rial .Foi o fun dador d o Buddhi smo, Siddhâr ta Ga u tama

sendo no entanto mai s conhecido c om Onome d e Bu â -

âha C tJ kya-M un ii.Cakya-Mu ní, consi derado c om o um persünage se-

mí-hístór íco e sem í-mítíco , era u m príncip e Cak ya. Aosvinte e nove anos de idade, esse pr íncpie, aband<?nandosua tribo e sua fam ília , rejei tou O reino, p a:a dedicar: - e,em luga r ermo e solit rio, ao culto da or aç O,com o fu nde conseg uir um meio de salvar a h umanídade que safundava no desespero . . _

Após se is anos de soli d ão e prof nda medItaç o ,voltou eívílízação , declarando -se ungído de sabe doria,e denom inando-se BuJd dh a (sábio ilumin ado?, OU meIhor: possu idor da essência di vina e verdade íra . .

Com eçou a pregar a teoria de qu e od os os ho -mens sob o ponto de vi sta religio so são ig als ,e ,qu e_tod?aquele que . se en treg sse es U Jd.0e a editaça o, .a:.renún cia e à abn e gaç ão de S I propra o, obteria c omoA fe -cidade um descanso etern o no NIR V ANA , .corno premioda próp ria ciênc ia, .,..

Pelo fat o de que Ca k ya -Mum nada deixara e scritocom relação às s uas teor ias, seus .discípulos sentiram aneces sidade d e unificar suas doutrínas , e, de aco rdo com

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L UI ZI O FONT N L L

as Escr ituras c íngalesas, datadas do ano 478 foi ad otad apelos sábios eu ropeus a obra dos concílios d e R âdj âgri -lha e de Vai çâl i. Cakya-MunJ i morreu no ano de 543Antes de C risto.

Após a morte d o sábio, o Buddhism o entro u numanova fase, c ompletame nte dife rente de até então. Osdíscí pulos de Cakya -Mun i, embora sabendo que o se umestre não aspirava pa ra si uma o rigem div ina ou m es-mo so brenatural , pois, desejava apenas que os mesmoslhe votass em um culto de rec onhecimento e r espeito, f o-ram aos poucos mo dific ando es sa ve neração, e em poucotempo passaram a adorá-Ia. Dessa ma neira C akya -M u ni

reconhec idamente inimigo do s deus es inimigo d o sacri -fício e da oraç ão, teve o s eu culto modi ficado, e em seu1 U V Ol fizeram -se sacrifíc ios, criaram -se oraçõe s, escul -píram-se imag ens e erig íram-se temp los. Tor nara-se, oBuddh ísmo uma verdadeira religíão .

Dessa rel igião , forma ram-se dois partidos: o Hi na -yâna, baseado nas escrituras, e o M a hâyâna, que crio uum sentido esotéríco, nos ensinamentos do mestr e. Essesdois partid os tomaram no entanto rumos d íferente s,sendo que o H ínayâna conservou o seu ímpérío na índiado Su l, ao pas so que o Mahâyâna passou : a exe rcer o s eureinado nas bandas do Norte.

Comon ão podia dei xar de acontecer , o gên io do malteri a forçosamente que exer cer o seu fo rte domíni o. As-sim sen do, a escol a Ma h â yâna mergulhando no declínio,procu rou abraçar o ven eno da filosofia especulat íva,

caindo na torpeza das maior es, extravag âncias. Seuserros pro duziram, o que se havia de esperar e o Budd hís-mo M ah ây â na caiu estrepitosamente .

DOG MAS DO BUDDRI8 MO

Tirados quase qu e exclusivamente da fil .osofiaBrah -mâníca foram os dogmas do Buddhísmo , pois baseavam -se unicame nte na tííosotía da es cola materialista do

A UMBA ND A A TRAVÉS DOS SÉC UL OS

án k h y a d e K a pila , que afirma va a ex istênc ia da et er-nidade be m co mo a indes trut íbílidade da mat éria ele-mentar, a q ual, sob a i nfluê ncia de uma lei mec ânicaIatal, e ainda, sem a influência ou interven ção da von -tade e do pode r divi nos, agregava e combinava o s ele-mentos de molde a produzir tudo o q ue e xiste no Ko s-mos Unive rsal .

Acred itava m os Buddhis tas qu e a a lma dos se resvivos sofr e as me smas leis que o universo, ou melh or:que se transformam o u evoluem duran te todo o YUC A o que rep resenta na le i espírita o KAR MA), passa ndopelos p erío dos da vida animal ao homem, e do homemaos d euses , sofrendo entretanto : alternativas de elevaç ãoe queda, de c onformidade com as virt udes ou vícios, pro-curando no ap erfeiçoamento destruir osvíci os,para atin-gir o estad o de NIRVA NA.

Tinham e les pavor ao que deno minavam de e tern i-dade de renas címentos, que cons titui o t ão temível cas-tigo da tr a n sm igr a çã o .

Para rem ediar entretan to esse me de, procur ouCakya -M uni dar-Ines remédio , proclamando como dog-ma o que ele denominou de : QUATRO VERDA DESEXCELENTES ,ou se jam: a Dor , a Produção, a Cessaçãoe o Ca minho. Assim sendo , procurou ínterpretá -Ias dasegui nte maneira: A dor como elemento dnseparáv el daexist ência; a existência como produto da ign orância; aextinção da ig norância d estruindo o poder do s sen ti-dos; o caminho como sendo a revelação da vida para a .obtenção dessa extínção,

Considerou a vida c omo te ndo oito b ons caminh os,compreendendo: a ciência; a o bservaçã o das cinco í n-terdiçõe s matar, roubar , cometer adultér ao, men tír eembriagar -se); a abstenção d os dez pecad os ass así-nío, roubo, torníeação menti ra, maledicência, inj úria,murmur ação, inveja , ódio , e erro d ogmát íeoj ; a práticados seis virtudes esmola, mor:alidade perfeíta , pa-

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ALUIZI O FONTEN ELLE

ciência , energta, bondade , caridade ou amor ao pró-ximo).

Considerav a o homem como po ssuidor do l ivre a r-bítrio, tornando-s e respon sável pelos seus atos, sofren-do fatalm ente as conseqüências de tod o o m al praticado ,não havendo poder algum sobre natural que os pud esseaten uar ou dest ruir.

Prega va o dogma de qu e os sábios teriam como re-compens a das suas v irtudes, renascer de co nformidadecom os méritos ; que o ind iferente ou pec ador r enasceriaforço samen te em c ondições esse ncia lmen te i nferior es-,

O inferno não seria 'etern o, e os deuses go zariamapenas de iUID poder e felicidade r elativas, estando suje i-tos à obrigação de renas cer; e ntret anto só os bu ddhasnão renasceriam e pos suir iam a beati tude perfeita , aoatingi rem o estado do N irvana.

Pelo exposto , pod emos. perf eitamente compa rar oEstado d o Ni roana ao Reino de Arua nda na Le i deUm banda , onde i Ori xá s M ai ores jamais desce riam àcondiç ão humi lde de encar nar ou voltar à terra ap ós oaperfeiço amento es piritual.

APE RFEI ÇOA ME NTODO BUDDHISMONA CHINAPelos d ados históric os e xistentes tem-se como cer -

to, de que a China foiop rimeiro pais inva dido pel o Bud-dhismo. Seg undo alguns aut ores , em 2:25antes da eraCristã , foi feita uma primeira t entati va, a qual n ão lo-grou, contudo 'um resultad o sati sfatório. Entr etant o, n oano 65 da er a atual, con seguiram os míssíonárí os bud-dhistas e nsinar e min istrar e ssa religiã o. Pouco pr ogre -diu o Buddh ismo na China pr incipalm ente at é quas e ofim do sécul o IV, qua ndo por essa ocasião , em virtudede um movime nto de grande 'env ergadu ra, que se p ro-longou até o século X, con seguiram chineses no vasglórias pa ra o Buddh ísmo, conq uistando ou tros povos.Foram eles s japone ses e c oreanos. Acontece p orém ,

A U MBAN DA A TRAVÉS DOS SÉCULOS

que o Buddhism o sofre u uma deca dência ace ntuada,vindo a exti nguir-se completamente, pelos fins do séc uloXVI.

O Buddhismo chi nês, a princ ípio per tenceu à escolaH1 ln ayâna poré m, a segu ir foi domi nado pelo s istemaMahây ana, que prevaleceu definitivamente . No ano d eMahâyana que 'preval eceu: defi nitivament e. No a no de520,o míssíon árto índio Bod hi dharma fundo u a escolade Dhyâna (ou da Medi tação ), ab sorvendo c ompleta-mente as outras se itas q ue antiga mente predominavam .

Fina lmente, em virtude da igno rância do cle ro Bud-dhísta Chinês, que se de ixou dominar pelos ataques da

nova teoria Confuc ionista que aca bava de surgi r, o Bud -dhismo perd eu q uase toda a sua prepot ência e co nsíde-racão n o Estado Chinês. Ainda as sim, a maior parte s chineses, ainda conc orrem p ara a ma nutenção d ostempl os Buddhistas . ..

A part ir daq uele momento , novas teorias surgiamna l engendária Chi na; e , Confú c:iJo, flilósofo ,histor iadore home m de Estado chin ês implantava uma nova seitare1 igiosa: o CON \FiUCIONISMO.

A O RIGEM DO BUDD {H S MONO INDO -CHI NA ,NOJAPAO E NO THIB ET

Estabe leceu-se na Indo-China, nas reg ioes denomi -nadas: C'amb odge, Sião e Birmâ nia, a d outrina bud -dhista Hinayâna, ao m esmo tempo qu e a China aceitavaessa dout rina. Os seus preceitos religiosos no e ntantonão foram modificados con serva ndo-se íntegraís na su apureza pr imi tiva, tal qua l haviam sido concebidos nasimpl ícídade do seu aparecime nto.

Para o Japã o, o B lUddhis mofoi levad o em 552 porintermédio de uma emb aixada de missi onários buddhís-tas eo reanos , perten centes à escola Mahây âna, a qual s óadquir iu o direito de estab elecer-se e exis tir, no fim doséculo V III. Assum iu o B uddhi smo Japonês n o deco rrer

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70 LUI ZI O F ONT N LL

do século XI o privilégio de v erdadeira cren ça. e grandevoto de fervor, desem penhando um papel de magna im-portância n as perturb ações so fridas que origin aram ;J

existência do feudalis mo. A inda hoje no território ja. ponês conta o Buddhdsmo e ntre os seus cr entes e a dep-tos, com mais de dois terços da populaç ão.

Já no Thibe t somente m uito tempo depois dessesacon tecimentos foi que se es tabeleceu o domínio r eli-gioso buddhista. Embora contand o com a proteção doH eiS tr o ng -T s a n G am -p o tive ram os buddhistas qu e lu -tal' tenazmente contra a relig lãn indí gena existente, de-nominada Bom- pa.

No período de 740 -786 estabeleceu-se finalmen te oBuddhísmo no 'I 1hibet, contando c om o ap oio do ReiK hr i-S tro ng de Tsa n, quando í z ir a e ssa região osmonges San ta Ra kc hita e Padma Lamb h a va , que con-segu iram in troduzir as doutrinas míst icas d a EscolaYogatcha rya, com o culto dos denominados D hy âni -Bu dd has .

Emb ora tenazmente p erseg uido por mui tos ano s,conseguíu o buddh ismo r econquistar uma s ituaçã oprivrlegíada, predomi nando durant e um c erto tempo ,para m ais tarde cair no do mínio da superstição e na de-llnonol atria.

Mais uma vez o gênio do m al, lançava suas garra spara de rruba r todas as teor ias e co nceitos do bem .

Algum tempo du rou ainda essa situação, até q ueo monge T s ong -Khap a , do m osteiro d e Gah-Idan , dnt ro-duaí uma r eforma' eficaz , restabelec endo toda a purezaque existia nos antigos dog rnas búddhíco s.

Ts on g -Khapa morreu em 1471, e seu s ucessor , G e -doun -G roub introduziu novas bases na constituição h ie-rárquic a sacerdotal, ad otando para essa mod ificação onome de I amísmo, tomando desta forma um título:D a lai-L ama . Já pelo ano de 1624 o quint o D elai-La rn i:por nome Ngavang Blo bzang , valendo -se da ajuda do

U M B N D TR V É S D OS S ÉCULOS 71'

povo da Mongól ía conseg uiu destr onra o rei do Th ibet,apoderando -se do poder temporal , se?-do a s a posseconfirmada pe lo imperador Khang-hi; e, mais tarde ,após a sua mo rte, foi pelos seus sucessores conservadaaté geração atual .

o CONFUCIO NISMO

Com o nome <deK hong-t se u ou Khong -fu - e u , ouainda: sábio mestre ou dout or K hong e mais tarde

"CONFÚCIO ": foi esse grande filósofo historiador e ho-mem de Esta do chinês, o criador e impu lsionador da,doutrina Cont uc toni st a

Nascido no ano de 551 Antes de Orísto , no r emadode Lu onde seu p ai era o governador (Tatu), desce n-dente ' de uma a ntiga f amília denomina dB: Kh'l ng J porsua vez oríunda de nobre s fundador es da dinastía c he .(1134 .A.C .), era Cbn fúc o , dotad de ;a nde íntel í-gêncía , de grand e sabe doria € i perf eito c ater. Pel r ?-tídão de seus atos viu-se cercado de honra Ias, e o pr<?pno Rei não hesit ou em co nfia r às suas maos, as maior esfunções de ' Estado . . .. Preferindo demitir -se, com a Ií nalídad e de se votarinteirament e à causa relig iosa do se u povo e d gover -nantes, iniciou e prepa rou com a l eitura do s livros ca-nônicos (K ings ), os quais eram co nhecid?s co mo teliberais ou seja m, a m ú s ica , o cer im onuü a arzt -tica, a sgr 'r ima e a arte de conduz ir um c arr o ; a r en -tação e a educa ção da quel es que procuraram seguir asua d oourina .

Sendo a Ch ina divadída em pequenos Es.tados , e breve os seus sob eran os procuraram n a doutnna d? .sa-bío, disputar para si os ensin amentos que ,lhes faciltta-vam a arte de g overnar, pro curando dest e modo o amo raos seu s povos.

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72 ALUIZIO FON ENELLE

. Estan do afas tado de s ua pátria por longo períodode tempo e desesperado pelo fato de ter perdido suamuíner seu filho , e seu melhor discípulo, de nome Yenhoei resolveu o mestre vo ltar ao seu torrão natal, con-sagr ando-se durante o resto de sua vida ao ensino desua doutrina.

Conseg uiu reunir perto de 3 disc ípulos . Morreucom a idade de se tenta e três anos, em 79 antes da er aCristã, tendo antes revisto os Kings , e dado um úl timoimpulso às suas o bras de l iteratura e filosofia.

Não morrera entretanto a grandiosa obra de Con-

lúcio , pois, seus d iscípulos ao continuá -Ia, propagaram-na através de todo o imenso ter ritório chinês, tornando-a bas e da civilização chinesa e princ ípío fundamenta l das soeãedades que até os nossos dias são seg uidos portodas as c lasses soc iais do Impé rio Chinês.

Os Reis € Imperadores, ao votarem-lhe honrasdivinas, mandar am erígír -Ihe templos e estátuas, te-cendo-se em torno de sua memória um culto de vene-ração c omo o verdadeiro benfeitor da grande naçã ochin esa.

Um g rande amor pe la human idade, revelam as obrasfilo sóficas de Confú cio, nas quais, o Ta-hio grande e s -tud o) , o T ch rung-ywng fixidez do meio ) e o Lunq-yu, bem d emonstram o princípio básico no qual se fun-damenta a d outrina divina: amar próximo c omo a mes m o s .

Baseado no sistema sobre o qual o homem tem de-\Vere srecíprocos com rela ção entre: pr íncipes e v assalos ,pais e fílho s, povo e g overno, criou o princípio no qua lse fu ndamenta a família , na qual devem ser encarados :O respei to aos pais, o culto aos antepassados, o zelo aonom e, numa fórmula de perfei ta conciliação entre os/seres.

Corno verdadeira religião naciona l, instituiu e ínsís -(tiu no culto d os ant epassados , onde o C ha n g-T i e os ou-

A UM B ND A TR A VÊe D O S SÉCULOS

tros deuses, são considerados com o sendo os espíritospunifícados dos primeiro s ant epassados da nação Para ontú e to a moral verdadeira, era a própria perfeição.

Consi derava a mora lidade como sendo superior àprópria n atureza , e como p ertencendo a o primeiro prin-cípio da formaçã o do universo.

Acreditava ain da que: O cé u a t e rra são qram-de s s e m d úv ida :; no e ntant o, t am b ém ne les o homemenc ont ra imp er feiçõe s ; e, por is so, considerando a re-gra moral c omo O maior dos fundamentos ; dizia: omund o nã o pode contê -ia

Pregava e recomen dava como princi pais virtudes , amoder a ção, a justi ça, e, sobretudo a h umani dade.Foi Co nf ú cio quem a firmou mu ito antes da exis-tênc ia do próprio crdstíanís mo um dos seus princípiosessen ciais , ou seja, a dout rina: P ro c ede para com osoutros como quere rias que el es procedessem paracon tigo .

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CAPÍTULO VI

o CRISTIANISMO - AS RELIGIÕES DESMEM-BRADAS DO CRISTIANISMO - OS REFORMA-

DORES _. A ERA KARDECISTA E SEUFUNDADOR ALLAN KARDEC

o CRISTIANISMO

Deu-se o nome de Cri stianismo , à religião surgid aem Roma, nos tempos de Nero, professada pelos chama-dos Cristãos , os quais professavam a lei de Cris to o uChrestos, com a sign ificação hebraica de bom , doc e, agra- â oet saudá v el nutriti v o etc. Cri sto, não represen tavanome próprio e sim , o equiva lente a Messias , ou enviadode Deus.

A crença cristã a firma a e xistência de um só Ente ,o qual consideram corno: imutável, absoluto, infinito ,onipotente , onipresente e criador único de todas as subs -tâncias. Dessas substâncias compreende-se a criação dosentes espirituais puros anj o s , das matéri as astros ,

e dos homens, considerados de ori gem mista, por conterem seu Eu espírito e ma téria ou corpo e alma. Deus éesse ser imortal esse espírito su premo , con sciente e onís-ci nte. Acreditam os cristãos que os anjos, por sere m?rIaturas de Deus , perman ecem no céu os bons, e n omferno aqueles que se rebelaram cont ra as suas leis.

Tem como ponto fundamental a filosofia cristã , acren ça na imort alidade d a alma , condi ção essenc ial aos

UMB ND TR V É S DOS SÉCULO S 75

dogmas e m oral do Cristianismo. Acredi ta-se que todasas almas r etomarão seus corpos , a fim d e compar ecerao tribunal de Deus , no di a do Jui z o U nive rsal , ondereceberão o castigo ou prêmio pelas boas ou más açõesímpetradas durant e a pass agem pel a terra. S egu do oscatólicos, cismátieos ou protestant es, essa al ma vai parao céu ou para o in ferno ; e aind a, segundo a crença ca-tólica, irá para o purg atório , segundo a desobediên ciadas le is da igre ja.

Como dogma fundamental da lei cris tã, está a féna qual Jesus Cristo é o filho de D eus feito homem , as-sumindo na t erra a natureza humana, unindo a Di vin-

dade e a hum anidade em uma só pessoa , vind o a estemundo para a salvação da humanidade sofredo ra, e que,morrendo na cruz , ressuscitou , subiu aos céus, e estásentado à direita do Deus Todo Poderoso , e há-de virnovamente terra , a fim de julgar os vi vos e os mo rtosno dia do juízo final , para estabelecer de finitivamen teo Reino de Deus.

Adm item ainda todas as crenças cristãs 1 0 dogmada Santíssima Trindade , na qual consideram o P a i, oF ilho e o Esp ir iio Santo.

Jesus C risto é o filho de Deus , que foi enviado peloP ai , e por sua vez, este lhe en viou o Esp írito S a n to queatravés do batismo, era minis trado ao hom em o sac ra-mento da iniciação cristã ou filia ção do homem a Deu s.

De documentos da E scritura Sagrada, admi tidospela igreja católica , consta o seu cânone ou catá logo,com 73 núm eros, que , come çando do Livro do G ênese, .Êxodo, Levitíco etc. , vai até o Apoc alipse de S. J oão. Oconjunto desses escritos forma a ch amada B íblia catól i-ca. Entr etanto alguns d esses livros não s ão admitid osna Bíblia Protestante ; tais como: o de T obias, J udíte Sapiêneia , Eclesiástico, B aruque , I e II dos Macabe us,etc .

Também com o advento da ref orm a, Luthero ex-cluiu da Escritura a Epístola de São Paulo aos Hebr eus ,

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76 ALUJZIO F ONT ENEL LE

a Epístol a de Sant iago, a de São Judas e o Apo calipse.Da di ssidência havida entre os pr aticantes do cristianis-mo, s urgiu a separação dos d escontentes, e na épocaatual encontr am-se vária s religiões d esmembrada s docristian ismo.

Da pr ópria B íblia, surgiram du as religiões distintas :a B a tista que seguia o evangelho; e a Ca tólica A post ó-lica Romana

Os seguidores de C risto, apesar da perseguição so -frida, f oram tomand o alento, e o cr istianismo triunfav asobre o pa ganismo. Os pagãos idólatras, aos poucos i amsendo induz idos a aceitar a fé em Jesus Cristo, reconhe -cendo-o como o filho de Deus, aceitan do e crendo nasua res surreiçã o. Aospoucos, foram os p agãos se con-vertendo ao cristianism o, e dessa mistura surgiram tam-bém a s desinteligência s. A Bíblia como padrão de f éfôra po sta à margem , e a liberdade religiosa foi consi-derada como heresia , formando -se v ários partidos. Sur-giram o s conflitos religiosos , e numerosos fiéis desliga -ram-se da igreja a postatada .

Consti tuindo d outrina fundament al da igreja roma-na, o Papa representava o po nto vital da igreja un iver-s l de Cr isto, investindo-se de autoridad e supr ema sob rebISpOSe pa stores do mu ndo inteiro. Desta maneira or i-ginou-se a usurpação, e o pa pado, para evitar que o pov otomasse conhecimento das Escri turas Sagradas, pr o-curou ocu ltar a Bíblia, pelo .fato de que ela ,exaltava aDeus, e mos trava ao homem a sua verdadeira posi çãoperante ao cr iador de to das as co isas. Ao pov o não lhefoi mais dado o direi to de ler esse li vro ou mesmo possu í-10, ficando deste modo e ntregue aos sacerdotes e prel a-dos, i ncum? id_os de m nistrar aos cr istãos as . suas pró-pnas convic çoes AsSIm send o, o papa invest iu-se deplenos poderes, e veio a ser qua se que universalmen terecon ecido como o enviado de Deus n a terra, possuind oautoridade sobre a Igreja e sobre o Est ado. Os manda-mentos da L ei de Deus foram suprimidos em alguns po n-

A UMB AN D/i ATR A VE S DO S SÉCU LOS

'tos e ínsertos em outr os, a fim de que permanece ssemcom númer o exato. Passaram-se a a dorar im g ens tem'completa desob ediên cia às Leis Di vinas. Houve

pro-testo em virtude de que com estab elecimen to do pa-písmo, a fé em Cristo d eixava d e ser o. verdadeiro funda-mento da igreja , taribuindo-se ao papa o poder de auto-ridade em con fiar e p erdoar os err os dos home ns. Foiimposta ao povo, a condição de que o papa represent avao mediador de Cristo sobre a terra, e que nin guém podiachegar-se ao Pai, senão por se u intermédio, e que po resse motivo devi a ser incondici onalmente obedec ido e res-peitado. O pa pada ench eu-se de força e de dinheiro, àcusta das cham adas in d u lgência s e no s éculo XIIIinstituiu-se o mais hediondo e ho rripilante instrume ntoda catequese romana - a Sa n ta In quis içã o .

Tornara-se o p apa o maior déspota do m undo , e aigreja católica atin giu clímax do seu poderio universa l.

AS RELIGIõES DESMEMB RADAS DOCRISTIANI SMO

Pelas iniqüid ades sofrid as pelo. povo , em virtude dasupremacía papal não poderia a terra pe rmanecer du-rante longo período nesse estado de coisas. A luz daverdade não have ria de fic ar tot almente extinta , pois,alguns hom ens ainda guarda vam a fé ir restrita no s u-premo criador de todas as coisa s; e assim, out ras idé iassurgiram, e novas r eligiõe s fun damentadas no verdadei-ro cristi anismo , apartaram-se do po derio de Roma.

Em prim eiro plano , vieram os tüâ ense s que resis-tira m às imposições e à autoridade papal. Af errados

-doutrin cristã, em verdadeiro contras te· com as f alsas'doutri nas apregoa das por Ro ma, lutaram de nodadamen-te durante alguns séculos . Foram os Valde nses os pr i-meiros entre os povos da velha Europa, que consegui ramuma versão exata das Sagra das Escrituras, pois, séculos

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78 ALUIZIO FONTENELLE

antes da refo rma r eligiosa já possuíam eles .a Bíblia m a-nuscrita, traduzida em sua própria língua .

Como verdadeiros seguido res de Cris to, sofrera mtamb ém a perseg uição e o vi lipêndio. Suportando tod aa sé rie de iniqüidade s, cont inuaram a tes temunhar averdad e de Deus , e em bora pe rseguidos de mort e, lança-ram a s emente da reforma, que cont inuou com as obrasde Wycliff e Huss, Jerônim o, Luthero e mui tos o utros .

JO HN W Y LTffF

Muito t empo antes da reforma, com exceção do s al âe n ses os povos não pude ram ler a Bíblia, em vírtu-de da existência de apenas alguns exemplares, bem comopela im posição da igrej a católica; que o proibia termi-nant emente. Entretanto, no século XlV I,surgiu na In-glaterra um homem que foi o arauto da reforma nãosó para o seu país de origem, como também para o be-nefíc io de toda a cristandade.

Esse ho mem foi John Wyeliffe, que lançou o seuveemente prot esto con tra Roma e suas arbitrariedades .

. John Wy clíffe recebera uma educação liberal príví-legiada, e, conce bia o temor de Deus como princípio detoda a sabedo ria. Com o conhecedor profundo da flloso-fia esco lástíea, e perfeito manejadordas leis c ivis e doscânone s ?a igreja , não hesitou em mostrar os erros quese com etiam contra a verdadeira finalidade do crístia-nísmo Ainda como es tudante, aprof undou-se no estudodas Sagradas Escrituras, as quais existiam escritasem línguas mo rtas, e assim, encaminhou a sua obra re-formadora.

Wy cliffe,denuncia ndo os abusos e erros sancionadospela autori dade roman a, veio trazer as luzes da razãoe s us.en siname ntos ,c?meçaram a exercer poderosa in flu:,ncla sobre o s espíritos dire tores da nação. Por estaraza o, os ch efes ca tóli cos não viam com bons olhos aforça dominant e que o reform ador al cançava pouco a

A U MBANDA ATRAVÉS DOS SÉCULOS 79

pouco, a p onto dos reis e nobres ne garem a autoridadepapal, recusando-se a pagar os seus tributos igreja.

O r eformador foi cham ado a defender os interessesda coroa britânica con tra as preten ções de Roma , e du -rante dois anos foi o emb aixador real, j unto aos PaísesBaixos. Voltando à Inglater ra, foi nomeado pelo reí,reitor da Univers idade de Lut herworth .

O papada r omano dec retara a morte de Wyc liffeporém , o p apa que assinara a bula, mo rrer a antes de verexecutad o o s eu plano de des truição do reformado r .

Citado mais de uma vez perante os tribunais ecle -cíátícos Wycliffe vencera, e com e le, o r o t es ta n ti smo

dera os s eus prim eiros passos .JOÃO HUSS J RÓ N IMO

Joll,oH uss , nascido na B oêmi a, ,f ilhode pais humil-des, iniciara seus es tudos num a escola provincial, con-tinuando na Universidade de PTaga, como estuda nte decaridade , os seus conhe cimentos .de humanidades. Fa -zendo r ápidos progressos e distinguíndo-se pela sua in-fatigável aplicação .aos estud os, em pouco grangeava asimpatia e estima geral. Um a vez completado rap ída-mente os m ais altos degraus, foi a dmit ido na corte ., sen-do a seguir nom eado pr ofesso r, e m aís ta rde reitor daUnivers idade onde havi a começado seus estudos .

Anos a pós o rec ebimen to das o rdens sac ras , foi JoãoHuss nomeado p regador da ca.pela de Belém.

Por ess a ocasião, um cid adão por nome Jerônimo,filho de Praga, tendo traz ido da Ing laterra os escr itosde Wycliffe, a ssoc iou-se a Huss; e es te, lendo minuciosa-ment e esses escrito s, c oníderou-o pe rfei tos e resolveu en-veredar pelo mesmo c aminho que o seu autor, afastan -do-se com pleta mente de R oma.

Durante algum tempo sofre u da mesma forma que o primeiro r eforrnado r, todo o ódio do impé rio papal, e,mais tarde, aliando-se defin itivamente a Jerônímo em-

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LUI Z I O FONT N L L

pre en deram ambos a ob ra mer itória da reforma quea va nço u rapi d am e nt e . '

Inú mer os i nci d entes acompanhar a m a v ida dessesdo is denod a dos retormado res . Primeir o fo i Huss, conde -nado à mor te p el a fogu ei ra, e a se g u ir , Je rônimo, apósvárias ci tações perante os tribunais inquisit o riais roma-n o s, foi t a mb é m levado à fogueira , por não ábjurar d asu a op o s ição c ontra os mand a tári o s da igreja .

M RT IN HO LUTH E R O

Dent re o s ref o rmad or e s q u e s e incum b iam de guia ra igreja, e tirá -Ia da s tr e vas d o papi smo , d e sta c a -se M a r-tinho Luther o .. Tendo nascido e m Eis leben Thuríngía , em 1483,.Martinho Luthero , r eformador religios o d a A lemanha ,passou a sua juventude na cidade de Mansfeld . E ra L u -th ro descendente de camponeses, e m ui to j ovem , com

Idade de i14 anos, foi mandado para a escola latina deMagde· )Urgo,e onde se passou pa ra a de Eisenach , logoa segui r. Em 1505, recebeu na Uni v ersidade de Erfu rt,o grau de mestre em filosofia ; Tendo entretant o inte r -rompido os seus estudos de direi to , entrou para o co n-ve nto dos Agostinhos de Erfurt, recebendo em 1507 osac e rdócio . Publ icou entre os anos de 1516 e 1518 a so b ras de T a ul er e o pequeno liv ro d e Teologi a Ge rm â n ic a Con c e b era n e ss .a ocasi ã o a i déia ce n tral d a sua teolo g ia ,n a q u a l conc eb ia q u e: " o h o m em c a ído , priv a do de De u s ,

pa ra s e mp re in c apaz de s air do seu nad a, é s alvo pel apu ra gr aç a de Deus". Com o a dv ento d a s " indul gên c ia s"posta s a v e nda p o r im p os iç ão d o pa p a do romano , ofe re-c e se.a Luthe ro a o c a s ião p rópri a pa ra a r up tu ra c oma Igrej a de Roma. Lu the ro a tacou o ínquísídor T et ze l 1517 ., sendo obrigado, p o r es ta rebe liã o , a ref ugiar -seem Wí ttemb e rg , sob a proteção de F rede ri c o, el eit o r deSax e .

U ND TR VÉS s :SÉCULOS 81

Firmando-se nos seus princípi o s, embora certo dasconseqüências que lhe a c arretariam s u as idéias, passoua negar sucessivamente a autoridade do papa , o celibatod?s p a dr.es, a jerarquia , os v o tos moná s ticos, o p u rgató-no, a missa e o culto a o s santos. Por esse m o tivo exco-mungado , e ainda, por ter queimado na praça públicade Wittemberg a bulla do papa, fato esse passado em 16de dezembro de 1520. Tendo sido citado perante a Dietad .Wor llsem 1521, Luthero ao apresentar-se ante o con-CIlIofOIdest rrado do império , em virtude da recusa desubmeter -se as ordens papais. .

Contando com o apoio do seu protetor Frederíco deSaxe, ficou Luthero oculto durante dez meses no cas-telo de Watburgo , onde principiou a escrever numerosospanfletos. A seguir, de 1522 a 1526 percorreu toda a Ale-manha, pregando a Reforma . Casou-se c o m Catarina deBore , em 1525, e no período compreendido entre 1526 a1529, trabalhou no sentido de organizar a sua igr e ja,contando com a colaboração de Melanchton, que segun-do a história, foi o principal autor da confissão de fé es-palhada em Augsburgo, em 1530.

Perig a va entretanto a sua obra, em virtude da guer-ra dos camponeses; porém, a formação da liga de Sma-kald , em dezembro de 1530 assegurou-o sobre o futuroda sua grandiosa obra de reforma . Em 1534, estalou arevolta dos anabatistas, sendo a seguir imediatamenteabafada. Luthero empreg o u os últimos anos de sua exis-tência desenvolvendo a sua doutrina, defendendo -a con-tra as objeções dos seus antagonistas, e mesmo do exa-

gero de algun s de seus seguidores ou discípulos, que pre-tendiam modificar - lhe alguns conceitos. Luthero mu itos o freu com o Estado da Alemanha, e segundo alguns,acredita -se que se tenha suicidado, sendo entretanto in-verídica essa Suposição.

Como escritos que o identificaram, fícou-noã; alémda sua tradu ç ão clássica da Bíblia, inclusive os seus co-mes tá rio s 1522 , a c éleb re carta à n ob rez a al em ã, es -

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éiitaelU '15 0 ;,oCativelw deB àbilônia, e} :Í:l'1520;Contr aa bula do Anti -Cristo, também em 1520; Exortação

paz, em 1525; do servo árbitro, ainda em 1525, etc. Fi -nalmente, conhecem-se através da obra Ditos d e M e sadê autoria de amigos 'Íntimos de Luth ero, escrita em1 566 as palavras e gracejos que Q reforma dor ex primialivremente noconv ívío da intimidade com o s seus adep -tos.

, A ER A KARDECISTA SEU F UNDADOR

ALLAN KARDEC

Eí-nos chegados a um dos pontos bá sicos, no qu alse fundamentam todas as teorias espiritu ais: O KAR -DElCISMO. '.

Antes porém..d é explanar-vos a minha opinião sobretão delícada têoriª,. ,vou em duaapalavras. rmostrar-vo sum ponto de vístaque ainda hoje suscita uma tremendadúvida entre os praticantes do .próprio kardecísmo:

. . . .

l a - Allan Kardec jamais criou a terc eira revela-. ção; de vez que, elajá existia através dos sé-

culos, nos próprios fenômenos espirituais queacompanharam a evolução do mundo, desdeos prímórdíos da sua existência;

:2 a - Deve-se a Allan Kardec um pr eito de etern a

gratidão pelo muito que fez em prol das . cau-sas espirituais, pois que, embora, nunca te-nhàsido MÉnrUM , procurou iluminar o es-pírito da humanidade in teira, insti tuindo e formando uma concepção perfeita, no que dizrespeito a evocação dos trabalhadores dobem, que militam nos di versos 'planos espiri-tuais. . ,

U MB N D TR VÉS DOS SÉ CULOS

Ao criar-s e na França o Esp iriti smo de Allan Kar-dec nada ma is foi feito do que dar-se nova modalidadeao culto da Umbanda , por outra: continuar-se a ordemcüvína que assim e xpre{;s ou,TURIM EVE I TUMIMUMB ANDA,DA RMOS. Baixou sobre a face da terra aLUZ DA UMBA NDA .

Por esta razão meus caríssimo s leitores; porque con-

tinuarmos a lu tar indevidamente por uma causa que enossa humanamente nos sa, espiritualmente nossa, e naqual e irma nam to dos os nossos senti mentos? ..

Por que razão se degladiam mutuamente KARDE -CIS'TAS, UMBANDISTAS e QUINBAN DIS'TAS,quando

na realida de se deveriam dar a mão, e caminhar comoverd adeiro s irmãos, procurando a LUZ que está diantedos n ossos olhos, ba stando para vê-Ia apenas encararcom sent imento e amor todas as manifestações espiri-tuais que nos vêm cima, isto é: do própr io DEUS? ..

Deixemos de parte esses preconceitos tolos da socie-dade c orrompida, e unamo-nos numa CODIFICAÇAOperfeita , para que a religião do futuro seja o ESPIRI-TUALISMO, ponto básico de toda a condição humana,que deseja a perfe ição espiritual.

A época das deman das r eligiosas já pas sou, meusbons ami gos ...

O mundo a tual precisa de homen s que em vez deB omb a s Atômic a s empunhem cânticos e pr ces ao DeusTodo Poderoso, p ara que a humanidade nao se afundeno caos da ignomínia e do des espero. Façamos do P S Slivre arbítrio I uma força pod erosa de amor ao pr óximo ,é nunca uma 'arma de ataque e de de vastação. Procure-mos evolu ir ma terial e espiritua lmente, e estou c erto deque a nossa condição hum ana se tor nará cem por ce toproveitosa. Av ancemos pelo mundo, procurando cnarem vez de des truir. Aproveite mos 0 3 ensí nament os quenos são mini strados pelos Guias E spirituais, e pode-mos estar certos que ; tanto os E s pí ritos de Luz do Kar -decismo, como o s P ret os Ve lhos e aboclo s de' Um-

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:86 , A'LUIZIO 'FONTENELLE

ness a penosa tare fa. Foi pois por in termédio desse bon-doso Gu ia Espir itua l, que Lé on Rivail, iniciou grandiosaobra. C?m o s esclarec imentos prestados por esse Guia,e te ndoJuntado to dos os c ader nos, e da 'composiçãoe dafu ao de todas as perguntas e respo stas, formou o seuprimeir o livro , que se íntítulou O LIVRO DOS ES 'PíRI-TO , cuja primeira edição foi dada à luz d o público, emAbnl d e 185 7 adotando o seu au tor, o pseudônimo deALLANKARDEC , com o qual se tornou un iversalmenteC'onhecid? s guir.,.fun: I0u a Re vist a Espírita , que soba sua oríentaç ão e' dire ção, foi publicada pe la primeiravez em J anei ro de 1858.

Já em 1 0 de Abri l desse mesmo ano, fundava .a So -ciedade Espírita de Paris, q ue em 1860 conseguira ins-tala r-se em sua sede pr ópria .

Encetando dive rsas viagens de propaganda em prolda sua doutrna , Kardec visitou Se m , Lyon, Mâco lfl Saint -Etienne e Borâeaua vindo a falece r em Paris , no an ode 1869

Vivera portanto 65 anos, o fundador e pr incipal o rí-entador de uma doutrina que m a-is tarde iria revolucio -nar a ciência e que se alastraria at ravés dos mundos numa e volução constante, em prol de d escobrir a qu eexíst ealém da vida material .

Façamos um minu to de silêncio em ho menagemàquele que p rest ou o s eu t ribut o de hon ra em benefícioda nobre causa espi ritua l; e, não esqu eçamos t ambém ,aquele ESPíRITO DE L UZ, que ajud ou Kardee na com-pilação de sua ob ra redentor a e amiga , de vez que a eletudo se deve, por ordem do Pai On ip otente .

Aproveitamos ainda es se mínimo es paço de tempo,e com os olhos semícerr ados, vo lvamos às pág inas dopassado, e evoquemos as f iguras í mpares de Mo y sé s ,Bra , n:a, suaano Co n iú cio W yc lijje , Luthe ro, Hus s;J e rô nimo, etc., que foram outros tantos espírito s ílumi -nados por Deu s para dar o rientaç ão aos q ue se en contra -vam num mundo de ob scuridade.

UMBANDA T R VÉS DOS SÉ C UL OS 87

Não descansemos; pois a tar efa a ser cumprida ébem árdua , e o mundo, a inda p recisa p assar pela suaverdadeira fase de r ecupera ção. O Esp irituaUsmo viráforçosam ente com o temp o, e com ele , outros brahmas ,coní úcí os kardec s, etc., surgirão.

Apr oveitemos todo o t emp o de que dispo mos, par aum exame perfeito d e consciência, e, logo vamos ter acerteza de que o tra balho a ser feito para a reconstru ção , será mui to maior do que para a destruição . As fa-langes espiritua is nã o. dormem, e seu s co nselho s nos che-gam rápidos firmes , dando-nos perfeita consciênc ia dapenosa tarefa a ser cumprida.

Cont inua d e pé o fenômeno que impulsiona todasas condícões humanas . Continuará o homem a pesquí-sar através do sob renatural ; aquilo que ele julga p erfei-to. e que o le vará ao Nirtana das teor ias de Buddha;ao C é u ', dos Católicos e Protestant es; ao Reino de Aru -a n da da Umbanda, e ao Reino de Oluru .m da Quim -

,band a. ,.' ,' .E continua rá através dos século s, a ordem divina :

TURIM EVEI, .TUMIM ,UMBANDA, DÂRMÔS , B aíxou sobre a face da terra Luz da Umbanda ,

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CAPÍTULO VII

UMBANDA, FUTURA RELIGIÃO DOUNIVERSO

Este é um magno problema a ser encarado pelospovos do futuro. O homem idealizador e prescrutadorele todos os fenômenos que encerram os mistérios da Ua origem, e de tudo quanto possa existir na vida dealém-túmulo com certeza há de chegar a ume conclu-são satísfatór ía ,

A história das religiões têm-nos dado elementos su-ficientes para verificarmos com exatidão, o progresso

cada vez mais crescente , no tocante ao que se concebecomo religião , de vez que o homem culto e inteligente

nao se deixará arrastar por falsas demagogias, nem porfalsos credos. Ele precisará pesquisar profundamente aquestão religiosa , firmando -se nos conceitos puramentereais que a própria razão lhe ditará. O homem do futu-ro tirará suas próprias conclusões, à medida que fenô-menos espirituais forem surgindo à sua frente. Ainda écedo para conceber -se uma teoria formal e pro funda so-bre os mistér ios que envolvem o mundo e os seres huma-nos; entretanto, é preciso que comecemos desde já abriros olho àqueles que desejam enveredar por uma sendasem espinhos, e sem os achaques da ignorância . O Brasilinfelizmente ainda conta com um número elevadíssimde analfabetos ; e, por esta razão , a sua evolução ainda

A UMBANDA ATRA S DOS s J :CULOS

marcará passo emb ora a índole do seu p ovo se ja de mol-de a conceber rapidamente essa questão religiosa.

Não estamos mais na época de acreditar em lendas ,e nem tão-pouco concebe rmos fantasias que não condi-zem absolutamente com a realidade dos fatos . A reli-gião católica já atingiu ao seu clímax , e o nosso povo jáestá farto de mentiras, Em todos os países civilizados,procura-se descobrir a verdade que existe através dosfaustosos salões onde se enclausuram os magnatas doouro, na ofuscante faustosidade do Vaticano. Jesus, oPai misericordioso e 'Onipotente, não pregava ao povo ,sentado em tronos de ouro , e nem tão-pouco envergava

_ríquíssímas indumentárias. Seu aspecto era simples enobre; e o seu verbo era apenas de bondade, de igualda-de e de amor ao próximo.

Hoje, tudo se deturpa .. . o clero está de m.á?s da ascom a política , e a figura de Cristo é m.ercantlhzada Ig-nobilmente . O crucifixo é uma verdadeira obra de rte ;e os templos são verdadeiras maravilhas , que condIzemperfeitamente com os raustosos palácios de Nero. . olta -mós novamente ao paganismo , com a capa de míssíoná-nár íos do Divino Mestre. Mas... o Criador de todas ascoisas, não permitiu; que todos os seus legítimos porta-vozes nós os ESPíRITAS verdadeiros , nos encarregare --mos de strar onde está a ve rdade de Jesus Cristo , averdadeira fé cristã , que conduzirá os povos à supremaglória de servir a Deus.

Foram-se os tempos da ignominiosa INQUISIÇAO..._surgiram as REFORMAS RELIGIOSAS ... e agora, a ro -

veitando -se o que há de puro numa concepçao perfeita-mente espiritual, surgiu para o mundo civilizado umanova aurora e com ela a LUZ DAUMBANDA.

Poderão as cívilízacões do futuro, enc arar as ques -tões religiosas por um prisma mais acertado, de vez que ,

í á não é ma is concebível, misticismos incoersíveis , emtorno d e um p roble ma que é essen cialmente básico paraa educação de um pov o. --

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· . A sit u açã o d o mom en to ; . ex ige ' pro v as m a is í rrefu-ta ve is . d e t o do s o fenômenos qu e su rg em a ca d a p asso;e , a.ssIm, n eces sar ío se t o rn a que o s dou tos procu remesm iu ça r a v erd ade qu e a in da s e enc o n tra na obs cu rid a -de mo di fic ar- lhe a p ró pria e st ru tu ra .

O mundo está pa ssando por uma verdadeira m e ta-morfose, e a s d esi n tel ig ênci a s se acen tua m de um modoco p etamen te inco m pr eensí v l O egoísmo humanoa tII;gI o se u po nto m áximo , e, di a v ir á , em que , íncon-cebIvels. ata cl isma s as sola rã o a f ace da t e rr a, a pontode mod IfI ca r-l h e a p ;róp rlaest rutur a.

O ho em est á : esquecido d e D eus , e seu único pen-

sa: n n to e d ar va sao ao s s eus s en ti ment o s torpes de dó -minto e de destruição. Nin g uém está satisfeito comoque possuí , e a âns ia d e prover para si todos os bensm at e f1 is , le v a -o ao ab ism o do des es per o e da in ce m-.preensão

A mald ade im p era no s c o raçõ es hu m ano s, e o egoís -mo d omin a todo s o s se n time n to s .

ho me m ju lg a-se for te , p o te n te e i m p erios o , qua n -do nao p assa de u m p o li ch ln e lo n as m ãos do d es tino .Ele não descon fi a que outr a fo rça su p erior o domin a , 'eo t ra z al g em ad o a os g ril hõ es da 'fa .t,a lid ad e. N em todossão. predest ínado s; p ois , por mais int€1igente e curto, pormais sábio , e po r m ai s a lto q ue s e co n sid er e esta r maisdepressa ruirá por terr a. '

Já é tempo de reflet irmo s um pouquinho mais . ...

, D e ixemo s de lado certas considera ções qu e a socie -

'd ade nos imp ôs , e olhem o s p a ra o horizonte, onde o pla -n o horizo uta l encon tr a-s e com o plan o v ertical, form an-do o in finito. p a ra l á q u e no s diri g imos . O caminhoé longo , porém , se ' o a lca n çarmos, esta remos . certos deha v er des co ber to m .;. s u m fe n ô m eno cie n tí fico : o M

D O M UNDO .

Assi m é a relig iã o ..

A :UMBANDA ATRAVÉS DOS .. SÉCULOS 9

O s hom en s p rocur am por tod os me io s, um p on tono h o ri zon te, que m a temat ica men te lhes p rov e que defa to exi s te u m D eu s; no en tant o , a mat em át ic a divina1 he s m o st ra a tod o o mom en to , q u e e le está ma is próxi-m o do qu e imagina m . In con sc ien te m ente o hom e m sea fa sta d ele , cre n te de qu e , pr ocu ra nd o -o no infinito oa lcanç a rá c o m as su as p róp ria s m ãos . Mer o en ga no ...D eus est á n o teu p róp rio c o raçã o , e não o se n tes porqu eés ma u.

Joga f o ra es sa tu a tola c o nce p çã o d e g randez a ; põ ed e lado o s t eu s se n ti men to s impuro s .,eabraça conscien-te m ente o s di tam es no br es do teu cor ação , e terás en-co ntr ado a r el íg íão p ur a , sublim e , de qu e tanto preeísasp ara o teu b em e star m a teri al e e sp iri tu a l. .

Vá ri a s g erações já p a ssar a m sobr e a f ace da ter ra;vá rias rel igi ões apa rec em e de sa p a recem co m co rer.dosséc ulo s; en treta n to , um a de la s, ou m elhor: a primeira,ai nda pe rdur a , e p erdurará , enqua nt o o mundo for mun-d o. R e firo -m e a m tõa r ui a pois , encarada sob os mais v a-ri ados pontos de vis ta , modificando o seu v e r adei o n -me desd e os pri mó rd ios d a existên ci a te rrena, jam ai s dei-x a rá en tr e ta n to d e se r m b a nda o ver dadeiro s e llti oq ue s e dá no E S PIR IT UALIS M O, em qualque r condiçãoq ue o que irar encar ar.

A mban da se rá a futura r e ligião que domdnará nom u nd o , d e v ez q ue, é e la o riu nd a da vontade divina . OE sp ir iti smo n a L e i d e Um b and a s e rá en carad? com o ver-dadei ra reli g ião , pe lo fato d e que os seus e g Uldo es est -

Tã o em co nta to m a is di re to com as m aní te s tações espi -ritu ais , que outra c o isa n ão re p rese n ta , a n ão ser o cum -p rí ment o d as l e is divinas . . _,

A Umband a a que me r e fi ro, n ao e essa Um an? am istif icada e mis tu ra da c om o d ive rso s c re d os f et íc hí s-tas d e ho je con he c id o s n o B rasil i nt e iro . Se rá uma U m -ban da codi fic ad a, u ma U mbanda pura , na , qu al s e ap ro -

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9 L U I ZI O FONTENELL

veit.ará de todasas religiões existentes na terra, somente quilo que for sublime e perfeito.

,9atoli?ismo por exemplo, só se aproveitará a or-ganizaçao, pOIS, tudo o mais é falho inclusive os dezmdtndamentos daLei deDeus que fora miseravelmentee urpados.

bl' Das religiões protestantes, restará unicamente a Bí-s Ia, nos seus pontos onde existir a verdade, de vez que ose pa to::es, por serem por demais apegados ao fa-

na ismo, nao quererão dar o braço a torcer uando co-nhecerem de fato onde está a LUZ DIVINA'. q

bonsn, e :a religiões espí ritas, aproveitar-se-ão osfe t - . . que, c_Onhecedores perfeitos das maní-t} aç<: sespmtu,aIS,. nao se deixarão arrastar pela mis- IIc çao. Os k rde c ís t s por exemplo che arão à

clusao de,a.ceitar irrestritamente as ond ões qU o =ga o eSPIrl .à matéria, nas quaís se concebeentIdades espmtuais se distinguem de do' dm que asos "Guias E · · t . ISmo os 1

força lu 'd' sptr: uai«: .possuemLuz Espiri tual e gr nde tca, consegumdo por essa razão dom' a

ma:rs lementos, forçando-os a praticar o bem pm r osrazão e que nas práticas da U b d . or essamaiores resultados; 2. Os ,se cons uem osmortos, evocados nas práticas d%k:rd espírítos dosquando muito apenas a Lu .. CISmo, possuemtê força suficiente para c a l :l.por isso não

Quat;tto aos praticantes dos CANDOBLJi:S e aos..que praücam a M GIA NEGRA , estes serão devida-mente_orientados, e, mstruídos em novas práticas aban-d.onarao por completo os rituais bárbaros queos ídentí-fíeam , O Espírítísmo na LEI DE UMBANDAem sua novafase, surgl::a com o progresso do mundo; novos horízon-

:tes nos serao apr sen ados, e mundo marchará de fron-teerguída, .em d ireç ão ao aperfeiçoamento universal.

A UMBANDA ATRAVÉS DOS S CULOS 9

DOMíNIO DOS ESPíRITOS

Qualquer leigo compreenderá perfeitamente a ques,tão espiritual, quando eu lhe mostrar o que representaverdadeiramente a condição que liga o espírito à ma-téria.

O fato das religiões espíritas lidarem com espíritospropriamente ditos, não vem absolutamente corroborarcom 01 que se costuma interpretar como a crença no so-brenatural. É bem verdade que, em todas as religiões,por existirem s dogmas, esses dogmas são interpreta-dos como uma simples questão de fé. Entretanto, no es-

piritismo, essa fé acentua-se grandemente, por razõesperfeitamente concebíveis. Digo isso, simplesmente peloseguinte: todo aquele que admitir a existência de umaalma dentro do seu corpo, há de forçosamente admitira existência do espírito; e assim, a questão de fé deixade existir, para dar lugar a uma concepção. Eu, porexemplo, não tenho fé na minha alma, porém concebo-aperfeitamente dentro do meu corpo, pois se tal não tos-se, não seria quem sou.

Diz Allan Kardec: "Os e s p ír itos n ão são, como mü -g arm e nte se a c red ita, uma c ria ç ão dist inta das outras .S ã o alm a s s p e ssoasq u e v ive ram na Te rra ou em ou-tros mundos , desp ojado s d e seu envoltó rio corporal ".

Agora digo eu: como se interpretaria a existênciade fenômenos totalmente incompreensíveis, que surgema cada momento na vida de todos nós, lndependente-

mente da questão religiosa? ., Porque corremos ao ce-mitério, a fim de depositar flores nas sepulturas dosnossos entes queridos, que nos abandonaram aqui naterra, muitas vezes em situações precárias, e em ocasiõesquando mais precisávamos deles? ..

É muito simples, meus bons amigos. .. Quando noslembramos dos nossos mortos, sentimos uma vibraçãointerna toda especial, que nos afirma categoricamente,

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CAPÍTULO VIII

A CODIFICAÇÃO DA UM BANDA T RABA-LHO S FILOSÓFICOS E DOUTRI NÁRIO S

_ Há muito se fala de u ma codíf ícaçãc na LEI DEUMBA NDA; ent retanto, quem lançará a pedra fun da-mental? '. Quem se atre verá a arc ar com a en ormeresponsabilidade que atrairá para s i a ira dos p otenta-dos d as inúmeras relígàões que dominam n a mun do in-teiro? Sim, aquel e que se atrev er a isso, lutará comtodas as d ificuldades pos síveis e ímagtnáveís, contra to-dos e contra tudo, de v ez que não se pode , criar u mapotência ou edif icar-se um majest oso edíríoio , sem u malícerce sólído que p ossa supor tar a fúria de todas astempesta des.

Quand o fa lo em codificaç ão da UMBAND A,não merefiro ao aglomerado que se possa fazer entr e algumastendas e spíritas, s ujei tas a u m determina do c entroque as p ossa d irigir. Nã o é nada cLisso.A CODI FiICA-ÇAO a que me refiro, é uma luta tremenda que s e teráque rea lizar em torno de milhare s de centros , ten-das , terreíro s , templos , e tc., com a finalida de deseparar o j oio do trigo , unificando -se todas as ínter-pretações espíritas em to rno de um s ó poder, de u ma s óORDEM, sendo ess a ordem incontestavelmen te UNI-VERSAL.

Cond ificar- se um a lei é enquadrá-Ia em todos o sseus prín cípíos, soli dificand o-a por m eio, de regulame n-tos severos, aos quaís todos terã-o que submeter-se .

Já é tempo d e se pensar em fazer da v erdadeiraUM BANDAurn a rel igiã-o perf eita, dentro da lei, d entrodos princ ípios da moral e da razão , banindo-se das so-ciedades toda a corrupção e a falta de bom senso.

Estamos n uma époc a em que , tudo aqui lo que n ãoé verdade iro, se destrói por si mesm o. As antigas reli-gíõesestão em decadência mo ral e espiritual . O cato-licismo já não merece o nosso respe ito, po r que está to -

talmente .deturp ado nos seus princípios cri stãos, e a

mentira Imper a em toda s as suas prática s .. Os demaiscultos bíblicos , por esta rem demasiadamente aferradosao fanat ismo de u ma bíblia m al traduzida proíun-dament e enxer tada co m teorias e conceitos puramentemate riais, contam com um reduzido número de adeptos,sendo portant o po stos à margem. No entanto, o ESPI -RlTUALISMO, po r se tratar de uma crença cem po rcento cristã, p ois, outra não é a sua finalidade, teráque g ozar, num futuro p róximo, os lour os' de uma vi-tória div ina, ocupando no cenário mundial o seu de-vido lu gar.

O Espiritismo ' não é uma r eligião de loucos , nemtão-pouco de f anáticos; uma religião que cultua emsua cr ença um v eddad eíro sentido de human idade e Ira-tern idade en tre os se us irmãos . um culto depro-fundo s entim ento de fé, Na quel e que proc urou redím írtoda a humani dade .

Nunca as le .s de De us foram re jeitadas no verda -deiro espiritismo, e tão-pouco s fizeram pactos como Dem ônio. O perfeito esp írita é c omo todo homemde ciên cia: procura co nhecer profun damente tod as asreações positi vas e nega tivas , para delas tirar proveito ;O e spírita qu e forc onfiec édor prof undo d os poderes m a-térícos de atana z forçosamen te saberá ut ilizaressa f or-

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ça, tirando dela, bons proveitos, transformando-a emverdadeiros benefícios.

O tempo das lendas já se passou, e Q Inte rno d e ent e existe na ieoncepção infantil das crenças male ri e ntadas. O homem de amanhã será mau, - a suaíndole, e a educação que receber desde o berço, fore mperniciosas e enraízadas pe las mentiras de religiões pou-co escrupulosas.

Diz U m velho adágio popular que: todos os eam : «nhos nos conâu eem a Roma por essa razão também ·(lJgeu: todo aquele que, dentro de um princípio pU ifo ,esincero se d írígír a D e us, estará indo para, ele.

Voltemos ainda ao ponto de vista da Godificaçãog ª U,mbanda.Pelo fato; de alguns autores terem tocado nesse pon-

essencialmente básico, que seria' a Codificação detodas as correntes espírltualístas, vou agora exportambém o meu ponto de vista, e o modo como encaroessa questão tão delicada. . .

Antes, porém, quero salientar que não descansareienquanto não tiver dado o primeiro passo. para a rea-lização dessa obra, e, embora não possuindo meios ma-teriais para o irA cio,estou certo que alguém virá a,eompreender a, magnitude desse vempreendímento, eíorçosamente, aliada a elementos criadores e neg dosderensores da, seita, poderão realizar o que por enquanto 'só se concebe na, ímaginação.

Se dentre aqueles que ,se viram beneficiados pela,Umbanda e mesmo entre os inumeráveis defensores daseita, existir uma corrente. poderosa de boa vontade, aquiestou para dar ínícío à luta, irmanado pelos mesmossentimentos que nos unirem, dentro de uma perfeita:compreensão, cheios d e ânimo e fé, poderemos lançar 1 pedra fundamental do grand e e. monumental edifício.

, Agora vej amos sa as' minhas çonvícções se çpª lJ nam corn p vossos pensamentos, '

Cp MO COMEÇ IA EU A çODIFIeA ()DA LE I D E UMBANDA

Em primeiro lugar, reunindo em local amplo e .es-paçoso, adrede preparado, uma legião de médicos, eíen-tistas, literatos, etc., inclusive chefes de centros karde-cístas, de Umbanda e·mesmo da Quimbanda, bem assim,como todo aquele que de fato se julgar um verdadeiro MEillUM , e, fazendo-se uma sessão espírita sob a di-reção de um único bjomem capaz de dirigi-Ia, obter-se-iadas entidades máximas que baixassem, uma orientaçãoprecisa para a regulamentação dos primeiros pontos bá-sicos a serem estudados.

Poderiam surgir nesse caso, desavenças e contradi-ções, mas, em compensação, se teria a certeza absolutade onde está a verdade, de vez que, fácil seria desmacararo embuste e a mistificação', quando os médiuns incor-porados fossem argüidos por elementos capazes e degrande envergadura moral e intelectual,

2 0_ A distinta classe médica daria o apoío ne-cessário às práticas do EspiritualismÜl,quandoeste lhedesse provas ,lrrefutáveis da existência de uma forçasuperior que não está na alçada da própria rnedleína.Por SUa vez 0.3 grandes cientistas teriam a oportuní-da de de estudar os fenômenos que .lh es fossem apre-sentados nas manifestações espirituais, e outras con-cepções nos seriam então atribuídas.

3.0 ,- As autoridades federais e municipais esta-riam em contacto direto com a direção, a fim de im-pedir a fraude e as prátícasdo exercícío da falsa me-

dicina. O curandeírísmo seria posto à margem, para darlugar a que a classe médica fosse chamada a dntervír,quando os casos a sere:m resolvidos assim o exigissem.

4,0 - Formar-se-ia umconclave mundial de verdadeiros espíritas, e ministrar-se-iam ensínamentosperfeitos àqueles que desejassem trabalhar íívremente,8 jeJt9s entretanto a aprovação da ?].J ;t, dÇl.de ,m â m,ª .

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10.0 A L U I Z I O F O N T E N E L L E

Todos os centros reger-se-iam por intermédio tt:ma sede central, a:<;lualse encarregaria de julgar, rutír ordens, e permitir ou não o seu funcionament

ainda, reconhecer ou não a idoneidade do s trabaU"c.da seita.

5: Acabaria a exploração, e a organização t 1 111 o apoio governamental.

O Espiritismo puro surgiria forçosamente não d l

do lugar a dissídios, tornando-se desta maneira útil nhomem e às sociedades.

e rminariam a p ráticas e nltuaís absurdos que n I

eondízem com >O adiantado grau de civilização que 1 1 1

atravessamos) e estou certo que a UMBANDA verdad i-ra, a UMBANDA que Jesus Orísto pregou sobre a fa lt

da terra, surgiria Iímpída e pura, em toda a sua finadade redentora. .

. ? o _ As.ins ituições espíritas ter am t ínalídade p •tríótíca e ca ltatIva, O povo seria orientado nãó pelho ns, ,e SIm pela palavra fortalecida das entidadespírítuaís que as transmitiriam diretamente de De'

Seriam banidos os mís tífíc do res e os v endil h õ

dos templos. A caridade seria dada a mãos cheiasuma nova era de progresso su rgín í para a humanid -de, de vez. que não have ia sofismas nem falsas p l

ss.as, pOI ,o erro e o crime não teriam a bênção ecl •SIastl a,. e SIm, Ü cas i go divino) na própria conscíêncírdo cnmmoso: que sen a atormentado pelo REMORSO..

Essa seria a verdadeira codificação -da LEI DE UM·BANDA.

TRABALHOS FILOSÓFICOS DOUTRINARIOSOutro ponto de vista, que deveria entrar forço s •

ente n concepção das práticas do espiritismo, é oquedIZ respeito aos seus trabalhos filosóficos e doutrinário,

Todos os médiuns deveriam serinstruídos e or1 •

tado n as práticas espirituais, a fim de evitar que o m 10ambiente as deturpasse para dar lugar à místírícaçã ,

A V}. IBAN D.A 4 TR A VÉ S D O S S mCULO S ·1.01

l comum ver-se, na maioria dos terreiros que pra-m o espiritismo nas suas diversas modalidades;oa a que, pouco conhecendo da questão espiritual;gam-se cegas e despreocupadas, na certeza de queauferindo grandes luzes, quando na realidade, es-

s ndo apenas joguetes das falanges do mal, ult s vezes as levam à loucura e à degradação.

O s indivíduos ínconscíentes, que procuram dentropíritísmo obter uma mediunidade forçada, nadastão tazendo, do que criar uma mentalidade fie-

c sem força, sujeitos portanto à fraude espiritual,llo "nn,n.do-sepresa fácil dos maus elementos, ãncorrendo

'r ve erro de copiar na íntegra as incorporações e1smanítestações espirituais que observam nos seus

panheíros de trabalho. É bem verdade que ohomem· a influência domeio; entretanto,um verdadeiro

u spintwal não se deixa arrastar por tais ínflu ê n -, e possuí uma característica toda sua, possuindo

m a sua verdadeira modalidade de' trabalho. por essa razão quena maioria <dostrabalhos quer tícam nos terreiros de Umbanda, sofrem algunsíuns o vexame de se verem desmascarados, pelo fatouc não possuem eles verdadeiramente 'Uma ENTI-

consigo, e por outro lado, julgam estar recebendounícações do Astral, quando na realidade o que eles

é puramente objeto da sua imaginação,Alguns querem passar por reveladores do futuro ou

como grandes euradores, e não raro, têm-se dado

nos quaís, os tolos e por demais crédulos, deixamr vidas preciosas que poderiam ser salvas pela me"a da terra, deixando-se arrastar por uma falta d e

nso e compreensão. ,fui testemunha ocular deste caso; no entanto

onhecimento, por intermédio de pessoas que memllreclem crédito, de que, certa vez, um indivíduo levan-

d t rminado centro espírita uma criança atacadaa ínfecção sem grandes conseqüências, sobreveio-·

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lhe o tétano, dando-lhernórte imediata, em virtude dodescaso é da inconsci ên cia do médium (m édium tot a l-mente con s c iente), e da ímbeo ilida de do genítor, que nãoprocurou um clínico, para umaorientação mais segura.

Infelizmente pululam por aí aos montes determí-na?os <;entros, onde, de espiritismo só têm mesmo nome,P?lS, ha pouca ver onha, o desmazelo pela saúde do pró-ximo: e a ve dadelra caridade é posta à margem, parapensar-se unícamente .na exploracão e na indecênciacorruptíva e degradante. •

Onde se cultua a verdadeira mban d a deve exístíro estímulo ou pelo menos a boa vontade que tem todoaquele que deseja aprender oque de fato existe de real verdadeiro nasmanifestações do espírito, quando

contacto com a terra.Numa mb a n da codificada, deveriam realízar-se

trabalhos filosóficos e doutrinários, que mostrassem aoscrentes, todos os p o rqu ês das condições do homem sobrea terra, bem como as funções meritórias que devem de-sempenhar em benefício da coletividade.

Os verdadeiros médiuns, quando analfabetos deve-riam receber instruções seguras e firmes, no mod comoconceber a questão da mediunidade, exortando-os aocumprimento de suas obrãgações como elementos verda-deiramen te abnegados.

Aquele que conhece de fato a mb an da já estáfarto de saber que', quando um médium inc onsc ienterécébe como entidade espiritual um pre to ve lh o ou um < c aboclo , estes, ao apresentarem-se nessa modalidade,f zeni:-Í1oapenas por .uma questão de ética, urna vez que,aos espíritos de luz, Ines é dado o direito de se apresen-tarem sob qualquer forma ou aspecto, por motivos equestões puramente espirituais. Acontece entretanto,que a linguagem t tibi t te por eles empregada, écon-séqüêncía de uma filosofia toda especial nas suasexpres-:sões, assemelhando-se perféítamênte às parábolas de:(:}JJ.isto,uando, preg v no inundo material.

Outro ponto de vista de suma importância, e quemuitas vezes passa despercebido de muito s é o fato dasentidades empregarem um idioma todo especial, quan-do as palavras são dírígídas de espírito para espírítc,

Alguns que se julgam entendidos, pensam ser e s s as

frases soltas, dialetos Gêges , Bantu s etc. quandoestão redondamente enganados. Aquilo que as entidadesfalam entre dentes, é nada mais nada menos da que otdíoma IJUDICE o u língua dós éspíritós, o qual so-mente é compreendido entre as próprias entidades.

O que acontece geralmente nas práticas das mb a n-das que se cultuam no Brasil, é o fato de que, por seremdás que sé cul tuam no Brasil, é 6 fato de Seremjulgarem que todos os rituais empregados são de origemafricana; tal como acontece com o CANDOBl.4É ,ondeos seus ínícíados são obrigados a aprender grande par-te dos dialetos africanos, com a :f:i,nalidade de ajudar.a manifestação dos seus orixás , o que quer dizerperfeitamente, não serem os seus médiuns totalmenteinconscientes, pois, se o fossem; não haveria necessidade'desse aprendizado.

Daí conclui-se o seguínté: maior parte dosmé-diuns são totalmente conscientes, e por essa razão nãosabem interpretar e transmitir' devidamente as comuni-cações que recebem das suas entidades;

PÔ r outro ladó médium, presunçosa e tolo. dese-jando atrair para si a atenção da maioria, dos assisten-tes, inicia uma série de interferências próprias da suapouca inteligência, julgando que assim procedendo,étido como possuidor de uma grande e rü uiaâe quando.na realidade não passá de um simples místíãlcador e oseu trabalho mediúnico não é nada mais nada menbs doque um ANIMISMO grandemente pronunciado.

espalhafato é muitos grí to s vhístérlcos que seobservam em inúmeras reuniões' espíritas, principalmen--te na Umbanda, nada mais representam do que uma éhcEmaçãõ',dé próprióinédiuITl,qüerenàe. mostrar o m

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L V I ZI O FONT N L L

isso, estar p ossuído de uma . força medí úníca fora docomum, o que jus tíü absolutament e o meu ponto devista.

Outro fator ímportante que de ve ser observado nasquestões de doutrinação , dos médiuns, é ocaso da ínc or-poração e desíncorp aração.

, Quando as entidad es espir ituais têm perfeito dom í-níosobre os seus cava los ou aparelhos , e com elestrabalJ:1am há muito temp o, deve haver forçosamenteuma fínal ídade perfeita, e por essa razão, não vejo mo-tivos para encenaçõ es dos médiuns, que se at iram nochão espalhafatosamente , dando lugar muitas vezes acríticas e comentários entre os próprios trabalhadores.da seita.

.No meu modo de entender, o médium somente so -

fre certas manifestações desagradáveis, quando estápossuído de espíri tos obsessores, ou então o seu trabalhodepende da incorporação de EXUS que geralmenteos deixam seriamente tran sfigurados., Ainda concebo outraman .iresta ção de espíritos cas-tigando o seu aparelho, quando esse médium, por tertransgredido os seus preceitos , sofre das próprias ent í-,dades o castigo merecido. Aí , ele é obrigado por umaforça superior a entregar-se muitas das vezes, até aodesespero , com graves conseqüências para o seu própriocorpo. Quanto ao mais, considero nim ismo e não me-diunidade.

Não será tão fácil submeterem-se os trabalhadores,da Umbanda a um regime de - verdadeira inícíaçâo: pois ,-a .maíor parte dos homens que nela trabalham , e de con- 9 rmidade com o tempo no qual praticam e ssa crença,Julgam-se quase to dos semid e us e s ou melhor : babala ôsde or xá , e não quer erão dar a ' mão à-palmat óría, poracreditarem-se grandes iluminados.

O: erro clamoroso dos que trabalham como méd J :'uns,n hostes da Umbanda , é julgarem-se grandes enten -

_: ,dos, ,,ell rerell). cada um de per si , entender as .maní-

A UMBAN DA ATRAV l11S nos sactnos 5

testa ções es pírítuaís ao seu -bel prazer. Por outr<? lado ,quando o médium verdadeiro com eça a produzir , ISto équando a sua en tidade irradia verdadeiramente beneü-.cíos, e acerta, como d izem os pobres de esp íráto, ele sesente or gulhoso d e si mesm o e desanda a cometer arbi -trariedades oca sionando o que s e verifica em inúmeroscasos muito conhecid os, nos quaís e sses pobres méd iunsvão aos poucos perdendo a sua ótima med iunidade, dado lugar à m istificação e o que é pior: à degradaçaomoral .

TodolS os trabalhos de Umb anda deveriam ser ím -pares, isto é: deveriam seguir uma orie ntação única .

Deveriam formar -se e instituir-se organizações filiadasa. um órgão único, e tanto kardecistascomo umbandís-tas e demais entidades espíritas , reger-se-iam por umasede principal bem organizada. ,

Alguém quereria contestar o m u ponto de, ista,argumentando que não se pode obrigar um espírito aentrar na fila, isto é: obedecer aos homens , e submeter -se às suas imposições; no entanto quem já dirigiu cen-tros espíritas , sabe perfeitamente que as próprias entd-dades primam pela ordem e pelo perfeito andamentodos trabalhos espirituaiS. Para isso é muito comumJ'o,rmarem-se correntes doutrinadoras entre elementoscapazes. Outrossim, a organização seria s omente entreos homens, poi s, os pretos »euias , caboclos e demais

'éntidades, trabalhariam livremente, como têm trabalha -do até hoje, independentemente da vontade humana .

, Temos absoluta certeza de que, quando o médium

consciente, s ouber organizar-se, a entidade que o acom-panha forçosamente organízar-se-á ; pois , quem estudarperfeitamente o que seja ren ômeno espiritual , há decompreender que:

a primeira manifestação qu e a tua num indiv íduo, obsessão; a seguir, u ma v ez retirado e sse obsessor,

.cs e n tidad e s Guias Es p iritua is , se a p resentam , e aí , e o n e o e - s e Oque se conhec e com o nom e de l r ied iun id L

• - N • • • • , , - . •

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i õ

e Co m a c o n tinuação d os tra b alh os , esse s G u i as firmam no sub c o n sc ien te d o inã Jt v íduo e dá-s e então ofen ô m e no da ii nâ â sie e sp iritu a l". Qua n to m a is tem -po S e pass ar , mai s des e nv ol v im e n to va i te n d o o peris p i-rito do m é diu m , e a o c abo d e alg u m te mpo , é e le quemrecebe so z inho a s irradia çõ e s > d o s seus pr otetores. Fi-nalmente , o nosso próprio ANJO -DA-GUARDA é quemtrabalha, receben d o todas as comunicaçõ e s. Esse é queé verdad e iro f en ôm e no q ue s e con hece com o nome ' de"MEDI UNID ADE ".

Para pro var-lhes a veracid ade do que acabo de afdr-mar começa rei exp lícando-Ihes .o seguint e:

"O médium tr abal ha dur ante muitos anos com umdeterminado "Guia", e d e uma hora pa ra outra , esse·"Guia " avisa que abandonará aquele aparelho , póísatingiu um determinado grau de elev ação espiritual énão voltará mais à terra . Entretanto , o que aconteceufol 6 seguinte: E sse Guia receb eu a incumbência dedoutrina r um no vo médium, neste o u em outro planeta ,isto é: t eve necessi dade d e prestar em outro lugar a suacooper ação ou "carid ade", a fim de elevar-se espiritual-mente . Com o afast amento dessa ent idade, oucro esp írí--to passará a in fluenciar aqu ele aparelho , emb ora já nãoJúija necessidade d e doutriná -lo, "dome sticá-Io" , porque ó terreno já estava preparado. Esse é um dos Inúmerose as o s que acontecem na vida de milhares de m édiun s'qÚe tr abalham no espírítésmo

Como até aqui a inda não provei o que desejava ,vejamos agora o seguinte caso:

, . Ao afi rmar que os bons médiun s trabalham únícà-inexte recebend o das entidade s astra is a for ça espiritual ÓUé ós caracter iza, provo da se guinte man eira:- Algum m édium, que tenha saído do lugar ondetrabalha , já conseguiu encontr ar o seu "GUIA PROTE-T O R b ixado em outro médium , sendo ímed íatamente, .. . .

- . --.

'iêcô:hlheéid o pór ele? . '. Não acredito que tal fato ténha ã fõ líté-cidó;: poís, O fato' ele- 'fulconti'âr' ihúri iérós p é t s

velhos e caboclos com os .mesmos nomes, t ii§ cômp: 'a i Jo aq u im , Pai G uiné Pai Franc isco , Ca od6 Art ;Cabo c lo Aimor é , Ro m rp e -Ma to , etc., etc., nao quer dize rque sejam a m esma pessoa. 00 que acontece é o séguín-te: cada médium tem o seu verdadeí ro ANJO -D:A-GUDIA, e é este que r ecebe as manifestações o u irradia-ções dos esp íritos de lu z, Por essa razão, cada umtrabalha a se u bel prazer, incorpora da máneíra quequer, pois o subconsciente ou períspíríto do médium équem manda.

Mesmo nos trabalhos de Ma gia N e g ra , essa mani-festação se enquadr a perfeitamente . , ,','. Aqueles que se dizem incorpora os CO exus r dessas entidad es do mal toda a orientação e o perispi-fito do médiu m, mais uma vez se manifesta. _

Essa fina lidade na man ítestação dó espírito en re-tanto, foge à regra geral, quando o rnédsum rece . inco rporação de um " UN" (esp ito de mort<», pelolato de que es ses espír ütos por :r:a:opo ssuírem rorçafluídíca, embo ra pos suam Lu z E s pzrztual (quaJ? -do.< :>, :píríto é bom , e O que deseja fa zer tem uma fI?ahdã<I boa), tem necessid ade de tomar posse verdadel lt ? ,do' aparelho (mé d ium m c o ns ci ent e) , pa a a tra sm s_ das orde ns que recebe e qu e foi íncu mbído de tránsm ítiraos entes encar nados . Para final izar, aquel e que con seguir e provar , co fatos verdad eira ment e palp áveis, que e ta e?1desac2r??com o m eu ponto d e vist a, a esse d rel a mmhl:l .ma o.}l;palmatória. Caso co ntrár o, mantenI:0 e rnant L S. 'concep ção, a té que as mmha ,«e1}: :dc:-des , spz t1 :eóritradíga m o que por in tuiçao me fízeram concebe r.

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1 8 A L U r Z I o F o N T E N E L L E

, .Quanto às perturbações e obsessões que atacam aspessoas, es.sas, sao manifestações de espíritos maléficosClU sem .luz, e muitas vezes são o produto detrabalhosde maçui n e g ra que exercem um poder fantástico sobreas criaturas humanas., Como reina no mundo a malda de e as hostes deSatanaz se comprazem em destruir toda a obra de Deusnão é de admitir que os trabalhos de t e tiçarta encontrem g.uarida acentuada nos corações denegridos pelaperversidade.. or outro lado, como o homem veio à terra com a

fmalIdade de resgatar uma dívida, é por isso que muitas ezes achamos impossível que uma pessoa de bons sen-tímentos, sofra, a perseguição, dos espíritos das trevas;no entanto, no íntimo dessa cniatura .existe um mistérioou um mal feito que somente ela é sabedora. Por isso éque os trabalhos de agia Negr a têm grandes resul-tados. '

Outros acreditam que só pelo fato de assistirem àh1i sa,ou por outra, rezarem indefinidamente pela Bíbliaestao com Deus, e por isso, livres das perseguições dosagentes do mal. Enganam-se redondamente. Esses commais, fa?i1ida?: est .o su eitos aos piores desígnios, pois,o propno Cristo nao deixou de ser uma vítima de Sa-tanaz ..

O que os homens precisam, é combater o mal co-nhecendo perfeitamente as ciladas e as tramas' dos Açentes ágicvs Uniuerstüs lutando com as suas pró-pnas armas. Aí sim, a humanidade não se deixaráarrastar pelos cantos da sereia e, irmanada com ospod e das verdadeiras entidades, obterá a perfeitacondição de bem-estar material e espiritual.

, Que se pratique a Umbanda verdadeira, essa Um-banda poderosae benfeitora, e o mundo entrará na suafase essencial de pt..0gresso e de elevação aos páramosde ma compreensao perfeitamente caridosa, e maispróxima de Deus.

CAPÍTULO IX

PROVA CÁRMICA - LIVRE ARBíTRIO-REENCARNAÇÃO

PROVA CÁRMICA

Deve-se a nossa condição Cármica aofato da deso-bediência das leis de Deus, pelos nossos primeiros pais(segundo a Gênesís bíblica), quando o Senhor ao ex-pulsá-los do paraíso, assim se pronunciou:

GÊNESIS, 4 - Tentação de Eva e queda do ho-mem.

13 - E disse o Senhor Deus à mulher: Porque fi-zeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, eeu comi.

14 - Então o Senhor Deus disse à serpente: Por-quanto fizeste isto, maldita serás mais que toda besta,e mais que todos os animais do camp: sobre o teu ven-tre andarás, eo pó comerás todos os dias da tua vida.

15 --- E porei inimizade entre ti 8 a mulher, e entrea tua semente e a sua semente, esta te ferirá a cabeça,e tu lhe ferirás o calcanhar.

16 à mulher disse: Multíplicarei grandementea tua dor, e a tua conceição; com dor parirás filhos; oteu desejo será para o teu marldc, e ele te dominará.

17 - E a, Adão disse: Porquanto deste ouvidoà vozde tua mulher, e comeste da, árvore de que te ordenei,dizendo: Não comerás dela: maldita é' a terra por us d e ti. Com dor comerás dela todos os dias da tua v ída

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110 L U I ZI O FO NT N LL

18 - Espinh os, e cardos também, t e produ zirá; ecomerás a erva d o campo .

19 - No SU OT do teu rosto comerás o teu p ão, a téque tornes à terra ; porque dela toste toma do: porq uantoés pó, e em pó te tor narás.

Entretanto a verdadeira G ênesi s no seu original em Pali afirma que, tendo AC Lima OIU Ad ã o , desrespei -tado as ordens divina s, passou- se juntame nte com Evapara o lado oposto ao ff iden, ond e habita vam seres 8 -

brenaturaís ou Ea{US , reino de Satan az na terra, o squaís possuíam for ças maléficas conhece doras realmen-te do bem e do ma l. Foi por essa razão que o c astigodivino não se fez e sperar, e a o rdem suprema se fez

ouvir imediatamente : Turim eve i, Tumim Umbarui a,Darmõs ,

t Por ordem de D eu s é d ado o te u de s ti iu »

lvIultipI cai-vos, pois e uma vez que transgred ístesos u mandamento s, tereí s ago ra em encar naç oes u-

cessivas ; 'o aper feíçoamentoría alma, até ganhardesd enove Reino da Gló ria ., ,Baixara nessa o casião sobre a face d a terra a Luz

da Umband a, e a PRO VA CARMI CA, s Yia,'p?is , a reden-ç ão de todos os transgress ores das Le IS DIVIn as.

Portanto , lógico se torna conceber-se o Carma ouVida Cármica, c omo a provação que cada u m tem quepassar , quer na vid a rr:ater ial c0r.?-0espi ritual, .q an onos propusermos a anali sar 9 S feno menos da e sp ir it uali -dade. ,

A prov a cármica tan to per tence a o esp írito, como à

matéria; e ela pode ser boa o u má , de con formidade co mas 'boas 0 11 más ações impetrad as pelo elemento humano ., Ppr essas razõesé que e xistem , tanto no espaç o como

no orbe te rráqueo , diferentes grau s de hier arqui a.Qu n do nQS refe rimos a espíritos desencarnados .

y ªmo _ l 'l( l n tr ªr t rê s ea ra et eres essençíaís , que os <tis -t4 ªg·q m fl ª ?§ çl;l:la };1i .rárquica:,'

, P rim e iro=« 03:E'spíritos puros, confo rme rde. g §classif ica, q ue sãoa0ueles que já atingiram o_g rfl,u. a XiIDOIa perfeição , e encon tram -se em situa ção prív de-gíad a junto a, Deu s.

, S e q u tu io -, : Os E sp íri to s semipu ro s, ou q ueles q se enc ontram no meio-termo da escala espiritual, osquaís predomin a unic amente o desejo. d o bem. Pa raesses o carrna dei xa de ser p esado, em VIrtude dos b ene-fício; qu e terão que prestar, servúndo com o mediadore sentre as fal anges dos num erosos g uias espiri tuais .

Te rc ei ro - Os Esp íritos im pe rfeitos, ou aqueles q uese encontram n o me io-t ermo da esc ala espiri tual , nos

quaís p redomin am a compl eta ignorâ n:ia das boasações , o apego ao m al e todas as perversoes que re rdam o progres so espírítual. Para ' esse s o car ma c,?nsL Steem voltar inúmeras vez es à terra, em encarnaçoes u .

cessivas para que s e cump ram a s leis d ivinas, e· possameles,através de no vas evoluç ões, sofrer todas as conse -qüêncías dos seus maus atos e ações; até que, purit íca-dos no sofrimen to e na dor, p oss am p or sua vez atingir graus do aperf eiçoamento, Par a eles, o carma r éacel erado ou re tardado de ac ordo com o seu grau deaperfeiçoame nto, de' vez que sã o os próp rios responsá -veis p elo que fizerem pró ou contra a sua própnla ex ís-têncía espiri tual .

Já para o s espír itos encarnad os, ma terializados, () melho r: para os SERE S HUMA N/OS .,esse carma repre-senta o de stino bo m ou mau, fel iz ou infeliz , que acom-panha os seu s passos durante o curto trajeto da vida

material .Para que se poss a observar melh or os fenôme nos davida c ármi ca, bas tará que exa minemo s, uma por uma ,a vida dos entes hum anos, e aí então te remo s uma visãoperfeita do destino d e cad a uma das criatu ras. Uns p os-suem 'mai s e outros me nos. Uns sofrem mais a o utrosm l os § ()pons, .ep seu carma men os ' es cJ 0i

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: A L.U. I Z I O F. NT EN E L L) i .

verdadeiro contra-senso. Por essa razão, 'o livre . arbi tdóque todo homem possui, é conseqüência de uma justiçadivina; ou por outra: é o atributo que o coloca numnível bastante elevado sobre as demais c riaturas, con-ferindo-lhe sua verdadeira dignidade.

Sem o lívre-arbítrio , o homem se veria reduzido aum autômato, e todas as suas faouldades morais e inte -lectuais se t ornariam conseqüência do seu próprio erga -nísm o, redundando nesse caso em verdadeiro fracass oo sens o da responsabilidade, e nenhum mérit o poderiamter as suas práticas .

Sem a condição de livre-arbítrio, pas saríao.homem

a uma situação de inferioridade, e seus atos bom alimaus seriam considerados como atributos de um tata-lismo fora de lógica , .e conseqüentemente ir real. .

O homem possui portanto oIívre-arbítrkxnas cír-cunstâncías onde impera a sua vontade e o seu Tacmc í-nío; e, no entanto, perde-o, quando está suje:itoa iot,.Ças,superiores que'o tornam incapaz de rege r-se a si próprío

RE ÉNC RN Ç O reenca rnação é um dogma institu ído pelo espi-

ritismo, tal como antigamente, fazia parte dos dOgI1 1as.das leis judaicas, sob o nome de ressurreição. Acontec eentretanto, que os judeus interpretavam esse ponto dev t sob o aspecto de qu e a ressurreiçã o, era a volta àvida de um corpo já morto, fato este completamente de -·batido e não aceito pela ciê ncia, por julgar improc eden-

te tal acontecimento . Já no espiritism o, a reenc arnação a volta ou retor no da alma ou es pírito a um o -

vo corpo, em condiçõ es compl etamente diferentes, de'vez que o espírito, a o reencarna r, pass a novament e pela sfases do nascim ento, cr esciment o, e tc., sem rel ação a l-guma com o antigo corpo.

Concebeu-se no espiritismo o fenômeno da reenear ' ..·nação pelos .ratos cítados nas passagen s bíblicas,nQs

A UMBANDA. ATRAVÉS DOS . : SÉCULOS ue:quaís admiti a-se que em São João se achava reene arna-do o espírito do profeta Elias, b em como pela s palavra sproferidas pel o mestre, que assim diz ia: " ninguém po-deráver o reino de Deus s não nascer de novo ".

Outro fato que vem c orroborar perfe itament e comodogma espí rita da reenc arnação, é o da conseqüênciasurgi da en tre os povos anti gos, principalmente os 'Egípcios , Hindus ,etc. que embalsamavam ou cre -mavam .os co rpos dos seus mortos , na certeza de queuns aprov eítaríam o me smo cor po, quando chegasse odia do juizo un iversa l, e outros, p ara que fossem pu rifi-'cados.pelo fogo,e v oltassem em c ondições m ais evoluídas.

. Entretanto, na e ra kardecísta, e mesmo na épocaatua l; concebe -se o fenôme no da re encar nação com ouma imposiçã o aos e spíritos, para que se purifiquem,em resga te às suas dívidas .

To do espírito que n ão consegu iu, por esta ou aque laforma , atingir um certo grau de e levação espiritu al, seráobrigado, de acord o com a Lei Cármica, a re encarnarinúmeras v ezes, até a depuração total de suas c ulpas.

O p róprio espírit o, segundo as crenças , escolhe e lemesm o a sua nova condiç ão ao r eencarnar , com a fina-lidade de aperfe içoar -se, e com is so p urificar-se peranteDeus e a sua o bra. O s espíritos que consegu iram umacerta condi ção de ap erfeiçoamento espiritua l e que poressa razão conseguiram a sua depuraçã o, poderã o re-encarnar em q ualquer outro plano de ordem super ior,variando tam bém a miss ão que terão a cumprir nes se

novo período de evolução espiri tual.Ainda se gundo as crenças espíritas, o espírit o aoreencarn ar conserva todo o adiantad o grau de apr imo-ramen to que po ssuía, isto é, a inteligência, a cultura,etc, sem im portar no entanto em aperfeiçoa mento es-pirit ual, pois é preci so não confundir ap rimoramen tointelectual, com evoluçã o espiritual . O primeiro r epre-sentá dons materiai s que se adqu irem cultivando a ín-

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6 A L U I Z I O r O N T E N E L L E

telígêneí a a o passo que o segundo se adquire a perfei-çoando o esp írãto

Por essa raz ão surgem muit as vezes em de termí-nadas época s crianças prodígios que a ssimilam com amaior fa cilidade deter minadas c ondições psicológicas;ao passo que o utras criaturas por mais idade que pos-suam não c onseguem elevar o seu nível cultural a umdeterminado gr au de aperfeiço amento .

Pelo e xposto c onclui -se que: a reenc arnação é umacondiç ão do espírito para o seu aperfeiçoam ento e ele -vação ao s pára mos celest íaís

CAPÍTULO

.A FALSA UMBANDA QUE SE PRATICA NOBRASIL - TABUS - IMAGENS

AMULETOS ETC.

Amigos lei tores ...

Eis um pont o. de vista pa ra o qual vou dedicar umparticular ca rinho de vez que essa questão merece defato um tratamento todo especial por tratar de umaconcepção totalmente e rrônea no qu e diz respeito àsprát icas de Umband a em todo o Brasil .

Portan to ao escre ver est e capítulo no qual trat a-rei do falso emp rego d a crença umbandista na quase to-talidade do te rritório b rasile iro quero deixar bem pa-tente o meu p onto de v ista embora venha feri r suscepti-bilidades e susci tar polêmicas clamorosas.

Tudo o que s e tem feito em prol da Umbanda querno Rio de J aneiro quer nos demais Estados onde secultuam prática s espirituais não co ndiz absolutamentecom a SUa verdadeira finalidade.

Interpretada e rroneament e pela maio ria a trmban-da que a tualmen te se pratica no Brasil está ainda bemlonge da realidade. Essa mistu ra de cred os essa faltade bom senso essa í no rân ãrr de preceitos religiososnada mais t êm feito do que ocasionar uma verdadeirabalbúrdia numa con cepção que é acima d e tudo divina.A Umbanda nunca foi o que se tem visto e comen tado

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118 L UI Z I O FON T N L L

através de liv ros e repor tagens [ornalístícas que a êon-funde m de uma man eira, pode-se d izer, ca lamito sa.

Dlgo e a firmo, qu e é totalmente falsa a Umbandaque se está praticand o no Br asil inteiro. iÉ falsa , porque stá longe de conter a ver dade na qual ela inteiramentese bas eia. falsa, p orque querem atri buir-lhe qualída-des que não condizem absolutamente com os s eus pon-tos de vis ta, a começa r pelo seu próprio ritual . IÉ falsa,porque misturara m em sua teogo nía, em sua 1i turgia,etc. quase tudo o que contêm a s demais religiõ es.Essa mistura de aíricanísmo, de catolícísmo etc., aque se quer a tribuir o n ome de U m b a n da não passade u ma fa lta de compreensã o e de bom senso , de vezque, a verdadeira Umbanda está longe de ser o que seestá prat icando atualmente.

Algu ém poderá dizer que eu est ou q uerendo criaruma nova religião; no entanto, vou provar-Ines comoestou certo nas minha s considerações, e acredito quegrande númer o de verdadei ros umbandis tas hão de medar raz ão, pelos motivos que vou citar.

E m pri mei ro lugar: - A rel igião espírita nunca fezdistinção e ntre Ka rtiec ismo U mb anda ou Quim rban dabem c omo o Candomblé nunca deixou de ser uma ve rda-deira religião de ori gem africana. Quando digo e s p iri-tis m o refiro-me a toda e qua lquer man ifestação do es-píri to, em contacto com os seres encarnado s; por estarazão, nem Kardec descobriu o esp iritismo , nem tão-pouco povos african os t iveram esse privilégio . O ver-dadeiro espiritismo é o que se con cebe com o LEI DE

UMB ANDA , que f oi emanado p or Deus, e que acom-panha o homem atr avés dos séc ulos, desde a sua origem. O que t em acontecido, é que o .homem procurando

descobr ir' nas rnanírestações espirituais um p onto bá-sico para um estudo m ais aprof undado tem ínterpre-tado posv áríasmaneíras e d as maãs variadas formas,ôS:fenômenos:q ue' se: lhe apresentamac ada passo.

A m ffi ND ATRAvas DOS SÉCULOS

o J3;tasil, por exemplo, o apar ecime nto do AM-BEQUERÊ -K:lBANDA , mais tard e concebido pe losnossos negr os como Cando m blé serviu d e ponto de parti :da p ara o estudo do sob re n at u ral da mesma forma qu eos antigos se aprofun davam n a arte da MAGIA. Por su avez, o cato licismo , impondo a sua condição , veio detur -par ainda m ais a crença dos p obres negros afrácanosCom o apa recimento no Bra sil, do Kardec ismo, aí en tãoé que a confusão se tornou cada vez mais acentuada.

O Catolicismo íntlltrou-se no Candomb lé e es te, porsua vez, procurou imitar nas p ráticas do kardeci smo a ssuas manifestações espírituaís. Com o correr dos tem -pos, os exploradore s das situ ações d escob riram nas prá-

ticas do 'Candombl é uma riquis síma fonte de renda, e daíentão foi con cebida e criada uma nova modalidade n aprát ica espiritual, que passou a denomina r-se Q u im-banda na qual se aproveit aram todos e sses fenômenos,para uma p rática mista, de feitiç aria e religião.

Passam-se os tempos ...Aqueles que não es tavam satis feitos com o ca toli-

cismo, e, mal orienta dos no ka rdeci smo, p r circu nstân-cias talvez oriundas da f alta de compre ensao, ou por ou -tra, sentindo nas suas v idas uma out ra força para a qualnão encontravam uma explica ção, resolv eram util izar-se das práticas d a Quimband a, com um a finalidade ma ismeri tória , isto é : procurando e vocar entidades t ão fo r-tes como as ent idades do mal , porém, visan do 'Unica-men te o bem. Sem o querer, depararam com uma n ovarelígàão para a qual deram o nom e de Umbanda, n omeesse ta lvez transmitido pelas próp rias entidades , que

desejavam ver esclarecidos verdad eiramen te esses fenô-.• menos, par a os quai s o homem não havia até então c on-seguido inter pretação. Haveria de surgir para o mu ndo,fosse em qua lquer époc a, a LUZ :DA UMBANDA; e as-sim, criou -se essa conce pção rcligüosa a qual basean-de-se ve rdadeiramente n as Le is D ivinas evolu irá natu-ralmente.

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2 LUI ZI O FONTEN ELLE

o erro dos que pra ticam atualmente' a Umb anda ,está n ão só nas suas con cepçõ es, como tamb émno modocomo a cult uam, pelo simp les fa to de quererem íntro -.duzír no seu ritu al elementos de outras reli giões, indode encon tro ao pr nc íp ío fundamental dessa Lei .

Numa ve rdadeira m ba n da não devem e xistir abso -lutamen te alt ares, onde s e pres te cul to aos santos qua igreja ca tólica c anonizou, pois isso ac arreta um mís-tícísmo incompre ensível de ado ração a fetiches criadospela igreja catól ica, em comp leto de sacordo com as e s

de Cristo que fo i bem e xplícito em determ inar : Nadase faça à minha imagem ou sem elhança . Portanto , es-ses bonecos que enfei tam os altar es das igrejas e de in ú-meros centro s espí ritas, nada mais rep resentam do queuma des obediência às Leis de Deus.

Por outro lado, certos r ltuaís util izados nessa falsaUmbanda de hoje, est ão em completo contraste com anossa evolução moral, material e espiritual . O que s efaz, é misturar rituais bárbaros provindos do aírícan ís-mo, com práticas ca tólic as e concepç ões ka rdecistas oque não condiz abs olu ta mente com uma Umbanda cempor cento divina , e dif erente d aquilo que o vulgo ace itae cul tua como eman ada de Deus . .

Deve- se em gr ande parte essa tremenda contus ão,ao fato de q ue os médiuns que der am início a essas prá -ticas , nenh uma cultura possuíam , e nem t ão pouco seinclinaram a elucidar ce rto s fenôm enos espirituais :Criando no s seus subconscientes a mentalidad e de que

as entid ades , pr etos velhos caboclos etc . tinham que sesujeitar à lingua gem e pr áticas obs ervadas no s terreirosde Q C1imb anda , (poís outra não foi a escola na qualtiveram o seu pr incíp io), adotaram esse sistema , que at éhoje vigor a, e v.gorará até que os próprios espíritos, porordem divin a, mod ifiquem in teiramente es se modo demanírestar-se ,

A UMB 'ANDA ATRA S .DOS .· S CULOS .121

Ofato da Umbanda lidar com es píritos dessa na tu-reza ; nãoquer diz er que s e mantenham c ertas tr adiçõesafricanas , e nem tão-pouco sej amos induzid os a segui rcertos prec eitos que br adam contra opinião pública ,em completo d esacordo com as normas qu e se deveriamseguir, cultuando uma mb a nda melhor co nceituada eperfeita, tal como o desej am e ex igem certas e ntidadesde grande lu espiritual .

Para que não surjam d úvidas q uanto à minha afl r-matíva e ° meu ponto de vista sobre como ' deve se r en-carado o v erdad eiro culto da Umbanda , no cap ítulo XIIvoltarei ao assunto , para most rar-Ines como dev e sercultuada a verdadei ra Umb anda, e qua l a sua verdad eira

divisão .TA BUS, IMAGENS , AMU LETOS, ETC.

muito c omum utilizar-s e nas dive rsas práticas daUmbanda , o uso de t abus imagens amuletos eo.utr .os apetrechos próprios das religiõe s puramente re -tích ístas. Entretanto , a religiã o católica, embora nãoestando enquadr ada no rol dessas religiões , costuma em-pregar nos seu s cul tos muita coisa id êntica com aintenção de atrai r 5 seus fiéis incutindo-Ihes ' no espí-rito o uso dess es apet rechos . ' .

ss lm vemos as med alhas com image ns de santos,os terços , rosários, etc. que nada mais são do que umarepresentação simbólica d e tudo isso . .

Que se utili zem todos objetos nos d iversos cuLtos religios os, ainda e stou de acordo ; porém, o que nãoposso conceber , é que sejam eles encarados corno oriun-dos d e cois as divinas, depo sitando-se-lhe s uma fé e xage -rada e sem fund amen to, o que ac arret aria voltarmo snovamen te ao Cul to P agão das D ivindades.

Até um c erto pon to, sou de opinião que se de positeuma confiança í rrestríta em patuá s , amuletos , etc.,quando se tratar d e magia , e quando a fi nalida de dess e»

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122

objetos seja unicamente por uma quest ão material, istoé para dar sor te em negócios , etc., por urna imples -questão de superstição, pois, acredito que ahumanidadeinteira jamais deixará de acreditar nessas coisas. Digo ,ísso pelo fato de que , conhecendo perfeitamente a Magia,posso muito bem assegurar a grande influência que essesobjetosexercem no subconsciente das pessoas, transfor-mando-Ines por completo o seu , modo de agir e pensar., Como a finalidade deste capítulo é tratar justamen- dessa questão, vou, em poucas palavras, descrever aorigem e o porquê do uso desse objetos, para que aque-les: que nada conheçam, possam orientar-se a respeito .

AMULET IOS

A palavra amuleto vem da língua latina muleiumi com a mesma significação . O amuleto é representadopor uma medalha ou objeto Semelhante, que as pessoastrazem consigo, por uma questão de superstição, e aoqual 'atribuem a virtude do afastamento de imalef í-cíos, doenças , olho çranâe, etc.

Foram os povos Galdeus, ' Egípcios e Persas, os prr -melros e introduzir a crença dos amuletos, desde temp osímemoriaís . Também os Judeus os usavam , com as maisvariadas interpretações. Os ' amuletos consistiam na re -presentação, em : forma de fíguras de deuses, como anéismágicos e mesmo fragmentos de pergaminhos sobre osquais se encontravam gravados os seus caracteres sagra-dos, ou mesmo as inscrições de livros sagrados. Da mes-

ma forma ; os Gregos e Romanos conceberam o uso dos

amuletos, devído

talvezàs

relações que trataram comos povos asiáticos.,Segundo a hístórãa das religiões, e enciclopédias, o

uso dos amuletos teve larga repercussão durante , o ida-de média, na qual todas , as religiões cristãs deles se utí -l aya :m ElnboJa ,cohdenados pela igreja católica , nãode ou :ela. de-introduzir .essa erença nos amu ietosr.em-

23

bora muda mdo-lh es o asp ecto; pois as cruze s; as meda--lhas o nde es tão gravadas as imagens de santos, etc.nada m ais represent am do que s imples amuletos. , '

lÊ preciso não confundir a:nul toco .m o s u inô-nimo ta lismii ; pois, o talísmã nao se traz, íntima -mente ligado à própria pessoa , tal como se da com oamul eto. Aquele, segundo certas crenças, possui umavirt,ude mais intensa. Segundo alguns , o amuleto podeafast ar os pe úgas, a s doenças e até mesmo evitar a mor-te de quem o possui; ao passo que o talísmã, 1é ll.des-ses mesmos dotes, possui o poder de atacar os immigos ,ou afastá-Ias definitivamente.

TABUS

, A pala vra tabu, de origem poli ési31'.traz signUi cação de: sa grado. uma crença mitol ógâca, orIUnda de

institu ições religiosas da oceania, e principalmente daPolln é sía O tabu representa 'um caráter sagrado emdeterminada pess oa ou coisa, a qual constitui uso proí-bido.

Segundo a enc iclopédia , a palav .:'a tabu com os , e -rivat ívos de tapu . e kapu , em certos dialetos, 'e um opostoà palavra noa a qual e ra aplicada a toda pessoa ou ou -sa cujo con tato ou u so podia ser indepe d nte ou livre,sem constituir perigo algum . Segundo. in úmeras cren -ças reli giosa s, podiam ser abus quaisquer seres ouobjetos os quai .s eram respe 1tados como cousas sagra -das. Os chefes, os sacerdotes , os feiticeiros , os cadáveres,as mulh eres em d eter minadas condições , etc. represen-

tavam v erdadei ros tab us. Quando os tabus se referiama objetos, armas ou apetrechos de guerra , eram consi -derado s invíoláveís, e sujeito s aos mais tremendo .•tigos aqueles que os violassem . Em a guma .s. r 11glOesfetlchíst as, os tabus rep resentam objetos d ívínos , eacredi tavam plenam ente nos castigos por parte do s e u -oséS; · 11 quem sé atrev esse a violá':'los;, , ' ",' ," :.

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Os ta bus também representa vam divind ades bemcomo faziam p arte d as indumentárias e rituais de ínú-mera s crença s religiosas dos povos anti gos.

Na época atual já o tabu p raticamente não exist e prãncípalmente no Brasil e outr os países onde a cívilí-

zação procu ra dar um cunho de maior progresso n ãoadmitind o certas t eorias que não cond izem com o ad ían-tado grau de cult ura dest es tempos modern os. Entre-tanto em alguns países como na Af rica Asía etc. aindaperdura m em certas crenças essas c oncepções mi to-lógíc as.

IMAGEN S

Encaradas somente sob o po nto de vista re ligiosoas ima gens são as repres entações de figuras hum anassimbolizando cultos religioso s nos quais se apresentamprinc ipalmente na religiã o católica os m ártires da cr is-tandade.

Essas im agens não de ixam de ter o seu simboli smotabu lesco uma vez que pela igreja católica é cons idera-do ímpío ou herej e todo aq uele qu e as me nospreza .Contrári os a es sas rep resentações s imbó licas foram to-d .os reform adores e p or ess a razão nas conce pçõesbíblícas e protes tantes esses símbolos não s ão absol u-tamente co ncebidos .

. As imagens s acras foram instituída s pelo papado deRoma em comple ta ínobse rvãncía aos ens ínamentoscristãos e su rgiram com a finalidad e de incuti r no es-píri .to dos leigos e ignorantes a idé ia de fixação real das

e?tldad es consi ?eradas celes tíais para mel hor provei totirar em do s ent imento hu mano na ques tão de ver par acrer.

No Br asil as imagens nos foram trazidas pe los sa-cerdotes catequiza dores e a primeira m issa aqui rea-lizada bem como as proc issõ es que se real izam trans -portando -se imagens nada ma is represen taram e repre-

· UM B ND TR VÉS DOS SÉCULOS 5

sentam do que uma intensa propaganda cató lica com afinalidade única e exclusiva de c onseguir-se ma ior nu-mero de adeptos e conseqüentemen te maior re nda pa raa suntuosidade d o Vaticano.

Ainda chegaremos à concl usão de q ue quando ohomem encara r devidamente as questões relígãosas nãose deixará imbui r por falsos princí pios e fa lsos credos guiando-se uni camente por uma força superi or e d ivinaa qual não admitirá absol utamente o fenômeno da fé basean do-se naquilo que se vê e sim naqu ilo que: sesente. E ssa será a sublime condição da Umbanda. Mo s-trar a verdade onde ela verdadeiramente se encontra.

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CAP ÍTULO XI

AMBEQUERÊ-KIBANDA E O RITUA L AFRO--BRASILEIRO NO CANDOB LÉ

Foi precisamente no século XVI que S primeiros.navios negr eiros apar taram às p lagas do norte do Bra-sil ou melhor: no E stado da Bahía e trou xeram-nos osprimeiros negro s que na qualidade de escravos vinhamdestinados a tr abalhar na lavoura .

Esses pobres negros oriundos d as diversas regiõesafric anas ao se sentirem íso l dos enxovalhados e ati-rados à ignomínia de trab alhar unicamen te para o •• or branco sob o l átego dos chico tes lamentavam osseus s ofrimentos po r meio de p reces e pedidos aos seusdeuses para que lhe s minorassem as agonia s e as doresentreg ando-se a ritua is próprios os quais oriundos dascívíl íz ções passadas dos povos que cu ltuavam o feti-ch ísmo utilizavam-se deles para fes tejarem os seus Orix ás ; cantarem as suas vitórias enfim: e vocarem asentidades superior es do As tral n um culto verdadeira-mente bárbaro .

Foi assim que n a primiti va história da nossa civili-zação da colo nizaç ão das nossas terras na cateq uízaçãodos nosso s índios qu e juntamen te com os jes uítas aquiapareceram os negros: NAGÔS ou YORUBA. G ÊGESBANTUS BARBAD IANOS LOANDAS GUINÉS MA -LÊS ANGOLAS etc. e com eles os s eus cultos religio -s s

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132 A L U I Z O FO N T E N E L LE

Surgiu desta forma uma novareligí ão no B r asíl, na qual os seus praticantes, na maioria elemen-tos incultos e maus, procuraram criar em' torno des-sa nova seita um mito de que as suas práticas eramdedícadas exclusivamente à evocação das falanges deExus, entidades essas dirigidas peloAgente Mágico Uni-versal (Demônio ou Satanaz).

Em virtude do aparecimento, no Brasil, da religiãosurgida na França, baseada na concepção filosófica deAllan Kardee, denominada' ESPIRITISMO, no qual seconfirmava a presença dos espíritos dos mortos, nasreu,níões realizadas com o fim deevocá-los, alastrou-se pelo

Brasil inteiro a crença no sobrenatural, e por fim, in-conscientemente denominou-se de Espiritismo, a todosos rituais e crenças fetichistas trazídas pelos negros afri-canos.

Passam-se os anos, ..O homem branco, procurando imiscuir-se com os

negros, e dotado de mais capacidade ecultura, aprovei-ta grande parte dos rituais praticados nosCandoblésnos Canger.ês e mesmo na Quimbanda ; e, com o adventoda Lei Aurea busca melhores desígnios nessas crenças, econcebe o que hoje, erroneamente, conhecemos com onome de UMBANDA, a. qual, alguns escritores queremfazer crer, também é oriunda dos povos africanos.

Ao ser dado' erroneamente o nome de UMBANDA aessa reunião de credos, s quais se encontram:' o ESPI-RITISMO de Allan: Kardec, os cultos NAGú, BANTU,GÉGE, MAL) :,LOANDA, AMERíNDIO, ete., inclusive opróprio CATOLICISMO, criou-se uma tal confusão, quese tornará sumamente difícil retirar-se esse nome dessareligião ques e alastrou de tal modo pelo Brasil inteiro,que ser prererível continu.ar omo está, a fim de quenao surjam maiores complicações e maiores embaraçosaos seus praticantes e adeptos.

preciso entretanto que se separe o joio do trigo,poís, surgirá no futuro uma nova relígíão, a qual b s e

UMB ND T R W S D OS S i: CU L O S 133

da verdadeiramente nos princípios e ensínamentos do'Mestre, e mesmo dedicando-se ao culto das evocaçõescom o mundo astral superior" terá a denominação dESPIRITUALISMO. Essa será a verdadeira Umbanda, a,Umbanda que J:sus Cristo praticou na Terra, e a únicque permanecera sobre a face da Terra, de vez que todasas demais relígtões desaparecerão, ou se fundirão nela

COMO SE CULTUA VERDADEIRAMENTEO "CANDOBLÉ"

Conforme expliquei anteriormente o CANDOBLlÉsurgiu primeiramente no Estado da B hia oriundo dmistura de rituais praticados pelos escr vos que alapertaram, vindos dos diversos países aos quais estavams bmetidos e que, ramificando-se através dos estadoscírcunvízínhos, foi pelo próprio povo erroneamente de-nominado de Umbanda E pelo fato da pluralidadedesses cu tos, o termo Umbanda também se pluralízou.

Infelizmente, denominam-se UMBANDAS todos ocultos fetichistas que se praticam no Brasil. '

CiANDOBLE não deixa deser uma religião" oumelhor: é uma verdadeira religião; pois, assemelha-sàs demais religiões quepratícamrítuaísevocatívos dasen.tidades dos planos Astrais, superiores e inferiores,tal como as c nças: Ortod.oxa Positivista Ançlicana ;B amane udzsta Coniucionista Protestante -

nuca Catolzca etc. nos quaís acredita-se na existênciade seres sagrados, onde se encara o fundamento da fé.

? candoblé simboliza perfeitamente os Cultos:Nago Bantu Gêge Malê; GUiné Amerríndio CabindaBençuela Loa n da etc. tanto de origem afri na coameríndia. .

Não deve o Candoblé ser considerado ou encaradocomo ciência,. e sim como religião, pelo fato de que,CIÊNCIA é a incerteza de fatos ou condições que se noapresentam na vida:naterial, de um modo permanente,estando por esse motívo aguçada a nossa curiosidade em

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134. ALUIZTO :FON T ENELL:B

descobri r a verdade palpável, ou melhor: quando que-remos ter certeza absoluta daqu ilo que se ignora; e , porconhecermos apenas uma parte, fo rmulamos hi póteses,até a conclusão d e que aqu ilo realmen te exist e.

Por outro lado, RELIGIÃO é a crença naqu ilo quenão se vê onde se formulam dog mas, que devem se raceitos apenas por questão de fé. É acreditar sem obje -ção nas verdades revelad as, que vão p assando de gera -ção a geração, acreditadas apenas p or aque les que se-guem este ou aquele cu lto. .

Sabendo-se qu e religião é todo culto q ue contém seu cortejo de divindades, ou TEOGONIA; a sua LI-, :URGIA ou Cerimonial; e os seus ofi ciantes ou prat í-cantesque obedecem a uma classific ação hierárquica,po.sso af ar que o C andoblé é na real idade uma per -feita relígíão, verdade íramente in tegral em todos o s sen-tidos.

'Tanto a teogonía, como a líturgía e a hierar quiaque se pratica no Candoblé, não passam de uma mistu-ra de credos, os quais var iam de conform idade com asseitas afro-brasíleíras. No entanto, as suas prát icas sãoperfeitas, e tudo o que se distingue como fazendo partedo seu ritual define-se de um o o claro e ínsofísmável.,

A composição dessa seita, inclui na sua teogon ía acrença nos seus deuses, consid erados como ORIXASMAIORES, constituindo o que se denomina de SUPRE MACORTE DE ARUANDA,onde as m ais altas divin da-des .irradiam pa ra a Terra a sua fo rça f luídica, sem noentanto darem-se ao trabalho de ba íxar n este planeta.Possuem no entanto esses Orixás, os seus subalte rnos ,os quais, com a de nomínação de O rixás Menores tra-zem até nós as o rdens e as irradiaç ões que d esejam es -palhar sobre a Terra.

Como entidades superiores, con sideram os pr atícan-t s do Galldobl é, os seg uintes: .

A UMBANDA ATRAVÉS DOS SÉCULOS 135,

1. Os chamados ESPíRIT OS DE LUZ,encarnan-do as forças da Natureza, considerados comoELEMENTAIS. São os espíritos evoluídos quese projetam através dos planos superiores domundo As tral, e que aceitam, como qua lquerelemento humano , os AMALAS (com idas desanto), quando incorporados nos seus mé-diuns . .

2.0) 0'S EGUNS ou espíritos desencarnados, consi-derados como ELEMENTARES. São as almasou espíritos d os mortos, ou ainda: os espíritoshumanos que ainda não atingiram as m ais al-tas camadas espirituais do mundo astral , su-jeitos, muitas das veze s, a novas reencarnações.

3.0) Os EXUS espíritos diabólicos, consideradoscomo servos ou escravos dos Orixás servindode intermediários entre os Orixás Menores eo homem . São essas entidades que se incum-bem de castigar os filhos de fé quand o erram,de vez que aos Oríxás não é dado o direito aocastigo e tão-pouco se incumbem da práticado mal .

Com relação à escala hierárquica dos prati cantes ,iniciados ou sacerdotes d o cult o no CANDOBL ,Éconhe-ce-se como chefe principal o chamado PAI DE SANTOcom outras denominações tiradas dos dialetos negros,tais como: BABALAô, BABALORIXA, BABALUAÊ, ouainda: Chefe de Terreiro Senhor de Olurum Chefe de

Rebanho Príncipe de Umbanda etc. etc . no lado mas-culino; e MÃE -DESANTO ou BABA no lado feminino .A seguir vêm os OGANS; homens que dirigem os

trabalh os de incorporação dos médiuns, ajudando o PA IDE SANTO, na entoação dos pontos. cantados e zelandopela perfeita ordem dos terreiros, e que atuam . como di-rigentes m ateriais d os tra balhos .

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136. A ur z o F ..O.NT:E L J; ;:m

, Seguem- se, as d enominações Pequenas M ã es ou JI-BONANS ,enc arregadas d e tudo quanto diz respeito aoritual, isto é: dan ças, d espachos e preparo das ínician-das, quando apó s passar pelos períodos de iniciação, es-tarão aptas a trabalhar em públ ico.

Como in térpretes e ajudantes do Pai de Santo , vêmos Cambonos que ainda com as denominaçõ es de Cam -bones ou Cambondos são os encarregados de preparare faci litar a ch amada dos fílhos de fé, ao se dirigiremao Babalaô.

A seguir, encont ram-se os irmãos de seita ou me -lhor: Filhos de Santo (homens) e Filhas de Santo (mu-lheres), denomina ção dada a todos os médiuns julgadosem condiç ões de incorporar ou receber os Orixás Meno-r s Esses médiuns são também chamados de: cavalosaparelhos moleques etc., quando manifestados, isto é:quando incorporados com os seus Guias Espirituais.

lf inalrnente, vêm os músicos ou componentes daCURIMBA; encarregados de executar os hinos e batu-ques próprios para facilitar a aproximação dos Orixás.

Como in strumentos utilizados pelos praticantes doCaruioblé conhecem-se os aiao aqu es macumbastambores ging ê s a la b é s etc. os quai s num ritmo

ensurdecedor, acompanham os cân ticos de guerra asevocações dos bravos O rixás . .

COMO SURGIRAM AS DIVINDADES DO CANDOBLÉ

Das lendas africanas, surgiram as divindades prin -

cipa is, que com a denominação de Orixás Maiores sãoevocados nos t erreiros onde impera o CANDOELÉ.Acont ece no entanto, que , com a ímpo síção sofrida pe-los negros, q uando os missionários católicos proibiramterminantemente que eles praticassem esses cultos retí- ,chístas, admínis trando-lhes entretanto as crenças ca -tólícas , esses n egros procurara m furtar-se à perse-

UlY1 ANDA TR V tS DOS SJí:,CULOS 3 7

guição, f ingindo que admitiam perfeitamente os deusescristãos, dizendo que na sua linguagem os seus deuses,eram os mesmos deuses católic os.

Desta maneir a, criou-se um novo mito , e até os nos-sos dias , os pra ticante s dessa seita evocam a XANGO(ou é í - Chefe do Oyó, capital de Yoruba , terra denegros Nagôs), como SÃO JERóNiMO; a TIMIM ou TI-MIM -OXIO E ou simplesmente OX :OCE, como SÃOSEBASTIÃO; a OGUM-GBONKAou OGUM, como SÃOJORGE; a XAPANÃ , ou OBALUAU:, como SÃO LAZA-RO; a INHANÇÃ ou IANÇÃ, como SANTA BARBARA;a OXUM ou AXUM , como NOSSA SENHORA DA CON-CEIÇÃO; a IEMANJ A ou IAMANJA, como NOSSA SE-

NHORADA GLÓRIA, etc ., ete.Depositam os pratic antes do Candoblé a sua crença .num Deus Supremo , considerado o PAI DOS ORlXAS ,encarado como o criador dos mundos e rei supremo dacorte de OBATALA considerado esse reino tambémcom o denom ínatívo de SUPREMA CORTE DEARUANDA .

Para o povo de Nagô , esse Deus SUpremo denom í-nava -se Olurum o qual também é assim conhecido naprática da Quimbanda .

Acontece, porém, que esse Deus tomou várias deno -minativos , de acordo com os demais cultos , e assim ,para O S negros Bantus , Angoleses , Loanda s, Cost a-Afri -canos e muitos ou tros, é conhecido com os seguintes nomes:

zomu Zambi-Maior Senhor do Bomfim · (pelo pov oda Bahia) , Ganga Ganqa-Maio r Malungo Zambiapun -

go Aru é- Zamb i etc. etc .Tendo o culto Nagô, por terem os seus descendentesem maior número , dominado totalmente os demaiscultos negros, foi considerado o mais perfeito, e poressa razão , seus r x â s prevaleceram em todos os ri-tuais fetichistas .

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ALM ZI OFONTENEL LE

Assim, ã eles evocados: com os respectivos' retí-ches, amalás, curíadores, indumentárias, etc.OXALA, OBATALA, ZAMBI, SENHOR DO BONFIM,

OLURUM (Chefe Supremo da Corte Celestíal) -Jesus Cristo na Lei Católica. - Para evocá-lo, usamos praticantes da seitaos seguintes fetiches: anelde ouro, chumbo ou prata. Como ínsígnías: umbastão de pastor com pequenos sinos e um alrorgeou bolsa de pele de carneiro. Como amalá, oferecem-lhe: carne de cabra e pombos. Vestem-se de branco,usam contas brancas e pulseiras de contas brancas,e cor de cumbo. O dia preferido para a sua evoca-ção é às sextas-feiras.

OGUM, OGUM-MEG.Ê ,OGUM DAS 7 ENCRUZILHA-'. DAS, OGUM NARU.Ê , OGUM ROMPE-MATO,

OGUM-IARA, OGUM-MALEI, OGUM-NAGô -São Jorge na Lei Católica - (Chefe das demandas,espirituais, deus da guerra). - Fetiche: pá, foice,lança, bigorna, malho, enxada, ferro. Insígnias: lan,

. .ça e espada. Amalá: carne de bode,-cabeça de boi,galínhola (galinha da Angola), galo. Indumentá-ria:' todas as cores, porém, de preferência: verme-lho. Colares contendo enfeites de todas as cores.Pulseiras de bronze e ferro.

XANGó-AGODô ou B RI - São Jerônímo na Lei ca- tólíc - (Rei da cachoeira, chefe das quedas dágua

e das pedras, deus do relâmpago) - Fetiche: me-teorito. Insígnia ou ponto: lança e machadinha.Amalá: galo" tartaruga, bode, caruru, rabada de boicom agrião. Indumentária: cor roxa ou vermelho-cardeal. Contas: de cores vermelha e branca. Pul-seiras: de latão. Seu dia sagrado: quartas-feiras.

OXOCE, O:XOCEDAS MATAS, etc. _ São Sebastião naLei Católica - (Rei e Senhor das.florestas, .chefedas matas, deus da caça) - Tem como fetiche o

A UMBANDA. ÀTlt VJi S DOS S l CU LOS

arco e flecha, frigideira de barro, pedra. Insígnia:arco e·flecha. Indumentáría: verde. Amalá: carnede carneiro, galo e milhoverde.

IBEGI ou NABEIJADA- São Cosme, São Damíão eDaum na Lei Católica - (Gêmeos, protetores dacrianças) - Têm como fetiche suas próprias imagens, representadas por três garotos, trazendo nasmãos um bastão recurvado e na outra uma palma.Amalá: bombons, balas e doces. Cor da índumen-tária: rosa e branco. Cor das contas: várias cores.

OMULU, OMULUM ouXAPANÃ - São Lázaro na LeI

Católica (Deus da peste, principalmente da varíola.Considerado na Lei Quimbanda como dono e Senhor dos Cemitérios) - Fetiche: caveira, píaçavacom búzios, velas de sebo. Insígnias: lança, caveira,tridente de Exu. Amalá: bode, galo preto, acaçá,farofa com azeite de dendê, pipoca, orobó. Cor daindumentária: verde, amarela. Cor das contas:preta e branca ou verde e preta. Pulseiras: bronzeou latão. Dias sagrados: quintas-feiras. Curiador:rnarafo, azeite de dendê, sangue de galinha.

INHANÇAou IANSÃ - Santa Bárbara na Lei Católica""--(Deusa do vento e da tempestade. Deusa da vingança) - Tem como fetiche: pedra'meteorito.Insígnia: espada e o raio. Amará: bode, galínha;acarajé. Cor da indumentária; vermelha e verde.Contas: de corvermelha coral. Pulseira: cobre, la-tão. Curiador: cerveja branca, água de cachoeira.

IEMANJÁ ou IAMANiJÁ - N08sa Senhora da Glória naLei Católica - (Deusa da água salgada) - Fetí-che: conchas e estrelas do mar. Insígnias ou pon-tos: leque, espada. Amalá: pombo, milho verde,bodeeastrado. Cor da índumentáría: vermelha,azul-escuro, cor de rosa, branco. Contas:. ",pingo-

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14 A L U I Z I O F o N T E N E L L li:

d'água , águasomarinhas . Pulseiras: aíumnío,prata.

OXUM ou AXUM- Nossa senhora da Conceição naLei Católica - (Deusa dos rios e da água fresca)-:...F€)tiche.: pedrinhas roladas. Insígnias: leques sinospequenínos, espelhos, Amalá: peixes do rio, taínha,cabra, galinha, feijão fradinho. Contas: amarelasazuis. Pulseiras: latão. '

OXUM-MARÉ - Nossa Senhora Aparecida na LeiCa-

tólica,- (Deusa'do Arco-íris). - Fetiche: pedra.Amala: galo, bode. Contas: Cor alaranjada. Curía-dor: Cerveja preta, água com açúcar.

NANA ou NANA-BURUCU - Santa Maria Madalena naLei Cat lica - (D usa da chuva - que protege asp antaçoes) - Fetiche: pedra. Insígnia: espada deSao Jorge, vassourinha de palha com búzios. Ama-lá: boi, bode, galinha. Indumentária: branca, eazul-escuro. Contas: branca, vermelha, azul. Pul-seiras: alumínio. Curíador: água da chuva.

IROCó - (Deusa das matas e das cachoeiras)- Fe-tiche: gameleira. Amalá: galo, fumo. Indumentá-ria: verde, amarela. Curtadores: cerveja, vinhobranco. .

IFA - Nossa Senhora das Dores na Lei Católica -(Deusa mãe'- que protege as parturientes) - Fe-tiche: dendêzeíro (fruto). Contas: verde amarela.Amalá: galinha, cabrito.' ,

XANGô-CAó -São João Batista na Lei Católica -protege as almas que entram no céu ou Aruanda)....,-Fetiche: chave. Insígnias: pedra, palmas. Ama.lá: bode, carneiro, galinha. Contas: azul, branca,roxa.

U MB N D T R WS nos ...n ur o s 4

XANGô-CAó - São João Batista na Lei Catôlíca -

(protege os que sofrem por injustiça). -Fetiche:carneiro. Insígnias: cruz de Cristo, bandeira e ca-jado de pastor. Amalá: Cabra, galo, porco. Indu-mentária: vermelha. Contas: vermelha, branca, corde rosa.

EXU - (Satanaz - demônio - Deus do mal- rei datrevas) - Fetiches: barro, ferro, madeira. Amalá:bode, cabra, galo preto, farofa com azeite dedendê ,porco. Indumentária: vermelho e preto. Contas: vemelha, preta. Pulseiras: bronze. Curiador: marafocharuto, pemba preta.

Pelo exposto, podemos notar que cadaOrixápossuiseu fetiche próprio, e tudo quanto diz respeito ao cultodas divíndades . :

Antigamente os praticantes doCandoblé não se uti-lizavam de fetiches esculpidos, porém, com o adventodessa mistura de credos, já é comum mesmo no estadomaior dessa crença, que é o Estado da Bahia, ver-se nosseus pegis as imagens utilizadas nas igrejas católicas.

Esses fetiches são guardados nos Estados ou Pe-gis tratando deles o praticante a quem é dado o nomede ACHOGUM, o qual é encarregado do sacrifício dosanimais, quando se fazem os EMBÉS orerendas), e os EBÓS (despachos para Exus), constando de comidase bebidas a malás e curiadore s ).

Em virtude da expansão dos cultosretíchístas espa..lhados em toda a América do Sul, originaram-se váriascrenças comrelação aos Orixás, e assim, concebem-se emalguns países essas entidades relacionadas com os san-tos da Igreja Católica, da seguinte maneira:JESUS CRISTO - OXALA - OBATALA - Na Bahía,

representado como Cristo crucítícado, é chamado econsiderado SENHOR DO BOMFIM. Em Havana(Cuba), é chamado Nos s a Senhora d a s Me rcê s Vi r-gem) ou s nu n m S a cramento ,

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4 A L U I .Z: I O F O N TE N E LL E

qGUM - Ç de de Janeiro é São Jorge; em Cuba é SãoPedro; nos C'andoblés baianos, é Santo Antônio.

'OXOCE - No Rio de Janeiro é São Sebastião; naBahia é São Jorge; em Cuba é Santo Antônio.

XANGô '- Em Cuba é Santa Bárbara; na Bah ia, com. os nomes de: XANGó-AGODó, XANGó-AGAJó e

XANGô-CAó, são respectivamente: São Jerônimo,São Pedro e São João Batista, sendo que em algunsterreiros, alguns ainda consideram também a SantaBárbara como sendo XANGó.

,II E JI - NEiBElJADA - DOIS-DOIS: - Na Bahia eno Rio de Janeiro, são considerados como: SãóCosme e São Damíão (Compreende a falange dosgêmeos.i na qual se inclui ainda o aparecimento deDAUM e CR SPIM - CRISPINIANO) .

IEMANJA ou IAMANJA: - No Rio de Janeiro éNossa Senhora da Glória; naBahi a, é Nossa senho-

, ra do Rosário e também N. S. da Piedade.'úMULU ou OMULUM:- No Estado do Rio de Janeiro, é São Lázaro; na Bahia é São Bento.:LúCIFER ou SATANAZ: - Conhecido como EXU em

quas:, todos os cultos fetichistas das Umbandas.Em face desta exposição, é fácil conceber-se gran-

de influência do Catolicismo junto aos cultos fetichistasque praticam a crença no sobrenatural, que apesar detudo, não deixa de se uma prática do Espiritismo, nassuas inúmeras modalidades.

Concebem os praticantes do CANDOBLl ::,na suareligião, uma divisão em 7 linhas ou legiões, nas quaisse, enquadram as entidades m ai o res e menore s , consti-tuindo um verdadeiro' SETENARIQ; e ainda: :.SU,bdivi-

A UMB ANDA- ATRA VÉS DO S ,S:il :CULOS

díndo-se essas linhas em outros tantos ramos Ou suddí-visões, denominadas tiüan çes cabe a cadauma o poderioou mando a determinado Orix á ou Chefe.

Tal como se conhece nas Leis deUmbanda e Quim-banda, a divisão dessas linhasnos cultos do CANDOBiLÉobedece à seguinte classificação:

PRIMEIRA LINHA: - LINHA DE SANTO OU DEOXALA - Tem como chefe principal Jesus Cristo(Senhor do Bonfim). Integra-a a "LEGIÃODOS SANTOS", quais sejam: "São Casme e SãoDamião (inclusive Daum); Santo Antônio, SantaRita de Cássia, São Francisco de Assis, Santo Expe-dito, Santa Catarína, São Benedito, e os Arcanjos:São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

8EGUNDA LINHA: - LINHA DE IEMANJA IA-MANJA - Assistida e írígí por Nossa Senhora(Virgem Maria), também denominada "Linha do

Mar"; composta de7 legiões a saber:Legião das s e re ias : - sob a proteção e'<chería de

Mãe Oxum ou Axum N . S. da Conceição) .Legião das Caboclas d o Mar: - Sob a oríentação e

Nanã-Bu ru c u (Santa Maria Madalena).Legião da s Caboclas do Mar : - 8'0 ba orientação e

direção de Indaíá ,Legião da s Caboclas dos Rios : - Chefiadas por

ara a Deusa dos Rios Mitologia Nagõ .Leg ião dos Marinheiros : - Sob a chefia de Tarimá.Legião dos Calungas : - Dirigida por Calunga ouCalunguinha. çuio da Estrela-G ui a : - Sob a proteção e direção

da Virgem Maria, na aparição como N .S. dosNavegantes.

A lguns cu ltos atri b uem a di reção dessa Legião , aS an ta Mq tia M a dalena ou a San .t Ana .

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'144 - · A t .U · IZ IO · FONTENE r; E •

TERCEIRA LINHA:.- LINHA DO ORIENTE OU DAMAGIA, cujo chefe, São João Batista, dirige os mes-tres da ciência oculta, e toda a legião de sábios, quese dedicaram aos estudos dacartomancia, astrolo-gia, grafologia , ciência ocultas etc. Está tambémsob a sua guarda e direção, a orientação dos grandesmédicos ecuradores do espaço, manobrando as le-giões dos híndus, de Zartu, dos discípulos de José deAr m téia, d03 Incas, Chineses, Mongóís, Rabis,Egípcíos, Muçulmanos, Aztecas, Esquimós, Marro-q inos, fndio etc: ets. Das sete legiões que com-poem a terceira líriha, conhecem-se osCandoblésbem como nas Umbandas, como seus principais chefes e Orixás , as seguintes entidades: .

Primeira Legião : - De ZARTU , que chefia a Legiãodos povos hindus. .Segunda Legião: - De JOSÉ.DE ARIMATÉIA, o

mestre da kaballah , mestre de Cristo naAltainiciação esot éric a . Chefia a Legião dos Médi-cos, Cientistas e propagadores dos Ttiros Adivi-

nnat ô r io sTerceira L e gião: - De JIMBAR , que comanda a

Legião de Arabes, Turcos e Marroquinos.Qua rta Legião: - De ORI DO ORIENTE, que che-

fia a Legião de Mongóis, Chineses, JapOneses,Esquimós e demais descendentes das raçasorientais.

Quinta Legião : - De INHOARAIRI, que segundo ahistória das antigas civilizações, antes da erade Cristo, foi o primeiro Imperador Inca. Che-fia a Legião dos povos Egipcios, dos Aztecas,dos povos Incas e das antigascívílízações desa-parecidas dos povos Caldeus.

Sexta Legião : -De ITARAIACI, chefe de antigastribos dei índios Caraíbas, da região das Guia-nas. ..

A U MS · A . N D AA TR A v t s DOS Sl : CU L OS

Sétima Legião: --. : De MARCUS PRIMEIRO"":;' -

sar ou Imperador Romano, qUe comanda a_Legião dos Gauleses, Fenícíos, Romanos e g e :

•mais' raças européias, muitas das quaís iãdesaparecidas c

QUARTA LINHA: - L NHADE OXOCE - Dirigidapor São Sebastião, é constituída pelos espíritos pu-rosque amparam os sofredores, os necessitados dcaridade, utilizando o processo de passese prati-cando o curandeírísmo por meio de ervas e bebera-gens. Integram essa linhas, 7 legiões, com a seguin-te constítuíçâor . ..

Legião de Urubaiiio - Chefiada pelo cabocloUru-

" batão.vque segundo a opinião de alguns, é.con-siderado como sendo o próprio. São Jorge, di-vergíndo n O entanto grandemente essas. opi-niões, pois, outros o evocam comoSão Sebastião .No entanto, de acordo com a mitologia Bantu,essa entidade é conhecida como sendo o chefede uma poderosa tribo dêamerÍÍülibs,"que ado-ravam o Deus Tupã (Deus do fogo), e que maistarde se tornou um.Orixá , .

Legião de Àrar ibó ia - Chefiada pelo guia espiritualou Orixá que tem o mesmo nome. CaciqueAra riooia - na crença dos nossos aborígenes).

Legião da Cabocla Jurema - Dirigida pela entidadecomo' chefe o' Caboclo das Sete Encruzilhadas(ou Caboclo das 7 matas), dirigindo as falanges

das matas, na evocação dos chefesíndíos: Tu-pis, Aímorés, etc,Le gião dos Peles Ve rmelhas - Dirigida pelos cací-

ques das tribos de índios americanos. e çuio â os Tamoios - Sob a direção de Grajaúna.

. Le gião d a Ca boc la J urem a - Dirigida pela entidadedo mesmo nome.

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; 6 ALUIZZO FONTENE LE

Legião dos Guaranis .. . ,..Dirígida pelos caciques Gua-ranis.

QUINTA LINHA: - LINHA DE XANGó Sob a díre-ção cÍeSão Jerônímo, composta sete Legiões,assim compreendidas: .

_ Legião de Inhanç ã ou Jansã - Chefiada por SantaBárbara.

Legião dos Caboclos do Sol e da Lua - Dirigida -las entidades que têm o mesmo nome crençaindígena: Deus do Sol e Deus da Lua).

Legião do Caboclo do Vento - Tendo como chefe o

Caboclo do Vento (crença indígena) .Legião do Caboclo das Cachoeiras - Dirigida peloCaboclo das Cachoeiras ou das7 Cachoeiras.

Legião do Caboclo Treme-Terra - Chefiada peloCaboclo Treme-Terra.

Legião de Pretos Velhos - Sob a direção da falangede pretos velhos QUENQUEL e QUENGUEL:mDE XANGô (mitologia Nagô).

SEXTA LINHA: - LINHA DE OGUM- Dirigida porSão J()rge (Rei das demandas) contendo também 7Legiões, a saber:Legião de Ogum Beira-Mar - Sob a direção de

Ogum, aliada à falange do povo do mar. írí-gida por Indaiá) . .

Legião de Ogum Rompe-Mato .... :...Sob a direção deOgum, aliada falange de Oxoce (p()V O damata) .

Legião de O g u m . .. .ara Sob a direção de Ogum,aliada à falange das Caboclas dos Rios (dírlgí-da por IARA). .

Legião d e Ogum-Megê - Sob a direção de Ogum,aliada à falange das Oaboclas dos Rios (dirigi-tantes da Costa dAfrica)... .

AUMBANDA ATRAVÉS DOS SÉCULOS 7

. Leg ião d e Og um .Nar uê - Sob a díreção de Ogum,aliada à ralange do povo Naruê (escravos devárias raças) .

Legião d e O gum de Ma lei - Dirigida por Ogum, alia-da à falange do Povo de Malei ou linha de Ma-lei (povo de Exu).

Legião d e Og u m de N a gô - Sob a direção de Ogum,aliada à falange do povo de Ganga (linha deNagô) .

SÉTIMA LINHA: - LINHA AFRICANA - Sob a dire-ção de São Cipriano, é composta de 7 Legiões, repre-sentadas por pretos velhos oriundos devárias raças,conforme as suas origens: São elas:

Leg ião d o P ov o da Co s ta - Sob a direção de PaiCabínda.

Leg ião d o P ovo d e Cong o - Sob a direção de PaiGongo ou Rei Congo.

Legião do P o vo d a A ngol a --:- Sob a direção de PaiJosé d Angola.

Legiã o d o Pov o d e Benguela - Sob a direção de PaiBenguela. .

Leg iã o d e lV[pçam b iqu e - Sob a direção de Pai Je-rônimo ,

Legi ão do Po vo d e Lo an da - Sob a direção de PaiFrancisco de Loanda.

Le g ião do Po vo da G u iné - Sob a direção de PaiGuin ê ou Zun-Guiné.

Pelo tato de que :,na época que ora atravessamos,não existe quase nenhum dos antigos escravos oriundosdos povos Bantus, Nagôs, Gêges, Guinés, ete .. a mistu-ra dos cultos fez-se de tal maneira, que não se pode iden-tificar verdadeiramente .a essência do que roramreal-

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mente esses cultos, que divergiam entre si , tanto na ror -ma. icomo na evocação das suas entidades espirituais ; as-sim, era sabido que os Nagôs e S Gêges não ' evocavamespíritos dos mortos ou Eguns , trabalhando apenascom os seus rixás e os Exus , ao passo que os Bantustrabalhavam com todas as evocações , isto é: tal corno sepratica hoje em dia no Kardecísmo , evocando os espíri-tos de desencarnados , misturando o seu ritual, aos cul -tos: ameríndio, católico etc . '

COMO SE FAZEM OS SACERDOTES OUINICIADOS DO CANDOB É

o Cand o blé nada mais representa do que uma Có -pia fiel do que se praticava antigamente com respeito aoCulto Pagão das Divindades , por eles cultuado no seuponto de origem , e que embo ra assemelhando-se em tudoA uma -forma de Espiritism o, se personaliza de um modotodo especial, o qua l, por meio . de gesto s, cantos e danças,entremeados d e rodopios com fundo cabal ístíco, numacoreagrafia es-sencialmente polícrômíca e folclórica, sãodançados e riscados os s eus ritua is, ao som dos Ataba -ques , Macumbas , Agogô s, Ta m b o res, Ru m p is, Agês , Ada-lás, Xaque- x aques , etc

Essas apresentações representam o simbolismo deatos heróicos e bárbaros praticados desde um tempo re-moto impossível d e determinar -se, e que , segundo eles ,foram praticados po r suas Divindades ; e era desta for-ma pela qual melhor podiam afogar a s mágoas e cruci -antes saudades de sua s pátrias longínquas.

No aruiobl é o chefe de terreiro é o PAI DE S 'tOe como tal possui todas as c àracter ísticas de mandante ,com respeito indumentária da qual se , util iza para apráti ca do seu ritu al. O Pai de Santo ordena as ma-c u m ba s , c u rim b as ou cançir a s , durante as q uaíssão at endidos t9dos 08 filhos -de fé .

A UMBANDA - ATRA S , DOS -: :stCULQ S 9

É ele o encarregad o de ídentíücar no a parelho dosmédiuns , o Orix â que baixou n q terreiro, a fim de pres-tar- lhe todas as homena gens. li: e le ainda o responsáveldireto Ipelas demandas espir ituais ou mate riais qu por-ventura possam surgir , quando e xistirem desavenças en.tre os médiuns.

ele quem pratica a adivinhação, e procede ao jogodos Búzios, exercendo ainda o curandeírísmo, receitan-do e dando passes. O período de iniciação de Paide Santo é por demais demorado, e muitas vezes nãoconsegue atingir ao grau máximo do sacerdócio , devidoàs grandes responsabilidades que tem que assumir jun-to aos seus Orix âs,

Para dar ajuda aos Pais de Santo ou Mães de Santo. tr 'ins uem-se o s Ogans e os Cambonos, quando fazemparte do setor masculino ; e, Pequenas Mães, Jebonans eSambas , no setor feminino.

. Fazendo parte do terreiro, vêm a seguir os Filhos ouFIlhas de Santo, que são os médiuns já desenvolvidos ouem desenvolvimento, que cedem seus corpos a manifes-tações dos Orixás. . ... Só podem , no entanto, praticar verdadeiramentetodo ? .ritu l, aqueles que têm cabeça feita, ou cruzadaem varias linhas

Como parte do ritual, existem os pontos cantados eriscados , os quais são puxados ao som dos instrumentosque fazem parte d a orquestra.. . . O tros pr ceit?s são necessários para uma perfeitaimciaçao nos rítuaís do Candobl é: Dar comida cabe - , Dar o amalá (comida de santo), Fazer Filho ou

Filna de Santo , Iniciação dos Iaõs (fazer Mães deSanto ou Babás) , etc.Várias são as fases que precedem à iniciação das

taôs. Na primeira, é feita a oferta ou despacho a Exu EM de Exu) , utilizando-se nessa prática o sacrif íc iode inúmeros anim ais, tais como : bode s, cabras , galos ,pombos , gal inhas de angol a, tudo de acordo com as pre -

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5 AL U I Z 1 . 0 F O N T E N E L L li:

e rêncías das entida des que deverão incorp orar' nessemédium . Esse rit ual é feito dentro das camarmhaslugar apropr iado par a esse fim, no qual as ín íeianda spermanecem pel o períod o de dez esseis dias .

. Na seg unda fase, é a aparição em público pe la prí-m I ra vez, onde se faz a cangira ou macum ba indo de -pOl para noyo' estágio nas cama rínhas, para' ap rendero ritual , e a l íngua africana .

Fina lmente, volta a Iaô à cangíra, perfeita menteap a , para exercer a sua fun ção corno caval o de u

rixá

Como índum entár ía que os distinguem pe rfeita-

mente nos seus trabalhos de evoc ação a os seus de usesutilizam os praticante s do Candoblé , variadas v esti:mentas, na sua maio ria colorida s, tudo de acordo coma vontade d o seu Or ixá. O s homens apresentam -se emgeral vestindo urna calça comum, e b lusas de cores ber-rantes , usando em volta do pescoço colares e >enfeitespróprios, cond izentes com a li nha na qual traba lham.

As mulhere s, vestem-se de baiana, usa ndo anáguasbatas e panos da co sta, calçando sandá lias, usan do nacabeça turb antes e torsos de seda.

Eis, em s íntese, a representaçã o verdadeira d o que o Candoblé cultuado no Estad o da Bahía, e em t ornodo qual fazem-se os pi ores mistér ios, confundind o-ocom a magia negra ou Quimbanda, indo de encontro auma religião que é, na sua essênc ia íntima, um verdadei-ro culto pagã o.

CAPÍTULO XII

COMO DEVE SER CULTUADA A VERDADEIR A'UMBANDA . SUA VERDADEIRA DIVISÃO

Conforme decl arei no primeiro capítulo dest e livro"que iria discorda r por completo de todas as t eorias e con -ceitos qu e da Umband a fazem aque les que se diz em eu-tendidos , e mesmo, dos que a julgam de um modo desai-roso; quero agora, mostrar-lhes o meu ponto de vista e a maneira como concebo o culto de uma Umban da cons -cientemente sincera , honesta e verdadeira .

, Para ,co 1eça r,dividire i este tern a em várias partes;e a proporçao que as ,for descr evendo, ire i ao mesmotempo fazendo co mparações e diss ertaçõe s, que julgoimpre scindíveis par a uma perfeita compreensã o por par-te daquele s que porventura ainda nada conhecam deUmbanda.

INTERPRETAÇAO : - Em prime iro lugar, a Um-banda de ve se r, por todo aquele que se de dica a o seuculto, interpretada de um modo especial, perfeitamentecondizen te com a sua verdadei ra tmal ídade , isto é: re s-peitada tal corno s ão, todas as demais religiões.

A religi ão, em hipótese alguma, ser viu de base p aramenosp rezo ou falta de respeito. Os t emplos de qual-quer n atureza devem ser respeitados e tidos corno umambient e onde se procu ra, na oração ou n a medit ação,urna apr oximação d e Deus . Quando se entra em urna greja ca tólica, todos o faz em com a máx ima d ecência. com compreensão de verdadei ros crentes. Entretan

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5 LUI ZI O FONT N L L

to, tal não se dá com a maioria dos que freqüentam"centros espíritas". O mau e spírita julga que pelo fatode se tratar de uma sessão espírita, não se deve dar amínima importância, e o respeito ' é coisa que não existe.Acreditam muitos, ou melhor : crê a maioria dos quepraticam ou freqüentam o esp ír ítismo, que pelo fato delidar-se com espíritos, ' são estes obrigados a "acertar"ou desvendar o futuro de quantos recorrem às suas con-sultas. Por outro lado, nenhuma consideração é dadapor parte dos consulentes ao ."Guia" que está manifes -tado no terreiro, em virtude da falta de bom senso e,muitas vezes, da educação, da falta de ordem e da faltade bons principias . .

Já se foi o tempo em que o espiritismo era tido como feitiçaria Refiro-me à própria Umbanda. Agora aconcepção que se está fazendo dessa crença é bem outra.Entretanto quando um indivíduo passa por uma sériede sofrimentos, quando tem a sua saúde abalada, e; ten-do recorrido a uma infinidade de médicos, estes dão acausa como perdida, aí então recorrem ao espiritismona certeza de que ele será a sua tábua de salvação. Mui-

'tas vezes a just iça divina faz com que se consigam gran-des resultados, mas ... o que acontece é sempre a velhaingratidão O indivíduo, completamente restabelecidodá o seu clássico pontapé, e o pobre médium que muitadas vezes sacrifica até a sua própria saúde, é tachado demacumbeiro e é enxovalhado de todas as maneiras.

No meu m? o de entender, a mbanda deveria pas-sar .por uma serre de reformas, ate que se enquadrassedevidamente numa condição idêntica ao que se observaem todos os cultos rel igiosos. Deveriam erguer-se tem-plos, dirigidos por homens de bem, que a cultuassem

.c? todos os rigores de uma condição perféitamente 50- íáv l e dentro de uma moral profundamente sã .

" . ORGANIZAÇ O: - ,- , Um Umbanda para ser per -. _e tª: ent . organ ízada , deve ria con te r [unto aos seus

A -UMB ND ATRAWS D OS · S CUL OS 5

centros um cer to nú me ro d e el emen tos p er feitamente.eonhecedores do assunto; bem como, estar entregue às.autorídadeacompetentes a questão do seu corpo medi-· único , o qual só poderá constar de indivíduos de moral'elevada, para evitar que pessoas de mau caráter ou con- dições físicas duvidosas, pudessem intervir e deturpar a· perfeita finalidade dos trabalhos. Deveriam todos os mé-diuns ser examinados por uma junta médica, a í de

.evítar-se a questão do animismo ou da fraqueza cerebral,

.que acarreta muitas .das vezes o ingresso nos manicômios . lguém poderá contradizer-me nessa minha concep-

ção , baseando-se no fato da Umbanda ser considerada

como religião, e corno tal , não se conceber a interferên-cia de autoridades policiais e nem tão -pouco de médicos.·Entretanto, estou convicto de ser uma necessidade ado-tar-se essas medidas, não só em benefício da coletividade ,como também para evitar certo s abusos que bradamcontra a opinião geral . A Umbanda , por se tratar de

·uma religião que está sujeita a fortes vibrações espírí-.tuaís, tanto do lado bom como do lado mau, pelo fato ,de lidar-se com mundo espiritual, não isenta . de en-contrar espíritos fracos, que se deixam arrastar inconsci -entemente no terreno do h íster ísmo e das fraquezas ce-

..rebraís. : . _ . ,:. . , "

MODALIDADESDE TRABA L HO: - Deveriam serinterpretados os trabalhos que se executam na Umban-

'da , por dois modos: um, interpretado pelo lado cientí-fico; e o outro, pelo lado rel igioso.

Os trabalhos a serem interpretados pelo lado c íen-- tír íco, deveriam constar de passes , curas pelos diversos·processos, ínelusíve operações espirituais ; nos quais se'comprovaria a existência de forças superiores que muí-: tos - aindadesconhecem , por n ão terem tido a felicidade-de trabalhar numa Umbanda integralmente perfei ta.

Quanto aos trabàlhos a serem inte rpretados 'pelolado re li gioso , deve riam constar d e doutrinas e exp la -

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terreiros assim concebo o culto da Umbanda, o qual-me propus-comentar nesta obra.

COMO PRESTAR A VERDADEIRA CARIDADE:Desde quê o médium sejaíntegro na sua condição, acaridade pode e deve ser prestada de qualquer maneira,em qualquer parte, bastando apenas que as pessoas quese reúnem para tal fim, encarem essa questãopuramen-·te pelo lado espiritual, e nunca pelo lado material. A-cura de obsessões, de moléstias, de perturbações de todaespécie, terá resultados satisfatórios, os crentes prí-·marem pela observância dos preceitos que acompanhamtodas as manifestações espirituais. A caridade dentroda Umbanda, não deve ser objetode apadrínhamentos·e nem tão-pouco privilégio somente entre amigos. Mui-tas pessoas recorrem à Umbanda, julgando ficarem aco-bertadas de castigos e provações, simplesmente porque aela recorrem, embora trazendo nos seus corações a mal-dade, a inveja e a corrupção. Estarão cometendo umerro . lamentável; pois, a verdadeira Umbanda, quandopraticada por elementos verdadeiramente sinceros já-mais acober ará essas pessoas e os seus erros, sem' quea regeneraçao ou o arrependimento seja na realidadepuro e sincero.

A verdadeira Umbanda ensina o caminho do sacri-fício ;,e o modo como poderão ser resgatadas as dívidas,baseando-se unicamente nos princípios dasLeis Divi ,-onde não paga o justo pelo pecador.

INDUMENTÁRIA: - Numa:perfeita organizaçãode Umbanda, a indumentária seria um fator primordial..Todos os seus médiuns deveriam obedecer a um únicopadrão de vestímenta, a qual constaria apenas de Uniuniforme branco (calça e blusão) para os homens, e balandrau e calça para as mulheres; tal como se vê.em diversas organizações que primam peladecência dos,-seqs.trabalhos.

A UMBAN D A ATRAV Jt S D OS SJ : C ULQS 7

Sob a questão do uso dos instrumentos de trabalho,taís como: pembas, ponteiros, curíador e s etc restrin-gir-se-iam pelas próprias entidades, e em sessões sempúblico, por se tratar de arte mágica , e por essa razão,não facultado aos simples assistentes.

ORGANIZAÇÃO DE TEMPLOS, CENTROS, TERREIROS ETC.: - No meu pontode vista deveria serabolido o uso de imagens católicas, e os altares cont-riam apenas uma simples cruz de madeira, que simbo-liza a fé e os pontos esot ér icos e ca õausticos re-presentativos dasforças próprias de cada entidade. En-toar-se-iam hinos e cântícos próprios, que condizem per-feitamente com a evocação das entidades. Estabelecer .-se - ía m condições regulamentadas para as diversasm o-dalidades de trabalhos, e um corpo clínico deveria ser.mantido, para a perfeita observância do: disposto nosseguintes artigos do CÓDIGO PENAL BRASILEIRO.(Decreto -Lei n.o 2.848, de 7 deDe z emb ro de 1940 e 6. 026J

de de Nooembr o d e 1943 ):

Do s c rime s contra a sa úde púb lica :

Exercício ilega l de medicina, arte d en tár ia ou [arma cé n -tic a.

Art. 282 - Exercer ainda que a titulo gratuito, aprofissão de médico, dentista ou far-macêutico, sem autorização legal ouexcedendo-lhe os limites.

Charlatan ismo - Art. 283 - Inculcar ou anunciar curapor meio secreto ou infalível.

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ALUIZIO FONTENELLE·

Cu ra ndei rism o - Art. 2H4- Exercer o curandeí rísmo:

I - pre screvendo, ministrando ouaplic ando, h abitualmente, qual-quer subst ância;

II - usando gestos, palav ras ou qual-quer outro meio;

III - fazendo diagnó stico .

Para que as práticas da Umbanda não entrassemem choque com o que prec eitua o Códig o Penal Brasí-leíro ; por não s er possív el conceber -se um ritual perfei-to sem o us o de g estos, palavra s cabalísticas e outro smeios empregados nas diversas' modalidades d e traba-

.lho, que de outr a maneira não pod eriam ser perfeita- omente conce bíveis, de vez que n ão é possível dar-se pas -ses fluíd ícos sem a mím ica ad equada, necessári o se tor -naria que as autoridades competentes examinassemesse ponto de vi sta su mamente religioso, encarando-onão como crime , e sim como um benefício pará a ' cole-tividad e.

Apesar de haver uma certa condescendência porparte das a utoridades, ne sse ponto de vist a; ainda as sim,muitos centro s têm-se encontra do e m grandes d ificul-dades , e não for am pou cos os cas os de prisões preven tí-vase me smo de con denação d e médi uns que nada maisfaziam do qu e pres tar g randes benefícios aos nece ssita-dos. bem verd ade que a exploraç ão e o ab uso cam -pejam em toda pa rte; e por iss o, necessári o se tornauma medida extrema ne sse sentid o, e, estou certo deque os ve rdadeiros U mbandistas , os de nodados s ervido-res da s eita, primarão em coo perar para o engrandeci-mento d e. uma Umbandapura, banindo do seu meio osfalsos e corr uptores.

A UMBANDA ÁTRAVÉS os SJl :CULOS - 9

Se qui sermos enca rar a Umban da pelo lado reli gio-so, devem os unir -nos mutuamente, e podemo s fica rcert ?s de qu e ela progre dirá inco ntestave lmente, por sersublime em todos os pontos de vista.

Por outro l ado, se quiserm os en cará-Ia sob o pontode vista cien tífico , muito teremos que l utar, para pro-var à humanid ade. inteir a que a U mbanda não abrigaem seu .seio a prática da f eitiçaria, e o.atraso que acarre -ta a mI tura de cre os superst iciosos provindos dos po-vos afr lCan?s. , rec m os m ostrar à ciência que aUI?ba da cíent íríca e uma realidade, e q ue n ão existe

-m sténo algum . as s uas prát icas, uma v ez que a pró-

pna medíc ína ja conseg ue curar enfermi dades utili -zando os fenômeno s da a uto -s uge s tão da te lepatiado hipin o tismo etc etc. ' ,

Se a Medicina é uma ci ência, a U mbanda tamb émé em dup la modali dade: CIÊNCIA E R ELIGIÃO .

A UMBA NDA DENTRO DA SUAVERDAD EIRA DIVISÃO

Pelos inúm eros trabalhos apresen tados sobre a Um-banda, fe itos por m uitos escrit ores e ent endidos no as-sunto , quero neste capítul o mostrar a m inha discordân-cia, na parte que se r efere à divisão dessa s eita.

Sobre essa Umbanda co mum que se pratica nos inú-meros terreiros e xistente s no Brasil essa Umbanda mis-tificada e mis turada aos cred os fe't ichistas conhec idoscom os nomes de a ru io b lé C a nge rês Q u imband aetc., estou de ple no acordo com a divi são da mesma e msete (7) linhas; e ntreta nto, segundo as comunic açõesque me foram dad as por en tidades do Astral trabalha -dores das falan ges de preto s velhos - caboc los' hindus eaté mesmo p elos pr ópri os E XUS, á essa d i isão sofreuma severa mod ificação.

Não' é meu de sejo criar uma no va religião , conformeexpliquei anteriormente; no eritanto,dõ que ' faço .ques-

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160.•

tão absoluta é de que,a partir deste momento,-taquele que procurar dentro da Umbanda uma finalida-de digna para a sua própria evolução material e espir í-tual, procure como raciocínio próprio de cada um, ve-rificar exatamente a distinção que existe entre uma eoutra concepção, de vez que não é possível voltarmos aoprimitivismo das religiões fetichistas, quando podemosencarar essa questão por um lado mais humano, maissociável, mais condizentecom a nOSSa cultura atual ecom o progresso que se verifica em toda a condição hu-mana. Os próprios espíritos evoluem, e por essa razão,eles mesmos sãoos primeiros a mostrar os erros que secometem, embora que involuntariamente, quando osev'ocam?s, na ânsia de novos desígnios. Que se aprendaa respeitar as LEIS DIVINAS, numa prática verdadeira-mente consciente, são os desejos das entidades do bem,que nos trazem as luzes necessárias ao aperfeiçoamentodo corpo e do espírito.

I

Para maíorclareza no que concerne à divisão daUmbanda, a qualchamarei de UMBANDA E OTÉRICAE INICIATIC:A, farei as devidas comparações entre umae outra, à medida que for descrevendo suaslinhas; en-tidades etc.

Dívíde-se .a Umbanda Esotérica e lniciática em 2partes principais, chamadas REINOS. Esses reinos, obe-decendo à fórmula esotérica UMBANDA, significamduas forças: o bem e o mal, ou ainda: o CÉU, pólo p -

sitivo, principio ativo masculino; e, aTERRA, pól o ne -gativo, princípio passivo feminino. A essas duas forçasdenominam-se: REINO DE. OBATALA e REINO DEODUM .. Esses reinos estão constituídos de 7 cortesprincipais, as quais, por sua vez,' rormam as. subdivisõesque constituem as 49 (quarenta e nove) línhasíntegran-tes de cada uma dessas forças.: Para um.exemplomaís

A .UMBAND,A. AT :RA W S ,nOS , IÍlCULOS

compreensível dessa divisão, vejamos o quadro na pági-na seguinte, que mostra o RE,INO DE'OBATALA, ou CÉ

Pelo exposto, o REINO DEOBATALA comanda7cortes, as quaís, por sua vez, comandam as7 linhas deUmbanda, que integram a CORTE DE ARUANDA .

In tegrando a CORTE DE OXALA ou de JESUCRISTO, vem al. a Linha, denominada Linha de5 1 0 ,também com o denomínatívo de Linha de Oxalá, con

OBATALA

ino di D u J

Pai - Filho - Espírito Santo I ,.

.,C ORTE DE O XAL As : . - - -.

IJesus Cristo I

CORTE DE CORTE DE CORTE DEOXUM SÃO GABRIEL SÃO JOÃO

Maria Santíssima Arcanjo' BAPTISTA(Profetas)

. I I ICORTE DE CÕRTE DE

SÃO RAFAEL CORTE DOS ANJOS SÃO MIGUELArcanjo E SERAFINS Arcanjo

I I

,, -CORTE DEARUANDA

•- - - 7 Linhas de Umbanda '' '-' '' -' ---'-'..- ..

tituída por espíritos das inúmeras raças habitantes naTerra (desencarnados), inclusive pretos velhos, padres.frades, freiras e espíritos evoluídos (eguns). Essa linha·é .d ír íg ída por Jesus Cristo, e é composta 7 íalangesformando. legiões . Está assim constítuídar..

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6

l.a LINHA - DE SAN TO OU DE O XALA:

Legião de Santo AntônioLeg ião de São Cosme e São Dam iãoLegião de Santa Ri ta de â ss i -

Legião de Santa CatarinaLegião d e Santo ExpedictoLegião de São Francisco de A ssi s s e mírombaLeg ião de São Be ne d ito ou Bene ze t.

Integrando a CORTE DE OXUM Maria , Sant íssi -m a) , vem a segu ir a 2< 1 Linha , LINHA DE IEMANJÁ

ou IAMANJA, assistida e dír íg ída por N. Senhora, mãeele Jesus Cristo , integrada por 7 legiões , assim constí-tuídas:

2 \\ LINHA - DE IE MANJA ou IAMAN JA:

Legi ã o das Ser e ias - Sob a proteção d e MamãeOxum ou A xum.

Legi ã o das O n d inas - Sob a direção de Nanã ouNanã Buruquê (S ant Ana) .

Legião das Caboclas do Ma r - Sob a orienta ção edireção de Indai á ,

Le giã o âas Caboc las dos Rios - Chefiad a porIARA (Deusa dos Rios) .

Legião dos Marinheiros - Sob a chefia de T a rí m â Legiã o dos Calungas - Dírígída por Calunga ou

Calunguinha .

Legião da Estrela Guia-Sob a dire ção e proteção de S anta Maria Madalen a .

Integrando CORTE DE SÃO JOÃO BAT ISTA ,surg e a 3 a LINHA - DO ORIENTE , constituída ta m-bém de 7 leg- s com -as seguintes denominações :

A U MB AND A ATRA V g;S DOS SltCULOS 163

s a LINHA - DO ORIENTE:

Le g iã o d e Za rtu - Comp osta das fa langes dos po-vos hindus, chef iadas pelo p róprio artu (Che -fe Indiano) .

Legião d e José de Arim a téi a - Integ rada pelas ta-langes de Médicos e C ientistas .

Le gi ã o de Ji m ba ru ê - Constituída por espíritos deÁrabes, Marr oquínos e outro s povos asiáti cos.

Leg ião d e Ori d o O rien te - Integ rada pelos povosdo Oriente, pelos Japoneses, Chinese s, Mongóis,e povos que habitar am a Groe nlândia eaAtlântida (desaparec ida).

Legi ão d e Inh o ara iri ---. :Composta de Eg ípcios, In-cas, Aztecas, Caldeus e muitas outras raças jádesaparecidas .

Legião de Itaraiaci - Formad a pelas f alanges deíndios das antigas trib os Caraíbas , na região dasGuianas.

Legiã o. de Marcus I - Constit uída pel as falanges deGauleses, Fení cios, Romanos e demais raçaseuropéias .

Integrando a CORT E DE SÃ O GABRIEL; v em a 4 aLINHA -=- DE OXOCE, composta de 7 legiões, assim dis-criminadas:

4 - LINHA D E OXOO E: Deus da Caça - Oríxá dasMatas) .

Le g ião de Urubatão - Chef iada pelo Caboclo Uru-

batão.Legião de Amribó ia - Chefiada pelo Caciq ue Ara-ríbóía .

Legião Caboclo das 7 EnC1 u z ilhadas - Chefia-da pel o Caboclo das 7 Encruzilhadas , tambémdenominado C ab oc lo d a s 7 Mata s , que tem aseu cargo a direçã o das ta langes dos povos ha-

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166 - A L U I Z I O F O N T E N E L L E

CORTE OXALA '- Planeta SATURNO - Línha de. Santo ou de O xalá.

QORTE I) ili;OXUM - Planeta V :tlliUS- Linha de te-manj a ou Iamanjá.

CORTE DE SãO JOÃO BATI STA - Pl aneta .TúPITER- Linha do Oriente.

CORT :EDE SÃO GABRIEL - Planeta MERCÚRIO _Linha d e Oxoce,

OORTE DE SÃO R AFAEL - Planeta SOL - Linha deXangô

CORTE DE SÃOMIGUELARCANJO- Planeta MARTE, - Linha de Ogum .

CORTE DOS ANJOS E SERAFINS - Planeta LUA ---Linha de S. C ípríano .

I

Vedamos agora a divisão da 2 parte, n a qual s econcebe na Umbanda Esotéri ca e Iniciática , o REINODE ODUM ou da Terra.

O organograma a seguir , mostra-nos o reinado doPOVO DE EXU , no qual LÚCIFBR, o Ma ioral coman -da as suas sete linhas de gentes do Mal integradas po r49 EXUS chefes. Estes, por sua ve z, são os dirigentesdas falanges de Exus, tal como na divisão do REINODE OBATALA' \ os ORlXAS são também os principai schefes.

Fazendo parte das falanges domal, existem integran-do o REINO DE ODUM , .7.linhas de Exus , as quais ,dJr,igidaspelo Agente Mágico OMULU ou OMULUM , incumbido pelo mai oratparadirigir todo o povoque t rabalha nos cemitérios. Algumas Umbandas e mes -mo a Quimbanda , costumam faze r crer que essa entidade

do mal é

São Lázaro; no entanto , a verdadei ra entida -de Omulum é o DEUS DA PESTE , tal como semprefoi conhecido através de inúmeras religiões , e principal -mente , da verdadei ra ' Umb anda.

ORG ANOGRAl\1A DA S FALANGE S DO

POVO DE EXU

LÚCIFER - MAIO AL

,PUT SA TA. '1AK IA E xu Ma ra bô AGALIERAPS- E xu Mangueira .

ASCHTAROTH- Exu-R ei dasll Z BUTH - Exu -Mor Encru zilhadas

TARCHIMACHE - Exu Tranca . SAOA THANA - Exu VeludoRuas

FLERUTY - , Exu Tlrirl NESBmOS - Exu d os Rios

'--o

SYltACH - EXU CAL UNOA - ONOMO - CALU NOumHA

BECHARD - E xu dos Ventos (V entania)F'RIMOST - Exu Q uebra OalhoKLEPOTH - Exu P omb a-O lra ( Mul h er de 7 e XW KHIL - E xu' d as 7 Cachoei rasMERJFILD - E xu das 7 Cr uz esCLISTBERET - E xu Tr onqueir a (ou Tronquê ra)SILCHARDE - E xu das 7 Po ei ra sSÉGAL - E xu Gira-MundoHICPACTH - Exu das M at.asHUMOTS - E xu das 7 Ped rasGULA ND - E xu M orcêgoFRUCISSIÊRE Exu do s Cemitér iosSURGAT - E xu das 7 Por tasMORAIL - E xu Sombra . (ou das 7 So mbras)

FRUTI MI RE - Exu T ranca -TudoCLAU NE CH - Exu da Pedra N .egra .MUSI FIN - Exu d a Ca pa Pre taHUICT OOARAS - Exu Mara á

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168 A L U I Z I O F O N T E N E L L

Sobre a constitu ição e descriç ão das falanges domal, não farei aqui nenhum coment ário, pelo fato d enão interessar-nos absolutamente e ssa parte, de vez que ,foge inteiramente à finalidade d esta obra. Entretanto ,se o caro leitordesej ar conhe cer profund amente a atua -çãodessas falanges , poderá tomar conhecim ento atravésdo meu liVTO 'á publicado e largamente difundido , oqual, como título de "EXU", traz de uma maneira ver '

dadeiramente perreí ta, todos os comentários caracte -.rístícas dessas entidades.

A seguir , poderá o leitor apreciar, através do orga. •nograma das falanges de Exus que trabalham sob a sordens dê Omulu ou Omulum , a divisão das entidadesdo mal, que dominam nos cemitérios.

ORGANOGRAMA DAS FALANGES DE EXUS QU E,TRABALHAM SOB AS ORDENS .·DE 01\1 :ULU '(ou'. OMULUM)

OMULÚ ou OMULUM- ·r--l...-_D_O_n_o_e:...-s_en_h ••.r..;.o;d••s c_em_i_té_ri_os--

SERGULATH (Exú Caveira) HAEI,. (Exú da' Meia Noite)

PROCULO (Exú Tatá Caveira) SERGUTH (Exú-Mirim)HARISTUM (Exú Braza) TRIMASAEL (E,,,í Pimenta).BRULEFER (Exú Pemba) SUSTUGRIEL (Exú Málê)PENTAGNONY '(Exú Maré) ELEOGAp (Exú das 7 Monta-

nhas)SIDRAGOSUM Exú Caran- DAMASTON (Exú Ganga)gola)MINOSUM (Exú Arranca-Tôcó) nIARITHIMAS (Exú .Kami-naloá)BUCONS (Exú Pagão) NEL BIROTH (Exú Quirombô)

AGLASIS MARAMAEL.

xú do .Cheiro (Cheiroso) Exú Curadô

CAPITULO XIII

TRABALHADO RES DA LINH A DO OR IENTE -ENTIDA DES HIND US, SUAS INDUNMEN - '

TÁRIAS E RITUAIS

Este é um dos capítu los d e grande inte resse no quediz respeito às man ifest ações espírrtuads, pelo fato d eque os h indus for am quem mais de perto cultuou . eainda coltua a cre nça espir itual, sendo talvez a tnd íao berç o da gr ande MAGIA. Por esta razão, os Guias spi rituais hindus , com a suprema sabedori de seusespíritos gra ndemente iluminados epossUldo res d egrande f orça fluídíc a, têm conseguido verd adeiros mí-:l gre.s, no tocante a cura s e operações astra is.

Antes de entr armos nas conside rações verdadei ra-mente espi rituais da s entidades do e spaço que , integran -tes da 3 ? Linha - do O riente , se ap resentam nas se s-sões de U mbanda, como Híndus , Maometa mos, Rabisetc: quero pri meir amen te tratar dessa falang e orien-tal, desd e os prímórdíos das ci vilizações, onde vamosencontr ar a s primeiras religiõe s hindu s, suas crenç as"seus deuse s, etc.

os POVOS E AS CIVI LIZAçõES IDNDUS

Pelo q ue se conhece através d a histó ria religi osa daíndia, sabe-se que o caráter do povo indi ano é defi nidode um modo incompl eto. O s híndus possuem um de s-prendi mento q uase tot al pelas causas terrenas,' e epca-_ram. a vida materáal com um c erto desprezo, tornando "

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a :ALUIZIO ONT N L L

" Os h índus das épocas prímítív s possuíam um vivo,sentimen to -da Natureza , e embora conceben do u m únic oDeus criad or de tod as as coisas, prestavam culto a umainfinid ade de outros deuses, os quaís tinham por funçãodirigir os próprios fenômenos da Natur eza. O Deus tuira por e xemplo, lançava o raio e 'Certo s fenômenosatmosféric os, assim como Agní representava o fogo .Sú rya representava o Sol, e v an ma era t ido 'Comoumdos mai s altos atributos espirituais, n as castas védicas.

A magia é no ent anto a expres são máxima da reli -gião po pular d os hínd us. O s eu valia r eligios o, em vezde po ssuir efeit os parti culares de cura o u de proteção,

tem po r objeto a preservação da e xistência, fornec endoa força n ecessária: para a conserv ção da pró pria vida ..Pelo fa to de cultuarem os povos híndus , grand emen ,

te, a s artes m ágicas , as entidades espirit uais que traba-lham n as suas falanges po ssuem um elevado grau deadianta mento, e por essa: razão, quando q ualquer delesque s e manife sta nas sessõe s de Umb anda, praticaseus rituai s, pode-se estar certo d e que grande resul -tados se o btêm.

Segundo eles, um amuleto de ouro dá longa vida enova s força s. A sua terapê utica espiritu al por meio debebe ragens m ágicas , cura radicalm ente; e , se a mo rteestá próxima , a sua magi a pode fazer voltar a v ida.

Nas Umb andas que se p ratic am ultimamente, ne mtodos os mé diuns são capazes de receber como entid a-des os elemen tos das I alanges dos POVo ,shindus. En

tretant o, quando a contec e que um bom médium pod e.trabalhar c om esses O rix ás , os seus trabalho s não po-dem absolutam ente enquadrar-se com as manifestaçõe scomuns d as dem ais entidades d o espaço.

_Os hindu s, por ser em en tidades de grande luz espi -ritual , _epossuidore s de poderosa forç a fluídíca, sã ? tam-bém por demais exige ntes, e seus tra balhos e man íresta -

A UM BANDA A TRAVÉS DOS S ÉCULOS 7

çõ requerem un : preparo tod o e p ecial, sem o qualnão pode ser po ssível a su a evoc ç o

Seu ritual é em tudo ddêntíco ao que praticaram naterra, e e xigem um a índum entárí es e ial paraass 3:spráticas. A ssim, quando um bom. mediun: tem a di l :gír-lh e o subcon sciente ? a entidade hmdu podelarealizar verd adeiros prodig áos na ar te da medícína, dafísica, d a quím ica etc., bastan do apenas seguir religio -samente os seus precei tos e vontades.

Gostam as entid ades hin dus de vest ir a índumen -tária p rópria do seu p ovo, isto é o uso, do turbante edemais pe ças do seu vest uário, bem como , utilizam emseus trabalho s todo o mate rial pertencente ao ri tualda m agia, o qual só é conhecido através de uma perfeitainiciacão esot éríca,

- Incluem-se entre os povos das fa langes orientais , os Rao is uMuçu lm1anos , Ar abes , UMa rro quinos , Ja -poneses , C h ines es , Mo ng óis , Egipc iano s , Azte -c s etc. os quais se encarr egam de d esvendar paraos dr ent s os altos sezredos do Oc ultismo, Esoteris-mo C artomancia Quir mancia , Astrologi a, Numero lo-gia: Grafo logia, Mag ia Me ntal, Alta Magia, MedicinaHom eopátic a, Medicina Operativa etc, et c.

São as p oderosas entidades hind s, as encar ega asdo e xercício da medi cina astral, e muitos c asos tem . s oresolvido s pelo b isturi doo.espíritos, quando a me dícínaterrena já não os pode resol ver.

Apr oveitando a oportun idad e 'Para o, e cerramentodeste capítu lo, quero dem onstrar de público , o m.euagradecimento si ncero à entidad e do A stral Supenorque m e acompanha, e que, atendend o pelo nome d e R BI K Y M NSU como meu "Guia Espi ritual"., metem dado a conhece r as maravilhas do mundo esp iritu l ,atra vés da su a fíl osofia sublime, dent ro da concep çaoperfeita, de uma Umba nda puramen te divi na.

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CAPITULO XIV

ORIXAS DA UlVIBANDA

Considera-se na Umbandacomo ORIXA , toda equalquer entidade do Astral Superior, que , na q ualidadede Guia Espiritual, é evoc ada nos div ersos ritu ais outrabalhos nos quaís se depositam a fé os altos destin osdessa seita .

Os Or íxás dividem-se em dua s categoria s ou clas-ses, perfeitamente distintas , de acordo com :0 estabele-cido pela thierarquia existente nos diver sos p lanos espí -rituais.

A palavra Oríxá tem a sua o rigem nos dialetos afri -canos , e por essa razão criou -se uma concepção todaespecial , para a designação das entidades , que dominamnas manifestações espirituais . . ' '

Pelos motiv :os que acarretam a ínr íltraçãodo cato -licismo nas nestes da Umbr unda, não só devido às im -posições do Tribunal da Inquisição , como t ambém pel odomínio exercido so bre o s negros, pelo s missioná rios

católi cos, considerou-se co mo fazendo pa rte da Supre-ma Oorte de Aruanda todos o s Santos que a Igreja Ca-tóliica canonizou ; entretanto, na verdadei ra Umbanda,qualquer esp írito purificado pode s e tornar um Or íxá,indep endenteme nte de ser ou não canonizado pelaigreja , bas tando para isso que tenha alcançado a sup re-ma gt óría da elevação espi ritua l.

A UMB Atr oA AT RAVÉS D 9S SÉCU LOS 175

Concebe-se na Umbanda a existência de . um DeusSupremo, que é considerado segundo a inte rpretaçãodada pelas entidades PRETOS VELHOS como o ,GANGA MAI I?R , ,chefe da Corte de Obatalá , e cujoftllho ., Jesus Cristo, e o seu ORIXA MAIOR ou Pa i dosOrixás

Pela divisão da U 'mbanda em sete 7) Cortes ; cou-be a cada en tidade a incumb ência de dirig ir como ehe-fe, o seu setor, de signando-s e esse chefe . pelo nome deORIXA , resultando daí a denominação desse termo

dada aos espíritos superiores que dirigem os diversoplanos esp irituais, sendo esses chamados ORIXASMAIORES , os quais por sua vez contam com o auxíliodos Or íxás Menores , que são justamente todos os inte -grantes da Corte de Aruanda ,

Pelo e xposto, conclui- se que os Oríxás Maiores sãotodas as entidades máximas que demandam dos PlanosSuperiores as suas ordens , e que Oríxás Menores , sãoos seus subalternos .

Para que um e spírito ati nja a condição de Orixá ,'necessário se torna que esse esp íri to ascenda aos deg rausmáximos na e scala espirit ual, qualidade essencial depurificação p erante o Supremo Criador de todas ascousas .

Qualquer espírito pode cheg ar a esse grau máximo,desde que , redimido totalmente de suas culpas, e , tendopassado pel os vários subp lanos e planos a escala hie -rárquica da esp írítualídade , chegue ao p onto primor-dial da pe rfeiç ão. .

Não p recisa se r considerado como Santo, na inter-pretação dada pela igreja católica , para um espírito setornar num Oríxá, pois , na Lei Espírita não é conhecidaessa condição, um a vez que apen as se conc ebe comoespírito de I tUZ,todo aquele que grangeo u de Deus asuprema ventu ra de eleva r-se perante ° seu concei tonas:cop.çUç{ e imp ostas pela s leis cármícas . . .

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7 ALU IZIOFONTENEh E

, Na escola da espíritu alídad e existem duas concep-ções perfeitas no que diz respeito aos espíritos , compre-endendo-se do seguinte m odo essa que stão:

Primeira: - Existem os espíritos puros propría -mente ditos, os quais integram a co rte m áxima do reinode Obatalá, sendo que e sses espíritos nunca passarampela fase da reencarnação; e , como tal , são consideradosArcanjos, Anjos e Serafins. Estes , são' chefiados por

São Miguel , que ocupou o lugar q ue era destinado aLúcifer , antes da sua derrocada fat al. Neste caso não seencontra inclu ído espín ito de Jesus Cristo, Pelo fatode que, a su a missão como fi Lhode Deus junt o à terranão desmereceu absolutamente a questão hierárquica daespíritualtdade, de vez que, segundo as leis divinas , ne-cessári a e tornaria a , sua vinda a est e planeta , naqualidade de um verdadeiro homem, porém , dmbu ído dequalidades puramente divinas, Como um verdadeiroDeus .

A essas e ntidades não s e deveria c h m r de ri -

xás e sim , de p ríncipes de Deus, pelo fato de que, ainterpretação dada ao Orixá, é de serem esses elemen -tos conside rados como espíritos que pas saram pelas di-versas fases da reenca rnação , e pelo fenô meno da LEICARMICA,atingi ram a plenitude de suas fo rmas espi -rituais .

Segunda: - Existe no s diversos planos espirituaisa segunda concepção que se faz dos e spíritos, sendo e sta, .a .designa ção de "EGUN ", que é dada a tod o espíritoque ab andonou o invólucro material, (esp írito de mor -to) e que está sujeito a várias encarnações, dependendoexclusivam ente do cumpri men to das lei s cármícas ,

Aos Eg uns que atingi ram a perfeição e spíritual Ihesé dada pe lo Altíssimo a con dição de tornarem -se "OR -XAS", derivando dai o c onhecime nto que se tema tra-vês da s práticas e rituais cultuados nas trmbandas,; de

A U l?A,NDA A TRAVE S DOS ,SÉC ULOS

que esses são os espíritos "GUl AS" e "PROTETORE S"que b aixam nos diver sos terreiros e centros esp íritas;

Por essa razão foram considerados ' pelos primei rospratican tes d a Umbanda , e mesmo na ma oria das re -ligiõe s fetichistas hoje existen tes no B rasil, como fa-zendo par te do seu cor tejo de divindad es, todos os s an -tos m á rtires recon hecidos pel a igreja católica. Entre-tanto os ve d adeiros "ORIX AS" da Umbanda não sãona re lidade somente es ses santos; e si m, todo e qual -quer espírito qu e possua Lu z Esp iritual e Força Flu í-dica " bastan te, para continuarem, como enviados ]:?eus, a prática d a caridade e os ensinam :z:ttos necessa-rios para a evolução do homem e do esp írito, contra aforca de "SAT:ANAZ",rei e senhor das t revas. Pa ra que houvesse ess e perfeito eq uilíbrio, foi queDeus lªI+çou sobre 'a face da te:ra " UZ Ç f\ UMBAN-DA", que forços amen te reunirá todos os e lemen tos do Cosmos Univers a l 'integrando-os numa ú nica condi-ção: "O .A:PERFE [ÇOAMENT OUNIVERSAL ".

Dia virá em que as próprias talanges do ma l se con-cretiza rão nu ma concep ção única, unindo-se aos bons,para que se cumpr am as Sagradas Escrituras unifican-do-se desta maneira o ú nico reino perfeito , que teveinício na forma ção dos mundos, quando Deus prometeuao homem O verdadeiro pa raíso , ou seja a "GLóRIAETE RNA".

Desta exposição, concluímos que: na Um banda,propri amente dita,seus Orixás Maio res são representa-dos pelos clhefes de Co rte s ao pa sso que seus r íx á s

Menores s13..0odos os espíritos integrantes do "POVO DEARUA.l\JDA ou Pri me iro Céu de conformidade comas explicaç ões dada s pela s própnía s entidades que cola-boraram n a, confecçã o desta obra.

Assim, pois, considera a Urn banda o seu reinado,tomando-s e pOJ , base a sua verdadeira divisão, integradapelas seguintes en tidad es:

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78 ALUI ZIO F ONT ENELLE

OBATALA: Chef e_ Supremo da Um banda, Deus, naconcepç ão de: Pai, F ilho e Espír ito Santo.

JESUS CRISTO - Filho iie Deus - Pai dos O r ix âs.

MA RIA SANTíSS IMA - Mãe de Jesus Cristo: - Chef eda Corte d e Oxum - (Oxum, rep rese ntando o ES-PÍRIT O SA NTO - 3 pes soa-de Deus).

ARCA NJOS: - São Mi guel, São Gabr íel, São Rafa el,São Ism ael.

ANJ OS: - Legiã o de milh ares de espíritos puros , inte -

grantes do Reino de D eu s.

SERJAiFINS:- Leg ião de milhares de espí ritos puros,chefiado s pelas legiões de A njos, s ob as ordens deSão Miguel .

ORIXAS .MAIORES: - Milhares de Espíritos purif ica- ,dos pela glória de Deus, inclusive todos os sant o sm ár tires canonizados ou não . pela igreja católi ca,que atingiram a plenitude de sua as censão esp iri-tual. Nes ta classe d e entidades estão incluídos osprofetas, os apóstolos de C risto e os reis sábios, que .na terra ti veram incumb ências d ivinas.

ORIX AS M ENORES : - Todo o Povo de Aruanda noqual se encont ram os Pretos Velhos , Cabocl os, Hín-duas e tc. etc., possu ídores de Luz E spiritual e Força Flu ídica , conside rados c om-o ENTIDA-DES ou GUIAS ESPIRITU AIS .

ESPíRITOS DE LUZ: - Egu ns qu e atin giram elevadograu espi ritual, embora n ão possuam a inda Força·Pluíd íca , e que também são considerados c omo Gui as Espirituai s . (Não são considerados comoentidades) .

A U MB AND A AT RAVÉ S DOS S ÉCU LOS 79

Como a final idade d este ca pítulo é descreve r apenasos orixás da Umbanda , deixo d e com pletar a escala es-piritual desta seita, uma vez que, iria trata r dos Agen-tes do Mal e dos espíri tos atrasados ou obses sores ,pont oeste que não condiz absolutamente com esta parte queacabei de citar.

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CAP ITULO XV

A M EDICINA DO ESP AÇO E O PO ER

VONTAD E - MA GIA - PASSES EOPERAÇÕES ASTRAIS

Exis te em todas as c ondições da vida h umana umapego demas iadamente acentuado, no que diz respeitoao i nstinto de cons e-rvação . O homem, te meroso damorte, p rocura p or todos m eios fugi r a essa condiç ãoimposta por Deus, e busca d e todas as ma neiras esqu i-var-se a tudo quanto possa influir na de rrocada da suaexistência m aterial. Entretanto; vários fa tores que di-zem respeito à VIDA CÁ RlVffCA têm poder domin antesobre a vida humana, aos quais o homem, absolut a-ment e, jamais poderá fug ir.

Não é somente o fator tempo, que influi nas con-dições físic as e materiais do homem. Grande parte dosnossos ma les físicos provém d as noss as mazelas mo-rais, de conformid ade>com o do gma m ágico, único e uni-versal, que está na ra zão direta da chamada Le i dasanalog ia s .

As grandes paixões huma nas, nas q uais a hum ani-

dade inteira s e ímerge são grandes causas p ara gran-des male s; e, de conformidade com a Lei CÁRMICAos peca dos mortais são assim d enominados, pelo f atode fazerem morrer física e pos itivamente os seres hu-manos.

A dor física , nada mais é do que uma condição im-posta à carne, para a regeneração d o espírito, emobser vância às le is que reg ulam a matéria. Os nervos

A UMBAND ,A 'ATRAV ÉS DO S MC ULOS 181

são os -veículos príhoípaís que regem esse fenôme no,e o homem lu ta tenazmen te, proc urando na cíência mé-dica, a e liminação parcial ou total do coeficiente deno-minado DOR . Entretanto, com o progresso q ue se ê vérírícando através dos sécu los, Deusvai aos poucospermitindo ao elemento h umano, a descoberta de drogase trat amentos médicos qu e nos permitem, pelo m enos,amenizar em grand e par te os s ofriment os físicos .

O fenômeno da morte é o responsável pela condi çãohumana, ria qual o homem busca o s lenitivos para

seus sofrimentos , e o bálsamo para as suas dore s. Lu-tândo tenazmen te contra essa forca implacável e de s-

truidora que aniquila e d estrói, e q ue,aliada ao f atorprimordia l que é a ação do t empo, procu ra a humani -dade sofredo ra, dentro da relig ião, uma explica ção sa-tísfatória e os m eios d e ajustar -se à lei inexorável Por outro lado, a ciência, Criado ra e ben fazeja, tam-bém, empresta um pouco da su a sabédoria com a fina-Íida de única de garantir , pelo menos a lgum tempo amais, a e xistência matéria, que representa a fontevital, da vida ma terial do elemento humano.

Por essas razões , dizem os e spíritas que a MOR- A \ t 1 DA DA ALMA ; ao pass o que outros, ín-terpretam- na das mai s variadas maneiras . Par a os sá-bios a morte não exist e por ser um f antasma revelado horrivelm ente pela ig norância e (f a queza dos Ieígos .A morte, entr etanto, é uma muda nça de estado , na qualo esp írito a bandona o corpo f ís íco para integrar-se pefeitamente em outra condição mais vantajosa e mais

perfeita.Para os crentes no espírítualísmo, a mort e nunca éinstantânea , devido a o fato de operar -se e sse fenômenoem gradações suces sivas, e lent amen te, tal como n osono, onde o espírito repousa ou s e transpo rta a regiões

do astral, fator esse perfeitamente co ncebív el nos tr aba-lhos de materíálízação

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8

De acor o com a s leis espi rituais, acre dita-se quea alma esteja presa à matéria, p ela sensi bilidade· eu.ma vez cessada essa sensibilidade , cessa a vida m ríal, ou melhor: a alma ou espírito afast a-se.

Pelos vá rios fenômenos p sicológicos, e mesmo pelostrab lhos que se proce ssam através do m agnetismo, hí-pnotIs:mo, etc., concebemos qu e o s ono ma gnético é u maletar gía ou m orte fictícia ) sendo portant o passível d avont ade hfuma? a. _No entan to, quando n um corpo seprocess a et enzaça.o ou o torpor produ z do por entor pe-cen es, tais como clorofórmio, éter, e tc., essa leta rgian:mtas ,:eze t ermm uma morte def initiva quando " porcírcun stãneísj, esp.eclals, a alma, se ntindo- .se satisfeitapelo seu desprenc tJmento pa ssageiro, faz como q ue umesfor ç.o para arasta r-se definitivamen te do s eu corpomater íaí.

M ito tem lutado a ciência médica em benef ício dahumalll.dade, ten tando extirpar a dor físic a· entretan tose analIsarmos esse f enômeno, iremos enc ntrar fat al mente um ponto de vist a que contraria sobremaneira asleis da pró pria N atureza._ Se procura mo s examina:- de tidamente es sa conc ep-

ç o teremos dOIS pontos de vista nos qu ís nos de vemosbasear :

Primeiro: Será p o ssí v el a bo lir -se a d o r co m o e m -p rerzo do ntorp n t s o u : do maç net ismo pa ra as o pe -raçoes ctrur çica s em ai eta r os fe n ômeno s físicos? . .

Segundo: Ser á po ssív el abo lir-se a dor com a p rá tic aà ?s ento rpecent es, no s ca s os d e curativos post oper ai á 1 1OS s u que es ses me s m os fen ô menos físicos venh am,a sofrer qualquer re a çã o? ..

. . Tan o no prim eiro como o seg undo caso, esses pon-tos d e VIst _p od m ser pe rfeí ta m s nts resolvidos; entre-tanto surgrrao a inda a lgumas considerações que deve mser levadas em conta, tendo-se po r base o seguinte:. , Empregando nas operações o Cl o rofór m io ou ou-

tro qu alquer entorpecen te, bem co o o magnetismo, va-

U MB ND TR VÉS DOS SÉOUL OS 83

mos verificar qu e, dimi nuindo a sensíbifidade, estamosdiminuindo a v ida, pelo fato de que, t udo o q ue tiramosdas dores físicas, influenci ará forçosamente em proveitoda mort e.

Por outro lado" se em vez de aplicarmos esses entor-pecentes nas op erações cirúr gicas, os aplicássemos noscurativos post-oper tóríos iríamos esb arrar forços -mente num con tra-sen so calami toso, pois, não seria co n-cebível qu e em det erminad os ca .sos, o pacien te supor-tasse devidamen te a d or. A í, entr aria a questão da m or-te, que é o comp lemento e ssencial do fenômen o da dor,quando essa dor a tinge ao gr au máximo que o se r hu-mano pode supor tar. P ortanto, a morte entra a exer cer·o seu domínio sobr e a matéria , quando a dor assume asua proporção máxima. A dor represen ta a luta d avida e, se a retirarmos totalmente d a condição hum anapelo adormecimento através de entorpecentes, uma ououtra cousapoderia acontecer: ou a mor te do pacien tesem a reação do organismo em vir tude da ausência d ador, ou então, entre o processamen to dos c urativos, ador voltaria e se tornaria cont ínua, seguindo-se o rit monatural da pr ópria Natureza.

Em se trat ando de espiritismo, mais uma vez asforças poderosa s do mundo invisí vel vieram a testar asupremacia do s espíritos, sobre os seres encarnados.Existe uma for ça essencialmente desconhe cida, e quepode operar os milagres tão comentados nas manifes ta-ções espirituais . Esses milagres sã o os que se con he-cem através da "MEDICINA DO ESP.A ÇÜ",onde as ta-

langes, tanto do b em como d a mal, podem perfeitamen-te resolver a questão do fenômeno denominado D or» ,I €ID a nece ssidade do emprego de qualquer ag ente ex-terior , que venha a intervir como paliativo no combatea essa condi ção im posta pelas leis de Deus .

espíritos podem operar e cu rar qualquer ser hu -mano, sem a inter venção do lorosa do corte, pelos P r ?

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8 ÁLUIZIO FO TE EtL

cessos materiais A medicina do espa ço embora muí -tos a desconheçam, está perfeitament e irmanada nesfenôn ieT ios que s e dizem espir ituai s, e hoje em dia, j áécomum ver-secam grande êxito, a realiz ação de opera-ções astrais e de curas tot almente radicais, de índiví-duos q ue esta vam in tegralm ente desengan ados pela me .díeína terrestre .

Aliado à medicina do espaço, está o po der da von-tade, no qual , o home m se nte, através de uma vibraç ãotoda esp ecial, as características de uma força tambémpoderosa, qu e' o anima e o condu z pelas sendas d a es-piritualidade. Es sa nova forç a dom inant e em todos o sseres, é a fé no poder curativ o das n t id ades a qual.grandemente acentuad a, dará ao elemento humano aconvicção e a certeza do ê xito tota l nas curas provoc a-dás pelos es píritos.

':DaIcomo aconte ce comumente no terreno de todasElS praticas e circunstâncias maten iaís onde o homempreci sa de um ponto de apoio' par.a se firma r, necessário.se to-:na <lu ele proc ure mant er a sua concep ção, tendoem vísta urucam te um . desejo forte e per feito, o qu al,baseado, uma fe Irre tn a ) possa conduzí-lo ao pe rfei-to domínio do seu proprio eu. A forca de von tade od:sejo de obter aq uílo que pretende , custe o quecus t r,da a h? e.m nov :as energ ias, e,uma vez c onvicto de qu ea sua e .e m aba a.vel,,grandes progressos se cons eguem . prátic as esp Tlt)U i s.Não é s ente o fator super s- lÇ que d eve, ínfluir nas condIçoes 'Umanas. Todo d IVldu,o ev era cul tivar essa força dom inante que re-stde n o l tlmo de cada um, e assi m, grandes progres sosFtlcançara n ter reno d as manifestações espi ritua is,,aque l que f zer d o seu subconsciente uma fonte deenergIas do mmadoras.

Entretanto, para qu e se acentue c ada vez mais ovalor das irradiações benéficas que acompanham o se rhumano na sua trajetó riamatér ial,oh omem pode e

A UMBA NDA A TRA VÉS DOS SÉCULOS 8 5

deve cu ltivar o pod er da sua m ente, na certeza de quenovos hordzontes lhe abrirão as portas a o bom senso eà razão.

medicin a espirit ual, quando acompanhada deforte vibraç ão, só pode trazer benefícios à humanidade,e estou certo que dia virá no qual grande s desc obertass e farão no terreno da medicina material , onde a DOR oassará a um plano de somenos import ância.• A evol ucão dentro da ci ência, há de forço samen tesofrer o seu pr ocess o de continuidade, e as gerações dofuturo não te rão que enfrentar as vicissi tudes dos sériosproblemas da DOR FíSICA . í então , o ho em ape -

nas viverá na ter ra em cumprím ento ao fenômeno daLEI GA RM ICA onde as futuras re encarnações. pass arãoa exercer-se d entro de um princípi o simples men te as-eensío nal.

Um ou tro fat or preponde rante na existência huma-na, o que diz respeito à MA GIA ou me lhor: a MAGI AESPIRIT UAL.

Desde os prírnórdíos da exístêncía do mundo , quea ma gia vem exercendo o seu domí nio sobr e os povos,baseando-se príncípaímen te s fenômenos q ue se dizemsobrena turaís. Entr etanto, a ve rdadeira mag ia, essamagia curadora e be nfazeja , nada mais representa doque uma condi ção imposta pe las forças da Na tureza, naqual o homem , possuíndo dons verdadei ramente supe-níores, pode p erfe itam ente íntegralízar-se em melhores

condições.Num a Um banda verdade ira e pura, a magi a tem asua g rande e p oderosa f inalidade. Um s gr ndesprincípios no qual s e fundame nta a acertada t eoria o SER O U N ÃO SE R , e stá justamente n a Alta Magra Todo aquele q ue conhecer perfeitamente o que sejaminfluências superiores, dom inantes na plano materia l,há de forçosamente c onhecer a s teorias e funda mento s

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8 L t i r z I o F O N T E NELL

nos qu aís s irman am as co ndições do homem peran te Criador de todas a s causas) o qual numa concep ção pu-rament e perfeita, nada mais praticou do que .a gr nde rt e mágic quando d eu início à formação dos mundo s.Por esta razão a Umb anda, quando pro fessada devid a-mente, dever á ser bem co mpr eendida , pelo fato de qu e,tuda nela se r esume unicamente num do gma, o qual sebaseia na s revelações e nos culto s da ALTAMAGIA.

Quem desconh ece o q ue sejam fenômenos e spiri-tuais, desco nhecerá tamb ém o que a magia representapara a evolução da hum anidade. T odo e qualquer tra-

balha espiritual , somente é c onheci do quando nele en-trar o fenômeno má gico, pois , magia e ciênc ia se co a-dunam perfeitamente.

O que os espíri tos p raticam , nada mais é do qu epura magia; portanto, necessário se torna que nó s.' osiniciados na U mbanda, procuremos m ostrar aos leig ostodos os porquês dessa ci ência, para q ue possam com-preender perfeitam ente os fenômen?s. que l g o es-pírito à matéria , onde o homem se ve ímp ossibilitado dedescobrir a ra zão d e ser da sua própria existênc ia, e ofator que o mantém preso à condição terr ena. Aosgrandes mag os n es foi d ado o domínio do mund o, eassim aos esp íritos conhece dores profundos dessamagn ciência, lhes é dado também .o dom ínio sobr e ospovos da terra . As ciências ocultas, a magia e todos osfenôme nos que cercam a hu manidade , são t odos oriun-

dos da vontade di vina, e por e ssa razão, no con ceito quefazem to das as religiões encara -se esse problema d emagna ímpor tncía como a fonte vital que domin a ascriatura s humanas. A Santí ssima Trindade, as chav esdo 'I'aro Adívinhatórío , as Clavícul as de Sa lomão , a Pedr aFilosofa l, a Medicin a Universal etc etc., são mis tériosque envolvem o mundo t erreno , onde a MAGIA se fazrepresentar ni tidame nte. .

UMB N D l TR VÉS DOS SÉCUL OS 8 7

Em todas a s práticas e spirituais, bem como em to-das as condições qu e ligam os fa tores humano s ao cos-mos unive rsal, existe o dedo m ágic o de Deus, ap ontan-da-nos mistérios que nos envo lvem. Assim, os p assesmagnéti cos dado s pelas entid des ou gui s espi r itu is ohipnot ismi, as influências c ausadas pela au to-suges tão,nada mais repr esentam do que um dogrna místico dealta magia, o nde se apresent a a v erdadeira inicia çãocabalístíca, criador a das forças da espirítualidade,

Quando n um terreiro d e Umbanda se r ecebem pas -

ses , ou efetu am-se opera ções e procede -se ao tratamentode moléstias por me io de rrtuaís próp rios, o fenômenoque se a presenta é justamente o fenômeno mágico , ondea força f luídica se irmana aos poderes mágicos da e s-pirítualída de, sob as ordens das fontes criadoras desse s.poderes , os quais são em anados pe la ordem divina, nu madeterminação imperiosa de poder e forç

Na própria sig nificação do termo UMBANDA ,essaforça ou por outra , essa ma gia, se faz sent ir atr avés dassete le tras que o co mpõem , representando um si gno CR-balístíco, que env olve tod o um exérci to de forças so bre-naturais, dominantes nos diversos planos , que formam'o ag lomera do das fontes criad oras do homem e da N a-tureza.

Estudem os porta nto a verdadeira magia que nos étransmitida p elos nossos GUIAS ESPIRITUAIS ; e, es-taremos certos de que, o mund o de amanhã, es tará asalvo dos poderes malé ficos que acompanh am os ho-mens atrav és dos espinhosos caminhos que nos co ndu-zem pelas sen das tortuosa s desta v ída mate rial.

Cultuem os uma Umbanda per feita , onde as concep-ções que se form ulam sobr e as entida des espirituaissão de mold e a instruir -nos , e nunca a dei xar-nos nummundo de escuridão e igno rância.

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CAPÍTU LO XVI

A UMBANDA INICI ÁTICA - OS EXU SE SUAS FALANG ES

Comp reende -se por iniciação, todos os tra?alh os o estudos q ue se fazem, em prol e uma deter mina da sei-ta o u religião, da qua l se pr ocu ra fazer d o seu culto umverd ade iro sacerdócio . Por es ta razão , toda e qualque rreligião possui ou dev e poss uir a su a corte de i niciado s,Data que exista verdad eirame nte um culto , em toda a cepçã o da palavra. No cato licismo, a passag em, p elossemináríos daq ueles que t êm a pre tensão de ordenar-sepadres, nad a ma is exprime do que a INICIAÇÃ O sa-cerdotal. Assim sendo, todo iniciado é um sacerdote dasua religião. Na Umb anda qu e se pratica ult imamen teno Brasil, essa qu estão ainda não foi t omada na s uadevida considera ção, pelo fato de que a mai oria dos seu spraticantes, de sconhecendo comp letament e o que se jauma verdadeira iniciação, julga não ter a mínima ím-portância es se fato r primord ial, que é o verdadeiro co-nnecímento da s leis que dom inam és pla nos espiritua is.

Aos que se dizem i niciados na Alta Ma gia, c oncebe-se e ssa iniciação, a t odos quant os possue m t rês fontesprincipais de pod er" e que .são : fo rça da int eli gên c iae sclar e e eâo ra da raéiio conlíeéída pelos eabalís tas comoa Lâ m pada e Tr is m e gist o; o do míni o de s eus nerv os e aposse plena e intêgraí de si mesmos, que ós éol.oça emcondição de super íorídaãs frente aos s eus seme lhantes,

A UMB J\.ND .j\ ATRAV ÉS OS StcU OS 89

na qlJaJ .i ade,de sábios " repre e ntad s .cabqlistic 1 en tecomó possuidore.s do Ma n to d e Ap o lõ ni o ; o domínio e opoder , çle ',Cof t Í'olaras fo.:rçasocultas a Nature a, o u oBtl t.qo má gi c o dos p a tri arca s , conhecido nas leí de ka-ball ah.

il-a m esma forma que os cabalíst as e. os m agos, osperfeitos .íntc íados na i de. Umbanda l idam com a forças sup remas de espmtuahdade um a ye z qu s e tddades que manobram n as mani íestoções espírítuaísutílízam-se de processos mág icos m t udo semelhantesaos dogmas e ritua is da Alta Magz a .

Se fi zermos uma comp aração perfeí ta, e levarmos

em c onta tUdó que se prat ica n uma sessão d e U mba?-da, vamos consta tar p erfeitamen te a semelha a. ex ;s-tente entre um a ínícíação Umbandista e uma nucia çaomágica . . .

Nosr ituais de magi a, a lâmpa da de Tr ismeglsto alu-m ia o presen te, o pa ssado e o f uturo , mostra d C 0 :r : -

ciência dos homens e pre servando as s uas condições 11-

sicas quanto aos fe nômen os q ue os l igam mat erialmen teà terra. Do mesmo modo ao l ança rem as enti dades es-pirituais o s seus' B ú Zi s l : ao riscar e os s ;..eusP . tos ,ao can tarem os seus hinos, nada mais estao pratIc ndod p que a verdadeira arte mágica . Ass im cOJ?o o nume-.I;Qno ve (9) r epresenta Para os mago c abalístas o dog -ma dos reflexo s divinos,a s 7 (s ete) Iínhas de Umb andado mesm o.modo exprime m a idéia divi na em toda a suaforça, mos trand o-nos o s sete rei nos pu poderes

a t rais;Nos ritua is de Umbanda, o manto de Apolônío esta

representado n a índumentár ía aprese12ta da pelas. enti-dade s espirituais, ao passo que o bastão dos pa trtarcasestá bem represe ntado e basta nte de finido nos ponteirosque são atirados so bre o s ponto s riscados nos trabalhosde cruzamen tos e demandas es pirituais. A arte m ágicada Um band a é uma ci ência que precisa se r bem estuda-da, pelo fato de qu e, ao home m é dada a liberdade de agi r de pensar, e, se des con hecer as f orças que o cercam,

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9 L UI ZI O FONT N LL

h.i.corre:r-áu m lamentável erro, deixando-se arrastar f a-talmente pela inconsciênc ia da s ua ignorância.

Denomi nava-se antigamente de Arte Sacerdot al eArte Real à ciência mág ica, pelo fato de q ue a INICIA-çÃO dav ao sábio o domín io sobr e as criatur as huma-nas e força para dominar a v ontad e, tornando-se poressa TaJi :ê D um pred estinado eutre os homens .

Om dos fat ores que deve infl uir forçosam ente com o- privilégio de t odo inici ado, é o dom da a divinha çã , o

qual se concebe como send o.,o c.?m:eci I::en odos efeito scontidos nas causas e apli cação a cie ncia, dos fato s,conhe cidos c omo dogmas universa is, dentro de uma per -feita a nalogia. . ,

Aos inicia dos é dado c onhecer e m resumo , a hístó-ria e a vida d e cada homem , pela raz ão de que cada in-divíduo traz c onsig o estampada s na própria rísíonomía,as condições cárm icas da sua ex istência mate rial e es -piritual. Por saber-se que o f uturo é na ve ade .umaconseqüênc ia do pass ado con e be-se no e .spmt a lsl ::lOque, todo espírítísta deve apr imorar a Alta IlllClaQa o,para qu e o sacerdóci o umbandi sta compreenda perfeita-mente os alto s significad os das LEIS ESPIRITUAIS .

Ao perfei to iniciado numa seita religiosa , o desco-nhecido torna- se urna condição simples de pesquisa ,e,os poderes de que se torna i mbuído como conhecedorprofundo d os dogmas e mistério s da se ita, nada m aisrepresen tam do que um ritual c omum , que está acos-tumado a v er, profess ar e e studar . ', O iniciado não alimenta e speranças absurdas , e tão-pouco concebe temores duvidosos s obre as manifesta çõesespirituais, p elo m otivo de que, não p ossuindo cren çasdesarra zoada s, sabe pe rfeitamente o que pretend e, em-bora mui to lhe cust e atingir o objetivo dese jado.

Tornar-se um inici ado é es tar a par de tod as ascondições que r egem os culto s, e assenhorear-se dos m is-térios que envolvem os fen ômenos espirituai s. estarsenho r dos segredos que se apresentam nos dogmas e ri-

A UMBAN D,A T R VÉS DOS SÉC ULOS 191

tuaís da magia negra, onde a sua men te pri vileg "ia?a oconduz ao perfe ito co ntato com os entes que s e dizemobrenaturais dominando desta forma as mani festacões

dos AGENTES MÁGICO S UNIVERSAIS, mais conneci-dos na gira Umbandíst a com o denom ínat ívo de Exus.

preciso que saibamos d e onde provém o mal, paralivrarmo -nos dele. Necessário se to rna que aprofu nde-mos os nossos conhecimentos sobre as condi ções que re-gem às incorporações de ent idades d os diversos planosespirit uais, para que não adm itamo s erros clamo roso s que v êm de encontr o aos pre ceitos que regem t odos ostrabalhos que s e praticam na Umb anda, quando essa

Umbanda vis a únic a e exclusiva mente a prática do bem .Concebe-s e a INICIA ÇÃO, como instru ção educacio -nal, na qual o in iciado se in stru i ment al e espiritual -mente nos es tudos da s facul dades próprias da sua capa -cidade e do s eu esforço, em prol de um desenvolvimentomaior, de percep ção e força.

Em out ras palavras: res ume-s e a iniciação, em cul-tua r duas espécies ou moda lidades de mistérios dogm á-tícos assim conce bidos: niciação e lementar ou a práticade mistério s superi ores

Na iniciação elementar, os t rabalh os não compor-tam grandes con hecimentos, ao pass o que na Alta Ini -ciação, já os estudos dogmát ícos são d e molde a abran-ger alt os conheci mento s sobre ciências, meta rísíca etc.,bem c omo o desenvol vimento acentua do das práticasocultístas, nas quais se cul tuam tod os os rituais místí-cos qu e comportam a ciência sagrad a, a qual era minis-

trada antig amente n os templos e san tuários .O fato de conceber -se na Umbanda a Alt a Inici a-ção, não comporta dizer que todo Umba ndista deve cul -tuar tudo quanto concerne às C iências Ocult as; pois ,impossível s e tomaria essa condi ção, pe la razã o que nemtodos 00 .que se -aprofu ndam de masiadam ente numadeterminada religião , são de rato co nhec edores per feitosde tudo q uanto lhe diz respei to. No entant o, seria pre-

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9 LUI ZI O F O NT N LL

císo que tod o m bandi sta conhecesse pelo menos a sín-tese dos f enômenos espirituais, a fi m de e vitar o desmo-ronamento dessa conc epção re ligiosa que é, acima detudo, perfei ta em todos os seus pontos d e vista.

Um problema q ue se most ra por demais complexono qu e diz res peit o ao culto umbandista, é just amente aquestão do DESEN VOLVIMENTO : _

Geralmente cost uma-se man dar pa ra as sessoes d e des env : o lvimen .to todo e qual quer indivídu o que se apre-senta com p equenas qual idades e mé ium, quand? muí-tas das veze s, ess a qualidade nao existe, e o .fenome noque se apresenta é, nada ma is nada menos, do qu e. uma

questão de anim ismo, próprio de pessoas m al orienta-das; e , por esta razão, su jeitas a uma série de perturba-ções orgânicas que redun dam, na maíoria dos caso s, emformidável MISTI FICAÇÃO.. Nma perfeita inic iação u mbandísta deveria m ser

estu dados todo s os casos , ,e,8, preparação dos seus sacer-dotes pode ria pass ar por três fases perfeitamente í -

tintas, para que se co nseguisse um êxito relativamen tegrande no cul to dessa dout rina. . .

Em primeiro lug ar procede r-se-ia ao preparo físic oe mental do iniciado, ond e se pude sse d esenvo lver-lheos do ns espirituais , evitando dess a maneira problemasério da m1stificaçã o, pelo fato de que, não é possí vel en-caixar-se à for ça um G UIA ESPIRITUA L nu m m édium,quando esse médium n ão possui absolutamente medi u-nidad e.

A seguir, viria f orçosamente a concepção perfeita

da ilu minação espiritual; e esse mé dium, consciente dasua nobr e função, passaria a uma outra escola, onde adoutrina abran geria um estudo mais minucioso do s te-nôme nos físicos e espirituais, que o enqua draria m per-feitam ente na sua condição de u m perfeit o inic iado.

Fina lmente , dar-se-ia a INI CIA:ÇÃOp ropriam entedita; aí então, o méd ium estaria apto a comunicar-secom as altas camadas do s diversos planos espirituais, co-

A:V: rvm A Dj\. .ATRA Vl lS - DOS Sl ;CULOS

nhecendo profundamente as ENTIDADES , írmanando-se perfeitamente com as condições que ligam o espíritoà matéria , torn ando-s e por assim dizer, um p erfeito :"SACERDOTE ' DA UMBANDA. .

Perfeitamente integr ados no que diz respeito à INI CIAÇÃO, são os adepto s e professantes dos "CANDO- -BLÉS"; s endo porém , a interpr etação dada a essa ini -ciação, como uma forma bárbara de cultuar os preceí -tos impostos a essa seita, que nos dias atuais prócuraconservar <todasas ant igas tr adições dos povos qu e lhederam a origem. .

Querem alguns escritores tachar como UMBÀNDA ,

esses rituais ínící átícos dos Candobl és, quando na rea-lidade , essas prátic as jamais se coadunam com a verda-deira finalidade . e práticas observadas numa Umbandacem por cento DIVINA.

'Querer misturar Umbanda , com Candoblé ou Quimbanda, o mesmo que misturar uma fina essência deperfume ao conteúdo d e um . frasco contendo simpleságua de uma torneira .

.. O Candoblé, por - ser uma rel igião puramente íetí-chísta, e, pelo fato de sua origem bárbara, pode conterno. seu ritual, todas as fantasias exóticas que se costu-mam apreciar nas camar ínhas onde se processam os -ri tuaís de iniciação das IAÔS. Entretanto, a verdadeiraUmbanda fogecompletàmente a e sses absurdos, e a di-feren ça entre ambas é de molde a não dei xar dúvidasquanto aos seus preceitos e finalidades. .

Já é-tempo de se fazer a separação entre o joio e otri o e, todo aquele que porventura desejar conhece rmelhor o que s eja de fato mband a procure entre osseus ad eptos o que mais con hecimento tiver sobre essaperfeit a religião ; bem como, procure entre as obras um -bandíst as.aquela que maior es e melhor es esclarecimen-tos trou xer sobre as su as verdadeiras práticas , desde queestejam-escritas dentro de um preceito sinc ero, honesto ,e.soo retudo perre íto. '

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W 4 . . A-L I Z I O· , F O N T 1'1E L L-E .,

. Que nos'.aqialltará: conhecer profundamente: umaInlcíação do C'andoblé, quando não pretendemosabso-lutamenteabraçar essa seita?

Melhor será que se conheça o trato' com as coisasdivinas; € para isso, mister se ,faz que procuremos den-tro da verdadeira Umbanda um estudo ínicíátíco per-feito, para chegarmos à conclusão de que será ela a fu-tura religião que abrangerá todos os povos do universo.

Nesta época de progresso que ora atravessamos, nãoé mais admissível o processo de certos rituais bárbarosque não condizem com o meio ambiente,em que vivemos,pois, os' sacrifícios e as perversidades que se' .pratícamtrazem-nos repugnáncca e estão em completo desacordocom as Leis Divinas. A matança de animais e outraspráticas dessa natureza, tão comuns nos cultos docan-doblé e da Quimbanda, já tiveram a sua razão de serem épocas remotíssimas; porém, com o adiantado graude civilização e mesmo com o elevado conceito das pró.prías entidades espirituais, já não se pode absolutamen-te conceber .." Pratiquemos a Alta Magia, a Ciência Astral, e oculto da Umbanda, pondo de parte todas essas irregula-ridades sem ser preciso adotarmos esses rituais á r -

ros, uma vez que a verdadeira Umbanda disso não pre-cisa, e suas entidades espirituais possuem força suficien-te para prática de caridade, sem encenações e misti-cismos' absurdos.

Para uma perfeita iniciação na Umbanda, não seráapenas com o desenvolvimento de médiuns que se obte-

rão os resultados desejados. É preciso que esses elemen-tos sejam doutrinados, instruídos e iniciados verdadeí-ramente dentro de tudo quanto diz respeito a essa ídeo-logía religiosa, para que tenhamos, no futuro, atingidoo ponto máximo da nossa condição de perfeitos UMBAN.DISTAS;, Esti:>U'ao inteiro dispor de'quantos queiram comigocolaborar neste sentido e, mais uma v e z tomo a arírmar

A UMBANDA Al'RA VES . DOS SÉCULOS 195

quando 'disse no meu primeiro livro "O ESPIRITISMONO CONCEITO DAS RELIGIõES E A LEI DE UMBAN.,.DA", que outras pedras seriam lançadaa em prol de umaCODIFICAÇÃO DA LEI DE UMBANDA, dentro da suaverdadeira concepção e finalidade.

OS EXUS E SUAS FALANGES

Confome disse anteriormente] que um perfeit ini-ciado na Umbanda deveria conhecer de onde provem omal para Iívrarmo-nos dele, era preciso que esta obra

conÚvesse, pelo menos, alguns dados sobre o que' se co-nhece como AGENTES MAGICOS UNIVERSAIS, e as-sim reportando-me a trabalhos feitos anteriormente, vouneste capítulo transcrever alguns dados so re os ele.mentos do mal ou espíritos das trevas, os quais na Um-banda são conhecidos com o nome de EXUS.

Embora tenha comentado, se bem que sucíntamen-te, nos primeiros capítulos deste livr,o, sobr a entldaddo mal, denominada EXU, nunca e demais esclareceroutros pormenores dessa entidade, uma v z que nec s-sá r í se torna que o perfeito umbandista seja de fato umdigno sacerdote dessa seIta.' . " ., Na terceira parte, capítulo X O E através dasua origem primitiva - seus nomes esotérícos - seuscaracteres eabalístícos ,..--.seus pontos cantados -: .seuspontos riscados etc, da minha segunda obraespírítua-lista intitulada: "EXU", eu disse: ,, "Por desconhecer completamente qualquer livro ?utratado que esclar;C€Sse ao PÚ?l co que de ..fato eX1s te nas diversas praticas do Espírttualísmo sobre as Entl-,dades do Mal,' que com a denominação de "EXUS''' (NasLeis de Umbanda e Quimbanda) representam o que osC'atóUcos, Protestantes, etc ., denominam de De,J1ôniosou Anjos Maus, e que na Doutrina de, Karde sao cha-mados. de: EspÍl<itbs,do: Mal (também conhecidos como

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A LU IZ r O FO : N T N V I . E

espíritos obsessoresj, invocados nos trabalhos de MAGIANEGRA; resolvi tornar pública mais esta obra, verdadeí-ràmente completa, sobre tudo quanto diz respeito. a essasentidades. ,

Será necessário, entretanto, que se faça um parale-lo ante de i er:tr.armos no ass;mto e causa, para quenao surjam d ú vídas quanto a veracídads das minhasafirmativas, de vez que tudo o que aqui foi inserido nãoé objeto de minha imáginação, e sim, uma exposição reale verdadeira de como agem esses espíritos das trevaspelo fato de que, foram as próprias Entidades EspirituaiSque me trouxeram, através das suas explanações filosó-ficas dout rí n á rí as os ensinamentos necessários para aorganização deste trabalho.,.. Orientado em grande parte pelos meus GUIAS ES-PffiITUAIS, pelos próprios EXUS, e ainda: aliado aomeu profundo conhecimento sobre a MAGIA, como sa-cerdote que sou dos diversos cultos de Umbanda; alémde .eonhecedor real de todas as práticas que se exercemnos diversos ter rei ros onde se praticam os Batuques

a d o bl '" O .An e t m ç ere s", etc., posso perfeitamente, co-mo catedrático no assunto, mostrar-ine, o que é verda-deiramente um EXU.

<?omo comp emento deste livro, baseei-me nos co-nhecímentos obtidos através de literaturas sobre ALTAMA( IAJ,para que ficasse completa a exposição que pre-t dI fazer, bem como procurei orientação em obras re-Iígíosas que bem definem a verdade sobre as atividadesdos G:€NIOS DO MAL:

.A palavra EXU nuncaveio do latim e nem tão-pou-co se ,of1 'moude qualquer língua afrícana, bantu, gêge,ame-?ndIO, etc. Essa palavra foi pronunciada por Deusna l gua IJUDICE l ín g ua dos e sp irritosh quando porocasIa.o da revolt ha vída nos páramos celestiais, entreo nJos que. faziam parte da suprema Oorte do Céu; J cI fer, o anjo belo, pretendendo a supremacia dos di-reítos que lhe outorgara o,Criador,' como c hefed o s Seus

A 'UMBANDA ATRAWS. DOS_S GULOS

subordinados, julgou-se no direito de ser maior que opróprio Deus. . . '

Por castigo foi-lhe imposta a pecha de EXUD quequer di z er: povo t raidor) , e, enxotado, foi condenadoahabítar as profundezas da terra, tornando-se esse o seureinado.

Aos demais anjos maus que acompanharam o seuchefe na revolta contra Deus, Ioi-lhes dada por ímpo-sição a situação de permanecerem sob as ordens do pró-prio Lúcifer, sendo-lhes apontado como habitação. o ladooposto ao/EDEN Paraíso Terr e stre), situado no Orien-te '- Ilha de C e íl ã o - permanecendo comoespíritos emestado embrionário de formação.Entretanto, a designação de EXUD fOÍsofrendo r

dífícações, e já no original Palli, bem como no originalHebraico, passoua denominar-se EXUS com a significa-ção de POVOS .

Nota-se entretanto, que a significação de EXU nes-ses dois idiomas era empregada especialmente para síg-nificar um povo menos protegido, isto é : um povo sobreo qual caíra o castigo divino, e:que hoje, a concepçãodesse termo é empregada atualmente, nas Leis.de Umban-da e Quimbanda para distinguir as entidades do mal,que dominam os seres quer encarnados quer desencar-nados, que trafegam pelas sendas tumultuosas da pro-vação.

Com o aparecimento de Adão e Eva, querendo estesconhecer justamente o outro lado do EDEN, cuja pro-bição lhes havia sido imposta pelo Criador, foi queoriginou o PECADO ORIGINAL , pois ao travarem eo-nhecimento com o mundo dos Exus, foram por eles ini-ciados na maldade, e a seguir, sentindo-se envergonha-dos da sua nudez, procuraram cobrir seus corpos.

Expulsos como foram do Pa raíso , ficaram Adão eEva, bem como todos os seus descendentes, mercê dosExus , e daí surgiram na face da Terra todos os malesque atualmente nos afligem.

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9 •.. 'ALUIZ:IO FO.N.TENEL L E· .

', . Querendo Deus c omp ensar a queles que naTerra de -selassem alcançar a r edenção de suas al mas, impôs aoho em. o voto de reger -as a si próprio, procu rando no

,sa r lfíclQ, no s ofrimento e na dor, elevar-ss no S e uc o n ceíto, até que pudesse at ingir novament e a plen itudede sua forma " com o espírito perf eito.

'Os filh os de A dão e Eva, multiplicando- se por or-.dem do Div ino Cr iador, espalhara m-se pela terra , e hoje,desco nhece dores de tudo quant o. enc erra o mistério da

.criação do m ndo, entregam-se , completam ente cegos, atl d o quanto Julgam poder do minar, sem a mínim a no-çao de que o liure arbitric que pensa m possuir, é apenas

uma m o da lídads de se afundarem cada vez m is na ín-'eonscíencía e no de sespero... in guém faz ud o aquil o que quer, pois, um a forçasupeno r no omm a; e, se c onseguirmos muitas v ezesum cer ob jetivo o resultad r final está aquém da nossav r dadelra c o preen sao, pelo fato de desconhecermo s odia de amanha .

É preciso q ue se saiba q ue os Exus exercem desde.os prímórd íos da criaçã o do mund o, um do mínid ínten -80 so? e os home ns" e pela Lei da Compens ação, Deus

permItIU a ios descend entes de Adã o e EVa que outroseleme ntos mais. fortes os do minass em,' porém, esse s ele-men tos, cuj denomin ação é 'conhecida com diversosnomes, tais como : Entidade,s G u ias E spiTi tuais , r x âs

et.c . l tam tenazmente contra element os do mal ,para Iívrar-no s das perse guições e de tudo quanto nosretard a o pro gresso espiritual.

Os Exus po ssuem força poderosíssíma e se não to - marmos CU Idado e nao nos apegarm os aos noss os guiase s p ir itu is fracassarem os r edondamente na sen da pe-rigos a que é a existência humana.

PodeD?-o Exus dar-nos forças suficientes para com Q mal pre jUdICa rmos [os nossos semelhantes, porém . pro-,vindo essa força dos gên ios do ma l se nos . descuidarmos -..

iremo s forç osamente integrar a p oderosa .falange doseleme ntos das trevas .

Eles a tuam d a maneir a mais variada possível . . Mos-trám-s e man sos como cordeiros, por ém o seu ínt imo éuma gargalhada demo níaca de g ozo ., Poderemos usá-tos tamb ém como arma contr a os

malefícios que nos fize ram, pois , interesseiros como são ,tanto se lhes dá qu e seja nossa ou de outrem , a alma ouespírito que pretendem arrastar.

Todo aquele q ue desconhece as Lei s Esp irituais , e iludido pelas pregaç ões cat ólicas, protes tantes etc. cr êaue os praticant es do Espi ritismo lid am com D emônios ,

.está come tendo um grande e rro, pois , não possuindo o:h9mem for ça suficiente pa ra con trolar os seu s mausinstintos , aí sim , é dominado facilmente por esses ele-mentos, e o r esultado é sofrer aind a mais as per segui -ções das falanges de E xu s, fato esse que raramen teacontece a quem, cultuan d o a verdadei ra prática do Es -piritismo, e , tendo a seu favor a prot eção dos Gu ias Es -pirituais que os dominam e trazem sujeitos às sua s von -'tades, pode perfeitamen te dominar esses Exus, utili-zando -os como escr avos e não como o bsessores,

_ Nà Quimb anda, 0. E x us são invocados para os tra-balhos - de Mag ia Negra , e os r esultados s ão sempre fu -nestos, de vez que a inconsci ência dos homens é de mol-de a procurar apenas o prejuízo para o s eu sem elhante .

É muito comu m hoje em dia , mesmo entre os ele:-mentos da alta sociedade , verem-se ca sos de la rga pro-

:cura aos Quimb ande iros, para que estes real izem tra ba-

'lhos de macumbas , feit iça rias , d e spachos ' etc .,com a finalidade de con seguirem desmanches de ca sa-mentos , aproximações de amantes,enfim , uma série d e trabalhos próprios do s E x us, num cresce r constantede maldad e, perversidade e fal ta de bom senso .

Pelo e xpos to, chegamo s a um a conclusão d e que d_e-vemos conhecer perfeitamen te as f alanges do, MAL, taobem como conhecemos as falanges do BEM . ,1

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A L U IZ I OFO N l EN E L LE

. ' or não querer expandir-me em tudo quanto dizrespeito ao povo de EXU , prefiro que o caro leitor casoesteja interessado, adquira a obra anteriormente citadapois , nela encontrará todos os conhe cimentos que des ejar obter sobre essa respeitada entidade.

. . Quanto às falanges o POVO DE EXU, pelos grá-rícos :ep ese? - a os no capítulo XII deste l ivro, onde façomençao a d ívísão dá Umbanda, en contrar á o leitor osprincipais chefes que dominam na MAGIA NEGRA nassuas devidas classificações hierárquicas . '

Aconselho a todos quantos pretendem conhecer pro -fundamente a MBANDA, que procurem estudar meti-

eülosamente todas as CAUSAS e EFEITOS das manifes -tações espirituais, para que não façam um , conceito errô -neo de uma re ligião que está longe daquilo que, o vulgotem pret endido considerar eOO IlO "FE ITIÇAR IA" ou."BAIXO ESPIRITISMO" .

O espirit ismo de Allan Kardec l professa a crença e a evoca çao dos ' .'EGUNS" (Espíritos de mortos) , ao pa ssoque a UMBAl' {DA , lida com os ve rdadeiros espírito s ílu - mados , dos quaís muitos nem sequer passaram pela scrversas fa ses de reencarnação . como é o c aso de São -

guel Arcanjo e sua poderosa falange de Anjos e Serafins:' PCII'essa az ão é gue se vêem n as práticas da UM

BA A os mJagre,s tao anunciados, de cu ras e' graçasobt idas por Intermédio das poderosas forcas do MUNDO-ASTRAL SUPERIOR "'. Por sua vez, os "EX "(JS", controlados pelas forçasdo B M , e evocados por Umbandistas que os conhecemp r elt mente, também têm feito os seus pro gressos es-,pmtuals em busca " da perfeição e do EQUILíBRI O'UNIVERSAL . .

j

CAPÍTULO XVII

RITUAIS DA UMBANDA - CURANDEIRISMO

Concebe-s e como '''RITUAL' ' de uma religião todo sos trabalhos práticos que s e realizam com relação aoculto, os quaís inclue m não só a iniciaç ão propri amentedita , como também , tudo qu anto diz respeito aoproces -

-same nto da e vocação da s entidades máximas, ond e seincluem as ofe rendas etc.

No noss o caso, por nos interessar apenas o ritua l:da Umbanda , deixaremo s de pa rte as demais religi ões,para trat ar únic a e exclusivamen te do culto mban -'dista.

Vários são os rituais que se praticam na trm banda ,'nos quaís mui ta caus a, ou melho r, grande parte é tira -da d e antigas re ligiões domi nantes no mund o inteiro,

'sendo que , na ma ioria, e ssas práticas já eram conhecidas'através dos dogmas e rituais da a lta magi a, e que nostempos atuai s, alguns querem fazer crer terem sido.oriundos dos po vos africanos .

A verdade entret anto, é que, tudo o que se faz COIIlrespeito a ritual d e Umbanda nada mais representa doque segu ír-se-na íntegra , os princípios básicos nos quaí s

a própri a Umb anda se funda menta, aliando -se, a os seustrabalhos , as operações mágica s conhecid as desd e tem-pos ímemo ríais.., , Tornar-se-ia por demais exte nso descrever, aqui,tudo q uanto encerra um ritual de Umbanda ; entreta n-

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204

firme o seu conceito, e , procurando equilibrar os seusbon pessamentos, busque a tranqüilidade de que tantoprecisa.

Pelo fato de qu e as sessões que se costumam rea-lizar n os "C'ANDOBLES", na Quimb anda , e mesm oem alguns centros Umband ístas, não quer dizer que cer-

· tos rituais efetuados nessas seitas , condigam perfeita--. fente com a UMBANDA ESOTÉRICA E INICIATIC :A

·que procura na verdade eultuar uma Umbanda pura e·divina. As preparações para a abertura dos terreir ostêm sofrido grandes modificações, e muitas práticas . jánão são mais adm íssíve ís; por exemplo : os rituais bár-

·baros foram totalment e eliminados. Os amalás foramr speitados até certo ponto, retirando-se deles a ques -

·tão dos sacríf'ícios de animais, com excedo dos Ebósde Exu, quando esses ebós visam a prática do bem, e

·quando. se trata;: apenas de pequenas aves. A questãodos trajes também por seu turno foi modi ficada conce-bendo -.se apenas a questão da aparência, evitando-se asrantasías berrantes, que não condiz em absolutam entecom a questão espiritual .. ' uanto aos. demai pr ocessos que fazem parte dos

rl uaIs umbandístas, tais como: J ôgo de Búzios, 'PontosRIScados, Pontos ' Cortados , etc., continuam como parteintegrante dos trabalhos, por se tratar de alta magia,exercendo -se entretanto, essas atividades , de acordo comas entidades que porventura dominarem nos diversoscentros ou terreiros.

CURANDEIRISMO

· Concebe-se na Umbnada como Curanâeirismo , oato que os povos antigos praticavam, no e xercício doque hoje se concebe como falsa medicina .

::- N s. anti .gas civil izações " onde o progresso era falhoea prática da medicina a inda não havia tomad o, i ) seu

A UMBANDA ATRAVÉS DOS Sl :CULOS 5

incremento, .exercia-se o curande írismo entre : as tribos,com a finalidade de curar aqueles que se julgavam en-ferm os, ou possuídos de seres infernais. Os curandei-ros eram tidos como sábios , pelo fato de conheceremprofundamente o uso de fórmulas químicas, obtidascom a íníusão de ervas e raizes , com as quaís obtinhamimpressionantes resultados . Por outro lado, os curan-deiros das , tríbo seram também chamados feiticeiros ,pelo fato de que praticavam o que o vulgo chamava defeitiçaria, por t raba harem com as correntes espirituais ,n,a evocaçao de e1}t dades.demoníacas. Durante o pe-r ododa Idade .edla, mais acentuada se tornou a prá -

tíca do curandeir ísmo, estendendo-se até o p eríodo C Ompreendído entre os séculos XV e XIX. .Na época atual, a questão do curandeírísmo deixou

quase que praticamente de existir, a não ser nas práti-cas exercidas por algunscul tos Ieítíceí ros, entre eles o"CAN 'DOBL tIt".Na Umbanda atual, entretanto , asau-toridades policiais exercem uma séria fiscalizaçã o nessesentido, e representa crime contra , a saúde pública à exercício ilegal de medicina, arte dentáría ou farmacêu-tica , o que prec eituam os artigos 8 (Charlatanismo e234 Curandeír ísmo) , do CódigoPenal Brasileiro. . ,

Creio eu, que o curande írísmo jamais deixará 'de"existir, pois existindo na realidade Espíritos de Luze os Guias Espirituais , não deixarão eles de ministrar -nos os seus passes e receitar-nos os seus remédios feitoscom as m c i s (ervas) por eles conhecidas, que bemtraduzem o perfeito conhecimento que possuem da me- .dicina do espaço.Acompanhemos a evolução da Umbanda, e dia viráem que a própria medicina se curvará ante a magia do-minadora das poderosas entidades espirituais.

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CAPITULO X V III

A ALTA SIGNIFICAÇÃO DOS PONTOSCANTADOS E RISCADOS

Um dos, pontos mais altos) e de melhor significaçãonas Leis de Umbanda, é o que se conhece pelo valor dosSeJUs"PONTOS CANTADOS" e "PONTOS RISCADOS". m toda a concepção que se fizer de uma religião,vamos encontrar na "PRECE''', a condição máxima quese pode ter para atingirmos, por meio de orações, asbênçãos divinas. Sendo a prece uma cerimônia mágicade primeira ordem, porse tratar de um ato voluntárioque se concebe pelo pensamento, através de um desejode atingirmos os elevados planos espirituais a té chegarao Deus Supremo; consiste esse ato, apenas, no pronun-ciamento. de palavras djtada s pelo coração, e, mboracontendo quase sempre as mesmas frases, á ao homemo direito de elevar-se perante os seres dívínos.

n mesmo modo, os cãntícos que se entoam numasessão de Umbanda, são hinos de evocação a um deter-minado Orixá ou Falange espiritu a l Esses cântícoseu "PONTOS", são as preces que se fazem, quando emdeterminadas condições, pedimos entidades espírí-tuais 'a proteção eo apoio de que tanto precisamos. Soba vibração desses "pontos", baixam os espíritos de luz,os Oríxás da Umbanda e todas as entidades do AstralSuperior, que, completando com os "PONTOS RISCA-D OS , finalizam a magãa redentora e amiga, que nosacoberta de todos maleaíeíos. Essa é a maior "MI-

JO N'GA"da Umbanda, tal como os cabalistas antigos,nas evocações da ALTA MAGIA, utilizavam-se da cíên-eía dos signos e símbolos mágicos para a concretizaçãodas suas finalidades.

Na mesma Umbanda de dioje, tal como na Umban-da dos princípios do mundo, 0 princípio ativo e passivoda Natureza' redentora está representado nos símbolosdo esoterísmo.

dão representou o tetragrama humano, o qual,ligado ao ternário representado pelo nome de Eva, for-mau o nome de JEO V representando o tetragrama di-vino, que é a palavra mágica por excelência, naconcep-ção dos grandes cabalistas.

O triângulo de Salomão, significando o absoluto, erevelado pela palavra, representa o Sol,.que e mar:i-festa pela sua luz radiante, provando a manírestaçãoeficaz do seu calor. Esse triângulo, ligado a outro"formando uma só figura, representada por uma estrelade seis 6) raios, forma o que seconhece como o U signosagrado do selo d e Sol om ã o ou .es re la brilhaI?-te omacrocosmo. O pentagrama, exprímíndo a domínaçãodo espírito sobre os elementos materiais, dá ao homemos poderes de domínio sobre todas as manifestações es-.pírítuaís. Assim, de posse dos segredos ocultos 'da AltaMagia; e, sabedores dos místéríos que envolvem are •.presentação dos signos cabalístícos representados nos"PONTOS RISOADOS" das entidades espirituais daUmbanda, estarão aptosà compreensão e ao cumprimen-to das LEIS D VINAS.

, Para uma perfeita orientação aos leitores, darei. a.seguir uma pequena explicação sobre alguns pont?s ris-cados, bem como, outros tantos pontos cantados, pro-dados bem como outros tantos pontos cantados a pro-:porç .que' fo:re s endo apresentadas as respectivasnguras,

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20 :

Figura

Na figura vemos representados nove (9) pontosriscados" quais, a contar da esquerda para a direita,'partindo de cima, são:A CRUZ - que representa a fé.A ANCORA - que .significa a esperança.O CORAÇÃO - que nos dá o exemplo do maior de todos

os sentimentos humanos, queé a caridade.

Esses três pontos são de Oxalá.A seguir, vemos o ponto de Maria Santíssima, re-presentado por um coração circundado por uma coroade espinhos, 'simbolizando a passagem de seu filho JesusCristo, rumo ao calvárío,PON'I10 DE N. S. DAS DORES - representado por um,

coração trespassado por um punhal, símbollzandoa dor. . .

209

PONTO DE SANTA RITA-- A Cruz de Cristo tendo emvolta a coroa de espinhos de Jesus crucificado.

PONTO DE SÃO RAFAEL - A cruz de cristo simboli-zando a fé; a estrela do Oriente; as flexas cruzadas,indicando a sua afinidade com' as falanges de cabo-clos; e, finalmente, as três estrelas representativasda magia, simbolizando os três Reis Magos;

PONTO DE SÃO JOÃO BATISTA - A Cruz-de- Cristo;a bandeira da fé cruzada com a lança, slgnífícandoa união com o povo de Ogum e as.raíanges de cabo-clos; e. finalmente, as duas estrelas que simbolizam amagia, denominadas como:.GASTOR E --POLLUXsímbolo dos gêmeos. '

FONTO DE XANGô:-Acruz;aBíblia e o raio 'cruzadocom a flexa, simbolizando o cruzamento das forçasda Natureza em as talangeaespírítuaís do.povodeAruanda.

PONTO CANTADO DE' OXALA Festa de caboclos - descarga

Jesus nosso redentor,'Desceu para nos salvar,Chegaram os "Caboclos de Aruanda",Que vieram descarregar.Mais uma pemba, mais uma guia,Meu pâl diga o que é,

São todos "Caboclos de Aruanda"Que vieram salvar fílhos.de fé.

PONTO CANTADO DE MARIA SANTfSSIMAMaria nossa mãe extremosaBaixai, baixaí como a rosa.'Anda ver nosso povo de Aruanda,Trabalhando no gongál '..:

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210 AL ur ZI Q ONT E ELL

,Pe a ss L-ei de UmbandalBal al, baíxaí como a rosa,Ma.fla. nossa mãe extremosa,BaIXal, baíxaí como a rosa.

PONTo CANTADO,DE SÃO RAFAEL

Pre tos ve lhos)

Ora viva Sã ,o RafaéNa Linha de UmbandaQ;ue_vem saravá. .

-Ora viva; São-RafaéNa cangíra de pretoEle vem trabaiá.

- P0N I10 · CAN 1 n .A DE . . .n..u v SÃO JOÃO BATISTA

S . João Batista' é vem,MInha gente,Vem cb.egando de AruandaSalve a fé e a caridade,S Ive o p v de Umbanda.Sao, João Batista é vem minha genteVem chegando de Aruanda .'Salve o P9vo'cor de rasá ' ,Salve os f,llhos de tfmba da.

PONTO C N T Do .DEXANGó Exa ltaç ã o) .•

Qua do a lua aparece,O Ieão da mata roncou'A passaI'ada estremece 'Olha a cobra coral qu piou p u píouOlha a coral piou.Salve o p v de Ganga ô Chego,U seu rei de Umbanda, rava , nosso pai, Xangô.

A UMB A ND A A T R AWS DO S S ltCULOS

Figura 2

Na figura 2, vêem-se representados também nove 9 pontos riscados, os quais trazem as seguintes sígní-tícações:PONO DE OXOCE - Oríxá da Umbanda, chefe da 4:]-

linha - Deus da Caça,Orâxá das Matas. Seu ponto

está representado por uma 'cruz de reflexos, tendoduas flexas cruzadas simbolizando as falanges decaboclos, estando a cruz circundada por quatro es-trelas, que cabalístícamente representam os plane-tas: Maxte, Baturno, Vênus e Júpiter,

PONTO DE COSME E DAMIÃO - A fé, representadapela cruz com degraus e o coraçãosígnítícando Q

carídade; '

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212: -4:L U_I Z I O FO N E N E LL E-

PONTO DE SÃOFRANCISCO DE ASSIS _ (S'emirom-ba - frades) - representado simbolicamente pelacruz, tendo nos braços osrosários da fé da carí-dade. São Francisco de Assis faz parte da Legiãode Semiromba, comoOr íxá pertencente à 7'J-legiãoque compõe a LINHA DiE OXALA (l'J-linha da Um-banda).

PAI FRANCISCO.--. LINHADE XANOO _ Ponto riscadoda entidade espiritual que atendo pelo nome de PaiFrancisco de Loanâa, o qual traz como significado

o trabálho :executado sob a proteção de Xangô. ACruz de Cristo, vendo-se nela enroladauma cobra,significa que o trabalho foi feito no ritual da AltaMagia, para fins de cura, contando ainda com aProteção dos povos do Oriente, representados pelastrês estrelas; e, ainda, pelas falanges de caboclos esob a proteção de Ogum, indicados pela setae abandeira (cruzadas).

CABOCLO DEINH.ANÇA- Ponto de uma entidade cabo-- ela, no qual a sua característica (duas flechas cru-zadas) indica que o trabalho que executa ou exe-cutou, teve proteção de Inhançã (raio), assistidopelo povo do Oriente 4 estrelas), representando 4planetas. _

COSMEE DAMIAO- INHANÇA - Ponto cruzado no qualas falanges de Cosmo e Damião trabalb(aram coma proteção deInhançã, representado pela cruz deCristo (pedido de proteção a Oxalá) e o símbolo dasforças da Natureza (dois raios cruzados).

CABOCLO AIMO Ponto usual-da entidade perten-cente à f al ang e d e Oxoee representado pelo -cruza

A UMBANDA ATRAVÉS nos Sll':CULOS . 2

Linhas' Oxalá, OXUni,Ogum e, Ox6mente de 4 , tidade (Caboclo Aimore), peindicando que e sa en 1 atro entidades máx

-a proteção ou ajuda dessas q degraus, significmas da Umbanda. A cruz linha de Oelevação espiritw:l des.:a entIda á pedid a Mlá O coração, simboliza a cdan a a bandeira:.. O A flecha cruza a com 'mae xum. nta a f rça espiritual onde se írmgum, repre enam os Orixas Oxoce e Ogum. _ _

Ponto usual riscado pela entidCABOCLOZURI - t - , falange de Ox(Caboclo Zuri),. pertencenr U:a ou "fechamento

quase sempre feIt afea :monstra a sua afinidterreiro onde esse f1e s espirituais . Linhacom as seguintes a ange ." fmagia, representada pela cob a e o a::t: bO:

. c ha termin da na parte pevlor fle has cruzadlizando a h ha d r :i b:U d ra:balhosexecuÜl;dorepresentan o da strelas simbolizando a intepor Oxoce; as uas e . . te

A • . vos orientais' a escada com serencia -dos po tando os sete 7) planos espi-rituagra s, re encircundando esses símbolos, um l n ost de semicírculos representando asfluências do povo domar. . .

ul ) Ponto riscado na LeSAlO LAZARO (Om u tidade Lázaro, representaQuimbanda, ond a-be a com Exu, Omulu, repela vela acesa, ra d num desmsentados pelos dois tridentes cruza 'negra. Qu àche de t.rabalho ex ;a:s°t'á n i pa ra o ladodo o trídente de, a bem' ao passo que quacima, o trabalho e par 0 . r íustamenteestá em sentido con rar:o, sigm c d nte podeninverso No caso dadireção desse ri . -o trab o estar sendo .dirigido com fms.bons

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maus, d pende.lldo apenas da evocação que se faça,onde X1sta.a ínteríerêncía de outras entidades). Aquestão da mterpretação desses pontos é muito vaga,e muitas vezes, será preferível que as próprias entí-dades os traduzam para aqueles que os observamem trabalhos.

A ÜMBANDA ATR AVll:SDOS StÓULOS 24

Como ele vemcon tente Semiromba,Trazendo a nossa redençãoSemiromba.

Nós somos dois guerreiros,Dois irmãos untdos,Meu nome é TUpahíba,Sou filho de Aímoré.Lá na tribo GuaraniMeu irmão chama Perí . (bis)

PlO 1TO CANTADO DO CABOCLO AIMO

PONTO C .AJ l..TlTAD O D E OXOCE A minha gonga tá roncandoLá na mata.Ta roneando p ra salvarFilhos de fé.

Ronca, ronca, ronca,Minha gongap'ra chamar a minha triboAímor é .

Eu vi chover,Eu vi relampear,

Mas mesmo assim,O céu estava azul.Samborê pembaFolha de Jurema,Oxoce é dono do Mara cajá b is Oxoce é dono do Maracajá (bis)

PONTO CAN,rADO GOSME E DAMIAO

Na irradiação da f nge d o ma r

São cosme e São Damíão,sua Santa já chegou;Viela do fundo do mar,Que Santa Bárbara mandouDois, dois, Sereia do Mar. .Do s, dos, Ma mãe Ieman jál. . ,

, DOIS, dois, Sereia do Marl ...Dois, dois, meu pai Oxalá.

PONTO 00 CABOCLO TUPAH1BA Filho de Aimoré

PONTO CANTADO DO CABOCLO ZURI

Se m iromb a

Chegou, já cheg,oiUque eu vi,O caboclo ZuriE Oxoce eu vi"Em nome de Jesus,Vem ajudar seus filhos

A carregar a cruz (bis) ... Deus te guie Zuri

0 : D e u s tedê mult a luz bis ). 0 0

PONTO CANTADO DE SAO FRANCISCO DE ASs1s

Sen'liromba é vem, semíromba .....,-o'Com a cruz na m ã o semtrombe. ,

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l6 AL U I Z..'. , l O , ..I< :Q t{ r E ) 'f: ª - Ji:

PONTO C .ADO DE SÃO LAZARO

(Na irradiação de :Omulu)

Dé, ré, é dá é déOra dança Omulu'l : dê é - dá. (bis)

< ?(f) Ô· . ..••.. . ..,.. , f ' ',, 1. : ..

. . *-

. .. '. .-* ' .. • •• • i·' ' ..

, . . íF

.@. l®' * & ov . . .. .

+ • . . .

'f\A. . ' C D ® '.:\6/ . f J :,:

Figura 3 .

risca figura , vemos repre.sentados doze (1 2) pontos. s, os quais, contando-se de cima p baí .

dIreção da esquerda para a direita ..' ara aixo, e na vamos encontrar:

FONTO DE SÃO MIGUEL ARCANJO' .pela balan' . Representado. " ça cruzada por uma-espada lame'antesIgnülCando a .J:orça dlV1 a dJ l j}.1;$.t ,Çal e;p r : m

_

A UMl3ANPA TRAV:éS DOS SeCULOS 2 7

flecha apontando para a Estrela Guia, represen-tando as forças ocultas do reino de Obatalá.A cruz iI?bo1iza a fé, instituindo o dogma místico, "Quem

.. e Igual a Deus?"".

PONTO DE SÃO GABRIEL Traz no seu símbolo, obastão mágico do esoterísmo, cruzado por duas fle-chas apontando para duas estrelas que representamos planetas Mercúrio e Marte, tendo o sol, repre-sentando a torça criadora da aNtureza. A cruz re-presenta a fé, dndicando os místéríos que acompa-

nhariam a passagem de orísto pela terra .PONTO DE SÃO JOãO BATISTA - Esteoutro ponto

de São. João· Batista, representa um símbolo esoté-rico no qual ss entidade máxima chefia a falange

.... do povodo Oriente, representado pela estrela maior,:. . tendo apontado para o vértice uma seta, que sígní-

" .ríca a força víbratóría das falanges de oxoce, Astrês. estrelas menores, representam o triângulo má-

..gico evocativo dos mistérios da Santíssima Trindade, . .. ----..:-ai; Filho e Espírito Santo. As duas cruzes sim-

bolizam a fé na significação da ínícíação de Cristocomo mestre, e São João Batista, como seu pre-

.:cursor.· ..

-P0N'I10 DE ZARTU- O INDIANO - Símbolo de umaentidade trabalhadora do povo do Oriente.-. ·3 li -nha da Umbanda, onde Zartu é o chefe dal . . legíãocomponente dessa linha. A Estrela Guia, representaa Alta Magia; as duas lanças cr:uzadas, símnouzam

".. as falanges por ele dirigidas (Rabis, Maometa-é POS, etc.); o.meio ciclo lunar significa o esoterismo

:. : . La.estrela com cauda, a íorça espiritual dos mon-ges. (Lei de Kaballah). .

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2 18 .. A L U I Z 1:o í t 6 N T EN E L L E

PONTO DE 'SÃO JORGE DE RONDA - Duas espadasde Ogum, cruzadas, tendo ao alto a Estrela Guia,e embaixo a cruz de Cristo. Este ponto traz a sig-nificação de trabalhos, nos quais está vigilante aentidade ou "Orixá" Ogum.

PO T lO DOS íND[OS CARAíBAS - Ponto de um caci-. que da falange dos caboclos que trabalham na Lei

de Umbanda, representando um trabalho no qualestão representadas as forças do Oriente representa-das pela estrela do centro, com um arco e flecha

dirigindo o seu pedido ou ponto de firmeza para oreino de Obatalá. Circundando a estrela maior, en-contram-se quatro (4) pequenas estrelas, simboli-zando os quatro signos de Zodíaco.

PONTOS DO POVO DA COSTA Pai Cabinda - Pon-to riscado pela entidade Preto Velho Pai Cabinda,significando a magia, representada pelaCl'UZ deCristo, a estrela do Oriente; três pontos mágicos; e,circundando esses signos, rum triângulo que repre-senta a força envolvente do dogmainstituído como

. ,. o segredo das pirâmides.

BONTO DE JOÃO BATUJ :- O círculo esotéríco, envol-vendo a Estrela Guia.

PONTO :DEJOÃO BANGUU': - Símbolo da cruz, cru-. _ -.zada com duas lanças. Entidade pertencente à Li-:- . . ziha de Santo ou de Oxalá 1 linha da Umbanda),

PONTO DE VOVó LUIZA- Entidade Preta Velha, tra ...balhando na ltnna de Congo. Ponto cruzado de duas

: .. lanças unidas nas extremidades com uma corrente,'Significando a interferência dos povos africanos devárias raças. . .

UMB AND A TR V ES DOS SÉCULO S 21

PONTO DE' QUlRIIvú3ó - Sírilbo16 de amarração d e. trabalhos, com a flecha apont ndo p ara a Estrela. D'Alva, designando a Alta Magla.

. .

PONTO DO REI . c O NGO - A Estrela da Manh (estrela branca), cruzada por duas, la ç as, e círcun-dada por quatro (4) cruzes cabal1stlcas. Ponto má:ximo do Chefe da falange do povo do Congo ReICongo).

.... ...

Figura 4

.: : Na figura 4, estão repre enta os 12 pontoarãsce-dos, os quaís são aS&im",constltuidos: -" ....

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220

PONTO DESANTO ANTONIO. Amarra ção - Trabalho feito por uma entidade da Unha de Santo An-tônio, mostrando o símbolo de amarração cruzadopor duas flechas, indicativas da falange de caboclostrabalhadores da Linha de Oxoce,

PONTO DE PAI JOSlÉ DE ARUANDA - Ponto de pretovelho, representando o símbolo esotéríco dá sua ra-Iange cruzado com a falange de caboclos; represen-tada pela rlecha apontando para cima, em pedidode 'Proteção.

PONTO DE PAI VELHa Ponto de preto velho, repre-sentado pelo pentágono cabalístíco significando amagia, tendo no centro' a cruz de Cristo, símboloda fé.

PONTO DE PAI JOBA - O Z de Zoroastro (signo ca ba -Iístíco) ladeado por duas cruzes representando oprincípio o fim (o alfa e o ômega). Ponto de pretovelho, pertencente ao Povo do Congo.

PlONTODE PAI AGOLó- Zudus - Símbolo do Chefedos pretos Zulus. Trabalho de Alta Magiarepresen-tado pelo ponto de amarração.. irradiado para oPovo do Oriente.

PONTO DE TIA MARIA -.--Ponto de preta velha(Povode Minas). A Estrela Guia, dominando as três pedrasmágicas, terminando cOpIa lança do povo do Congoem ziguezague (Interferência de Inhanç ã .

PONTO DO CABOCLOTARTARUGA DO PARA- En-tidade cabocla representada pela. flecha caracterís-tica do povo de Oxocerdirig índ c o triângulo ésoté-rico representadona.Alta Magia.

221..UMBANDA· T· VÉS DOS· S É U os

PONTO DO CABOCLO VIRA MUNDO- Ponto máxímoda entidade VIRA MUNDO (caboclo de Oxoce). Arosa dos ventos (Lei de Kaballah) dirigida pela fle-cha característica do povo das matas.

PONTO DO CABOCLODa VENTO - Três flechas cru-zadas (caboclos de Oxoce), estando a do centro di-rigida para a Estrela Guia. As linhas curvase emsentido paralelo, Indícam os planos astrais domina-dores dos fenômenos atmosféricos (ventos).

PONTO DO CABOCLO JAVARI - Signo de.Salomão,.dirigido pela ríecna característica dos caboclos dalinha de Oxoce, apontando para uma pequena estre-Ia representando a irradiação do povo do Oriente.

PONTO DO CABOCLO URUCUTANGO,-- Caboclo dafalange de Oxoce das Matas. Ponto máximo dessaentidade vendo-se dois círculos concêntricos cruza-dos por eis flechas dirigidas paraos lados direito eesquerdo, significando a união todas as forçasda Natureza.

PONTO DE OXOCE CAÇADOR- O arco e a f le c ha sim-bóücos do Deus da caça. A estrela indicada pelaflecha, significa que essa entidade O ríxá , pede au-xílio ao Plavo do Oriente, ao passo que a estrelasituada na corda do arco, representa o domínio doastro que determina o trabalho.' A segunda flecha(fora do arco) representa a proteção e indica que otrabalho a ser executado requer persistência, paraque tenha: bom êxito. .

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A L 'U I Z I O .F ,O NT E N E L ,trE '

, 'PONTO CANT ADO DE SANTo ANI'óNI:O

Abe rtUra de Trabal h os

Santo Antônio é de ou ro tino (bis)S'USpende a bandeira 'Que vamos trabalhar (ou encerra r)Santo Antônio é de ouro f,ino (bis)Arria a bandeiraQue vamos encerrar .

PONT O DE PA I JOBA Preto . Ve lho

Hoje é noit e de aleg ria,E o galínho já cantou.Trazia a fita nos é s E a cruzlnha do Senho r. É de congo , é de congo, é de congo de congo ,No terreiro de UmbandaPreto Joba já baixou. É de congo, é de congo, é d e congo de congo ,No terreiro de Umban daA proteção de Deus baix ou.

PONTO DE OXOC E DAS MATAS - Três flechas emcírculo , indicando o símbolo da fa lange de Oxoce,cortadas por um arc o, e no cen tro deste, a estrelado Oriente , significando a i nterferência - desse p ovonos trabalhos rea lizados. '

A UMBA Nl A A TR .4 V S DOS.S :Om: ..os

Na figura 5, vemos os seguin tes ontos risc ados:

FUgura 5

PONTO DO CABOC LO GUARA - (Cabo clo da fala gede Oxoce) . Quat ro flechas dispostas em sentidolongitudinal e, paralelas, d írígídas por quatro estr -Ias meno res, sIgnificando orIge dos astros dO lll-

nantes, guiado s pela estrela ma ior (E? rela. GUla),símbolo que justifica as afL' 1i ad es espírítuaís dessaentidade, com a linha do o ríent e.

PONTO DO O XOCE ROMP MA'I10 - O triângulo e o -, téríco de Salomão tendo ao cen tro a Estrela GUla ,

dirigida pe la flecha, em di reção ao reino de Obatalã,(CabQC1 Q falange de Oxoee), , .

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· ALUI Z 10 F Ó N TE N Ei ;J.,'E' .

;PONTODÓ POVODABAHIA- SENHORDO BONFIM- Ponto esotéríc o representado pelas falanges depretos velhos , onde a cruz r epres enta o símbolo dafé (Oxalá - Senhor do Bonfim), e o quadrado cor-tado em diag onal, simboliza esoter ícamente as ia-langes dos povos Bantus .

PONTO DE PAI JOBIM - (Preto velho da falange deOxalá). O quadrado esotéríco da falange, colocadoem sentido vertical, tendo ao centro o símbo .lodea arração , dirigido por uma plecha de Oxoce , í -nírícando que o trabalho foi feito com a 'proteçãode E xu, pe jo fato d e estarem, esses sinais, cortadospor dua s linhas que se cruzam , terminando es saslinhas por uma pequena cruz.

P0N' I10 DE MAR IAR EDONDA- ( Preta velha da ia -lange do povo de oongo) . Dois ponte iros colocadosem sentido oposto um ao outro, tendo ao centro osímbolo de segurança ' ou' ponto central , onde geral -mente é c olocado um copo com água.

PONTO DE MARIACONGA - A chave de Xangô Agojô(São Pedro), c ruzada po r duas lanças representati-vas do po vo do Congo. (Ponto usual dessa entidade).

PONTO DE TIAMARIADE M INAS - A cruz de Cristo,colocada no vé rtice do triângulo d e Salomão , repre-senta o trabalho d e Alta Mag .ia, confirmado pelaEstrela do O riente (Prot eção dos povos híndus .

PONTO DE PAI JOÃO D E MINAS - A cruz de Cristo colocada n o vértice de dois tri ângulo s concêntricos ,significa que essa entidade trabalha na falange deOxalá, pelo fato de te r a proteçã o da Estrela Guia.Essa entidad e pertenceao Povo de Mina s, e praticaa Alta Ma gia . .

A UM BANDA ATR AVÉS DOS SÉ U O Sr .•• . , . -. • : : . : _ : o _- \

PON TO DE SA .MiARIADE PAI BENE DITO :...... ,.:; (Pretavelha que se apresenta t rabalhan do em duas linhas:Linha de Oo ngo, cruzad a com o Pov o' de.,Minas).Quatro lanças d e Con go, dispostas 'eni sen1 lidcrin-verso um a da o utra, e dil'ligidas pela Estre la'.Gui a.

P0N 'I10 DE S ÃO BENfll}DlTO (Enti dades caboclas) -Três flechas dir igidas para O xalá e cruza das sobreo símbo lo de am arração (ponto m ístico uti lizadopelas enti dades pretos velhos, em trabalhos de Ma gia branca ou Mag ia Ne gra" con forme a dir eçãodada à termina ção da linlha onde termina cara-

col ). Esse ponto s ignifica que o trabalho fói reali-zado com a prote ção das en tidade s (Pretos Velho s)qrue trab alham na linh a de Oxalá , onde SaoBene-dito é o chefe espirit ual da L egião que te m o seunome .

PONTO DE TIO AN'J 1ôNío - Preto velho da li nha deCongo . Ponto 'Usua l dessa entidade, onde se desta-cam as duas lanças de congo cruzadas , dir igidaspela estrela do Orien te (povos n índus ). A cobra,simboliza ' os trabalhos de magia ou c urandeirismo .

PONTO CAN TADODE SÃO BENEDITO

Oh que santo é aqueleQue vem acolá? .. São Benedito,Que vem ajud áOh que sa nto é aq uele e vem acolá ?

São BeneditoQue vem traba lhá.

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226 LUI ZI O FONT N LL

Nossa mata t e m folhas ...Tem rosário de , Nossa S nh ora.,Ar o oi ra de. Sã o :Benedito,São Benedito que nos valhaNesta hor a.

PONT O DE PAI BiE NEDITO . P- re tos VelhOs

Salve o . Rei, sa lve o Rei,Bênedito r io terreiro,S a lve Rei. .S aiv ê. Eei, sa i f e 0 i ,

, _ 4 . j , ) .. • • •

Benedito no t erreiro,'. a \v Z ám b i. '

Figura 6

A UMBANDA ATRAV ÉS DOS S OUI,

Na figura 6, vemos representados 12 ponto s 1 :1 U r

dos, OS quais podem ser interpretados da seguint e ma-neira:

PO NTO DO PO O DA BAHIA NA CANGIRA - Pontode trabalho do Candoblé baiano , onde está re-presentado o s ímbolo d a Magia, vendo-se duas tle -

eblas cruzadas em dire ção do reino de E xu, ladeadaspor duas estrelas representa tivas dos po vos do o ri-ente e Ocidente .

P 0N 1 0 CRUZAD O DE INHANÇÃ E XANGó - Símbolono qual a entidade cabocla da fal ange de Inhançãpede a proteção de Xang ô. A:E.stre1ada Manhã (es-trela branca) , tendo no centro o fa l ia e três estrelasmenores, representa o domínio de Inhançã , pelas for-ças vivas da Natureza ; ao passo que as duas flechascruzadas por trás da estrela , em direção aos ladosdireito e esquerdo, simbolizam o povo de Oxoce. Aentidade Xangô está representada pelo raio deInhançã ap ontando para baixo , e pela estrela branca .

PO O DlE B I .ANADE MISSANGAS Entdade queNegra , representado p elos tridentes deE xu, em -zados so bre o bastão mágico do esoterismo .

P 0 NIJ ; O D BAIANADE H JISSANGAS- Entid ade quetr abal íha na linha de povo d oCongo , com a seguin -te interpreta ção: A c ruz do Senho r do Bo nfim (p0 -vo da Bahía ): a Estrela Gu.ia; e, o rosário tendo nocentro uma estrela simboliza a falange de SemironLba (frades). O mar representa a irradiação da fa -Iange do Povo do M ar, na evoca ção de N. S. dosNavegantes . (Iemanjá) .

PONTO PE JIMBA.R.U - Ent,idade que trabalh a nalinha do Or iente, cruzada com as Ia langes de Ogu m.

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8 AL UIZIO F ONTENELLE

Três flechas cruzadas (Oxoce) ; crescente luna r, (Or ien e); quatro estrelas (planetas d ominantes) .

PON TO DO POVO DE JANGUAR - Entidade cabocla deda entidade Exu

PON TO D O P OVO E JANG lUAR - Entidade caboclo deOxoce, cruzada com o povo do Or ient e. Flechas emdireçõe s e sentidos contrári s , sigllJific traba lhosde magia, assist idos pe los su nbolos magicos .repre -sentados pel o crescente lunar e a Estrela GUla.

PONTO DO CABOCLO DA PEDRA BRA NC A - Entida-

de cabocla que trabalha na linha d o Ori ente. A fle -cha representa o povo de Oxoce drigindo o símbo -lo hindu (estrela d o Ori ente .

PON'l 1OS DOS CABOCl JOS 'i1APUI AS -. Falange s decaboclos perte ncentes à linha de Og um, cruzadoscom a talange de. Oxoce, e que trabalham na linh ada magia (S. C ípríano ). Pont o usual dessas en ti-dades.

PON T,O DOS OABOCL IOSTAMOIOS - Ponto usual des-sas entidades , trabalhadoras da falange de Oxoce.A flecha d írigída pará o reino 'de Exu , e dirigidapela Estre la Guia, significa que o trabalho executa-do foi de demanda espiritual, tendo a confirmaçãodos dois planetas (estrelas). ' -

PQN'J10 DO CABOCLO ÁGUIA BRANCA .:.- Caboclo de

Oxoce ( ponto usual da ent idade). Uma flecha gran-de, díríg lda para a Estrela Guia; três flech às meno-res, .apon tando para um círculo e um semicírculo ,indicam o s igno mág ico das forças naturais.

PON TO DO CABOC LO DA SE RRA NEGRA - Pontousual dessa e ntidade, onde se percebe a influênci a

A UM BAND A À TRA VÉS DO S SÉCULO S

do pov o do Or iente, representado pelo trabalho má-gico i ndicado pel as flechas cruzadas d rrígãndo-separa dois as tros (estrel as), e u ma p equena flech adirigida para uma espiral, que s imboliz a a forçamagnética. Estrela Guia (embaixo), dirige o tra -balho . IDntidade da falang e de Oxoce.

PONTO CAN TI'ADODE E U GIRA -MUNDO

EU que ro vê corrê,Eu quero vê balanciá ...Cheg ô Exu Gi ra-MundoQue vem na Um banda trabaiá .

PONTO DO CABO OLO DA SERRA NE GRA

o meu grito de guerraReboou lá na mata, Iá na serr a,O meu grito _de guerraLá na terra ecoou,Saravand o todo o povo de Umb anda,O Caboclo da Serra Ne gra,Chegou Chegou

P0N'J10S DOS TA MOI OS

.Eu sou caboc lo, eu sou Tamoio,Eu venho lá de Aruanda.Eu sou cab oclo, eu sou T amoio,Eu venho lá de Aruanda.Eu sou caboclo, o meu nome é GrajaúnaEu sou Tamoío , eu sou Guerreiro de Umbanda .

PONTO DO CABOCLO ÁGUIA BRANCA

Agui a Branca, que vem de Aruanda,ô vem sozinhoPoré m, apit ando três vezes,Sua fa lange vem ajud ar

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43 A L U IZIO FO N TENELL 'E

Figura 7

Na f igu ra 7, d o ze (12 ) p on to s ris cados , trazem asaeguínt es in te rp retaçõ e s:

PON TO DO C AB O C lJO A RIRAJARA - Ponto de c ha -mad a d o ca b oc lo Ara ríja ra da ta lange de Ox o ce ,repre se n ta d o por u m arco e um a flec ha diri gi d ospa ra o R e in o d e O b at alá. U ma f lecha curva, a po n -ta ndo para uma estr el a, s ign ifi can do que a ralangedessa enti d ade p ede a proteç ão para a Estrela G u ia ,Os pequ en o s traços vert icai s, representam os c am i-n ho s traçados .

PONTO DOS C BOCLoS DO S OL E DÁ LUÁ - D u asentidades irmanadas n u m mes m o trab a lh o (C abo -c lo do So l e Caboclo da Lua). o crescen te ' lun a r

UMB ND TR VÉS DOS S ÉCU L O S 23

representa o . ponto e sotérico d o Cabocl o d a Lu a. Osol , é a representaçã o smból íc a do Cabocl o do S o l.A f lecna , traçada so b re o s ím êô ío -d e áma rra çâo , eapon tando pa ra a Estrela Guia, signif i 'c a q ue o P ov od e dgum é o d irigenteesplntua l 'dess a s d ua s en ti-dad es.

rosno DO CABOClJODA PEDRA PRET - S ím b olOde ch amada dessa entidade , sob a proteçã o d e Ox o -

ce. TrêS fle chas apontando para a Estrel a Guia representam a força vibrat ó ria dos p lan e tas que d i-rígem o trabalho , representados pel a s três estr elas

colocadas na cauda das flechas .

PONTO DO c A B O C L O C AJ A - Bônf u de chamada d a

entidade desse nome. u . Imb91 s .re esen pelas duas fleanas . côn cavas e zadàs , c ór taaaSP r um traç o , sign ficando a separa ção d o s 'P lanos :Material e Espiritua l.

PONTO DO CABOCl fO TUPINAMíB á - Ponto u sual d eá -

sa entidade da falange de Oxo ee, representado pa ru m arc o e tíécna urna o u tra Ilécha dirdgi ndó a e s -tre la mágica do Ori ente ; e o ponto de firmeza , m o s-trando num pequeno cír c u lo duas partes: uma bran-ca é uma pr et a.

P O N To DO CAOOCLO UBIRAJAR A - Pon to d e c ba -rnada da entidade uPi ra ja ra . Está re p resenta do p o rtrês e le rrientos ou sím b ol o s: :A flecha in di ca ndo q u eess e caboclo pertence à falang e des se O ríxá ; a s

pada de Og um desig nando a in terfer ên c ia de ssep ovo nos se u s tr ab al h ó s, a rc o caracteristic·o d ó spóvbs qu e trabalham na lihha d as tn a tà s:

• \.. . t . •• , ., 1 j .

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ALUIZI O FO NTENELLE

PONTO DOS CAB OCLOSTUPAH íBAKPERI - ' Pontomisto de duas entidades que trabalham na falangede Oxoc e repre sentado po r duas flechas dirigidaspara um c írculo (circula m ágico )" dirigindo duasfalanges (representadas p elas estrelas ).

PONTODO OABOCLO T.UPI - Ponto místico usual des-sa entidade de : Oxoce ; Está represe tado pe lo arcoentesando uma flecha , sina l característico de Che-fe de terre iro. A outra flecha dirigida para umaestrela (Estr ela Guia), sign ifica qu e essa entidadetrabalha em várias linhas, tendo o seu ponto fir-mado, o qua l está representado por urna circunfe -rência pequenina , que tem um semicírcul o brancoe outro pre to, s ignificando a magia.

PON TO DO CABOCLOARARIBóIA- Oaboc lo da fa-lange "deOxa lá, cruzado com Ox oce, ,Apresenta-se'formado por uma cruz, Simbo lizandoa l .illhadeOxa-lá, e duas flechas dirigidas pa ra o Reino de Obatalá .

PONT O DO CABQCl tOARARANGUÁ - Caboclo da Li -nh.a de Oxoce . Duas flechas cruzadasventrelaçandodois arcos também cruza dos. Ponto de chamada des-sa entidade .

PON TO DA CABOCLAJUREMA - Entidade da falangede Iemanjá. A flecha simbó lica de Oxoce, sepa randoo plano material do p lano espiritual. A Cruz de ' Cris-

to circundada por 7 estrelas, significando o Reinode Aruanda. Esse ponto sign ifica que essa entidade(Cabocla Jure ma) trabalha com as set e (7) l inhasde Umbanda. "

PON TODO CABOCLOURUBATÃO - Ponto de chama-d d a entidade que trabalha c om a falange do "Or í-xa" C aboclo Urubatã o. Está representado pelo cír-

A UMBAN DA. AT RAVÉS DOS '· SÉCULOS

cujo eso té ríco ou cadeia mágica, e a flecha, repre-sentativa da falange de O xoce. O traç o cortando aflecha, signif ica a interf erência do pov o.da fal angede Og um, a quem pe rtence essa entidade.

PONTOCAN :TADODOS CABOCl JOSDOSOL E DA LUA

Sarave o Sol, sa rave a LuaSarave o Sol, sarave a Lu a Que e u vou girar .Que eu v ou g irar .Lá na mes a de Um bandaVou t rabalh ar.PONTO CANTAD ODO CAB OCLOURUBATÃO

Chegou Urubatão de dia,Que ve io para os seus filhos, salvar:Rebentacorrenté de ferro e de aço;Estoura cadeias de bronz e,A lua v em sa indoE o Sol já vai sumi ndoE vem para saudar a Estre la G uiaEu trago em m eu manto sagra daO n ome da Vi rgem Maria

PONTO DA CABOCLAJUREMA

Com 7 meses de nascidaA m inha mãe me abandonouSalve o nome de Oxoce ( bis)Foi Tupi que me cri ou. (bis)

Ai companheiros de Jurem a,, Ai de mim tem dóAld e mim' meus "comp anheiros...A · d tã "e mim ao 5

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23 4 LUI ZI O FONT N L h

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Figur a 8

1 Na rígura , vêer: t se ._iep _ s ritaaoS2 pontos rtsc -aos , os quaLSs ao assIm mte rprêtados: . -

PONTO DO CABOCLO GlRA SOL- -A cruz com de -graus , simbol ando a fé; a flecha de Oxo ee dirigind o

a trela GUla ; e,o Sol

característ ico do den omi-natIvo da ent idade. .

PO I?O CABOCLO ;DAS FLEÇH;A S - Sete flechasdíríg ídas para o Im? lo re prese ntativo da fa.1angede Exu Cavelra ,-slglllflca z:tdoqu e.essa entidade tra-balh ou ou tl'aba lha na Alta M'agia ., -

A UMB A ND l\ · l\TR AV :ÉS DOS SÉCULOS

PONTO DO CABOCL ODAS ETE ENGRUZILHADAS -A carídade interpret ada pelo cor ação (Ponto esoté -rico de Oxum cortad o pela flecha de Oxoce. Pontode reconhecimento dess a entidade, que trabalha nas7 linhas da Umban da.

PONTO DE SANT A BÁRBARA - Pon to d e chamadadas entidades que trabalham na l inha de Inhancã(Santa Bárbara ). D uas l anças cruza das, t endo li aabertura do â ngulo, a espira l que si mboliza as for -ças vivas da Nature za, dír ígídas pe la Est rela Guia ,

PO N frO DOS GAULESE S OU ROl\lANOS - Pontode chama da das e ntidades q ue trabalham na Li .n.hado Orie nte - 7 Legião, sob a di reção de Marcus I.A espada f lamej ante d e São M iguel, atravess andoduas lanças cruza das (povo de Congo), e diríg ídaspela est rela do onente, sob aptot eção do Reinode Oba talá.

FONTO DOS CABOC LOSDO SOL E DA LUA (na irra-diação de Xang ô) - Ponto cruzado, onde essas -âúasentidades pedem prot eção ao "Oríx á" xang ô, paratrabalha r na Alta Mag ia. A Esp ada de Ogum cru -zada com a flec ha de O xoce, si gnifica : a união dasduas ralanges, dírigídas pelas força s da Natureza,representadas pe la es trela do Or iente e o quartocrescente lunar (Xa ngô), irradi ando os fenômenosatmosfé ricos (ch uva),

PONTO DO CABOC LO S SETE ESTR ELAS - As l i-nn s de Umban da repr esentadas pelas 7 estre las,dirigidas pela estrela do Oríent é (pOV lOSinduis)com a proteção de Ox oce (flecha dír ígtda para oRein o de Oba talá). .

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236 , AL U I Z I OF O N EN E L i

roer ro DO CABO CLO ARRANCA-TOCO -.... :.onto mís-tico d e chamada dessa ent idade, onde se vê a suaafinidade c om a linha d e Ox um, representada pelocoraç ão. As três flechas cruzada s em direções opos-tas, significam o t rabalho em vár ias linhas da Um-banda sob a direção de Oxoce ( deus da caça) .

PONm DASCABOCLAS- D uas flechas cruzadas sobreum a rco, com a significa ção do dom ínio de Oxoce ,sobr e a falange das caboclas que trabalham na linhade Iema njá.

PON TO DO .CABO CLOJAGUAR ,IÉ Ponto místico dechamada de ssa e ntidade (caboc loda linha do Orien-te) re presentado por duas estrelas (astros dominan-tes), e a flech a di rigda pela espi ral cabalística.

PONTO DO CABOCLOARAÚNA- O símbolo esotéricorepr esentado por u m S dei tado, cortado pela flechade Oxoce, signific a que essa taíang é pertence à ta-lange de O xoce, e traba lha na Alta Magia.

PONT O DA FALANGE DOS GUARANIS- :Ponto de.. cham ada da falange de caboclos que trabalham na

4 il linha da Umban da Oxoce ; sendo o seu pontorepr esentado pe lo arco e a flecha característicosdesse "Orixá".

PON TO DO CABO OL ODAS 7 EN CRUZILHADAS

Che gou, ch egou,.Chegou com D eus.Chegou, cheg ou,O Caboclo das 7 E ncruzilhadas.

A UMBAN D/I . AT RA VÉS D OS SÉCULOS 3 · 7

CANTAD ODO C AB OCLOA RRANCA -TOCOPONTONa minha a ldeia;Eu sou cabo clo;Sou Rompe M atoE Arr anca-To co.Na minha ald eia;Lá na Ju rema,Não se faz na daSem a I ei Suprema.

PONIl OC AN TA DODAS CABOCLA S

JesuS prom eteu salvar . .Quem a santa C ruz beijar . .Quem beij a a cruz são se us fillhos,Quem salta cruz é judeu _PONTO CAN rrADODO CAB OCLOJAGUAR J

Nas horas de Deus baixouNa Aruanda, ar .uê... .Nas horas de Deus b aIXOUN a Aruanda , anuêNo terreiro de Umbanda chegouO Caboclo JaguaréNo terreiro de Umbanda chegouA falange de J guaré

PONTO DA FALANGE DOS CABOc LOS GUARANYS

Eu sou oaboClo guerreíro

Da tribo dos Guarams , .Quando cheg o nesse te .rr lro,A paz deve semp re ex:stIr ..A f alange dos Guararus, a falange da paz; _Quando b aixa nesta- Tenda,Amor e caridade traz.

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ALUIZIO FONTENELLE

Na fig ura 9, o s 12 pontos risca dos têm as seguinte scarac terísticas:

'pONT O DE OGUM BE IRA- MAR - Ponto de chamadados caboclos que trabalham sob a proteção e dire-ção de Ogum Be ira-M ar. Está representado por umaespada e uma lança , cruzadas; a bandeira de Ogum

Guerreiro (símbolo das c ruza das), e o escudo . dashostes de Dioclecia no.

PONT O DE OGUM RO MPE-MATO- Ponto místico dechamada dos caboclos que trabalham na falange deOgum -Rompe Mato , onde - se apresentam as forçasconjugadas das e ntidades do p ovo da ma ta (cabo-

A UMBANDA ATRAVÉS DOS SÉCULOS 239

. elos). Dois machados cruzados c0 U duas flechastambém 'cruzadas e dirigidas por duas estrelas, sig-nificam 'forças vivas da Natureza, repres entadastambém pelas quatro folhas dipostas em sentidohorizontal e vertical.

iPONTO DE OGUM -NARUÊ -, Entidades caboclas, quetrabalham .na falange de Ogum-Naru ê. Duas espa-das de Ogum , cruzadas , e dirigídas pela flecha deO xoce wxigiçl, itela ,Estrela Guia. O traço que separao centro da figura, indica a união entre as falanges:qgurrl, e . . .

PONTO DE SÃO JORGE - Ponto místico de Ogum (Ori.•xá d G:ll r :rª,).Duas espadas cruzadas , tendo , a dí-reç 9 . .çle; WUt1lan ça ctirgiçla .para a Estrela . Guia,qu p O J; SU ª, ye9 ,é dominada pelo A .st o-Re (O Sol).

PON l 1O DE OGUM -MEG lÊ- Cabo ,çlosque trabalhamna falange de Ogúm-Megê. Duas espadas de Ogum,cruzadas , e dirigidas pela linha que separa o mundomaterial do mundo espiritua l. Tem a pr oteção daEStrela Guia, e obedece ao comando do povo deOxalá . (cruz).

,PONTO DE X N ô (Caboclo) - Ponto misto, onde a. .' entidade Xangô diri ge os tr abalhos dos caboclos das

matas. Está rep resentado pôr flechas - cruzadas,dirigiq a _por dois astro s (estrelas). O machado di-rigid o pa ra Obatalá , significa o dom ínio de Xangô,na realiz ação do s trab alhos.

PONTO DE POVO CON GO - Pont o usual de apresen-tação desse povo. A estrela da manhã . (estrela bran-ca), representa o símbolo do p ovo Cong o, e está di-rigida por cinco (5) c ruzes, que indicam cabalísti -camente cinco reg iões pertencentes 7 lin\ daUmbanda (Linh a africana ). .

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4 LU I Z I O F ONT N L L

PONTO DE / GERE lRÊ, REI DE GANG A - Ponto m ísticocruzado , onde s e destaca o s ímbolo de Exu (triden -te). A espada cur va, represent a o símbolo d o povode Gerer ê (Pov o de Ganga). A Estre la Guia dirige ostrabalhos de Exu.

PONTO D E CAM lBIND A DE GUIN É - Ponto de Preto sCamblndas , cruz ado co m o povo de Exu.

PONTO DE EXU NA IRRAD IAÇÃ O DE XANO O Otridente de Exu dirigido ' para Obatalá sig nifica queo trabalho é dirigido por Xangô (flech a separando oreino de O batalá do Reino de Ogur n - ou seja: oplano e spiritu al separado do plano m ateria l).

PONTO DE JOÃO DA ROND iA Pont o místico de cha-mada dessa entidade . Urna espada de Ogum, sig ni-ficando que essa entidade pertence à falange desse"Orixá", e está dirigida pela Estrela da Manhã (ir-radiada) , significando que esse preto velho perten -ce à falange do povo de Congo.

PONTO DE CAMBINDA DE GUINÉ - Pretos VelhosCambíndas trabalhando c om a falange de Exu .Apresenta -se com o se guint e significado: Duas curvasdírígídas para a Estrela Guia (trabalho para o bem) ,e, tridente de dirigido para .o Reino de Obatalá(pedido de proteção).

PO O GANTADO DE OGUM BEIRA-MAR

Beira -Mar ... auê beira mar ,Beíra-Mar quem está de r onda militáOgum já jurou bandeiraNa porta de Hum aítá;Ogum j á venceu dema ndaVam os todos Saravá.

PONTO { OGUM R OMP M ATO

Eu vi parar o dia;Eu vi estrela brilha r,Eu vi seu Rompe -Mato ...Ogum das Matas ,Quem morar à beira -mar,

PON IDQDO POVO DO CONGO Lmha do Mar

Os quindim, os quindi m, os quind im,Oh. Monjongo,Olha lá no má .A minha terra é muit o longe,Oh Monjongo, ningué m pode ir lá. .A m ínha terra é mui to longe Oh Monjongo.Ninguém pode i r lá .Ai, ninguém pode il ,"lá,Ohl Monjongo .Apanha Monjongo no má -: .

PONTO CANTADO DE CAMBINDA DE GUlNt

o Cambínda .de.Guíné,Teu pai é GangaO Cambinda de Guín é,Teu pai o é anga

PONTO DE EXU NA IRRAD IAÇÃO DE OGUM

Olha -Ogum de ronda ,Mig ué tá cham ando.Eu nã o sei onde é , é, é, (bis)Eu não sei onde é, é, é, (b is)

,

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t UI ZI O t ONTENELL

Fig'Ul'a' 10

.c t, . ,--

Na figura 10, doze (12) pontos ri cado s se nOI?apre-senta m, corri as seguintes caracterlstlcas: ,

PONTO DE EXU NA IRRADIAÇÃODE OGUM < iÉ umponto cruzado, onde as entida des da falange de

Ogum trabalham d e acordo com o P<?vode E xu. Otrident e de Exu (magia negra), domina pela espa-da'flamejante de OGruM

PONTO D E O GUM NA IRRADIAÇÃODE XAN Ô r: também outr o ponto cr uzado, onde os OríxásOgum e Xangô s e irmm::am um m:smo traba lho,dirig idos pela Estre la Gma. Vee m-se neste ponto, os

A U MBANDA ATRAV ÉS DOS SÉOULOS 43

seguintes símbolos: O escudo de Ogum írrad íadopelos astros 2 estre las), cruzado por duas espadas O gu m e Xangô) .

PONTO D E OXUM - O pentágo no de Sal omão cruzadopelo símbolo de Ogum (cor ação) dirigido pela flechade Oxo ce. Este ponto significa que as entidade s es pirít uais que trabalham na linha de Mamãe Oxu m(N. S . da Conceição) Legião das sereías, perten-cente à Linh a de Ieman já, t rabalham ou pedema con firmaç ão dos Oríxás : Oxoce, Oxalá, e, realizamtrabalhos de Alta Magia. t

PONTO DE EXU TRANCA-RUAS --'- Ponto traçado d aentidade Tranca-Ruas num trabalho executado par ao bem, vendo -se representado o trídente mágico ,dividido pelo bastão eso térico da Alta Magia .

PONTO DE EXU REI DAS 7 ENCRUZILHADAS- Pon-to místico de chamada dessa entidade. A cruz deOxalá, dirigindo o s sete caminhos (Sete cruzes) se

. parado pelo tr idente mágico que di vide o Reino deObataíá do Reino de Ogum. Est e ponto signífíca queo trabalho ou trabalhos executad os, visaram a prá-tica do bem.

PONTO DE EXU RE'I-; Ponto místi co de chamada des -sa entidade. Significa que E xu-Rei te m os poderes detrabalhar pa ra o bem o u para o mal e em todas asdireções . Os trídentes formando uma cruz, unidosnum ponto central .

PONTO DE ORY DO OR IENTE - Ponto místico d aentidade O1'ydo Orient e (Trabalhador da 7 < linha

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244 A L U I Z I O F O N T E N E L L E' . .

de. Umbanda, e cl neJe espíritual Q. 4.a legíão (Orydo orü; nté). A E strela da Manhã como símbolo má -gico, c ircundada por dois crescentes lunares, repre-sentando as f orças da Nat ureza.

PONTO D E INHANlÇÃCOM XANGô - Ponto c ruzado ,onde os Or ixás: Xangô e I nhançã se irmanam nummesmo t rabalh o. A E strela da Manhã , dirigida pelosfenômenos atmo sféricos (raios cruzadosde Inha nçã),encaminhados pel o símbolo dos caboclos de Oxoce(duas flechas cruzadas ). A i nterferência de X angô

conhecida pe las f orças cruza das d entro da estre-la, e dirigídas pelas flechas de Oxoce.

PON TO DE TIMBIRI - Ponto m ístico de chamada da.entidade caboclo T imbiri , trabalha dor da f alange deOgum . Dois semící rcuíos conc êntricos, indicam o

'. símbolo mágico dessa ' entidade , que t rabalha irma-nado com afalange dós povos híndus . Essa entida -de tanto pode se ap resen tar como caboolo, com otambém, na roupagem de hindu ; sendo entret antouma ' só entidade. ' '

_

? P ;l O D Ã ATÃO Preto velho trabalhador da: . Iínha a:fricana: ,A cruz do Senhor do Bonfímd írígí-

da pela Estrela Guia; e, com afinidades espirituaiscom o Povo do Mar.

PONTO DO CABOC LO OMPE-MATO - o triâ ngulo. mág ico de Salo mão, d irigido pela flech a de OXOce,dírigi da por s ua vez pe lo símbo lo místico que uneduas falanges (Oxalá e Oxum), duas c ruzes. Pon tode chamad a da entidade c aboclo. Rom pe-Mato qu etrabalha na Linha de Oxoce . Existem ai nda outrasentidades com o mesmo n ome, porém, qu e trab alhamna linha d e Ogum.

A UMBAN DA ÀTRAV .ÉS DOS' SÉCU LOS 4 5-

PONTO DO CAL UNGA'DAS MAT AS .. E}(jU:Calunga,trabalha ndo na Alta M agia, cruzad o com Oxoce eCongo. A e strel a simb oliza o Orie nte e está domin a-da p elo ba stão mágico que rep resenta a Mag ia,

PONTO C ANTA DO DE MAMÃE ,OXUM

Baixai , .. baixai ... Virgem da Conce ição.MarJa Ima culada, p ara ti rar a perturba ção.,Se t iveres praga de a lguém,Desde já ser á retirada.Levando para o mar arden te ...Para as ondas do mar sagrado

PONTO DE ORY D O ORIENTE

Ory vai, vai para o Or ienteA bênçã o meu pai,Proteção p'ra nossa ge nte.Ory já vai, já va i para o OrienteA bênç ão meu pai ,Proteção p'ra sua g ente.

PON TO CALU NGAD AS MATA S

Eu tou te cham ando, Ó Calung a,

P'ra você vir trabalhar.Quando eu te vejo, ó Calung a,Vejo também a Sereia do Mar. tou te cham ando, ó Calunga,P'ra você vir trabalhar .Quando tu c hegas , Calunga,Chega também a Sereia do M ár.

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6 LUI Z I O F O N T N LL

PON T O DO M AI O R A L

Figura 11

P ara te rm in ar es te capí tu lo , p a ss a re i a d e screve ro pon to p rm ci pa l d o M AIORAL ,co nf orme s e vê na g ra-v ura da figura 1 1, e a s eguir , apresent a rei a penas asgr avur as de alguns pontos ri scados de E ix us , fu rtando-m e ent re ta n to à expl ic ação dos mesmo s , em v irt ude de

não in teres sa r-n os, nesta obra, m a io res detalh e s sobre as

falan ge s d o m al .PON I O RISCADO DO M AIORAL - A fig u ra 1 1 mo s-

tr a -nos o p on to ris c a d o do m a ior a l do Po v o d e EX u .

u m p o nto místico de chama d a, o nd e Lúcif 'er m o s-tr a toda a s ua s up rema ci a c o mo AGENTE MAG l-CO UNI VERS AL . E Stá rep resen tado com a s se gu ín-

A U M 13 AN D A ATRAVÉ S DOS ÉauL 8 7

1

Figu ra 1 2

tes earacte r ístícas: O tri ângu lo mág ic o de Salomão;tendo na par te superio r o Sol tem a sig n ificação de:Agente mágico dominador das forças n a tur a is e dos

.fenômenosda Natureza. A cobra mo rde ndo a cauda,significa o dom íni o sob re a vida e a morte" pelosdogmas mágicos da medicina astra l . O p en tágonode Salomão circun scri to à c ob ra , e te ndo na suapa rt e superior o ponto de S ã o Cipriano ( : entáculosde Ezequiel e de Pitágoras - duplo triângulo deS a lomão) , r epre sen tam as c iências oeu ltas . (A l M a gia e Magia N e g ra ). Os dois po nt ei ros .p e rpendi-cula res ao crescente lunar que te m so br e Si sete cru ...zes , significam o pode r sobre a t, e rr e sobre ' os ho-mens, dominados pelas forças cosnncas, e de natu-

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8

Irez a terr ena . As dua s espadas c ruzadas por trás d o

triân g u lo de Salomão ., sign if icam O· pod e r absolut o,tendo a díríg í-lo a ir rad iação de M ar te e M e rcúri o(dua s es tr elas latera is) .

Para m elho res es cl a rec imentos sobre o que seja oReino d o P o der do Ma l, dírgdo pelo MAIORAL , seráp re fe rív el que o lei tor procure na obra : EXU , já edi-tada, tudo qu anto dese ja r conhecer sob re o Povo de Ex u.

•••, P l> o, ,)'9 ' .

l g J ? r _

F ig u ra 13

.. Na figurn 12 , e stão represen tad os os seguintes po n-tós de Exu s: .

.1 - Ponto de Exu T ranca -Ruas cruzado c o m povo de. Ganga

. 2 ' P b o ,de · Exu Gira -Mm id6.

AÚMi3:A.NnA ATRA VES no s SÉCUL OS

': ': 'P o ntod e EXu Ve ludo na Irradiação d e Ogum 4 - Ponto d e E xu das 7 Cruzes. . . Ponto de E xu- R ei ( P onto mí s tico de chamada).6 Outro po n to de Exu -R ei .

Na f igura 1 3 , e s tã o representados os se gu in te s pon-tos de Exus:

Ponto d e Exu, na irradiaçã o de Cabinda de G uiné .2 - P lonto d e E xu da s 7 Pedras. . .3 Sign o de Sega l ( E Gira -Mundo - Signo caba-

l íst íco),4 Ponto d e E X iU :a Capa Pr e ta .

5 - Pon to de E xu d as 7 Poeiras .6 - P o n to de Exu d as 7 Ca c ho ei ra s.

i

f ig u ra 14

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252 L O ONT ENELL

F i2 Ur a 17

Na fi g ur a 17 , v e mos:

- I

,

ffi í .R .b . 1 .

C •

. j

1 - P o n to d e Ex u da P e dr a N eg ra.2 P o n to d e Ex u das 7 P o rta s.: P o n to d e E x u Ma lê .4 - Ponto d e Ex u Morc eg o .5 - P o nt o d e E xu Ka mín a loá.6 - Ponto d e Exu na iiraili ação d e Xang ô .

A UM BAND A AT R AV É S D O S · S É CU LOS

..F igur a 1 8

N a figura 1 , seis p ontos d e E xus, e stão ass ím re-presen ta d ios: . . .

1 - P onto mís ti co de Ex u Mar a bá.2 -P on to de E xu Pagão .S - Po n to d e E xu Ca rango la ,4 - P o n to místic o d e Exu Ti ri ri .5 - P o nt o d e Exu Tr a n c a -T iudo.1 >- P o nt o de Exu d os Ri o s (P on to mí s tico de A lt a

Magia).

5 .•.

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254 ALU IZIO FONtENELi

Figura 19

figu ra 19, vêem-se seguintes pon tos:

Ponto místico de Exu dos Cem itérios.2 - Ponto de Exu Tronqueira (Magia ).3 - Ponto mí stico de Exu Pomba-Gira (Mul her

Exus).4 - Planto de Exu Tra nca-Tudo (Ponto de ch am 11

{) - Ponto míst ico d e Ex u-Ganga..6 - POR to de E;x u Brasa .

A· UM BAN D,A A TRA VÉS DOS SÉCULOS

Figura 20

Na figura 2 seis pontos de EX lUSstão ass im repre-tados:

Ponto de Tranca-Ruas na irradi ação da L inha doMar.Ponto de Exu Tranca-Ruas em traba lhos de Ma giaNeg ra.Ponto de Exu Veludo, na ir radiação de Uruba tão.Pnnto de Tranca-Ruas, na irradia ção de Ogurn...: >onto e Exu das Mata s (Linha do Orient e -Al ta Magia) .Ponto de EXl 'I'atá-Cave ira .

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Z5 6 . A L U I Z 1 0 F : o N T E . N EL J • l l

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li.

.

Figura 21

.F inalmente, na fig ura 21, vemos representados 6pontos de E x us , assim disc riminados :

1 - Ponto d e E x u na irradi ação de Og um..2 _ P onto de T ranca- Ruas , n a , irradiação de O mu lu . P onto de Exu M irim .4 - Pont o de E x u na ir radiação d e C ab ind a de Guiné .5 - Ponto m ístico d e chamada d o E d as 7 Montan h as.,6 - P ont o míst ico de Exu Quebra-Galho.

l

CAPITULO XIX

PEMBAS, PONTEIROS, CURIADORES, AMALAS,ETC .

Eis um ponto de máxima importância, na concepçãoque se faz, ao analisarmos todos os rituais que se pratí-camna Umbanda É o caso do emprego da PEMBA ,dos PONTEIROS , dos CURIADORES , dos AMA-LAS ,dos I;EBQSDE EXU etc. .-

. . . Não se pode conceber uma Umbanda cem por cen· to, sem o emprego da Alta Magia. .Sou de opinião queem ' quaisquer trabalhos que se realizam nos te rreirosonde se pratica o verdadeiro espiritismo, se faça lUS O dePembas, Ponteiros etc. por se tratar de Magia, na ver -dadeira acepção da palavra. Todos os trabalhos devemser encarados por um ponto de vista onde não entra avontade humana , e sim , o poder criador d8.$entidadesespiritua is.

A sociedade, querendo combater certos processos utí -I ízados nos trabalhos de Umbanda, está indo de encon-tro a um princípio ativo, onde as forças sobrenaturais

se encontram, e de onde parte toda a razão de ser dMirradiações espirituais .

Que condenemos a matança de animais, tão comu mnas práticas do C :andomblé, é muito justo; pois, n essponto ; a nossa compreensão já está bastante adiantad a,mesmo próprios Guias E spi rituais já não o perm lt m ,pe lo [Po tode ir d e encontro a um a Lei da U m b and a

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diz: Resp ei tando os seres da c riaç ã o estar e mo s re sp ei-tando as próprias Le ris Divinas. .

Há q uem afirm e entret anto, n ão haver nen huma ne-cessidade, das Entidaçles ,._ pir .t ,i ._,uti1izare .m se depembas, pon teiros etc. rnas suas práticas, considerandoque um espírito de luz , possui forç a suficiente paracurar eu demandar espiritualmente. Acontec e, no entan-to, qu e não seria po ssível a um médico da terra curarum pac iente sem min istrar-l he os remédio s tão necessá-rios ao seu o rganismo . Por outro lad o não se concebeque no caso de uma infecção grave dentro do organismohumano, se obtivessem ótimo s resultados , sem a inter-venção d o bistu ri . Creio eu, qu e nesses casos uma sim-ples conversa, QU mesmo utilizando-se os proces sos de auto suçesitio não seria possível obter-se uma cur aradical : .

Ass im sendo, considero muito , justo o emprego des -sas práticas nos ri tuais de Umbanda , por diversos mot i-vos, entre os quaís o fa to de cons iderar-se uma cond i-ção essencialmente simbólica e de grande i nfluência, noque diz respeito à s evocaç ões e obtenção de bens mate-riais e espiritua is.

Só quem não conhe ce uma Umband a praticada nasua legítima finalidade, é qu e pode duvida r das minhasafirmativas . Por e sta razão vou tenta r descrever os por -quês do emprego de alguns objetos e outras utilidadesque fazem parte dos rituais da Umbanda , na, certeza d eque, tudo quanto se fizer em p rol d e servir à humanída -de, estará cumpri ndo uma o rdem divin a e, por essarazao, se estará servindo , a Deus.

PEMBA

uma sp écíe de giz, fabricado de minerais , que te ..ve a sua origem nos monte s Calmons, na Africa , e qu e éempregad a atrav és. dos séculos em quase todos os tra -.

A UMBANDA ATRAV li S POS S li CULOS 59

balhos qu e se praticam na Um banda. O seu uso é impres-cindí vel, em vi rtude d e que, não s e pode con cebe r um PONTO RIS CAD O sem a pemba; e, o p onto riscado, éa representação símbólíc a das entidades espirituais quese m anifestam nos terreiros de Umband a, onde bem de-monst ram a força esp iritual que possu em, através do spontos riscad os que a s enti dades se auxi liam m utua-ment e, tal como no s va lem os d e um papel e pena, pararepresentarmos nesse sobjetos os n ossos sentimentos; asnossas dores, o s nossos ped idos, e fi nalmente t udo qua n-to gira em torno deste PLANO MATERIAL. R iscar umpon to co m a pemba é o mesmo q ue con den ar ou absol -ver um el emento humano, castigan do-o ou prem iando -ode conformidade com o seu C 'ARMA. lavrar uma sen-tenç a de morte, ou pr ocessar um a cura radical, on detodos o s diagnós ticos se c onfundem na i gno rância deum resul tado satisfatário . .

Várias são as cores de pembas u tilizadas nos cultoseprátícas da Umbanda , sendo que, na m aíona, a PembaBranca é a mais uti lizada.

. Quanto às pembas: rosa , verd e, azul, verm elha, a ma-rela etc. o seu u so varia c om a f inali dade d o trabalhoa ser executado , e de ac ordo co m a falange da e ntid adeque o pr ocessa .

Não se deve em hipótese al guma fazer uso da pem -ba preta em trabalhos par a o be m, em v irtude de queessa pe mba somente é utilizada n as div ersas pr áticas da a g ia N e gra cujo fim se dest ina unicam ente para omal.

A arte má gica do e mprego da PEMB A data -demuitos s éculo s, e o seu uso n a Umban da atual represen ..ta o mesmo sent ido e possui a me sma força má gica,quando nos trabalhos cabalíst icos, os MAG OS d as j •vam ev ocar as fo rça s sob rena turais, utílízando-smesmos processos, na cr iação dos se us signo s

teres cabal ístícos ,

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: ,ALUIZTO FONTENEL LX

.PON TEIR OS

-São punhais uti lizados nos diversos rituais ut iliza, .dos nas div ersas p ráticas Umban dí stas, e que trazemum alto signi ficado . Pelo po der que tem aço em c ap-tar as forças vi vas da Nat ureza, i nclusive os fen ômenos .atmos féricos, onde ent re a questão da eletricidade, oponte iro representa a atração d as torças espirituais, talcomo u m imã que se utiliza como on te criadora deenergi a elétrica.

.'O pon teiro atirado sobre um p onto riscad o, simbo-liza a firmeza de uma irradiação e spiritual , onde sãoencarado s vártos pontos de vista:

O apoio e a uni ão das for ças espirituais;A vibração dos elementos qu e concorrem pa ra o êxi-

to dos tra balhos ; magia que se opera na e vocação das entid ades

. espiritu ais; boaou má aceita ção qu possam ter as entidade s

máxim as que recebem as vdbrações do planomaterial , em perfeit a harmonia com os planosesprí ítuaís;

A repe rcussão fut ura que ocasionará na existênciados seres humanos , após a te rminação dos tra-balhos e te etc.

Ta l como a baqueta do s antigos Mag os da Ka-ballah, à s emelhança ta mbém do cajado de Moisés, é oponte iro um símbo lo míst ico de gr ande influência , exer-cendo nos trabalhos espirituais um princípio ativ o e pas-sivo que liga, p or me io de altas vibraçõe s, o mun do es-piritual ao mundo material .

CuRIADORES

São as bebidas que se oferecem às entidades espiri-tuais q ue baix am nos t errei ros. Essas bebidas variam deacordo com a exígê ncía de cada entidade , e têm tam -

6 UMB ND TR VÉS DOS .SJ :CULOS

bém a sua s ignificaçã o esotéríc Da mesma forma queCristo, ao re unir os discípulos por ocasiã o da ceia, írm -nou-se c om eles , bebendo vinho, em confr aterniz ação deamizade; da mesma maneir a pratica m as entidad es s ..p írítuaís o uso desse costum e que se tor nou tr adicionalentre as civi lizações. Assim , acreditam t odos o s que pra -ticam a Umbanda, e mesm o aqueles que cultuam out rasreli giões, que o ato d e beber, q uando é feito no sen tidode reunir as p essoas amigas em um mesmo círculo co ma fínelídade e festejar um acontecimento .qua lquer;traz -nos alegria s e momentos de f elicidade . Do mesmomo-do, as entidades espirituais, a traídas pelo s eu cu ría-dor predileto , (dado como oferenda), trazem-nos bo asirradiações espirituais, ao me smo tempo pr ocurando sa-tisfazer os nossos des ejos e vontad es.

O fato de um espírito não pr ecisar a bsolutam entede b bida ou ?omida, não implica no p onto de vista deum r itual antígo , e que ainda hoje é larga mente cult ua-do. Ness e caso, qu ando o s ca tólicos fazem s uas prem es,sas a os Santos, prome tendo l hes braç os de cera ve-_Ias ,. etc., isto n ão quer di zer que os Santos est ejampreci sando desses objetos. finalidade de ssas orerend ase unicamente uma crença no LEI DA OFE RTA E DAPROCURA , lei essa da q ual a huma nidade jama ispo e á a ;fastar . Dar para r eceber é uma das cond íçõe PIrItUaI S, e essenci l ao eleme nto humano, cu ja 01'1..gem é DIVINA, e reside n o íntimo de cada um .

AM ALAS

Da mesma fo-rma que o Curi ador o AM A íI

o que se de nomina na Um banda de Co mida de Sa1 to ,e repr esenta um ritual todo esp ecial, para o qUl\l oUmba ndistas deveriam di spensar um esp ecial 1 1 t Onde melh or se prest a atenção a tudo q uantpeit o ?-o Amalá, é no culto do Candobl é, ond

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262 A L U IZ I O F O N 'T E N E L l l

tão é encarada de uma maneira bastante perfeita, pe-lo fato de conhecerem os seus praticantes muito maisa respeito de arte CUlinária própria das entidades, Pre-tos Velhos Africanos, do que propriamente os seguido-res da Umbanda. Entretanto, nem todos os que pratí-cam verdadeiramente a Umbanda, prestam a devidaatenção à questão do Amalá. preciso que conheçamosperfeitamente todas essas questões do ritual Umband ís -

ta para termos a certeza de não, incorrermos no lamen-tável erro de julgar ser uma cousa sem importância, es-.ses caprichos próprios das entidades espirituais. Princi-palmente nos despachos que se fazem, onde está snqua-drado o EBÓ DE EXU (comida de EXli), necessáriose torna que se façam devidamente esses Ebós, a fimt1epodermos conseguir aquilo que desejamos, quando osevocamos numa prática qualquer. ., Os amalás que se dão no culto do Candoblé, sãopreparados por uma cozinheira especializada, que com osnomes de Iabá ou Abacê , termo oriundo do PovoGêge, se encarregam de prepará-Ias convenientemente.,A condição para o preparo do Amalá , requer uma sé-riede preceitos, os quais, quando as Iabás não estive-tem em condições, não os podem absolutamente pr.epa-ra r,

Os Amalás são em geral oferecidos aos Orixás ,e em determinadas condições, estabelecendo-se aindacertos preceitos que devem.ser levados em consideração.Não se atira um Amalá em qualquer lugar, como tam-bém não se oferece a uma entidade um amalá que nãocondiga com o seu gosto ou especialidade.

Esses amalás, depois de preparados convenientemen-te, são depositados num l á (local armado para talfim), e depois, servido ao Orixá, precedido de um ritualtodo especial. imprescindível dar-se o am aíá seguidodo ponto riscado da entidade para a qual é feito esseoferecimento. Assim, de acordo com os preceitos conhe-cidos, dá-se a Xangô, abada d e oi c oz ida com caruru,

UMBANDA T R VÉS DOS SÉCUL O S 6

tendo essa comida verdadeiro nome de Amalá deXangô.

Pluralizando-se entretanto o termo AMALA , con-sí d erou-se toda comida de santo com esse nome, quandono entanto, os termos empregados para essas comidas,variam de acordo com os alimentos a serem orertadosaos Orixás. Assim por exemplo: Para Exu, dá-se o E l lÓPE EXU que é uma mistura de .azeíte de dendê, velas,charutos, marafo, carnes, etc., de acordo com opedidodesses elementos das trevas. Para Oxalá, dá-se o mun-guzá , mais conhecido no Rio de Janeiro com onomede Canji ca . Para Ogu m dá-se o amoloc ô; para Inhan-ç o acaraié ; para Omulu, a pipo ca e assim pordiante, considerando-se sempre a predileção do Orí x ãpelo seu respectivo amalá.

Ao fazer-se 1 Amalá , costuma-se freqüentemente.festejar esseacontecimento, e, escolhe-se na maioria dasvezes a data festiva do Orixá a ser dado esse ofereci...mento, na certeza de merecer-se grandes honrarias eproteção, por parte dessas entidades. .

A questão do local onde deve ser feito o amalá ,também tem a sua preferência; e, necessário se tornaconhecer-se perfeitamente a vontade doOrixá em rece•.ber essa oferenda, para que a finalidade que desejamosalcançar venha corroborar justamente com a época e olocal onde vamos prestar essa homenagem.

Tal como se rende homenagem a uma grande p l ••

s onal ídade de Estado, assim também se homenageia um ORlXA DA UMBANDA , dando-lhe o seu banquete pre •díleto. Essa é a finalidade do AMALÁ,

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Capítulo XX

SARAVA UMBA NDA

Eis-nos chegados finalmente ao término de ste tr a-balho. Querer c olabora r com t odo aquele qu e de fa tose interessa por uma Umoanda sem preconceito s esem a maldade que deturpa os sentimentos human os,foi o que me levou a trilhar por essa senda tum ultuada,que é propagar uma doutrina; e, muit o especial e te,quando essa doutrina sofre todos os ata ques possrveis eímagínáveí s, de outras seitas , que a encaram como um areligi ão de falsos princípios, de falsos credos ; e, sobre -tudo , visando como dada prática de feitiçarias , eoriunda de negros ar r. canos incultos , segundo que remafirmar certos elementos qu e a descon hec em porcomple to .. ', Não quero absolut amente repeti r o que já foi am-plamente comentado no capítulo II deste li vro, no quediz respeito verdadeira origem da Umbanda ; o que

desejo que fique bem patente o meu modo de entendere cultuar essa Umbanda tão sublime em seu s pr inc ípios,

como o são todas as obras da Natu reza, criada s pelabondade do Pai On ipotente .Desejo cada vez mai s elev ar o c onceito d esta reli-

gião, p ugnando par a que os homens c ultos , e conhece -dores pe rfei tos do que 'sejam Leis D ivinas , possam , ali-ando- se aos meus propósitos , faze r vale r as for ças queence rram todas as Leis da Natureza , bálsamo conter -

\ A :UMSAND A c l'RAV1:S DOS' <l CIl L08 'c265

tante e cri ador da perfeita condição que l iga o homem-esp íritual ao . homem mat erial, na certeza de estar pra -.tícando a verd adei ra caridade, sentindo dentro do peit oo próprio Deus. . , '

Todo homem dev e buscar dentro: de uma relig iãoas energia s que lhe traz em a fé em si mesmo, para quepossa alcançar todos os ben s mater íaís e espirituais deque tan to precisa em s eus empreendimentos. De nadaadiantará a quele que não possui uma energia própr ia,e uma c onvicção f irme naquilo que anseia conseguir,quando não es tá acobe rtado por uma força superior eíndômíta, que ihe m ostra o ver dad eiro caminho a segu ir.Este é o ca so da Um banda.

h mem consi dera-se forte, a té o momento em qu ejulga que os seus atos e as suas vontades possam S,él'resolvidos se m inte rferências estranhas . No entanto ,quando baque ia, 'essa razão de ser deixa de i existir, e suavida torna-se um m ananci al de de sgostos e desofrimen -to. Não cabe somente aos fracos, erguerem-se e pugna -rem por u ma condiç ão mel hor. Os fortes também de -vem encara r todas as circun stâncias da sua vida mate-

•ríal por um prisma, onde a sobrev ivência do espírito.está acima do que eles ju lgam e entendem como possuí-:dores de um li vre arbítrio, que os conduz fata lmente aoapogeu e glór ía. . .

A humanidad e inteira tem q ue pa ssar por grandesdiflculdades, árd uas lu tas e dnúmeros sofr imentos. En-tretanto , · se enca rarmos a questão do sofrimento 'mate-rial , tendo em vist a que a r azão dess e sofrimento é uma

.condíção pró pria de cad a indivíduo, não teremos abs ·

lutamente ne nhum receio de enfrentar a nossa c ondi -ção cármíc a, quand o temos a cert eza de estarm os pró-· ,tegid o.s e salvaguardados .

, 'Busquemos pois, uma m elhor cond ição para a no •savlda; pr ocuremos dentro de nós me smos' um s ·mente q ue dorm ita, e que precisa ser acordado em

:,mente opor tuno. Esse .sentímento é .a .,forqa próp r 1

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-,- , A L U I Z :t O - F O N T E N E L L 'E

homem , OUi melhor: é a font e criadora da vontade ,

o poder da mente; em suma , é a vibração espiritual que-d entro de nós mesmos, aguarda a ordem suprema d arevolução universal .

A ci ência busca a verdade, procu rando provar po rmeio de fórmulas matemáticas , aquilo que existe de re a le verdadeiro, dentro de uma concepção imaginada .

A Umbanda mostra como dogma a força espírí tu aldo homem , q u e procura ad ivinhar por meio de sort ilé-gios, aquilo que el e sab e qu e existe; porém , qu e só po -derá ter a certeza, quand o ul trapassa r os limite s d a su aex istência material.

Corpo e espírito , ir ma nados numa m es ma condiçã operante a obra criadora da Natureza, hão de forçosa -mente chega r ao cl ímax das concepções filosóficas d .ag rande síntese , ond e a imagem de Deus s e mo s tr a ra ,através do s século s, na plenitude de sua forma . Qua n-do lá chegarmos, não precisaremos mais do in v ólucr oca rna l, para podermos completa r a t rajetória inde finid aq ue , pela LeJ da Re en ca rnação somos ob rigados a v olta rao orbe terráqueo, em cumprimento às Leis Cármicas .A i, o homem, perfeito conhecedor das Leis e condiç õesimpostas pelo e x celso Condotier i d e Almas, s e r e integr a-rá no seio da mansidão celest e , e jamais a corrup ção ea i ndignidade o farão retrogradar .

Cult ru.emos uma Umbanda pura , uma Umband asublime; e , teremos a visão perfeita do horizon te qu ese estenderá à nossa frente , sem os pesadelos e tor-pezas que cumulam o homem terreno , agr ílhoando-o aomais inconsciente de todos os males : a ignor â ncia de Deus

Peçamos, às entidades da Umbanda , as lu zes para o sn ossos espíritos, e a força redentor a e a miga qu e n o sacob e rta de todos os malefícios m a te riaí s e espi rituais .Faç amos u ma prece em l ou v or d o ch ef e supr em o

. dO 'Reino de O ba ta lá, para q u e nos encam inhe e nos

·· A UMBANDA ATRAWS D O S S l lOULOS

mo s tre, a través da s en da luminos a do mu ndo espil itu 1,o v e rd adei ro cam in h o d a fé e d a comp reensão.. Salvemos tod os os ORIXAS . e toda s as falamde traba lhad or es do bem .

SARAVA UMBAND A ..

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:

íND IC E

1 0 Volume

P A R TE TEóR ICA

Capo Pá g

I - A r azão de se r dest e livre ; o o o • o o • o o • • • o o o o • • • ; • o 17II - O que sign ifica a p alavra UMB ANDA . o o o o • o •• o o

II - A Umband a através dos séculos o • • o • • o o •• ••• o o '29

IV - A v erdadeira orig em do primeiro homem : que

habitou a terra o • • • o • • • 39

V - Al gumas rel igiões e sua origem o o; •• '47

VI - O C ristianismo - As reli giões desmembradag do

Cristian ismo O s reformadores - A era' kal 'de-

cista e seu fundador All an Ka rdec o • • o • o • • • • o • • o 74

VII - Umbanda , futura rel igião do Universo - DQmi -

111 0 dos Es píritos o o o ••• • • o • •••••• •• • o o • o • • • • • • • a

VIII - A codtãca ção da Umb anda. _. TrabalM s filosó -ficos e doutriná rios o • • • • • • • • • • • • • • • • •

IX - Prova cármíca - Livre arbí trio - Reencarn ação U

X - A falsa Umbanda que se pratica no Brasil . _ ..

Tabu s - Imagens, amuletos , etc. ..........•. 11 1

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270 A UMBANDA A l RA Vl :S DO S BtOUL OS

capo P ág .

2. Volum e

PAR T E PRATICA

XI - A m beq u er ê- K ibanda e o ritual Afro -B rasil e i-

ro n o C ando m b lé ;.. ..... 1 29

XII - C o mo deve ser cultuada a verd adeira U mband a

- S ua verdadeira d ivisão... ...... . . . ... . .. . .. . 1 51

XIII - Tra b a lh ad o res da L in h a d o O rient e - E n tidadeshi n dus su as in d umentáiras e rituais 1 6 iJ

XIV - Orixás d a Umbanda Jl 74

XV - A me d icina do e spaço e o pod e r da vont ad e. -

M a gia - Passes e operaçõ e s astra is .1 8 0

. XVI :- A Umbanda íníc íátíca Os e x u s e suas falanges 1 8 8

XVII - R ituai s da Umban d a - Curandelrismo 2 0 1

X V II I - A alta sig n if icaçã o d o s p o nto s cantad o s e riscados 20 6

XIX - P em b a s P o nt eiro s C u ria dor es A malás etc . .. .. 25 7

xx - saravã Umb a nd a 6

COmposto e impresso naGRAFICA EDITORA A URO RA L Tn A .2021 1Rua Frei Caneca 1 9 - Z O Telefone : 222-0654 - Ca ixa Po sta l 7 041

ZC 58 RIo de Ja nelro

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