1- aula-hematologia.ppt aula anemias out 2013
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A anemia é considerada a doença mais
prevalente em todo o mundo (TORRES,
SATO, & QUEIROZ, 1994), sendo
conseqüência da incapacidade do setor
hematopoiético em manter a concentração
de hemoglobina em seu valores normais.
A Anemia ocorre em decorrência de um problema de saúde pública em diversos países (principalmente naqueles em desenvolvimento como o Brasil), com importantes conseqüências para a saúde humana e desenvolvimento das nações (MONTEIRO, C.A.; SZARFAC, S.C. 1987)
Estima-se que na América Latina
aproximadamente 10-30% das
mulheres em idade fértil apresentem
algum tipo de anemia, principalmente
associada à deficiência de ferro
(BEARD & CONNOR, 2003).
Reduções nos níveis de
hemoglobina disponíveis promovem
alterações morfológicas,
bioquímicas e estruturais, com
sérias conseqüências para o
desenvolvimento do indivíduo
(FREIRE, 1998).
A anemia é caracterizada pela
diminuição da taxa e hemoglobina,
segundo a OMS em valores inferiores a
13 g% para homens, 12 g% para
mulheres e crianças de 6 a 14 anos e
11g% para crianças de 6 meses a 6
anos e gestantes.
Quando em seu estágio inicial não
provoca sinas e sintomas, especialmente
quando incipiente (início).
A anemia pode ter o seu diagnóstico
laboratorial elucidado através de um
HEMOGRAMA, que constitui um
importante exame laboratorial, que
avalia além de outros parâmetros, a
DOSAGEM HEMOGLOBINA (%).
Além disto, o HEMOGRAMA é um
exame que permite AVALIAR O
ESTADO DE SAÚDE GERAL DE UM
INDIVÍDUO.
As alterações observadas no
hemograma, permitem ao clínico, avaliar
patologias relacionadas à série vermelha
(anemias, policitemia, malária), série
branca (leucemias, infecções diversas)
e série das plaquetas (púrpuras,
trombocitopenias) e relacioná-las aos
achados clínicos observados no paciente
(BEUTLER & WAALLER, 2006).
Podendo assim concluir diagnóstico.
Na interpretação do hemograma,
atenção especial deve ser dada ao
número de eritrócitos, valores de
hemoglobina, hematócrito, assim
como aos índices hematimétricos
(VCM, HCM, CHCM e RDW),
possibilitando ao médico vislumbrar as
possibilidades diagnósticas
(CARVALHO, 2006).
A Anemia quando apresenta, os
primeiros sintomas observados, são a
FADIGA E DIMINUIÇÃO DA
DISPOSIÇÃO.
Com a piora do quadro anêmico pode
ocorrer a DISPNÉIA (devido a redução
da oferta de oxigênio aos tecidos) ou
também quadros de INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA.
Quando a anemia se torna mais
grave já podemos ter a presença de
FRAQUEZA, TONTURA, DIMINUIÇÃO
DA CONCENTRAÇÃO (devido a
diminuição de oxigênio ofertado ao
cérebro).
Com a diminuição na oxigenação
tecidual, podem aparecer mecanismos
compensatórios, tais como,
TAQUICARDIA, PALPITAÇÕES, etc.
Os sintomas dependem do ritmo que
ocorre a Redução da Hemoglobina.
Se a anemia se instala rapidamente,
como em uma HEMORRAGIA AGUDA, a
sintomatologia está relacionada com a
HIPOVOLEMIA e o doente pode estar em
CHOQUE ainda com um hematócrito
normal.
Ex: Perda Aguda excessiva de sangue
em decorrência de um CÂNCER
GASTRICO.
Porem se a mesma quantidade de
sangue for perdida de uma forma
insidiosa, a anemia é bem tolerada
devido a MECANISMOS
COMPENSATÓRIOS, que regulam o
ritmo cardíaco e respiratório.
Ex: Perda de sangue de forma crônica por
via intestinal em decorrências de uma
Parasitose por Ancilostomídeo.
“Na abordagem de um doente com
anemia, além dos dados clínicos,
da história pessoal e familiar, é
imprescindível a interpretação
correta dos parâmetros
hematológicos e o estudo
morfológico do esfregaço de
sangue periférico”
Para a classificação das anemias
são usados dois tipos de critérios:
1) O ASPECTO MORFOLÓGICO
DAS HEMÁCIAS = (Volume, Forma
e Cor).
2) MECANISMOS QUE LEVAM A
REDUÇÃO DO NÚMERO DE
HEMÁCIAS = Formação diminuída
das hemacias /Perdas sanguíneas).
CLASSIFICAÇÃO POR
CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS
1)ANEMIA HIPOCRÔMICA E MICROCÍTICA.
VCM < 80 FL (80 a 99 FL)
HCM < 27 pg (27 a 32 pg)
PRINCIPAIS PATOLOGIAS ENVOLVIDAS:
- ANEMIA FERROPRIVA
- TALASSEMIAS
- ANEMIAS DAS DOENÇAS CRONICAS
- ANEMIA SIDEROBLASTICA
- ANEMIAS HEMOLÍTICAS (GRAVIDADE).
2) ANEMIA NORMOCÍTICA E
NORMOCROMICA.
VCM (N) / HCM (N)
PATOLOGIAS ENVOLVIDAS:
- ANEMIA DAS D. CRÔNICAS (INÍCIO)
- ANEMIAS HEMOLÍTICAS (GRAVIDADE)
- ANEMIA DA GRAVIDEZ
3)ANEMIAS MACROCÍTICAS
VCM > 99 FL
TIPOS DE PATOLOGIAS ENVOLVIDAS:
- ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
- DEFICIENCIA DE B12 E AC. FOLICO.
- A. NÃO MEGALOBLASTICA:
- ALCOOLISMO, HIPOTIROIDISMO,
DOENÇA HEPÁTICA, ETC.
ANEMIAS HIPOCRÔMICA E
MICROCÍTICAS ANEMIA FERROPRIVA
Anemia por deficiência de Ferro ou
sideropenia é a causa mais frequente
de anemia em todo o mundo.
Diversos estudos populacionais
mostram prevalências de sideropenia
preocupantemente elevadas, sobretudo
nas populações com poucos recursos
sócio-económicos.
“O Ferro é um nutriente essencial
para o crescimento e para o
desenvolvimento psicomotor, e a sua
carência tem sido associada a uma
diminuição da capacidade de aquisição
de conhecimentos, insucesso escolar,
irritabilidade, alterações do sono, assim
como a uma diminuição da tolerância
ao esforço e da imunidade celular”.
Vários estudos mostram que crianças
com deficiências de Fe moderadas ou
graves na fase inicial da infância
apresentam um desenvolvimento
cognitivo (comprometimento
cerebral) inferior ao das crianças não
carentes ou com carência ligeira.
Esta desvantagem intelectual parece
manter-se ao longo da infância,
independentemente da posterior
correção da sideropenia.
O Fe existente no organismo resulta de um equilíbrio entre a quantidade que é absorvida e a quantidade necessária para o crescimento tecidual, a expansão do volume sanguíneo e a compensação das perdas fisiológicas (menstrual) ou outras.
Há vários fatores que alteram este
equilíbrio e a sua importância varia nas
diferentes fases do desenvolvimento: -
- 1º ano de vida, na adolescência e na
gravidez há uma maior utilização
tecidual do Fe, devido ao crescimento
rápido e expansão do volume
sanguíneo.
- Mulher em idade fértil, as perdas
menstruais representam o grande risco
de sideropenia.
Um valor de HEMOGLOBINA (Hb)
dentro dos parâmetros normais, não
exclui a sideropenia, isto porque o Fe é
utilizado preferencialmente para formar a
Hb e, numa situação de carência, antes
dos níveis de Hb começarem a baixar,
muitas hemácias já estarão
apresentando alterações em
decorrência da deficiência de Fe.
Características Laboratoriais
Em termos laboratoriais a anemia por
deficiência de Ferro, se caracteriza por
um valor baixo de Hg, VCM baixo e
HCM baixo, podendo o CHCM ser
normal no inicio da anemia, o RDW
levemente elevado e Dosagem de ferro
no sangue abaixo do valor de referencia
(50 microgramas %), com o
aparecimento no esfregaço de hemácias
hipocrômicas e microcíticas.
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