a atuação da ccee como operadora do mercado brasileiro
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XIII Fórum Nacional de Energia e Meio Ambiente no Brasil
A atuação da CCEE como operadora do mercado brasileiro
15 de agosto de 2012
Luiz Eduardo Barata Ferreira
Presidente do Conselho de Administração - CCEE
Sistema Interligado Nacional – Principais Bacias
Predominância: Hidrelétricas
Sistemas Isolados
2% do mercado
Predominância: Termelétricas
Sistema Interligado
98% do mercado
Estrutura de gestão do Setor Elétrico Brasileiro
CNPE: Define a política energética do país, com o objetivo de assegurar a estabilidade do suprimento energético
MME: Responsável pelo planejamento, gestão e desenvolvimento da legislação do setor, bem como pela supervisão e controle da execução das políticas direcionadas ao desenvolvimento energético do país
EPE: Realiza o planejamento da expansão da geração e transmissão, a serviço do MME, e dá suporte técnico para a realização de leilões
CMSE: Supervisiona a continuidade e a confiabilidade do suprimento elétrico
ANEEL: Regula e fiscaliza a geração, transmissão, distribuição e comercialização de eletricidade. Define as tarifas de transporte e consumo, e assegura o equilíbrio econômico-financeiro das concessões
ONS: Controla a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) de modo a assegurar a otimização dos recursos energéticos
CCEE: Administra as transações do mercado de energia e realiza os leilões oficiais
Comercialização de Energia no Brasil
• A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE foi autorizada pela Lei nº 10.848, de 15/03/2004, e instituída pelo Decreto nº 5.177, de 12/08/2004, como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, sob regulação e fiscalização da ANEEL sem fins lucrativos.
Ciclo da energia elétrica
Pagamento pelo uso do sistema de transmissão
Pagamento pelo uso do sistema de distribuição
Perfis dos consumidores livres e especiais
• Consumidores livres: podem escolher seu fornecedor de energia elétrica
• Consumidores cativos: com baixa demanda, não podem escolher sua concessionária de energia elétrica
• Consumidores especiais: podem exercer a liberdade desde que obedecidos alguns critérios na compra de energia elétrica
6
Consumidor FonteDemanda Mínima
ContratadaTensão Mínima
Livre• Convencional• Alternativa (Desconto TUSD/TUST)
3 MW
69 kV (antes ago/1995)
Nenhuma(após ago/1995)
Especial• Convencional (30 a 50 MW)• Alternativa (Desconto TUSD/TUST)
500 kW - 3 MW 2,3 kV
Agentes na CCEE
Total 58 95 126 146 194 662 826 915 935 1.007 1.403 1.645 2.102
0
150
300
450
600
750
900
1050
1200
1350
1500
1650
1800
1950
2100
2250
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Importador 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
Gerador Autoprodutor 0 3 8 11 11 14 15 21 24 28 34 41 42
Gerador a Título de Serviço Público 15 19 19 20 20 22 27 30 29 28 28 31 32
Distribuidor 35 39 41 42 42 43 43 43 43 45 45 46 46
Comercializador 5 18 31 35 41 47 44 48 55 70 93 113 141
Gerador Produtor Independente 2 15 26 37 45 65 83 88 130 169 262 312 414
Consumidor Especial 0 0 0 0 0 0 0 0 194 221 455 587 852
Consumidor Livre 0 0 0 0 34 470 613 684 459 445 485 514 575
Classe [%]
Gerador a Título de Serviço Público 1,5%
Gerador Autoprodutor 2,0%
Distribuidor 2,2%
Comercializador 6,7%
Gerador Produtor Independente 19,7%
Consumidor Especial 40,5%
Consumidor Livre 27,4%
Total 100,0%
Participação - Ago/2012
Responsabilidades da CCEE - Evolução
8
5) Leilões de energia existente6) Gestão dos CCEARs e CCGs7) Exportação de energia
1) Cálculo PLD2) Contabilização 3) Liquidação MCP
28) RRV usinas em atraso29) Gestão contratos leilões de
ajuste
25) Nova garantia financeira26) Gestão energia de reserva27) Geração dos CCGs
20) Matriz de desconto21) RRV22) Leilões de reserva23) Liquidação de penalidades24) Penalidade de medição
16) MRA PCHs17) Liquidação MCSD18) Leilões de fontes alternativas19) Encargo de Segurança Energética
8) MCSD9) Leilões de ajuste10) Leilões de energia nova11) Alocação de geração própria
4) Penalidade por lastro de venda e consumo
2000/
200220042003 20082005 20072006 2009 2010
12) Sobrecontratação (103%)13) PROINFA14) Penalidade de potência15) MCSD ex-post
• Apuração do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado para liquidação da energia comercializada no curto prazo
• Administração do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL)
• Manter o registro dos dados de energia gerada e consumida pelos agentes da CCEE
• Registro dos contratos firmados entre os agentes da CCEE
• Contabilização e liquidação financeira das transações realizadas no mercado de curto prazo
• Realização de Leilões de Energia Elétrica, sob delegação da Aneel
• Implantação e divulgação das Regras de Comercialização e dos Procedimentos de Comercialização
• Apuração das infrações e cálculo de penalidades por variações de contratação de energia
• Monitoramento das condutas e ações empreendidas pelos agentes da CCEE
• Efetuar a liquidação financeira dos montantes contratados nos Leilões de Energia de Reserva
Principais Responsabilidades da CCEE
9
Processo de Contabilização e Liquidação na CCEE
10
Medição
Contratos
PLD
Contabilização Pré-FaturaLiquidação Financeira
Regras de Comercialização
Procedimentos de Comercialização
SINERCOM SCDE
VISÃO GERAL DO MERCADO
Comercialização de energia elétrica
Por que a energia elétrica é uma commodity diferente?
12
Não estocável em grande
escala
Confiabilidade do suprimento
é um bem público
Produção deve ocorrer no instante de consumo
13
Vendedores:
Geradores de Serviço Público, Produtores Independentes, Comercializadores e Autoprodutores
Participação dos agentes nos ambientes de contratação
Contratos resultantes de leilões
ACR - Ambiente de Contratação REGULADA
Distribuidoras (Consumidores Cativos)
Vendedores:
Produtores Independentes
Autoprodutores
Contratos resultantes de leilões
ER – Energia de RESERVA
CCEE (Distribuidoras Consumidores LivresConsumidores Especiais)
Comercialização de energia elétrica
Contratos livremente negociados
ACL- Ambiente de Contratação LIVRE
Consumidores LivresConsumidores Especiais outros Vendedores
• Aspectos Gerais
Os contratos registrados na CCEE são puramente financeiros, o Operador Nacionaldo Sistema Elétrico (ONS) se responsabiliza pela entrega física
Consumidores Exigência de contratação de 100% da demanda
Vendedores Exigência de comprovação de lastro de venda/ potência
Agentes estão sujeitos à penalidade por falta de lastro e insuficiência de contrataçãoapurados ao longo de 12 meses (média móvel)
14
Comercialização de Energia no Brasil
Carga do ACR e ACL no SIN – Maio 2012Centro de Gravidade
15
Carga TOTAL SIN* Maio: 57.007 MW médio
Carga TOTAL SIN* (12 meses): 58.424 MW médio
ACR42.02571,9%
Perdas RB de Geração1.1872,0%
Consumidor Livre9.26315,9%
Consumidor Especial1.1832,0%
Autoprodutor3.4966,0%
Gerador968
1,7%
Impo/Exp302
0,5%
ACL15.21226,0%
ACR41.59071,6%
Perdas RB de Geração1.1271,9%
Consumidor Livre9.46516,3%
Consumidor Especial1.3712,4%
Autoprodutor3.5746,2%
Gerador934
1,6%
Imp/Exp33
0,1%
ACL15.41726,5%
Número de Contratos Registrados em Maio 2012 = 15.020
ACL/ACR
ACL
ACR
16
Número de Contratos registrados na CCEEMaio 2012
Bilateral ACL6.04240%
Bilateral ACR1401%
CCEAR QTDE3.88826%
CCEAR DISP2.49919%
Ressarcimento1791%
Leilão110%
Itaipu290%
PROINFA2.25115%
Volume de Contratos Registrados em Maio 2012 = 79.053 MW médios
ACL/ACR
ACL
ACR
17
Volume dos Contratos registrados na CCEE (MW médios)Maio 2012
Bilateral ACL35.50945%
Bilateral ACR7.1489%
CCEAR QTDE20.67226%
CCEAR DISP2.49919%Ressarcimento
1.7702%
Leilão510%
Itaipu7.2389%
PROINFA1.1912%
VISÃO GERAL DO MERCADO
Leilões de energia elétrica e Energia de Reserva
Ambiente de Contratação Regulada - ACR
19
Compradores: Distribuidoras
• Compra da energia de forma passiva no leilão
• Declara somente as necessidades
• Obrigação de 100% de contratação
Ofertantes: Fontes hidráulicas e térmicas
• Hidráulicas: Contrato com 30 anos de duração
• Térmicas: Contrato com 20 anos de duração (os primeiros contratos eram de 15 anos)
Resultado dos Leilões de Energia (2004-2012)Montante Financeiro, Volume, Preço Médio e Contratos
20
Leilão R$ Bilhões* MW MédiosPreço Médio (R$/MWh)
Número de Contratos
Leilões de Energia Existente (LEE) 133,5 19.987 93,2 1.612
Leilões de Energia Nova (LEN) 593,7 22.478 126,9 6.728
Leilões de Fonte Alternativa (LFA) 25,1 900 151,8 1.146
Leilões de Energia de Reserva (LER) 43,7 2.189 149,3 176 CER**
TOTAL GERAL 796 45.553,6 121,3 9.662
*Valores atualizados pelo IPCA – junho/12** Não inclui 1.398 Conuer – contratos de adesão com os compradores da energia de reserva
Energia de Reserva - Fundamentos
Energia de Reserva: destina-se a aumentar a segurança no fornecimento deenergia elétrica ao Sistema Interligado Nacional – SIN, proveniente de usinasespecialmente contratadas para este fim
• Embasamento legal: Lei nº 10.848/2004 e Decreto nº 6.353/2008
• Energia contratada por meio de leilões, sendo a gestão da Conta de Energia deReserva – CONER, uma atribuição da CCEE
• Energia de Reserva (geração das usinas) será contabilizada e liquidadaexclusivamente no Mercado de Curto Prazo – MCP
21
Montantes negociados e preços médios dos leilões – LEN, LEE, FA e LER
22
9.054
15.938 17.31419.271
22.547
26.17728.607
32.045
27.984
24.127 24.756 25.255 26.012 26.141 26.141 26.14157,5
61,7 63,2 66,7
74,2 80,5
84,3 89,0
107,4
119,1 119,4 121,3 122,8 122,8 122,8 122,8
-7
13
33
53
73
93
113
133
153
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
R$
/MW
h
MW
mé
dio
Montantes negociados e preços médios resultantes dos leilões (LEN, LEE, FA e LER)
UHE Santo Antônio (MWmédio) UHE Belo Monte (MWmédio) UHE Jirau (MWmédio)
Energia de Reserva (MWmédio) Fontes Alternativas (MWmédio) Energia Existente (MWmédio)
Energia Nova Hidráulica (MWmédio) Energia Nova Outras Fontes(MWmédio) Preço Médio
Leilões de energia - ACR
23
185,88 183,74180,70 178,60 175,05 174,73
174,38169,68
149,93 149,26
131,75
119,76
106,39
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Óleo Diesel Gás de Processo
Biomassa de Criadouro
Avícola
Biogás Óleo Combustível
GNL PCH Carvão Mineral
Eólica Gás Natural Bagaço de Cana
Cavaco de Madeira
Hidro
Preço Médio de Venda por fonte (R$/MWh)
Fonte: CCEE. Elaboração própria. Foram considerados osLeilões até dez/2011: LFA, LEN, LERe Estruturantes. Atualização pelo IPCA: junho/12.
DESAFIOS PARA O MERCADO
Ampliação do ACL - Potencial
25
C. ESPECIAIS 2%
POTENCIAL ESPECIAIS
14%
C. Livre, APE,
Eletroin-tensivo, Exp/Imp
25%
POTENCIAL LIVRES - 5%
ACR
73%
Potencial Atual Máximo ACL
(46%)ACL
27%
Adaptação CCEE – Estudo Andrade & Canellas
Dados maio 2011
Situação
Atual
Desafios 2012
• Implantação do Novo Sistema de Contabilização e Liquidação (Novo SCL)
• Segurança do mercado:
• Manter inadimplência no mercado de curto prazo reduzida
• Nova sistemática de garantias financeiras
• Atuação junto ao Poder Judiciário
• Interface com ANEEL, ONS, EPE, associações e agentes do mercado
• Criação da figura do Comercializador Varejista
26
Luiz Eduardo Barata FerreiraPresidente do Conselho de Administração - CCEE
www.ccee.org.br
Obrigado
ANEXOS
Duração dos Contratos de Compra ACL* (em MWmed)
29
1 mês
18,3%
2 a 5 meses
4,6%
6 meses a 1 ano
23,5%
acima de 1 até
2 anos5,1%acima de 2 até 4
anos8,5%
acima de 4 anos
40,1%
Volume de Contratos Registrados em Maio 2012 = 35.751 MW médios
*Compra bilateral e Proinfa realizada por autoprodutores, produtores independentes, geradores, comercializadores e consumidores livres e especiais
Duração dos Contratos de Compra no ACL*
30
1 mês
25,5%
2 a 5 meses
6,8%
6 meses a 1 ano
12,6%
acima de 1 até 2
anos5,5%
acima de 2 até 4
anos8,5%
acima de 4 anos
41,1%
Número de Contratos Registrados em Maio 2012 = 8.194
*Compra bilateral e Proinfa realizada por autoprodutores, produtores independentes, geradores, comercializadores e consumidores livres e especiais
FORMAÇÃO DO PREÇO DE CURTO PRAZO NO BRASIL
Visão geral
Mercado de Curto Prazo
32
• O mercado de curto prazo leva em consideração toda a energia contratada por parte dos Agentes e toda a energia efetivamente verificada (consumida ou gerada)
• Os montantes do mercado de curto prazo são valorados ao Preço de Liquidação das Diferenças –PLD
• Liquidação Multilateral
• Loss Sharing entre agentes credores (no caso de inadimplência)
Mercado de Curto Prazo
EnergiaContratada
Energia Verificada
PLD
Preço de Liquidação das Diferenças - PLD
33
• Na CCEE são utilizados os mesmos modelos matemáticos adotados pelo ONS para determinação da programação e despacho de geração do sistema
• O cálculo do preço baseia-se no despacho “ex-ante”, ou seja, é apurado com base em informações previstas, anteriores à operação real do sistema
• O PLD é determinado em base:
- Semanal
- Por patamar de carga (pesado, médio e leve)
- Por Submercado (4 áreas)
• Limitado por um piso e um teto:
• - Teto 727,52 R$/MWh
• - Piso 12,20 R$/MWh
Norte (R$)
Nordeste (R$)
Sudeste & Centro Oeste (R$)
Sul (R$)
SistemaIsolado
Formação do Preço de Curto Prazo no Brasil
Dados do Planejamento de Longo Prazo
NEWAVESéries de AfluênciasPrevisão de Carga de
Longo Prazo
Função de Custo Futuro
DECOMP
Previsão de Carga
Previsões Mensais e Semanais de Vazões
Disponibilidade de Geração Térmica
Custos de Operação
CMO
5anos
2meses
PLD
•Sem restrições internas aos submercados•Preço Mínimo •Preço Máximo
Formação do Preço de Curto Prazo no Brasil
Usar
Hidrelétrica
Usar
Termelétrica
OK
Déficit de Energia(corte de carga)
Vertimento
(desperdício)
OK
Decisão?
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