apostila auxiliar de estudos a evolução do cristianismo até o espiritismo e a umbanda
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Apostila: A Evoluo do Cristianismo at o Espiritismo e a Umbanda
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Apostila Auxiliar de Estudo
A Evoluo do Cristianismo at
O Espiritismo e a Umbanda
Este trabalho o resultado de pesquisa que proporciona apoio aos estudos
dos assuntos abordados. Aqui inclumos tambm histrico e comentrios
sobre a Umbanda, no intuito de fornecimento aos expositores espritas que
por falta de fontes confiveis, lembrando que a mesma no codificada,
algumas vezes acabam expondo pensamentos distorcidos da realidade.
Revista Esprita Dr. Bezerra de Menezes
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ndice
Apostila auxiliar de estudos
A Evoluo do Cristianismo at o Espiritismo e a Umbanda
PG. 4 Introduo
I - Breve histrico do Cristianismo 6 O Cristianismo entre as crianas espirituais
6 A evoluo do Cristianismo de acordo com a evoluo do ser humano.
8 Breves trechos da histria do Cristianismo
8 A crucificao de Jesus Cristo
9 As primeiras comunidades Crists
9 A Revolta Judaica
9 Perseguio dos cristos
11 Conclio de Nicia
13 A importncia dos Conclios para o Cristianismo e breves comentrios sobre as religies
15 Conclio de Constantinopla
17 Dados histricos
18 Alguns dos clebres vultos do Cristianismo, no ocidente
II - Espiritismo
26 A implantao do Espiritismo na Terra
33 Dana das mesas (Mesas girantes)
35 Alguns venerveis nomes defensores do Espiritismo
46 Considerao Inicial
48 Expresso filosfica do Espiritismo
51 Doutrina Esprita - Conceitos e Princpios Bsicos
III - Mediunidade
54 Histria da Mediunidade
54 Mediunidade nos povos primitivos
56 Mediunidade na antiguidade
59 Detalhando os fenmenos medinicos (Dr. Ricardo Di Bernadi)
65 Trabalhando com a mediunidade (Herculano Pires)
67 Ectoplasma
72 Livros indicados
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IV - Umbanda 75 Costumes e tradies no Brasil em 1908 77 Anlise do Brasil em 1908
80 O Cristianismo abre seus braos a todas as raas 81 Histria da Umbanda at os dias atuais - informaes histricas
87 Quem foi Gabriel Malagrida? 92 Anlise Histrica 97 O Cristianismo abre seus braos a todas as raas
98 Desmit ificando a formao das linhas de trabalho na Umbanda e Prtica Medinica
104 Finalizando os estudos sobre a Umbanda - Leal de Souza
V- A evoluo inacreditvel do Cristianismo
107 Mensagens psicogrficas de Dr. Bezerra de Menezes 112 Concluso
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Introduo
Jesus
No nosso propsito narrarmos histria de Jesus. Apesar de
belssima e que enriquece qualquer trabalho que a contenha. Nosso
intuito o de coloc-lo em sua exata posio como o Governador
Espiritual de todo o planeta Terra.
Ele, o governador de todo o nosso planeta e de todos ns que aqui
residimos temporariamente nessa casa escola, pessoalmente veio ensinar-
nos a como agir pensar e sentir. De conformidade com os desgnios de
nosso Pai, visando a nossa evoluo espiritual que tem como objetivo levar-
nos a um estado progressivo de felicidade pessoal atravs de nossa
evoluo espiritual. Evoluo espiritual que apenas atestamos estar
conseguindo se retiramos de ns, principalmente, o egosmo e o orgulho de
nossas personalidades. A felicidade verdadeira s a temos quando
efetuamos o cumprimento das leis de Deus.
Mas pensamento falho por demais o julgarmos que somos ns, moradores
de uma parte apenas do planeta os felizardos de termos recebido o Mestre
em nosso meio em detrimento a outra parte da Terra que no teve a
oportunidade de t-lo entre eles. Afinal, Jesus o governador de toda a
Terra e no apenas um governador de uma parte do planeta. Se ao longo
de sua passagem fsica pela Terra houve a possibilidade de ele estar entre
ns. Pela brevidade de uma existncia em comparao a complexidade da
tarefa para qual ele veio, que era o de implantar no seio de nosso povo o
Cristianismo. Era impossvel que estivesse em todos os quatro cantos do
mundo. Assim, de uma forma totalmente compreensvel, Ele, como
governador dos quatro cantos desse planeta coordenou a vinda de seus
grandes auxiliares para a implantao no restante do mundo dos conceitos
elevados. E assim que ocorreu o surgimento do Budismo e tantas outras
religies.
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A ns que temos compreenso de como na parte espiritual, cabe-nos uma
pergunta: por qual razo seno de forma puramente pedaggica
diferenciamos as religies que intitulamos de Crists, das demais? Uma vez
que de diferente, apenas, foram as mos pelas quais elas vieram para o
nosso planeta. Apenas isso. Pois sabemos que a coordenao foi de
uma nica personalidade. Jesus. Nosso governador geral.
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I - Breve histrico do Cristianismo
O Cristianismo entre as crianas espirituais
Inicialmente, explicando o termo: "O Cristianismo entre as crianas
espirituais". Queremos justific-lo por nos referirmos aos nossos primrdios
quando ramos bem mais do que hoje, inferiores. Espritos ainda mais no
incio de nossa evoluo moral e intelectual graas lei do progresso que
rege a todos.
Aos que puderem, ser de grande validade escutar os profundos
apontamentos do orador Haroldo Dutra Dias: Desperta, tu que dormes,
levanta-te dentro os mortos e o Cristo te esclarecer. (Paulo, 15:14)II Congresso Esprita
Alagoano -Palestra ministrada no dia 27/04/2014 em Macei/AL
A evoluo do Cristianismo de acordo com a evoluo do ser
humano.
No livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo. No captulo 1 Instruo
dos Espritos A ERA NOVA. Encontramos respaldo a questo da evoluo
do Cristianismo, na medida certa em relao ao desenvolvimento humano.
Observemos:
9. Deus nico, e Moiss, o Esprito que Deus enviou em misso para se
fazer conhecer, no somente pelos Hebreus, mas ainda pelos povos pagos.
O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua
revelao por Moiss e os profetas. As vicissitudes desse povo eram
destinadas a impressionar os olhos e fazer cair o vu que escondia a
divindade dos homens. Era, na poca, o nico povo monotesta.
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Os mandamentos de Deus dados a Moiss trazem o germe da mais ampla
moral crist; os comentrios da Bblia limitavam-lhe o sentido, porque,
postos em prtica em toda a sua pureza, ela no teria sido, ento,
compreendida; mas nem por isso, os dez mandamentos de Deus deixaram
de permanecer como o frontispcio brilhante, como o farol que deveria
iluminar a Humanidade no caminho que deveria percorrer. (Moiss pela
rudeza do povo foi obrigado a colocar leis suas como, por exemplo: se um
animal passar para o seu terreno, ele seu, ainda outros mandamentos
bem materializados).
A moral ensinada por Moiss era apropriada ao estado de adiantamento no
qual se encontrava o povo a que ele foi chamado a regenerar. Esse povo,
semi-selvagem, quanto ao aperfeioamento de sua alma, no teria
compreendido que se pode adorar a Deus de outro modo e no pelos
holocaustos. Muito menos que se precisasse perdoar a um inimigo. As idias
das artes e das cincias eram muito atrasadas. A moralidade ainda
engatinhava e no se teriam convertidos sob o imprio de uma religio
inteiramente espiritual. Era-lhes preciso uma representao semi-material,
tal qual lhe oferecia, ento, a religio hebraica. Assim, os holocaustos
falavam aos seus sentidos, enquanto que as ideias de Deus falavam s suas
almas.
O Cristo foi o iniciador da moral mais pura e mais sublime moral evanglico-
crist que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torn-los irmos.
S com Jesus foi criada a palavra perdo que deve fazer jorrar de todos os
coraes humanos a caridade e o amor ao prximo. Criar entre todos os
homens uma solidariedade comum. Moral, enfim, que deve transformar a
Terra, e dela fazer dela uma morada para os Espritos Superiores que a
habitaro amanh. a lei do progresso em ao...
(Um Esprito Israelita, Mulhouse, 1861)
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Breves trechos da histria do Cristianismo
O Cristianismo de conformidade com o que at ento pensvamos de uma
forma restritiva e imperfeita a religio predominante na Europa, Amrica,
Oceania e em grande parte de frica e partes da sia.
A Histria do cristianismo remonta mais de 2014 anos de histria da religio
crist e suas Igrejas, principiando-se no ministrio de Jesus e seus
apstolos, at a atualidade. Iniciado no primeiro sculo d.C. em Jerusalm.
Baseada nos ensinamentos deixados por Jesus, que so de cunho
monotesta. Durante a Era dos Descobrimentos ocorridos entre os sculos
XV ao XVII, o cristianismo se expandiu para o mundo. Ao longo da sua
histria os cristos tem se dividido por disputas teolgicas que resultaram
em muitas igrejas distintas.
A crucificao de Jesus Cristo
Segundo a religio judaica o Messias iria um dia restaurar o Reino de Israel.
Jesus, que era judeu, ao pregar uma nova doutrina e atrair seguidores
acabou aclamado como o Messias. Mas, no aceito por seu prprio povo.
Considerado por apstata pelas autoridades judaicas. Condenado por
blasfmia e executado pelos romanos pela acusao de ser um lder
rebelde.
Com a morte e a ressurreio de Jesus, os apstolos renem-se numa
comunidade religiosa composta principalmente por judeus, em Jerusalm,
seguindo as orientaes deixadas por Jesus. Praticavam a comunho dos
bens, administrava o batismo aos novos convertidos e celebravam a
"partilha do po" em lembrana da ltima refeio tomada por Jesus.
De l os apstolos partiram para pregar a nova mensagem, anunciando a
nova religio. Filipe prega aos Samaritanos. Em contato pela primeira vez
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com os pagos, em Antioquia, os discpulos entram e passam a ser
denominados de cristos.
Paulo de Tarso no se contava entre os doze apstolos. Mas bandeirante do
Novo Testamento prega entre os gentios. Entre os anos de 44 e 58 ele fez
trs viagens que levaram o Cristianismo para a sia Menor e a outras
regies da Europa.
As primeiras comunidades Crists
Nas primeiras comunidades crists a coabitao entre os cristos oriundos
do paganismo e os de origem no judasmo gerava conflitos. Muitos dos
provenientes do judasmo permaneciam fiis s restries alimentares, bem
como se recusavam a sentarem mesa com os pagos.
A Revolta Judaica
Em Junho do ano 66 inicia-se a revolta judaica. Em Setembro do mesmo
ano a comunidade crist de Jerusalm decide separar-se dos judeus
insurrectos, seguindo a advertncia dada por Jesus de que enquanto
Jerusalm fosse cercada por exrcitos a desolao dela estaria prxima.
Exilam-se em Pela, na Transjordnia, o que representa o segundo momento
de ruptura com o judasmo.
Perseguio dos cristos.
As perseguies organizadas contra os cristos surgem em especial a partir
do sculo II, no ano de 112, quando Trajano volta-se contra os cristos. Se
fossem cidados romanos eram decapitados, caso contrrio podiam ser
atirados s feras ou enviados para trabalhar nas minas.
Durante a segunda metade do sculo II houve o desenvolvimento das
primeiras heresias. Marcio rejeitou o Antigo Testamento, opondo o Deus
vingador dos judeus ao Deus bondoso do Novo Testamento, apresentado
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por Cristo. Elaborou um Livro Sagrado feito a partir de passagens retiradas
das epstolas de Paulo e do Evangelho de Lucas. Tatiano, cristo de origem
sria, convertido em Roma, gera uma seita agnstica que reprova o
casamento e que celebrava a eucaristia, com gua, e no com o vinho. O
latim passa a ser usado como lngua sagrada.
Durante o sculo III, com o relaxamento da intolerncia aos cristos, a
Igreja havia conseguido muitos donativos e bens. Porm, com o
fortalecimento da perseguio pelo imperador Diocleciano esses bens foram
confiscados. Posteriormente com a derrota de Diocleciano e a ascenso do
imperador romano Constantino, o cristianismo foi legalizado pelo dito de
Milo de 313, e os bens da Igreja devolvidos. de sua prpria autoria a
ordenao de diversas baslicas e templos e as doou Igreja. Constantino
convocou o Primeiro Conclio de Nicia em 325, onde se definiu o Credo
Niceno, uma manifestao mnima da crena partilhada pelos bispos
cristos.
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Conclio de Nicia
Alguns dos principais pontos discutidos no snodo foram:
A questo ariana e a profisso de F
Excluindo dois seguidores de Ario, todos os demais envolvidos assinaram as
atas do Conclio de Nicia
Profisso de F
"Cremos em um s Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas,
visveis e invisveis; E em um s Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado
do Pai, unignito, isto , da substncia do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, no criado, consubstancial do
Pai, por quem todas as coisas foram feitas no cu e na terra, o qual por
causa de ns homens e por causa de nossa salvao desceu, se encarnou e
se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos cus e vir
para julgar os vivos e os mortos; E no Esprito Santo. Mas quantos queles
que dizem: 'existiu quando no era' e 'antes que nascesse no era' e 'foi
feito do nada', ou queles que afirmam que o Filho de Deus uma
hipstase ou substncia diferente, ou foi criado, ou sujeito alterao e
mudana, a estes a Igreja Catlica anatematiza".
Os participantes do Cristianismo divergiam quanto data da Pscoa da
ressurreio. Apesar da tentativa efetuada, as diferenas de calendrio
entre Ocidente e Oriente fez com que esta vontade de festejar a Pscoa em
toda a parte no mesmo dia continue no realizado. No conclio de Nicia
decidiu-se a questo estabelecendo que a Pscoa dos cristos fosse
celebrada, sempre, no domingo seguinte ao plenilnio aps o equincio da
primavera.
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* As igrejas da sia Menor, que contava com a igreja de feso, celebravam,
juntamente com os judeus, no 14 dia da primeira lua da primavera
* As igrejas de Roma e de Alexandria, juntamente com muitas outras
igrejas tanto ocidentais quanto orientais, celebravam-na no domingo
subsequente ao 14 Nisan. Mas, o ponto mais importante desse conclio,
referia-se a Doutrina de Arius.
Doutrina de Arius
A Doutrina da Cristologia, de Arius, defendia:
Que o Logos e o Pai no eram da mesma essncia (Opondo-se a
Trindade)
Que o Filho era uma criao do Pai
Que houve um tempo em que o Filho (ainda) no existia
No ano de 318 ocorreram desavenas entre Arius e o Bispo Alexandre de
Alexandria. Uma vez que esse acusava Alexandre de Sabelianismo. Sendo
condenado no Conclio. Arius, contudo, encontrando apoio de Eusbio de
Cesareia bem como outros apoios, espalhou a desavena da Alexandria por
todo o Oriente. Para restabelecer a unio entre os cristos o Imperador
Constantino I convocou o Primeiro Conclio de Nicia em 325, onde a
doutrina de Arius acabou por ser condenada como hertica.
Arius foi expulso tendo, no entanto, a sua banio anulada pela influncia
do Bispo Eusbio de Nicomdia no ano de 328, na mesma poca em que
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Atansio se tornou Bispo de Alexandria. No ano de 335 Arius seria
supostamente reabilitado. Ele concordou em subscrever a doutrina de Nicia
que havia recusado anteriormente. Contudo, antes de receber a comunho
em Constantinopla, "morreu" subitamente.
A importncia dos Conclios para o Cristianismo e breves
comentrios sobre as religies
Apesar de inmeros absurdos absolutamente normais do ponto de vista da
evoluo da humanidade ter sido efetuado nos Conclios, h uma
observao importante sobre eles que devemos efetuar. Sem eles a unidade
crist no se observaria como observamos ao longo da histria. Em sntese:
podemos concluir que foi um mal necessrio.
O Cristianismo, seus ensinamentos, propagava-se entre as comunidades
atravs de dilogos, principalmente. Bem como as comunicaes entre as
cidades e regies eram espordicas e nesse processo rudimentar se
espalhava. Normal conceber que foram geradas inmeras alteraes no
contedo e prticas Crists.
Os conclios, em fim, tinham a funo de estabelecer uma maior
padronizao na prtica e nos ensinamentos Cristos. E se isso no
ocorresse, poderia gerar a fragmentao do Cristianismo. O que bem
diferente do que historicamente veio a ocorrer foi formao de inmeras
religies crists. Visto que a no fragmentao do Cristianismo
proporcionou-nos a preservao da Bblia seguida pelo Catolicismo.
Posteriormente, da Bblia surgiram os denominados protestantes, iniciados
por Lutero que se rebelou contra o catolicismo e suas mximas. Quanto ao
surgimento de diversas religies, em nada tem haver com a fragmentao
ou no do Cristianismo. Mas, sim, sendo o resultado da aplicao religiosa
do Cristianismo para os diversos graus evolutivos dos espritos encarnados
na Terra. Uma vez que os conhecimentos cristos ampliam-se ou no em
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cada religio de acordo com a exata capacidade de esses religiosos
compreenderem e as praticarem.
Apenas ilustrando o que acima foi dito. Acabo de ter uma breve conversa
com a proprietria da penso onde me encontrava at pouco tempo. E,
nessa conversa, em determinado momento ela falou: Toda a minha famlia
seja da parte de meu falecido marido e os meus foram e so extremamente
religiosos. At o presente momento nenhum dos nossos mortos veio contar
como do outro lado e, nem poderiam! Esto dormindo, aguardando a
volta de Jesus. Alis, eles esto dormindo em seus aposentos. Apesar de
ns utilizarmos o nome errado de tmulos. O certo falarmos em
aposentos.
Essa senhora que aqui no vou declinar o nome, pelo tempo que a conheo
posso dizer que uma excelente praticante do cristianismo. Se eu tentasse
impor as verdades que o cristianismo aquilatou para a humanidade atravs
do Espiritismo, estaria sendo um pssimo religioso. Pois, se h condies de
compreender mais coisas do que essa senhora, tambm sou obrigado a
reconhecer que o grau evolutivo, intelectual, espiritual dela outro.
Portanto, suas consideraes devem ser ouvidas e respeitadas. Sem uma
ao intil e equivocada de gerar uma discusso que apenas eu conseguiria
mago-la se tentasse expor que o que ela est a dizer no o que
verdadeiramente ocorre. Que os espritos de seus entes queridos se
encontram em outra dimenso e muito vivos, totalmente livres da matria.
Por fim, necessrio expor uma grande diferena entre a evoluo espiritual
e a evoluo intelectual-espiritual que no depende da evoluo intelectual
acadmica. A primeira sendo a mais importante permite-nos ao morrer
sermos merecedores de estarmos em regies espirituais mais elevadas.
Pois, quem tem determinada evoluo espiritual mais apurada faz a prtica
do bem. J quem tem apenas a evoluo intelectual-espiritual tem maiores
condies de compreender as novas revelaes Crists. (Revelaes e no
inovaes ou descobertas.) Mas, infelizmente, entre ter condies de
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compreender e coloc-la em prtica em suas vidas, h uma grande
diferena e nem sempre o fazemos. O ideal que tenhamos as duas
evolues. Para, como dizia em suas palestras meu pai: podermos voar
mais alto, com a utilizao das duas asas. A asa do conhecimento e a asa
da prtica do bem que Jesus e todos os seus colaboradores de alta
hierarquia espiritual vieram nos ensinar.
Conclio de Constantinopla
dito de Justiniano: Se algum diz ou sustenta que as almas
humanas preexistiram na condio de inteligncias e de santos
poderes; que, tendo-se enojado da contemplao divina, tendo-se
corrompido e, atravs disso, tendo-se arrefecido no amor a Deus,
elas foram, por essa razo, chamadas de almas e, para seu castigo,
mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado!
O Conclio de Constantinopla realizado na cidade de Constantinopla
(Istambul, Turquia), de cinco de maio a dois de junho do ano 553. Foi
realizado pelo imperador romano Justiniano e participado principalmente
por bispos orientais. Sendo apenas seis bispos ocidentais, justamente como
manobra para se obter os votos necessrios para os interesses de
Justiniano. Foi neste conclio que a preexistncia da alma deixou de ser
aceita e pregada dentro da Igreja Catlica, sendo declarada como hertica.
Afinal, manter a preexistncia da alma faria admitir, por exemplo, a
possibilidade de que o imperador e sua famlia, em outra existncia,
poderiam nascer ou j terem sido pessoas do povo. Alm do mais,
Justiniano casou-se com Teodora, que era uma prostituta, sendo que ao
longo do tempo suas antigas amigas tendo em vista a sua jornada de xito
comearam a se insuflar, e ela, diante do fato, e at para procurar apagar
seu passado, mandou matar cerca de 500 outras prostitutas. Depois disso o
povo comeou a dizer que ela ia pagar na outra vida o crime hediondo
realizado. Ento ela pediu ao marido para que ele banisse a reencarnao
das crenas populares. Coisa que o orgulho de suas posies no admitia,
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jamais. Por outro lado, h de se justificar de o Papa haver assinado esse
banimento no Catolicismo das realidades da preexistncia da alma visto que
se opusesse a vontade do imperador certamente ele estaria colocando o seu
poder em perigo, e sua prpria vida, uma vez que no estaria atendendo
aos interesses polticos de Justiniano que o mantinha no controle da Igreja
Catlica Apostlica Romana. Na reunio final deste conclio participaram
cerca de 165 bispos. Dos quais, 159 bispos orientais. Algo totalmente
planejado para o xito de seus propsitos.
Como consequncia desse Conclio observamos que o cristianismo que na
poca representava-se, na Terra, atravs da Igreja Catlica Apostlica
Romana, aboliu a preexistncia da alma. Sendo que, o mais curioso, foi
o fato de os cristos terem aceitado. Entretanto, nada mais natural.
Afinal, nessa poca ramos crianas espirituais. E, como tais, facilmente
manipulveis por alguns poucos. Felizmente essa uma realidade que
deixamos para trs. Afinal, hoje, nossa sociedade no admite tal
acontecimento ocorrer impunemente. Isso uma evoluo de nossa
sociedade. De cada um de ns, Graas a Deus!
Finalmente conclumos que se a rvore do Cristianismo foi mutilada
atravs desse Conclio, nada mais foi do que o arrancarmos um de
seus galhos que nos orienta. Mas que em momento oportuno,
quando a humanidade encontrou-se mais evoluda, assim como
ocorre em uma rvore que a mutilamos, atravs da poda, torna-se
mais bela e frondosa expondo para ns toda a sua fora e beleza.
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Dados histricos
Em 500 d.C., criou-se o purgatrio. O que demonstra a modificao dos
ensinamentos do Cristianismo atravs da Igreja Catlica Apostlica
Romana.
Em 1074 d.C, estabeleceu-se o celibato clerical, que um atentado
natureza humana ocasionando inmeros sacrifcios, sofrimentos e desvios
de religiosos de todos os tipos.
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Alguns dos clebres vultos do Cristianismo, no ocidente.
John Wycliffe
(1320 31 de dezembro 1384) Professor da
Universidade de Oxford, telogo e reformador
religioso ingls. Precursor das reformas religiosas
que sacudiram a Europa nos sculos XV e XVI.
Trabalhou na primeira traduo da Bblia para o
idioma ingls, entregando a traduo da Bblia aos
padres. Acreditava que essa deveria ser um bem comum de todos os
cristos e precisaria estar disponvel para uso cotidiano, na lngua nativa
das populaes. "a joia do clero tornou-se o brinquedo dos leigos". A
influncia dos escritos de Wyclif foi fundamental em outros movimentos
reformistas, como o movimento liderado por Jan Huss e Jernimo de
Praga.
NaBomia, Na Universidade, aplicou-se nos estudos de teologia, filosofia e
legislao cannica. Tornou-se sacerdote e depois serviu como professor no
Balliol College, ainda em Oxford. Por volta de 1365 tornou-se bacharel em
teologia e, em 1372, doutor em teologia.
Como telogo destacou-se pela firme defesa dos interesses nacionais contra
as demandas do papado, ganhando reputao de patriota e reformista.
Wycliffe afirmava que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e
o que deveria ser e por isso defendia reformas. Suas idias apontavam a
incompatibilidade entre vrias normas do clero. Uma destas
incompatibilidades era a questo das propriedades e da riqueza material do
clero. Ele pregava o retorno da Igreja primitiva pobreza dos tempos dos
evangelistas, algo que, na sua viso, era incompatvel com o poder
temporal do papa e dos cardeais. Para ele o Estado deveria tomar posse de
todas as propriedades da Igreja e encarregar-se diretamente do sustento do
clero. Logo a ctedra deixou de ser o nico meio de propagao de suas
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idias, ao iniciar a escrita de seu trabalho mais importante, a Summa
theologiae. Entre as idias mais revolucionrias desta obra est a afirmao
de que, nos assuntos de ordem material, o rei est acima do papa e que a
Igreja deveria renunciar a qualquer tipo de poder temporal. Sua obra
seguinte, De civili dominio, aprofunda as crticas ao Papado de Avignon
(onde esteve a sede provisria da Igreja de 1309 at 1377), com seu
sistema de venda de indulgncias e a vida perdulria e luxuosa de muitos
padres, bispos e religiosos sustentados com dinheiro do povo. Wycliffe
defendia que era tarefa do Estado lutar contra o que considerava abusos do
papado. A obra contm 18 teses que vieram a pblico em Oxford, no ano de
1376.
Em 22 de maio de 1377, o Papa Gregrio XI, que em janeiro havia
abandonado Avignon para retornar a sede da Igreja a Roma, expediu uma
bula contra declarando que suas 18 teses eram errneas e perigosas para a
Igreja e o Estado. Mas o apoio de que Wycliffe desfrutava na corte e no
parlamento tornaram a bula sem efeito prtico, pois era geral a opinio de
que a Igreja estava exaurindo os cofres ingleses.
Jan Huss
Seus pais eram checos de poucas posses materiais. Esse reformador
bomio, de origem da cidade de Husinec, teve seu
nascimento no dia 6 de Julho de 1369. (data
provvel). Morreu queimado na cidade de
Constana, no dia 6 de Julho de 1415.
Estudou em Praga, onde esteve por volta dos anos
80. Foi grandemente influenciado por Stanislav ze
Znojma, que mais tarde se tornaria seu amigo ntimo e finalmente um
grande inimigo. Nos seus escritos usava frequentemente citaes de John
Wyclif. Em 1393 fez Bacharelado em Letras, em 1394 o Bacharelado em
Teologia, e em 1396, finalmente o Mestrado. Em 1400 foi ordenado padre,
tornando-se em 1401 reitor da faculdade de Filosofia. No ano seguinte foi
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reitor da Universidade Carlos. Em 1402, nomeado pregador na Igreja de
Belm em Praga, onde pregava em lngua checa. No em latim, como
costume de sua poca. Uma afronta aos costumes de poca.
A sua inclinao para as reformas eclesisticas foi despertada pelos escritos
teolgicos de Wyclif. O que ficou denominado de Hussismo das primeiras
dcadas do sculo XV, no era mais do que Wyclifismo transplantado para
solo Bomio. Os escritos teolgicos de Wycliffe espalharam-se rapidamente
pela Bomia, trazidos em 1402 por Jernimo de Praga, e que, mais tarde,
tornou-se amigo e seguidor de Huss. Esses escritos causaram profunda
impresso em Hus. A Universidade decretou-se contra as novas doutrinas.
Sob a tutela do Arcebispo Zbynk Zajc, Hus gozou nos primeiros tempos de
boa reputao e proteo. Em 1405 ele estava ativo como pregador sinodal,
mas o bispo foi forado a depor contra ele devido aos ataques dele contra o
sacerdcio.
Hus pregava o Sacerdcio Universal dos Crentes, no qual qualquer pessoa
pode comunicar-se com Deus sem a mediao sacramental e eclesial. Antes
de ser queimado, Hus exps as seguintes palavras ao carrasco: "Vocs hoje
esto queimando um ganso (Hus significa "ganso" na lngua bomia), mas
dentro de um sculo encontrar-se-o com um cisne. E este cisne vocs no
podero queimar." Identificamos nessas palavras a vinda de Martinho
Lutero, com esta profecia. Pois, 102 anos depois, Lutero pregou suas 95
teses em Wittenberg.
Martinho Lutero
Martinho Lutero nasceu em Eisleben, no dia 10 de
novembro de 1483. Morrendo tambm em Eisleben, em
18 de fevereiro de 1546. Desenvolveu traduo da Bblia
em outros idiomas gerando um impacto violento tanto na
Igreja quanto na cultura germnica. E, tambm, o que fez
desse livro mais acessvel e ao alcance de mais pessoas. Seu casamento
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Apostila: A Evoluo do Cristianismo at o Espiritismo e a Umbanda
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com Catarina von Bora estabeleceu padro para a prtica do casamento
clerical, permitindo o matrimnio dos pastores protestantes. Seus hinos
incentivaram a prtica do ato de cantar em igrejas. Era padre e professor
de teologia. Iniciador da Reforma Protestante. Ops-se fortemente as
compras de indulgncias praticada pela Igreja Catlica Apostlica Romana.
Apresentou suas 95 teses no ano de 1517. E sua recusa em retirar seus
escritos em cumprimento ao pedido do Papa Leo X, em 1520, e do
Imperador Carlos I de Espanha, na Dieta de Worms, no ano de 1521.
Provocou a sua excomunho pelo papa e a condenao como um fora-da-lei
pelo imperador. Ele pregava que a salvao no provia de bons feitos, mas
de um livre presente de Deus, recebida apenas pela graa atravs da f em
Jesus como um redentor do pecado. Sua teologia desafiou a autoridade
papal na Igreja Catlica Romana por ensinar que a Bblia a nica fonte de
conhecimento divino e ops-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os
cristos batizados como um santo e natural sacerdcio.
Considerao necessria: No desenvolvimento do Cristianismo, Lutero
representa um dos momentos mais importantes dessa evoluo. Notemos,
contudo, que sua obra representa o fruto de contnua evoluo de muitos
que o antecederam, em cumprimento dos desgnios de Deus. Entretanto,
para os que no visualizam esses acontecimentos, reportando-se as pocas
em que ocorreram, lembramos que ele rompeu no iniciar do sculo XVI,
com prticas seculares da Igreja Catlica. Exigir naquela poca mais
realizaes e mudanas, impossvel. Afinal, a nossa evoluo nesse perodo
no comportaria.
Nota: Quando falamos em desenvolvimento do Cristianismo, subtende-se
que no ele propriamente dito, que evolui. Mas, sim, o ser humano em
seu progresso incessante, como esprito imortal, que lentamente permite ao
Cristianismo retirar os vus que antes estavam ocultando verdades que
sempre existiram. Mas que o progresso dos espritos encarnados e
desencarnados, na Terra, ainda no permitia que ns tivssemos acesso a
essas informaes. Utilizando uma linguagem figurada: O Cristianismo, ao
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longo da histria da humanidade mede a intensidade de seu brilho de
conformidade com a nossa capacidade de ver e trabalhar com essa luz. E,
na atualidade dos nossos desenvolvimentos, quantas verdades ainda no
tm condies de compreendermos no atual estgio evolutivo em que
estamos? Certamente, dentro de cem ou duzentos anos a mais, quantas
coisas teremos condies de saber dessa rvore generosa e que hoje,
simplesmente, no temos condies de compreender?
H, contudo, uma exposio que no se pode comprovar. Mas provvel
que se antigamente houvesse a necessidade de sculos serem gastos para
que pudssemos ter condies de ampliar nossos conhecimentos em
alguma coisa, o perodo atual em que nos encontramos e dai em diante,
permitir que maiores informaes sejam fornecidas pelo Cristianismo, em
um menor perodo de tempo.
Hippolyte Lon Denizard Rivail - "Allan Kardec"
Nascido em famlia catlica com tradio profissional
na advocacia e na magistratura. Efetuou estudos na
Escola de Pestalozzi, Sua. Pas de formao
religiosa tipicamente protestante. Tornando-se um
dos seus mais distintos discpulos e ativo propagador
de seu mtodo, que influenciou na reforma do ensino
na Frana e na Alemanha.
Em 1824, de volta a Frana, publicou um plano para aperfeioamento do
ensino pblico. No dia 6 de fevereiro de 1832 desposou Amlie Gabrielle
Boudet. Tinha profundo domnio da lngua alem, traduzindo para este
idioma algumas obras de educao e de moral, com destaque para as obras
de Franois Fnelon. Conhecia a fundo os idiomas francs, ingls e
holands, alemo, italiano e espanhol. De 1834 em diante passou a lecionar
e a publicar diversas obras sobre educao. Tornando-se membro da Real
Academia de Cincias Naturais.
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Como pedagogo dedicou-se luta para uma maior democratizao do
ensino pblico. Entre 1835 e 1840, residiu na rua de Svres. Onde
ministrava cursos gratuitos de Qumica, Fsica, Anatomia, Astronomia; entre
outras matrias. As matrias que lecionou como pedagogo foram:
Astronomia, Qumica, Matemtica, Fsica, Fisiologia, Retrica, Anatomia
Comparada e Francs. Sobre a utilizao do pseudnimo "Allan Kardec",
segundo biografias, foi adotado pelo Prof. Rivail a fim de diferenciar a
Codificao Esprita dos seus trabalhos pedaggicos anteriores.
Zlio Fernandino de Morais
Natural do distrito de So Gonalo/RJ. Extremamente jovem
no ano de 1908, ento com dezessete anos de idade.
Preparando-se para o ingresso na carreira militar na
Marinha de Guerra Brasileira. Foi acometido por
inexplicveis problemas no debelados pela medicina
daquela poca, certo dia ergueu-se no leito declarando:
"Amanh estarei curado!" No dia seguinte levantou-se normalmente e
voltou a caminhar, como se nada houvesse ocorrido. Sendo, dessa forma,
que acabou fundando a Umbanda. Religio de origem 100% nacional.
Casou-se com Isabel de Moraes e teve duas filhas, Zlia e Zilmia. Faleceu
no dia 3 de outubro de 1975 em Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro.
Sua atividade profissional era como comerciante. Sendo que no ano de
1924, tornou-se vereador. Trs anos depois foi reeleito e trabalhou como
secretrio do Legislativo Gonsalense. No poder pblico dedicava-se, em
especial, difuso de escolas pblicas. Tal a sua preocupao que criou
escola gratuita, de curso primrio, em seu centro religioso para atender as
crianas de Neves.
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Francisco Cndido Xavier
Francisco Cndido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo/MG,
Brasil. Em dois de abril de 1910. Morreu em 30 de Junho de
2002. Considerado o mdium do sculo e o maior
psicgrafo de todos os tempos. Atravs, em especial, dos
livros produzidos pelo esprito Andr Luiz, trouxe
significativos avanos para os conhecimentos Espritas.
Durante sua existncia psicografou 451 livros. Cedeu todos os direitos
autorais para organizaes espritas e instituies de caridade. Vendeu mais
de 50 milhes de exemplares em portugus, com tradues em espanhol,
italiano, ingls, mandarim, sueco, russo, japons, esperanto, romeno e
braile.
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II - Espiritismo
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A implantao do Espiritismo na Terra
Irms Fox
A famlia Fox
Em 11 de dezembro de 1847, a famlia Fox, de origem canadense, instalou-
se em uma casa modesta na povoao de Hydesville, no estado de Nova
Iorque.
A famlia Fox, compunha-se da Sra. Margareth Fox e seu marido. Sr. John
D. Fox. Alm de suas filhas, Kate e Margareth, respectivamente com 11 e
14 anos de idade. A mais conhecida e divulgada fonte sobre o ocorrido em
Hydesville, com a famlia Fox, o depoimento da Sra. Margareth Fox que
encontra-se no livro Histria do Espiritismo de Arthur Conan Doyle. Abaixo
exposto.
O casal possua mais filhos e filhas. Entre estas, Leah, mais velha, que
escreveria um livro, "The Missing Link" (New York, 1885), no qual abordou
s supostas faculdades paranormais de seus antepassados.
O fato ocorreu, inicialmente, apenas com Margareth e Kate. Depois, Leah
juntou-se a elas e teve participao ativa nos acontecimentos ao de
Hydesville.
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Depoimento da Sra. Margareth Fox
"Na noite da primeira perturbao, todos nos levantamos, acendemos uma
vela e procuramos pela casa inteira, enquanto o barulho continuava e era
ouvido quase que no mesmo lugar. Conquanto no muito alto, produzia um
certo movimento nas camas e cadeiras a ponto de notarmos quando
deitadas. Era um movimento em trmulo, mais que um abalo sbito.
Podamos perceber o abalo quando de p no solo. Nessa noite continuou at
que dormimos. Eu no dormi at quase meia-noite. Os rumores eram
ouvidos por quase toda a casa. Meu marido ficou espera, fora da porta,
enquanto eu me achava do lado de dentro, e as batidas vieram da porta
que estava entre ns. Ouvimos passos na copa, e descendo a escada; no
podamos repousar, ento conclui que a casa deveria estar assombrada por
um Esprito infeliz e sem repouso. Muitas vezes tinha ouvido falar desses
casos, mas nunca tinha testemunhado qualquer coisa no gnero, que no
levasse para o mesmo terreno.
Na noite de sexta-feira, 31 de maro de 1848, resolvemos ir para a cama
um pouco mais cedo e no nos deixamos perturbar pelos barulhos: amos
ter uma noite de repouso. Meu marido aqui estava em todas as ocasies,
ouviu os rudos e ajudou a pesquisa. Naquela noite fomos cedo para a cama
apenas escurecera. Achava-me to quebrada e sem repouso que quase
me sentia doente. Meu marido no tinha ido para a cama quando ouvimos o
primeiro rudo naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa comeou
como de costume. Eu o distinguia de quaisquer outros rudos jamais
ouvidos. As meninas, que dormiam em outra cama no quarto, ouviram as
batidas e procuraram fazer rudos semelhantes, estalando os dedos.
Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas: "Senhor P-Rachado, faa
o que eu fao". Imediatamente seguiu-se o som, com o mesmo nmero de
palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Ento Margareth disse
brincando: "Agora faa exatamente como eu. Conte um, dois, trs, quatro"
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e bateu palmas. Ento os rudos se produziram como antes. Ela teve medo
de repetir o ensaio. Ento Kate disse, na sua simplicidade infantil: "Oh!
mame! eu j sei o que . Amanh primeiro de abril e algum quer nos
pregar uma mentira".
Ento pensei em fazer um teste de que ningum seria capaz de responder.
Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente.
Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo uma pausa
de um para o outro, a fim de os separar at o stimo, depois do que se fez
uma pausa maior e trs batidas mais fortes foram dadas, correspondendo
idade do menor, que havia morrido.
Ento perguntei: " um ser humano que me responde to corretamente?"
No houve resposta. Perguntei: " um Esprito? Se for d duas batidas."
Duas batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Ento eu disse: "Se foi
um Esprito assassinado d duas batidas". Estas foram dadas
instantaneamente, produzindo um tremor na casa. Perguntei: "Foi
assassinado nesta casa?" A resposta foi como a precedente. "A pessoa que
o assassinou ainda vive?" Resposta idntica, por duas batidas. Pelo mesmo
processo verifiquei que fora um homem que o assassinara nesta casa e os
seus despojos enterrados na adega; que a sua famlia era constituda de
esposa e cinco filhos, dois rapazes e trs meninas, todos vivos ao tempo de
sua morte, mas que depois a esposa morrera. Ento perguntei: "Continuar
a bater se chamar os vizinhos para que tambm escutem?A resposta
afirmativa foi alta.
Meu marido foi chamar Mrs. Redfield, nossa vizinha mais prxima. uma
senhora muito delicada. As meninas estavam sentadas na cama, unidas
uma outra e tremendo de medo. Penso que estava to calma como estou
agora. Mrs. Redfield veio imediatamente, seriam cerca de sete e meia,
pensando que faria rir s meninas. Mas quando as viu plidas de terror e
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quase sem fala, admirou-se e pensou que havia algo mais srio do que
esperava. Fiz algumas perguntas por ela e as respostas foram como antes.
Deram-lhe a idade exata. Ento ela chamou o marido e as mesmas
perguntas foram feitas e respondidas.
Ento, Mrs. Redfield chamou Mr. Duesler e a esposa e vrias outras
pessoas. Depois, Mr. Duesler chamou o casal Hyde e o casal Jewell. Mr.
Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas. Em seguida, indiquei
vrios vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto por
algum deles, mas no tive resposta. Aps isso, Mr. Duesler fez perguntas e
obteve as respostas: Perguntou: "Foi assassinado?" Resposta afirmativa.
"Seu assassino pode ser levado ao tribunal?" Nenhuma resposta. "Pode ser
punido pela lei?" Nenhuma resposta. A seguir, disse: "Se seu assassino no
pode ser punido pela lei d sinais." As batidas foram ouvidas claramente.
Pelo mesmo processo Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado
no quarto de leste, h cinco anos passados, e que o assassnio fora
cometido meia-noite de uma tera-feira, por Mr.; que fora morto com um
golpe de faca de aougueiro na garganta; que o corpo tinha sido levado
para a adega; que s na noite seguinte que havia sido enterrado; tinha
passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a dez ps abaixo do
solo. Tambm foi constatado que o motivo fora o dinheiro.
"Qual a quantia: cem dlares?" Nenhuma resposta. "Duzentos? Trezentos?"
etc. Quando mencionou quinhentos dlares as batidas confirmaram.
Foram chamados muitos dos vizinhos que estavam pescando no ribeiro.
Estes ouviram as mesmas perguntas e respostas. Alguns permaneceram em
casa naquela noite. Eu e as meninas samos. Meu marido ficou toda a noite
com Mr. Redfield. No sbado seguinte a casa ficou superlotada. Durante o
dia no se ouviram os sons; mas ao anoitecer recomearam.
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Apostila: A Evoluo do Cristianismo at o Espiritismo e a Umbanda
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Diziam que mais de trezentas pessoas achavam-se presentes. No domingo
pela manh os rudos foram ouvidos o dia inteiro por todos quantos se
achavam em casa.
Na noite de sbado, 1 de abril, comearam a cavar na adega; cavaram at
dar n'gua; ento pararam. Os sons no foram ouvidos nem na tarde nem
na noite de domingo. Stephen B. Smith e sua esposa, minha filha Marie,
bem como meu filho David S. Fox e sua esposa dormiram no quarto aquela
noite.
Nada mais ouvi desde ento at ontem. Antes de meio-dia, ontem, vrias
perguntas foram respondidas da maneira usual. Hoje ouvi os sons vrias
vezes.
No acredito em casas assombradas nem em aparies sobrenaturais.
Lamento que tenha havido tanta curiosidade neste caso. Isto nos causou
muitos aborrecimentos. Foi uma infelicidade morarmos aqui neste
momento. Mas estou ansiosa para que a verdade seja conhecida e uma
verificao correta seja procedida. Ouvi as batidas novamente esta manh,
tera-feira, 4 de abril. As meninas tambm ouviram.
Garanto que o depoimento acima me foi lido e que a verdade; e que, se
fosse necessrio, prestaria juramento de que verdadeiro."
Assinado Margareth Fox.
Construindo uma rudimentar combinao alfabtica, com as pancadas
produzidas. Foi possvel que as irms Fox, obtivessem o nome do esprito
que era o causador dos sons. E foi dessa forma, que descobriram que seu
nome era a do mascate, de 31 anos. De nome Charles B. Rosma.
Assassinado h quatro anos, naquela casa e enterrado na adega. E por
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dedues, que seu assassino era antigo inquilino. Sr. Bell. Interessados em
esclarecer o caso, algumas pessoas escavaram a adega, em busca de
encontrar os restos mortais do suposto assassinado. No sendo nenhuma
prova cabal encontrada. E, por essa razo foram suspensas.
Depoimentos j haviam ocorridos. Mais houve em especial um depoimento,
com muitos detalhes, de quem se lembrava da passagem pela regio de um
certo mascate na mesma data em que o suposto esprito indicou como
sendo o do seu assassinato. Nesse depoimento descreveu o comportamento
dos antigos proprietrios da residncia em Hydesville, o Sr. Bell e a esposa
que, sozinhos, teriam recebido o mascate.
No Vero de 1848,o irmo mais velho da famlia. David Fox. Retomou a
busca. Mas a opinio de muitos que os resultados encontrados, no eram
originais. Uma armao. Nessa busca, a uma profundidade das escavaes
de um metro e meio, encontrou-se inicialmente, uma tbua. Aprofundando
o buraco, encontraram cabelos, restos de carvo, cal e alguns fragmentos
de ossos que, segundo Doyle, foram reconhecidos por um mdico como
pertencentes a um esqueleto de um ser humano.
Equivocadamente, Margareth e Kate chegaram a ser separadas e afastadas
do lar paterno. David Fox ficou com Margareth. E Kate ficou com Leah. Mas
essa separao das irms no foi suficiente para que os fenmenos
deixassem de ocorrer. E, no caso da irm mais velha, Lea Fish, passou a
tambm apresentar fenmenos catalogados como medinicos. Sendo esse
episdio narrado no livro Histria do Espiritismo:
"Era como uma nuvem psquica, descendo do alto e se mostrando nas
pessoas suscetveis. Sons idnticos foram ouvidos em casa do Reverendo A.
H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenmenos
fsicos irromperam na famlia do Dicono Hale, de Greece, cidade vizinha de
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Rochester. Pouco depois a Sra. Sarah A. Tamlin e a Sra. Benedict de
Auburn, desenvolveram notvel mediunidade (...)."
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Dana das mesas (Mesas girantes)
No sculo XIX ocorreu na Europa e nos
Estados Unidos esse fenmeno, mais
conhecido como as mesas girantes. A
sociedade mundial, inicialmente, apenas
levava esses acontecimentos, para o campo
do entretenimento. Mas o que desconheciam
era que isso ocorria para, justamente,
chamar ateno da humanidade. Consistindo
no movimento de mesas e outros objetos
pesados, sem causa fsica, em torno dos quais se reuniam nos sales
pessoas de todas as classes sociais e culturais. Sem que a princpio fosse
levado esse acontecimento em suas reais propores. Pois, durante sua
fase inicial, at meados de 1870. As mesas girantes foram objeto
unicamente de curiosidade e divertimento, em especial nos pases
europeus. Mas, atravs da seriedade do professor e pedagogo Hippolyte
Lon Denizard Rivail - "Allan Kardec. Culminou no estudo e
sistematizao de conhecimentos que construram a Doutrina Espirita.
O professor Rivail foi convidado pelo amigo Fortier, a verificar o fenmeno
das mesas girantes com a disposio de observar e analisar os fenmenos
que despertavam curiosidade no sculo XIX.
As primeiras manifestaes tidas como medinicas aconteceram por meio
de mesas se levantando e batendo, com um dos ps, um nmero
determinado de pancadas e respondendo, desse modo, sim ou no,
segundo fora convencionado, a uma questo proposta.
Analisando esses fenmenos, Allan Kardec, concluiu que no havia nada de
convincente neste mtodo para os cticos, pois se podia acreditar num
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efeito eltrico, cujas propriedades eram minimamente conhecidas pela
cincia de ento. Foram ento utilizados mtodos para se obter respostas
mais desenvolvidas por meio das letras do alfabeto: o objeto mvel,
batendo um nmero de vezes corresponderia ao nmero de ordem de cada
letra, chegando, assim, a formular palavras e frases respondendo s
perguntas propostas. Sociedades Cientficas de diversas partes do mundo
foram criadas para a investigao dos fenmenos. O mundo cientfico
acordou para analisar esses acontecimentos. Personalidades como Oliver
Lodge, Friedrich Zllner, William Crookes, Michael Faraday, Camille
Flammarion e Alfred Russel Wallace. Foram umas dos nomes da cincia a
confirmarem esses acontecimentos. Bem como o criminologista Cesare
Lombroso. Kardec concluiu que a preciso das respostas e sua correlao
com a pergunta no poderiam ser atribudas ao acaso. O ser misterioso que
e respondia, quando perguntado sobre sua natureza, declarou que era um
esprito, fornecendo o seu nome e forneceu outras informaes a seu
respeito. Apresentando ao mundo, dessa forma, a imortalidade da alma.
Que apenas troca, por motivos que o Espiritismo veio ao mundo explicar, a
sua existncia espiritual pela material.
Nota: Construdo entre 1900 a 1903, houve um registro cinematogrfico
sobre este acontecimento: /Spiritisme
abracadabrant (1900) 1:14 (traduo literal: Espiritismo Moderno /
Espiritismo abracadabra).
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ALGUNS VENERVEIS NOMES DEFENSORES DO ESPIRITISMO
Johann Karl Friedrich Zllner
Johann Karl Friedrich Zllner (Berlim, 8 de
Novembro de 1834 Leipzig, 25 de Abril de 1882).
Astrnomo e fsico germnico.
Membro da Imperial Academia de Cincias Fsicas e
Naturais de Moscou, da Royal Society, da Sociedade
Cientfica de Estudos Psquicos de Paris, da Real Sociedade Astronmica de
Londres. Alm de membro honorrio da Associao de Cincias Fsicas de
Frankfurt. Em 1860, apresentou ao mundo a iluso de tica que leva o seu
nome: a chamada iluso de Zllner. Em 1872 passou a ocupar a cadeira de
Astrofsica na Universidade de Leipzig.
Zllner efetuou diversas reunies com pesquisadores famosos e mdiuns no
sculo XIX, em sua prpria residncia, em Leipzig.
Dentro do Espiritismo, desenvolveu a "teoria da quarta dimenso". Com
isso, os fenmenos espritas perdem a sua caracterstica mstica e
ingressam no campo da Fsica. Conhecimento esse que defendeu apoiado
em posies tericas e experincias prticas. Por essa teoria, o universo
teria uma quarta dimenso at ento no visualizada pela fsica. Atravs da
qual explicam-se os fenmenos de ordem medinica. Essa quarta dimenso
uma extenso da prpria matria, apesar de invisvel e imperceptvel aos
sentidos fsicos humanos.
Faleceu sem conseguir publicar sua segunda obra, que abordava sobre os
fenmenos pesquisados. Em reconhecimento de seu trabalho, uma cratera
na Lua recebeu o seu nome: a cratera de Zllner.
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Cesare Lombroso
(Verona, 6 de novembro de 1835 Turim, 19 de outubro de 1909).
Mdico, cientista e cirurgio italiano.
Nasceu em Verona, proveniente de famlia de
posses, que lhe permitiu efetuar os estudos. Estudou
Medicina na Universidade de Pavia, no ano de 1858,
formou-se. Em 1859, em Cirurgia. Na Universidade
de Gnova. Indo para Viena, onde apurou seus
conhecimentos, alinhando-se com o pensamento
positivista.
Desde os vinte anos demonstra a sua linha de interesses, com um estudo
sobre a loucura. Servindo como oficial mdico, publicou em 1859 estudos
sobre os ferimentos das armas de fogo, considerado um dos mais originais.
Entre os anos de 1871 a 1876, dirige o manicmio de Pdua. Vindo a ser
aprovado para a cadeira de Higiene e Medicina Legal da Universidade de
Turim. Tambm em 1876 publicou "O Homem Delinqente" - sua primeira
obra sobre criminologia, onde faz-se presente a influncia da "frenologia.
Referente a mediunidade, estuda o fenmeno sob o aspecto positivista de
comprovao factual - tal como fizeram outros cientistas da poca, noutras
partes. Ao final conclui pela comprovao cientfica dos fenmenos e
doutrina estudados. Tornando-se um fervoroso defensor do Espiritismo na
Itlia de seu tempo, juntando-se a vrias correntes do movimento
positivista da poca.
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William Crookes
William Crookes (Londres, 17 de junho de 1832
Londres, 4 de abril de 1919). Fsico e qumico ingls.
Em 1861, descobriu um elemento qumico ao qual deu o
nome de tlio. Posteriormente identificou a primeira
amostra conhecida de hlio, em 1895. inventor do
radimetro de Crookes. Bem como desenvolveu os tubos
de Crookes, investigando os raios canal. Foi um pioneiro
na construo e no uso de tubos de vcuo para estudar
os fenmenos fsicos. Igualmente um dos primeiros
cientistas a pesquisar o que hoje chamado de plasmas. Desenvolveu um
dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o que
acabou denominado de espintariscpio. No ano de 1870, Crookes concluiu
que a cincia tinha o dever de estudar os fenmenos associados com o
Espiritualismo. Sua forma de conduo de sua investigao sempre foi de
forma imparcial e descreveu as condies que ele impunha aos mdiuns da
seguinte forma: "Deve ser na minha prpria casa e com minha prpria
seleo de amigos e espectadores, sob minhas prprias condies e
podendo eu fazer o que achar melhor quanto a dispositivos" (Doyle, 1926:
volume 1, 177). Entre os mdiuns que ele estudou estavam Florence Cook e
Kate Fox.
William Crookes, atravs de seus pareceres favorveis aos fatos
espiritualistas, chegou ao ponto de ter o seu nome cancelado da filiao
Royal Society. Apenas no o sendo, pois, tornou-se mais cauteloso. Uma
vez que a sociedade cientfica da poca no concordava com as suas
afirmaes, que comprovavam o espiritualismo. Razo de seu silncio. Mas,
no ano de 1898, em seu discurso de posse na presidncia da British
Association for the Advacement of Science (Associao Britnica pelo
Avano da Cincia), abordou sobre o assunto: "J se passaram trinta anos
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desde que publiquei um relatrio dos experimentos tendentes a mostrar
que fora de nosso conhecimento cientfico existe uma Fora utilizada por
inteligncias que diferem da comum inteligncia dos mortais... Nada tenho
a me retratar. Confirmo minhas declaraes j publicadas. Na verdade,
muito teria que acrescentar a isto". (Crookes, 1898).
Camille Flammarion
Nicolas Camille Flammarion. Nasceu em Montigny-le-
Roi, em 26 de fevereiro de 1842. Falecendo em
Juvisy-sur-Orge, em 3 de junho de 1925). Astrnomo
francs.
Instruiu-se em Langres e, por quatro anos, entre
1862 at 1866. Trabalhou no Observatrio de Paris.
De 1866 em diante, comea a escrever vrios livros
sobre Astronomia que acabaram traduzidos para outras lnguas. E, mais
tarde, tambm sobre Fsica. Fundou o observatrio de Juvisy-sur-Orge,
dirigindo-o at sua morte. Onde incentivava o trabalho de observadores
amadores. No ano de 1887, funda a Sociedade Astronmica da Frana.
Sendo no ano de 1922, agraciado com o premiado da Legio da Honra,
graas ao seu trabalho de popularizao da Astronomia. Seu apoio as
realidades espiritualistas, era total. E,como exemplo, temos a sua entrevista
na The International Psychic Gazette, em 1917. Onde textualmente
exps:"Nunca tive jamais qualquer ocasio para modificar minhas ideias a
respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros
dias. absolutamente verdadeiro que uma conexo foi estabelecida entre
este mundo e o outro". (Fodor, N. - Encyclopaedia of Psychic Science,
U.S.A.: University Books, 1974, p.70).
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Dr. Bezerra de Menezes
Conheceu a Doutrina Esprita quando do lanamento da traduo em lngua portuguesa de O Livro dos Espritos (sem data, em 1875), atravs de um exemplar que lhe foi oferecido com dedicatria pelo seu tradutor, o tambm mdico Dr. Joaquim Carlos Travassos. Sobre o contato com a obra, o prprio Bezerra registrou posteriormente:
"Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de
viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como no tinha distrao para a
longa viagem, disse comigo: ora, Deus! No hei de ir para o inferno por ler
isto Depois, ridculo confessar-me ignorante desta filosofia, quando
tenho estudado todas as escolas filosficas. Pensando assim, abri o livro e
prendi-me a ele, como acontecera com a Bblia. Lia. Mas no encontrava
nada que fosse novo para meu Esprito. Entretanto, tudo aquilo era novo
para mim! Eu j tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no 'O Livro dos
Espritos'. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim
mesmo dizia: parece que eu era esprita inconsciente, ou, mesmo como se
diz vulgarmente, de nascena."11
Contribuiu para a sua adeso o contato com as "curas extraordinrias" obtidas pelo mdium Joo Gonalves do Nascimento (1844-1916), em 1882.
Com o lanamento do peridico Reformador, por Augusto Elias da Silva em 1883, passou a colaborar com a redao de artigos doutrinrios.
Aps estudar por alguns anos as obras de Allan Kardec, em 16 de agosto de 1886, aos cinquenta e cinco anos de idade, perante grande pblico (estimado, conforme os seus bigrafos, entre mil e quinhentas e duas mil pessoas) no salo de conferncias da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, em longa alocuo, justificou a sua opo em abraar o Espiritismo. O evento chegou a ser referido em nota publicada pelo "O Paiz".
No ano seguinte, a pedido da Comisso de Propaganda do Centro da Unio Esprita do Brasil, inicia a publicao de uma srie de artigos sobre a Doutrina em O Paiz, peridico de maior circulao da poca. Na seo intitulada "Spiritismo - Estudos Philosophicos", os artigos saram regularmente aos domingos, no perodo de 23 de outubro de 1887 a dezembro de 1893, assinados sob o pseudnimo "Max".
Na dcada de 1880 o incipiente movimento esprita na capital (e no pas) estava marcado pela disperso de seus adeptos e das entidades em que se reuniam. J havia tambm uma clara diviso entre dois "grupos" de
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espritas: os que aceitavam o Espiritismo em seu aspecto religioso (maior grupo, o qual se inclua Bezerra) e os que no aceitavam o Espiritismo nesse aspecto.
Em 1889, Bezerra foi percebido como o nico capaz de superar as divises, vindo a ser eleito presidente da Federao Esprita Brasileira. Nesse perodo, iniciou o estudo sistemtico de "O Livro dos Espritos" nas reunies pblicas das sextas-feiras, passando a redigir o Reformador; exerceu ainda a tarefa de doutrinador de espritos obsessores. Organizou e presidiu um Congresso Esprita Nacional (Rio de Janeiro, 14 de abril), com a presena de 34 delegaes de instituies de diversos estados. Assumiu a presidncia do Centro da Unio Esprita do Brasil a 21 de abril e, a 22 de dezembro de 1890, oficiou ao ento presidente da Repblica, marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espritas contra certos artigos do Cdigo Penal Brasileiro de 1890.
De 1890 a 1891 foi vice-presidente da FEB na gesto de Francisco de Menezes Dias da Cruz, poca em que traduziu o livro "Obras Pstumas" de Allan Kardec, publicado em 1892. Em fins de 1891, registravam-se importantes divergncias internas entre os espritas e fortes ataques exteriores ao movimento. Bezerra de Menezes afastou-se por algum tempo, continuando a frequentar as reunies do Grupo Ismael e a redao dos artigos semanais em "O Paiz", que encerrou ao final de 1893. Aprofundando-se as discrdias na instituio, foi convidado em 1895 a reassumir a presidncia da FEB (eleito em 3 de Agosto desse ano), funo que exerceu at data de seu falecimento. Nesta gesto iniciou o estudo semanal de "O Evangelho segundo o Espiritismo", fundou a primeira livraria esprita no pas e ocorreu a vinculao da instituio ao Grupo Ismael e Assistncia aos Necessitados.
Foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um acidente vascular cerebral o acometeu, na manh de 11 de abril de 1900. No faltaram aqueles, pobres e ricos, que socorreram a famlia, liderados pelo Senador Quintino Bocaiva. No dia seguinte, na primeira pgina de "O Paiz", foi lhe dedicado um longo necrolgio, chamando-o de "eminente brasileiro". Recebeu ainda homenagem da Cmara Municipal do ento Distrito Federal pela conduta e pelos servios dignos.
Ao longo da vida acumulou inmeros ttulos de cidadania.
Fonte: Wikipdia
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Eurpedes Barsanulfo
Nascido em 1 de maio de 1880, na pequena cidade de
Sacramento, Estado de Minas Gerais, e desencarnado na
mesma cidade, aos 38 anos de idade, em 1 de novembro
de 1918.
Logo cedo manifestou-se nele profunda inteligncia e senso de
responsabilidade, acervo conquistado naturalmente nas experincias de
vidas pretritas.
Era ainda bem moo, porm muito estudioso e com tendncias para o
ensino, por isso foi incumbido pelo seu mestre-escola de ensinar aos
prprios companheiros de aula. Respeitvel representante poltico de sua
comunidade, tornou-se secretrio da Irmandade de So Vicente de Paula,
tendo participado ativamente da fundao do jornal "Gazeta de
Sacramento" e do "Liceu Sacramentano". Logo viu-se guindado posio
natural de lder, por sua segura orientao quanto aos verdadeiros valores
da vida.
Atravs de informaes prestadas por um dos seus tios, tomou
conhecimento da existncia dos fenmenos espritas e das obras da
Codificao Kardequiana. Diante dos fatos voltou totalmente suas atividades
para a nova Doutrina, pesquisando por todos os meios e maneiras, at
desfazer totalmente suas dvidas.
Despertado e convicto, converteu-se sem delongas e sem esmorecimentos,
identificando-se plenamente com os novos ideais, numa atitude sincera e
prpria de sua personalidade, procurou o vigrio da Igreja matriz onde
prestava sua colaborao, colocando disposio do mesmo o cargo de
secretrio da Irmandade.
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Repercutiu estrondosamente tal acontecimento entre os habitantes da
cidade e entre membros de sua prpria famlia. Em poucos dias comeou a
sofrer as consequncias de sua atitude incompreendida.
Persistiu lecionando e entre as matrias incluiu o ensino do Espiritismo,
provocando reao em muitas pessoas da cidade, sendo procurado pelos
pais dos alunos, que chegaram a oferecer-lhe dinheiro para que voltasse
atrs quanto nova matria e, ante sua recusa, os alunos foram retirados
um a um.
Sob presses de toda ordem e impiedosas perseguies, Eurpedes sofreu
forte traumatismo, retirando-se para tratamento e recuperao em uma
cidade vizinha, poca em que nele desabrocharam vrias faculdades
medinicas, em especial a de cura, despertando-o para a vida missionria.
Um dos primeiros casos de cura ocorreu justamente com sua prpria me
que, restabelecida, se tornou valiosa assessora em seus trabalhos.
A produo de vrios fenmenos fez com que fossem atradas para
Sacramento centenas de pessoas de outras paragens, abrigando-se nos
hotis e penses, e at mesmo em casas de famlias, pois a todos
Barsanulfo atendia e ningum saa sem algum proveito, no mnimo o
lenitivo da f e a esperana renovada e, quando merecido, o benefcio da
cura, atravs de bondosos Benfeitores Espirituais.
Auxiliava a todos, sem distino de classe, credo ou cor e, onde se fizesse
necessria a sua presena, l estava ele, houvesse ou no condies
materiais.
Jamais esmorecia e, humildemente, seguia seu caminho cheio de percalos,
porm animado do mais vivo idealismo. Logo sentiu a necessidade de
divulgar o Espiritismo, aumentando o nmero dos seus seguidores. Para
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isso fundou o "Grupo Esprita Esperana e Caridade", no ano de 1905,
tarefa na qual foi apoiado pelos seus irmos e alguns amigos, passando a
desenvolver trabalhos interessantes, tanto no campo doutrinrio, como nas
atividades de assistncia social.
Certa ocasio caiu em transe em meio dos alunos, no decorrer de uma aula.
Voltando a si, descreveu a reunio havida em Versailles, Frana, logo aps
a 1 Guerra Mundial, dando os nomes dos participantes e a hora exata da
reunio quando foi assinado o clebre tratado.
Em 1 de abril de 1907, fundou o Colgio Allan Kardec, que se tornou
verdadeiro marco no campo do ensino. Esse instituto de ensino passou a
ser conhecido em todo o Brasil, tendo funcionado ininterruptamente desde a
sua inaugurao, com a mdia de 100 a 200 alunos, at o dia 18 de
outubro, quando foi obrigado a cerrar suas portas por algum tempo, devido
grande epidemia de gripe espanhola que assolou nosso pas.
Seu trabalho ficou to conhecido que, ao abrirem-se as inscries para
matrculas, as mesmas se encerravam no mesmo dia, tal a procura de
alunos, obrigando um colgio da mesma regio, dirigido por freiras da
Ordem de S. Francisco, a encerrar suas atividades por falta de
frequentadores.
Liderado a pulso forte, com diretriz segura, robustecia-se o movimento
esprita na regio e esse fato incomodava sobremaneira o clero catlico,
passando este, inicialmente de forma velada e logo aps, declaradamente,
a desenvolver uma campanha difamatria envolvendo o digno missionrio e
a doutrina de libertao, que foi galhardamente defendida por Eurpedes,
atravs das colunas do jornal "Alavanca", discorrendo principalmente sobre
o tema: "Deus no Jesus e Jesus no Deus", com argumentao
abalizada e incontestvel, determinando fragorosa derrota dos seus
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opositores que, diante de um gigante que no conhecia esmorecimento na
luta, mandaram vir de Campinas, Estado de S. Paulo, o reverendo Feliciano
Yague, famoso por suas pregaes e conhecimentos, convencidos de que
com suas argumentaes e convices infringiriam o golpe derradeiro no
Espiritismo.
Foi assim que o referido padre desafiou Eurpedes para uma polmica em
praa pblica, aceita e combinada em termos que foi respeitada pelo
conhecido apstolo do bem.
No dia marcado o padre iniciou suas observaes, insultando o Espiritismo e
os espritas, "doutrina do demnio e seus adeptos, loucos passveis das
penas eternas", numa demonstrao de falso zelo religioso, dando assim
testemunho pblico do dio, mostrando sua alma repleta de intolerncia e
de sectarismo.
A multido que se mantinha respeitosa e confiante na rplica do defensor
do Espiritismo, antevia a derrota dos ofensores, pela prpria fragilidade dos
seus argumentos vazios e inconsistentes.
O missionrio sublime, aguardou serenamente sua oportunidade, iniciando
sua parte com uma prece sincera, humilde e bela, implorando paz e
tranqilidade para uns e luz para outros, tornando o ambiente propcio para
inspirao e assistncia do plano maior e em seguida iniciou a defesa dos
princpios nos quais se aliceravam seus ensinamentos.
Com delicadeza, com lgica, dando vazo sua inteligncia, descortinou os
desvirtuamentos doutrinrios apregoados pelo Reverendo, reduzindo-o
insignificncia dos seus parcos conhecimentos, corroborado pela
manifestao alegre e ruidosa da multido que desde o princpio confiou
naquele que facilmente demonstrava a lgica dos ensinos apregoados pelo
Espiritismo.
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Ao terminar a famosa polmica e reconhecendo o estado de alma do
Reverendo, Eurpedes aproximou-se dele e abraou-o fraterna e
sinceramente, como sinceros eram seus pensamentos e suas atitudes
Barsanulfo seguiu com dedicao as mximas de Jesus Cristo at o ltimo
instante de sua vida terrena, por ocasio da pavorosa epidemia de gripe
que assolou o mundo em 1918, ceifando vidas, espalhando lgrimas e
aflio, redobrando o trabalho do grande missionrio, que a previra muito
antes de invadir o continente americano, sempre falando na gravidade da
situao que ela acarretaria.
Manifestada em nosso continente, veio encontr-lo cabeceira de seus
enfermos, auxiliando centenas de famlias pobres. Havia chegado ao
trmino de sua misso terrena. Esgotado pelo esforo despendido,
desencarnou no dia 1 de novembro de 1918, s 18 horas, rodeado de
parentes, amigos e discpulos.
Sacramento em peso, em verdadeira romaria, acompanhou-lhe o corpo
material at a sepultura, sentindo que ele ressurgia para uma vida mais
elevada e mais sublime.
Fontes: Paulo Alves de Godoy - Os Grandes Vultos do Espiritismo
(www.autoresespiritasclassicos.com)
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Considerao Inicial
Quando expomos nesse trabalho que o Cristianismo, em seu princpio, por
motivo de interesses polticos e atravs da Igreja Catlica Apostlica
Romana, em determinado momento no Conclio de Constantinopla, no
ano de 553, deixou de pregar a reencarnao e as suas causas e
consequncias. Isso foi possvel, mais uma vez colocado nesse trabalho,
pois a humanidade daquela poca muito mais do que hoje, deve ser
considerada composta por crianas espirituais fceis de serem manipuladas.
Mas, apesar dessa realidade, como toda verdade que por algum motivo
encoberta. Um dia, ela reaparece, dessa vez para ficar conosco e nos
nortear para sempre! E para tornar-se inquestionvel como vimos at o
presente nesse trabalho, sendo comprovada por pessoas do mais alto nvel
intelectual. E, abertamente, em todos os tempos, a disposio de todos ns
para a comprovao de suas realidades, como pura verdade. A beleza do
Cristianismo, quanto mais cincia humana se desenvolve mais fica
comprovado!
O Cristianismo, atravs do Espiritismo, como o Consolador prometido veio
restabelecer a verdade. Veio com essa funo atravs de Allan Kardec. Na
prtica, a implantao definitiva dos conhecimentos espirituais em nosso
planeta, representa um fato da mais alta importncia, pois, representa o
Cristianismo ampliando os horizontes da humanidade. No caminho
inquestionvel da imortalidade do esprito e de seu destino que o de
galgar em rumo de sua prpria evoluo, atravs de mltiplas
encarnaes.
Proveniente de fenmenos ocasionados por espritos, como aqui vemos, a
humanidade foi chamada a ateno. Mas, se essa mesma humanidade na
poca, apenas via esses acontecimentos como interessantes para
divertimento, isso no ocorreu quando o professor Rivail se deparou com
esses intrigantes fenmenos. Rapidamente constatando que havia por
detrs desses um princpio inteligente. E atravs de seu carter nobre e
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amante da verdade acabou sendo pea fundamental para a implantao do
Espiritismo na Terra.
O Consolador prometido veio no momento certo, quando a
humanidade possua o mnimo exigido de maturidade para assimilar
os conhecimentos que atravs do Espiritismo, o Cristianismo estava
a nos dar. Bem como demonstra a infinita bondade de Deus e nossos
orientadores espirituais, incansveis. Que no momento propcio, trazem
novamente para a face da Terra o eminente esprito de Jan Huss.
Reencarnando, agora, como Hippolyte Lon Denizard Rivail. Para atravs
de sua slida coordenao material, os espritos superiores conseguirem
implantar na Terra, o Espiritismo.
O Espiritismo informa ds de seu incio para todos ns, que ele ir ampliar
os conhecimentos que atravs dele a humanidade conhecer. De acordo
com a nossa possibilidade de compreender e colocar em prtica, essas
verdades. Como exemplo disso vimos no sculo passado, atravs do
inesquecvel mdium brasileiro, Francisco Cndido Xavier, que serviu como
ferramenta medinica para que o esprito de Andr Luiz ampliasse os
nossos conhecimentos sobre o mundo espiritual e diversos assuntos, de
forma impressionante.
Para encerrar esses comentrios iniciais. Disponibilizamos, na ntegra, matria
publicada em HARMONIA REVISTA ESPRITA N 64 FEVEREIRO/2000.
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EXPRESSO FILOSFICA DO ESPIRITISMO
O lastro experimental, com a apresentao de fatos comprobatrios, ainda
uma necessidade, pois estamos muito longe, por enquanto, daquele
estgio evolutivo em que a mediunidade ficar no puro domnio da intuio
, como diz a prpria Doutrina. Ser uma expresso muito elevada em
funo, porm do tempo e do melhoramento espiritual do ser humano.
Claro que a prtica medinica, como geralmente falamos, precisa de
condies bsicas: honestidade pessoal, perseverana, lucidez e prudncia
do verdadeiro esprito cientfico. A mediunidade exercitada a esmo, embora
bem intencionada, como acontece muitas vezes, tem os seus riscos.
Ento, sem perder de vista o valor do estudo filosfico, a que Kardec atribui
influncia decisiva, lgico entender que o aspecto medinico sempre teve
e tem o seu momento de necessidade e relevncia, seja pelo consolo das
mensagens, seja pelos elementos de estudo e reflexes que oferece. Mas o
Espiritismo no se contm todo ele no campo medinico, conquanto este
lhe tenha servido de ponto de partida, como se sabe. O fenmeno por si s
no nos levaria a consequncias profundas, ou seria apenas objeto de
observao ou motivo de deslumbramento, sem a formulao filosfica.
Justamente por isso - repetimos Kardec - "a fora do Espiritismo est em
sua filosofia". E por que no est no fato medinico? Porque o fato prova e
convence objetivamente, no h dvida, porm no elucida os problemas
mais graves de nossa vida, por si mesmo, se no tomar a direo filosfica
que conduz inquirio das causas, dos porqus e das consequncias.
A comunicao dos espritos demonstra praticamente a sobrevivncia da
alma "aps a morte". o elemento bsico. Mas preciso partir da para as
indagaes que compreendem essencialmente o destino humano e as
consequncias morais do Espiritismo. A esta altura j esfera da filosofia e
a fora do Espiritismo - no faz mal insistir neste ponto - est exatamente
nesse corpo de princpios em cuja homogeneidade e coerncia e
encontramos respostas s mais complexas e momentosas questes de
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nossa vida: a existncia de Deus, a justia divina e as desigualdades
morais, intelectuais e sociais, livre arbtrio e determinismo, a reparao do
mal pelas provas, o reajuste de compromissos do passado atravs das
experincias reencarnatrias. So temas de reflexo filosfica. Entretanto, a
Doutrina estaria incompleta e no decorresse da as consequncias morais
com que nos defrontamos a cada passo.
Quem, por exemplo, gosta apenas de ver sesses medinicas, porque acha
interessante ouvir os conselhos dos espritos ou conversar com os mdiuns,
mas no vai alm desse hbito, que se transforma em rotina com o
decorrer do tempo, naturalmente no tem uma viso global do ensino
Esprita. Conhece o Espiritismo apenas pela parte fenomnica, que muito
rica de lies e sempre tem o que oferecer para estudo e meditao, porm
no abre horizonte mais amplo a respeito das leis e causas, a que o
fenmeno est sujeito. H pessoas, por exemplo, que se interessam muito
pelo lado experimental do Espiritismo e fazem realmente estudos srios,
mas encaram o fenmeno do intercmbio entre dois mundos com a mesma
neutralidade ou frieza com que os especialistas lidam com os fenmenos da
Fsica ou da Eletrnica, e assim, por diante. A preocupao
exclusivamente com o fenmeno puro e simples. E da?... Que resulta de
tudo isso? Sim, o fenmeno da comunicao entre vivos e mortos neutro
at certo ponto, uma vez que sempre ocorreu no mundo, muito antes das
civilizaes e, portanto, do Espiritismo. E pode ser observado e registrado
em ambientes no espritas como tambm pode ser discutido luz de
critrios diversos, nas reas da Parapsicologia, Psiquiatria, Antropologia,
etc., sem nenhuma cogitao quanto s causas e consequncias. Se o
psiquiatra se volta para a procura da anormalidade, j o antroplogo v o
fenmeno dentro de um contexto cultural sem implicaes de ordem
transcendental, como se costuma dizer.
Quando, porm, o fenmeno est situado no contexto esprita, j no to
neutro, porque assume um valor moral muito especial e, por isso mesmo,
no pode ser considerado indiferentemente, como se estivesse em
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laboratrio de Fsica ou Qumica. O fato de o esprito entrar em
comunicao com o nosso mundo pela via medinica j pressupe muita
responsabilidade para o mdium e tambm para quantos tenham de lidar
com esse tipo de trabalho. H necessidade, portanto, de um preparo moral
indispensvel. J se v que a situao, agora, bem diferente. E porque,
finalmente, o Espiritismo engloba o fato medinico numa contextura
filosfica de consequncias to acentuadas? Exatamente porque a
verificao de que os mortos continuam vivos e vm at ns, identificando-
se, interferindo-se, interferindo em nossos atos, "chorando as suas mgoas"
ou trazendo alegria e esperana, confirma a tese capital de que a vida
continua no tempo e no espao. Partimos da, desse princpio essencial,
para a especulao filosfica das origens e do chamado sobrenatural. O
prprio impulso da sede de saber nos leva a propor questes dessa
natureza: que significa esse intercmbio em nossa vida? Qual o ponto
inicial, a causa primria dessa fora ou inteligncia aparentemente
misteriosa? Que benefcio poder esse tipo de conhecimento trazer para a
humanidade? Comeamos a sentir o contedo tico e filosfico do
Espiritismo desde o momento em que lhe avaliamos a profundidade e a
integridade como Doutrina capaz de corresponder s nossas preocupaes
com o desconhecido e o nosso destino.
Mas a especulao filosfica, embora necessria e valiosa, ainda no
suficiente para atender satisfatoriamente s necessidades do ser humano
quando desperta para os problemas espirituais; torna-se necessrio, seno
indispensvel, alm deste passo no conhecimento, procurar as
consequncias dos princpios espritas na vivncia individual e coletiva. E a,
principalmente, que se sente fora do Espiritismo em sua filosofia.
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DOUTRINA ESPRITA - CONCEITOS E PRINCPIOS BSICOS
PRINCPIOS BSICOS
Existncia de Deus;
Imortalidade da Alma;
Comunicao entre o mundo espiritual e o mundo material
Reencarnao;
Evoluo Universal e Infinita.
O Espiritismo no possui dogmas, bem como nenhum ritual.
Fundamentando-se na razo e nos fatos. Sendo uma Doutrina Trplice,
estruturada na Cincia, Filosofia e Religio.
1- Cincia:
Enquanto fundamentada na parte experimental. Formou-se idias
organizadas a partir dos fatos, dos fenmenos medinicos e das
manifestaes em geral.
2- Filosofia:
Sua temtica abrange essencialmente objetos de conhecimento que
esto alm dos sentidos.
Tais como:
A existncia de Deus;
As Leis Morais;
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Os Princpios formadores do Universo.
3- Religio
A sua funo de religare, como elemento de ligao entre Criador e
Criatura. Ensinando a renovao definitiva do homem para a
grandeza e evoluo de seu imenso futuro espiritual.
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III - Mediunidade
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HISTRIA DA MEDIUNIDADE
No oriente e ocidente sempre observamos ao longo da histria a
comunicabilidade de ns, encarnados, com o mundo espiritual. Servindo
como exemplos claros dessa comunicabilidade, o Cdigo de Manu e o
Cdigo de Vedas. Igualmente, so exemplos vivos de personalidades tais
como: Hermes, Buda,Scrates, Plato e Pitgoras, que plenamente foram
favorveis sobre os fenmenos medinicos. Outros exemplos de
conhecimento de todos, tais como, Joana DArc foi que atuou em prol da
Franca, como grande mdium.
MEDIUNIDADE NOS POVOS PRIMITIVOS
O xamanismo a forma mais antiga que a
humanidade teve para se conectar com o
mundo espiritual. As origens do xamanismo
data entre 40.000 a 50.000 anos. Ainda na
Idade da Pedra. Sendo caminho de
autoconhecimento, atravs de rituais,
cerimnias, preces, meditao e, acima de
tudo, vivncia.
Povos pri
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