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APRESENTAÇÃO DO PROJETO:
“ASSISTÊNCIA AO PACIENTE ONCOLÓGICO IDOSO NO HOSPITAL DECÂNCER DE PERNAMBUCO”
INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO PROJETO
A) Dados de identificação da entidade
B) Dados de identificação do representante da entidade
C) Dados de identificação do projeto
D) Apresentação
E) O caminho do idoso no HCP
F) A assistência ao idoso em Pernambuco e no HCP
G) Problemas que foram identificados e geraram a necessidade do objeto
H) Objetivo Geral e Objetivo Específico
I) Beneficiários do projeto
J) Benefícios institucionais
K) Metas e indicadores
L) Recursos Financeiros
M) Etapas de execução
N) Plano de aplicação de recurso financeiros - Resumo
O) Materiais orçados
FUNDO MUNICIPAL DO IDOSO – RECIFECOMDIR – Resolução nº 03/2019 DOM nº 079 – 06/07/2019
INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS DO PROJETO
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE
Nome: Hospital de Câncer de PernambucoRazão social: Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer - SPCC
Endereço: Avenida Cruz Cabugá, 1597 CEP: 50.040 000Cidade: Recife Estado: Pernambuco
E-mail: hcp@hcp.org.br T: 81 3217.8235 / 3217.8263CNPJ: 10.894.988/0001-33 CNES: 0000582
Data de fundação: 09/11/1948
CERTIFICAÇÕESUTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL declarada pela Lei Estadual n°. 1.566/52
UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL reconhecida pelo Decreto Federal n°. 67.087/70
Entidade Beneficente de Assistência Social, reconhecida pela Portaria n°. 1.146/SAS/MS, de27/06/2017
Integrante do SERVIÇO NACIONAL DO CÂNCER (INCA)
Integrante da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CANCEROLOGIA
Integrante do CONSELHO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Membro da FUNDAÇÃO NACIONAL DE QUALIDADE
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE DA ENTIDADENome: Hélio de Araújo Fonseca Júnior
CPF: 688.882.444-68 RG: 3127777 SSP-PE
E-mail: hcp@hcp.org.br T: +55 (81) 9 9967.0608
INFORMAÇÕES DO PROJETOTítulo do projeto:
Proponente: Hospital de Câncer de Pernambuco
Responsável pelo projeto: Mariana Neves Cargo: Gerente de Captação de Recursos e Marketing
Responsável pelo projeto: Norma Bravo Cargo: Coordenadora de Captação de Recursos
Articulação: Setor de Captação de Recursos
T: +55 (81) 3217.8034 / 3217.8235 E-mail: mariana.neves@hcp.org.br ; norma.bravo@hcp.org.br
Redes sociais:
http://www.hcp.org.br/https://www.facebook.com/sigahcphttps://www.instagram.com/sigahcp/https://twitter.com/sigahcphttps://www.youtube.com/user/hcppernambuco
APRESENTAÇÃO
Com 73 anos de história, o Hospital de Câncer de Pernambuco atua nas áreas de assistência
médico-social, Ensino e Pesquisa em Oncologia. Instituição privada e sem fins lucrativos, o HCP foi
declarado como de utilidade pública pelos Governos da União, do Estado de Pernambuco e do
Município do Recife. Fundado como instituição filantrópica, o HCP atende à população vulnerável e
com poucos recursos financeiros de forma integral e humanizada, fornecendo tratamento,
prevenção e diagnóstico especializado.
Com um longo legado na assistência à população mais carente, o HCP destina a totalidade da sua
capacidade ao atendimento 100% SUS. Ou seja, a instituição não cobra por nenhum dos seus
serviços e é mantida única e exclusivamente através de repasses federais e estaduais do SUS e
através de doações de pessoas físicas e jurídicas. É através das doações de pessoas físicas e jurídicas
que o HCP garante suas atividades de forma integral, o que evidencia a constante necessidade de
busca por recursos para custeio com tratamentos oncológicos, tanto clínico quanto ambulatorial,
bem como a modernização dos equipamentos para um consequente fortalecimento do
atendimento prestado.
O CAMINHO DO IDOSO NO HCP
O Hospital de Câncer de Pernambuco oferece atendimento humanizado e integral e com qualidade
a todos os pacientes atendidos pela instituição. A forma em que os idosos são assistidos no HCP
segue a recomendação do Art. 1.º da Lei n.º 10.048, de 1º de outubro de 2003, que afirma:
“pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, terão atendimento prioritário,
nos termos desta Lei”. Deste modo, o acolhimento realizado na instituição adere ao recomendado
em lei, oferecendo assim atendimento prioritário ao paciente idoso, sobretudo pelo fato desta
população compor grande parte dos atendimentos realizados pelo hospital. Assim, relata-se abaixo
alguns dos caminhos recorrentes percorridos pelo idoso dentro do HCP, retratando a complexidade
de dos serviços e tratamentos oferecidos a este a paciente.
i. Triagem
Em concordância com o Estatuto do Idoso em relação à garantia da prioridade no atendimento, o
SAME (Serviço de Atendimento Médico) realiza o atendimento dos pacientes com idade acima de
60 anos, de forma preferencial, através da distribuição de senhas.
ii. Ambulatórios
O atendimento preferencial varia de acordo com a idade e estado clínico do paciente: se ele se
encontra utilizando maca, se é cadeirante ou necessita de cadeira e se é um paciente procedente
do interior.
iii. Urgência
O atendimento a pessoa idosa na Urgência ocorre mediante avaliação da gravidade, por ordem de
chegada e apresentação da ficha padrão deste setor pelo paciente ou acompanhante. Também
obedece às prioridades que a legislação prevê para idosos, crianças, adolescentes, gestantes e
portadores de deficiência. A prioridade máxima é dada para os casos em que existe um risco
iminente de morte, para casos de sofrimento intenso e quando o atraso do atendimento poderá
agravar os riscos para a vida do paciente ou causar-lhe sequelas irreversíveis.
Resolução CFM nº1451/95 trata das normas de funcionamento de pronto-socorro público ou
privado, definindo o que é urgência e emergência. Logo, no Artigo 1° - (...) afirma-se:
Parágrafo 1º - "Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem
risco potencial de vida, cujo portador necessite de assistência imediata";
Parágrafo 2º - "Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde
que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento
médico imediato".
A resolução define padrões de prioridades que privilegiam os casos do ponto de vista da avaliação
clínica, procurando estabelecer prioridade ao alívio do sofrimento e no risco para a vida que poderá
advir pelo retardado no tratamento. Sendo assim, a prioridade dada no atendimento médico tem a
vertente clínica, com hierarquia entre tratamento emergencial e de urgência, e a vertente legal com
a sua legislação específica que compõem as prioridades a que devem se submeter os médicos.
Diante disto, o serviço de Urgência dispõe da Triagem e um funcionário plantonista para realizar
esse primeiro atendimento, verificando a idade deste paciente, as informações prestadas pela
família, à queixa principal e os sinais vitais. Em seguida, o paciente é encaminhado ao atendimento
médico, onde ele recebe a indicação de qual é a área recomendada para a realização de medicação,
exames ou procedimentos. O setor ainda disponibiliza maqueiro, facilitando a locomoção desse
idoso, além de permitir a assistência de um acompanhante para cada paciente que se encaixe como
no perfil prioritário.
Tabela 04. Desempenho do HCP X Estado realizado pela enfermagem no atendimento ao idoso. Período:
janeiro a agosto de 2017.
Fonte: TABNET-PE. Período – janeiro a dezembro/2017.
Caso seja necessário, equipes de nutrição, fonoaudiologia, fisioterapia, serviço social, psicologia,
parecer de alguns médicos especialistas e laboratório ficam disponíveis no setor, facilitando o
atendimento destes pacientes dentro do setor.
Alguns destes serviços são detalhados a seguir.
iv. Fisioterapia
O Serviço de Fisioterapia do Hospital de Câncer de Pernambuco realiza assistência integral aos
pacientes oncológicos, e atua de forma especializada tratando as sequelas desse tratamento, seja
ele cirúrgico, radioterápico, quimioterápico, clínico, paliativo ou de urgência.
O serviço prioriza o atendimento aos idosos, principalmente para o tratamento de drenagem
linfática e enfaixamento compressivo. Em caso de fila de idosos para um mesmo atendimento, a
gravidade da patologia e idosos acima de 80 anos, possuem máxima prioridade.
Os fisioterapeutas do serviço exercem métodos e técnicas fisioterápicas com a finalidade de
restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente oncológico. Realizam avaliações
dos pacientes e reabilitação de funções motoras, neuromusculoesquelética e cardiorrespiratória.
Intrínseco ao seu trabalho está também à busca pela qualidade de vida e autoestima.
Atualmente, o serviço é composto por sete fisioterapeutas no ambulatório (onde três profissionais
estão locados no turno da manhã e quatro profissionais no turno da tarde). As Enfermarias contam
com quatro fisioterapeutas (dois atuando pela manhã e dois atuando à tarde). Além das
enfermarias, o HCP conta com seis fisioterapeutas plantonistas na UTI 1 e 6 na UTI 2, além de
contar com um fisioterapeuta ferista, totalizando vinte e quatro fisioterapeutas. A equipe participa
de reuniões clínicas de diversos setores assim como do próprio setor de fisioterapia mensalmente.
O serviço de fisioterapia ambulatorial atende pacientes mastectomizadas encaminhadas das
enfermarias de mama do HCP como também da unidade de mama. Existe uma cota para
atendimentos oferecidos também à pacientes mastectomizadas de outros serviços públicos onde
não se realiza fisioterapia especializada nessa área. São atendidas diariamente no ambulatório uma
média de 160 pacientes pós câncer de mama.
Quatro fisioterapeutas contemplam os atendimentos nas enfermarias, realizando fisioterapia
respiratória e motora, sendo duas profissionais por turno. Nas UTIs, seis fisioterapeutas
plantonistas em cada uma, mantém a assistência integral de fisioterapia respiratória e motora,
diurna e noturna. A equipe conta ainda com uma fisioterapeuta especialista em UTI, que também
atua como coordenadora responsável técnica pelas duas UTIs.
Tabela 03. Desempenho do HCP X Estado realizado pela fisioterapia no atendimento ao idoso. Período:janeiro a agosto de 2017.
Fonte:TABNET-PE. Período – janeiro a agosto/2017.
A equipe de Fisioterapia realiza os seguintes atendimentos:
▫ Assistência Fisioterapeuta Ambulatorial
- Tipo de atendimento: Avaliação e tratamento de pacientes encaminhadas do departamento de
mama do HCP como também de outros hospitais públicos que necessitam de tratamento de
fisioterapia especializada. Assim como são realizados avaliações e tratamento de pacientes
provenientes do departamento de cabeça e pescoço do HCP, também são avaliados e tratados
funcionários do próprio HCP que necessitam de fisioterapia.
- Demanda assistida: pacientes com diagnóstico de câncer de mama ou câncer de cabeça e pescoço
de qualquer sítio de acometimento e em qualquer faixa etária, que se encontram cadastrados na
instituição, para tratamento cirúrgico ou pré-cirúrgico, complementar (radioterapia e/ou
quimioterapia), clínico, paliativo ou urgência que necessitam de avaliação e reabilitação das
estruturas e funções da cintura escapular, membros superiores e complexo cervical; tratamento
fisioterapêutico para funcionários com comprometimento osteoarticular que necessitam de
reabilitação funcional e alívio de dor.
▫ Assistência Fisioterapeuta a funcionários no ambulatório
- Tipo de atendimento: são realizadas avaliações e programação de tratamento com
eletrotermofototerapia para alívio da dor.
- Demanda assistida: Funcionários de qualquer faixa etária dos diversos setores do hospital
encaminhados pelos médicos com queixas de dores incapacitantes ao trabalho e que
comprometem sua função profissional e qualidade de vida. Patologias como tendinite, artroses,
bursites, LER, lombalgia, cervicalgia, fibromialgia, dentre outras.
▫ Assistência Fisioterapeuta nas Enfermarias
- Tipo de atendimento: são realizados atendimentos de fisioterapia respiratória e motora no pré-
operatórios, pós-operatórios, pacientes em tratamento clínico, 1ª avaliação, além de reabilitação e
acompanhamento dos pacientes.
- Demanda assistida: pacientes com diagnóstico de câncer de qualquer sítio de acometimento e em
qualquer faixa etária, que se encontram cadastrados na instituição, para tratamento cirúrgico,
complementar (radioterapia e/ou quimioterapia), clínico, paliativo ou urgência que necessitam de
avaliação e reabilitação de todo aparelho locomotor, sistema respiratório e circulatório.
▫ Assistência Fisioterapeuta nas UTIs
- Tipo de atendimento: são realizados atendimentos de fisioterapia respiratória e motora nos
pacientes com qualquer tipo de câncer que se encontre na UTI necessitando de assistência.
- Demanda assistida: pacientes com diagnóstico de câncer de qualquer sítio de acometimento e em
qualquer faixa etária, que se encontram cadastrados na instituição e internado na UTI que
necessitem de avaliação e reabilitação com assistência da fisioterapia respiratória e motora, onde
são realizados diariamente em todos os pacientes internados, três sessões de fisioterapia
respiratória e 1º sessão de fisioterapia motora, além dos atendimentos realizados nas
intercorrências que por ventura ocorram durante o plantão. Os pacientes das UTIs são provenientes
das enfermarias, emergência em fase de tratamento e cuidados paliativos, podendo a equipe
realizar atendimentos a pacientes clínicos e em pós-operatório.
v. Fonoaudiologia
Os fonoaudiólogos do serviço orientam, avaliam, adaptam e reabilitam estruturas e funções do
complexo cervical e orofacial, em casos que envolvem a alteração da deglutição, da voz, da
respiração, da articulação da fala, da mímica facial, e da comunicação como um todo, com o
objetivo maior de restabelecer e/ou favorecer os aspectos envolvidos no processo de comunicação,
e consequentemente, promovendo impacto na melhoria da qualidade de vida.
Toda a assistência é realizada por cinco fonoaudiólogos e ocorre sob demanda (solicitação de
parecer em formulário ou prontuário) nas UTIs, na Urgência e nas enfermarias. No entanto, a
equipe de Fonoaudiólogas realiza visita nesses setores diariamente, de acordo com a escala.
Tabela 06. Desempenho do HCP X Estado realizado pela Fonoaudiologia no atendimento ao idoso. Período:janeiro a agosto de 2017.
Fonte:TABNET-PE. Período – janeiro a agosto/2017.
▫ Tipos de atendimentos (Enfermarias, Urgência, UTIs e Ambulatórios)
- 1ª avaliação: podendo ser classificado como pré-operatório, pós-operatório e/ou clínico; como
também de reabilitação e de gerenciamento;
- Demanda assistida: pacientes com diagnóstico de câncer de qualquer sítio de acometimento, e em
qualquer faixa etária que se encontre cadastrada na instituição, para diagnóstico, tratamento
cirúrgico, radioterapia, quimioterapia, clínico, paliativo que necessitam de orientação, avaliação,
adaptação e reabilitação das estruturas e funções do complexo cervical e orofacial, em casos que
envolvem a alteração da deglutição, da voz, da respiração, da articulação da fala, da mímica facial, e
da comunicação como um todo.
▫ Assistência em grupo
- Grupo de Apoio Ressoar: grupo que agrega pacientes que tiveram o diagnóstico de câncer de
laringe e foram submetidos à cirurgia de laringectomia, que trazem dentre outras consequências, a
perda completa da voz laríngea. Os encontros: acontecem periodicamente uma vez por mês,
abordando questões multiprofissionais que permeiam o tratamento e a continuidade dos cuidados
em casa e na sociedade, e ações de qualidade de vida, através de palestras, atividades práticas,
gincanas, rodas de conversa e acolhimento de novos integrantes.
- O Coral Ressoar: atividade inserida no grupo de apoio ressoar, que envolve o canto. É voltado para
pacientes que com a reabilitação fonoaudiológica obtiveram sucesso e conseguiram restabelecer e
aprimorar uma nova voz, de forma fluente através de técnicas específicas de apreensão e ejeção de
ar no esôfago (voz esofágica). Os ensaios acontecem mensalmente na capela do HCP, que conta
com o apoio de voluntários da Rede Feminina de Combate ao Câncer do HCP.
vi. Farmácia de Hormônio
O atendimento a pessoas idosas na Farmácia de Medicação Oral do HCP segue a recomendação do
Estatuto do Idoso, oferecendo atendimento preferencial de acordo com a ordem de chegada de
cada idoso. Há três funcionários no setor, sendo um funcionário exclusivo para atendimento de
prioridade. A Farmácia de Hormônio conta ainda com a ajuda de voluntários do hospital para dar
qualquer suporte ao idoso que se achar por ventura seja necessário. O atendimento é realizado
mediante agendamento prévio e entrega de senha por ordem de chegada. No ato do atendimento,
o idoso recebe todas as orientações sobre a forma correta de utilização dos medicamentos e sobre
o próximo agendamento. Na Farmácia existe um banner que reforça todas as informações
necessárias aos pacientes, conforme imagem abaixo:
vii. Serviço Social
As ações desenvolvidas pelo Serviço Social no Hospital de Câncer de Pernambuco têm como
diferencial a humanização e totalidade do paciente. O processo de trabalho do Serviço Social
ampliou-se após as transformações da sociedade. O assistente social trabalha na mediação das
relações sociais, de acordo com as particularidades existentes, desenvolvendo estratégias de ações
cabíveis para cada situação, embasado no projeto ético-político do Serviço Social, nos Parâmetros
para atuação do Assistente Social na Saúde, e na legislação pertinente que direciona as ações a
serem desenvolvidas em meio hospitalar.
O objetivo dos atendimentos é identificar e trabalhar ansiedade relacionada à cirurgia, o
diagnóstico e possíveis repercussões que a doença possa trazer para esse indivíduo, bem como
favorecer o fortalecimento emocional e atitude de enfrentamento diante do processo de
adoecimento e hospitalização. Nesse sentido, o Serviço Social realiza “atendimento direto aos
usuários” tendo como público-alvo de suas intervenções, pessoas que se encontram em situação de
vulnerabilidade social e necessitam de atendimento humanizado e eficaz, auxiliando e oferecendo
suporte no direcionamento de possíveis soluções que se atentem para a situação em que se
encontra o usuário. Tudo isto para que possam restabelecer-se socialmente e serem
estrategicamente orientados, no sentido de garantir o direito à saúde, facilitando acesso de forma
total aos serviços de saúde dentro e fora do Hospital.
O atendimento direcionado aos idosos é realizado prioritariamente, conforme Estatuto do Idoso,
Lei nº 10.714, Art. 3º § 1º inciso 1º, que garante “atendimento preferencial imediato e
individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população”, salvo em
casos de pacientes com cirurgia agendada para o mesmo dia e/ou que seja cadeirante. O serviço
social assegura ainda, o direito ao acompanhante para a pessoa idosa, conforme CAPÍTULO IV, Do
Direito à Saúde, Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a
acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua
permanência em tempo integral, segundo o critério médico. Lei nº 10.741, de 1ºde outubro de
2003. Além do atendimento diferenciado ao paciente idoso, quando o serviço identifica qualquer
tipo de violência contra pessoas idosas, realiza-se a notificação compulsória, conforme Lei nº
12.461, de 26 de julho de 2011, sendo realizados os devidos encaminhamentos.
Tabela 05. Desempenho do HCP X Estado realizado pelo Serviço Social no atendimento ao idoso. Período:janeiro a dezembro de 2017.
Fonte:TABNET-PE. Período – janeiro a agosto/2017.
▫ Atendimentos realizados pelo Serviço Social
São realizadas várias ações visando garantir o direito à saúde e oferecer uma boa dinâmica
hospitalar, tendo em vista minimizar transtornos e promover um ambiente humanizado e adaptado
ao que se propõe este Hospital em excelência. Além de consultas, são realizadas:
Seções de orientação para acompanhantes nas enfermarias, no sentido de fortalecer o
vínculo entre o hospital, paciente e familiares, tornando estes sujeitos ativos no processo
de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde.
Visitas domiciliares com o objetivo de conhecer e identificar, in loco, a situação
socioeconômica dos pacientes, para assim dar melhor direcionamento e encaminhamentos
para a rede socioassistencial.
Palestras socioeducativas com intuito de informar, orientar e capacitar nas ações em saúde,
melhorando, assim, o trabalho em equipe multidisciplinar.
Notificações de violência contra idoso, mulher e criança, além dos encaminhamentos
quando necessários, para os órgãos competentes. As notificações são compulsórias, com o
objetivo de subsidiar a elaboração de políticas públicas específicas para coibir ou minimizar
demais casos de violência.
▫ Atividades realizadas pelo Serviço Social
Orientar e informar aos usuários sobre normas e rotinas da instituição e seus recursos;
Orientar sobre o processo de internamento;
Realizar contatos e encaminhamentos a rede socioassistencial;
Realizar contatos e encaminhamentos a rede de atenção à saúde (atenção básica e média
complexidade);
Realizar contatos e encaminhamentos ao setor sociojurídico (Ministério Público, Poder
Judiciário, entre outros);
Efetuar contato com a família do paciente;
Realizar trabalho integrado com outros membros da equipe de saúde;
Realizar entrevista social com usuários e familiares;
Realizar visitas e acompanhamento de casos nas enfermarias;
Realizar trabalho em grupo (Espaço Renascer, Hospital DIA e enfermarias);
Registrar ações em livros de ocorrência do setor, prontuários, etc.;
Promover Ações educativas; Elaborar e participar de Palestras e Seminários; Participação
em reuniões para discussão multiprofissional dos casos clínicos;
Dar suporte e orientação na comunicação de alta e de óbito, quando necessário;
Fortalecimento do processo de identificação/notificação de possíveis casos de violência;
Realização de atividades educativas (Sala de Espera);
Supervisão de estágio curricular; Participação em Comitê de Ética da Instituição;
Tutoria e preceptoria da Residência Multiprofissional em Oncologia.
viii. Odontologia
O atendimento a pessoas idosas nesse setor é preferencial, de acordo com o Art.1 da Lei nº 10.048,
de 1º de outubro de 2003 é realizado a partir do agendamento e posterior atendimento diário.
Os procedimentos de moldagens são realizados com material de qualidade e as próteses
confeccionadas com o propósito de promover o melhor conforto e segurança para os idosos.
Posterior à entrega das próteses, os pacientes são orientados a realizarem a higienização das
mesmas e acompanhados com a realização de ajustes, até se sentirem confiantes com a nova
possibilidade de equilíbrio mastigatório.
No Setor de Próteses Reabilitadoras são confeccionadas próteses para pacientes com sequelas da
face e do crânio oriundas de tumores malignos. Nas cirurgias, os pacientes saem do bloco cirúrgico
com suas próteses reabilitadoras instaladas e após um tempo determinado será reabilitado com
uma prótese, chamada prótese pós-cirúrgica. As próteses são confeccionadas em resina acrílica e
silicone, conforme a região a ser reabilitada. Alguns aspectos devem ser levados em consideração
na elaboração de uma prótese, são eles: material utilizado (biocompatibilidade), estética,
funcionalidade e avaliação adequada de retenção no paciente. Pensando na melhor adaptação das
próteses, requisitamos a prototipagem, isto é, a confecção do modelo do crânio ou face em 3D a
partir da tomografia realizada no paciente onde se observa a sequela oriunda da cirurgia e o que
nos favorece a praticidade na confecção da prótese e quando no ato cirúrgico um menor tempo e
resultado estéticos e funcionais com melhor qualidade.
Tabela 08. Desempenho do HCP X Estado realizado pela Odontologia no atendimento ao idoso. Período:janeiro a agosto de 2017.
Fonte:TABNET-PE. Período – janeiro adezembro/2017.
As próteses reabilitadoras apresentam três fatores positivos, são eles:
Fatores funcionais, a reabilitação da perda com resgate das funções em grande parte
comprometidas;
Fatores estéticos, a possibilidade de reaver a estética do paciente;
Fatores psicológicos, a própria reabilitação das funções e da estética traz ao paciente o
conforto do retorno ao seu convívio familiar e social;
No setor de prótese vários tipos de próteses podem vir a ser confeccionadas;
Oculares: confecção e instalação das nas cavidades anoftálmicas;
Óculo-palpebrais: próteses para reabilitação de exérese da cavidade anoftálmica, incluindo
a pálpebra;
Faciais: reabilitação de grandes perdas faciais com adaptação ou não de oculares;
Obturadores palatinos: podem ser trans e pós-cirúrgicos, servem para a reabilitação de
perdas maxilares, podendo ser de infra, meso ou supraestrutura, em 3D;
Nasais: para reabilitação de perdas de partes ou total do nariz;
Auriculares: para reabilitação de perdas de partes ou totais da orelha;
Próteses para perdas de partes ósseas, malares, supraorbitário, cranioplastia, em 3D;
Próteses areolares.
ix. Nutrição
O Serviço de Nutrição do Hospital de Câncer de Pernambuco tem como objetivo prestar assistência
nutricional na sua integralidade aos pacientes internados e em acompanhamento ambulatorial,
voltada para promoção e proteção à saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dos agravos
nutricionais, bem como tem por competência fornecer alimentação adequada, dentro dos padrões
higiênico-sanitários, visando promover a manutenção/recuperação da saúde de sua clientela.
Os pacientes recebem suas refeições na enfermaria onde estão internados e os seus
acompanhantes fazem as refeições no refeitório do hospital. As exceções, refeições servidas a
acompanhantes na enfermaria, acontecem após avaliação dessa necessidade pelo nutricionista
responsável. É importante ressaltar que, devido às condições socioeconômicas da grande maioria
dos acompanhantes do HCP, o benefício relativo ao idoso é estendido a todos eles, independente
da idade do paciente que o mesmo acompanha. Ou seja, o serviço de nutrição proporciona
condições adequadas para a permanência do acompanhante em tempo integral, no tocante à
alimentação, oferecendo as 03 principais refeições e 01 lanche noturno.
Na assistência nutricional, o atendimento ao paciente é individualizado e a triagem é feita de
acordo com o seu estado clínico e não pela idade. O protocolo de Avaliação de Risco Nutricional
utilizado para adultos é a NRS 2002, que também considera a classificação etária. O atendimento
ambulatorial do serviço de nutrição é realizado no turno da manhã, onde são realizadas avaliação
antropométrica, anamnese e orientação nutricional. Esse atendimento é realizado aos pacientes
que chegam por demanda espontânea e aos que são encaminhados pelos demais serviços do
Hospital, principalmente: Mama, cabeça e pescoço, oncologia clínica, cirurgia plástica, fisioterapia,
fonoaudiologia, psicologia, pélvis, urologia, ortopedia, etc.
Tabela 07. Desempenho do HCP X Estado realizado pela Nutrição no atendimento ao idoso. Período: janeiroa agosto de 2017.
Fonte:TABNET-PE. Período – janeiro a agosto/2017.
▫ Atividades desenvolvidas pela equipe
Participar da visita multidisciplinar com as equipes das clínicas de Cabeça e Pescoço e de
Cirurgias Oncológicas;
Participar de reunião clínica semanal de Cabeça e Pescoço, Cirurgias Oncológicas,
Ortopedia, oncohematologia;
Realizar avaliação nutricional, utilizando a ferramenta de ASG-PPP, método validado e
consensuado através do Consenso Brasileiro de Nutrição Oncológica;
Registrar em prontuário resultado da avaliação e conduta nutricional;
Orientar alta hospitalar aos pacientes.
▫ Atividades desenvolvidas na área de Produção
Planejamento de cardápios e de compras;
Recebimento dos insumos seguindo critérios preestabelecidos;
Armazenamento de acordo com as características de cada produto;
Pré-preparo adequado segundo a necessidade;
Preparo conforme os cardápios planejados;
Distribuição das refeições produzidas.
x. Psicologia
O trabalho da Psicologia, no Hospital de Câncer de Pernambuco, visa à identificação e manejo dos
fatores emocionais no adoecer, a prevenção e a redução de sintomas, como a ansiedade, angústia e
o medo, auxiliando no processo de ressignificação e suporte para o desenvolvimento de estratégias
adaptativas e de enfrentamento.
No que diz respeito ao atendimento ao idoso, o setor o Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 | Lei no
10.741, de 1º de outubro de 2003, priorizando os idosos com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos. O fluxo de pacientes no setor de Psicologia ocorre através de atendimentos pré-
operatórios, pronto-atendimento (encaminhado por médicos e equipe) e por demanda espontânea,
e em todas estas modalidades priorizamos os idosos, cadeirantes e pacientes que acabaram de
receber o diagnóstico.
Tabela 09. Desempenho do HCP X Estado realizado pela Psicologia no atendimento ao idoso. Período:janeiro a agosto de 2017.
Fonte:Tabnet PE. Período – janeiro a agosto/2017.
▫ Atividades desenvolvidas
Atendimentos a funcionários e voluntários do HCP;
Participação nas atividades do Espaço Renascer, Equipe Interdisciplinar Saber Cuidar,
Comitê de Ética em Pesquisa, Colegiado da Residência Multiprofissional em Oncologia,
Grupo de Trabalho em Humanização, Elaboração e Realização da Pesquisa de Satisfação
dos Usuários, Pesquisa sobre Qualidade de Vida no Ambulatório e Enfermaria de
Hematologia (em andamento), Reuniões Clínicas de Ortopedia e Urologia, Projeto de
Pesquisa – Avaliação da Qualidade de Vida em Pacientes Sobreviventes de Osteossarcoma
Submetidos à Giroplastia de Van Ne;
Participação com Apresentação de Palestra no Simpósio do HCP e de Cuidados Paliativos no
CREMEPE;
Tutoria e Preceptoria na Residência Multiprofissional em Oncologia, Grupo Semanal com
Residentes Uni e Multiprofissional em Oncologia, Participação em Bancas de Qualificação e
Orientação de Projeto de Pesquisa da Residência Multiprofissional em Oncologia;
Preceptoria de Estagio Curricular em Psicologia Hospitalar e Preceptoria em Visitas Técnicas
de graduandos em Psicologia interessados em conhecer a temática da Psicologia
Hospitalar;
Entrevista na Rádio Jornal sobre o Outubro Rosa.
ASSISTÊNCIA AO IDOSO EM PERNAMBUCO E NO HCP
Com a crescente demanda pelos serviços especializados de oncologia devido à gradativa transição
demográfica de envelhecimento da população, a qual o país e o estado vêm atravessando, as
terapias complementares ao tratamento do câncer se tornam fundamentais para a reabilitação do
paciente. Dentre os vários serviços assistenciais multiprofissionais oferecidos pelo Hospital de
Câncer de Pernambuco, o paciente idoso pode usufruir de tratamentos oncológicos clínicos como
parte do tratamento curativo, além de poder contar com o tratamento paliativo como parte
fundamental na manutenção da qualidade de vida para pacientes e para seus familiares, pois
promove a prevenção e o alívio do sofrimento quando a doença oncológica se encontra em estágio
avançado ou evolui para o tratamento não curativo. Logo, o tratamento paliativo tem como foco
principal o abrandamento dos sintomas físicos, psicológicos, sociais e espirituais1 que envolvem a
doença oncológica em estado avançado.
Para proporcionar tais benefícios, o Hospital de Câncer de Pernambuco visa, através deste,
requerer o custeio necessário para manutenção dos serviços clínicos e ambulatoriais prestados ao
idoso e a requalificação seu setor de cuidados paliativos, permitindo assim que a aquisição de
1Instituto Nacional de Câncer. Disponível em <http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=682>. Acesso em 20de março de 2018.
equipamentos torne a ambiência mais funcional e acolhedora para pacientes e familiares, além de
viabilizar a manutenção da assistência oncológica prestada pela instituição, fazendo com que a
oferta de tratamento, tanto curativo quanto paliativo, possa atender a demanda de forma plena,
com instalações e materiais adequados para as necessidades específicas dos portadores de câncer.
Desta forma, o custeio promoverá o melhoramento na qualidade da assistência prestada a
população idosa, ao mesmo tempo em que facilitará a implementação eficaz das políticas de
valorização e defesa do direito da pessoa idosa no município, fortalecendo as práticas de atenção
integral, nos aspectos biopsicossociais, com ênfase na prevenção, defesa e atendimento na área de
saúde, o que é especialmente relevante para o HCP, dado que, aproximadamente um terço do total
de pacientes atendidos aqui está dentro deste grupo.
Abaixo, examina-se o panorama do atendimento ao idoso assistido pela na instituição, de modo
que, é possível constatar a presença acentuada desta parcela da população entre os pacientes do
HCP e a relação destes com o total de atendimentos oncológicos no estado.
Tabela 01. Quantidade mensal de pacientes idosos atendidos pela primeira vez no HCP. Período: janeiro adezembro de 2017.
MÊS Pacientes a partir 60 anos(1º vez) Qtd.Total de Pacientes %
jan/17 348 1.100 32%
fev/17 329 990 33%mar/17 434 1.233 35%abr/17 335 1.033 32%mai/17 404 1.230 33%jun/17 355 1.038 34%jul/17 332 1.066 31%
ago/17 383 1.186 32%set/17 340 1.060 32%
Total 3.578 10.944 33%Fonte:Sistema WPD. Período – janeiro a setembro/2017.
Observa-se que o crescente número de pessoas idosas no país e no estado faz com seja necessário
o desenvolvimento de serviços e espaços adequados para esta população, que apresenta carências
peculiares a esta fase da vida, com redução de mobilidade, redução de capacidade auditiva, visual e
por vezes, cognitiva, além do aumento da incidência de doenças crônicas e degenerativas, como é o
caso do câncer. É possível observar a transição demográfica do Brasil e de Pernambuco em
proporção à população total no gráfico abaixo.
2020 2025 2030
0,45
0,59
0,76
0,370,49
0,63
População acima de 60 anos
BrasilPernambuco
Fonte: IBGE2
Embora o avanço da idade seja uma importante conquista de humanização para a população, esta é
uma fase que exige cuidados diferenciados, sendo assim, a assistência médico-social se torna
crucial para o bem-estar da pessoa idosa. Como é possível observar na tabela, o Brasil vem
passando por um processo progressivo de envelhecimento populacional, padrão também seguido
em Pernambuco. Uma característica pertinente desta progressão é a prevalência da população
feminina neste envelhecimento, reflexo da diferença na expectativa de vida entre homens e
mulheres.
O envelhecimento apresenta vários desafios para a saúde pública e nesta fase, há uma incidência
onze vezes a maior no diagnóstico de câncer e aumenta em dezesseis vezes a mortalidade
ocasionada pela doença em relação à população jovem3. Esta situação se reflete na crescente
sobrecarga do SUS na absorção dessa demanda progressiva, fazendo com que haja necessidade de
ampliar as ações e os recursos direcionados para prevenção, tratamento e diagnóstico oncológico,
especialmente nas faixas etárias com maior incidência.
Tabela 02. Desempenho do HCP x Estado dos principais procedimentos realizados ao idoso . Período: janeiroa agosto de 2017.
PROCEDIMENTO HCP acimade60 anos
Estado acimade 60 anos
% (Desempenho)HCP x Estado
acimaFATOR ESTIMULANTE DE CRESCIMENTO 59 111 53%PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 1.092 2.129 51%BIÓPSIA 1.118 3.506 32%QUIMIOTERAPIA 3.345 11.166 30%
2Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em <https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/>. Acesso em 20 de fevereiro de 2018.
3JEMAL , A. et al: Global Cancer Statistics. CA Cancer J Clin 2011.
HORMONIOTERAPIA 9.866 35.725 28%RADIOTERAPIA 15.058 84.188 18%INIBIDOR DE OSTEÓLISE 512 2.975 17%ANATOMO-PATOLÓGICO 3.341 25.996 13%RESSSONÂNCIA 634 6.854 9%TOMOGRAFIA 2.644 30.713 9%CITILOGRAFIA 609 7.821 8%CITOPATOLÓGICO 2.170 29.285 7%MAMOGRAFIA 2.745 38.367 7%ULTRASSONOGRAFIA 2.788 54.718 5%CONSULTA MÉDICA 37.707 745.958 5%CONSULTA MULTIDISCIPLINAR 14.069 365.796 4%CONFECÇÃO DE PRÓTESE 133 5.895 2%
TOTAL 97.890 1.451.203 7%Fonte:TABNET-PE. Período – janeiro a agosto/2017.
É importante salientar que a população idosa compõe grande parte dos pacientes do HCP, com
32,57% das pacientes mulheres e 47,72% dos pacientes homens com idade acima de 65 anos. O
avanço no número de novos casos de câncer acompanha o avanço na idade da população, tornando
a doença recorrente neste período, fazendo com que as práticas de atenção assistencial à saúde
oferecida pela instituição sejam uma ferramenta significativa na composição do serviço público de
saúde do município e do estado.
Idade dos pacientes Mulheres Homens
0 a 24 anos 2,23% 1,57%
25 a 44 anos 22,97% 8,78%
45 a 64 anos 42,17% 41,32%
Mais de 65 anos 32,57% 47,72%Fonte: RHC (2014)
Tendo em vista o alto custo da assistência oncológica, é pertinente ressaltar a relevância do idoso
dentro do cenário financeiro do hospital, já que a atenção à população acima dos 65 anos responde
por 21% (vinte e um por cento) das despesas realizadas pela instituição, reforçando a importância
de direcionar recursos específicos para o atendimento do paciente oncológico idoso.
O acolhimento adequado dessa população dentro do HCP é crítico para o acesso facilitado ao
tratamento clínico e ambulatorial, especialmente considerando as limitações de recursos da
população idosa, e em especial, a do idoso portador de câncer. Este quadro nevrálgico se reflete no
custeio dos materiais médicos, medicamentos e nutrição, afetando diretamente a qualidade da
assistência integral e humanizada oferecida pela instituição, seja para tratamento curativo ou
paliativo.
No caso do setor de paliativos do HCP, além da carência de ambiência devidamente adequada, esta
população requer cuidados personalizados no contexto ambulatorial e clínico, bem como no
contexto social e cognitivo-emocional, fazendo com que o papel da terapia não curativa adquira
uma dimensão ainda mais singular por também proporcionar momentos de convivência e de
aceitação desta etapa da doença, oferecendo entendimento da vida e da morte como processos
naturais e além de suporte para as famílias.
A presença do idoso na assistência do HCP é bastante significativa em todos os setores do
hospital, como é possível verificar nas tabelas abaixo, o que ressalta o compromisso com o
cuidado dispensado com este paciente, afirmando a tradição filantrópica da instituição em prestar
assistência às parcelas mais vulneráveis da sociedade, o que enfatiza a necessidade de buscar
investimento para permitir o custeio de todas estas atividades.
Atendimentos ambulatoriais
Tabela 01. Atendimentos ambulatoriais a idosos, com percentual acima de 50%, comparando-se o HCP e oEstado de Pernambuco. Período: janeiro a agosto de 2017.
Fonte:Tabnet PE. Período – janeiro a agosto/2017.
Procedimentos cirúrgicos
Tabela 03. Procedimentos cirúrgicos realizados em idosos,com percentual acima de 50%, comparando-se oHCP e o Estado de Pernambuco. Período: janeiro a agosto de 2017.
Procedimento Descrição
HCP ESTADO
DESEMPENHO
0416010032CISTECTOMIA TOTAL COM DERIVAÇÃO SIMPLES EM ONCOLO 1 1 100%
0416020178 LINFADENECTOMIA CERVICAL SUPRAOMO-HIOIDEA UNILATE 5 5 100%
0416030025 RESSECÇÃO DE GLANDULA SALIVAR MENOR EM ONCOLOGIA 1 1 100%
0416030041RESSECÇÃO DE GLANDULA SUBMANDIBULAR EM ONCOLOGIA 4 4 100%
0416030149 RESSECCAO EM CUNHA DE LABIO E SUTURA EM ONCOLOGIA 1 1 100%
0416030157RESSECCAO PARCIAL DE LABIO COM ENXERTO OU RETALHO 16 16 100%
0416030173 MAXILECTOMIA PARCIAL EM ONCOLOGIA 5 5 100%0416030211 FARINGECTOMIA PARCIAL EM ONCOLOGIA 7 7 100%
0416030327 RESSECÇÃO DE PAVILHÃO AURICULAR EM ONCOLOGIA 1 1 100%
0416090028 AMPUTACAO / DESARTICULACAO DE MEMBROS SUPERIORES 1 1 100%
0416090079SACRALECTOMIA (ENDOPELVECTOMIA) EM ONCOLOGIA 1 1 100%
0416090109 RESSECCAO DE TUMOR OSSEO COM SUBSTITUICAO (ENDOPR 4 4 100%
0416030254 LARINGECTOMIA PARCIAL EM ONCOLOGIA 77 79 97%
0416080081RECONSTRUCAO C/ RETALHO MIOCUTANEO (QUALQUER PART 326 350 93%
0416030297 TRAQUEOSTOMIA TRANSTUMORAL EM ONCOLOGIA 59 64 92%0416030017 PAROTIDECTOMIA PARCIAL EM ONCOLOGIA 10 11 91%
0416020208 LINFADENECTOMIA SUPRACLAVICULAR UNILATERAL EM ONC 33 38 87%
0416010016 AMPUTACAO DE PENIS EM ONCOLOGIA 13 15 87%
0416020160 LINFADENECTOMIA RADICAL MODIFICADA CERVICAL UNIL 7 9 78%
0416030068 GLOSSECTOMIA PARCIAL EM ONCOLOGIA 6 8 75%0416020151 LINFADENECTOMIA RADICAL CERVICAL UNILATERAL 5 7 71%
0416020232 LINFADENECTOMIA INGUINAL UNILATERAL EM ONCOLOGIA 10 14 71%
0416020240 LINFADENECTOMIA SELETIVA GUIADA (LINFONODO SENTIN 12 17 71%
0416120024 MASTECTOMIA RADICAL C/ LINFADENECTOMIA AXILAR 94 140 67%
0416010091 NEFROURETERECTOMIA TOTAL EM ONCOLOGIA 2 3 67%
0416040144 RESSECCAO DE TUMOR RETROPERITONIAL C/ RESSECCAO 2 3 67%
0416040209 BIOPSIAS MULTIPLAS INTRA-ABDOMINAIS EM ONCOLOGIA 25 39 64%
0416020216 LINFADENECTOMIA AXILAR UNILATERAL EM ONCOLOGIA 8 13 62%
0416030262 LARINGECTOMIA TOTAL EM ONCOLOGIA 3 5 60%0416060064 HISTERECTOMIA TOTAL AMPLIADA EM ONCOLOGIA 37 64 58%
0416010199 REIMPLANTE URETERAL EM ONCOLOGIA - URETEROENTEROS 1 2 50%
0416020186LINFADENECTOMIA CERVICAL RECORRENCIAL UNILATERAL 3 6 50%
0416030246 EXENTERAÇÃO DE ÓRBITA EM ONCOLOGIA 1 2 50%
0416120040 RESSECCAO DE LESAO NAO PALPAVEL DE MAMA COM MARCA 28 56 50%
Total 809 992 82%Fonte:DATASUS /Tabwin. Período – janeiro a agosto/2017.
PROBLEMAS QUE FORAM IDENTIFICADOS E QUE GERARAM A NECESSIDADE DO OBJETO
Tendo em vista as despesas incorridas com assistência ao idoso na instituição, há uma grande
necessidade de captar recursos para fortalecer este serviço, permitindo assim a manutenção da
assistência através do custeio do tratamento clínico oncológico bem como a aquisição de
equipamentos para melhoria do setor de paliação. Considerando a posição diferenciada do
tratamento clínico oncológico, que envolve ambulatório e hospital, e do setor paliativo, promover a
manutenção dessas atividades torna-se fundamental para consolidar um tratamento humanizado e
integral. Dessa forma, é fundamental contar com medicamentos, materiais e nutrição que atendam
às necessidades particulares dos pacientes oncológicos.
A terapia paliativa do HCP conta atualmente com 16 leitos de enfermaria que recebem pacientes de
todo o estado e de outras unidades federativas, além do serviço de hospital DIA, que acompanha e
assiste os pacientes em paliação tratados em sua própria residência. A paliação é iniciada quando o
paciente deixa de ter prospecto de tratamento curativo, a qual passa a tratar os sintomas atrelados
à doença oncológica avançada, tais como dor, astenia e anorexia. Nos casos onde a alta é possível, o
paciente pode usufruir do hospital DIA, serviço que permite que ele usufrua de maior tempo junto
à família e com maior qualidade de vida. O custeio para despesas com a assistência clínica e
ambulatorial ao idoso portador de doença oncológica e com a aquisição de equipamentos,
permitirá melhorar o atendimento a esta população vulnerável, de forma digna e humanizada, com
respeito ao momento de encerramento do ciclo de vida do paciente.
Produto a ser gerado pelo projeto:
Proporcionar a manutenção de uma assistência de qualidade, integral e humanizada, durante toda
a fase clínica e ambulatorial do tratamento oncológico para a população idosa. No setor de
paliativos, espera-se entregar à população um espaço devidamente guarnecido com equipamentos
e materiais para atender a crescente demanda pelos serviços do hospital, mantendo sempre uma
assistência humanizada e integral.
OBJETIVOS
Objetivo geral:
Proporcionar o custeio de despesas com a assistência clínica e ambulatorial ao paciente idoso na
instituição, bem como a aquisição de materiais médicos, medicamentos e nutrição, de modo
fornecer tratamento oncológico curativo e paliativo, além de fornecer suporte à família,
proporcionando assim manutenção de uma assistência de qualidade, acolhedora, segura e
tranquila, respeitando a cultura local e a privacidade do paciente.
Objetivo específico:
Incrementar a oferta de tratamento oncológico ofertado ao paciente do HCP através do custeio de
despesas com o tratamento clínico e assistencial, permitindo assim a melhoria e a ampliação da dos
serviços ao paciente, fortalecendo assim sua qualidade de vida através de uma atenção integral e
humanizada.
Resultados pretendidos:
Promover o fortalecimento da assistência clínica e ambulatorial ao paciente oncológico idoso,
proporcionando-lhe melhor resposta ao tratamento, tanto curativo quanto paliativo, mantendo a
qualidade de vida do paciente durantes sua presença no HCP, provendo o acesso pleno aos
materiais, medicamentos e equipamentos necessários para o cuidado de cada paciente.
Beneficiários do projeto:
Atualmente, o HCP é responsável por 41% dos leitos oncológicos e 44% dos procedimentos
cirúrgicos de oncologia realizados no Estado de Pernambuco, e 30,06% dos tratamentos
quimioterápicos; o que contabiliza uma média 40.932 tratamentos quimioterápicos e 3.157
cirurgias oncológicas por ano de acordo com o DATA SUS (2017); são cerca de 1.100 atendimentos
em média por mês, destes, 730 são de novos casos. Cerca de 1/3 destes pacientes são de pessoas
acima dos 60 anos. A instituição ainda é a única no estado a oferecer emergência oncológica 24h e
uma das poucas no estado a oferecer tratamento para pacientes oncohematológicos adultos de
forma integral, além de ser referência na realização de cirurgias de oncologia mastológica,
ortopédica oncológica e neurocirurgia oncológica. No caso do setor de paliação, além do
tratamento não curativo, é oferecido ambulatório da dor e hospital DIA, provendo assistência para
os pacientes que podem ter alta para serem cuidados no conforto de suas próprias residências,
melhorando a qualidade de sobrevida desse paciente.
NÍVEL DE ESCOLARIDADE dos PACIENTES no HCP
Nenhuma 807 14%
Fundamental incompleto 2527 45%
Fundamental completo 503 8,2%
Ensino médio 1064 19%
Superior incompleto 47 0,8%
Superior completo 171 3,2%
Sem informação 539 9,7%
Total 5.658 -Fonte: Integrador RHC/INCA (2016)
A crescente demanda pelos serviços prestados pelo HCP atrelada ao envelhecimento progressivo da
população do país e do estado, exigirá ainda mais dos recursos já escassos para atender essa
população de forma adequada, viabilizando a manutenção dos padrões de assistência integral e
humanizada da instituição, e em concordância com os princípios de universalização, equidade e
integralidade do Sistema Único de Saúde.
Benefícios institucionais:
O HCP passará a assistir de forma oportuna os pacientes idosos portadores de câncer que
necessitam de assistência, em particular, de tratamento paliativo, em consonância com a missão e a
visão estratégica da instituição, reforçando seu papel fundamental dentro do sistema de saúde
público do estado e do município.
METAS
OBJETIVO INDICADOR METAS INSTRUMENTO
Custeio àassistência ao
pacienteoncológico idoso
Nº de equipamentos adquiridos
Aquisição de 100% dos equipamentos
FotosNota Fiscal
Nº equipamentos em uso
100% dos equipamentos operacionais
FotosRelatório de tombamento
Nº de pacientes idosos assistidos
Subsidiar 100% dos serviços listados na planilha de custo
Sistema de informação hospitalar Relatório de despesasRelatório de Auditoria
Taxa de utilização do recurso
Utilização de 100% dos recursos destinados
Relatório de AuditoriaRelatório contábilNotas Fiscais
RECURSOS
Custo total do projeto: R$ 3.906.069,00
ETAPAS DE EXECUÇÃO PROJETO
Fase Prazo Valor estimado (R$)
Custeio de despesas com assistência ao idoso 12 meses 3.528.019,00
Readequação do espaço do setor de paliação (reestruturação do espaço físico e ambiência) 12 meses 300.000,00
Aquisição de equipamentos 12 meses 378.150,00
Total 3.906.069,00
PLANO DE APLICAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS PARA ASSISTÊNCIA ONCOLÓGICA AO IDOSO
MATERIAIS HOSPITALARES ORÇADOS (PESQUISA SIGEM)
Quant. Descrição Valor unit. (R$) Total (R$)
5 Armário móvel de aço para uso diverso 700,00 3.500,00
2 Aspirador de secreção 8.000,00 16.000,00
5 Bomba de infusão 5.700,00 28.500,00
20 Biombo 420,00 8.400,00
10 Cadeira de banho higiênica 500,00 5.000,00
13 Cadeira de rodas para adultos 1.100,00 14.300,00
3 Cadeira de rodas para obeso 1.400,00 4.200,00
4 Cama hospitalar adulto tipo Fawler mecânica 5.000,00 20.000,00
14 Cama hospitalar adulto tipo Fawler elétrica 11.000,00 154.000,00
10 Colchão pneumático 400,00 4.000,00
8 Escada com dois degraus 300,00 2.400,00
10 Mesa de cabeceira com refeição acoplada 1.200,00 12.000,00
10 Mesa para refeição de aço 400,00 4.000,00
15 Poltrona hospitalar 1.000,00 15.000,00
16 Régua de gases (assistência respiratória de parede)
1.350,00 21.600,00
3 Sistema de higienização de pacientes 20.000,00 60.000,00
15 Suporte de soro 350,00 5.250,00
Total 378.150,00
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