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Assistência ao paciente politraumatizado
O politrauma é uma
sindrome decorrente de
lesões múltiplas, com
reações sistêmicas que
podem levar à falha ou a
disfunção de orgaos ou
sistemas vitais não
diretamente lesados pelo
trauma.
POLITRAUMATISMO
Epidemiologicamente, o trauma representa,
atualmente, a terceira causa morte mundial.
Segundo as estatísticas, em um dia médio,
170.000 homens, mulheres e crianças sofrem
traumatismos, e aproximadamente 400 morrem
como resultados de suas lesões.
Lesão acidental é o maior assassino de pessoas
entre as idades de 1 a 44 anos.
Esses dados estão
diretamente ligados a
explosão demográfica
juntamente com os
altos índices de
violência e a
imprudência dos dias
atuais.
Para Tashiro e Murayama(2001), “ a vítima do
trauma é considerada parcialmente grave, pois
seu estado poderá se deteriorar rapidamente
atingindo varias partes do organismo e
colocando o individuo em risco de vida”.
Apesar dos esforços das equipes responsáveis
pelo atendimento ao politraumatizado, as taxas
de morbidade são assustadoras.
Nos politraumatismos amortalidade é classificada emtrês níveis subseqüentes:imediata, precoce e tardia.
Imediata: as mortes sãorelativas às que acontecemlogo após o acidente devido alesões cerebrais graves,traumatismos cervicais elesões em grandes vasos oucoração.
Precoce: refere as mortes ocorridas dentro de
duas horas após o trauma, causadas por
traumatismos cranioencefálico, torácico,
abdominal e hemorragia;
Tardia: relacionam à ocorrência de septicemia e
falência múltiplas dos órgãos, podendo também
estar ligada ao traumatismo cranioenfálico.
O atendimento ao
paciente de
politraumas tem
como principal
objetivo a diminuição
e, se possível, a
abolição de seqüelas
do trauma evitando
assim as
complicações que
levam ao óbito.
Obs: é característica do
trauma ir além do contexto
hospitalar, pois engloba a
participação de equipes na
cena do acidente,
passando pela fase
hospitalar, até a existência
de programas de
reabilitação paras vítimas.
Abordagem inicial do enfermeiro na
estabilização do politraumatizado:
O atendimento ao politraumatizado deve ser
realizado em unidades de urgência e emergência
levando em conta:
1. materiais
2. instalações
3. banco de sangue
Na assistência aos
politraumas, os
profissionais devem
usufruir de
conhecimentos que o
permite visar situações
que representam risco
imediato de vida a
vítima.
Para efetividade das prioridades de condutas
baseadas nas necessidades de cada
politraumatizado, o enfermeiro deve utilizar:
1. os critérios seqüenciais das vias aéreas;
2. atenção à coluna cervical;
3. verificação dos sinais sugestivos de
comprometimento da respiração e ventilação;
4. circulação e controle de hemorragias;
5. exposição completa do paciente;
6. atenção à família do politraumatizado.
Avaliações e intervenções primária e seus
objetivos:
Estabelecer uma via aérea estável e
desobstruída.
Ao abordar as vias aéreas, o enfermeiro deverá
realizar os seguintes passos:
1. levantamento da mandíbula(jaw trust);
2. Retirada de corpos
estranhos;
3. inserção de uma
cânula orotraqueal;
4. e suplementação
de oxigênio via ambu
com máscara.
Completando o exame e as condutas da
primeira fase da assistência ao
politraumatizado, seguem:
1. a exposição completa do paciente, no qual ele é
despido pelo enfermeiro para que sejam
pesquisados sinais como:
- escoriações;
- hematomas;
- ferimentos;
- sangramentos;
- afundamentos;
Avaliações e intervenções secundarias
O enfermeiro emergencialista começa o exame
secundário e suas intervenções quando tenham
sido garantidas:
- a via aérea;
- a respiração e circulação;
e envolve uma avaliação da cabeça aos pés,
combinada com os diagnósticos definitivos e
tratamento das lesões.
Os exames complementares como a radiografia, a
tomografia computadorizada e outros, serão
realizados nessa fase após a solicitação do
médico responsável.
Os efeitos sistêmicos do trauma
A compreensão dos efeitos
do trauma é de
fundamental importância
no trajeto do atendimento
ao politraumatizado.
O enfermeiro que atende
ao politraumatizado deve
ser previamente
capacitado e estar atento
para os sinais clínicas de
lesão de coluna.
Pois a mobilização ou imobilização inadequada
pode gerar comprometimento neurológico.
Traumatismos vertebrais podem não estar
acompanhados de lesões medulares, porém os
cuidados são essenciais.
Outros efeitos
sistêmicos do trauma e
que é muito comum,
ocorre no traumatismo
torácico.
As lesões torácicas
estão entre as quatro
principais causas de
óbitos em
politraumatizados.
A rapidez na avaliação e nos procedimentos,
também devem ser aplicadas nos traumas do
abdômen.
A falta de precocidade no diagnóstico do trauma
abdominal leva, inevitavelmente, a maioria dos
pacientes à morte.
Obs: isso porque a cavidade abdominal é
potencial reservatório em casos de perda
sanguínea, e, os sinais e sintomas da lesão
abdominal são, frequentemente, sutis e
mascarados por outros traumatismos.
Com todos esses efeitos
que acometem o
politraumatizado, existe
um outro mecanismo
muito comum com que
se deparam os
profissionais de
enfermagem:
o choque hipovolêmico.
Medidas de enfermagem
como desobstrução das
vias aéreas,
restabelecimentos da
função respiratória e do
padrão hemodinâmico são
importantes no processo
de recuperação do
paciente “chocado”.
Em relação ao sistema
locomotor – os traumatismos
musculo esqueléticos
raramente representam risco
iminente de vida, devendo ser
avaliados em segundo caso.
Obs: exceto nos casos onde
lesões se associam a outros
sistemas com, por exemplo, o
vascular.
Nesse caso, uma ruptura de artéria ilíaca
provocada pelo fragmentos ósseos de uma
fratura de bacia levará o indivíduo :
A uma hemorragia interna
que desencadeará um choque hipovolêmico e,
posteriormente poderá levar o indivíduo a morte.
Deve-se ressaltar também que
há situações que exigem dos
enfermeiros um manejo mais
específico e cuidadoso nos
atendimentos de
politraumatizados.
Ex: traumatismos em gestantes,
crianças, queimados, dentre
outros.
Obs: na gestante, a equipe deve
ter claro que atende dois
pacientes.
E que o prognóstico do feto
depende da gravidade das lesões
maternas.
Obrigado(a)!
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