aula sobre vygotsky
Post on 06-Jun-2015
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Vygotsky
Vygotsky- linguagem e desenvolvimento
• A criança, desde o seu nascimento, é imersa em um mundo social, onde toda a atividade humana é mediada pela linguagem.
• Através de sua interação com o mundo, a criança, gradativamente, vai apropriando-se da linguagem em suas relações com os objetos e com o outro, seja criança ou adulto.
• Vygotsky considera a linguagem como constituidora das funções mentais superiores, sendo que o conhecimento é adquirido nas relações entre as pessoas, através da linguagem e da interação social.
• Vygotsky apresenta uma argumentação elaborada, demonstrando que a Linguagem é um processo pessoal ao mesmo tempo em que é um processo social. Assim, a fala humana é o comportamento do uso de signos mais importante ao longo do desenvolvimento da espécie humana.
• Pode-se considerar a linguagem como um instrumento complexo que viabiliza a comunicação e a vida em sociedade. Sem ela, o ser humano não é social, nem cultural.
• Vygotsky acredita que a linguagem, a partir dos dois anos (quando a criança aprende a falar)até por volta dos sete, apresenta duas funções simultaneamente, sem que a criança seja capaz de diferenciá-la com clareza;
• a função interna, de coordenar e dirigir o pensamento;
• e a externa, de comunicar o pensamento ao interlocutor.
• No desenvolvimento humano, a aquisição da linguagem passa por diversas fases: a linguagem social, a linguagem egocêntrica e a linguagem interior:
• A linguagem social- tem a função de comunicar, sendo a primeira linguagem que surge;
• A egocêntrica e a interior estão intimamente ligadas ao pensamento.
• Segundo Vigotski, exatamente porque a criança não distingue essas duas funções, dá-se origem ao que Piaget chama de fala egocêntrica, isto é, a criança fala alto a respeito de seus planos interiores, não fazendo distinção entre a fala para si mesma e a social dirigida para o outro.
A Mediação Simbólica
• Um ponto crucial de seu pensamento é a mediação simbólica, uma vez que esse conceito é o ponto central da teoria vygotskyana sobre o funcionamento psicológico, sendo que este se baseia na interação do homem com o mundo.
• Vygotsky diz que essa interação não é direta, mas sim mediada, a qual corresponde a um estímulo incorporado ao impulso direto de modo a facilitar a complementação da operação.
• Segundo Vygotsky, existem dois tipos de elementos mediadores: os instrumentos e os signos, sendo que o primeiro corresponde a um objeto social e mediador da relação entre o indivíduo e o mundo, diferentemente dos animais que também usam instrumentos, o ser humano tem a capacidade de criar seus instrumentos para determinados fins, os guardam para seu futuro e transmitem a sua função e metodologia de construção para outros membros do grupo social.
• O segundo (os signos), correspondem a instrumentos da atividade psicológica, com papel semelhante ao dos instrumentos no trabalho, ou seja, auxiliam a nossa mente a tornar-se mais sofisticada, possibilitando um comportamento mais controlado.
• Vygotsky relaciona os sistemas simbólicos (são sistemas que organizam os signos em estruturas complexas e articuladas) com o processo de internalização (transformação das marcas externas em processos internos), sendo que esses dois são considerados essenciais para o desenvolvimento dos processos mentais superiores, além de mostrarem a importância das relações sociais entre os indivíduos.
• Vygotsky também defende que a interação entre os seres humanos (face a face ou sócio-culturalmente) é fundamental na construção do ser humano, pois é através dessa forma de interação que o indivíduo vai chegar a interiorizar as formas culturalmente estabelecidas, sendo que este se dá “de fora para dentro”.
• Finalmente, agora temos uma relação entre linguagem e pensamento, pois como a linguagem representa o sistema simbólico mais básico, ela ocupa lugar central na teoria de Vygotsky. A primeira função básica da linguagem para o autor é a de intercâmbio social: ou seja, o homem a utiliza para se comunicar com seus semelhantes e a segunda função seria a de servir como pensamento generalizante, ou seja, para ordenar o real, agrupando-os em conjuntos que possuam as mesmas características gerais.
PAPEL DO BRINQUEDO NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
• O mundo da criança difere qualitativamente do mundo adulto, nele há o encanto da fantasia, do faz-de-conta, do sonhar e do descobrir. É através das brincadeiras, atividade mais nobre da infância, que a criança irá se conhecer e terá a oportunidade de se constituir socialmente.
• É também a partir da espontaneidade do brincar que a criança poderá expressar as diferentes impressões vivenciadas em seu contexto familiar e social.
• É o brinquedo que proporciona o maior avanço na capacidade cognitiva da criança. É por meio do brinquedo que a criança se apropria do mundo real, domina conhecimentos, se relaciona e se integra culturalmente.
• Ao brincar e criar uma situação imaginária, a criança pode assumir diferentes papéis: ela pode se tornar um adulto, outra criança, um animal, ou um herói televisivo; ela pode mudar o seu comportamento e agir e se comportar como se ela fosse mais velha do que realmente é, pois ao representar o papel de “mãe”, ela irá seguir as regras de comportamento maternal, porque agora ela pode ser a “mãe”, e ela procura agir como uma mãe age.
• É no brinquedo que a criança consegue ir além do seu comportamento habitual, atuando num nível superior ao que ela realmente se encontra.
• Através do brincar ocorre uma diferenciação entre os campos do significado e da visão, e o pensamento que antes era determinado pelos objetos do exterior, passa a ser determinado pelas idéias.
• A criança pode, por exemplo, utilizar um palito de madeira como uma seringa, folhas de árvore como dinheiro, enfim, ela pode utilizar diversos materiais que venham a representar uma outra realidade.
• Ao observarmos uma criança em idade pré-escolar exercendo algum tipo de atividade, é fácil perceber que o brincar de faz-de-conta é constante em suas ações e atitudes.
• ela sente a necessidade de agir não apenas com os• objetos que fazem parte de seu ambiente físico e que são acessíveis a
ela, mas com objetos a• que ela ainda não tem acesso, e que são objetos pertencentes ao mundo
dos adultos. Para• superar essa necessidade a criança brinca, e durante a atividade lúdica
ela vai compreendendo a• sua maneira o que faz parte desse mundo, esforçando-se para agir como
um adulto, por• exemplo, dirigir um carro, andar a cavalo, preparar uma comida, ou
atender um paciente. A• contradição existente entre a necessidade da criança agir com os objetos
do mundo adulto e a• impossibilidade de operar de acordo com tais ações, vem a ser
solucionada pela criança através• de suas brincadeiras. É na atividade e, sobretudo, no brinquedo que a
criança supera os limites• da manipulação dos objetos que a cercam e se insere num mundo mais
amplo.
O PROFESSOR COMO MEDIADOR
• A Zona de Desenvolvimento Proximal é tomada, muitas vezes, como um dos níveis de desenvolvimento, porém, trata-se precisamente do campo intermediário do processo.
• Sendo o desenvolvimento potencial uma incógnita, já que não foi ainda atingido, Vygotsky postula sua identificação através do entendimento da Zona de Desenvolvimento Proximal. Tomando-se como premissa o desenvolvimento real como aquilo que o sujeito consolidou de forma autônoma, o potencial pode ser inferido com base no que o indivíduo consegue resolver com a ajuda de um mediador.
• Para Vygotsky, portanto, o professor é o mediador entre o aluno e o meio social e precisa oferecer as experiências adequadas, dentro da capacidade de assimilação do aluno.
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