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Ausência ou quantidade mínima de gengiva queratinizada, recessão e inflamação gengival
VANESSA PROENÇA1, ADRIANA SOBRAL2, CATARINA IZIDORO3, JOSÉ MARIA CARDOSO4, RICARDO ALVES5 1, 2Médica dentista em formação voluntária do Departamento de Periodontologia ISCSEM 3,4,5Assistente do Departamento de Periodontologia ISCSEM
Aumento de gengiva queratinizada por lingual
Fig. 2B Incisões superficiais no palato
Fig. 1A Defeito mucogengival do
43 e 44
Fig. 2A Preparação do leito recetor incisão de espessura parcial
Fig. 3A Sutura do enxerto gengival
livre do palato
Fig. 4A Cicatrização aos 8 dias
Fig. 5A Remoção de sutura
Cicatrização aos 15 dias
Fig. 6A Follow-up de 6 meses
Fig. 3B Sutura do palato e colocação
de esponjas hemostáticas
• A mucosa palatina é a principal fonte dadora de tecido conjuntivo e epitelial, devido ao fato de ser revestida por uma camada de queratina18 .
• A área dadora por norma localiza-se entre o canino e a face mesial do 1ºmolar18.
Introdução
Descrição caso clínico
Discussão
Conclusão
• Optou-se por este tratamento uma vez que a se doente sentia dor na zona do 44 e 45 , provocado pela prótese removível que foi substituída por uma nova • A existência e uma banda de GQ insuficiente por lingual dos dentes 44 e 45 impedia um controlo adequado de placa bacteriana, perpetuando a uma inflamação constante
• Além da realização deste tipo de procedimento para a correção de defeitos mucogengivais, é importante controlar todos os fatores causais
• Por ser tratar de uma zona não estética e de difícil acesso, selecionou-se um procedimento fácil e previsível como o EGL. O conhecimento das indicações deste tipo de procedimento é muito importante, requerendo uma abordagem o mais precoce possível por parte do clínico
• Atualmente estão bem definidas as indicações para a correção de defeitos mucogengivais, sendo o procedimento de enxerto gengival livre considerado a técnica mais previsível
Indicações para aumento gengiva queratinizada (GQ)
Desconforto do doente
(estética, escovagem, mastigação,
hipersensibilidade) 16
Situações de risco para o
desenvolvimento de recessões gengivais 15
Impedir agravamento de
recessão pré-existente 15
Tratamento de lesões de abrasão
cervical 16
No tratamento ortodôntico
quando ocorre deiscência do osso
alveolar 17
Melhoria do controlo de placa
bacteriana 15
Próteses removíveis onde
os conectores prejudiquem a
mucosa marginal 15
Em tratamentos de Pfixa onde as
dimensões gengivais são
insuficientes para a margem da
restauração 15
Fig. 1B Avaliação da espessura do
palato
Vantagens Desvantagens
Abordagens cirúrgicas
Enxerto gengival
livre (EGL)
9,10
• Técnica mais previsível
• Previsível no aumento espessura e GQ
• Formação gengiva aderida
• Permite tratar vários defeitos
• Procedimento simples
• Morbilidade do local dador • Estética fraca • Duas áreas cirúrgicas • Desconforto no pós-operatóro
• Suprimento sanguíneo deficitário
Enxerto tecido
conjuntivo sub-
epitelial 11,12,13
• Elevada previsibilidade
• Dupla vascularização
• Menor morbilidade pós-op.
• Estética elevada
• Permite tratar vários defeitos
• Tecnicamente exigente
• Pode ser necessária a realização pós-operatória de gengivoplastia por vestibular para obtenção de morfologia
• Duas áreas cirúrgicas
Enxerto pediculado
9,13, 14
• Harmonia estética • Aporte sanguíneo direto
• Não permite tratar vários defeitos
• Necessidade de tecido dador suficiente na área adjacente ao defeito
• Risco de recessão na zona dadora • Exige condições ideais em
termos de espessura e GQ na zona dadora
Recessão Gengival 7
Deslocamento apical da margem gengival relativamente à junção
amelo-cementária (JAC) provocando exposição radicular
Ausência de gengiva
queratinizada8
Ausência ou quantidade mínima (<2mm) de gengiva
queratinizada, recessão e inflamação gengival
Consequências Inflamação constante
Dificuldade no controlo de placa bacteriana
Defeito mucogengival
1,2,3,4,5,6
Fig. 6B Follow-up de 6 meses
Fig. 5B Cicatrização aos 15 dias
Fig. 4B Remoção de sutura
Cicatrização aos 8 dias
• O objetivo desde poster foi descrever um caso de uma doente, do sexo feminino, sem patologias sistémicas, não fumadora que se dirigiu à consulta de periodontologia do ISCSEM, referindo desconforto por lingual dos dentes 44 e 45;
• Após a análise do caso verificou-se que não existia gengiva queratinizada (GQ) nesses dois dentes, situação desencadeada por uma PPR acrílica mal adaptada e associada a um periodonto biotipo fino, provocando assim um constante processo de inflamação gengival;
• Concluiu-se que a abordagem indicada seria a realizada do EGL cujo objetivo seria o aumento de banda de GQ de forma a permitir à doente um adequado controlo de placa bacteriana na zona. Após este tratamento foi aconselhado à doente a substituição da sua PPR acrílica;
• Estes defeitos são mais comuns por vestibular dos dentes, sendo este tipo de procedimentos raramente realizados por lingual dos dentes.
1 Lang NP e Lӧe H. The relationship between the width of keratinized gingiva and gingival heath, J. Periodontol, 1972; 43(10): 623-627; 2 Miyasato M, Crigger M, Egelberg J. Gingival condition in areas of minimal and appreciable width of keratinized gingiva. J Clin Periodontol, 1977; 4(3): 200-209; 3 Nabers CL. Repositioning the attached gingiva. J Periodontol. 1959; 25:38-39; 4 Ochsenbein C. Newer concept of mucogingival surgery. J Periodontol. 1960; 31:175-185; 5 Friedman L, Levine HL. Mucogingival surgery. Current status. J Periodontol. 1964; 35:5-21; 6 Carranza FF, Carraro JJ. Mucogingival techniques in periodontal surgery. J Periodontol. 1970; 41:294-299; 7 Kassab, M. M., Badawi, H., Dentino, A. R. (2010). Treatment of gingival recession, Dental Clinics of North America, 54(8), pp. 129-140; 8; 9 Wennström, J. L., Pini Prato, G. P. (2003). Mucogingival Therapy – Periodontal Plastic Surgery. In: Lindhe, J., Karring, T., Lang, N. P. (Ed.). Clinical Periodontology and Implant Dentistry. 4ª Edição. Oxford, Blackwell Munksgaard, pp. 576-649; 10 Takei, H. H., Azzi, R. A. (2002). Periodontal Plastic and Esthetic Surgery. In: Newman,M. G., Takei, H. H., Carranza, F. A. (Ed.). Carranza’s Clinical Periodontology, 9ªEdição. Philadelphia, DA, W. B. Saunders Company, pp. 851-875; 11 Kassab, M. M., Badawi, H., Dentino, A. R. (2010). Treatment of gingival recession,Dental Clinics of North America, 54(8), pp. 129-140; 12 Palioto, D. B., Barros, R. R. M., Papalexiou, V., Novaes Jr, A. B. (2005). Recessões gengivais. In: Paiva, J. S., Almeida, R. V. (Ed.). Periodontia: A atuação clínica baseada em evidências cientificas. Vol. 1. São Paulo, Artes Médicas, pp. 245-273; 13 Sato, N. (2000). Periodontal surgery: a clinical atlas. Japan, Quintessence Publishing; 14 Langer, B., Langer, L. (1985). Subepithelial connective tissue graft technique for root coverage. Journal of Periodontology, 56(12), pp. 715-20; 15Proceedings of the World Workshop in Periodontics (1996). Consensus report mucogingival therapy, Annals of Periodontology, 1(1), pp. 702-706.16Hall, W. B. (1981). The current status of mucogingival problems and their therapy,Journal of Periodontology, 52(9), pp. 569-575.; 17Joss-Vassalli, I., Grebenstein, C., Topouzelis, N., Sculean, A., Katsaros, C. (2010) ; Orthodontic therapy and gingival recession: a systematic review, Orthodontics & Craniofacial Research Journal, 13(5), pp. 127-141.; 18 Lindhe, J. (2003). Clinical Periodontology and Implant Dentistry (4th ed., pp. 111–120; 179). Guanabara koogan.
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