avaliacao fisica - 06 - neuromotora
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
LEONARDO DE ARRUDA DELGADO
AVALIAÇÃO NEUROMOTORA
São Luis
2004
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado 2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 2 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE.................................................................... 4
2.1 Métodos utilizados na avaliação da flexibilidade....................................... 5 2.2 Testes lineares.......................................................................................... 7
2.2.1 Testes de sentar e alcançar de Wells ................................................ 7 2.3 Testes adimensionais ............................................................................. 10
2.3.1 Flexitestes........................................................................................ 10 2.4 Testes angulares..................................................................................... 21
3 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR .......................................................... 22 3.1 Teste de avaliação da força máxima....................................................... 23
3.1.1 Testes dinâmicos ............................................................................. 23 3.1.2 Testes estáticos ............................................................................... 27
3.2 Teste de avaliação da força explosiva .................................................... 33 3.2.1 Testes de potência para subida de escadas.................................... 34 3.2.2 Teste de impulsão horizontal ........................................................... 35 3.2.3 Teste de impulsão vertical sem ajuda das mãos ............................. 37 3.2.4 Teste de arremesso da bola medicinal com ambas as mãos .......... 40
4 AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA........................ 42 4.1 Teste de flexão de braços....................................................................... 43 4.2 Teste de abdominal................................................................................. 44 4.3 Teste de puxada na barra ....................................................................... 46 4.4 Teste estático de sustentação na barra .................................................. 48
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA Projeto de elaboração de sistema de informações
Leonardo de Arruda Delgado 3
AVALIAÇÃO NEUROMOTORA
1 INTRODUÇÃO
Os aspectos neuromotores são essenciais para a saúde e funções
fisiológicas. É bem verdade que poucas pessoas morrem por falta de flexibilidade
ou força diminuídas. No entanto, muitas pessoas sofrem de problemas lombares
crônicos e diminuição da força muscular com o envelhecimento, isto associado, é
claro à carência de atividade física (POLLOCK, 1986), tornando-se visível a
importância de exercícios regulares para manutenção do aspecto neuromuscular,
ou seja, flexibilidade, força e resistência muscular localizada.
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2 AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE
De acordo com FARINATTI & MONTEIRO (2000, p.236) esta qualidade
física que pode ser definida como a amplitude de movimento em determinada
articulação, apresenta relevante papel para obtenção de níveis satisfatórios de
saúde e aptidão física. Esta qualidade física pode ter implicações na reabilitação
terapêutica ou profilática de casos diversos como lombalgias, dismenorréias e
tensões neuromusculares, bem como na manutenção de níveis de
condicionamento necessários à vida cotidiana.
Indivíduos que exibem melhores níveis de flexibilidade são menos
suscetíveis a lesões quando submetidos a esforços intensos e geralmente
apresentam menor incidência de problemas ósteo-mio-articulares. Em
contrapartida, baixos níveis de flexibilidade nas regiões do tronco e quadril estão
relacionados a problemas de ordem postural.
Os músculos, tendões, ligamentos e tecidos conectivos tendem a
melhorar sua propriedade de elasticidade mediante programas regulares de
atividade física que englobam exercícios de alongamento. Isso sugere que os
efeitos positivos provenientes de uma boa flexibilidade incidem diretamente na
eficiência do aparelho locomotor. Além disso, verificar-se um maior gasto
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energético quanto menores os níveis de mobilidade articular envolvidos em um
determinado movimento.
A flexibilidade é específica para cada articulação e movimento. Este é o
pressuposto básico que deve reger os testes que têm por objetivo medir e avaliar
esta qualidade física. Ao mencionarmos a avaliação da flexibilidade ligada à
Aptidão Física relacionada à saúde, devemos imaginar um teste de fácil Aplicação
e execução que envolva um grande grupo de articulações, sabendo ainda que a
função muscular normal requer uma extensão de movimento mantida em todas as
articulações.
De forma geral, podemos dizer que:
A avaliação da flexibilidade é importante para o exame físico, o qual permite ao professor de Educação Física, ou profissional da saúde, avaliar o nível da capacidade física do indivíduo, as disfunções musculares ou articulares, predisposições a patologias do movimento e os avanços no treinamento ou na recuperação funcional.
(Norkin & White, 1997).
2.1 Métodos utilizados na avaliação da flexibilidade
Segundo ARAÚJO (1987) apud MONTEIRO (2001, p.63), os métodos
para quantificar a flexibilidade podem ser determinados em função da unidade de
mensuração dos resultados. Neste contexto, o autor descreve três categorias
básicas de medida:
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- Medidas angulares: feita através de aparelhos específicos
(goniômetro e hidrogoniômetro), que medem o ângulo do movimento
da articulação.
- Medidas lineares: feitas através das medidas da distância de um
ponto do corpo em relação à um ponto de referência.
- Medidas admensionais: feita através de testes subjetivos onde a
observação do avaliador determinará a medida da flexibilidade do
avaliado.
De acordo com POLLOCK (1993,344) provavelmente, os testes de
flexibilidade mais precisos de que se dispõe atualmente são aqueles que avaliam
a amplitude real de movimento das diversas articulações.
Apesar de ser facilmente obtido com instrumentos como o Flexômetro
de Leighton e o eletrogoniômetro, tais aparelhos não são acessíveis na maioria
dos centros. Entre as várias formas de medir e avaliar a flexibilidade, procuramos
por testes, que tivessem além de sua descrição, critérios de avaliação, e
conseqüentemente, apresentaremos neste texto, o teste linear de sentar e
alcançar e o teste adimensional flexiteste adaptado do Roberto Pável.
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2.2 Testes lineares
Os testes lineares são os mais difundidos por prescindirem de
instrumentos (FERNANDES 2003, p.205). Caracterizam-se por expressar os
resultados em escala de distância, em centímetros ou polegadas, utilizando-se de
fitas métricas, réguas ou trenas. Um exemplo clássico e utilizado até hoje é o teste
de Sentar e Alcançar, descrito originalmente por Wells e Dillon (1952).
2.2.1 Testes de sentar e alcançar de Wells
- Finalidade: medir o grau de flexibilidade do quadril, dorso e
músculos posteriores dos membros inferiores.
- População-alvo: seis anos até a idade adulta.
- Porção corporal envolvida: membros inferiores.
- Material necessário: o instrumento de medida é constituído de um
aparelho em formato de caixa na dimensão 30,5 x 30,5 x 30,5cm,
tendo a parte superior plana uma tabua de madeira fixa a caixa com
56,5 cm de comprimento, na qual é fixada uma escala graduada de
1 em 1cm, sendo que o valor 23 coincide com a linha onde o
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avaliado acomoda seus pés, e o limite máximo da escala é de 50
cm.
- Protocolo: o avaliado deverá estar descalço e assumir uma posição
sentada de frente para o aparelho com os pés embaixo da caixa,
joelhos completamente estendidos e com os pés encostados contra
a caixa. O avaliador deverá apoiar os joelhos do avaliado na
tentativa de assegurar que os mesmos permaneçam estendidos
durante o movimento. Os braços deverão estar estendidos sobre a
superfície da caixa com as mãos colocadas uma sobre a outra. Para
a realização do teste, o avaliado, com as mãos voltadas para baixo
e em contato com a caixa, deverá estender-se a frente ao longo da
escala de medida procurando alcançar a maior distância possível,
realizando o movimento de modo lento e sem solavancos. Devem
ser realizadas três tentativas sendo que para cada uma delas a
distância deverá ser mantida pôr aproximadamente um segundo,
sendo considerado o melhor valor alcançado. (Pollock – 1986)
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- Resultado: é computada a melhor das três tentativas executadas
pelo testando.
- Validade: não reportada.
- Fidedignidade: não reportada.
- Precauções: a caixa deve ser colocada em uma superfície plana;
deve ser observado se os pés estão totalmente contato com a
superfície da caixa; o apoio dado nos joelhos do avaliado não pode
prejudicar o seu rendimento; as mãos devem estar juntas com os
dedos coincidindo; comparar resultados com as tabelas .
- Critério de avaliação: a seguir, apresentaremos uma tabela de
classificação dos valores do teste de flexibilidade para homens e
mulheres de diferentes idades de acordo com FERNANDES (1998,
p. 61-62)
Tabela 1 Tabela para teste sentar e alcançar
Homens Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15 - 19 > 38 34 - 38 29 - 33 24 - 28 < 24 20 - 29 > 39 34 - 39 30 - 33 25 - 29 < 25 30 - 39 > 37 33 - 37 28 - 32 23 - 27 < 25 40 - 49 > 34 29 - 34 24 - 28 18 - 23 < 18 50 - 59 > 34 28 - 34 24 - 27 16 - 23 < 16
Mulheres Idade Excelente Bom Médio Regular Fraco 15 - 19 > 42 38 - 42 34 - 37 29 - 33 < 29 20 - 29 > 40 37 - 40 33 - 36 28 - 32 < 28 30 - 39 > 40 36 - 40 32 - 35 27 - 31 < 27 40 - 49 > 37 34 - 37 30 - 33 25 - 29 < 25 50 - 59 > 38 33 - 38 30 - 32 25 - 29 < 25
Fitness an Lifestyle in Canada, Fitness an Lifestyle Researchlnstitute, 1983, Fitness and Amateur Sports, Ottawa, Canada. (1986). (Fernandes 1998, p. 61-62).
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2.3 Testes adimensionais
Pode-se definir um teste como adimensional, quando não existe uma
unidade convencional, como ângulo ou centímetros para expressar os resultados
obtidos. Eles não dependem de equipamentos, utilizando-se somente de critérios
ou mapas de análise preestabelecidos. Temos como exemplos o Flexiteste,
modificado por Monteiro & Farinatti (1985) e o teste utilizado por Bloomfield et al.,
(1994).
2.3.1 Flexitestes
- Finalidade: avalia a flexibilidade através de movimentos
específicos. (FERNANDES, 1985).
- Porção corporal envolvida: todo corpo.
- Material necessário: colchonete e flexíndice.
- Protocolo:
O Flexisteste original de PÁVEL & ARAÚJO, avalia a flexibilidade
articular, de forma passiva máxima, através de 20 movimentos, no lado direito do
corpo, nas articulações do tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e
ombro, onde o avaliador deve movimentar o segmento avaliado até o seu limite,
comparando-a seguidamente o grau de amplitude de movimento ao gabarito de
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avaliação, dando o conceito relativo ao movimento que mais se aproxima do
gabarito.
Cada movimento é retratado em gradações que variam de 0 a 4,
perfazendo um total de cinco valores possíveis de classificação. Somente
números inteiros podem ser atribuídos aos resultados, de forma que as amplitudes
de movimentos intermediários entre duas gradações são sempre consideradas
pelo valor inferior. Padronizou-se a realização dos movimentos do lado direito, no
entanto, se for objetivado o teste poderá ser realizado bilateralmente. O método é
realizado sem aquecimento e recomenda-se que os movimentos sejam feitos
lentamente a partir da posição demonstrada no desenho (usualmente 0), indo até
o ponto de aparecimento de dor ou grande restrição mecânica do movimento.
Através do somatório dos vinte movimentos isolados, obtêm-se o índice
geral de flexibilidade (flexíndice), que será avaliado da seguinte forma:
< 21 : Muito pequena; 21 -30: Pequena; 31 -40: Média (-); 41-50: Média (+) 51-60: Grande
>60: Muito grande
Embasado, no Flexiteste original MONTEIRO & FARINATTI,
procurando facilitar a aplicação do Flexiteste nas academias, adaptou-o, utilizando
somente 8 movimentos.
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Tabela 2 Flexiteste adaptado
ARTICULAÇÃO MOVIMENTOS
Quadril - Flexão - Extensão - Abdução
Tronco - Flexão - Flexão Lateral
Ombro - Extensão+Adução Posterior do Ombro - Adução Posterior a partir da Abdução de 180° no Ombro - Extensão Posterior
Com o somatório dos oito movimentos isolados, obtém-se o índice geral
de flexibilidade, que será avaliado do seguinte modo:
< 9 : Muito pequena; 9 -12: Pequena; 13 -16: Média (-); 17-20: Média (+) 21-24: Grande
≥25: Muito grande
- Resultado: 0 - Muito pequena; 1 - Pequena; 2 - Média; 3 - Grande;
4 - Muito grande.
- Validade: não reportada.
- Fidedignidade: não reportada.
2.3.1.1 Descrição dos movimentos articulares do flexiteste adaptado
Movimento I – flexão do quadril
- Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os Braços colocados
naturalmente acima da cabeça, perna esquerda estendida e direita
flexionada, tentando colocar a coxa sobre o tórax.
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- Avaliador: em pé, usando sua mão direita para manter o joelho
esquerdo do avaliado estendido e com a mão esquerda colocada no
terço proximal anterior da perna direita. Executando a flexão do
quadril direito do avaliado.
- Observação: em alguns casos pode ser necessário que o avaliador
se aproveite do peso do seu corpo para conseguir a amplitude
máxima do movimento, usando para isso as duas mãos sobre a
perna direita do avaliado e o seu joelho direito para manter a perna
esquerda do avaliado estendida. Para alcançar as amplitudes
correspondentes aos valores 3 e 4 é preciso executar uma pequena
abdução do quadril do avaliado. É muito importante evitar que haja
rotação do quadril, o que pode ser detectado pela perda de contato
entre a nádega esquerda e o solo.
Movimento II – extensão do quadril
- Avaliado: deitado em decúbito ventral, com os braços estendidos
naturalmente à frente do corpo e com o joelho direito fletido.
- Avaliador: posicionado lateralmente ao avaliado, agachado ou
ajoelhado executando a extensão do quadril direito do mesmo,
colocando sua mão esquerda por baixo do joelho direito, e a direita
de modo a empurrar a crista ilíaca direita do avaliado contra o solo.
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- Observação: a parte mais difícil deste movimento é manter a
espinha Antero-superior da crista ilíaca em contato com o solo. Não
se considera a posição do pé no julgamento. É útil pedir ao avaliado
que inicie o movimento, o que diminui a necessidade de emprego de
força por parte do avaliado.
Movimento III – abdução do quadril
- Avaliado: deitado em decúbito lateral esquerdo, mantendo os
braços estendidos naturalmente acima da cabeça. A perna esquerda
deve estar totalmente estendida semi-fletida, fazendo um ângulo
reto entre a coxa e a perna, mantendo ainda o pé em uma posição
natural.
- Avaliador: ajoelhado, tendo o corpo do avaliado entre suas pernas,
executando o movimento de abdução do quadril direito. A sua mão
direita é colocada na parte distal da perna e a esquerda
indiferentemente no terço distal da coxa ou no terço proximal da
perna direita do avaliado.
- Observação: para alcançar os valores 3 e 4 é preciso que o
avaliador recline um pouco o seu tronco, de modo a não limitar a a
amplitude. É muito importante não permitir qualquer rotação do
quadril neste movimento. O ângulo reto entre o tronco e a coxa
direita corresponde ao valor 3.
Movimento IV - flexão do tronco
- Avaliado: deitado em decúbito dorsal, com os quadris encostados a
uma parede e as pernas completamente estendidas, assumindo
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uma ângulo reto com o tronco. As mãos devem estar entrelaçadas
na altura da nuca.
- Avaliador: ajoelhado por trás do avaliado, com suas mãos nas suas
costas, executando a flexão do tronco.
- Observação: é conveniente que o avaliado inicie o movimento, de
modo a diminuir o emprego de força pelo avaliador. Também é
melhor o avaliador colocar suas mãos supinadas na região
escapular e no oco axilar do avaliado. E extremamente importante
encostar bem as nádegas na parede, assim como evitar a flexão dos
joelhos. Quando apenas deslocar-se do solo a coluna cervical temos
o valor 1; para a lombar 3 e com a superposição completa entre
tórax e coxas, 4. no caso em que o avaliado sequer assuma a
posição inicial, atribuímos o valor 0.
Movimento V- flexão lateral do tronco
- Avaliado: deitado em decúbito ventral, com ambas as pernas
estendidas e as mãos entrelaçadas na nuca.
- Avaliador: a mesma do movimento anterior, exceto que para
facilitar a flexão é desejável que sua mão direita seja colocada no
braço direito do avaliado.
- Observação: tal como nos outros movimentos do tronco o avaliado
deverá iniciar o movimento. É também válido orientar-se pela linha
da coluna quando executar o movimento de indivíduos com as
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costas descobertas. O movimento deverá ser realizado sem que o
avaliado execute simultaneamente uma extensão da coluna, isto é,
mantendo o tórax rente ao solo.
Movimento VI - extensão+adução posterior do ombro
- Avaliado: deitado em decúbito ventral, com as pernas
estendidas e os braços abduzidos e estendidos, com as
palmas das mãos voltadas para o solo.
- Avaliador: a mesma do movimento anterior, segurando com
suas mãos as palmas das mãos do avaliado e executando o
movimento.
- Observação: quando existe um ângulo reto entre os braços e
o corpo do avaliado, temos o valor 2. quando há
superposição dos punhos, 3 de cotovelos, 4.
Movimento VII - adução posterior à partir da abdução de 180° no ombro
- Avaliado: em pé, com o tórax colocado contra uma parede e o
braço direito em adução posterior a partir da abdução de 180° no
ombro.
- Avaliador: em pé, atrás do avaliado, apoiando o tórax deste contra
a parede com sua mão esquerda e executando o movimento com a
direita.
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- Observação: quando o braço direito do avaliado está paralelo ao
eixo longitudinal do seu corpo temos o valor 1, e quando o cotovelo
direito se encontra sobre a linha mediana do corpo, o valor 2.
Movimento VIII - Extensão Posterior do Ombro
- Avaliado: a mesma do movimento extensão+adução posterior do
ombro, mas os braços não são abduzidos.
- Avaliador: a mesma do movimento extensão+adução posterior do
ombro, podendo segurar as mãos ou o terço distal dos antebraços
do avaliado.
- Observação: para iniciar o movimento o avaliador deve assumir a
posição equivalente ao zero, com os braços do avaliado sem
qualquer abdução. É aconselhável realizar este movimento de modo
especialmente lento, reduzindo assim o risco de luxação acidental.
Os oito movimentos do gabarito do flexiteste modificado por Monteiro
encontram-se no mapa a seguir:
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2.4 Testes angulares
Os testes angulares possuem seus resultados expressos em graus,
divudidos em dois grupos: os invasivos e os não invasivos. Ao primeiro grupo
pertecem as medidas angulares realizadas sobre radiografias ou imagens de
ressonência magnética (IRM). Esta é a forma aceita como padrão de referência na
medida do arco máximo de movimento. O segundo grupo é composto pelas medidas
angulares, efetuadas por meio de goniômetros e clinômetros (ou inclinômetros).
O termo goniometria, que é formado por duas palavras: “gonia”, que
significa ângulo, e “metria”, que significa, medida. Portanto, a goniometria refere-se à
medida de ângulos. Os instrumentos que podemos utilizar são os goniômetros, que
existem do mais comum até os eletrônicos. Os mais utilizados são: o goniômetro
universal e o goniômetro pendular (ou flexímetro). Especificaremos mais ao
pendular, que é o tipo de aparelho semelhante ao nosso.
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3 AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
Os estudos têm mostrado que o treinamento de força muscular reduz o
risco de lesões articulares e/ou musculares que podem ocorrer durante a atividade
física. Além disso, o treinamento de força pode atenuar a perda em força muscular e
em densidade óssea associada ao processo de envelhecimento.
São vários os motivos pelos quais devemos medir e avaliar a força
muscular. Mathews (1980) cita quatro boas razões para avaliá-la:
1) A força é necessária para urna boa aparência,
2) A força é básica para um bom desempenho nas técnicas,
3) A força é altamente considerada quando da medida de aptidão física e
4) A manutenção da força pode servir como uma profilaxia contra certas
deficiências ortopédicas.
Esta qualidade física pode ser medida e avaliada de forma isométrica,
isotônica e isocinética. Para tal mensuração são empregados desde aparelhos como
dinamômetros, tensiometros até formas mais simples como pesos livres. Entre um
grande número de testes existentes que objetivam medir a força muscular de um
indivíduo, classificamos estes testes em:
- Teste de avaliação da força máxima
- Teste de avaliação da força explosiva
- Teste de avaliação da força rápida
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3.1 Teste de avaliação da força máxima
Os testes utilizados na avaliação da força máxima podem ser
classificados em teste dinâmicos (isotônicos), estáticos (isométricos) e isocinéticos.
3.1.1 Testes dinâmicos
POLLOCK e col (1984), apud FARINATTI (2000, 250) relatam a utilização
do teste de peso máximo (TPM) também chamado de 1 RM (teste de uma repetição
máxima), para avaliar a força dinâmica em determinado músculo ou grupamento
muscular.
Isso se refere à quantidade máxima de peso levantado uma única vez de
forma correta durante a realização de um exercício predeterminado de levantamento
de peso.
3.1.1.1 Teste de peso máximo
- Finalidade: medir a quantidade de força dinâmica máxima executando
um movimento completo abrangendo todo o arco articular.
- População-alvo: deve ser aplicado em pessoas acostumadas com o
trabalho de força.
- Porção corporal envolvida: sistema locomotor
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- Material necessário: aparelho para musculação com pesos
fracionados ou barra e anilhas.
- Metodologia do teste:
Segundo FARINATTI (op.cit) a metodologia do teste conta das seguintes
etapas:
- Escolhe-se o músculo ou grupamento muscular a ser testado;
- O avaliado realiza uma série de tentativas para determinar a maior
carga que é capaz de mover em determinado movimento.
- A carga inicial deve ser leve e em função da primeira tentativa, vai-se
aumentando a mesma até que o avaliado consiga realizar no máximo
uma repetição completa com a maior carga possível.
Sugestões para aplicação e avaliação do teste:
- Devido a grande solicitação ósteo-mio-articular, durante o teste, se faz
necessário à realização de aquecimento prévio;
- Para realização do método, o avaliado deve possuir boa técnica. Uma
boa eficiência mecânica aumenta a validade do teste e reduz o risco
de lesões;
- Se for necessário repetir o determinado movimento várias vezes
seguidas para a determinação da carga máxima, aconselhamos um
intervalo de mais ou menos dois minutos entre as tentativas para a
reposição das reservas de Creatina-fosfato;
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- Alguns exercícios sugeridos para aplicação do teste são e seus
grupamentos musculares avaliados:
Desenvolvimento Supino: Peitoral maior e menor, deltóide anterior, tríceps
braquial, córoco braquial.
Extensão do Joelho: Quadríceps femoral.
Remada ao Peito: Bíceps braquial, braquial anterior, braquiaradial, deltóide
posterior, rombóide, infraespinhal, redondo menor, trapézio II.
Flexão do Joelho: Semitendíneo, semimembranoso e bíceps crural.
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- Procedimento: o avaliado deve realizar um movimento contínuo, em
todo arco articular, contra a maior resistência possível. Poderão ser
realizados três tentativas no máximo por grupamento muscular; um
intervalo de cinco minutos deve ser dado entre cada tentativa para
permitir que todo o ATP + CP depletados possa ser restaurado, visto
que, segundo MATHEWS (1979) em baseados em dados HULTMAN et
all, mostra que após três minutos de repouso 100% do ATP + CP
depletados são repostos. E ainda o desgaste em nível neuromuscular
seja atenuado. Será registrado o peso máximo conseguido pelo
indivíduo em uma das tentativas por grupamento muscular.
- Resultado: ao adicionar um peso gradativamente, verificar-se-á que o
testando não conseguirá realizar mais nenhum movimento, neste ponto
será descoberto a carga máxima individual.
- Validade: não reportada
- Fidedignidade: não reportada
- Observações: deverá ser realizado um minucioso exame médico com
o avaliado verificando se tem condições de fazer o teste. O avaliado
para fazer o TPM deverá ter passado por um período prévio de
adaptação ao exercício de musculação.
- Precauções: número máximo de tentativas não deverá exceder a três.
Caso o testado atinja a terceira tentativa sem alcançar a sua força
máxima, dar-se um intervalo de 24 horas para a continuação do teste,
partindo-se agora, de um peso do que foi usado na última tentativa.
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3.1.2 Testes estáticos
A força máxima isométrica é medida por meio de aparelhos específicos
que geralmente são Tensiometros ou Dinamômetros.
De acordo com McARDLE (1992, p.294) o tensiometro é leve, portátil,
durável, fácil de usar e comporta a vantagem da versatilidade para registra as
mensurações da força em praticamente todos os ângulos na amplitude do
movimento de determinada articulação. Citaremos um teste de mensuração da força
estática da extensão do joelho utilizando o tensiômetro tipo cabo.
3.1.2.1 Teste de força tensora de cabo
- Finalidade: mensurar a força máxima de um músculo ou grupamento
muscular em determinado ângulo de movimento.
- População-alvo: crianças e adultos.
- Porção corporal envolvida: músculos extensores do joelho.
- Material necessário: tensiômetro com cabo.
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- Protocolo: posicionar o tensiômetro, de modo que, o avaliado consiga
realizar o movimento desejado dentro de uma determinada angulação,
realizando sua força máxima.
- Resultado: é a máxima prensão exercida pelo testando, computando
o melhor resultado de duas tentativas.
- Validade: não reportada
- Fidedignidade: não reportada
- Precauções: é a máxima preensão exercida pelo testando,
computando o melhor resultado de duas tentativas.
3.1.2.2 Dinamometria
Basicamente temos dois tipos de dinamômetros para medir a força
máxima estática o de pressão e o de tração. Apresentaremos três testes com
dinamômetros um de preensão manual e dois de tração, um lombar e outro de
pernas.
O princípio é o seguinte quando uma força externa é aplicada ao
dinamômetro, uma mola de aço é comprimida e movimenta um ponteiro. Sabendo-
se quanta força é necessária para deslocar o ponteiro através de determinada
distância, pode-se determinar então com exatidão quanta força “estática” externa foi
aplicada ao dinamômetro.
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3.1.2.2.1 Dinamometria de mão (grip)
- Finalidade: mensurar indiretamente a força muscular através do ato
de preensão manual aplicada ao dinamômetro de mão.
- População-alvo: ambos os sexos de qualquer idade.
- Material necessário: 1 dinamômetro ajustável (escala de 0 a 100 kg),
pó de giz ou magnésio e material para anotação.
- Procedimentos:
1) O avaliado coloca-se na posição ortostática com pó de giz ou magnésio na
palma da mão, para evitar deslize do aparelho.
2) Segura confortavelmente o dinamômetro, que deverá estar com os ponteiros
na escala zero, na Iinha do antebraço, ficando este paralelo ao eixo
longitudinal do corpo, faz-se com que ele pegue a barra de tração do aparelho
com as 4 últimas falanges distais e com a porção distal do metacarpo na
barra de apoio pede-se que o avaliado realize a tração. A segunda articulação
da mão deve se ajustar sob a barra e tomar o peso do instrumento e então é
apertada entre os dedos e a base do polegar. Durante a execução da
preensão manual, o braço deve permanecer imóvel, havendo somente a
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flexão das articulações devendo-se anotar a mão dominante do avaliado na
folha de protocolo.
3) Devem ser realizados duas tentativas, com intervalo de 1 minuto entre ambas,
sendo registrado o maior valor obtido.
- Precauções:
1) Utilizar a mão dominante
2) Verificar se os ponteiros estão no ponto zero da escala antes da
execução.
3) Verificar se a pegada está de acordo com a padronização e quando
necessário ajustá-la.
4) Não permitir movimentação do cotovelo ou punho durante o ato de
preensão.
5) Verificar se os ponteiros realizam um movimento continuo.
6) Observar a calibração do aparelho antes de iniciar as medidas.
- Protocolo:
7) O avaliado deve estar em pé;
8) A cabeça do avaliado deve estar na horizontal;
9) O tamanho da pegada deve ser ajustada de tal forma que a falange
mediana do dedo médio esteja em ângulo reto;
10) O antebraço deve estar posicionado em qualquer ângulo entre 90o e 180o
graus em relação ao braço; o braço está numa posição vertical;
11) O pulso e o antebraço devem estar em leve pronação;
12) O avaliado deve exercer uma força máxima e breve;
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13) O avaliado deve realizar duas ou três tentativas alternadas com cada
mão, com intervalos de 30 seg.;
14) Somar o melhor resultado de cada mão (direita-esquerda) e compara nas
tabelas (Fernandes 1998, p. 55).
- Resultado: é a máxima preensão que o testando conseguir exercer,
sendo computado o melhor das duas tentativas.
- Validade: não reportada
- Fidedignidade: r=0,90
- Classificação:
Tabela de Dinamometria - ambos os sexos soma mão direita e esquerda -
20 à 69 anos
Tabela 3 Valores referências para o teste de "Preensão Manual" para ambos os sexos. Combinação do braço direito e esquerdo
Idade 20 - 29 30 – 39 40 - 49 50 - 59 60 - 69 Sexo M F M F M F M F M F
Excelente >123 >70 >122 >72 >118 >72 >109 >64 >102 >59 Bom 113-123 65-70 113-122 66-72 110-118 102-109 102-109 59-64 93-101 54-59
Médio 106-112 61-64 105-112 61-65 102-109 96-101 96-101 55-58 86-92 51-53 Regular 97-105 55-60 97-104 56-60 94-101 87-95 87-95 51-54 79-85 48-50 Fraco <97 <55 <97 <56 <94 <87 <95 <51 <79 <48
Fonte: Canadian Stardardized test of Fitness, Operatuions Manual, 1987 (Fernandes 1998, p. 57).
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3.1.2.2.2 Dinamometria de membros inferiores e região dorsal
- Finalidade: mensurar a força dos membros inferiores.
- População-alvo: direcionado para ambos os sexos.
- Porção corporal envolvida: região dorsal e membros inferiores.
- Equipamento necessário: dinamômetro para teste de tração
membros inferiores e lombar.
- Protocolo: com o aparelho calibrado e zerado, pede-se que o
avaliado posicione-se na base do aparelho com os joelhos fletidos a
aproximadamente 120 graus e tronco ereto. Coloca-se a barra de
tração em uma posição em que essa fique à altura da prega inguinal.
Faz-se a extensão dos joelhos sem flexionar o tronco. O registro da
medida é feito do mesmo modo que na dinamometria de mão.
- Resultado: é a máxima prensão exercida pelo testando, computando
o melhor resultado de duas tentativas.
- Validade: não reportada.
- Fidedignidade: “r” entre 0,86 e 0,90.
- Precauções: será computado o melhor resultado das duas tentativas.
- Classificação:
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Tabela 4 Normas de força estática
Classificação Pressão Manual Esquerda(kg)
Pressão Manual
Direita(kg) Força da
Costas(kg) Força na perna(kg)
Força Totala(kg)
Força Relativab
Homens Excelente > 68 > 70 > 209 > 241 > 587 > 7,50
Bom 56-67 62-69 177-240 214-240 508-586 1,10-7,49 Média 43-45 48—61 126-176 160-213 375-507 5,21-7,09 Fraco 39-42 41-47 91-125 137-159 307-374 4,81-5,20
Muito Bom <39 < 41 < 91 < 137 < 307 < 4,81 Mulheres
Excelente > 37 > 41 > 111 > 136 > 324 > 5,50 Bom 34-36 38-40 98-110 114-135 282-323 4,80-5,49
Média 22-33 25-37 52-97 66-113 164-281 2,90-4,79 Fraco 18-21 22-24 39-51 49-65 112-163 2,10-2,89
Muito Bom < 18 < 22 < 39 < 49 < 117 < 2,10
3.2 Teste de avaliação da força explosiva
Força explosiva, também conhecida como potência muscular, é a
capacidade de realizar uma contração muscular utilizando uma força máxima no
menor tempo possível.
Normalmente, a potência é aferida através de um único movimento;
entretanto, podemos realizar testes para medi-la, através do número de repetições
que o indivíduo consegue realizar em um tempo muito reduzido, variando de 5 a 10
segundos. Encontramos na literatura três tipos de testes de potência: teste de
potência para subida de escada, testes para potência de salto e testes de piques de
até oito segundos.
a Força Total=força das pressões manuais esquerda e direita mais força das costas mais força na perna. b A força relativa é determinada dividindo-se o escorre da força total pelo peso corporal (em kg).
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3.2.1 Testes de potência para subida de escadas
- Finalidade: mensurar a potência anaeróbica alática.
- Protocolo: subir uma escada o mais rápido possível, pulando três
degraus de cada vez. O tempo necessário para vencer a distância
entre o terceiro degrau e o nono é registrado com maior aproximação
para centésimos de segundo.
- População-alvo: crianças e adultos.
- Porção corporal envolvida: membros inferiores.
- Material necessário: cronômetro lance de escada com mais de 9 de
graus.
- Resultado: o rendimento de potência é o produto do peso corporal
(P), pela distância vertical (D), dividido pelo tempo.
- Validade: não reportada
- Fidedignidade: não reportada
- Precauções: o avaliado deve realizar um aquecimento prévio que não
deve ser padronizado (individual), e uma tentativa de aferição da
execução correta, em seguida realizar 3 tentativas com no mínimo 5
minutos de intervalo. O cálculo da potência deverá ser feito através da
fórmula:
Pot = P x D/T
Onde: Pot = potência em watts P = Peso Corporal em kg D = Distância em metros(m) T = tempo em segundos
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3.2.2 Teste de impulsão horizontal
- Objetivo: medir indiretamente a força muscular de membros inferiores
através do desempenho em se impulsionar horizontalmente.
- População-alvo: criança dos seis anos até a idade universitária.
- Porção corporal envolvida: membros inferiores.
- Material necessário: fita adesiva, para assinalar a linha de partida,
fita métrica de metal ou tecido fixada ao solo, 1 esquadro de madeira e
material para anotação.
- Procedimento: O avaliado se coloca com os pés paralelos no ponto
de partida (linha zero da fita métrica fixada ao solo). Através da voz de
comando "Atenção!!! Já!!!" o avaliado deve saltar no sentido horizontal,
com impulsão simultânea das pernas, objetivando atingir o ponto mais
distante da fita métrica. É permitida a movimentação livre de braços e
tronco.
- Precauções: Invalidar o salto que for precedido de marcha, corrida,
outro salto ou deslize após a queda. Deverá ser colocado um tatame
um pouco á frente do local de execução do teste, evitando que, em
caso de queda, o avaliado se machuque.
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- Resultado: é dado em centímetros, medindo-se a distância entre a
linha de partida e parte anterior do pé (ponta do pé) que mais se
aproximar do ponto de partida; prevalecendo a que indicar a maior
distância percorrida no plano horizontal. São dadas três
oportunidades, computando-se o melhor dos três resultados
alcançados.
- Validade: a validade de r = 0,607 foi assinalada usando como critério,
um teste puro de força explosiva (potência).
- Fidedignidade: tem sido assinalada como superior a 0,96.
- Padrões de classificação:
ROCHA E CALDAS (1978) apresentam uma classificação para o teste de
salto horizontal.
Tabela 5 Tabela de Classificação para o Teste de Salto Horizontal segundo ROCHA E CALDAS 1978
Classificação Resultado Fraco
Regular Bom
Muito Bom Excelente
<2,30 2,30-2,49 2,49-2,69 2,70-2,89
>2,70
LANCETTA (1988) apresenta uma classificação mais detalhada,
discriminando a faixa etária, o sexo e a classificação dos resultados.
Tabela 6 classificação dos Resultados do Teste de Salto Horizontal para Meninos e Meninas de 11 a 16 anos.
Sexo Idade Fraco Regular Bom Muito Bom Excelente
11-12 <179cm 180-189cm 190-199cm 200-209cm >210cm 13-14 <206cm 207-220cm 221-231cm 232-245cm >246cm M 15-16 <228cm 229-242cm 243-256cm 257-270cm >271cm 11-12 <177cm 178-185cm 186-193cm 194-201cm >202cm 13-14 <182cm 183-187cm 188-195cm 196-207cm >206cm F 15-16 <191cm 192-198cm 199-205cm 206-212cm >223cm
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3.2.3 Teste de impulsão vertical sem ajuda das mãos
- Objetivo: medir indiretamente a força muscular de membros inferiores
através do desempenho em se impulsionar verticalmente.
- População-Alvo: crianças, jovens e adultos de ambos os sexos.
- Porção corporal envolvida: membros inferiores.
- Material necessário: uma tábua, 30 centímetros de largura por 2
metros de comprimento, graduada em centímetros e milímetros e
fixada a partir de 2 metros de altura. Para crianças a tabua deve ser
fixada, a partir de 1 metro de altura, pó de giz ou magnésio, 1 cadeira
(45 cm) e material para anotação.
- Procedimento:
1) O avaliado deve posicionar-se de pé, lateralmente à superfície graduada, e
com braço estendido acima da cabeça, o mais alto possível
2) Mede-se a altura total do testado e suja-se as pontas dos dedos com giz.
3) Impulsão vertical sem auxílio dos membros superiores (MMSS). O avaliado se
coloca em pé, calcanhares no solo, pés paralelos, corpo lateralmente à
parede com os MMSS elevados verticalmente. Considera-se como ponto de
referência à extremidade mais distal das polpas digitais da mão dominante
projetada na fita métrica. Após a determinação do ponto de referência, o
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avaliado afasta-se ligeiramente da parede, no sentido lateral, para poder
realizar a série de três saltos, mantendo-se no entanto com os MMSS
elevados verticalmente. Deve-se dar um intervalo de 1 a 3 minutos entre cada
salto. Obedecendo à voz de comando "Atenção!!! Já!!!" ele executa o salto
tendo como objetivo tocar as polpas digitais, da mão dominante, que deverão
estar marcadas com pó de giz ou magnésio, no ponto mais alto da fita
métrica. Durante o movimento, o braço oposto deverá se manter
constantemente na posição de partida, ou seja, elevado.
- Precauções:
1) O Teste de força explosiva, devido ao seu grande risco de provocar lesões
ósteo- músculo -articulares, deve ser feito após um perfeito aquecimento.
2) Invalidar o salto que for precedido de marcha, corrida ou outro salto ou ainda
a movimentação dos braços quando esta não for permitida.
3) Verificar se o avaliado mantém o membro superior efetivamente elevado, sem
flexões de quadril, joelho ou tornozelo, no momento da determinação do
ponto de referência.
4) Atenção quanto às determinações dos pontos de referência, visto que, entre
as posições com os dois braços elevados e com um braço elevado, raramente
ocorrem diferenças superiores a dois centímetros.
5) Observar que o avaliador fique sobre uma cadeira para melhor visualização
dos resultados.
- Resultado: o valor do salto é registrado em centímetros. Se o peso do
corpo e a velocidade na realização do salto não fazem parte da
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medida, não se pode considerar este teste como de potência. Para
isso, utiliza-se o nomograma de Lewis (MATHEWS et al., 1991). O uso
do nomograma permitirá o registro da potência em kg-m/s. Traça-se
um segmento de reta pelo nomograma conectando o valor do peso do
indivíduo (coluna da direita) com a altura do salto (coluna da
esquerda). Lê-se o valor da coluna do centro por segundo (seg).
- Validade: de 0,78.
- Fidedignidade: maior que 0,93.
- Precauções: (Fernandes 1998, p.52), cita que segundo o Laboratory
Manual, 1994, aplica-se o resultado em cm da distância alcançada (D)
na fórmula e compara-se com a tabela ( ).
Cálculo:
P ( Kgm.s) -1 = 2.21 x Peso Corporal x √ D onde: D = diferença entre a primeira marca e a segunda marca dada em
metros.
- Classificação: MATHEWS (1980,131) apresenta as seguintes
nomenclatura de acordo com o Índice de classificação
Percentual% Classificação Homens(cm) Mulheres (cm)
90 64 36 80 Excelente 61 33 70 58 30 60 Bom 48 25 50 41 20 40 Regular 33 15 30 23 10 20 Fraco 20 5 10 Inferior 5 2.5
Modified from H. J. Montaye, Living Fit, page 53, Compyright © 1988 Benjamin/ Cumminings Publishing, Menlo Park, CA. (Fernandes 1998, p.54).
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3.2.4 Teste de arremesso da bola medicinal com ambas as mãos
- Finalidade: medir a força explosiva (potência) dos membros
superiores e cintura escapular.
- População-alvo: dos doze anos até a idade universitária.
- Porção corporal envolvida: membros superiores
- Material necessário: uma bola de medicinal de 3 quilos, cadeira, fita
adesiva, corda e trena.
- Protocolo: Partindo da posição assentada em uma cadeira, o
testando segura a bola medicinal com as duas mãos contra o peito e
logo abaixo do queixo, com os, cotovelos o mais próximo do tronco. A
corda é colocada na altura do peito do testando para mantê-lo seguro
à cadeira e eliminar a ação de embalo durante o arremesso. O esforço
deve ser realizado pelos braços e cintura escapular, evitando-se a
participação de qualquer outra parte do corpo.
- Resultado: é computada a distância, em centímetros, da melhor das
três tentativas executadas pelo testando, e é dada a ele a
oportunidade de realizar uma tentativa para familiarização com o teste.
A distância deve ser medida entre os pés dianteiros da cadeira e o
primeiro ponto de contato da bola medicinal com o solo; a trena deverá
ser fixada no solo para facilitar a visualização do local de queda da
bola, pelo testador (Marins & Giannichi 1996, p. 91).
- Validade: Validade: um “r” de 0,77 foi obtido correlacionando-se o
resultado das distâncias dos arremessos com os computados na
fórmula de potência. O ângulo de arremesso não foi levado em
consideração, embora este seja um fator limitante que afeta sua
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validade. Um “r” de 0,81 foi encontrado para universitários do sexo
feminino, enquanto que um “r” de 0,84 foi encontrado para
universitários do sexo masculino.
- Fidedignidade: não reportada
- Precauções - as três tentativas devem ser realizadas uma após a
outra.
- Classificação: a classificação dos Resultados do Teste do Arremesso
da Bola Medicinal feito com universitários, adaptada de Johnson &
Nelson (1979).
Sexo Masculino Sexo Feminino
Resultados Nível de Performance
Resultados 763 - acima Avançado 428 - acima 611 - 762 Intermediário avançado 367 - 427 367 - 610 Intermediário 214 - 366 275 - 366 Iniciante avançado 123 - 213
0 - 274 Iniciante 0 - 122 Valores em cm. (Marins & Giannichi 1996, p.92).
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4 AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA
A Resistência Muscular Localizada será perfeitamente avaliada se a carga
aplicada for de baixa intensidade e se for utilizado teste de repetições máximas, ou
seja, será aferida através da determinação da capacidade de resistir a fadiga nas
regiões abdominal e membros inferior e superior.
O objetivo dos testes de RML é avaliar a RML num segmento
determinado, através do maior número de repetições corretas de um determinado
movimento.
No entanto, algumas providências prévias devem ser tomadas antes do
teste como se certificar o avaliado está consciente do movimento que deve ser
realizado, sua amplitude e que o teste deve ser feito até o ponto em que a fadiga
impeça a sua realização.
Para a avaliação da RML, deve-se inicialmente, identificar que tipo de
movimento está sendo avaliado. Em cada segmento corporal ter-se-ão basicamente
os movimentos de flexão ou de extensão como os mais necessários a ser avaliado.
Desta forma, a escolha do exercício que compara o teste será baseado no tipo de
movimento sustentando o próprio peso do corpo o maior número possível de vezes,
desde que mantenha a execução em toda sua amplitude.
Entre os principais testes utilizado para avaliar a resistência
neuromuscular ou muscular localizada podem citar:
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- Teste de flexão de braços sobre o solo
- Teste de flexão de tronco com os joelhos fletidos
- Teste de abdução do quadril
- Teste de puxada na barra fixa
- Teste de suspensão na barra fixa
4.1 Teste de flexão de braços
- Finalidade: aferir a RML dos braços e tórax.
- Execução: o Aluno deve iniciar o teste, assumindo a posição ventral
braços estendidos, as mãos voltadas para frente, na linha dos ombros,
olhar direcionado para o espaço entre elas, pernas unidas, coluna reta.
Flexiona os cotovelos e encosta o peito no chão, em seguida volta à
posição inicial e conta-se uma repetição e assim sucessivamente.
Figura 1 Teste de flexão de braços para homens
- Regras: o aluno não pode arquear o tronco e nem elevar o quadril,
registra-se o número de repetições em 60 segundos, somente registra-
se as repetições corretas.
- Casos especiais: para mulheres e pessoas idosas este teste deve ser
executado com apoio dos joelhos e pés no solo, obedecendo às
mesmas normas.
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Figura 2 Teste de flexão de braços para mulheres
- Músculos Avaliados: Peitoral Maior e Menor, Tríceps, Braquial e
Deltóide Anterior .
- Critérios de Avaliação: para avaliar os resultados deste teste,
utilizamos a tabela elaborada por POLLOCK (1993), apud MONTEIRO
(2001, 105)
Tabela 7 Classificação do Resultado do Teste de Flexão de Braços
Sexo Idade (anos) Ruim Abaixo da Média Média Acima da
Média Excelente
De 15 a 19 < 17 18-22 23 a 28 29 a 38 > 39 De 20 a 29 < 16 17-21 22-28 29-35 >36 De 30 a 39 < 11 12-16 17-21 22-29 > 30 De 40 a 49 < 9 10-12 13-16 17-21 >22 De 50 a 59 < 6 7-9 10-12 13-20 > 21
Masculino
De 60 a 69 < 4 5-7 8-10 11-17 > 18 De 15 a 19 < 11 12-17 18-24 25-32 >33 De 20 a 29 < 9 10-14 15-20 21-29 > 30 De 30 a 39 < 7 8-12 13-19 29-26 > 27 De 40 a 49 < 4 5-10 11-14 15-23 > 24 De 50 a 59 < 1 2-6 7-10 11-20 > 21
Feminino
De 60 a 69 < 1 1-4 5-11 12-16 > 17
4.2 Teste de abdominal
- Finalidade: determinar a resistência muscular localizada abdominal.
- Material Utilizado: colchonete e cronômetro
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- Execução: o aluno inicia o teste em decúbito dorsal, com os joelhos
flexionados, as plantas dos pés apoiados no solo com os calcanhares
unidos a uma distância de 30 a 45cm das nádegas, formando um
ângulo menor que 90° graus. Os braços podem estar na cabeça com
as mãos entrelaçadas na nuca ou cruzados no tronco, com as mãos
apoiadas nos ombros opostos. O aluno deverá contrai a musculatura
abdominal e levar a cabeça para frente, flexionando o tronco até tocar
os joelhos com os cotovelos, e retorna a posição inicial.
Figura 3 Teste de Abdominais
- Regra: registra-se o número máximo de repetições em 60 segundos,
executado de forma correta.
- Músculos Avaliados: Abdominais e Flexores do Quadril.
- Critérios de Avaliação: para avaliar os resultados deste teste,
utilIZamos a tabela elaborada por POLLOCK (1993), apud
MONTEIRO(op.cit, 107)
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Tabela 8 Classificação do Resultado do Teste de Abdominais
Sexo Idade (anos) Ruim Abaixo da Média Média Acima da
Média Excelente
De 15 a 19 < 32 33-37 38-41 42-47 > 48 De 20 a 29 < 28 29-32 33-36 36-42 > 43 De 30 a 39 < 21 22-26 27-30 31-35 > 36 De 40 a 49 < 16 17-21 22-25 26-30 > 31 De 50 a 59 < 12 13-17 18-21 22-25 > 26
Masculino
De 60 a 69 < 6 7-11 12-16 17-22 > 23 De 15 a 19 < 26 27-31 32-35 36-41 > 42 De 20 a 29 < 20 21-24 25-30 31-25 > 36 De 30 a 39 < 14 15-19 20-23 24-28 > 29 De 40 a 49 < 6 7-14 15-19 20-24 > 25 De 50 a 59 < 2 3-4 5-11 12-18 > 19
Feminino
De 60 a 69 < 1 2-3 4-11 12-15 > 16
4.3 Teste de puxada na barra
- Objetivo: medir indiretamente a força muscular de membros
superiores através do desempenho em se elevar acima do nível de
uma barra horizontal.
- População Alvo: escolares entre 10 e 18 anos de idade.
- Porção corporal envolvida: membros superiores e cintura escapular.
- Material Necessário: 1 barra de ferro ou madeira de 1 1/2 polegada
ou 3,80 cm de diâmetro e fixada a uma altura que, quando for
realizado o exercício os pés não toquem o chão, material para
anotação e um cronômetro.
- Protocolo: A posição da pegada é pronada e corresponde à distância
biacromial (a distância entre as mãos deve corresponder à distância
entre os ombros). Após assumir essa posição o avaliado tentará elevar
seu corpo até que o queixo passe acima do nível da barra e então
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retornará o corpo á posição inicial. O movimento é repetido tantas
vezes quanto possível, sem limite de tempo. Será contado o número
de movimentos completados corretamente. Só uma tentativa é
permitida a não ser que o avaliado tenha sido prejudicado por algum
fator extra.
- Resultado: Registra-se o número de movimentos completos.
- Validade: não reportada.
- Fidedignidade: coeficiente de r=0,89 de correlação intraclasse.
- Precauções –
1) O corpo deve permanecer ereto.
2) Observar se os cotovelos estão em extensão total para o início do movimento
de flexão.
3) Não permitir repouso entre um movimento e outro. A execução deve ser
dinâmica.
4) Permitir somente uma tentativa, a não ser que o avaliado seja prejudicado por
algum motivo.
5) Verificar se o queixo ultrapassa o nível da barra antes de iniciar o movimento
de extensão dos cotovelos.
6) Não permitir qualquer movimento de quadril, ou pernas como auxílio e muito
menos tentativas de extensão da coluna cervical.
- Critérios de avaliação: para avaliar os resultados deste teste,
utilizamos os padrões para Testes de Aptidão da AAHPER
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Tabela 9 Classificação do resultado do teste de puxada na barra
Sexo Idade (anos) Ruim Abaixo da Média Média Acima da
Média Excelente
De 09 a 10 < 1 1 2-3 4-5 > 5 De 11 a 12 < 1 1 2-4 5-6 > 6 De 13 a 14 < 2 2-5 6-7 8-10 > 10 De 15 a 16 < 3 4-6 7-8 9-10 > 10
Feminino
De 17 a 18 < 3 4-6 7-8 9-11 > 11 De 09 a 10 < 2 3-6 7-12 12-21 > 21 De 11 a 12 < 3 4-7 8-13 14-21 > 21 De 13 a 14 < 3 4-7 8-13 14-23 > 23 De 15 a 16 < 3 4-7 8-12 13-21 > 21
Masculino
De 17 a 18 < 2 3-6 7-10 11-21 > 21
4.4 Teste estático de sustentação na barra
- Finalidade: Medir indiretamente a força muscular de membros
superiores através do desempenho em se manter suspenso acima do
nível de uma barra horizontal.
- População-alvo: escolares entre 10 e 18 anos de idade.
- Porção corporal envolvida: membros superiores e cintura escapular.
- Material necessário: uma barra de metal ou madeira, com
aproximadamente 3 centímetros de diâmetro e fixada a uma altura
que, quando for realizado o exercício os pés não toquem o chão 1
cronômetro com precisão de centésimos de segundo e material para
anotação.
- Protocolo: As mãos devem segurar a barra em pronação, sendo que
à distância entre as mãos deve corresponder à distância entre os
ombros. O avaliado deverá elevar o corpo até que o queixo ultrapasse
a barra; os braços devem ser flexionados próximo ao tronco e o peito
deve estar o mais próximo possível da barra. O cronômetro é acionado
no momento em que o queixo do avaliado passar acima do nível da
barra e é desacionado quando passar abaixo do nível da barra. Será
anotado o tempo que o avaliado conseguiu se manter acima do nível
da barra. O indivíduo é orientado para que realize sua força máxima
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procurando se manter suspenso, com o queixo acima do nível da
barra, joelho em extensão, pés fora do solo, o maior tempo possível.
- Resultado: será o tempo de permanência nesta posição em
suspensão. - Validade: não reportada - Fidedignidade: r=0,74 - Precauções - O cronômetro deve ser acionado logo que o avaliado
assuma a posição determinada; Não permitir que o avaliado encoste o
queixo na barra, o cronômetro deve ser travado quando o queixo tocar
a barra ou quando o avaliado colocar a cabeça para trás, ou quando o
queixo estiver abaixo da linha da barra. - Critérios de Avaliação:
Sexo Idade (anos) Ruim Abaixo da Média Média Bom Excelente
De 7 a 8 <5” 6-24” 25-28” 29-44” >45” De 9 a 10 <6” 7-29” 30-31” 32-51” >52” De 11 a 12 <8” 9-31” 32”-33” 34-58” >59” De 13 a 14 <9” 10-31” 32”-33” 24-59” >60” De 15 a 16 <10” 11-31” 32”-33” 24-59” >60”
Feminino
>16 <11” 12-31” 32”-33” 24-59” >60” De 7 a 8 <11” 12-33” 34-40” 41-54” >55
De 9 a 10 <13” 14-39” 40-45” 46-63” >64 De 11 a 12 <19” 20-50” 49-52” 53-69” >70 De 13 a 14 <32” 33-55” 56-61” 62-74” >75 De 15 a 16 <43” 44-62” 63-66” 67-79” >80
Masculino
>16 <45” 46-68” 69-74” 73-85” >85
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5 MEDIDAS DA AGILIDADE
A Agilidade é urna variável de Aptidão Física geral de esportistas e não
esportistas, particularmente importante em modalidades como o voleibol, basquete e
ginástica olímpica assim como em situações da vida cotidiana como desviar de um
automóvel.
Podemos definir Agilidade como uma variável neuro-motora caracterizada
pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da
altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dele.
A medida da agilidade ocupa lugar certo na maioria das baterias de
aptidão física geral e muitos tem sido os testes propostos, como: Auto-Fire-test,
Burpee test, Dodging Run, Obstacle Run, Right Boomerang Run,Side Step test,
Fourty Yard Run, Zig Zag Run e Shuttle Run.
No entanto ao escolhermos um teste de agilidade devemos levar em
consideração a dificuldade para medi-la, pois esta não se apresenta como um fator
completamente independente, existindo portanto às vezes relação com outras
variáveis neuro-motoras simples, como a velocidade e equilíbrio, ou complexas,
como a coordenação.
Tem-se demonstrado que corridas por urna distancia de até 10 metros
acompanhada de alterações da altura do centro de gravidade e três giros de 180
graus, são suficientes para avaliar agilidade. Por estas razões é que preconizamos o
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teste Shuttle Run (padronizado pela AAHPER e modificado pelo CELAFISCS) como
o mais indicado para medir esta variável.
5.1 Teste de Shuttle Run
- Objetivo:- Avaliação da agilidade
- População alvo: Crianças e atletas
- Porção corporal envolvida: todo o corpo
- Material: piso limpo e não derrapante, 2 blocos de madeira (5 cm x 5
cm x 10 cm). 1cronômetro (aceita-se precisão de décimos embora a
precisão de centésimos seja desejada). Espaço livre de obstáculos (no
mínimo 15 metros). Folha de protocolo. Uniforme: camiseta, calção,
meia e tênis.
- Protocolo: desenha-se no chão, duas linhas paralelas entre si
distantes 9,14 metros uma da outra. O indivíduo deverá se posicionar
de pé, atrás da linha de saída com os pés em afastamento ântero-
posterior, , com o pé anterior o mais próximo possível da linha de
saída; 10 cm após após a linha oposta de saída deve ser colocados
dois blocos de madeira, separados entre si por um espaço de 30 cm
(ver esquema). Com a voz de comando: Atenção! Já!! o avaliador
inicia o teste acionando concomitantemente o cronômetro. O avaliado
em ação simultânea corre a máxima velocidade até os blocos, pega
um deles e retorna ao ponto de onde partiu depositando esse bloco
atrás da linha de partida. Em seguida, sem interromper a corrida, vai
em busca do segundo bloco, procedendo da mesma forma. O
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cronômetro é parado quando o avaliado coloca o último bloco no solo
e ultrapassa com pelo menos um dos pés a linha final. O bloco não
deve ser jogado, mas colocado no solo. Sempre que houver erros na
execução, o teste deverá ser repetido.
- Resultado: será o tempo (décimos de segundo) gasto para completar
os cincos ciclos. Cada avaliado deverá realizar duas tentativas com
um intervalo mínimo de dois minutos, permitindo assim a
recomposição do ATP - CP. O resultado será o tempo de percurso na
melhor das duas tentativas.
- Validade: não reportada
- Fidedignidade: não reportada.
- Precauções:
1) As linhas demarcadas no solo são incluídas na distância de 9,14 metros.
2) O avaliado deverá colocar (não jogar) o bloco no solo, movimentando assim a
altura do centro de gravidade.
3) O cronômetro só é parado quando o segundo bloco e pelo menos um dos pés
tocarem a linha de chegada.
4) O avaliado deve ser instruído de que o teste "Shuttle Run" é um teste máximo e
por isso deve ser realizado com todo esforço possível.
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5) Deve ser observada e anotada as condições do tempo (temperatura e umidade
relativa) durante a aplicação do teste.
6) Aconselha-se anotar também a marca e a precisão do cronômetro utilizado, como
toda e qualquer observação de fatores que possam ter influenciado o teste.
• Critérios de Classificação: Sexo Idade (anos) Ruim Abaixo da
Média Média Acima da Média Excelente
De 9 a 10 <12,2 12,1-11,5 11,4-11,0 10,9-10,5 >10,5 De 11 a 12 <11,6 11,5-11,0 10,9-10,5 10,4-10,0 >10,0 De 13 a 14 <10,9 10,8-10,2 10,1-10,0 9,9-9,5 >9,5 De 15 a 16 <10,6 10,5-10,0 9,9-9,6 9,5-9,2 >9,2
Masculino
De 17 a 20 <10,5 10,4-10,0 9,9-9,5 9,4-9,1 >9,1 De 9 a 10 <12,8 12,7-12,0 11,9-11,5 11,4-11,0 >11,0 De 11 a 12 <12,1 12,0-11,5 11,4-11,1 11,0-10,6 >10,6 De 13 a 14 <12,1 12,0-11,4 11,3-10,7 10,6-10,2 >10,2 De 15 a 16 <12,1 12,0-11,5 11,4-11,0 10,9-10,5 >10,5
Feminino
De 17 a 20 <12,2 12,1-11,5 11,4-10,9 10,8-10,3 >10,3
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