capítulo xiv proteção de barramentosde interligação) entre barras, pode ser usada a proteção...

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26 Apo

io

Prot

eção

e s

elet

ivid

ade

Aproteçãoeficientedebarramentoséumobjetivo

importantedeseralcançado,vistoque,viade regra,

osbarramentosficamnaentradadeplanta,naentrada

de painéis. Por isso, uma proteção ineficiente pode

colocar em risco a integridade de todo o sistema e,

dependendo do tempo disponível para recolocar

o sistema em operação, as consequências quase

sempretêmaltoimpacto,quernasegurança,querna

operacionalidadedosistema.

Apresenta-sea seguiruma introduçãoàproteção

debarramentos.

Função 50 Esta função tem por objetivo eliminar a falta

instantaneamente.Comonormalmenteosbarramentos

estãonasentradas,estafunçãoéraramenteutilizada,

poisparafaltaemumadassaídas,desligam-setodosos

circuitos.

Paradiferenciarfaltasnabarraenosalimentadores,

lança-semão da proteção 87B, diferencial de barra,

queopera instantaneamente,desdequea faltaesteja

dentrodazonadeproteçãodefinidaentreosTCsde

entradaedesaída.

Relé de sobrecorrente temporizado (Função 51)

Esta função temoobjetivodeeliminara faltade

forma temporizada. Este tipo de proteção é o mais

utilizadonasplantasindustriais.

Oajustedepick-updevepermitiracirculaçãoda

cargademandadadaplanta.

Atemporizaçãodeveserajustadadeformaaficar

seletivacomasproteçõessituadasajusante(inclusive

Por Cláudio Mardegan*

Capítulo XIV

Proteção de barramentos

Figura 1 – Esquema unifilar do relé diferencial parcial.

permitir motores partir com a carga da planta em

operação). Em sistemas industriais, é muitas vezes

utilizada a proteção diferencial parcial, a qual é

descritaaseguir.

Relé diferencial parcial Emalgumasplantas,emquehá“ties”(disjuntores

deinterligação)entrebarras,podeserusadaaproteção

diferencial parcial, que nadamais é que um relé de

sobrecorrente utilizado para a função diferencial,

porématuadeformatemporizada.Oesquemaunifilar

apresentado na Figura 1 ilustra a maneira de se

interligar.

Asprincipaisvantagensdeseutilizaroesquemade

proteçãodiferencialparcialsãoasseguintes:

•Utiliza-seumreléamenos,poisnormalmentetem-se

umrelédesobrecorrenteno“tie”eoutronaentrada.

•Porutilizarumreléamenos,seganhaumintervalo

de coordenação, ou seja, em torno de 300 ms no

tempodaseletividadecronológica.

Aprincipaldesvantagemé:

•Utilizam-se3TCsamais.

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Figura 4 – Esquema unifilar do relé diferencial de barra.

poisosvaloresdecorrenteajustadossãocomumentebaixos.

Omaiorcuidadoquesedevetercomestaproteçãorefere-seaos

errosdeTCs,osquaispodemoperar,devidoaonãobalanceamento

de correntes, para faltas externas. Dessa forma, um resistor de

estabilizaçãoémuitasvezesutilizadoe,portanto,sempredevemser

consultadososrespectivosmanuaisdosfabricantesdorelé.

Relé para proteção de arco Empainéisdemédiaebaixatensão,nosúltimosanos,houveum

progressorazoávelnoníveldeproteção,deformaareduziraenergia

incidente e, consequentemente, acrescer a proteção ao elemento

humano,conjugadoàproteçãodeequipamentosesistema.

As primeiras pesquisas foram iniciadas com Ralph Lee, na

questão da determinação da energia incidente e avaliação do tipo

devestimentaaplicadoaos trabalhadoresqueficavamexpostosnas

salaselétricas.Entreoutros,oNFPA70EeoIEEEStd1584atualmente

encerramosnovosprocedimentosparaessescálculos.

Apartirdessaspesquisas,surgiramosrelésensíveisàluz,cujas

captaçõesluminosaspodemnormalmenteserfeitasporfibrasensora

ouporsensorpontual.Taisreléstambémpodemserprogramadospara

operaremsomenteporluzouluzesobrecorrente.

Estes relés se constituem excelente proteção para as pessoas,

equipamentos e sistema, diminuindo o tempo para recolocar o

sistemaemmarcha(MTTR),oqueagregagrandevaloroperacional.

Dessaforma,oscatálogos/manuaisdosfabricantessempredevemser

consultadosparaacorretaaplicaçãoeajustesdestaproteção.

Érecomendadoqueosinaldetripdorelédiferencialparcialatue

desligandoosdisjuntoresdeentradaeinterligaçãoetambém,num

relédebloqueio,queemparalelodevedesligartambémodisjuntor

de entrada e a interligação. Algumas filosofias desligam também

todos os disjuntores de saída da referida barra, principalmente

quandoproblemasdereaceleraçãodemotoressãoiminentes.

Diferencial de barra (Função 87B) Estafunçãotemporobjetivoeliminarafaltainstantaneamente.

Paradiferenciarfaltasnabarraenosalimentadores,utilizam-seTCs

na(s)entrada(s)e saída(s)demodoadefinirazonadeproteção.

Emsíntese,estaproteçãoutilizaoprincípiodaLeideKirchoffdas

correntes,ouseja,asomatóriadascorrentesqueentraméigualà

somatóriadascorrentesquesaemconformemostraaFigura4.

É importante lembrar que como esta proteção deve atuar

independentementedaseletividade,elanormalmentenão fazparte

doestudodeseletividade.Osvaloresdeajustesãodefinidosapenas

naprimeiravez,naimplantaçãodosistema.Omáximoquesefazé

verificarseosajustesestãoconsistentes,oquenormalmenteacontece,

Figura 2 – Solução convencional.

Figura 3 – Solução com proteção diferencial parcial

*CLÁUDIO MARDEGAN é engenheiro eletricista formado pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (atualmente Unifei). Trabalhou como engenheiro de estudos e desenvolveu softwares de curto-circuito, load flow e seletividade na plataforma do AutoCad®. Além disso, tem experiência na área de projetos, engenharia de campo, montagem, manutenção, comissionamento e start up. Em 1995 fundou a empresa EngePower® Engenharia e Comércio Ltda, especializada em engenharia elétrica, benchmark e em estudos elétricos no Brasil, na qual atualmente é sócio diretor. O material apresentado nestes fascículos colecionáveis é uma síntese de parte de um livro que está para ser publicado pelo autor, resultado de 30 anos de trabalho.

CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃOConfira todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br

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