casas vivas, casas mortas

Post on 12-Apr-2017

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CASAS MORTAS, CASAS VIVAS

Sua casa é viva ou morta? A pergunta soa estranha, com

certeza. E você logo responderá que casa é algo inanimado.

A casa é feita de pedras, tijolos, madeira, portanto, não tem vida.

Entretanto, casas existem que são mortas. Você as adentra e sente em todos os cômodos a

inexistência de vida. Sim, dentro delas habitam pessoas, famílias

inteiras.

Mas são aquelas casas em que quase tudo é proibido. Tudo tem que estar tão arrumado, ajeitado, sempre, que não se pode sentar

no sofá porque se está arriscando sujar o revestimento novo e caro.

Casas em que o quarto das crianças é impecável. Todos os bichinhos de pelúcia, por ordem de cor e tamanho, repousam nas

prateleiras.

Essas casas são frias. Pequenas ou imensas, carecem do calor da descontração, da luz da liberdade e da iluminada possibilidade de dentro delas se respirar, cantar,

viver.

Por isso mesmo parecem mortas.

As casas vivas já demonstram, desde o jardim, que nelas existe

vibração e alegria.

No gramado, a bola quieta fala da existência de muitos folguedos. A bicicleta, meio deitada, perto da garagem, diz que pernas infantis até há pouco a movimentaram

com vigor.

Em todos os cômodos se reflete a vida. No sofá, um ursinho de

pelúcia denuncia a presença de um pequenino irrequieto que

carrega a sua preciosidade por todos os cantos.

Na saleta, livros, cadernos e lápis dizem dos estudos que se repetem durante horas. O

dicionário aberto, um marcador de páginas assinalando uma

mensagem preciosa falam de pesquisa e leitura atenciosa.

A cozinha exala a mensagem de que ali, a qualquer momento,

pode chegar alguém e se servir de um copo d’água, um café, um

pedaço de pão.

Os quartos traduzem a presença dos moradores. Cores alegres

nas cortinas, janelas abertas para que o sol entre em abundância.

Os travesseiros um pouco desajeitados deixam notar que as crianças os jogam, vez ou outra,

umas contra as outras, em alegres brincadeiras.

Enfim, as casas vivas são aquelas em que as pessoas podem viver com liberdade. O que não quer

dizer com desordem.

As casas vivas são aquelas nas quais os seus moradores já

descobriram que elas foram feitas para morar, mas sobretudo para

se viver.

O desapego às coisas terrenas inicia nas pequeninas coisas.

Se estabelecemos, em nosso lar, rígidas regras de comportamento

para que tudo esteja sempre impecável, como se pessoas ali

não vivessem, estamos demonstrando que o mais

importante são as coisas, não as pessoas.

Manter o asseio, a ordem é correto. Escravizar-se a detalhes,

temer por estragos significa exagerado apego a coisas que,

em última análise, somente existem em função das pessoas.

Transforme sua casa, pequena, de madeira, uma mansão, num

lugar agradável de se retornar, de se viver, de se conviver com a família, os amigos, os amores.

Coloque sinais de vida em todos os aposentos. Disponha flores

nas janelas para que quem passe, possa dizer: Esta é uma casa

viva. É um lar.

Fonte: Site “Momento Espírita”Formatação: jairowildgen2@hotmail.com

PENSEMOS NISSO!!!

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