ciclo de vida do papelcartão - ibema · (abnt nbr iso 14040 e 14044, 2009). 1 2 rotulagem...
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Recuperaçãode energia
Embalagensfabricadas
Reciclagem
Separaçãode coleta
Indústria depapelcartão
Manejosustentávelde florestas
ANO JAN
Criatividade na logística reversa
Embalagens e o meioambiente
Ibema lança 3 novos produtos
Ciclo de vida do Papelcartão
página 09 página 30 página 36
A capa desta revista foi impressa em papelcartão
300g
Nº5 201813
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PALAVRA DO PRESIDENTE
Nilton Saraiva | Presidente Ibema
A embalagem de papelcartão faz parte de uma cadeia
produtiva que possui balanço de carbono positivo, ou
seja, contribui efetivamente para a retirada do gás
carbônico do ar por meio de suas florestas plantadas.
Ainda que alguns setores defendam posições contrárias
sobre a contribuição do CO2 nas mudanças climáticas
que estamos vivenciando, é evidente que a poluição
tem efeitos nefastos para nossa saúde e para a
sustentabilidade do planeta.
Não podemos esquecer que este segmento é
extremamente importante para o desenvolvimento
socioeconômico do Brasil. Afinal, graças às
condições climáticas favoráveis e ao impressionante
desenvolvimento biotecnológico, o país é atualmente
o maior exportador do mundo do principal insumo da
indústria de papelcartão: a celulose.
É por isso que decidimos usar esta edição da Revista
Ibema Por Você como um veículo disseminador dos
benefícios do papelcartão. Precisamos informar de
forma mais eficaz que, dos pontos de vista ambiental
e socioeconômico, esta é uma das melhores opções de
matéria-prima para embalagens.
Nas próximas páginas será possível encontrar
entrevistas e artigos de especialistas de órgãos como
Ibá, Two Sides, Boomera, personalidades do setor de
embalagens, entre outros.
Aproveite a leitura!
A Revista Ibema por Você é uma publicação
trimestral da Ibema / www.ibema.com.br
TIRAGEM:
6 mil exemplares
COORDENAÇÃO E EDIÇÃO:
Juliana Gomes e Fabiana Biriba
Equipe de Marketing Ibema
PRODUÇÃO DE CONTEÚDO:
Smartcom Inteligência em Comunicação
www.smartcom.net.br
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Silvana Piñeiro Nogueira - MTB 2375/PR
REDAÇÃO:
Silvana Piñeiro Nogueira e Juliana Vitulskis
PROJETO GRÁFICO:
433 AG
Participe enviando sugestões de assuntos, críticas
ou elogios. Fique à vontade, colabore para que
este espaço traga a informação que você quer saber.
Envie sua mensagem para marketing@ibema.com.br
EMBALAGEM EM PAUTAProblema ou solução quando o tema é sustentabilidade?
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ARTIGO: SÉRGIO ROSSIO que o impressor pode fazer para contribuir com a sustentabilidade?
PRODUTO DESTAQUEIbema lança três novos produtos.
IBEMA EM AÇÃO
PAPO DE VALORGarantia de sustentabilidade e qualidade.
PRÊMIO ABREEmbalagem com papelcartão pós-consumo é premiada
como a mais sustentável do ano.
MERCADO EXTERNOIbema mantém parceria sólida com o mercado argentino.
ARTIGO: FABIO MESTRINERA criativa logística reversa do Brasil.
SUSTENTABILIDADE EM PAUTAA embalagem de papelcartão e o meio ambiente.
MUNDO IBEMANova parceria na reciclagem de papelcartão.
MATÉRIA DE CAPAPor que escolher o papelcartão?
SALA VIPNilton Saraiva.
expediente
índi
ce
Quando entrei na Ibema, uma das características que mais
me chamou atenção no negócio foi a força do papelcartão
como produto sustentável, ou seja, proveniente de fontes
renováveis, facilmente reciclável e, acima de tudo,
biodegradável. Percebi que, mais que fabricar, a empresa
se dedica a desenvolver toda a sua cadeia produtiva de
forma integrada ao meio ambiente. O cuidado vai desde
as certificações de processos até programas sociais e de
desenvolvimento humano.
Por outro lado, a indústria de papelcartão vem sofrendo
forte competição de outros tipos de matérias-primas
para a produção de embalagens, especialmente o
plástico. Creio que falta ao setor levar à sociedade mais
informações a respeito das vantagens do papapelcartão.
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EMBALAGEM:PROBLEMAOU SOLUÇÃO QUANDO O TEMA ÉSUSTENTABILIDADE?
EMBALAGEMEM PAUTA
FABIANESTASCHOWER
Um estudo feito no Reino Unido* sobre a indústria de
alimentos mostra que as embalagens utilizadas no
setor representam 1% da emissão dos gases de efeito
estufa no planeta. Em comparação, o impacto, muitas
vezes não contabilizado, dos processos de cultivo,
colheita, processamento dos alimentos, armazenagem,
transporte e descarte resulta em 17,4% da emissão.
Isso prova que a produção de alimentos traz impacto
muito superior ao gerado pelas embalagens na
indústria alimentícia.
Por isso, algumas escolhas são importantes para
definir como desenvolver cada embalagem. São elas:
MATERIAL UTILIZADO
É fundamental preferir materiais vindos de fontes
renováveis (que não serão esgotadas com a sua
utilização) e materiais que possam ser reciclados – de
preferência monomaterial, para facilitar o processo de
reciclagem. Sempre que possível opte por materiais
reciclados.
DIMENSIONAL
É importante utilizar embalagens que tenham tamanho
adequado a cada produto e evitar as sobre-embalagens.
Além disso, é imprescindível que as gramaturas sejam
adequadas para cada caso, porque de nada adianta
elaborar embalagens que utilizem menos material,
mas que não protejam suficientemente o produto e
resultem em mais desperdício.
UTILIZAÇÃO DE ROTULAGEM AMBIENTAL
Este tipo de rotulagem é necessário para auxiliar tanto
o consumidor, para que saiba exatamente o que está
consumindo, como as cooperativas de reciclagem e
reaproveitamento, para que direcionem os materiais
para a separação adequada. Existe um programa de
autodeclaração ambiental promovido pela ABRE -
Associação Brasileira de Embalagem (www.abre.org.
br) em que é possível encontrar todas as simbologias
para utilizar nas embalagens gratuitamente.
BOA COMUNICAÇÃO
A própria embalagem já é um meio incrível de comunicação
e pode ser mais explorada para contar aos consumidores
sua importância, as atitudes que a empresa vem tomando
sobre sustentabilidade, os atributos da embalagem que
ajudam a reduzir o impacto no meio ambiente e formas
como o consumidor pode ajudar a manter o planeta mais
sustentável.
Além destas questões, é necessário avaliar também
o ciclo de vida do produto a ser embalado, desde a
sua produção até o seu descarte e reciclagem. Assim,
é possível tomar as melhores decisões quanto às
embalagens, em especial trabalhar para acrescentar
ao ciclo a economia circular, em que os materiais
podem ser reciclados, reutilizados ou recuperados.
O consumidor já esta sensibilizado pelo tema, mas, de
maneira geral, ainda não age da forma mais adequada.
Portanto, a educação é um ponto fundamental a
ser considerado. De nada adianta ter todas essas
preocupações no desenvolvimento das embalagens
se nós, enquanto consumidores, não formos os
protagonistas desta história. Atitudes como realizar
a separação e descarte adequado das embalagens
dentro de casa e escolher no mercado as marcas que
destacam a sustentabilidade fazem a diferença nessa
empreitada.
Fabiane Staschower é
Executiva de Inovação de
Embalagens da Ibema
Papelcartão.
Nesse contexto, é mais importante pensarmos em
formas de tornar as embalagens mais sustentáveis e
mostrar ao mundo que nosso mercado é uma solução,
não um problema.
*Cooking up a storm: Food, greenhouse gas emissions and our changing climate. Tara Garnett. Food Climate Research Network. Centre for Environmental Strategy. University of Surrey. September 2008.
Embalagens são as primeiras a serem consideradas vilãs quando falamos em
sustentabilidade. Claro que não podemos negar que há empresas que ainda
não entenderam este conceito, bem como muitos consumidores, que ainda não
veem a necessidade de separar seu lixo, ou mesmo governos, que preferem não
se relacionar de maneira mais ativa com o tema.
Esta culpa atribuída às embalagens está especialmente relacionada à
destinação final que elas recebem pós-consumo. Além da grande quantidade
de lixo que acaba nos aterros, 6,4 milhões de toneladas de lixo sólido não
foram coletados em 2011, por terem sido descartados em locais impróprios,
como rios e terrenos baldios ou por terem sido queimados. Estes valores são
assustadores.
No entanto, as embalagens são um recurso indispensável atualmente. Sem a
proteção que caixas e pacotes oferecem, teríamos provavelmente um planeta
ainda menos sustentável. Perderíamos milhares de quilos de alimentos
diariamente devido à contaminação, ao menor tempo de conservação, ou devido
a perdas durante o transporte. Não podemos esquecer que as embalagens
surgiram, e ainda são fundamentais, justamente para proteger diversos itens
no momento de transporte e armazenamento. Não conseguiríamos trazer para
casa muitos tipos de alimentos ou mesmo escovar nossos dentes ou consumir
medicamentos sem que os produtos fossem devidamente embalados.
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Diretrizes da Associação Brasileira de
Embalagem (ABRE) para embalagens mais
sustentáveis
As diretrizes da ABRE para embalagens sustentáveis
são divididas na otimização de três grandes dimensões:
função da embalagem; otimização da embalagem e
embalagem na economia circular. As questões-chave
no processo são:
A otimização do ciclo de vida do produto, com o mínimo
consumo de recursos e geração de resíduos.
A valorização da função da embalagem ao longo de
toda a cadeia de valor do produto.
A orientação para a especificação e projeto de
embalagem visando a facilitar sua revalorização e a
eficácia de seu desempenho.
A eficiência na revalorização da embalagem,
considerando o sistema e infraestrutura atuais
e futuros para sua reutilização, remanufatura e
reciclagem, promovendo uma transição para o modelo
de economia circular.
A comunicação e educação ambiental do consumidor
quanto ao uso do produto e destinação adequada da
embalagem.
A rotulagem ambiental tem como função comunicar aos
consumidores os benefícios ambientais dos produtos e
embalagens. Isso estimula a demanda por produtos
com menor impacto ambiental, promovendo educação
e o desenvolvimento sustentável. A simbologia técnica
identifica o material e fortalece a cadeia de reciclagem
e a revalorização de materiais.
Rotulagem Ambiental do Tipo 1 - ISO 14024:1999 e
ABNT NBR ISO 14024:2004: Essa norma “estabelece
os princípios e procedimentos para o desenvolvimento
de programas de rotulagem ambiental do Tipo I,
incluindo a seleção de categorias de produtos, critérios
ambientais e características funcionais dos produtos,
além de parâmetros para avaliar e demonstrar sua
conformidade. Essa norma também estabelece os
procedimentos de certificação para a concessão do
rótulo”. São selos ambientais, baseados num conjunto
de critérios e definidos por estudos de Avaliação do
Ciclo de Vida (ACV).
Rotulagem do Tipo II - Autodeclarações Ambientais
- ISO 14021:1999 e ABNT NBR ISO 14021:2004: Norma
que especifica os requisitos para autodeclarações
ambientais no que se refere aos produtos, incluindo
textos, símbolos e gráficos. Além da metodologia de
avaliação e verificação geral para autodeclarações
ambientais e métodos específicos de avaliação e
verificação para as declarações selecionadas na
própria norma, ela descreve também os termos usados
comumente em declarações ambientais e fornece
qualificações para o uso deles.
Declarações Ambientais do Tipo III - ISO
14025:2006: A Declaração Ambiental do Tipo III,
mais comum em relações B2B, exige a avaliação de
ciclo de vida segundo as normas da série ISO 14040
(ABNT NBR ISO 14040 e 14044, 2009).
1
Rotulagem Ambiental2
Fonte: Embalagem e Sustentabilidade – Desafios e orientações no contexto da Economia Circular (Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo e ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, 2016 - www.abre.org.br). http://www.abre.org.br/wp-content/uploads/2012/08/embalagem_sustentabilidade.pdf
Fonte: Cartilha de Rotulagem Ambiental para Embalagens ABRE http://www.abre.org.br/wp-content/uploads/2012/07/cartilha_rotulagem.pdf
MERCADOEXTERNO
IBEMA MANTÉM PARCERIA SÓLIDA COM O MERCADO ARGENTINO
Cerca de 14% da produção da Ibema é exportada para a
Argentina atualmente, que é o principal parceiro comercial da
empresa na América Latina. A produção nacional de papelcartão
da Argentina atende aproximadamente 50% do mercado interno
do país, por isso existe amplo espaço para a importação e os
vizinhos têm preferência pelo papelcartão fabricado no Brasil.
Historicamente, os dois países são fortes parceiros comerciais
e não seria diferente no setor de papel, como analisa o Gerente
de Exportação da Ibema, Diego Gracia. “O Brasil é um caminho
natural para a Argentina, afinal, conseguimos dar àquele
mercado a mesma atenção que damos ao nosso. Portanto,
temos uma relação próxima com os clientes argentinos”, diz.
A relação com os clientes no país vizinho vem de longa data,
conta Diego. “Foi neste mercado que a Ibema deu seus
primeiros passos na exportação, então acompanhamos o
crescimento de muitos clientes, que também acompanharam
nosso desenvolvimento.”
Mas, além disso, a Ibema oferece produtos com qualidade,
entregas no prazo e um suporte técnico ativo, com flexibilidade
Proximidade
física e agilidade
na entrega
contribuem para
a Argentina ser o
maior importador
do papelcartão
brasileiro na
América Latina
Diego Gracia, Gerente de Exportação na Ibema.
98
e assistência especial às empresas argentinas, pois
conhece de perto a realidade e a necessidade de
cada um dos clientes que atende por lá. “O nosso
representante na Argentina, Daniel Bedetta, tem pleno
domínio do mercado e habilidade para promover a
interação entre fábrica e cliente. Felizmente, temos
sido assertivos em todos estes pontos”, afirma.
Na Argentina, a indústria alimentícia é a que mais
utiliza papelcartão, seguida dos setores farmacêutico,
têxtil e de calçados. O segmento de cosméticos fica em
último lugar, diferente do Brasil, onde o setor é um dos
que mais consome o insumo.
CENÁRIO
O mercado da América Latina costuma ser
movimentado, segundo Diego, por ser composto por
países com economias voláteis, especialmente devido
à instabilidade no cenário político. Por isso, é preciso
que as empresas consigam adaptar-se rapidamente às
oscilações da economia.
Porém, nem sempre as indústrias conseguem absorver
os impactos sem repassá-los ao restante da cadeia.
“Hoje existe uma forte pressão no que diz respeito ao
preço, especialmente pelo forte aumento da celulose
no mercado mundial, o que afeta diretamente a matriz
de custos do produtor de papelcartão”, pondera Diego.
Para contornar as dificuldades, a Ibema está
constantemente atenta às necessidades dos clientes
e do mercado. Este é o gatilho para buscar melhorias,
como o desenvolvimento de novos produtos ou o
upgrade nas características dos produtos já existentes
e consolidados. “Além de um departamento de
exportação estruturado e experiente, há sinergia entre
as áreas da empresa, o que facilita qualquer projeto
de expansão. O reflexo disso é maior flexibilidade
e rapidez nos processos e clientes cada vez mais
satisfeitos”, avalia o Gerente.
Por isso a empresa vem apresentando crescimento
em outros mercados, como Paraguai, Bolívia e, mais
recentemente, Colômbia, além de manter a parceria
consolidada com a Argentina – que, em volume, ainda
é o mercado mais representativo no continente. A
expectativa, segundo Diego, é que o cenário se repita
em 2018.
FABIOMESTRINER
ARTIGO
A CRIATIVA LOGÍSTICA REVERSA DO BRASILUm arranjo informal e criativo destina mais de 60% das embalagens
produzidas no Brasil para as fábricas, após entregar seu conteúdo aos
consumidores de todo o país. A produção de embalagens é um componente
importante na economia das nações desenvolvidas. Isto se deve ao fato
dos produtos precisarem estar protegidos, fracionados e rotulados para
serem distribuídos. Hoje, mais de 80% do que é produzido nas fábricas
acaba sendo encaminhado ao mercado dentro de algum tipo de embalagem.
As motocicletas Harley-Davidson, por exemplo, produzidas na fábrica de
Manaus, chegam às concessionárias embaladas em caixas de papelão
ondulado, reforçadas internamente com suportes de madeira. Os
equipamentos industriais são embalados em caixotes de compensado, o
café é exportado em sacos de ráfia, o suco de laranja em tambores de 200
litros, as frutas e verduras são levadas das lavouras em caixas e quase
todas as embalagens de produtos menores circulam pelo país dentro de
caixas de papelão.
O fornecimento de embalagens é tão importante que, na eventualidade da
falta deste insumo na produção, a maioria dos produtos não conseguiria
deixar as fábricas e as empresas parariam de emitir notas fiscais.
Fabio Mestriner é
Consultor da Ibema,
Professor Coordenador
do Núcleo de Estudos
da Embalagem ESPM,
Professor do MBA de
Marketing da Fundace
USP e autor dos livros
“Design de Embalagem
- Curso Avançado” e
“Gestão Estratégica de
Embalagem”.
Representante Comercial da Ibema na Argentina, Daniel Bedetta, e o Gerente de Exportação da Ibema, Diego Gracia.
1110
A indústria brasileira de embalagem está alinhada
tecnologicamente e em capacidade de produção com
suas congêneres internacionais que estão presentes
no Brasil – 18 das 20 maiores do mundo no segmento.
O Brasil produz e exporta muitos tipos de embalagens
e o setor gerou, em 2014, o faturamento de R$ 48
bilhões, o que representa uma parcela significativa do
PIB nacional.
As empresas que atuam no segmento de consumo,
a indústria farmacêutica, os fabricantes de bebidas,
cosméticos, eletroeletrônicos e todos os demais
produtores que utilizam embalagens despejam
diariamente no mercado milhões e milhões de unidades.
Para se ter uma ideia, um fabricante de cereal matinal
produz 45 milhões de caixas por mês, ou 1,5 milhão
delas por dia; uma única marca de sabonete consome
mais de 200 toneladas por mês de papelcartão para
suas caixas e um fabricante de doces coloca no
mercado mensalmente 4,5 milhões de quilos de balas
embaladas uma a uma. Milhões de garrafas de cerveja,
refrigerantes e água mineral circulam pelo país, sem
falar nos medicamentos distribuídos em farmácias,
hospitais e postos de saúde, numa operação logística
grandiosa que enche as estradas de caminhões
carregados.
Fazer com que todas estas embalagens recebam um
encaminhamento adequado após serem entregues
no destino final não é tarefa fácil. O destino destas
embalagens pós-consumo se torna um problema para
as prefeituras municipais, a quem cabe providenciar a
coleta de lixo, pois este é o destino dos assim chamados
“Resíduos Sólidos Urbanos”, em que as embalagens
figuram como um dos componentes.
Quando se trata deste tema, a questão ambiental tem
dominado de tal forma os debates sobre o que fazer
com o lixo urbano que vem sobrepujando inclusive a
questão do saneamento público, a ponto de merecer a
promulgação de uma lei federal específica para tratar
do destino de tais resíduos. Esta legislação prevê a
ação integrada e a responsabilidade compartilhada
entre estado, empresas e sociedade e objetiva reduzir
os problemas decorrentes do impacto ambiental
causado pelo lixo urbano.
Um dos seus principais objetivos é ampliar os índices
de reciclagem por meio de compromissos com metas
a serem alcançadas progressivamente. Sem dúvida, a
adoção da Lei de Resíduos Sólidos vai trazer no futuro
benefícios para os três agentes comprometidos com
sua aplicação, ou seja, o poder público, as empresas e
a sociedade em geral. Vale a pena dar uma olhada no
panorama atual da reciclagem de embalagem no Brasil
e a logística reversa empregada em sua operação para
avaliarmos o estágio em que nos encontramos.
Mas antes vale lembrar que não é de hoje que a
reciclagem de embalagem está presente na vida
cotidiana dos brasileiros. Desde os tempos do Brasil
Colonial, escravos com seus cestos na cabeça
percorriam as ruas apregoando seu característico
grito “garrafeeeeeiro”. O garrafeiro com seu pregão faz
parte das nossas tradições, aparecendo no cancioneiro
popular, na poesia e na iconografia de época. Quando
menino, no interior, meus amigos e eu coletávamos
garrafas, papel, papelão e outros materiais para
vender no “depósito de ferro velho” e, com o dinheiro
arrecadado com esta venda, comprávamos a bola e o
jogo de camisas do nosso time.
Estes depósitos formam, desde o início do século, uma
rede de sucateiros que se propõe a comprar o que as
pessoas levam até eles e o que os catadores por eles
estimulados ou empregados recolhem nas ruas e nas
casas.
Da mesma forma, a coleta e a reciclagem de
embalagens no Brasil funciona com a organização
informal de milhões de pessoas que se mobilizam por
dinheiro, necessidade, ou por idealismo militante para
encaminhar embalagens para os centros recicladores
e sucateiros, fazendo com que, a partir deles, elas
cheguem às fábricas para serem reprocessadas.
É importante frisar que o grande promotor desta
atividade é a própria indústria de embalagem, que tem
forte interesse econômico na reciclagem e procura
adquirir tudo o que consegue encontrar, pois produzir
a partir de material reciclado é, na maioria das vezes,
bem melhor e mais lucrativo do que produzir a partir da
matéria-prima virgem. Podemos citar como exemplo a
produção de papel com aparas e material recolhido
do lixo de escritórios e residências, oriundos da
reciclagem, pois o custo de produção de uma tonelada
de produto acabado cai pela metade em relação ao
fabricado com celulose virgem originária das florestas
plantadas.
No caso do vidro, este número é também bastante
expressivo, por causa da economia de energia obtida
com a redução na temperatura necessária para fundir o
vidro reciclado, que é bem mais baixa, gerando economia
substancial no consumo de gás ou eletricidade. Tanto
é assim que os fornos que estão produzindo hoje
embalagens de vidro âmbar funcionam alimentados
com 90% de cacos reciclados, em substituição à areia,
ao calcário e ao feldspato, materiais com que o vidro
originalmente é feito. Coisa semelhante acontece com
a produção de aço. Hoje no mundo, 60% da produção é
feita a partir do aço reciclado e só 40% com minério.
A indústria, portanto, tem muito a ganhar com a
reciclagem de embalagem e se empenha para conseguir
alcançar índices cada vez maiores na substituição das
matérias-primas virgens pelo material reciclado.
Mas e a sociedade, o que ganha com isso e que interesse
tem em participar desta atividade? A sociedade tem
tanto a ganhar quanto a indústria, pois além dos ganhos
ambientais que a reciclagem promove, ela é fonte de
trabalho e renda para quase um milhão de brasileiros
excluídos, que com esta atividade conseguem obter
seu sustento e empreender no caminho de volta à
sociedade. Portanto, um enorme ganho ambiental e
social.
No conjunto, os benefícios econômicos e
socioambientais da reciclagem de embalagens podem
ser sumariamente exemplificados com os seguintes
números: mais de 820 mil brasileiros tiram seu sustento
desta atividade, 1.200 cooperativas de catadores
empregam 30.400 pessoas que já arrecadaram mais
de R$ 700 milhões.
A atividade de reciclagem de embalagens no Brasil,
incluindo as indústrias recicladoras, gerou mais de
R$ 10 bilhões em 2012 e estima-se que um valor
semelhante ainda pode ser resgatado do lixo a partir
da coleta seletiva e dobrar o faturamento deste setor.
Existe um elo fraco que ainda não encontrou os ganhos
necessários para uma maior inserção na cadeia da
reciclagem. A maioria das prefeituras tem muitas
dificuldades em montar programas de coleta seletiva,
porque esta modalidade de serviço custa em média
quatro vezes mais caro que a coleta convencional.
QUANTO VALEUSADA?A EMBALAGEM
1312
A necessidade de aumentar os índices de reciclagem
agora está expressa em lei e todos os elos da cadeia
precisarão se mobilizar para alcançá-los. Para que
isso aconteça, algumas melhorias precisam ser
implementadas. É preciso que as prefeituras municipais
incentivem o aumento da coleta seletiva com a
implantação de programas e de galpões de separação
de embalagens para reciclagem, operados por
cooperativas de catadores ou funcionários municipais.
Hoje apenas 14% dos municípios brasileiros têm algum
tipo de coleta seletiva parcial. No Rio de Janeiro, por
exemplo, o índice de coleta seletiva é de 1% do total
de lixo coletado. Já em São Paulo o recolhimento não
passa de 2%. Nas raras cidades com índices maiores
de coleta seletiva, este número não chega a 20%.
Um dos obstáculos da implantação da coleta seletiva
é o custo elevado em relação à coleta convencional, o
que contribui para o entrave. Outro ponto que precisa
receber atenção é a legislação tributária pertinente
para empresas 100% recicladoras e que produzem a
partir de matérias-primas já tributadas em sua origem.
A legislação atual acaba tributando novamente quando
reciclada. Uma legislação mais justa, que promova e
incentive a indústria recicladora é uma das exigências
críticas para o crescimento deste setor.
IBEMA EM AÇÃO
A Ibema promove
a conscientização
sobre o meio
ambiente e a
sustentabilidade no
meio corporativo
por meio de
diversas ações
e movimentos
internos,
relacionados ao
setor social e
ambiental. Confira
algumas das ações
e novidades.
SELO SESI ODS,MAIS UMACONQUISTA!
Com o projeto IbemArte Sustentável, a Ibema conquistou em outubro de 2017
o Selo SESI ODS, que reconhece e divulga práticas de instituições paranaenses
comprometidas com os objetivos da agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015.
O IbemArte está envolvido diretamente com dois dos 17 objetivos de
Desenvolvimento Sustentável: o ODS 5, relacionado ao empoderamento de
mulheres, e o ODS 8, que visa ao crescimento econômico inclusivo e sustentado,
emprego pleno e trabalho decente para todos. “O reconhecimento é muito
importante, porque estes propósitos foram efetivamente alcançados junto às
artesãs”, comemora a Coordenadora do Projeto e Analista de Responsabilidade
Social da Ibema, Clarice Battistelli.
1514
PROGRAMAQUE INSPIRA
COLETA SELETIVADENTRO DE CASA
O projeto usa conceitos de ecodesign e, com o
reaproveitamento de resíduos da produção de
papelcartão, desenvolve peças de artesanato com
qualidade, beleza e durabilidade. “Desde sua criação,
em 2014, o IbemArte buscou caracterizar-se como um
artesanato profissional e encontrou reconhecimento
e espaço comercial por isso”, explica a Coordenadora.
O principal objetivo do programa é a geração de renda
para mulheres do entorno da indústria, colaborando
com o desenvolvimento socioeconômico da comunidade
local.
Atualmente existem dois grupos de artesãs na região
da fábrica em Turvo (PR), coordenadas pelo Centro
Comunitário Ibema, que produzem caixas, cestas,
porta-lápis, porta-garrafas e muitos outros objetos. Em
2018, o projeto será estendido para a comunidade da
fábrica em Embu das Artes (SP).
IBEMA PELA VIDA
Durante o mês de setembro a unidade de Turvo (PR) deu
início ao programa Ibema Pela Vida, com a coleta de 43
bolsas de sangue e também de medula óssea, em parceria
com o banco de sangue da região e com o apoio de doadores
voluntários da empresa. O programa já tem as próximas
coletas previstas nos municípios de Araucária, Curitiba e
Embu das Artes. A ação será anual, com a realização de três
coletas por ano em todas as unidades.
Com mais de 800 colaboradores em suas três unidades (sede
administrativa, fábricas e CDD), a Ibema conta com uma iniciativa
interna denominada Programa Inspiração, que estimula o
comportamento criativo dos colaboradores, para que proponham
melhorias dentro da organização a fim de acelerar a inovação,
economia de processos, além de questões de segurança,
ambientais e sociais.
Todas as iniciativas são analisadas pelos gestores das áreas,
que estudam a viabilidade da ideia. “Depois de implementadas,
se evidenciada a eficácia destas iniciativas, elas passam pela
aprovação do Comitê de Inovação, que tem a responsabilidade de
verificar as melhores ideias a serem reconhecidas ou premiadas”,
explica a Coordenadora do Programa, Loeci Estrela.
“O programa estimula que os próprios colaboradores contribuam para melhorar a produção e a redução de gastos e focar na
segurança do trabalho. Uma das ideias implementadas este ano, por exemplo, foi a reciclagem de pallets para a construção
de móveis para o Espaço Clube Cultural Ibema da unidade de Embu da Artes”, conta a Responsável pela Comunicação
Interna da Ibema, Mariane Alves Rainha. A ideia partiu dela, e os novos móveis mobiliaram o espaço, que é voltado à troca
de livros e DVDs entre os colaboradores.
O programa estimula que os próprios colaboradores contribuam para melhorar a produção e a redução de gastos e focar na segurança
Em 2017, a Ibema relançou a campanha de descarte de
resíduos, com o mote “a Ibema precisa da sua ajuda para
enfrentar o maior desafio: cuidar do planeta”. O objetivo é
promover a prática da coleta seletiva dentro da empresa.
“Voltada ao público interno, a campanha contou com
comunicados internos e peças de comunicação especiais,
com detalhes sobre cada tipo de resíduo, com as cores
que os identificam, além de adesivos nas lixeiras físicas
com estas orientações”, detalha a Responsável pela
Comunicação Interna da Ibema, Mariane Alves Rainha.
“Além disso, em datas comemorativas, como Dia da
Árvore, da Água, do Meio Ambiente, entre outras diversas,
reforçamos o tema da sustentabilidade com comunicados
internos, no Facebook e em quadros de aviso”, completa
Mariane.
Equipe Ibema recebendo o prêmio Selo Sesi ODS.
1716
A Ibema precisa da sua ajuda para enfrentar o maior desafio:cuidar do planeta.
A Ibema reconhece a importância do seu papel na preservação do meio ambiente. Também entende que se cada um fizer a sua parte, vamos transformar o mundo em um lugar melhor para viver. Por isso, contamos com a sua ajuda.
Descarte os resíduos corretamente nas lixeiras.
RESÍDUOSCONTAMINADOS
PAPEL VIDRO METAL RESÍDUOSORGÂNICOS
RESÍDUOSNÃO RECICLÁVEIS
PLÁSTICO
Todos os resíduos contaminados deverão ser destinados para a área de resíduos.
Jornais, folhetos, revistas, folhas de
rascunho, papéis de embrulho, caixas de papelão, folhas de caderno, caixas de
leite e suco.
Garrafas plásticas, tubos e canos, potes
de creme, frascos de shampoo, baldes, bacias, brinquedos e saquinhos de leite.
Garrafas, potes e jarros, vidros de
conserva, vidros de produtos de limpeza e frascos em geral.
Latas de refrigerante, tampinhas, arames, pregos, fios de cobre,
alumínio, bronze, ferro, chumbo e
zinco.
Cascas e bagaços de frutas e legumes,
restos de comida, borra de café, sachê
de chá, casca de ovos, folhas, restos de pão
e papel higiênico.
Estopas, rejeito de testes laboratoriais, papel contaminado,
espuma e isopor.
A meta é da maior campanha
mundial já realizada pela
organização para a redução
do lixo plástico nos oceanos
ONU QUER ELIMINAR PLÁSTICOS DESCARTÁVEIS NO MUNDO EM 5 ANOSCom a meta de retirar de circulação todos os plásticos
descartáveis do mundo em cinco anos, a campanha
global #CleanSeas (em português, #MaresLimpos), da
Organização das Nações Unidas (ONU), é a maior do
gênero na história da organização. Lançada em fevereiro
de 2017, em Bali, a campanha mundial pela limpeza dos
oceanos convoca toda a sociedade para o combate ao
lixo plástico marinho. O pedido aos governos é que criem
políticas para redução do uso do plástico; às empresas e
indústrias, que diminuam a produção de embalagens e
optem por materiais mais sustentáveis; aos consumidores,
que mudem principalmente seus hábitos de descarte.
Uma das ações de sensibilização da campanha é uma
exposição na entrada do escritório da ONU em Nairóbi,
capital do Quênia. Restos de chinelos encontrados no mar
dão forma a uma baleia azul saltando na água do mar, que
é representada por garrafas plásticas amarradas. Uma
prancha de surfe feita de garrafas plásticas e um polvo de
restos de sandálias – todos objetos encontrados no mar –
também compõem a exposição.
O alerta é sobre o aumento considerável de poluição nos
mares. Um texto informa que 8 milhões de toneladas
de plástico vão parar nos oceanos todos os anos. Um
milhão de garrafas plásticas são compradas no mundo a
cada minuto, e só 9% delas são recicladas. Mais de 100
mil mamíferos marinhos morrem anualmente devido à
poluição plástica, que também pode ter sido a causa da
morte de mais de 1 milhão de aves marinhas durante o
ano passado.
Até dezembro de 2017, 39 países aderiram à campanha,
o que traz a expectativa de que um terço das zonas
costeiras do mundo poderão estar limpas em 2030, se os
compromissos assumidos por eles forem cumpridos. O
Sri Lanka, por exemplo, prometeu banir o uso de plásticos
descartáveis no início de 2018. A Indonésia tem como
meta reduzir seu lixo plástico em 70% até 2025. No
Chile, um projeto de lei propõe proibir sacos plásticos em
cidades costeiras.
O Brasil se comprometeu a criar um Plano Nacional
de Combate ao Lixo no Mar. Em novembro de 2017, um
seminário nacional promovido pelo Ministério do Meio
Ambiente, a ONU Ambiente e o Instituto Oceanográfico
da Universidade de São Paulo teve como foco mapear o
problema no país. Segundo estimativas de 2016, o Brasil
produziu 60 bilhões de sacolas plásticas e está no 16º
lugar no ranking dos geradores de plásticos no mar.
Para saber mais sobre a campanha, visite o site na
internet: http://cleanseas.org/
*Com informações do jornal Valor Econômico.
1918
7º PRÊMIOIBEMA GRAVURA
O 7º Prêmio Ibema Gravura divulgou os vencedores no dia 7 de dezembro, em um vernissage no Museu da Gravura Cidade
de Curitiba, no Solar do Barão. As 20 obras selecionadas foram apresentadas juntamente com seus autores no evento
aberto ao público.
As obras foram analisadas pelo corpo de jurados, composto pela artista plástica e especialista em gravura Uiara Bartira,
pela artista e professora na Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP Bernadette Panek, e pela artista e
coordenadora do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Juliana Leonor Kudlinski.
A lista com todas as obras ganhadoras você confere em www.premioibemagravura.com.br.
2120
MATÉRIADE CAPA
POR QUE ESCOLHERO PAPELCARTÃO?
Segurança, resistência e leveza são algumas das qualidades do papelcartão. Por
ser mais espesso, rígido e compacto, é ideal para confeccionar caixas e embalagens
de alimentos, cosméticos, medicamentos, bebidas, bem como capas de livros.
Com inúmeras possibilidades de design e excelente qualidade para impressão,
é também uma ótima ferramenta de comunicação. E o grande destaque fica por
conta de seu material ser biodegradável e 100% reciclável.
Design,
comunicação,
eficiência,
segurança e
sustentabilidade
fazem do material
a melhor escolha
para embalagens
Estas características fazem com que o papelcartão seja
considerado ideal para a confecção de embalagens,
segundo a Presidente Executiva da Indústria
Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth de Carvalhaes.
“Ele é fundamental no dia a dia de comerciantes e
consumidores. É base, por exemplo, para a produção
de um material chamado ’Polpa Moldada’, que serve
para bandejas para transporte e proteção de diversos
produtos, como hortifrutigranjeiros, ovos, lâmpadas,
celulares, geladeiras, fogões, entre outros”, destaca.
Por isso, a Ibá criou recentemente um comitê que tem
como missão o desenvolvimento de ações institucionais
para a valorização do papelcartão e do papel para a
fabricação de embalagens. O comitê está ainda em fase
inicial, estabelecendo o seu planejamento estratégico,
e reúne executivos das áreas comerciais, de marketing
e de comunicação das empresas associadas à Ibá.
Ao mesmo tempo que o setor produtivo florestal é
capaz de intensificar a sua produção, garante altos
A matéria-prima básica do papelcartão é a celulose,
resultante principalmente do beneficiamento da
madeira de florestas plantadas e da reciclagem
de aparas de papel geradas durante o processo
industrial. O Brasil é pioneiro em sustentabilidade e
manejo responsável, com toda a produção nacional
proveniente de florestas plantadas – que ocupam
7,84 milhões de hectares, o correspondente a 0,9%
do território nacional.
padrões de gestão social, manutenção dos corredores
ecológicos, eficiência da proteção à biodiversidade,
preservação dos recursos hídricos e remoção de carbono
da atmosfera, segundo Elizabeth.
INDÚSTRIA SUSTENTÁVEL
O plantio de florestas é realizado pelas empresas do
setor e por meio de importantes programas de fomento,
que geram valor social, valorizam pequenos produtores e
ajudam a reduzir a pressão sobre florestas nativas com
a recuperação de solos degradados. Em 2015, 18 mil
famílias foram beneficiadas por programas de fomento
em todo Brasil. “As empresas investem em pesquisa,
tecnologia e inovação para desenvolver produtos mais
diversificados e sustentáveis. Investem também em todo
o ciclo de produção, melhorando processos e adotando as
melhores práticas socioambientais”, detalha a presidente.
Por meio desses programas, as empresas estabelecem
parcerias com pequenos produtores, diversificam
atividades locais, geram emprego e renda e contribuem
para o desenvolvimento das comunidades ao redor dos
plantios e das indústrias. Elas investem em programas
de saúde, educação, cultura e qualidade de vida, que
beneficiam cerca de 2 milhões de pessoas, o que faz do
setor também um importante agente de desenvolvimento
econômico e social do país.
Além disso, o plantio de árvores tem um importante
papel ambiental ao evitar o desmatamento de habitats
naturais, protegendo a biodiversidade, o solo e as
nascentes de rios e recuperando áreas degradadas.
Para cada hectare plantado para fins industriais, o setor
protege outro 0,7 hectare em áreas de reserva, segundo
a Ibá. São 5,6 milhões de hectares de áreas naturais na
forma de Áreas de Preservação Permanente (APPs), de
Reserva Legal (RL) e de Reserva Particular do Patrimônio
Natural (RPPNs).
As árvores são fontes de energia renovável e contribuem
para a redução das emissões de gases causadores do
Presidente Executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth de Carvalhaes.
2322
Efeito Estufa, por serem estoques naturais de carbono.
Os 7,84 milhões de hectares de florestas plantadas
pelo setor foram responsáveis pelo estoque de
aproximadamente 1,7 bilhão de toneladas de dióxido
de carbono equivalente em 2016 (CO2eq – medida
métrica utilizada para comparar o efeito dos vários
gases de Efeito Estufa e o potencial de aquecimento
global de cada um).
“O setor produtivo florestal é peça importante de um
movimento global que converge para a consolidação
de uma nova ordem econômica, essencialmente de
baixo carbono, em que a solução passa diretamente
pelas florestas plantadas que geram matéria-prima e
produtos sustentáveis, com ciclos renováveis”, afirma
a presidente da Ibá.
MERCADO
Com condições climáticas favoráveis, disponibilidade
de terras e indústria bem desenvolvida, o Brasil é
um dos maiores produtores de celulose e papel do
planeta. O setor vem aumentando a sua importância na
economia brasileira ano a ano. A área total de árvores
plantadas no Brasil alcançou 7,84 milhões de hectares
em 2016 (+0,5%), com uma receita bruta que totalizou
R$ 71,1 bilhões, o que representa 6,2% de participação
do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em
2016 a Balança Comercial do setor alcançou números
inéditos, fechando o ano com superávit de US$ 7,8
bilhões (+3,2%), segundo a Ibá.
O segmento de papelcartão representou 6,4% da
produção de papéis em 2016. Desde 2013, quando o
Brasil embarcou em uma forte crise econômica, o
produto vem apresentando queda na produção (-10%),
influenciada principalmente pela queda nas vendas
domésticas (-9%), como pelas exportações (-12%). “A
boa notícia é que as vendas domésticas se estabilizaram
em 2016, na comparação com o ano anterior, com 505
mil toneladas comercializadas internamente”, aponta
Elizabeth.
O ano de 2017 sinaliza um cenário positivo de mudança
para o produto. Entre janeiro e setembro, a produção
de papelcartão cresceu 3,8% em relação ao mesmo
período do ano anterior, atingindo nos primeiros
nove meses do ano 522 mil toneladas fabricadas. O
mercado mostra sinais de recuperação com aumento
de consumo: as vendas domésticas cresceram 0,8%, as
exportações, 13,9% e as importações, 18,5%.
PAPELCARTÃO (1000 Ton) 2013 2014 2015 2016
Produção
Vendas Domésticas
Exportações
Importação
739
557
182
49
702
539
163
49
691
505
186
48
666
505
161
35
No panorama internacional, o Presidente da Ibema,
Nilton Saraiva, observa que a indústria de papelcartão
teve um excelente resultado na Europa nos últimos
anos. Os dez melhores grupos de cartão europeus
possuem uma participação de mercado de 40%, cada
um com capacidade de conversão superior a 50 mil
toneladas, segundo a Associação Europeia de Cartão
e Papelcartão Pro Carton. “O consumo do produto
vem crescendo de maneira consistente lá devido à
maior conscientização ambiental dos europeus e à
preocupação com a qualidade. É um modelo e um
exemplo a ser seguido pelo Brasil”, avalia.
Na comparação com o Brasil, o presidente aponta
que o consumo de embalagens com papelcartão vem
caindo no país, principalmente devido à concorrência
com o plástico, que é mais barato. “Em momentos de
crise, é comum que haja substituição de um pelo outro.
Mas a diferença de comportamento do consumidor,
e características como a taxa de lixo mais cara na
Europa, por exemplo, fazem muita diferença nesta
escolha”, explica.
O presidente lembra ainda que existem muitos mitos
sobre a indústria do papel, no Brasil e no mundo, que
precisam ser esclarecidos à população. “Por exemplo,
as florestas estão aumentando de tamanho no mundo,
enquanto no Brasil, ocorre o contrário. Mas nós
perdemos muitas florestas para agricultura e pecuária
predatórias aqui”, analisa.
Vantagens do papelcartão
Segundo a Associação Europeia de Cartão e Papelcartão Pro Carton (European
Association of Carton and Cartonboard Manufacturers), os principais motivos para
escolher cartões e papelcartão para embalagens são:
1 | Design Com alta qualidade de impressão, possibilidade de criar texturas e finalizações diferenciadas e técnicas especiais
de impressão, o papelcartão é versátil. Com o produto é possível criar estruturas variadas, como caixas em
diversos formatos, com tampas de abrir e fechar, cortes, aberturas, displays. Com isso, o material possibilita
uma infinidade de soluções inteligentes em embalagens, tanto para as marcas, como para os consumidores.
2 | Comunicação O papelcartão é parte fundamental do mix de publicidade e propaganda dos produtos. Além de displays, as
embalagens podem impactar e persuadir os consumidores, uma vez que 75% das decisões de compra são feitas
diante das prateleiras, com o contato visual com o produto. E a qualidade da embalagem é parte importante do
reconhecimento da marca.
Segundo um estudo do Instituto Karmasin, as embalagens em papelcartão são bem vistas pelos consumidores
por passarem a imagem de maior segurança e confiabilidade. São vistas como mais fáceis de reconhecer, abrir
e utilizar em relação a outros tipos de embalagem, e também consideradas ecofriendly, por serem a opção mais
2524
sustentável. E o papelcartão possibilita a inclusão
de mais informações nas embalagens, com mais
qualidade e clareza.
3 | Eficiência Com uma grande variedade de usos, o papelcartão pode
embalar alimentos secos, produtos farmacêuticos,
tabaco, cosméticos, tecidos, alimentos refrigerados
e congelados, itens de confeitaria, bebidas, entre
outros. Não é à toa que o papelcartão movimenta na
Europa cerca de 10 bilhões de euros por ano.
Outras vantagens são que, com o desenvolvimento
da tecnologia ao longo dos últimos 20 anos, o peso
do papelcartão diminuiu aproximadamente 40%;
as matérias-primas estão prontamente disponíveis
e são totalmente sustentáveis; a resistência e a
maior rigidez do papelcartão resultam em menor
desperdício no transporte dos produtos.
4 | Sustentabilidade Os recursos utilizados na produção do papelcartão
são renováveis. A maior parte da produção no mundo
vem de florestas plantadas e muito pouco se origina
de florestas nativas. Cerca de 40% do papelcartão na
Europa é feito de fibra virgem e 60% é proveniente
de fibra reciclada. E, todos os anos, as florestas
europeias aumentam, acumulando um crescimento
de mais de 30% desde 1950.
Certificações como o FSC® (Forest Stewardship
Council®) garantem que o manejo seja feito de maneira
sustentável. As árvores crescem absorvendo dióxido
de carbono e armazenando carbono – processo que
é medido em termos de carbono biogênico. Ou seja,
as árvores plantadas ajudam a remover o carbono da
atmosfera e contribuem para reverter o Efeito Estufa
no planeta – o carbono positivo.
E o papelcartão é totalmente reciclável. Suas fibras
podem ser recicladas cerca de cinco vezes e, quando
a reciclagem não é mais uma opção viável, podem
ser compostadas organicamente ou transformadas
em energia por incineração especial. Atualmente,
o papelcartão é o material de embalagem mais
reutilizado na União Europeia, com uma taxa de
reciclagem de 81,3%, segundo dados da Confederação
Europeia de Papel.
5 | Segurança Embalagens em papelcartão podem ser projetadas
para incorporar sistemas de segurança, como provas
de violação, resistência infantil ou outros benefícios
relacionados à marcação, design construtivo criativo,
tecnologias de sistema de impressão e tinta. Isto
também ajuda a reduzir as perdas e garante ao varejo
maiores níveis de confiança.
Na Europa, 62% do papelcartão produzido é usado
para embalar alimentos. E, ao proteger e reduzir o
desperdício de alimentos, o papelcartão contribui
para um consumo mais sustentável, beneficiando a
sociedade, trazendo modernização e conveniência
para nossas vidas. Sem as embalagens, os
preços finais dos produtos aumentariam, porque
os supermercados não conseguiram manipular,
armazenar e exibir a mesma gama de produtos que
conseguem oferecer hoje.
As embalagens representam uma porcentagem
de menos de 5% do preço final dos produtos.
Para medicamentos, o valor cai para menos de
0,1%. Considerando isto, o impacto ambiental das
embalagens acaba sendo equilibrado se comparado
aos benefícios que proporcionam, ao evitar o
desperdício de recursos mais caros, especialmente
dos alimentos.
SÉRGIO ROSSI FILHO
ARTIGO
O QUE O IMPRESSOR PODE FAZER PARA CONTRIBUIR COM A SUSTENTABILIDADE?
Sérgio Rossi é Engenheiro
Químico, Mestre em Tecnologia Nuclear
(IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas
e Nucleares) e Pós-Graduado em Tecnologia Gráfica (RIT - Rochester Institute of Technology).
É ainda autor dos livros “Manual para a
solução de problemas em impressão offset”,
“Graphos - glossário de termos técnicos
em comunicação gráfica” e “Acabamento
- encadernação e enobrecimento de
produtos impressos”. Rossi é Consultor desde
1993, com mais de 35 anos de experiência no segmento gráfico, nas
áreas de pré-impressão e impressão offset.
Nos últimos anos, li dezenas de artigos sobre gráfica sustentável, todos eles
abordando de forma bastante técnica as variáveis relacionadas ao assunto,
como o uso de papéis reciclados, menor consumo de energia, uso moderado de
produtos químicos, tintas, solventes e outros emissores de VOC, etc.
De acordo com o site Design by Nature, o papel reciclado consome 27% menos
energia no processo de fabricação, libera 47% menos gases responsáveis pelo
Efeito Estufa, o desperdício de água é 33% menor e o do solo é de 54% e por
aí vai. Com base nisso, a escolha desse tipo de suporte significa uma grande
contribuição à causa. Porém, essa decisão nem sempre é de responsabilidade
da gráfica.
O que gostaria de discutir aqui é o que o impressor pode fazer para contribuir com
tudo isso, ou seja, qual a parte que lhe cabe quando o assunto é sustentabilidade.
Tenho a percepção de que o que mais agride o meio ambiente é o excesso de
descarte de toda sorte de material. No caso dos processos gráficos (pré-
impressão, impressão e acabamento) isto significa desperdício de papéis, tintas,
vernizes, adesivos, solventes, entre outros.
2726
Desse ponto de vista, quanto mais bem treinado for o profissional, menor será a quantidade de erros e perdas decorrentes.
Pelo mesmo motivo, quanto maior o conhecimento do impressor, menor será o consumo de tinta, de solução de molhagem,
de blanquetas, de rolos, de solventes e assim por diante. A título de contribuição, listo a seguir uma série de sugestões para
tornar o trabalho do impressor mais sustentável:
A prática comprova que as orientações acima contribuem significativamente para reduzir os problemas e os desperdícios.
Manusear o papel o mínimo possível. Dê
preferência em mantê-lo embalado até o
momento do uso.
Transportar o papel com equipamento adequado:
empilhadeira de clamp com controle de pressão
para bobinas e empilhadeira de garfo para
pallets.
Evitar remover desnecessariamente as primeiras
voltas da bobina, as chamadas mantas.
Para papel embalado em resmas, utilizar o
sistema non stop das impressoras e desembalar
poucas resmas por vez, para evitar que o papel
interaja com o ar ambiente da sala de impressão.
Se possível, evitar o pré-refilo, só o faça quando
absolutamente necessário.
Ajustar os acessórios das mesas de alimentação
e margeação de folhas (ventosas, roldanas,
cepilhos, palhetas, detectores etc.) com
a máxima precisão, para evitar falhas e
interrupções na produção.
Ajustar a tensão do papel em bobinas de acordo
com as recomendações do manual de operação
da impressora, para evitar quebras, variações de
registro de cores, de corte e de dobra.
Ajustar as alturas de chapas e blanquetas
com precisão, conforme as recomendações do
manual de operação da impressora.
Ajustar a rolaria com precisão, utilizando um
gabarito de faixa de rolo. Avaliar periodicamente
a dureza e o diâmetro dos rolos.
Iniciar um novo serviço com uma quantidade
de tinta e de solução de molhagem menor do
que a necessária e aumentar gradualmente
até alcançar a qualidade desejada. Isto evita
excessos.
Acertar a densidade das tintas de acordo com as
normas existentes (ISO 12647, GRACOL, SNAP,
SWOP).
Estabelecer uma velocidade compatível com
as características do trabalho a ser impresso.
Nem sempre velocidade maior garante maior
produtividade, embora se deva procurar sempre
a maior velocidade possível.
Implantar uma rotina de controle de processos
para monitorar as variações de densidade,
ganho de ponto, condutividade da solução de
molhagem, dureza dos rolos, umidade relativa
do ar etc.
PAPO DE VALOR
Certificações
como a IS0 14001
e FSC® evidenciam
o compromisso
das empresas
da indústria de
árvores com o
meio ambiente
GARANTIA DE SUSTENTABILIDADE E QUALIDADE
Fernando Sandri, responsável pela Diretoria Técnica, Pesquisa e Desenvolvimento na Ibema.
Existem diversos selos e sistemas de certificação que atestam a qualidade dos
produtos e a adequação de empresas a aspectos sociais e sustentáveis. Para
as empresas da indústria de árvores, as certificações ambientais garantem aos
parceiros, clientes e consumidores que as boas práticas de manejo florestal
são cumpridas e que a origem da matéria-prima dos produtos realmente é
sustentável.
Para obter as certificações, as empresas passam por uma auditoria independente
e externa, normalmente feita por órgãos certificadores. Assim, a partir de políticas
e padrões que visam à gestão dos recursos naturais com menor impacto e maior
benefício socioambiental, também auxiliam na melhoria contínua dos processos
produtivos, com eficiência nas atividades florestais e industriais, redução de
perdas e impactos potenciais.
Segundo o responsável pela Diretoria Técnica, Pesquisa
e Desenvolvimento da Ibema, Fernando Sandri, a postura
de submeter-se a certificações demonstra o alto grau de
compromisso da empresa com o tema. “Também faz com
que ganhe mais credibilidade e seja notada por outras
companhias e pessoas que fazem parte do negócio, agregando
consequentemente a redução do risco para o todo”, acrescenta.
Atualmente, no Brasil, dentre as principais práticas de
rotulagem e certificação para embalagens pelas empresas
estão a ISO 14001 e a FSC® (Forest Stewardship Council). A ISO
14001 avalia principalmente o sistema de gestão ambiental da
empresa, enquanto o selo FSC® certifica um produto específico
com relação à origem de suas fontes de fibras de madeiras.
2928
Para o Diretor Industrial da Ibema, Fabio Pereira,
o tema é fundamental para a empresa. “O pilar de
sustentabilidade é prioridade para nós, juntamente com
a segurança de nossos colaboradores”, afirma. Há seis
décadas, a Ibema investe em medidas socioambientais
efetivas, que contribuem significativamente para a
redução de seu passivo ambiental. Desde 2015, é
certificada pela norma internacional ISO 14001 e, desde
2009, pela FSC®. “Estas certificações são fundamentais
para o gerenciamento de oportunidades e riscos na área
ambiental e social dentro da nossa cadeia produtiva”,
avalia Fabio.
Atualmente, a Ibema envia menos de 1% do volume total
de resíduos da sua produção para aterros controlados,
descartando os demais refugos por meio de processos
limpos, como coprocessamento, reciclagem e a
reutilização. Por meio destes processos, são geradas 17
mil toneladas de resíduos recicláveis por ano. Os rejeitos
são enviados para a operação de coprocessamento, onde
são incinerados e reaproveitados – transformados em
energia ou reutilizados na produção de cimento.
A Ibema também conquistou as certificações ISO
9001, que atesta a conformidade com os requisitos
de um Sistema de Gestão da Qualidade reconhecido
internacionalmente, e o ISEGA, instituto sediado na
Alemanha que realiza a análise técnica do papel com
base nas legislações americanas (Food and Drug
Administration – FDA) e alemã (Bundesinstitut für
Risikobewertung – BfR), o que garante que o papelcartão
das embalagens pode entrar em contato com alimentos.
ISO 14001
A série de normas ISO 14000 tem base no Sistema de
Gestão Ambiental (SGA), editado pela ISO (International
Organization for Standardization). Ela apresenta
diretrizes para auditorias, avaliação de desempenho,
rotulagem ambiental e análise do ciclo de vida dos
produtos para atender aos requisitos do sistema. O
objetivo é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção
da poluição com as necessidades sociais e econômicas
das instituições.
Dentre as normas, a ISO 14001 é a que fornece às
organizações as bases para a implantação de um sistema
de gestão ambiental eficaz, que, integrado a outros
requisitos de gestão, torna-se um suporte para atingir os
objetivos ambientais. Esta é a única norma auditável da
série e, por isso, é a mais implementada. Fernando Sandri
destaca que somente as grandes empresas do setor, que
demonstram real compromisso com a gestão ambiental,
possuem esta certificação. “A ISO 14001 certifica a nossa
gestão e proporciona um caminho seguro para a prática
empresarial e as relações com clientes, fornecedores,
colaboradores, acionistas e sociedade.”
As unidades da produtora de papelcartão localizadas
no Paraná — ou seja, a fábrica instalada no município
de Turvo, a sede administrativa de Curitiba e o Centro
de Distribuição Direta em Araucária – passaram por
auditorias internas e externas. Segundo Fernando Sandri,
a fabricante investiu R$ 3,7 milhões no aprimoramento
da estrutura e dos processos internos para a conquista
da certificação, válida por três anos. “Foram mais de
quatro anos de trabalho, muitas horas de treinamentos
e um forte desenvolvimento conjunto com os nossos
fornecedores e prestadores de serviço”, conta o diretor.
SAIBA QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DA ISO 14001
FSC®
O FSC® (Forest Stewardship Council®) foi criado em 1993,
como resposta às preocupações sobre o desmatamento
global e o destino das florestas mundiais. A certificação
do conselho atesta internacionalmente a produção
responsável de produtos florestais. É a certificação
florestal de maior credibilidade, que congrega os
interesses de grupos sociais, ambientais e econômicos.
Também possibilita que consumidores e empresas
tomem decisões conscientes, o que beneficia as pessoas,
o ambiente e agrega valor aos negócios.
A base dos produtos Ibema vem das florestas plantadas
administradas pela holding Ibemapar, que conta com uma
região de 8 mil hectares, dos quais 2.900 são de reserva
legal de preservação permanente e 4 mil são de floresta
plantada certificada – com árvores do gênero pinus. Além
disso, a Ibema utiliza seus canais de comunicação para
conscientizar colaboradores, clientes e parceiros sobre
a importância da valorização e do consumo de produtos
com garantia de origem, em todos os níveis da cadeia
produtiva, desde a floresta até o consumidor final.
A certificação FSC® garante internacionalmente que os
produtos madeireiros e não madeireiros são originados
do bom manejo florestal. Todo empreendimento, ligado
às operações de manejo florestal ou à cadeia produtiva
de produtos florestais, que cumpra com os princípios e
critérios do FSC® pode ser certificado. A certificação é
voluntária e são as certificadoras que concedem o uso do
selo FSC® e auditam as operações.
Conheça os 10 Princípios e Critérios FSC® de questões ambientais, econômicas e sociais:
Obediência às leis e aos princípios do FSC®
Responsabilidades e direitos de posse e
uso da terra
Direitos dos Povos Indígenas
Relações comunitárias e direitos dos
trabalhadores
Benefícios da floresta
Impacto ambiental
Plano de manejo
Monitoramento e avaliação
Manutenção de florestas de alto valor de
conservação
Plantações
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Redução dos custos com o gerenciamento de perdas;
ganhos com a otimização do consumo de energia e
materiais;
menores custos de distribuição;
estabelecimento de uma cultura de otimização de
recursos.
•
•
•
•
Fabio Pereira, Diretor Industrial da Ibema.
3130
MANOELMANTEIGASDE OLIVEIRA
SUSTENTABILIDADEEM PAUTA
A EMBALAGEM DE PAPELCARTÃO E O MEIO AMBIENTENotícias frequentes sobre guerras, atentados terroristas e crises
econômicas levam muitos de nós a acreditar que a qualidade de vida
global está piorando. Na verdade, é bem o contrário. Como nossa vida é
breve, acabamos por olhar apenas um pedacinho da história, das algumas
poucas décadas de que somos testemunhas. No entanto, se estendermos
nosso olhar para o período de vários séculos, fica claro que vivemos hoje
muito melhor que nossos antepassados. Sob qualquer critério, é certo
que a humanidade tem evoluído. Qualquer família de classe média em São
Paulo vive muito mais e melhor que a realeza na Idade Média.
No entanto, há questões urgentes que a humanidade tem que enfrentar
e resolver, para garantir a continuidade desse progresso. O resgaste
de grandes grupos populacionais que vivem em extrema pobreza, por
exemplo, é um desafio. Outro, que deveria preocupar a todos, é a questão
ambiental. Felizmente, cada vez mais pessoas e governos estão decididos
a agir, embora haja alguns retrocessos conjunturais.
A questão ambiental envolve, basicamente, três aspectos. Um é a
contaminação dos ecossistemas com vários tipos de detritos que, por não
serem biodegradáveis, não voltam a fazer parte dos ciclos naturais de
transformação. Esses detritos frequentemente são substâncias sintéticas
e muitas vezes tóxicas. Talvez o caso mais conhecido seja o dos polímeros.
A imagem das gigantescas “ilhas” de detritos plásticos flutuando no
Oceano Pacífico é bastante conhecida, mas eles estão por toda parte,
poluindo e contaminando o meio ambiente.
Manoel Manteigas de
Oliveira é Diretor Técnico
da Two Sides Brasil e da
Associação Brasileira
de Tecnologia Gráfica
(ABTG); especializado em
“Gestão de Instituições de
Ensino Profissionalizante”
pela Universidade Federal
de Santa Catarina e em
“Ensino de Tecnologia
Gráfica” pela Universidade
de Chemnitz – Alemanha;
graduado em Ciências
Sociais pela Universidade
de São Paulo e em
Química Industrial pela
Escola Superior de
Química Oswaldo Cruz.
Outro aspecto é o uso abusivo dos recursos
naturais. Matérias-primas não renováveis, extraídas
continuamente, podem ter suas reservas esgotadas,
comprometendo a sustentabilidade econômica. Solos
usados intensivamente e sem o manejo adequado
também podem se tornar inúteis. O desmatamento pode
promover a desertificação de extensas áreas.
O terceiro desdobramento da questão ambiental é a
elevação das temperaturas médias do planeta por
conta do Efeito Estufa, causado pela contaminação
da atmosfera com diferentes gases, principalmente o
dióxido de carbono.
Assim, o contínuo progresso da humanidade vai depender
de conseguirmos equilibrar crescimento econômico com
a redução drástica dos impactos ambientais e, ao mesmo
tempo, com a melhor distribuição dos benefícios desse
progresso.
Nesse contexto, as embalagens têm grande importância.
O fato de não consumirmos as embalagens, mas sim os
produtos que contêm, levam muitos a crer que elas são
inúteis e que poderiam ser dispensadas. Consumir menos
e dispensar o que é inútil podem ser atitudes sensatas
em prol do meio ambiente. No entanto, a maior parte
das embalagens ajuda a aproveitar melhor os recursos
naturais, evita desperdícios e melhora a distribuição de
riquezas.
As embalagens não surgiram sem uma razão forte.
Proteger alimentos e outros produtos durante seu
armazenamento e transporte reduz as perdas desses
itens. Mais alimentos seriam descartados e desperdiçados
se não fossem adequadamente embalados. Mais e
melhores embalagens são necessárias para que recursos
utilizados na produção sejam bem aproveitados e isso é
bom para o meio ambiente. Havendo mais bens em boas
condições à disposição, mais baratos e acessíveis eles
serão às populações de baixa renda.
Então, não é boa ideia eliminar as embalagens das
nossas vidas e isso nem seria possível. O que deve ser
feito é produzir embalagens que tenham o menor impacto
ambiental possível, de modo que sua utilização traga
vantagens ambientais e sociais, e não prejuízos.
Considerando os três aspectos mencionados acima,
uma boa embalagem deve ser, preferencialmente,
biodegradável, para que não vire um detrito eterno, a
poluir terras e mares. Deve ser produzida a partir de
matérias-primas renováveis e, se possível, contribuir
para mitigar o aquecimento global.
As embalagens de papelcartão atendem a esses requisitos
e são, portanto, as mais adequadas à preservação do
meio ambiente. Essas vantagens têm sido reconhecidas
nos países mais desenvolvidos, tanto por empresários
quanto pelos consumidores e, por isso, o aumento do uso
de embalagens de cartão é uma tendência mundial.
3332
O Instituto de Estudos Smithers Pira, da Grã-Bretanha,
publicou neste ano os resultados de uma pesquisa
realizada nos cinco maiores mercados europeus –
Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. Foram
entrevistados os principais varejistas e donos de marcas a
respeito de suas percepções quanto ao tema embalagens
e sustentabilidade. Algumas conclusões:
• 96% dos entrevistados consideram a sustentabilidade
das embalagens importante para seus negócios;
• 81% consideram que reciclabilidade é importante, 48%,
que é crítica;
• 62% acreditam que a demanda por sustentabilidade das
embalagens deve aumentar;
• Embalagens de cartão são reconhecidas como as mais
sustentáveis;
• Plásticos são vistos como difíceis de reciclar, podem
usar fontes de matéria-prima não sustentáveis e conter
produtos químicos perigosos.
Cartão é feito de celulose, que é extraída de árvores. No
entanto, ao contrário do que muita gente pensa, toda
celulose produzida no Brasil vem de árvores plantadas
e nada vem de matas nativas. Trata-se, portanto, de
matéria-prima renovável que não esgota recursos
naturais. Em alguns países, usa-se árvores nativas, mas
para cada árvore cortada, outras são replantadas de
modo a garantir o crescimento das florestas. Na Europa,
por exemplo, as florestas que fornecem madeira para a
fabricação de papel, papelcartão e de outros produtos têm
crescido 44 mil quilômetros quadrados nos últimos dez
anos. Isso representa mais que a área de 1.500 campos
de futebol a cada dia.
Além disso, a água utilizada na fabricação de celulose e
papel não é perdida ou inutilizada. Mais de 90% do que
foi empregado nos processos industriais é devolvido ao
meio ambiente em condições adequadas, segundo os
critérios legais. Frequentemente isso significa que a água
devolvida é mais limpa do que a que foi captada dos rios.
As árvores que são plantadas constantemente, para
garantir o suprimento de matéria-prima para as fábricas
de celulose, contribuem para a redução do Efeito Estufa.
Elas crescem capturando carbono da atmosfera pelo
processo de fotossíntese, ou seja, limpam o ar. Papel e
cartão são altamente reciclados. A taxa de reciclagem
desses materiais no Brasil chega a 64%, segundo a
Associação Nacional dos Aparistas (ANAP) – e este
número tende a crescer. Na Europa a reciclagem de papel
e de cartão alcança 82%. Os produtos são biodegradáveis
e mesmo a fração que ainda não é reciclada será
reintegrada ao ciclo natural e não se tornará um resíduo
eterno como os plásticos. Você jamais verá pedaços de
papelcartão flutuando na imensa ilha de lixo do Oceano
Pacífico.
Two Sides é uma iniciativa global de empresas da indústria de comunicação gráfica, incluindo silvicultura, celulose, papel, tintas e produtos químicos, pré-impressão, impressão, acabamento, publicação, imprensa, envelopes e operadores postais. Nosso objetivo comum é promover a sustentabilidade do setor e dissipar os equívocos ambientais comuns, fornecendo aos usuários informações verificáveis sobre porque impressão e papel são um meio de comunicação atraente, prático e sustentável. Para obter mais informações ou para saber mais sobre Two Sides: www.twosides.org.br/, twosides@twosides.org.br.
Sopa de plástico
Você sabia que existem manchas enormes de lixo nos oceanos? Elas se formam em
pontos onde as correntes marítimas convergem e são compostas principalmente
por lixo plástico. A duas maiores estão no Oceano Pacífico e, juntas, têm o dobro do
tamanho dos EUA. A maior parte deste lixo não é degradável e forma uma mistura
conhecida como Sopa de Plástico. Com o tempo, o plástico se dilui em pequenas
partículas, que são tragadas continuamente pelo mar e chegam a formar camadas de
até 10 metros de profundidade de lixo.
Além destes, existem outros pontos de convergência de correntes marinhas no
planeta que formam vórtices semelhantes. Sem contar que cerca de 70% do plástico
descartado afunda. No fundo do Mar do Norte, por exemplo, estima-se que há 600 mil
toneladas de plástico. Uma das consequências é a morte de mais de 1 milhão de aves
marinhas e de centenas de milhares de mamíferos marinhos e tartarugas a cada ano,
vítimas da ingestão de plástico e de complicações derivadas.
A causa ganhou destaque em 2017 com
o ativista e cantor Jack Johnson, com o
lançamento da música Fragments, parte
do documentário The Smog of The Sea,
projeto do artista que detalha os efeitos
da destruição por materiais plásticos nos
oceanos. A música faz parte de seu novo
álbum All the Light Above It Too, lançado
nas plataformas digitais em setembro e
apresentado em turnê no Brasil durante o
mês de novembro.
3534
SALAVIP
NILTON SARAIVAHá sete meses sob o comando da Ibema, o engenheiro mecânico Nilton Saraiva
vem agregar 25 anos de percurso no mercado de embalagens.
Natural de Curitiba, o executivo é formado pelo ITA – Instituto Tecnológico
de Aeronáutica, e acumula formações em instituições internacionais como a
americana RIT (Rochester Institute of Technology) e a suíça IMD (International
Institute for Management Development). Nilton também conta com um MBA em
Gestão Empresarial concluído na IMD.
O novo Presidente da Ibema começou como engenheiro trainee na extinta
Impressora Paranaense. Depois a empresa foi comprada pela Dixie Toga que, por
sua vez, foi adquirida pela Bemis, empresa
multinacional de soluções inovadoras de embalagens.
Nesta última, Nilton ocupou o cargo de Diretor de
Operações do Brasil e Chile e, posteriormente, foi Diretor
Geral das três plantas da empresa instaladas no México.
Conheça um pouco mais sobre o nosso Presidente:
Ibema por Você | O que chamou a sua atenção na Ibema?
Nilton Saraiva: Eu já conhecia a Ibema, pois a Bemis
comprava o papelcartão fabricado aqui. Mas, desde que
iniciei minhas atividades, o que mais me impressionou foi
o comprometimento dos colaboradores. Outros pontos
que também me chamaram atenção foram o cuidado
com a responsabilidade social, desenvolvimento humano,
além da forte preocupação com os aspectos ambientais.
Ibema por Você | Você consegue elencar alguns
exemplos?
Nilton Saraiva: A fábrica de Turvo, por exemplo, está
instalada em uma área rural no interior do Paraná e, ao
seu redor, se formou uma vila, que hoje conta com mais
de 4 mil pessoas, e depende direta ou indiretamente
das atividades da empresa. São admiráveis as ações
desenvolvidas pela Ibema e por seus colaboradores, como
projetos sociais, educacionais e de profissionalização
realizados pelo Centro Comunitário. Além disso, o fato
de nossas fontes de fibras serem certificadas pelo FSC®
(Forest Stewardship Council®) garante que a matéria-
prima utilizada é proveniente de florestas bem manejadas,
mantidas por um robusto programa de reflorestamento,
o que é um diferencial de mercado.
Ibema por Você | Por que estas questões são tão
importantes?
Nilton Saraiva: Porque hoje o consumidor está mais
exigente e busca consumir marcas que tenham o
engajamento com estas ações. Porém, creio que a
Ibema, enquanto importante fornecedor da cadeia de
embalagens, precisa comunicar mais e melhor sobre o
que faz e sobre os benefícios do papelcartão, um insumo
renovável e biodegradável. Se compararmos com os
demais produtos disponíveis no mercado, o papel é a
matéria-prima que melhor interage com o meio ambiente
e com a melhor capacidade de reciclagem. Tanto que na
Europa, onde a preocupação com o meio ambiente é mais
forte, o consumo de papelcartão vem aumentando ano a
ano.
Ibema por Você | Muitas pessoas ainda fazem ligação
entre o papel e o desmatamento de florestas, isso é um
mito?
Nilton Saraiva: Sim, é um mito que precisamos
combater. Não há relação entre o aumento do consumo
de papel e o desmatamento de florestas naturais, pelo
contrário. A matéria-prima utilizada para embalagens é
certificada e proveniente de florestas plantadas para este
fim. O plantio é feito em mosaicos, com florestas naturais
intercaladas com as plantadas para fins industriais. Esta
é uma das principais características do manejo brasileiro,
que permite a formação de corredores ecológicos. Esta
integração, combinada com outros usos da terra, compõe
a paisagem e assegura importantes serviços ambientais,
como a manutenção da biodiversidade, a regulação dos
recursos hídricos e a preservação de florestas naturais.
3736
PRODUTODESTAQUE
Ibema Royal
Coppa, Ibema
Digital e Ibema
Blindato
são soluções
inovadoras,
mais ágeis e
sustentáveis
IBEMA LANÇA TRÊS NOVOS PRODUTOSFocada em oferecer produtos que supram as
necessidades do setor de embalagens, a Ibema
lança três novas soluções únicas em suas categorias.
Uma delas é o primeiro papelcartão desenvolvido
e fabricado no Brasil e na América Latina para
a produção de copos e potes de papel: o Ibema
Royal Coppa. Com tecnologia exclusiva e matéria-
prima de fonte renovável, o produto apresenta
alta printabilidade, sendo ideal para projetos
personalizados com impressão de qualidade.
produtos finais, pois a matéria-prima é feita com fonte renovável
vinda de florestas plantadas. “O consumidor está cada vez mais
consciente e a sustentabilidade é uma preocupação em todo o
ciclo do produto. Optar por uma solução em papelcartão, além
de ser sustentável, facilita a comunicação com o mercado, já
que permite a impressão de imagens em altíssima resolução”,
detalha. Além disso, a gerente lembra que, com o lançamento, o
Brasil passa a ter uma alternativa nacional de matéria-prima de
qualidade, com assistência técnica exclusiva. “Agora ganhamos
agilidade com o fornecimento rápido para todo o território
nacional.”
A Executiva de Inovação de Embalagens da Ibema, Fabiane
Staschower, concorda e acrescenta: “O copo de papelcartão
é uma tendência mundial, muitos países já baniram as versões
plásticas”, afirma. A Executiva acredita que o produto deve ser
bem recebido pelo mercado nacional, que já possui maturidade
para apoiar a indústria brasileira em escolhas mais sustentáveis.
O lançamento oficial do Ibema Royal Coppa foi realizado no dia
21 de setembro de 2017, durante o Prêmio ABRE da Embalagem
Brasileira. A CartonDruck Gráfica Ltda produziu, em parceria com
a Ibema, copos para a ocasião. A ação foi um sucesso, segundo
a Gerente de Marketing da CartonDruck, Ticiana Baumgarten.
“A Ibema forneceu o papelcartão e nós fizemos a impressão e a
formação dos copos em que foi servido café durante o evento. O
produto é excelente, tem ótima printabilidade e qualidade para
formação, as principais características necessárias para produzir
copos e potes.” Ticiana conta que a CartonDruck é cliente de longa
data da Ibema, principalmente dos produtos para a produção de
embalagens.
Ibema Digital: o primeiro com certificação HP Indigo
Outro lançamento recente, o Ibema Digital é o primeiro papelcartão da América Latina com certificação HP Indigo,
o que garante melhor desempenho na impressora. Além disso, o produto é mais sustentável, pois economiza
tempo e mão de obra, evita desperdícios no corte, além de ser de fácil estocagem e manuseio. Distribuído em
embalagens especiais com sistema de proteção contra umidade e vincos, o Ibema Digital já vem com formato
e corte no sentido correto da fibra, característica que oferece um aumento de produtividade sem desperdícios.
Além disso, pode ser colocado diretamente na impressora, sem a necesidade de processos anteriores.
O Ibema Royal Coppa pode ser utilizado para bebidas e alimentos, quentes e frios.
Gerente de Marketing da Ibema, Juliana Menegasse Gomes.
Formulado com 100% de fibras virgens, o Ibema Royal Coppa é versátil, tem excelente
printabilidade, baixa absorção lateral e pode ser utilizado para bebidas quentes e frias.
Possui diferentes configurações que variam entre com ou sem coating e extrusados com
PE.
O produto possibilita o início da produção de copos de papel no Brasil feitos com matéria-
prima nacional, o que oferece novos benefícios e garantias de pós-venda para o cliente.
A Gerente de Marketing da Ibema, Juliana Menegasse Gomes, também destaca que a
novidade é uma opção para agregar valor, em termos de maior sustentabilidade, aos
3938
A impressão digital é apontada como a grande
tendência no mercado de embalagens. No entanto,
pela falta de produtos aprovados, uma alternativa
para as gráficas brasileiras, até então, era a
importação de papelcartão homologado para
impressão digital, como explica o Gerente de Canal
de Distribuição da Ibema, Fabiano Bissule. “Muitas
das gráficas ainda não utilizavam a tecnologia para
a produção de embalagens por não encontrarem
no mercado nacional cartões aprovados para o
segmento. Por isso, o Ibema Digital é a solução para
uma demanda que só aumenta. Estamos apostando
no crescimento deste nicho”, comenta.
O Grupo CAC foi o primeiro distribuidor a ofertar o
Ibema Digital. O Diretor Comercial do grupo, João
Carlos Ferreira Cassia, conta que o novo produto veio
em momento oportuno. “Quem precisava do papel
digital vinha adaptando em casa outros produtos,
cortando o papelcartão de forma inadequada, o que
comprometia a vida útil da máquina”, completa.
Ibema Blindato: até cinco vezes mais produtivo
O Ibema Blindato também é lançamento no
portfólio da fabricante de papelcartão. Ideal para
quem precisa proteger seu produto ou preservar
a embalagem, o Ibema Blindato tem uma camada
de polietileno no verso e/ou na capa, o que conclui
a etapa de extrusão e permite que o processo seja
otimizado. Por isso, não necessita da operação
posterior de laminação. É indicado para embalagens
de produtos que necessitem de maior proteção.
Segundo a Gerente de Marketing da Ibema, Juliana
Menegasse Gomes, o Ibema Blindato será a única
opção de papelcartão com polietileno com ampla
distribuição no mercado. “É o produto ideal para
gráficos que normalmente laminam o seu material.
Ele elimina processos internos e otimiza o tempo
e os ganhos. Por isso o Ibema Blindato é até cinco
vezes mais produtivo que os produtos semelhantes
disponíveis no mercado”, explica.
Outra vantagem é a maior agilidade no processo de
produção e entrega do gráfico. O produto é também
a melhor opção para pequenos e micrográficos,
pois suprime processos internos ou, até mesmo,
a necessidade de contratação de terceiros. “Ele
minimiza erros de produção e atrasos na entrega,
além de ser uma vantagem financeira real”, detalha
Juliana.
PRÊMIOABRE
Parceria entre
a Ibema, Grupo
Boticário e Kingraf
recebe duas
premiações
consideradas as
mais importantes
do mercado de
embalagens
EMBALAGEM COM PAPELCARTÃO PÓS-CONSUMO É PREMIADA COMO A MAIS SUSTENTÁVEL DO ANOA embalagem de Sombras em Refil, desenvolvida para a marca quem disse, berenice?,
unidade de negócios do Grupo Boticário especialista em maquiagem, recebeu o
Troféu Ouro de Sustentabilidade no 17º Prêmio da Embalagem Brasileira, promovido
pela Associação Brasileira de Embalagem (ABRE), entregue em setembro de 2017.
O projeto foi realizado para o Grupo Boticário em parceria com a Ibema e a Kingraf.
“A sustentabilidade faz parte da essência do Grupo Boticário. É uma honra receber
um reconhecimento tão importante juntamente com nossos parceiros”, comenta
Marcela Nogueira, Gerente de Categoria de quem disse, berenice?.
A embalagem também foi reconhecida pelo Prêmio Grandes Cases de Embalagens
2017 em outubro de 2017. Foram divulgados os 31 cases vencedores durante
uma cerimônia, que contou com certa de 500 profissionais da cadeia de valor do
4140
MUNDOIBEMA
Ibema conta agora
com a startup
Boomera,
especializada na
reciclagem de
resíduos
NOVA PARCERIA NA RECICLAGEM DE PAPELCARTÃO
Nova parceira da Ibema, a startup Boomera trabalha em conjunto com 200
cooperativas de coleta de resíduos sólidos em 17 estados do Brasil. Desde 2011,
a empresa atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para viabilizar a
reciclagem de resíduos mais complexos – como fraldas descartáveis e cápsulas de
café expresso, por exemplo.
Para desenvolver um novo produto com base em fibras pós-consumo (PCF – Post
Consumer Fibers), a Ibema vai comprar as aparas de papelcartão coletadas por
cooperativas de catadores de lixo, segundo a Executiva de Inovação de Embalagens
da Ibema, Fabiane Staschower: “Durante a produção do papelcartão, essas aparas
vão para uma espécie de liquidificador e passam por um tratamento químico para
compor o novo produto”, explica.
A Boomera também atua na redução dos gargalos que existem para a reciclagem
no Brasil, relacionados à operação de logística reversa, como detalha o responsável
pela Comunicação da empresa, Wendel Santos. “Era comum que as cooperativas
vendessem os materiais coletados para intermediários, que os revendiam para
indústrias. Mas, neste processo, a qualidade caía muito, como também a renda do
cooperado – que é a pessoa que faz a coleta e está na ponta da cadeia. Assim, o tempo
para o material chegar à indústria e o custo final eram maiores”, explica.
Com a parceria, a Ibema consegue obter a matéria-prima para a reciclagem com mais
agilidade e qualidade, além de poder contar com o know-how da Boomera na busca
de cooperativas, que recebem treinamentos e intervenções para garantir saúde e
segurança de trabalho aos seus cooperados.
Wendel Santos,
responsável pela
Comunicação na
Boomera.
Projeto realizado em parceria com O Boticário, Ibema e Kingraf recebeu Troféu Ouro de Sustentabilidade no 17º Prêmio da Embalagem Brasileira.
packaging, no Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, em São Paulo. “Os dois prêmios são considerados os
mais importantes da cadeia de embalagens nacional”, enfatiza a Executiva de Inovação de Embalagens da Ibema, Fabiane
Staschower.
O estojo das sombras é reutilizável, o que possibilita a escolha de refis com cores e efeitos diferentes, com a facilidade
de poder trocá-los a qualquer momento. O produto é composto por materiais com menor impacto ambiental, como o
papelcartão Ibema Art Premium PCR, reciclado pós-consumo e o PET, que é 100% reciclado pré-consumo na embalagem
do refil, garantindo o aproveitamento máximo dos materiais no processo de fabricação do blister.
O Ibema Art Premium PCR é um papelcartão triplex com pós-consumo e com duplo coating na capa, indicado para
embalagens e para uso editorial e promocional. O grande destaque é que o produto tem em sua composição 30% de
material reciclado, vindo de cooperativas de catadores de resíduos. A reciclagem ocorre durante o processo de produção
realizado pela Ibema. “Por isso, o produto tem no nome a sigla PCR - post-consumer recycled (reciclado pós-consumo)”,
explica Fabiane.
O papelcartão, que é voltado aos setores farmacêutico e de cosméticos, é o único no mercado com fundo branco e material
reciclado. “O Ibema Art Premium PCR segue as definições da Política Nacional de Resíduos Sólidos, é um exemplo de
produto que garante o ciclo fechado na cadeia de papel”, destaca a Executiva. Atualmente, o material é aplicado em
embalagens do Grupo O Boticário e na caixa do Band-Aid, da Johnson & Johnson.
A embalagem premiada compõe a primeira linha da marca quem disse, berenice? a usar este tipo de matéria-prima e,
por isso, a realização do projeto exigiu testes para garantir a qualidade da embalagem, a resistência no transporte e a
durabilidade da decoração. Os estojos refiláveis para as sombras estão disponíveis nos formatos com duas, quatro ou oito
cores. Quando comparado às opções de mercado, o estojo de duas cores, por exemplo, pesa 18% menos e a embalagem
do refil é 4% mais leve – ou seja, consome menos material.
4342
A startup Boomera trabalha em conjunto com 200 cooperativas de coleta de resíduos sólidos em 17 estados do Brasil.
As cooperativas parceiras recebem treinamentos e intervenções para garantir saúde e segurança de trabalho aos seus cooperados.
A Boomera atua no desenvolvimento de soluções tecnológicas para viabilizar a reciclagem de resíduos mais complexos.
Com a parceria, a Ibema obtém a matéria-prima para a reciclagem com mais agilidade, qualidade e pode contar com o know-how da Boomera.
Crédito: Divulgação/ Boomera
Crédito: Divulgação/ Boomera
Crédito: Divulgação/ Boomera
Crédito: Divulgação/ Boomera
“Doamos equipamentos, como prensas, esteiras e
EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), sem
cobrar nada das cooperativas. Nosso trabalho é fazer
a conexão entre elas e a indústria, contribuindo para
melhorar a eficiência da cadeia produtiva”, diz Wendel.
Segundo o Presidente da Ibema, Nilton Saraiva, a parceria
é benéfica para todo o setor. “Com o trabalho da Boomera,
a seleção correta do material para reciclagem é garantida
e sabemos que as cooperativas que nos atendem realizam
o trabalho de maneira adequada, garantindo a segurança,
saúde e desenvolvimento dos recicladores”, completa.
A seleção correta do material para reciclagem é garantida e sabemos que as cooperativas que nos atendem realizam o trabalho de maneira adequada.
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NOVO SITE DA IBEMA OFERECE DOWNLOAD DE MANUAL DE DESIGN DE EMBALAGENS
A Ibema Papelcartão lança novas ferramentas digitais para
ampliar e aproximar o atendimento aos clientes. O site da
companhia foi reestruturado e agora oferece uma plataforma
mais dinâmica e responsiva, com possibilidade de navegação em
todos os dispositivos: tablets, computadores e smartphones.
A plataforma traz mais uma novidade: “Design de Embalagens
- Guia Definitivo”. Trata-se de um livro produzido por Fabio
Mestriner, Consultor da Ibema e Professor da Pós-Graduação
em Engenharia de Embalagem Mauá, que, de forma didática,
explica o processo de criação e consolidação da embalagem,
desde a matéria-prima até a sua importância no ponto de
venda. “As pessoas são carentes de informações sobre este
setor, por isso estamos oferecendo uma utilidade para qualquer
stakeholder, seja ele designer, end-user, profissional de agência
ou gráficos. É realmente uma prestação de serviço gratuita”,
conta Juliana Gomes, Gerente de Marketing da Ibema.
Este é o segundo livro da coleção “Manual de A a Z”, uma
iniciativa que tem como finalidade facilitar o acesso
ao conhecimento, fomentar a indústria de embalagens
e inspirar ideias. Para ter acesso ao conteúdo basta
preencher um formulário de cadastro. Juliana lembra que
o primeiro manual teve grande aceitação e contou com
milhares de acessos logo nas primeiras 24 horas.
O material segue o posicionamento do website da Ibema,
que agregou novas ferramentas para facilitar a navegação.
“Reunimos todas as informações em uma única plataforma
responsiva. Há ícones que levarão o visitante às aplicações
dos nossos produtos, solicitação de amostras, ações de
sustentabilidade e responsabilidade social, prêmios e
reconhecimentos, revistas e vídeos do nosso canal do
YouTube, enfim, tudo o que compõe o nosso mundo”, conta.
Em uma segunda fase do projeto do novo site, uma
exclusiva Área do Cliente oferecerá novos serviços,
com mais facilidades.
“Design de embalagens – Guia definitivo” poderá ser baixado gratuitamente
Novo site Ibema
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