conferência de berlim final de verdade
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Conferência de Berlim - A distribuição territorial
da África durante o Imperialismo europeu
Guia de Estudos
DIRETORES: Fábio Pongelupe, Bruno Fontenelle e David Peixoto.
ASSESSORA: Ana Clara Crepaldi
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Índice:
1. Apresentação dos diretores
2. Introdução
3. Antecedentes da Conferência de Berlim
3.1. Revolução Industrial
3.2. Nacionalismo
3.3. Imperialismo
4. Os objetivos da Conferência de Berlim
5. A África Pré-Conferência
6. Posicionamento dos Países
7. Referências
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1. Apresentação dos diretores:
Meu nome é Fábio de Almeida Pongelupe e estou no 3º ano do Ensino
Médio. Já participei de outras simulações internas e intercolegiais como
delegado, sendo a SIA 4ª Edição, minha segunda experiência como moderador
de um comitê juntamente com meus colegas de mesa.Desde meu primeiro
contato com uma simulação, acredito fielmente que essa é uma experiência
singular. Para nós jovens, simulações nos levam a possuir um olhar
diferenciado, em relação aos fatos e instituições que estão ligados ao nosso
mundo, além da chance do delegado de melhorar sua oratória diante de certo
público, já pensando futuramente em uma profissão em que tal habilidade
contribua.
Meu nome é Bruno Fontenelle Gontijo e estou cursando o 3º ano do
Ensino Médio. Esta é a minha décima simulação, sendo a minha segunda
como moderador de um comitê. As simulações, tanto internas como nacionais,
promovem um grande enriquecimento na arte de conhecer e debater sobre os
assuntos que aconteceram e acontecem ao redor do nosso mundo. As
simulações nos tornamcapazes de mudar o mundo por meio da diplomacia e,
quem sabe, servir de inspiração para afutura carreira. Espero que as
discussões sejam produtivas e que tenhamos uma ótima simulação.
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Meu nome é David Costa da Cunha Peixoto e curso o segundo ano do
ensino médio. Sou uma pessoa extrovertida, com fortes tendências a exatas.
Porém, isso nunca impediu de me dedicar a projetos de simulações como a
SIA. Participei da SIA pela primeira vez ano passado. Foi uma experiência tão
revigorante que resolvi participar da organização do grande projeto que é a
SIA.
Acho que a Simulação Interna Agostiniana é uma ótima experiência para
quem deseja ingressar no mundo com uma grande bagagem de conhecimento.
Ela desenvolve todas as habilidades necessárias para nos tornarmos um
cidadão global. Recomendo esta experiência para todos, ate mesmo aqueles
que não possuem muita aptidão com a dialética e com os temas propostos.
Meu nome é Ana Clara, participei da SIA 2012, no nono ano e achei que
foi uma experiência bastante válida. Desenvolvi mais o censo crítico sobre o
mundo, e o que acontece ao redor dele. Se sentir dentro da ONU, vestido à
caráter e ainda discutir sobre os mais variados temas foi para mim, um
grande momento.
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2. Introdução
No século XIX, os movimentos abolicionistas, inspirados nos
pensamentos liberais do século anterior, promoveram a proibição do tráfico
negreiro no atlântico, colocando um fim na escravidão em todos os países da
América. Contudo, a abolição da escravidão não representou o fim das
interferências estrangeiras no continente africano.
Os governos europeus, em conjunto com as igrejas cristãs, aumentaram
suas ações missionárias dentro da África, alegando ter o fardo de converter e
doutrinar as populações. Essas ações facilitaram o desejo do europeu em
partilhar o continente africano entre as grandes potências europeias, que a
essa altura encontravam-se na corrida imperialista. A dominação do território
africano, seja de modo direto ou indireto, significava o aumento do mercado
consumidor e de matéria-prima, o que resulta no lucro do Império, ou seja, o
sucesso no regime imperialista.
Tendo em vista essa necessidade do lucro, o Chanceler alemão, Otton
Von Bismarck, em 1884, com o apoio de Portugal, convoca 13 nações para a
repartição do continente africano. A partir desse momento, os principais países
da Europa não apenas decidirão o futuro da África, mas da própria Europa em
si.
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3. Antecedentes: 3.1. Revolução Industrial
A partir do século XVIII, a ciência iniciou um constante processo de
evolução, que desencadeou uma série de novas tecnologias que
transformaram de forma rápida a vida do homem, sobretudo, no modo de
produzir mercadorias. Nesse último caso, serviu principalmente ao setor
industrial, acelerando o desenvolvimento do sistema capitalista. Essa acelerada
transformação no setor produtivo industrial é denominada historicamente como
Revolução Industrial.
A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Grã-Bretanha no final do
século XVIII e início do século XIX. Logo, mais outros países como França,
Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos ingressaram nesse
novo modelo de produção industrial.
Essa revolução ficou caracterizada por duas importantes invenções que
propunham uma reviravolta no setor produtivo e de transportes: a ciência
descobriu a utilidade do carvão como meio de fonte de energia e a partir daí
desenvolveram simultaneamente a máquina a vapor e a locomotiva. Ambos
foram determinantes para dinamizar o transporte de matéria-prima, pessoas e
distribuição de mercadorias, dando um novo panorama aos meios de se
locomover e produzir.
Graças a essas máquinas, a produção de mercadoria e lucro cresceu, e
as fábricas começaram a se espalhar pela Inglaterra trazendo várias
mudanças. A maior delas as indústrias como alternativa de trabalho, fazendo
com que houvesse um grande êxodo rural, pessoas deixando o campo em
direção as cidades, criando-se uma nova classe social: o proletariado.
As cidades iam ficando cada vez mais cheias, e não absorviam o fluxo de
pessoas de forma planejada, modificando de maneira drástica a configuração
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da paisagem urbana e formando bairros marginalizados e pobres. Algumas
cidades da Europa aumentaram três vezes o número de sua população em
meio século.
Enquanto os burgueses comemoravam seu crescimento e lucro, os
trabalhadores começaram a agir em busca de seus direitos.A mão de obra
deixou seu trabalho para grandes máquinas e vivendo na miséria, enquanto a
burguesia lucrava, acelerando o desenvolvimento do capitalismo. E assim foi
criado o movimento ludista, movimento nos quais grupos de trabalhadores
invadiam as fábricas e quebravam as maquinas. Porém, a revolta não trouxe
mudanças substancias na sociedade britânica.
Em 1830, formou-se o movimento cartista, movimento que lutava pela
inclusão política da classe operária, representada pela associação Geral dos
Operários de Londres. Teve como principal embasamentona carta escrita pelos
radicais William Lovett e Feargus O'Connor, intitulada “Carta do Povo”. A
principal reivindicação era o direito do voto para todos os homens (sufrágio
universal masculino), mas somente em 1867 esse direito foi conquistado.
No desenrolar da Revolução Industrial percebemos que a necessidade
crescente por novas tecnologias se tornou uma demanda comum a qualquer
nação ou dono de indústria que quisesse ampliar seus lucros. Com isso, o
modelo industrial estipulado no século XVIII sofreu diversas mudanças e
aprimoramentos que marcaram essa busca constante por novidades.
Particularmente, podemos ver que, a partir de 1870, uma nova onda
tecnológica sedimentou a chamada Segunda Revolução Industrial.
Nessa nova etapa, o emprego da energia elétrica, o uso do motor à
explosão, os corantes sintéticos e a invenção do telégrafo estipularam a
exploração de novos mercados e a aceleração do ritmo industrial. Dessa forma,
percebemos que vários cientistas passaram a se debruçar na elaboração de
teorias e máquinas capazes de reduzir os custos e o tempo de fabricação de
produtos que pudessem ser consumidos em escalas cada vez maiores.
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A eletricidade já era conhecida um pouco antes dessa época, mas tinha
seu uso restrito ao desenvolvimento de pesquisas laboratoriais. Contudo,
passou a ser utilizada como um tipo de energia que poderia ser transmitido em
longas distâncias e geraria um custo bem menor se comparado ao vapor. No
ano de 1879, a criação da lâmpada incandescente estabeleceu um importante
marco nos sistemas de iluminação dos grandes centros urbanos e industriais
da época.
O petróleo, que antes tinha somente o uso no funcionamento de
sistemas de iluminação, passou a ter uma nova utilidade com a invenção do
motor à combustão. Com isso, ao lado da eletricidade, este material passou a
estabelecer um ritmo de produção mais acelerado. Sob tal aspecto, não
podemos deixar de destacar outras descobertas empreendidas no campo da
química que também contribuíram para essa nova etapa do capitalismo
industrial.
Novas experiências permitiram o aproveitamento de minérios antes sem
importância na obtenção de matéria-prima e outros maquinários. O aço e o
alumínio foram largamente utilizados pela sua maior resistência e
maleabilidade. Métodos mais simples de fabricação permitiram que o ácido
sulfúrico e a soda cáustica fossem acessíveis. Por meio desses dois
compostos a fabricação de borracha, papel e explosivos pôde ser feita em
larga escala.
Com relação aos transportes, podemos ver que as novas fontes de
energia e a produção do aço permitiram a concepção de meios de locomoção
mais ágeis e baratos. Durante o século XIX, a construção de estradas de ferro
foi o ramo de transporte que mais cresceu. Nesse período, Estados Unidos e
Europa possuíam juntos cerca de 200 mil quilômetros de trilhos construídos.
Segundo outros dados, somente na década de 1860, mais de dois milhões de
pessoas eram empregadas na manutenção desse único meio de transporte.
Por meio dessas inovações, as indústrias puderam alcançar lucros cada
vez maiores e dinamizar o processo que se dava entre a obtenção da matéria-
prima e a vendagem do produto ao consumidor final. Ao mesmo tempo, o
controle mais específico sobre os gastos permitiram o cálculo preciso das
margens de lucro a serem obtidas com um determinado artigo industrial. Dessa
forma, o capitalismo rompia novas fronteiras e incidia diretamente na
aceleração da economia mundial, levando ao Imperialismo de diversas
nações anos depois.
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3.2. Nacionalismo
O Nacionalismo é uma ideologia denominada como um sentimento de
adoração, orgulho e identificação com alguma nação. Essa ideologia tem suas
raízes na Revolução Francesa, durante o fim do século XVIII, mas daremos
enfoque nos movimentos nacionalistas do século XIX até o ano de 1884, que
fortificaram as unidades nacionais dos países imperialistas do Congresso de
Berlim.
A Revolução Francesa deu início ao nacionalismo, quando a burguesia
declarou que o poder político emanava do povo e da nação, contrapondo a
concepção sagrada do poder, pregada até então pelo clero e pela nobreza. A
ascensão burguesa foi resultado da união das camadas populares contra o
regime absolutista, o que demonstra a vontade comum da população francesa,
como um grupo que deseja o bem para todos da França.
O Nacionalismo se assemelha com outro sentimento comum de um
povo, chamado de Patriotismo. Porém, essas duas ideologias não devem ser
confundidas, uma vez que o Nacionalismo se restringe à defesa dos interesses
da nação acima de quaisquer outros, enquanto o Patriotismo consiste na
adoração dos símbolos do Estado, a exemplo da bandeira nacional, do hino.
No final do século XVIII e no decorrer do século XIX, houve um avanço
do sentimento nacionalista pelos territórios europeus por meio de filósofos
defensores dessa corrente, como Giuseppe Mazzini, Camilo Benso e Giuseppe
Garibaldi, todos italianos, nos quais lutaram contra os regimes monárquicos em
nome do direito natural de um povo dentro de uma unidade nacional. Essa
ascensão da doutrina nacionalista fez eclodir a Primavera dos Povos na Itália,
em 1848.
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A Primavera dos Povos, em 1848, é considerada por alguns como a
primeira revolução potencialmente global, em que os regimes monárquicos
foram pressionados a adotarem uma constituição, ou a renunciarem os tronos
e instalarem regimes republicanos. Nos movimentos de unificação da Itália e da
Alemanha, lutava-se também por cidadania (direitos civis e direitos políticos). O
conjunto dessas manifestações em nome dos direitos iguais resultou também
para definir novas fronteiras na Europa; separar a Igreja Católica dos governos;
introduzir o proletariado como grupo a ser considerado na participação política
e abrir caminho ao voto universal.
Na Alemanha, o processo de unificação foi liderado pelo principal Estado
da Confederação Germânica, a Prússia, que era detentora de um armamento
bélico de alta tecnologia para a época. O início do processo se deu com a
criação da Zollvenrein (Liga Aduaneira), quando foi superado o entrave das
altas tarifas alfandegárias entre os Estados confederados. Com isso, o
mercado consumidor germânico foi ampliado e a exploração de minas de
carvão e ferro foram cada vez mais incentivadas, acompanhadas de ferrovias
entre os Estados para distribuir a produção e levar a matéria-prima até as
indústrias.
Depois de uma tentativa falha da Prússia de unificar o território
germânico e, com a morte do rei Frederico Guilherme IV, subiu ao trono
Guilherme I, em 1861. Guilherme I nomeou Otton von Bismarck a primeiro-
ministro da Prússia, líder conservador favorável a unificação sem o Reino da
Áustria. Bismarck adotou políticas de impostos altos para fortalecer cada vez
mais seus exércitos e reprimiu a liberdade de imprensa dos opositores liberais,
dando origem a uma política autoritária. Diante disso, Bismarck convidou o
governo da Áustria a conquistarem juntos os ducados de Schleswig e Holstein,
para simplesmente ampliar seus territórios. Porém, Bismarck criticou, a todo
tempo, a administração austríaca de Holstein, o que fez a Áustria declarar
guerra à Prússia.
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Neste momento, Otton von Bismarck utiliza do nacionalismo como
ferramenta para convencer todos os outros Estados germânicos que a Áustria
era uma nação inimiga, fadada à derrota . Em poucas semanas de confronto, o
exército prussiano aniquilou o exército austríaco. Com isso, Bismarck usa do
nacionalismo como pretexto para convocar um exército muito expressivo,
numeroso e tecnológico, capaz de anos depois derrubar a França para
conquistar os territórios de Alsácia e Lorena, consolidando a unificação alemã.
Surgiu assim, o Império Alemão (II Reich), que aparecia para o cenário mundial
como uma grande unidade nacional com poder bélico, disposta a ganhar seu
espaço na corrida imperialista.
Na Itália, o processo de unificação teve seu início no Rissorgimento
(ressurreição), movimento liberal e nacionalista emergente que guiou a luta
pela unificação do país. O movimento começou em 1815 e foi liderado por
Giuseppe Mazzini, e anos depois por Camilo Cavour. Mazzini cria sociedades
secretas para adesão do povo a unificar os Estados do território italiano, onde
havia também debates a respeito de como seria o processo até unificar todos
os Estados. A mais famosa sociedade secreta ficou conhecida como
Carbonários, sociedade composta por jovens da camada popular que
desejavam um governo formado por Italianos.
Mazzini, posteriormente, cria a Jovem Itália em 1831 e a Jovem Europa
em 1834, movimentos baseados no nacionalismo e no liberalismo, levando a
fundação da Federação Democrática da Jovem Europa, o que organiza o
movimento e cria repercussões até o Rei do Estado de Piemonte-Sardenha,
Victor Emmanuel II. Com isso, Camilo Cavour resolveu fazer um plano de
modernização do exército do Piemonte, liderado por Victor Emmanuel II e, com
a ajuda do exército francês, venceram o exército austríaco, conquistando o
território ao norte da península itálica.
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Pelo sul, Giuseppe Garibaldi comandou o exército dos “camisas
vermelhas”, exército pró unificação, conquistando territórios em direção ao
norte da Itália, parando nos Estados Pontifícios. Com isso, a França enviou
tropas aos Estados Pontifícios para a proteção do Papa Pio IX, porém retira
por causa da da Guerra Franco-prussiana. Dessa forma, Victor Emmaniel II
aproveita da situação e conquista as terras sagradas, mantendo o Papa retido
no território italiano.
Depois de agregar os Estados Pontifícios e o território da Lombardia, foi
criado o Reino da Itália. Com isso, foi realizado um plebiscito para que a
vontade do povo seja feita, ou seja, se seguiria com um regime monáquirco ou
republicano. Isso aponta que após diversas lutas com o ideal nacionalista, a
vontade de povo foi concretizada, acima de qualquer interesse exterior ou
individual.
A ascensão do nacionalismo foi totalmente atrelada ao crescimento da
Revolução Industrial no século XIX, como vimos na unificação alemã. Esses
dois crescimentos são proporcionais em função da corrida imperialista, tendo
em vista que uma nação unida esta mais comprometida a aderir às propostas
feitas pelo governo para investir mais na matéria-prima e na industrialização.
Todos esses componentes são determinantes para o Imperialismo.
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3.3. Imperialismo
O Imperialismo foi uma política econômica expansionista marcada por
desdobramentos políticos e sociais. Essa política, efetuada pelas potências
europeias, Estados Unidos da América e Império Japonês, começou no século
XIX e ainda é encontrado nos dias de hoje. No entanto, abordaremos até o ano
de 1884, quando se deu início a Conferência de Berlim.
À medida que essa política entrou em prática, foram criadas duas
vertentes diferentes a respeito da execução de fato do Imperialismo: a vertente
indireta, quando não há uma dominação política de fato, sendo a região
“dominada” considerada área de investimento da dominante, criando uma
dependência econômica e até de certo ponto ideológica entre os países. A
vertente direta é marcada pelo colonialismo de fato, sendo a colônia
dependente política e economicamente da metrópole.
Essa vertente investidora, sob liderança do Reino Unido da Grã
Bretanha e Irlanda, tinha como base uma justificativa baseada em uma
interpretação da Teoria da Evolução, chamada de darwinismo social. Os
defensores dessa ideia acreditavam na superioridade da raça de seu
respectivo país e alegavam deter direito de invadir regiões do território africano
e asiático para impor a chamada civilização para aqueles habitantes. Para eles,
existiam três tipos de raças de humanos: os “negróides”, sinônimos de
selvageria e de intelecto primitivo; os mongoloides, sendo marcados pela
barbárie; e os caucasianos, líderes da civilização, seriam responsáveis de
trazer a própria civilização para os chamados “inferiores”. Também chamado
de “o fardo do homem branco”, essa missão civilizatória foi apresentada para a
sociedade europeia por meio do livro “Ensaios sobre a desigualdade das raças
humanas”, proposto pelo britânico Arthur de Gobineau.
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Além do etnocentrismo declarado, o nacionalismo exacerbado
construído desde a época das Revoluções de 1848 contribuiu para essa ideia
de superioridade em vários países, como Alemanha e França.
Os desdobramentos do Imperialismo podem ser vistas até hoje, como a
quantidade de países anglófonos em todos os continentes habitáveis da Terra;
entre eles Inglaterra (Europa), Canadá (América do Norte), Guiana (América do
Sul), Jamaica (América Central), África do Sul (África), Índia (Ásia) e Nova
Zelândia (Oceania).
O Imperialismo foi resultado também do desenvolvimento das novas
tecnologias proporcionadas pela revolução industrial, levando à expansão
demográfica e a busca por mercados consumidores, matéria-prima, mão de
obra barata (com o fim da escravidão em diversos países da Europa), bases
estratégicas e áreas para investimentos de capitais. Esse processo foi
denominado pelo russo Vladimir Lênin como o último e mais avançado estágio
do capitalismo.
Com esse alto investimento dos governos na economia dos países, esse
período histórico foi conhecido como “A Era dos Impérios”, sendo que cada
representante das potências europeias marcaram tanto social quanto
culturalmente o seu respectivo país: O Império Britânico com a Rainha Vitória,
o Segundo Império Francês com Napoleão III, o Império Alemão com Otton
Von Bismarck e no Império Italiano com Vitor Emmanuel II.
Para a manutenção de seus respectivos impérios, os governantes
travaram várias guerras durante o período do Imperialismo, entre elas as
Guerras do Ópio, Revolta dos Simpaios e a Dominação Egípcia, Guerra Sino-
Japonesa, entre outras.
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A partir de 1880, começou o período chamado “corrida imperialista”:
quando a disputa das grandes potências se tornou mais enérgica, com o
avanço de vendas de manufaturados, metais preciosos para as colônias e a
busca por áreas ricas em ferro, carvão, cobre e outras matérias primas.
Buscavam-se áreas de investimento, onde fosse possível instalar ferrovias e
conceder empréstimos a juros altos.
A Grã-Bretanha, maior potência industrial da época foi a principal
beneficiada da corrida imperialista, sendo conhecida como o império “onde o
sol nunca se punha”, graças ao tamanho da sua superfície territorial (ocupava
cerca de ¼ do globo). Bem abaixo dos britânicos, a França, Bélgica e Países
Baixos se destacavam com seu território. Portugal, EUA e Japão tiveram
também seus territórios expandidos. Já a Alemanha e Itália, se saíram
desprivilegiados devido à unificação tardia (1871).
Tendo em vista essa diferença econômica entre os países, o Chanceler
alemão, Otton Von Bismarck, em 1884, com o apoio de Portugal e em busca de
territórios para investimento, convoca 13 nações para a repartição do
continente africano. A partir desse momento, os principais países da Europa
não apenas decidirão o futuro da África, mas da própria Europa em si.
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4. Os objetivos da Conferência de Berlim
Os países membros da Conferência de Berlim devem se atentar aos
respectivos temas, que carecem de uma resolução: 1º Uma Declaração referente à liberdade do comércio na Bacia do Congo,
em suas embocaduras e países circunvizinhos, com algumas disposições
conexas;
2º Uma Declaração concernente ao tráfico dos escravos e às operações
que, por terra ou por mar, forneçam escravos para tráfico.
3º Uma Declaração referente à neutralidade dos territórios compreendidos
na bacia convencional do Congo;
4º Uma Ata de Navegação do Congo, que levando em conta circunstâncias
locais estende a esse rio, e seus afluentes e às águas que lhes são
assimiladas os princípios gerais enunciados nos artigos 108 e 116 da Ata
final do Congresso de Viena e destinados a regular entre as potências
signatárias dessa Ata, a livre navegação dos cursos de água navegáveis
que separam ou atravessam vários Estados, princípios convencionalmente
aplicados depois a rios da Europa e da América, e notadamente ao
Danúbio, com as modificações previstas pelos tratados de Paris de 1856,
de Berlim de 1878, e de Londres de 1871 e de 1883;
5º Uma Ata de Navegação do Níger que, tomando-se igualmente em conta
as circunstâncias locais, estende a esse rio e a seus afluentes os mesmos
princípios inscritos nos artigos 108 a 116 da Ata final do Congresso de
Viena;
6º Uma Declaração introduzindo nos relatórios internacionais, regras
uniformes referentes às ocupações que poderão no futuro realizar-se nos
territórios do continente africano.
Além desses temas, é de suma importância que sejam considerados os
tópicos:
• as soberanias estatais de cada país e os seus respectivos
territórios ultramarinhos;
• a manutenção da paz entre africanos e europeus, a fim de que não haja
conflitos que gerem mortes por ambos os lados;
• o comprometimento de cada país em estabelecer uma divisão justa que
atenda às demandas de cada nação
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5. A África Pré-Conferência
Os interesses europeus no continente africano são de longa data. Desde
o século XV, com as expansões marítimas, nações como Portugal e Grã-
Bretanha utilizavam da população africana como escrava, tratando-a como
mercadoria. Essas expedições para a captura de africanos foi responsável pela
colonização do continente, sendo majoritariamente na costa africana.
Após quatro séculos de exploração e domínio, países como Portugal,
França e Grã-Bretanha possuíam territórios na continente africano. Os
portugueses detinham como território os arquipélagos de Cabo Verde e São
Tomé e Príncipe e as regiões de Angola, na costa Oeste, e Moçambique, na
costa Leste. As colônias francesas eram a região da Argélia, Senegal e Gabão,
além de grande influência no Egito britânico. Os territórios ultramarinhos
espanhóis eram as Ilhas Canárias, as regiões de Celta e Melilla, encontradas
no extremo norte da África e a Guiné Espanhola, território espanhol desde
1777. Os britânicos, por sua vez, possuem o território do Egito desde o ano de
1882 sob ordem provisória, a região da Costa do Ouro, tomada dos
portugueses em 1874, além das províncias de Cabo e Natal, na região sul do
continente.
Ainda é importante ressaltar da Associação Internacional do Congo,
criada pelo rei Leopoldo II da Bélgica em 17 de Novembro de 1879 com o
intuito de utilizar a região para a exploração de recursos econômicos e o
controle da Bacia do Congo. Apesar de a região apresentar extrema influência
belga, não é oficializado como território ultramarinho do país.
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6. Posicionamento dos Países
6.1 Império Alemão
O Imperador alemão Othon Von Bismarck, juntamente com o Rei de
Portugal Marquês de Penafiel, tomou a iniciativa de promover a Conferência
de Berlim. Antes disso, a Alemanha passou pelo processo de unificação de
seus territórios ao longo do século XIX, incentivando o crescimento
econômico por meio do sentimento nacionalista. Em 1882, Bismarck cria a
Tríplice Aliança, acordo militar em que o Império Alemão, o Império Austro-
Húngaro e o Reino da Itália, formam um grande bloco no centro da Europa
de alianças. Em função de todo esse crescimento econômico e político,
mesmo que tardiamente, a Alemanha inicia sua política imperialista ao
conquistar os territórios de Togo e Camarões.
O Império Alemão tem como objetivos na Conferência de Berlim: a
expansão de seus domínios no território africano, entre Togo e Camarões,
compreendendo todo o sudeste africano; a neutralidade e liberdade da
bacia do Congo; liberdade para uso da bacia do rio Níger.
6.2 Império Austro-Húngaro
O Império Austro-Húngaro firmou-se como uma monarquia dual desde o
ano de 1867, graças ao Compromisso Austro-Húngaro e à Dieta de 29 de
Maio da Hungria. Após essa unificação, o Império aumentou seus laços
com o Império Alemão com a aliança proposta pelo Chanceler alemão Otton
Von Bismarck em 1879 e a promoção da Tríplice Aliança, união entre
Alemanha, Áustria-Hungria e Reino da Itália no ano de 1882. Com isso, o
Império Austro-Húngaro se esforça para que, junto da Tríplice Aliança,
consiga territórios ultramarinhos no continente africano, fazendo que tanto o
Estado em questão quanto os países vigentes do acordo possam aumentar
seu poder político e econômico perante a comunidade internacional.
6.3 Reino da Bélgica
Após dois séculos sob domínio espanhol, o Reino da Bélgica conquista
sua independência. O Rei Leopoldo II, após uma tentativa fracassada de
conquistar o território das Filipinas, criou a Sociedade Internacional do
Congo com o auxílio de Henry Stanley, um famoso explorador da época, em
1876. Em 1878, Leopoldo II demitiu Stanley e delimitou o território do Congo
como colônia belga a ser explorada.
Na Conferência de Berlim, é de suma importância para a vontade do
povo belga e para o crescimento dessa nação a manutenção do território
congolês aos domínios do Reino Belga.
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6.4 Império Britânico
O Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda é a maior potência econômica
imperialista do século XIX, sendo que já possui vários territórios
ultramarinhos ao redor do globo, como a Índia Britânica e a Comunidade da
Austrália. O Reino Unido busca manter sua hegemonia no continente
africano, como na região do Egito, conquistada provisoriamente desde
1882, e a Província de Cabo, local com um histórico conflituoso graças à
Guerra dos Bôeres.
O Império Britânico tem como objetivo, também, em construir uma linha
ferroviária ligando as cidades de Cairo e a Cidade do Cabo, cortando de
Norte a Sul o território africano. Com isso, se esforça para que toda a região
em que a linha se encontra seja território britânico. Além disso, o Império
com maus olhos o avanço econômico em que o Império Alemão apresenta
e fará o possível para se manter como a maior potência mundial.
6.5 Reino da Dinamarca
A Guerra Dano-Prussiana ou Guerra Dinamarquesa,travada em 1864
entre a Dinamarca, de um lado, e, de outro, o Reino da Prússia e o Império
Austríaco, enfraqueceu ainda mais a Dinamarca, que já não tinha uma
economia muito forte. com a perda de territórios pra Prússia, a Dinamarca
teve uma tendência a ficar mais neutra no continente europeu, o que
significou que ela não participou efetivamente das alianças que vinham
sendo formadas. Porém, tomando como exemplo a Suécia-Noruega,
participou da conferência mais pelo fato de ser um importante país europeu
e ter relações econômicas com as colônias africanas.
6.6 Reino da Espanha
Entre os séculos XVI e XVII, os interesses econômicos europeus
estavam direcionados essencialmente para a América, em busca de
mercados fornecedores de produtos tropicais e metais preciosos. Portugal e
Espanha assumiram a liderança no colonialismo, orientados pela política
econômica mercantilista e sustentada pelo monopólio do pacto colonial. No
entanto, a industrialização européia nos séculos XVIII e XIX obrigou as
metrópoles a buscarem novos mercados consumidores, diante da produção
em grande escala, substituindo o exclusivismo comercial pela política
econômica liberal.
Com a escassez de ouro nas colônias, o Reino Espanhol enfrenta
grande crise desde o século XVII. Desesperada por um mercado
consumidor, a Espanha tenta manter seus territórios na África e ampliá-lo
frente a investida das outras nações frente à partilha do continente. Vale
lembrar que a Espanha ainda era um Reino e seu monarca aderiu as idéias
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iluministas, se tornando um déspota esclarecido. Também vale lembrar que
a escravatura já tinha sido abolida nas colônias americanas. Logo, o
argumento que a Espanha deseja a África para conquistar mais escravos
está totalmente descartado, pois é um argumento invalido.
Colonizar a África seria a única maneira de civilizar os habitantes que la
viviam na visão espanhola. Como um país extremamente católico, a
Espanha deseja aplicar tal conceito nas suas colônias africanas. Sem
aliados de deveras importâncias na partilha, a Espanha somente deseja
manter seus territórios já conquistados (Ceuta).
6.7 Estados Unidos da América
A primeira metade do século XIX na História dos EUA foi marcada pela
conquista de territórios em direção ao Oceano Pacífico, conhecida como "a
marcha para o Oeste". A população passou de 3.900.000 em 1790 para
7.200.000 em 1810, compondo uma sociedade essencialmente agrária,
formada por granjas no Nordeste e grandes latifúndios exportadores no
Sudeste.
Fora da Europa, os Estados Unidos foi o único país da América que
encontrou condições de industrializar-se, graças à descoberta de ouro na
Califórnia, à Guerra de Secessão e ao investimento de capitais ingleses. No
final do século XIX, a produção industrial norte-americana já superava a
Inglaterra e a Alemanha. Além disso, o expansionismo dos Estados Unidos
chegou ao Japão, cuja modernização provocada pela Revolução Meiji (Era
das Luzes), em 1868, assimilou a tecnologia norte-americana, partindo daí
para um programa sistemático de industrialização.
Apesar dos Estados Unidos não possuírem colônias no continente
africano, era um poderio que se encontrava em fase de crescimento,
visando assim à conquista de novos territórios. Focados principalmente em
suas colônias na América e na Ásia, os EUA participaram da conferência
em função de ser uma nação em ascendência e que ganhava espaço no
cenário mundial. Porém, não terá o intuito de brigar ferozmente por
territórios na África.
6.8 República Francesa
A República Francesa iniciou seu processo colonizador na década
anterior à Conferência de Berlim, ao tomar posse dos territórios
compreendidos pela Tunísia, ao norte da África, e Guiné, na África
Ocidental. Em 1881, o Presidente Francês Barão de Courcel Afonso anexou
o território de Brazzaville, localizado ao oeste do Congo, aos domínios de
seu país.
A concorrência Com isso, a República Francesa busca, a todo a custo e
a: expandir seus territórios entre a Tunísia e Guiné, ao longo da porção
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ocidental do continente africano; obter controle parcial da bacia do Rio
Níger; assegurar seus territórios já conquistados no continente africano,
como a região de Brazzaville.
Reino da Itália
Com o objetivo de aumentar o mercado consumidor, além de facilitar o
comércio com a unificação de padrões, impostos, moeda, etc., na segunda
metade do século XIX,teve início o movimento de unificação italiana que foi
liderado pelo reino de Piemonte-Sardenha. Mesmo com algumas conquistas
por causa da unificação, a Itália não conseguiu ficar tão forte
economicamente em relação ás outras nações imperialistas, e a
consequência disso foi ter como maior objetivo obter territórios na África,
para aumentar seu poder econômico. É importante ressaltar a entrada da
Itália na Tríplice Aliança em 1822 junto com a alemana e Áustria-hungria,o
que fez com que a tríplice desejasse territórios ultra-marinhos, fortalecendo
economicamenteas trêsnações.
6.9 Reino da Noruega
Após a Convenção de Moss em 1814, o Stortinget (Parlamento norueguês) deveria manter lealdade ao rei sueco da época, Carlos XIII. Apesar dessa união pessoal, o Reino da Noruega ainda é independente ao Reino da Suécia, permanecendo ainda com as suas instituições, estrutura e legislação próprias. Sendo assim, com a relação plena entre os dois reinos, os dois países ganharam força no cenário internacional, mas não suficientemente equiparada com as das potências imperialistas. Com isso, os esforços da delegação da Noruega deverão ser enormes para que seus interesses na Conferência de Berlim sejam atendidos.
6.10Império Otomano
A Guerra Russo-Turca (1877-1878) terminou com uma vitória decisiva
para Rússia, e por consequência, houve uma rivalidade entre o Império
Otomano e a Rússia pelo fato das participações do Império Otomano
diminuir drasticamente. Tanto em Chipre quanto no Egito, o império
Otomano perdia terras, entrando assim em declínio. Isso fez com que o
principal objetivo do Império Otomano na Conferência de Berlim fosse
reconquistar a posse das terras perdidas.
No retorno para a defesa primeiro-ministro britânico Benjamin Disraeli
para restaurar os territórios otomanos na Península Balcânica, durante o
Congresso de Berlim, a Grã-Bretanha assumiu o governo de Chipre em
1878 e, posteriormente, enviou tropas para o Egito em 1882, com o pretexto
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de ajudar o governo otomano para acabar com a revolta Urabi; e
efetivamente ganhar o controle em ambos os territórios. Até então, a nação
Otomana tentam recuperar suas terras, que estão sob liderança dos
ingleses.
6.11Reino dos Países Baixos
O Reino dos Países Baixos foi marcado em sua história pelo poder
econômico e colonialista, principalmente nos séculos XVI e XVII. No
continente africano, o Reino possuía territórios ultramarinhos como a
Colônia do Cabo, tomada pelos britânicos no ano de 1797, e a região da
Costa do Ouro, na qual foi vendida para a Grã-Bretanha no ano de 1871.
Além disso, apesar de ser um Estado influente no mundo oriental, não
conseguiu revolucionar a sua economia suficientemente para se tornar uma
potência imperialista. Sendo assim, o Reino dos Países Baixos vai fazer o
possível para que consiga novos territórios ultramarinhos no continente
africano, mesmo sabendo que será uma tarefa muito árdua.
6.12Reino de Portugal
O Reino de Portugal foi o país idealizador da criação da Conferência de
Berlim junto com o Chanceler alemão Otton Von Bismarck. O propósito de
Portugal na Conferência é, além manter a integridade das suas colônias de
Angola e Moçambique, unir esses territórios ultramarinhos, formando uma
imensa região que ligue o Oceano Atlântico com o Índico. É importante
ressaltar a aliança de séculos entre o país e o Reino Unido da Grã-Bretanha
e Irlanda, evidenciando a provável troca de interesses entre as duas
nações.
6.13Império Russo
No século XIX, a tendência foi no sentido do desenvolvimento de
relações capitalistas, que levaram a crescente diferenciação social dentro
do campesinato, tornando-se a servidão um entrave ao desenvolvimento
daquelas relações. Tal situação explica a progressiva diminuição da
oposição da nobreza a reformas na agricultura e a uma possível
emancipação dos servos. Em 1861 aboliu-se a servidão e se deu ao
camponês a propriedade da terra em que construíra sua casa.
A reforma acentuou a crise social, uma vez que a organização social
baseada no mir foi rompida. A reforma de 1861 transformou o mir em uma
célula administrativa, pois a comunidade era coletivamente responsável
pelo pagamento da dívida ao Estado: este assumira o pagamento das
indenizações aos senhores da nobreza. Ao mesmo tempo, aumentava a
compra e venda de terras por elementos urbanos ou por camponeses
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enriquecidos saídos da própria comunidade aldeã - eram os kulaks,
burguesia rural dona de terras mais vastas.
Uma boa parte da nobreza rural não se adaptou à "conversão para uma
produção de mercado": Nos Zemstvos, assembléias provinciais, os
representantes da nobreza constituíam opositores moderados do governo:
protestavam contra a política de elevação das tarifas alfandegárias
destinada a favorecer a industrialização, mas que não beneficiava a
agricultura; mostravam-se também favoráveis a instituição de uma
Monarquia constitucional.
A Rússia não possuía uma política imperialista, diferente dos outros
países da conferência. Ela deseja aumentar seus territórios com base na
idéia absolutista, onde quanto maior seu território, maior seu poder.
6.14 Reino da Suécia
No ano de 1814, após a guerra entre a Suécia e a Noruega, foi proposta
por meio da Convenção de Moss a união entre esses dois países. Desde o
dia 4 de Novembro de 1814, foi estabelecido que o Parlamento norueguês
tivesse como Chefe de Estado o Rei Carlos XIII da Suécia. Com isso, o
Reino da Suécia possui relações plenas com o Reino da Dinamarca, porém
não possui tanta relevância no cenário mundial quanto às potências
europeias, sendo que dificilmente terá seus desejos atendidos na
Conferência de Berlim.
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7. Referências bibliográficas
http://www.brasilescola.com/geografia/primeira-revolucao-industrial.htm
http://www.coladaweb.com/geografia/as-tres-revolucoes-industriais
http://www.infoescola.com/historia/revolucao-industrial/
http://www.portalbrasil.net/historiageral_revolucaoindustrial.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartismo
GOLLWITZER, Heinz. O Imperialismo Europeu. Editora Verbo, 1969
VAINFAS, Ronaldo ET AL. História volume único. 1. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2010
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