conflitos mundiais

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CONFLITOS MUNDIAIS

Hoje existem cerca de 30 regiões no

mundo onde ocorrem conflitos armados. (Mapa do site da ONU)

Os principais motivos dos conflitos

são:

Étnicos – ETNIA – grupo de identidade

unido por fatores biológicos (raça) e

culturais (nacionalidade, língua religião,

costumes;

Políticos e ideológicos;

Territoriais;

Econômicos;

Recursos naturais;

Os conflitos podem ser:

Externos: quando envolvem disputas entre

dois ou mais países.

Internos: quando envolvem disputas entre

grupos que pertencem a um único país.

Os principais conflitos mundiais da

atualidade são:

Oriente Médio.

O terrorismo Europeu.

O narcotráfico na América do Sul.

Os conflitos Africanos.

ORIENTE MÉDIO

Se considera Oriente Médio toda a

região que vai da Turquia, a oeste, até o

Afeganistão, a leste, tendo como centro a

parte asiática do Egito (que é

predominantemente país africano).

Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque,

Irã e os países da península arábica: Arábia

Saudita, Kuwait, Iêmen, Omã, Bahrein, Catar,

Emirados Árabes Unidos e Chipre (ilha).

Interesses internacionais

numa região

estrategicamente situada

entre três continentes, rica

em petróleo, tornam as

disputas ainda mais

complexas.

Calcula-se que 65% das reservas

mundiais de petróleo e 30% das de gás natural

estão no subsolo dessa região.

Do petróleo são extraídos querosene,

gasolina e óleo diesel. Também serve como

fonte de energia para usinas termelétricas e

como matéria-prima para as industrias

petroquímicas, de plásticos e derivados.

Alguns dos maiores produtores e

exportadores mundiais de petróleo estão no

O.M: Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes

Unidos, Irã, Iraque.

O Oriente Médio também é uma região de

vários conflitos religiosos, sociais e fronteiriços.

1967: Guerra dos Seis Dias - entre Israel e vizinhos árabes.

1973: Guerra do Yom Kipur, novamente entre Israel e vizinhos árabes.

1980-88: Guerra Irã-Iraque.

Invasão do Afeganistão por tropas soviéticas durante 9 anos (retirada das tropas em 1989).

1975-91: Guerra Civil no Líbano.

1990-91: Guerra do Golfo - invasão do Iraque no Kuwait. Acaba com a interceptação das tropas dos EUA e países aliados (França. R.Unido, A. Saudita, Egito, etc.)

O maior atentado terrorista da história, com

a destruição das torres gêmeas de Nova York e

milhares de mortos em 11 de setembro de 2001.

ISRAEL

A ideia de criar um Estado judeu é antiga,

partiu de um movimento chamado sionismo,

que desde o séc.XIX luta pela reunificação do

povo judeu nessa terra, chamada Canaã nos

tempos bíblicos.

Em 1948, foi criado Israel, quando a ONU

(recém-construída na época) estabeleceu um

plano de divisão da Palestina em 3 partes:

Um Estado Judeu, um Estado Árabe e

Jerusalém, que por seu significado deveria

ser internacionalizada.

O sionismo incentivou a migração de

judeus de diversas partes do mundo para a

Palestina.

De 50 mil no início do séc.XX

passaram para mais de 480 mil em 1947.

Como o povo judeu foi a grande vítima

durante o NAZISMO, a opinião pública era

amplamente favorável a criação de uma pátria

para esse povo.

O PROBLEMA É: a criação de Israel não

ocorreu como previsto, pois os governos

israelenses acabaram expandindo o território e

ocupando toda a Palestina.

A partir de então, conflitos militares entre

árabes (palestinos) e judeus (israelenses)

passaram a ser cada vez mais frequentes.

Os palestinos, expulsos de sua terra,

acabaram ficando sem território.

1948-49: eclodiu uma violenta guerra

entre Israel e países árabes vizinhos, na qual

Israel aumentou 50% de seu território.

1967: Com a Guerra do Seis Dias, Israel

ocupou áreas no Egito, na Síria e na Jordânia,

ampliando seu território de 20.900 km2 para

80.400 km².

A ONU disponibilizou

apenas 14.400 km² para a

criação do Estado de

Israel.

1979: Acordo de

CAMP DAVID, Israel

concordou em devolver ao

Egito, a península

desértica do Sinai.

A área de Israel hoje

é de 20.325 km2.

O fato de terem perdido o seu território em

1948 fez os palestinos (árabes) começarem a

reagir em ações armadas.

1964 fundaram a OLP (Organização para a

Libertação da Palestina), que apesar de suas

ações violentas foram reconhecidos pela ONU.

A ala jovem da OLP comandou a

intifada, ou revolta das pedras(1987),

conflito que aconteceu na Faixa de Gaza, onde

jovens usavam pedras contra o governo de

Israel.

A OLP também luta hoje contra o

radicalismo do Movimento de Resistência

Islâmica (Hamas) e do seu braço armado, o

movimento terrorista Hezbollah.

A OLP empenha-se para que o povo

palestino se torne um Estado-nação no início

do séc.XXI. Esse é o maior desafio da

Palestina.

Cujas condições de vida são precárias e

dificilmente mudarão, sem que a paz seja

efetivamente estabelecida nessa região.

EUROPA

ESPANHA

A Espanha defronte-se com o nacionalismo

basco, que luta pela independência da região

Basca (ao norte da Espanha e também num

trecho da França).

Os bascos têm mais de 5 mil anos de

história. Sua origem é desconhecida, mas

sabe-se que defenderam a sua independência

contra os romanos, godos e visigodos, na

Antiguidade e Idade Média.

A língua basca (Euskera) não se parece

com qualquer outro idioma.

Hoje existem cerca de 500 mil bascos

habitando 4 províncias espanholas de:

Vizcaya.

Guipuscoa.

Alava.

Navarra;

E 3 francesas:

Labourd.

Baixa Navarra.

Soule.

Os bascos reivindicam a criação da

província de Navarra.

Em 1959, origina-se na ala jovem do

Partido Nacionalista Basco (PNB) uma

organização separatista, o ETA (Euzkadi ta

Askatasuna – Pátria Basca e Liberdade).

O ETA tem promovido vários atentados

terroristas com o objetivo de alcançar a

independência basca.

IRLANDA e IRLANDA DO NORTE

Do ponto de vista

geopolítico a Irlanda quer,

desde a década de 20, unir-

se à Irlanda do Norte, que

preferiu permanecer ligada à

Grã-Bretanha.

O Exército

Republicano Irlandês (IRA)

é o instrumento que os

nacionalistas radicais usam

para reivindicar a unificação

das Irlandas.

O IRA é apoiado pelos católicos da Irlanda

do Norte, que são uma minoria importante nessa

região (43% do total).

Nos anos 90, também começaram a surgir

movimentos terroristas protestantes que lutavam

contra o IRA, na Irlanda do Norte.

Em 1994, após várias décadas de

atentados terroristas nas ilhas britânicas, o IRA

decidiu encerrar, talvez definitivamente, a fase

de luta armada.

Em 1998, em Londres chegou-se a um

acordo de paz que determinava que a Irlanda

do Norte permaneceria como parte do Reino

Unido a não ser que a maior parte de sua

população e da população da Irlanda fizessem

a opção de unificar as Irlandas.

Em maio de 1998 a Irlanda do Norte

responde que SIM.

KOSOVO

Existe uma forte tensão em Kosovo, cuja

maioria da população é albanesa (cerca 90%),

que se sente prejudicada pelo domínio sérvio.

A maioria albanesa professa a religião

muçulmana.

A repressão policial sérvia sobre os

albaneses tem sido brutal. Em 1998 e 99, o

governo Iugoslavo liderado pelo

ultranacionalista e autoritário Slobodan

Milosevic iniciou um verdadeiro massacre

contra essa população kosovense de origem

albanesa.

Cerca de 2 milhões de pessoas viviam no

Kosovo em 1997, mas os conflitos de 1998-99

provocaram milhares de mortes e centenas de

milhares de refugiados (900 mil).

1996: surgiu o ELK (Exército de Libertação

do Kosovo) oriundo da etnia albanesa, que lutava

pela independência da província.

Em 1998, as atrocidades sérvias, que já

ocorriam há anos, aumentaram.

O governo Iugoslavo deixou de agir de

forma “sutil” e passou a massacrar abertamente a

etnia albanesa.

Expulsando família de suas casas, fuzilando

pessoas simplesmente porque eram jovens que

poderiam se tornar guerrilheiros ou dar à luz mais

albaneses.

O ELK ganha o apoio popular e vai a luta pela

independência kosovense para ira do governo

Iugoslavo que inicia um verdadeiro genocídio contra

os albaneses.

Em 1999, a OTAN (EUA) promoveu milhares de

operações aéreas de bombardeios na Iugoslávia e

nas áreas do Kosovo dominadas pelas tropas

sérvias.

Houve enorme

destruição no Kosovo.

Foram

bombardeadas estradas,

aeroportos, pontes, usinas,

edifícios do governo e

muitos civis.

Em junho de 1999 o

governo Iugoslavo assinou

um tratado de paz

concordando em retirar as

suas tropas do Kosovo e

permitindo o controle do

lugar pelas tropas da ONU.

ÁFRICA

A dominação europeia na África teve início no séc.XV. Ela foi consequência da expansão marítimo-comercial empreendida a partir daquela época pelos países europeus.

A colonização europeia não respeitou as diferenças e particularidades desses povos que ali habitavam.

Ao contrário, os europeus dividiram a África entre si com base em mapas, repartindo a terra de acordo com os rios, montanhas e coordenadas geográficas, sem consultar os povos que viviam lá.

Assim famílias que pertenciam a um mesmo grupo acabaram sendo separadas pelas fronteiras coloniais.

Pais foram morar numa colônia britânica, filhos casados numa colônia francesa, primos em território belga e assim por diante.

Nessa partilha, uniram pela força povos diferenciados e desuniram outros.

Os parentes não podiam se visitar, pois

estavam separados por fronteiras definidas,

controladas e vigiadas.

Povos que eram tradicionalmente inimigos,

foram obrigados a viver no interior das mesmas

fronteiras e subordinados a um único governo,

que não tinha sido escolhido por eles.

NIGÉRIA

País mais populoso da África com 125 milhões de habitantes no ano de 2000.

Esse país foi colônia britânica durante aproximadamente 100 anos. Mas com a independência, perceberam que a unidade nacional só seria mantida se a língua do ex-colonizador fosse mantida.

Apesar de serem falados aí cerca de 250 idiomas e de milhões de pessoas no interior do país nem conhecerem o inglês, essa língua foi declarada idioma oficial.

Devido a imposição da língua inglesa, a

Nigéria passou a enfrentar uma guerra

devastadora.

A Guerra De Biafra (1967-70), onde

morreram milhões de pessoas e teve como

causa a tentativa separatista mal sucedida do

povo Ibo, que pretendia criar a República de

Biafra no leste da Nigéria.

SOMÁLIA

A Somália possui cerca de 10 milhões de

habitantes.

Tornou-se independente em 1960, quando

houve a união entre a parte norte (col.inglesa) e a

parte sul (col.italiana).

Após a independência,

têm sido comum os

choques entre

facções étnicas e

políticas rivais que

desejam dominar o

Estado.

Esses conflitos atrapalham a economia do país devido a destruição de edifícios, equipamentos e a falta de interesse em plantar nessas condições.

Também provocam a fuga (êxodo) de centenas de milhares de somalis para países vizinhos, em especial a Etiópia, onde permanecem em situação deplorável.

Em 1992, após o final da Guerra Fria, os EUA

com o apoio da ONU, envia tropas militares à

Somália para garantir a paz.

A experiência foi curta e triste, pois os

soldados não conseguiram acabar com as tensões

e terminaram se envolvendo com elas.

Com a morte de muitos soldados americanos,

o governo EUA, retirou as tropas em 1993 devido

insistência da opinião pública.

RUANDA

Ruanda tem 7,5 milhões de habitantes.

O país foi colonizado pela Alemanha e depois

pela Bélgica e tornou-se independente em 1962.

São dois os principais grupos étnicos em

Ruanda: os HUTUS (90% da pop.) e os TUTSIS

(9% da pop.)

Os colonizadores europeus desse território

usaram a minoria TUTSI para exercer o poder,

oprimindo a etnia HUTU.

Mas os HUTUS em 1959, um pouco

antes da independência, se revoltaram

contra a monarquia TUTSI, matando cerca

de 100 mil TUTSIS nesse ano e obrigando

outros 200 mil a se refugiarem para países

vizinhos.

Os TUTSIS refugiados no Borundi,

tentaram voltar ao poder após a

independência(62), invadindo o país pela

fronteira sul. Mas eles fracassaram e os

massacres continuaram dizimando milhares

de TUTSIS pela repressão HUTU.

Em 1990, houve nova invasão TUTSI e

começou uma verdadeira guerra civil.

Em 1991 houve um “cessar-fogo” com

mediação da ONU o que diminuiu os conflitos

na época mas até hoje as invasões são

constantes.

Os conflitos atuais da África são, como vimos, motivados pela combinação de causas variadas, embora predomine, neste ou naquele caso, um determinado componente étnico (Ruanda, Mali, Somália, Senegal), religioso (Argélia), ou político (Angola, Uganda).

Isto sem contar os litígios territoriais,

muito frequentes na África Ocidental. No

meio desses conflitos que atormenta a

África neste final de século, estão vários

povos e nações que buscam sua autonomia

e sua autodeterminação face a poderes

centrais autoritários, exercidos muitas vezes

por uma etnia majoritária.

REFERÊNCIAS

VESENTINI, William & VLACH, Vania. Geografia

Crítica: Geografia do Mundo Subdesenvolvido. 7. ed. São

Paulo: Ática, 2001.

Virna barra. Disponivel em:

<http://www.slideshare.net/karolpoa/savedfiles?s_title=conflito

s-geopolticos-no-mundo&user_login=virnoka>. Acesso em:

11/11/13.

Douglas gregório. Disponivel em:

<http://www.slideshare.net/karolpoa/savedfiles?s_title=conflito

s-mundiais-27554092&user_login=DouglasGregorio>. Acesso

em: 11/11/13.

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