contabilidade básica manual (1)
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I
l!111
IEFP - ISG
Ficha Tcnica
ColecoMANUAIS PARA APOIO FORMAO EM CINCIAS EMPRESARIAIS
TtuloContabilidade Bsica
Suporte DidcticoGuia do Formando
Coordenao e Reviso PedaggicaIEFP Instituto do Emprego e Formao Profissional -Departamento de Formao Profissional Coordenao e Reviso TcnicaISG Instituto Superior de GestoAutorAna Calado Pinto/ISG
CapaIEFP
MaquetagemISG
MontagemISG
Impresso e AcabamentoJERAMA Artes Grficas, Lda.
PropriedadeInstituto do Emprego e Formao Profissional, Av. Jos Malhoa, 11 1099-018 Lisboa
EdioPortugal, Lisboa, Dezembro de 2004 Tiragem1000 exemplaresDepsito Legal218231/04 ISBN972-732-906-3
Copyright, 2004Todos os direitos reservados ao IEFPNenhuma parte deste ttulo pode ser reproduzido ou transmitido,por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prvio, por escrito, do IEFP
Contabilidade BsicaGuia do Formando
NDICE GERALIEFP
NDICE GERALIEFP
Contabilidade BsicaGuia do Formando
Contabilidade BsicaGuia do Formando
ndice GeralCONTABILIDADE 1Noo de Contabilidade4Fins da Contabilidade6Necessidade de Planificao7Resumo9Questes e Exerccios 10Resolues 11
PATRIMNIO 13Noo e Classificao 16Composio e Valor do Patrimnio 20Sistematizao dos Elementos Patrimoniais 24Representao do Patrimnio 26Movimentao do Patrimnio 28Resumo 31Questes e Exerccios 32Resolues 37
INVENTRIO 41Noo 44Classificao 46Disposies e Observaes Prticas na Elaborao de Inventrios 52Resumo 55Questes e Exerccios 56Resolues 61
BALANO 67Conceito de Balano 70Equilbrio Patrimonial 72Representao Grfica 74Classificao de Balanos 75Desdobramento do Capital Prprio. 77Requisitos dos Balanos 82
IEFPNDICE GERALResumo 83Questes e Exerccios 84Resolues 89
ESTUDO GERAL DA CONTA 95Noo de Conta 98Aspectos Qualitativos e Quantitativos da Conta 100Saldo, Fecho e Reabertura de uma Conta 102Tipos de Contas 107Leis de Movimentao de Contas 109Questes e Exerccios 111Resolues 120
ESCRITURAO COMERCIAL 129Noo 132Documentao 133Livros: Obrigatrios e Facultativos 134Documentos de Prestao de Contas 137Resumo 140Questes e Exerccios 141Resolues 142
LANAMENTOS 145
Noo 148Frmulas de Lanamentos 150Comprovativos dos Lanamentos 154Livros fundamentais: Dirio e Razo 155Tipos de Lanamentos 165Resumo 169Questes e Exerccios 170Resolues 172
Guia do FormandoContabilidade BsicaNDICE GERALIEFP
NDICE GERALIEFP
Contabilidade BsicaGuia do Formando
Contabilidade BsicaGuia do Formando
ESTUDO DO PLANO OFICIAL DE CONTABILIDADE 177
Introduo 180Contas e Sub-Contas mais Significativas 184Resumo 206Questes e Exerccios 207Resolues 211
ROTINA CONTABILSTICA MENSAL 215Introduo 218Lanamento no Dirio 223Passagem ao Razo 231Balancete Mensal de Verificao. 233Resumo 240Questes e Exerccios 241Resolues 246
SISTEMAS DE ESCRITURAO 255Sistema Clssico. 258Sistema Centralizador 260Sistema Informtico 262Resumo 263Questes e Exerccios 264Resolues 265
BIBLIOGRAFIA 267GLOSSRIO 269
CONTABILIDADE
CONTABILIDADE BSICA
I. CONTABILIDADEIEFP
I. CONTABILIDADEIEFP
IGuia do FormandoContabilidade Bsica8
IContabilidade BsicaGuia do Formando9
Objectivos
No final desta unidade temtica o formando deve estar apto a:
Definir a noo de Contabilidade;Indicar a utilidade e vantagens da Contabilidade;Descrever conceitos padronizados.
Temas
Noo de Contabilidade
Fins
Necessidade de planificao (POC)
ResumoQuestes e ExercciosResolues
NOO DE CONTABILIDADE
A Contabilidade existe para fazer reflectir a actividade das empresas de uma forma padronizada que possa ser lida, avaliada e criticada, isto , para a tomada de decises da gesto.
Sendo assim, a contabilidade tem como objectivo o fornecimento de informaes1. Para atingir esta meta, a contabilidade estabelece vrias tarefas por forma a centralizar os dados2 que vo entrando na empresa e distribuir a informao que vai gerando.
Regras e procedimentos:
Inputs Processamento(Contabilidade) Outputs
Amazenagem de dados
O processamento da informao encontra-se distribudo por um conjunto de fases:
ObservaoRecolhaRegisto classificadoAnliseDisseminao destes (comunicao)
Na empresa, a contabilidade um dos sistemas3 de informao mais significativos porque constitui a expresso monetria (em valor) de toda actividade da empresa.
Permite apurar e avaliar os movimentos e transformaes dos fundos (capitais) confiados empresa, estabelecer a margem para os produtos, evidenciar o resultado obtido e para onde que a empresa deve encaminhar-se de futuro.
Podemos ento encaminhar-nos para uma definio rigorosa do termo Contabilidade.
Informao: conjunto de dados processados, organizados por forma a cumprirem um objectivoDados: factos que entram, so armazenados e processados pela contabilidade.Sistema: conjunto de elementos relacionados entre si, operando em conjunto, com o fim de alcanar objectivos pr- definidos.
Como pudemos verificar a contabilidade permite um processo de classificao e registo dos dados, ento, a contabilidade a tcnica de registo e de representao de todas as transformaes sofridas pelo patrimnio de qualquer empresa no exerccio da sua actividade, de modo a saber em qualquer momento o seu valor e composio.
Para alm disso, a contabilidade ao servir de instrumento de gesto permite, atravs da anlise, registo, interpretao e controlo dos factos, a tomada de decises.
Pela contabilidade passam mltiplos factos que necessitam de um tratamento normalizado e diferenciado.Estado
Investidores Empresa Clientes
Fornecedores
As relaes com o exterior so relevadas atravs da contabilidade geral ou financeira que tem como objectivo apurar o lucro/prejuzo global da empresa e construir um conjunto de demonstraes/mapas financeiros.
As relaes internas so relevadas atravs da contabilidade analtica ou de gesto que visa apurar os resultados por produtos/servios ou departamentos da empresa.
FINS DA CONTABILIDADE
Os dados contabilsticos, informao sada do sistema da contabilidade servem vrios fins dependendo do utilizador:
Empresa
Os dados contabilsticos so muito importantes para as funes da empresa:
o planeamento: determinao dos objectivos da empresa e a criao de estratgias4, a empresa precisa de saber qual a sua situao para saber o que pretende ser;
a organizao: estabelecimento de estruturas para a construo dos planos, a empresa precisa de conhecer os seus recursos;o controlo: identifica os desvios das realizaes das aces planeadas e a tomada de medidas corretivas, a empresa precisa de ter acesso aos resultados reais comparativamente aos resultados previstos.
Os Particulares
Em que se incluem os trabalhadores, investidores, financiadores, clientes e fornecedores: atravs dos dados contabilsticos podero avaliar a situao da empresa num dado momento:
trabalhadores, verificar se a empresa vivel e apurar a segurana dos seus empregos e remuneraes;investidores, analisar se o capital aplicado est bem investido e a dar o rendimento correcto;financiadores e fornecedores, validar que os bens (monetrios ou fsicos) esto correctamente aplicados e que as dvidas vo ser amortizadas (pagas);
clientes, confirmar que existe segurana nos fornecimentos habituais e no acompanhamento de garantia.
Estado
A contabilidade fornece ao Estado informaes da mais variada natureza:informao fiscal;dados estatsticos para o governo (para proceder com a sua poltica econmica, fazer anlises sectoriais, etc);informao necessria para prestar contas ao nvel comunitrio.
Estratgia: plano integrado que relaciona as vantagens e pontos fortes da empresa com os desafios do exterior. Pretende fazer com que a empresa atinja os seus objectivos mais importantes.
NECESSIDADE DE PLANIFICAO
Como se pde verificar pela definio, a contabilidade um sistema de informao sujeito a regras e procedimentos.
As regras e procedimentos so criadas no sentido de ser possvel haver um tratamento uniforme da informao pelas vrias empresas. S assim esta pode ser lida pelo conjunto diversificado de utilizadores identificados anteriormente.
Em termos histricos, h alguns anos atrs, a contabilidade no permitia um estudo adequado das informaes porque no tinha regras nem procedimentos normalizados. Os critrios de registo ficavam ao sabor do responsvel pela contabilidade (denominado de guarda-livros). Isto tornava impossvel a comparabilidade da informao.
Com o evoluir da economia e da interveno do Estado no meio econmico, comeou a surgir a necessidade de uniformizar os mtodos contabilsticos que at agora eram escolhidos pela prpria empresa.
O ano de 1943 foi o ano em que se fizeram as primeiras tentativas oficiais de uniformizao para as sociedades annimas, mas no chegaram a nenhuma aplicao prtica.
Em 1970 nomeou-se uma comisso para estudar o potencial de normalizao contabilstico em Portugal, e esta comisso recorrendo s experincias de outros pases, em particular o francs e apresentou o ante-projecto em 1973.
Das crticas e alteraes da emanadas surgiu em 7 de Fevereiro de 1977, pelo Decreto-Lei n47/77, o Plano Oficial de Contabilidade (POC) que introduziu a normalizao em Portugal.
A normalizao, resumidamente, o processo que leva os diversos sistemas de informao contabilstica das vrias empresas a utilizar as mesmas contas, critrios de avaliao e processos de clculo de custos e proveitos.
A normalizao contabilstica consiste na definio de um conjunto de regras e princpios que visem:
construo de um quadro de contas (nomenclaturas para o tipo de operaes);definio do contedo, regras e relaes entre contas;concepo de mapas modelo para as demonstraes financeiras;definio dos princpios contabilsticos e critrios de valorimetria.
O POC proporcionou s empresas:
possibilidade de comparao imediata das informaes contabilsticas;
informao padronizada aos que, pudessem estar interessados na obteno de dados da empresa;
melhoria da organizao dos servios de contabilidade;maior abertura aos modernos produtos informticos de tratamento de dados.
A adeso, em 1986, do nosso pas Comunidade Econmica Europeia (CEE), actual Unio Econmica (UE), veio trazer a obrigao de incluir nas nossas leis as disposies comunitrias sob a forma de Directivas. A mais influente e importante foi a 4 Directiva (78/660/CEE)5.
A Comisso de Normalizao Contabilstica (CNC), organismo criado pelo Decreto-Lei 47/77, desenvolveu os trabalhos de adaptao que tiveram como concluso a publicao do Decreto-Lei 41/89, de 21 de Novembro, o novo POC.
As Directivas Comunitrias so normas gerais obrigatrias para os pases pertencentes Comunidade Europeia. A 4 Directiva, em particular deu indicaes de como devia ser o Plano de Contas.
Resumo
A contabilidade responsvel pelo registo histrico das operaes e situaes da empresa. importante reter que atravs dela que os utentes da informao podem tomar decises.
Os principais utilizadores da informao contabilstica so as diversas funes da empresa, os particulares e o Estado.
IGuia do FormandoContabilidade Bsica10
IContabilidade BsicaGuia do Formando11
Questes e Exerccios
Indique por quem, como e para que funes so utilizados os dados contabilsticos de uma dada empresa, unindo os elementos em cada coluna por meio de traos.
Relacione, portanto, os elementos da 1 coluna com os da 2 e, posteriormente, os da 2 com os da 3.
Planeamento
Prpria empresaFinanasInstituto Nacional de Estatstica
INFORMAO
Organizao
Outras empresasControlo e deciso Anlises econmicas
GESTO
EstadoAnlises sectoriais
Comente sucintamente as seguintes afirmaes (em no mais de 10 linhas):
A contabilidade um sistema de informao, na empresa e no meio econmico.
O POC surge da necessidade de normalizao.
Resolues
1.
PlaneamentoPrpria empresa
Finanas
INFORMAOInstituto Nacional de Estatstica
OrganizaoOutras empresas
Controlo e deciso
GESTOAnlises econmicasEstado
Anlises sectoriais
2. Nos seus comentrios dever ter focado, entre outros, os seguintes aspectos: a)A Contabilidade um sistema de informao, porquanto fornece aos seus utilizadores dados que ela processou, tratou, armazenou e integrou;
O sistema de informao contabilstico de uma empresa um sistema aberto e devidamente normalizado para poder ser utilizado pelo Estado, pelos particulares e pela empresa.
b)
O POC trouxe um conjunto de regras e procedimentos que se aplicam a vrias empresas uniformizando a informao destas;
Desta forma pode ser lida por vrios utilizadores;A esta padronizao ou procedimentos denomina-se normalizao.
PATRIMNIO
CONTABILIDADE BSICA
II. PATRIMNIOIEFP
II. PATRIMNIOIEFP
IIGuia do FormandoContabilidade Bsica18
II19Contabilidade BsicaGuia do Formando
Objectivos
No final desta unidade temtica o formando deve estar apto a:
Enquadrar a noo de patrimnio;Descrever a equao fundamental da contabilidade; ACTIVO = PASSIVO + SITUAO LQUIDAEnumerar os factos que provocam alteraes patrimoniais.
Temas
Noo e classificao
Composio valor do patrimnio
Sistematizao dos elementos patrimoniais
Representao do patrimnio.
Movimentao do patrimnio
ResumoQuestes e ExercciosResolues
1. NOO E CLASSIFICAO
Na Contabilidade tudo se passa volta da noo de patrimnio. O patrimnio correntemente identificado como o conjunto de bens possudo por algum.
O patrimnio correntemente identificado como o conjunto de bens possudo por algum. Imagine- se, por exemplo, uma fbrica, os bens da fbrica seriam:
Os bens que aparecem nas figuras so bens materiais ou corpreos, isto , podem ser facilmente vistos e identificados.
So tambm denominados de bens os rendimentos do trabalho ou poupanas no banco, as dvidas a receber. Estes bens acrescem ao nosso patrimnio e fazem transparecer o nosso poder de compra, pois, no futuro, quando as dvidas forem recebidas, convertem-se em dinheiro. Estes bens no tm o grau de visibilidade de um camio ou de um edifcio mas integram o conjunto de direitos.
Seguindo esta lgica tambm faz parte do nosso patrimnio tudo o que o faz diminuir, ou seja, as obrigaes ou dvidas a pagar. As obrigaes derivam da necessidade da empresa de efectuar operaes a crdito.
Resumindo, patrimnio :
O conjunto de bens (materiais), direitos (sobre bens) e obrigaes afectos a determinada empresa. Os bens e direitos acrescem valor ao patrimnio e as obrigaes diminuem o seu valor.
O conjunto que se segue bastante heterogneo na sua composio:
Bens - edifcios, viaturas, materiais, mquinas, dinheiro, aces, etc.Direitos - dvidas de clientes ou outro tipo de devedor.Obrigaes dvidas a fornecedores, ao banco ou outro tipo de credor.
Cada um destes elementos (edifcios, dvidas a receber ou a pagar) designado por elemento patrimonial.
Estes elementos tm partida uma utilizao, um objectivo para a empresa (dependendo da sua actividade). Por exemplo, uma mquina de corte de toros s faz sentido numa empresa dedicada indstria da madeira, a farinha como material s adquirida se for para ser aplicada numa fbrica panificadora, etc.
Por outro lado, so passveis de ser valorizados, isto , possvel atribuir-lhes um valor em dinheiro.
Em resumo, os requisitos fundamentais dos elementos patrimoniais so:
Estarem afectos mesma gesto;Serem redutveis a valor pecunirio.
A unidade de valor o escudo at 31 de Dezembro de 1998, o escudo e/ou o EURO6 entre 1 de Janeiro de 1999 e 31 de Dezembro de 2001 e somente o EURO a partir de 1 de Janeiro de 2002.
Exemplo:
A empresa JUTE, Lda possui os seguintes elementos patrimoniais com os correspondentes valores (em u.m.):
Um armazm10.200Mobilirio diversos400Equipamento informtico1.500Viaturas5.000Dvidas a fornecedores2.600Mercadorias4.000Impostos retidos aos empregados300Aces de empresas nacionais1.000Letras a receber500Bilhetes de tesouro500Cheques recebidos de clientes1.200Depsito ordem no Banco1.000Dinheiro no cofre250
Apenas a 31 de Dezembro de 1998 que se sabe qual a paridade Escudo/EURO, estima-se que andar volta de 200$/Euro.
Nota: o que distingue bens de direitos, que os segundos aparecem sob a forma de ttulos ou outro tipo de documentos a significar bens
Dentro destes elementos patrimoniais h que identificar quais constituem bens, direitos ou obrigaes:
BensUm armazm, mobilirio diverso, equipamento informtico, viaturas, mercadorias, dinheiro no cofre, depsito ordem.
22.350
DireitosAces de empresas, letras a receber, bilhetes de tesouro, cheques recebidos de clientes.
3.200
ObrigaesDvidas a fornecedores, impostos retidos aos empregados
2.900
Os elementos patrimoniais so agrupveis em classes para efeitos de registo: Activo e Passivo. Os bens e direitos so elementos patrimoniais activo e fazem parte do Activo e as obrigaes so elementos patrimoniais passivos e fazem parte do Passivo.
Os elementos patrimoniais activos so tambm designados por positivos e os elementos patrimoniais passivos de negativos.
Activo: o conjunto de elementos patrimoniais positivos que a empresa possui, os bens, as dvidas que tem a receber (os direitos) e o seu respectivo valor.
Passivo: o conjunto de elementos patrimoniais negativos relativos s dvidas a pagar (obrigaes).
Patrimnio bruto
O activo ou o conjunto de bens e direitos tambm toma a designao de patrimnio bruto.
Patrimnio global
O patrimnio integra, assim, no s aquilo que a empresa possui (bens + direitos), como aquilo que a empresa deve (obrigaes). O conjunto constitudo pelo que a empresa possui e pelo que a empresa deve denomina-se patrimnio global.
Patrimnio lquido
Se apenas tivermos em considerao aquilo que a empresa efectivamente possui depois de saldar as suas obrigaes, isto , o conjunto de bens e direitos menos o conjunto de obrigaes, estamos a identificar o patrimnio lquido.
Patrimnio lquido
Patrimnio brutoBens + direitos Obrigaes
Patrimnio globalIIGuia do FormandoContabilidade Bsica20
II21Contabilidade BsicaGuia do Formando
2. COMPOSIO E VALOR DO PATRIMNIO
Em qualquer patrimnio h a considerar dois aspectos distintos:
a sua composio;o seu valor.
Quanto sua composio, como j foi assinalado, o patrimnio engloba o conjunto dos elementos patrimoniais agrupados em duas classes Activo e Passivo expressos em valores. E por isso, o patrimnio da JUTE, Lda surge assim:
Activo
PassivoComposioValorComposioValorUm armazm10.200Dvidas a fornecedores2.600Mobilirio diversos400Impostos retidos aos300
empregados
Equipamento informtico1.500
Viaturas5.000
Mercadorias4.000
Acesdeempresas1.000
nacionais
Letras a receber500
Bilhetes de tesouro500
Chequesrecebidosde1.200
clientes
Depsitoordemno1.000
Banco
Dinheiro no cofre250
Total25.550Total2.900
Qual ser ento o valor do patrimnio lquido?
Este valor obtm-se pela diferena entre os valores dos elementos patrimoniais activos e os elementos patrimoniais passivos:
Activo. 25.670Passivo.............................................(-)2.900Patrimnio lquido. 22.770Para designar patrimnio lquido a expresso mais utilizada Situao lquida, introduzida pelo POC de 1977 a que j se fez referncia. O POC de 1989 designa o patrimnio lquido por Capital prprio mas a expresso situao lquida mantm-se na linguagem comum.O quadro originado pelo apuramento do patrimnio lquido, obedecendo ao formato geral do POC de 1989 o seguinte:(u.m.)
Activo
Capital Prprio e PassivoUm armazm10.200Capital prprio22.770Mobilirio diversos400Dvidas a um2.600
fornecedor
Equipamento informtico1.500Impostos retidos aos300
empregados
Viaturas5.000
Mercadorias4.000
Aces de empresas1.000
nacionais
Letras a receber500
Bilhetes de tesouro500
Cheques recebidos de120
clientes
Depsito ordem no1.000
Banco
Dinheiro no cofre250
Total25.550Total25.550IIGuia do FormandoContabilidade Bsica28
II29Contabilidade BsicaGuia do Formando
Como se pode observar, chamou-se situao lquida ao valor do patrimnio lquido, que tambm se designa por capital prprio. Esta ltima a expresso correcta e que vai ser aplicada ao longo do manual.
Esta designao resulta do facto do valor do patrimnio indicar a posio da empresa, se esta, num dado momento cessar a sua actividade. Verificou-se, ento que:
Situao lquida = Activo Passivo Ou, Activo = Passivo + Situao lquida
E que no caso da empresa em questo o patrimnio lquido foi positivo, pois o activo era superior ao passivo.
Conclui-se que o valor do patrimnio lquido da JUTE, Lda, dependeu no s da dimenso dos elementos patrimoniais activos mas, tambm, daquilo que a empresa deve, isto , o seu passivo.
No assim indiferente ter um patrimnio constitudo na sua maior parte por bens activos ou passivos. Efectivamente, podemos ter vrias situaes:
1.
Activo > Passivo
Esta a situao da JUTE, Lda, o valor dos seus bens e direitos superior (>) ao valor das suas obrigaes, assim, o activo maior do que o passivo.
Quais so as implicaes desta situao? Se, neste momento a empresa vendesse a totalidade dos seus bens e recebesse os seus direitos, mesmo aps o pagamento de todas as sua dvidas ainda ficava com um remanescente de 22.770 u.m..
Activo>Passivo => Situao lquida > 0
Situao lquida activa ou Situao lquida positiva
2.
Activo = Passivo
No caso de uma empresa que, num dado momento, apresente no seu patrimnio um valor activo igual ao seu valor passivo ento a empresa tem uma situao lquida nula:
Activo = Passivo => Situao lquida = 0
Situao lquida nula
3.
Activo < Passivo
Se a JUTE, Lda, apresentar no seu patrimnio um passivo maior do que o activo, o valor dos seus bens e direitos no cobre as suas obrigaes. Mesmo que a empresa vendesse todos os seus bens e cobrasse todos os seus direitos continuava a no ter o suficiente para cobrir as suas dvidas. Esta uma situao desfavorvel em que:
Activo < Passivo => Situao lquida < 0
Situao lquida passiva ou Situao lquida negativa
Activo/ PassivoConclusoSituao lquida1A>PA - P >0A = P + SLActiva2A=PA P = 0A = PNula3A, < e =, indique as consequncias no Capital Prprio devido s variaes verificadas.
Factos PatrimoniaisPermutativos ou QualificativosModificativos ou Quantitativos
Variao Positiva
Variao Negativa
Capital PrprioPagamento a um fornecedor atravs de cheque - 100
Venda demercadorias a pronto por 400 que tinham custado 300
Pagamentode ordenados - 90
Compra demercadorias a pronto no valor de 250
Venda da nossa viatura por 1.400
Indique qual a constituio habitual de um patrimnio.
Que caractersticas deve possuir um dado patrimnio para que seja considerado como tal?
O que entende por patrimnio lquido?
E por patrimnio global?
O que entende por Factos Patrimoniais? Que tipos conhece?
Diga porque razo a compra a pronto pagamento de um computador destinado ao servio de escritrio implica variaes no activo da empresa?
O que entende por Capital Prprio?
O patrimnio de P. Silva, Lda., constitudo pelos seguintes elementos:
ACTIVO
Numerrio (dinheiro)1.600 u.m.
Um veculo1.400 u.m.
Um computador3.500 u.m.
PASSIVO
Dvida ao Banco2.000 u.m.
Dvida a T. Martins600 u.m.
Indique:
O valor do activo;O valor do Passivo;O valor do Capital Prprio.
Indique de forma sucinta:
Tipos de Capital Prprio que estudou e, para cada um deles, diga que relao de grandeza existe entre o activo e o passivo.
Complete a equao fundamental da contabilidade com activo, , =, passivo: Se+ Cap. Prprio negativo = Passivo => ActivoPassivo
Indique verdadeiro ou falso (V ou F) s seguintes questes, colocando uma cruz no respectivo quadrado:
VF
A cobrana de uma dvida de um cliente no altera o valor do activo.
O patrimnio constitudo apenas por elementos passivos.
Um facto patrimonial quantitativo altera a composio do patrimnio.
A equao fundamental da contabilidade pode ter a seguinte expresso:
Activo = Passivo + Capital Prprio
Uma diminuio num conjunto de elementos patrimoniais passivos ir ter como contrapartida um aumento num conjunto de elementos patrimoniais activos.
Na composio do patrimnio bruto, entram responsabilidades da empresa para com terceiros.
Na seguinte frase, ordene as palavras de modo a formar uma afirmao coerente: valor em variaes as patrimnio designam-se patrimoniais modificativos factos do
Nesta data, o patrimnio da empresa APTO, Lda., apresentava a seguinte composio e valores:
Elementos Patrimoniais
Valores em (u.m).
Bens
Direitos
Obrigaes
Activo
PassivoDinheiro em Caixa250
Dvidadeum cliente
150
Dvidaaum fornecedor
300
Depsitos Ordem no Banco X
500
Depsitos a Prazo no Banco X
1.500
Edifcio800
Mobiliriode Escritrio
450
Equipamento Informtico
300
Mercadoriaspara Venda
600
Mquina Registadora
50
Expositores100
Balces900
Emprstimo Bancrio
700
Preencha o quadro, assinalando com um X a natureza de cada elemento patrimonial e indicando o valor das classes patrimoniais (Activo e Passivo).
Determine o valor do Activo, Passivo e Capital Prprio.
Resolues
1.
Factos Patrimoniais
Permutativos ou Qualificativos
Modificativos ou Quantitativos
Variao Positiva
Variao Negativa
Capital PrprioPagamento a um fornecedor atravs de cheque - 100
x
=Venda de mercadorias a pronto por 400 que tinham custado 300
x
x
>Pagamentode ordenados - 90
x
xPA - P >0A = P + CPActiva2A=PA P = 0A = PNula3A Passivo
(u.m.)BALANO
Activo3.000Capital prprio1.500Passivo1.5003.0003.0002 Caso: Activo = Passivo (u.m.)Activo3.000Passivo3.000
BALANO
3 Caso: Activo < Passivo
(u.m.)
BALANO
Activo3.000Capital prprio
(500)*
Passivo
3.500
3.000
3.000
Note-se que apesar do Capital prprio ser negativo continua a figuar no 2 membro do balano.IVGuia do FormandoContabilidade Bsica78
IVContabilidade BsicaGuia do Formando79
Convencionou-se que ao invs de colocar o sinal de negativo, -500, coloca-se o valor negativo entre parntesis, (500).
O Balano, semelhana do Inventrio, pode ser apresentado em dispositivo vertical ou horizontal. Segundo o POC o dispositivo utilizado o horizontal.
Neste dispositivo o balano aparece-nos sob a forma de T em que do lado esquerdo se escreve o 1 membro (Activo), e do outro lado se escreve o 2 membro, constitudo pelo Capital prprio e Passivo.
Por exemplo:
Balano de J.T.E., Lda em .(u.m.)
Activo2.000Capital prprio
1.900
Passivo
100
2.000
2.000
Note-se que os totais dos dois membros so iguais, nisto se traduz o equilbrio fundamental.
Adicionalmente, estes mesmos totais so sublinhados com dois traos para indicar que nada mais h a adicionar. O termo tcnico para o duplo sublinhado trancar os totais.
Os totais dos dois membros do balano, dada a configurao horizontal, so trancados ao mesmo nvel.
No caso de se querer utilizar o dispositivo vertical:
Balano de J.T.E., Lda em .(u.m.)Activo 2.000 Capital prprio 1.900Passivo1002.000REPRESENTAO GRFICA
CLASSIFICAO DE BALANOS
Os Balanos podem ter vrias classificaes decorrentes do critrio a aplicar.
Forma
Quanto forma como so descritas as contas:
Analticos: quando se repartem os valores das diferentes contas (apenas dois dgitos ou contas de 1 grau) e subcontas (trs dgitos ou contas de 3 grau)11;
Sintticos: apresentam apenas os valores correspondentes s contas de 1 grau, isto , de dois dgitos.
Momento
Quanto ao momento da sua execuo:
Inicial: elaborado no incio do perodo econmico e que nos d a conhecer o capital prprio inicial (1 de Janeiro do ano n);
Final: elaborado no fim do exerccio econmico e que evidencia o capital prprio final (31 de Dezembro do ano n), logicamente iguala o balano inicial do ano seguinte (ano de n+1).
Periodicidade
Quanto periodicidade da sua elaborao:
Ordinrios: os que so elaborados anualmente (encerramento do exerccio econmico), semestralmente (no caso de empresas com obrigaes cotadas na Bolsa de Valores) ou trimestralmente (no caso de empresas com aces cotadas na Bolsa de Valores);
Extraordinrios: aqueles que se elaboram acidentalmente, por motivos diversos (falecimento de scio, cesso de quotas, fuses, cises, etc.).
Por exemplo: a conta de emprstimos obtidos, grupo homogneo que reflecte os emprstimos de entidades externas empresa, tem o nmero 23 associado, se quisermos qualificar o tipo de emprstimo, colocamos um terceiro dgito. Se for 231 reflecte Emprstimos bancrios, se for 232 Emprstimos por obrigaes e assim por diante at 239. O dgito 2 refere-se classe de Terceiros, grupo representativo de todas as entidades que estabelecem relaes com a empresa, excepto depsitos em instituies ffinanceiras
Finalidade
Quanto sua finalidade:
Constituio: aquele que elaborado aquando da constituio de uma empresa;Liquidao: aquele que elaborado sempre que se extingue ou liquida uma empresa;Previsional: elaborado por empresas que possuem um subsistema de contabilidade oramental que lhes permite prever os valores das contas de acordo com certos pressupostos de base - estes pressupostos assentam em projeces da actividade, na construo de cenrios possveis de desenrolar dos acontecimentos e na informao contabilstica histrica (do passado).
Independentemente da sua finalidade, momento de execuo ou periodicidade, o que realmente faz a diferena entre balanos a sua forma.
Apresenta-se o balano sinttico da JUTE, Lda, com base no inventrio da mesma empresa elaborado na unidade anterior e em anexo um exemplo de um balano analtico.(u.m.)
ACTIVOCAPITAL PRPRIO E PASSIVO
IMOBILIZADOCAPITAL PRPRIOImobilizaes corpreas27.180Capital 30.30030.300
CIRCULANTEPASSIVO
Existncias
Mercadorias3.020Dvidas a terceiros de mdio e longo prazo
Dvidas a instituies de crdito100
Dvidas de terceiros de curto prazo
Clientes3.300Dvidas a terceiros de curto prazoFornecedores1.800Depsitos bancrios e caixa1.100Estado e outros entes pblicos2.4004.2004.300Total do Activo34.600Total do Cap.prprio e Passivo34.600
DESDOBRAMENTO DO CAPITAL PRPRIO
O Balano estebelece a relao entre o activo e o passivo dando a conhecer o valor do capital prprio inicial e final.
A diferena entre o capital prprio inicial (patrimnio lquido a 1 de Janeiro do ano n) e o capital prprio final (patrimnio lquido a 31 de Dezembro) resulta numa variao patrimonial positiva ou negativa a que se associa o resultado do exerccio econmico12 (o ano n) - existem exerccios econmicos para certas empresas que no coincidem com o ano civil.
Se ocorrer uma variao patrimonial positiva, o patrimnio lquido aumenta, logo o resultado foi positivo, tivmos lucro.
No caso da variao patrimonial ser negativa, o patrimnio lquido diminui, tivmos prejuzo. Poder eventualmente no haver qualquer variao patrimonial, o resultado nulo
CAPITAL PRPRIO INICIAL
+Resultado
- Resultado
Capital prprio final(> que Capital prprio inicial)
Capital prprio final(< que Capital prprio inicial)
O resultado, positivo ou negativo, corresponde ao capital prprio adquirido. Como pudmos verificar na Unidade II o capital prprio constitudo por:
Capital prprio:
CapitalReservasResultados
Nem todas as variaes patrimoniais se associam ao resultado do exerccio. No estudo das contas mais importantes da classe 5 Capital, reservas e resultados, vamos conhecer outro tipo de variaes patrimoniais.
Vejamos atravs de um exemplo:
A empresa TCE, Lda, constitui-se a 12 de Abril do ano n com um capital de 1.000.000 u.m. realizando 75% do capital por um depsito bancrio e 25% por um terreno.
BALANO DE CONSTITUIO DA TCE, LDA A 12 DE ABRIL DO ANO N (U.M.)
ActivoCapital prprio e Passivo
IMOBILIZADO
250.000
CAPITAL PRPRIO
1.000.000Imobilizaes corpreas
Capital
Terrenos e recursos
1.000.000naturais
CIRCULANTE
1.000.000Depsitos bancrios e caixa
Depsitos bancrios750.000
Total do Activo
1.000.000
Total do Cap.prprio e Passivo
Durante o ms de Abril a empresa comprou mercadorias no valor de 100.000 u.m. 50% a dinheiro e 50% a crdito. No final do ms o balano tinha o seguinte aspecto:
BALANO DA TCE, LDA A 31 DE ABRIL DO ANO N (U.M.)
Activo
Capital prprio e Passivo
IMOBILIZADOImobilizaes corpreas Terrenos e recursosnaturais
CIRCULANTEExistncias
Mercadorias Depsitos bancrios ecaixa
Depsitos bancrios
Total do Activo
250.000
100.000
700.000
1.050.000
CAPITAL PRPRIOCapital
PASSIVODvidas a terceiros de curto prazoFornecedores
Total do Cap.prprio e Passivo
1.000.0001.000.000
50.00050.000
1.050.000
Houve uma alterao das rubricas de activo e de passivo mas no houve alterao patrimonial. A razo que se trocou depsitos ordem e dvidas a pagar pelas mercadorias:
Mercadorias: +100.000 Depsitos ordem: -50.000 Fornecedores: +50.000A variao patrimonial a zero dada pela variao dos bens, direitos e obrigaes:
Bens + Direitos Obrigaes = Patrimnio lquido, ora,
+100.000 + (50.000) (+50.000) = 100.000-50.000-50.000 = 100.000 100.000 = 0
At ao final do ano, a empresa conseguiu vender a pronto pagamento a totalidade das mercadorias em armazm por 200.000 u.m.IVGuia do FormandoContabilidade Bsica80
IVContabilidade BsicaGuia do Formando81
O balano de final de ano releva:
BALANO DA TCE, LDA A 31 DE DEZEMBRO DO ANO N (U.M.)
Activo
Capital prprio e Passivo
IMOBILIZADOImobilizaes corpreas Terrenos e recursosnaturais
CIRCULANTE
Existncias Mercadorias
Depsitos bancrios e caixa
Depsitos bancrios
Total do Activo
250.000
0
900.000
1.150.000
CAPITAL PRPRIO
Capital Resultado
PASSIVO
Dvidas a terceiros de curto prazo
Fornecedores
Total do Cap.prprio e Passivo
1.000.000
100.000
1.100.000
50.000
50.000
1.150.000
Houve uma alterao das rubricas de activo e de capital prprio com alterao patrimonial. A razo que se trocou depsitos ordem pelas mercadorias por valores diferentes:
Mercadorias: -100.000 Depsitos ordem: +200.000A variao patrimonial 100.000 dada pela variao dos bens e direitos:
Bens + Direitos Obrigaes = Patrimnio lquido, ora,
-100.000 + 200.000 -0 = +100.000
O capital prprio final superior ao inicial, dado pela soma do capital prprio inicial (capital) com o capital prprio adquirido (resultado lquido do exerccio). Podemos concluir que tivmos lucro.
Supondo agora que vendamos as mercadorias no por 200.000 u.m. mas por 75.000 u.m., qual seria o balano a 31 de Dezembro?
Balano da TCE, Lda, a 31 de Dezembro do ano n
(u.m.)(u.m.)
Activo
Capital prprio e Passivo
IMOBILIZADOImobilizaes corpreas Terrenoserecursosnaturais
CIRCULANTE
Existncias Mercadorias
Depsitosbancriose caixa
Depsitos bancrios
Total do Activo
250.000
0
775.000
1.025.000
CAPITAL PRPRIO
Capital Resultado
PASSIVO
Dvidas a terceiros de curto prazo
Fornecedores
TotaldoCap.prprioe Passivo
1.000.000
(25.000)
975.000
50.000
50.000
1.025.000
Houve novamente uma alterao das rubricas de activo e de capital prprio com alterao patrimonial. A razo que se trocou depsitos ordem pelas mercadorias por valores diferentes, mas a situao diferente:
Mercadorias: -100.000 Depsitos ordem: +75.000A variao patrimonial 25.000 dada pela variao dos bens e direitos:
Bens + Direitos Obrigaes = Patrimnio lquido, ora,
-100.000 + 75.000 -0 = -25.000
O capital prprio final inferior ao inicial, dado pela soma do capital prprio inicial (capital) com o capital prprio adquirido (resultado lquido do exerccio). Podemos concluir que tivmos prejuzo.
Nas prximas unidades iremos verificar que este resultado lquido decompe-se em rubricas de variadas naturezas que so relatadas num mapa financeiro denominado Demonstrao de resultados.IVGuia do FormandoContabilidade Bsica88
IVContabilidade BsicaGuia do Formando89
REQUISITOS DOS BALANOS
Os requisitos gerais dos balanos so:
Claro: apresentar as contas dispostas segunto uma classificao pr-determinada, segundo o grau crescente de liquidez para as rubricas do Activo e segundo o grau crescente de exigibilidade para as rubricas do Passivo;
Preciso: o valor dos elementos patrimoniais devem corresponder sua exacta valorizao;
Completo: devem abranger completamente todos os elementos do activo e passivo.
Em vez de requisitos dos balanos h quem denomine as informaes prestadas pelos balanos como obedecendo obrigatoriamente a asseres13. As asseres das demonstraes financeiras, da qual o Balano parte integrante so:
Plenitude: todos os factos patrimoniais esto registados;
Existncia ou ocorrncia: os registos correspondem a factos patrimoniais que tiveram lugar;
Valorimetria ou medio: os registos contabilsticos obedeceram s regras e princpios contabilsticos existentes e aprovados;
Direitos e obrigaes: os elementos patrimoniais apresentados representam verdadeiros direitos ou obrigaes da empresa oponvel a terceiros;
Apresentao e divulgao: todos os factos patrimoniais se encontram devidamente apresentados e divulgados nas demonstraes financeiras.
Asseres so os pressupostos da informao contabilstica.
Resumo
O Balano um avano relativamente ao Inventrio uma vez que nos d o valor e composio do capital prprio.
Existem vrias formas de construir balanos, as formas aprovadas pelo POC so o balano sinttico e analtico (este ltimo em anexo).
As informaes prestadas pelo Balano devem corresponder a certos requisitos as asseres - para darem de forma clara e verdadeira a situao da empresa. Por exemplo, um edifcio no activo da empresa deve ter o registo na Conservatria do Registo Predial em nome da empresa assero direitos e obrigaes.
Questes e Exerccios
Defina Balano.
Indique, socorrendo-se do POC, a classe e respectivo ttulo da conta em que cada elemento patrimonial se integra, conforme exemplo apresentado na primeira linha do quadro:
Elementos Patrimoniais
Valores (em u.m.)
Classe
Ttulo Da ContaDinheiro em Caixa250DisponibilidadesCaixaDvida de um Cliente150
Dvida de um Fornecedor300
Depsitos ordem no Banco X500
Depsito a Prazo no Banco X1.500
Edifcio800
Mobilirio de Escritrio450
Equipamento Informtico300
Mercadorias para Venda600
Mquina Registadora50
Expositores100
Balces900
Emprstimo Bancrio700
Atendendo classificao dos elementos patrimoniais, feita no ponto anterior, preencha os espaos em branco do quadro que se segue:
Em unidades monetrias
ACTIVO
Imobilizado Imobilizaes Corpreas
Existncias
Dvidas de Terceiros a Curto Prazo
Depsitos Bancrios e Caixa
TOTAL DO ACTIVO ........................................
CAPITAL PRPRIO E PASSIVO
Dvidas a Terceiros a Curto Prazo
TOTAL DO CAPITAL PRPRIO E
PASSIVO ..............................................................
Elabore o balano referente ao patrimnio expresso pelo inventrio apresentado pelo exerccio n.3 da unidade temtica III - Inventrio.
Em unidades monetarias
Balano do comerciante Caiano Torrado em 31/12/n
ACTIVOCAPITAL PRPRIO
TOTAL CAP. PRPRIO
PASSIVO
TOTAL DO PASSIVO
TOTAL CAP. PRPRIO
TOTAL DO ACTIVOE PASSIVO
Complete os espaos em branco, com as palavras ou valores adequados:
Asdvidasarecebercomvencimentoatumanodesignam-se por.
A conta de Depsitos ordem uma conta do_.
Os terrenos, edifcios, viaturas, etc., so imobilizaes.
Acontadecaixaengloba:
emoedas; deoutrasInstituiesdecrdito;vales de .
OsDepsitosnasInstituiesdeCrditopodemser,porordemdeliquidez
, e.
Destinam-se a fazer face aos riscos dos clientes maus pagadores, as provises para
.
Um Balano diz-se. quando os seus elementos so apresentados por grandes rubricas.A Situao patrimonial da empresa XYZ, Lda., dada pelos seguintes valores:
Activo=4.000 u.m.Passivo=3.500 u.m.Capital Prprio=????? u.m.
Responda sucintamente s seguintes questes:
Qual a diferena entre um Balano Inicial e um Balano Final?
No Balano, qual a ordem de apresentao dos elementos de apresentao dos elementos do activo, segundo o POC?
Considere as seguintes contas do Activo, Capital Prprio e Passivo:
Em unidades monetriasClientes300Depsitos a Prazo750Depsitos Ordem500Mercadorias2.000Caixa50Ttulos Negociveis1.450Imobilizaes Corpreas1.900Dvidas a Instituies de Crdito2.000Fornecedores150Capital2.500Resultados Transitados500Resultado Lquido do Exerccio??????
Determine o valor interrogado, lembrando-se de que o balano uma igualdade entre dois membros.
Resolues
1.
Elementos
Patrimoniais
Valores
(em u.m.)
Classe
Ttulo
da ContaDinheiro em Caixa250DisponibilidadesCaixaDvida de um Cliente150TerceirosClientesDvida de um Fornecedor300TerceirosFornecedoresDepsitos ordem no Banco X500DisponibilidadesDep. OrdemDepsito a Prazo no Banco X1.500DisponibilidadesDep. a Prazo
Edifcio
800
ImobilizadoImobilizaes Corpreas (Edif. eOut. Const.)
Mobilirio de Escritrio
450
ImobilizadoImobilizaes Corpreas (Edif. eOut. Const.)
Equipamento Informtico
300
ImobilizadoImobilizaes Corpreas(Equip.Administ.)Mercadorias para Venda600ExistnciasMercadorias
Mquina Registadora
50
ImobilizadoImobilizaes Corpreas(Equip. Bsico)
Expositores
100
ImobilizadoImobilizaes Corpreas(Equip.Administ.)
Balces
900
ImobilizadoImobilizaes Corpreas(Equip.Administ.)Emprstimo Bancrio700TerceirosEmp. Obtidos
O balano a expresso da relao existente entre o Activo, o Passivo e o Capital Prprio. 2.IVGuia do FormandoContabilidade Bsica90
IVContabilidade BsicaGuia do Formando91
3.
Em unidades monetrias
ACTIVO
Imobilizado
Imobilizaes Corpreas26002600
Existncias
Mercadorias600600
Dvidas de Terceiros a Curto Prazo
Clientes C/C150150
Depsitos Bancrios e Caixa
Depsitos a Prazo *1500
Depsitos Ordem500
Caixa2502250
TOTAL DO ACTIVO ........................................
5600
CAPITAL PRPRIO E PASSIVO
Capital Prprio
4600
Dvidas a Terceiros a Curto Prazo
Dividas a Instituies de Crdito700
Fornecedores C/C3001000
TOTAL DO CAPITAL PRPRIO E
PASSIVO
5600
4.
Em unidades monetarias
Balano do comerciante Caiano Torrado em 31/12/nACTIVO
CAPITAL PRPRIO
Imobilizado
Capital Prprio
Imobilizado Corpreo
Capital Social
3.4011 Edifcio1.500
1 Automvel1.200
1 Computador270
TOTAL CAP. PRPRIO
3.4011 Frigorfico60
1 Mq. Registadora15
1 Mq. Escrever23
PASSIVO
1 Secretria22
Dvidas a Fornecedores
6 Cadeiras42
Dvida a T. Campos165
Conjunto de Estantes1103.242Dvida a M. Ricardo154319Circulante
Emprstimos Bancrios
Existncias
Emp. do Banco X
600Mercadorias
750
Dvidas de Clientes
Dvida de J. Abrantes35
Dvida de A. Santos1752TOTAL DO PASSIVO
919Dep. Bancrios e Caixa
Caixa120
Dep. Ordem156276
TOTAL DO ACTIVO
TOTAL DO CAPITAL
4.320 PRPRIO E PASSIVO
4.320IVGuia do FormandoContabilidade Bsica92
IVContabilidade BsicaGuia do Formando93
5.Dvidas a receber de curto prazo
Activo
Corpreas
Notas, cheques, correio
ordem, aviso prvio, a prazo
Cobrana duvidosa
Sinttico
6.
Capital Prprio = 500 u.m.
7.
Um Balano Inicial aquele que efectuado no momento em que a empresa se constitui. Um Balano Final aquele que elaborado sempre que uma empresa se extingue.
frequente usar-se a designao de Balano Final para o Balano elaborado no fim de cada exerccio. No entanto. prefervel designar-se este Balano por Balano Ordinrio.
O POC determina que, na elaborao do Balano, os elementos patrimoniais activos sejam apresentados por ordem crescente de disponibilidade; primeiro os menos disponveis e por ltimo os mais disponveis ( dinheiro).
8.
8.1. O valor interrogado seria de 1.800 u.m. Em unidades monetrias
ACTIVO
CAPITAL PRPRIO
IMOBILIZADO
Capital2.500Imob. Corpreas1.900
Result. Transitados500CIRCULANTE
Existncias
Result. Lquido Exerccio1.800Mercadorias2.000
DvidasdeTerceirosde Curto
TOTAL CAP. PRPRIO4.800Prazo
Clientes300
Ttulos Negociveis1.450PASSIVO
DEPSITOS BANCRIOS E CAIXA
Dvidas a Terceiros a M/L Prazo
2.000Dep. a Prazo750Instituies de Crdito2.000Dep. Ordem500Dvidas a Terceiros de Curto
Caixa50Prazo
Fornecedores150
TOTAL DO PASSIVO2.150
Total do Activo6.950Total do Capital Prprio e do Passivo6.950
ESTUDO GERAL DA CONTA
CONTABILIDADE BSICA
V. ESTUDO GERAL DA CONTAIEFP
V. ESTUDO GERAL DA CONTAIEFP
VGuia do FormandoContabilidade Bsica98
VContabilidade BsicaGuia do Formando97
Objectivos
No final desta unidade temtica o formando deve estar apto a:
Identificar os diversos tipos de contas existentes;Indicar as condies de movimentao das mesmas;Analisar e interpretar os saldos apresentados.
Temas
Noo de conta
Aspectos qualitativos e quantitativos da conta
Saldo, fecho e reabertura da conta
Tipos de contas
Leis de movimentao das contas
Questes e ExercciosResolues
NOO DE CONTA
No seu dia-a-dia uma empresa efectua um grande nmero de operaes traduzidas por factos patrimoniais.
Por outro lado, o patrimnio de uma empresa , tambm ele, caracterizado por uma grande quantidade de elementos que, necessariamente, necessitam de ser aglutinados pelas suas caractersticas homogneas.
O que permite comparar os diferentes elementos patrimoniais a sua possibilidade de serem mensurveis. O facto de lhes poder ser atribudo um valor que permite o trabalho contabilstico nas empresas.
Dificilmente a contabilidade como tcnica de registo, classificao e controlo dos factos patrimoniais poderia tratar cada elemento individual de forma personalizada, isto , elemento a elemento.
Em resposta a este problema, a contabilidade utiliza um processo que lhe permite registar todas as variaes nos elementos patrimoniais com caractersticas comuns: a conta.
CONTA: conjunto ou classe de elementos patrimoniais com caractersticas comuns, expressos em unidade de valor.
Conta - aspectos:
Esttico-descritivoDinmico-evolutivo
Esta definio apenas d indicao do aspecto esttico das contas, o seu descritivo. Mas conta tambm se associam aspectos dinmicos de evoluo dos elementos patrimoniais que releva. A conta tambm responsvel pelo registo das variaes dos elementos, o registo dos factos patrimoniais.
A sua disposio permite-lhe registar todas as variaes dos elementos patrimoniais.
Quando foi apresentada a noo de inventrio classificado foi dito que para a sua elaborao se procurava agrupar os elementos patrimoniais de acordo com as suas caractersticas comuns, tendo-lhes, inclusiv, sido atribudo um valor.VGuia do FormandoContabilidade Bsica100
VContabilidade BsicaGuia do Formando99
A caracterstica comum que aglutina um conjunto de elementos patrimonais dada por uma designao prpria que de imediato os identifique, o Ttulo.
Por exemplo, a empresa B, Lda tem depsitos nos seguintes Bancos (em u.m.):
BNPa1.000BCIn2.000CGDe3.000
Estes elementos tm como caracterstica comum representarem depsitos bancrios de curto prazo, isto , disponibilidades imediatas da empresa.
O facto de representarem direitos da empresa sobre o os diferentes bancos, leva a que consideremos estes elementos patrimoniais como fazendo parte do activo. Tm outra caracterstica comum, pertencerem todos empresa B, Lda.
A forma como o POC decidiu aglutinar este tipo de depsitos bancrios foi classific-los segundo um ttulo comum Depsitos ordem.
Acerca deste conjunto de depsitos ordem podemos afirmar que tm um valor total de 6.000 u.m. Isto , podemos afirmar que a conta Depsitos ordem tem um valor de 6.000 u.m. e composta por depsitos bancrios no BNPa, no BCIn e na CGDe.
ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DA CONTA
Numa conta h, ento, a considerar:
Ttulo: expresso porque se designa a conta. A escolha deve ser feita de modo a que revele imediatamente a natureza dos elementos que a compem. Tem que ter caractersticas diferenciadoras para ser distinguida das demais contas.
O ttulo imutvel e fixo, no pode ser alterado.
Contedo ou compreenso: refere-se ao aspecto qualitativo de uma conta, diz respeito s caractersticas comuns dos elementos contidos na conta, ou seja, o tipo de elementos patrimoniais que ela representa.
Valor ou extenso: representa o aspecto quantitativo da conta, o valor dos elementos patrimoniais que constituem a conta.
Como foi referido o ttulo e a compreenso da conta so fixos, no se alteram, so o aspecto esttico da conta. A extenso, por seu turno, alterada constantemente, aumenta e diminui em consequncia de factos patrimonais. o aspecto dinmico da conta.
A conta constitui a base de todo o trabalho contabilstico de escriturao. Por esse motivo deve obedecer a requisitos prprios para que o trabalho se desenrole com fundamento e regularidade.
Os requisitos essenciais a que uma conta deve obedecer so: a homogeneidade e aintegralidade.
Homogeneidade: Uma conta s deve conter os elementos que obedeam caracterstica comum que ela define. Assim, a dvida da empresa a um fornecedor, nunca poder ser registada numa conta que no indique uma dvida a pagar, ou seja, a conta em que aquela for registada deve incluir os elementos que possuam a mesma caracterstica: valores que a empresa tem a obrigao de pagar.
Integralidade: A conta deve incluir todos os elementos que gozam da caraterstica comum por ela definida. Deste modo a conta Clientes, dever incluir todos os tipos de dvidas a receber derivadas das operaes comerciais da empresa na prossecuo da sua actividade.VGuia do FormandoContabilidade Bsica102
VContabilidade BsicaGuia do Formando101
A cada conta corresponde um grfico ou quadro, que constitui o dispositivo prtico para acompanhar as sua variaes quantitativas.
Por tradio e conveno, a conta apresenta-se com um traado sob a forma de T. Este traado permite a diviso do espao reservado aos registos, em duas colunas:A da esquerda destinada aos dbitos lado do DEVE;A da direita destinada aos crditos lado do HAVER.
Estes termos provm da fase em que as contas representavam exclusivamente as pessoas devedoras e credoras. Por extenso do princpio das contas pessoais s contas das coisas e de factos, os termos dbito e crdito ou deve e haver, respectivamente, no representam mais do que variaes aumentativas ou diminutivas no valor das respectivas contas.
No aspecto grfico teremos:
DEVE 000 Ttulo da Conta HAVER
DataDescrio Valor Descrio Valor
Corresponde ao momento da ocorrncia do facto patrimonial. essencial, pois a extenso de uma conta ou o seu saldo s tm significado num dado momento.
Pretende-se a descrio dos documentos que comprovam os factos patrimoniais e indicam a sua origem
Inscrio do valor (ou extenso) representativo da variao dos elementos segundo a sua natureza de DEVE ou HAVER.
Assim:Quando uma conta recebe um valor do lado esquerdo, dizemos que a conta debitada;Quando uma conta recebe um valor do lado direito, dizemos que creditada
Como todos os registos numa conta so valorizados, quando se debita ou credita uma conta, esta passa a registar mais um valor a dbito ou a crdito.
Um valor a dbito corresponde ao somatrio de todos os valores registados a dbito dessa conta. O valor a crdito de uma conta , por consequncia, o somatrio de todos os valores registados a crdito nessa conta.
A diferena entre o dbito e o crdito duma conta, na data considerada, chama-se saldo dessa conta. Esse o prximo tema:
SALDO, FECHO E REABERTURA DE UMA CONTA
A diferena entre a acumulao dos dbitos e dos crditos sucessivos duma conta, damos o nome de saldo:
Soma (dbitos) Soma (crditos) = Saldo
Para calcular o saldo de uma conta faz-se a diferena entre o somatrio dos dbitos e dos crditos.
DEVEHAVER
DbitosCrditos
Saldo
O saldo das contas pode assumir trs naturezas distintas: devedor, credor e nulo:
Dbitos > Crditos
Saldo devedor Dbitos < Crditos
Saldo credor Dbitos = Crditos
Saldo nulo
Graficamente, com exemplo (em u.m.):
Deve
Haver
10050
200250
Total dbitoTotal a crdito + Saldo devedor
Saldo devedor = 250 = 300 - 50VGuia do FormandoContabilidade Bsica108
VContabilidade BsicaGuia do Formando109
Deve Haver
25130
12520
Total dbito + Saldo credor Total a crdito
Saldo credor =(125) = 25 - 150
Deve Haver
3025
2025
Total dbitoTotal a crdito
Saldo nulo = 0 = 50 - 50
FechoExistem outras questes ligadas terminologia das contas: fechar (encerrar) e reabrir uma conta. Para se proceder ao fecho (encerramento de uma conta) apura-se o valor do seu dbito e do seucrdito e o valor do seu saldo. Estes valores so evidenciados na respectiva conta com dois traospor baixo dos valores do dbito e do crdito (trancar a conta).
Deve Haver
10010
302520Saldo115150150O valor do saldo evidencia no um lanamento na conta mas a evidenciao de que a diferena entre a soma a dbito e a soma a crdito corresponde a uma valor de 115 u.m., saldo devedor.ReaberturaA reabertura desta mesma conta consiste em inscrever no lado do dbito o valor do saldo apurado, dando-se incio ao perodo seguinte.DeveSaldo inicial115 Haver
Os registos, a efectuar no dbito ou no crdito de cada conta podero ser mais ou menos completos, consoante o objectivo da representao grfica da conta. Assim, existem diversos traados que so utilizados na representao grfica pretendida e de que se apresentam alguns exemplos:
3. Dispositivo horizontal ou bilateral: as seces a dbito e a crdito completamente separadas: o classico T.
DbitoTtulo da contaCrdito
DDescrioVDDescrioV
D= DataD = Dbito
V = ValorC = Crdito
Dispositivo vertical ou unilateral: seces a dbito e crdito incompletamente separadas. As colunas destinadas s data e descries dos respectivos registos so partilhadas pelos dbitos e crditos.
2a. de coluna simples (em escada)
DataDescrioValorD/C
2b. de coluna dupla sem saldo vista
DataDescrioDbitoCrdito
2c. de coluna dupla com saldo vista
DataDescrioDbitoCrditoSaldo
NaturezaValor
2d. de coluna dupla com colunas para saldos devedores e para saldos credores:
DataDescrioDbitoCrditoSaldo
DevedorCredor
Relativamente ao patrimnio as contas classificam-se em:
Contas de Activo
Caixa;
Depsitos ordem; Imobilizaes corpreas, etc.Contas de Passivo
Fornecedores; Emprstimos obtidos, etc.
Contas de Capital prprio
Capital; Reservas; Resultados, etc.
O POC apresenta dez classes de conta como se pode observar pelo quadro de contas em anexo. As contas includas nas classes 1 a 8 referem-se contabilidade geral. A classe 9 respeita contabilidade de custos mais conhecida por contabilidade analtica, sendo a classe 0 uma classe cuja utilizao facultativa e livre.
Uma norma emanada da Comisso de Normalizao Contabilstica, denominada Directriz contabilstica n14 sugere que a classe 0 seja utilizada para a aplicao do mtodo directo, via directa, da construo da Demonstrao de fluxos de caixa14. A cada classe foi atribudo um ttulo e um cdigo, o mesmo acontecendo a cada conta.
um mapa financeiro que mostra os recebimentos e pagamentos por natureza: operacional, financiamento e investimento.
TIPOS DE CONTAS
Classes: contas do 1 grau ou do razo geral
Contas: contas de 2 grau
Por exemplo, no caso da classe 2:
211 Clientes, c/c
21 Clientes 212 Clientes Ttulos a receber
2 - Terceiros
221 - Fornecedores, c/c
22 - Fornecedores
222 Fornecedores Ttulos a pagar
Como se pode verificar por este esquema, as contas divididas conservam como radical o nmero da conta dividenda:
221211
Deste modo, facil detectar a classe de qualquer subconta, por mais dividida que seja. Para as contas subsequentes, mantm-se esta regra. Continuando com o POC, encontram-se cdigos para todas as contas que ele comporta, onde se vai encontrar contas do 3, 4 e 5 grau.
Convm acrescentar que as dez classes se distribuem da seguinte forma: as classes 1, 2, 3, 4 e 5 so contas de balano, as classes 6, 7 e 8 so contas de Demonstrao de resultados e as classes 0 e 9 prosseguem outros objectivos.
Esquematicamente temos:
Activo
1 Disponibilidade
Terceiros*
Existncias
Imobilizado
Capital,reservase resultados
Contas deBalano
Capital prprio
Custos e perdas
Proveitos e ganhos 8 Resultados
Contas da Demonstrao dos resultados
Contabilidade de custos
Livre
Outras Contas
Podemos ento verificar que a classe 2 - Terceiros engloba contas do activo e contas do passivo. Isto o mesmo que dizer que a classe 2 reflecte tanto direitos da empresa como obrigaes desta.
Como se viu pelo exemplo anterior, a classe 2 engloba Clientes, que reflectem dvidas a receber das actividades correntes, Fornecedores, que reflectem dvidas a pagar das actividade correntes, Emprstimos obtidos, que reflectem dvidas a pagar por financiamento, Estado e outros entes pblicos que tanto podem relevar obrigaes ou direitos (mas o mais normal relevarem obrigaes), Accionistas ou Scios, outra conta que tanto releva direitos como obrigaes e Outros devedores e credores, conta de carcter residual onde se colocam direitos e obrigaes que acontecem de forma menos quotidiana. o caso do processamento de dvidas a pessoal, a aquisio de imobilizado, as relaes com sindicatos, etc.*
* *Passivo
LEIS DE MOVIMENTAO DE CONTAS
Tal como ficou explicado nas unidades anteriores, a equao fundamental da Contabilidade :
Activo = Passivo +/- Capital prprio
Ento, para que aquele equilbrio se mantenha, variao de uma conta tem que corresponder obrigatoriamente variao de outra ou outras.
O nome que se d a este mtodo mtodo das partidas dobradas. Este mtodo foi descrito pela primeira vez por um frade franciscano, Luca Paccioli, dentro de um Tratado de Matemtica em 1494, tendo sido introduzido em Portugal na contabilidade pblica pelo Marqus de Pombal.
Segundo este mtodo, todo o dbito numa conta origina o crdito noutra ou noutras e vice-versa, isto , cada facto patrimonial determina o registo em duas ou mais contas, por forma a que a cada lanamento corresponda um total a dbito igual a um total a crdito.
Crdito (s)Dbito (s)
No mdulo II dedicado ao patrimnio, aquando da explicao dos factos patrimoniais, j tnhamos verificado este circunstancialismo.
Variaes:
elementares;complexas.
Efectivamente, qualquer facto patrimonial origina um dbito (ou soma de dbitos) e um crdito (ou soma de crditos). Quando as variaes ocorrem em apenas duas contas, diz-se que estamos perante variaes elementares, se se traduzem em vrios dbitos ou vrios crditos, dizem-se complexas.VGuia do FormandoContabilidade Bsica110
VContabilidade BsicaGuia do Formando111
Se repararmos atentamente no balano verificamos que:
BALANO (u.m.)
Activo1.000Capital prprio200Passivo8001.0001.000
O Activo se posiciona do lado esquerdo, logo, a dbito, pela aplicao do princpio da movimentao das contas. O Passivo e o Capital prprio posicionam-se no lado direito, logo, a crdito.
Os elementos patrimoniais que constituem o Activo representados por contas (que sabemos que vo da classe 1 classe 4*) tm, ento, saldo devedor. Consequentemente, os elementos patrimoniais que constituem o Passivo (integrados na classe 2) tm saldo credor.
BALANO
Activo1.200*Capital prprio200 Passivo1.000**1.2001.200
Os aumentos do Activo, seguindo esta lgica so levados a dbito* e as diminuies tero que ser levadas ao contrrio, a crdito**. O lanamento a crdito diminui o saldo devedor da conta do activo.
Os aumentos do Passivo, que tem saldo credor, so levados a crdito e as diminuies tero de ser levadas ao contrrio, a dbito. O lanamento a dbito, no caso das contas do passivo, diminui o saldo credor desta rubrica.
E o Capital prprio? Ora,
Capital Prprio = Activo - Passivo
Saldo=Dbito-Crdito
Questes e Exerccios
DCaixaH
DDep. OrdemH250225
200250
300130
V.1 Observe as seguintes contas: Em unidades monetrias
DCustos c/ PessoalHDFornecedoresH
237
250600228
300
DVendasH6001.100300
Consulte o POC e responda s seguintes questes:
Indique para cada conta a classe a que pertence e, no quadro da pgina seguinte, o montante do dbito e do crdito.
Calcule o valor no quadro e indique a sua natureza, no mesmo quadro.
Indique, tambm no quadro, a classe e cdigo de conta a que pertencem, segundo o POC.
1.2.3.CaixaDbito = Crdito =Saldo = Natureza =Classe = Cdigo =Depsitos OrdemDbito = Crdito =Saldo = Natureza =Classe = Cdigo =FornecedoresDbito = Crdito =Saldo = Natureza =Classe = Cdigo =Custos com PessoalDbito = Crdito =Saldo = Natureza =Classe = Cdigo =VendasDbito = Crdito =Saldo = Natureza =Classe = Cdigo =VGuia do FormandoContabilidade Bsica118
VContabilidade BsicaGuia do Formando119
D uma definio de conta.
Quais so as caractersticas de uma conta? Qual o significado de cada uma delas?
Refira-se aos requisitos a que uma conta deve obedecer.
Indique, frente da seta, o dbito ou o crdito determinados pelas regras de movimentao das contas para cada lanamento de:
em contas do ACTIVO
Aumentos
em contas do PASSIVO
em contas do PASSIVO
Diminuies
em contas do ACTIVO
Custos
e no Cap. Prprio
Perdas
Proveitos
e no Cap. Prprio
Ganhos
O que entende por contas simples ou elementares?
Na conta seguidamente representada, identifique:
o ttulo;
a extenso;
o grau.
21 - Clientes
n/ Factura n 10/n550 u.m.
Na seguinte Conta,
DEVE21 ClientesHAVER
n/ Factura n 10/n550 u.m. n/ Factura n 11/n102 u.m.
Identifique:
valor do dbito;
o valor do crdito;
o saldo e respectiva natureza.
Considere a seguinte conta:
DEVE22 FornecedoresHAVER
n/ Paga/to n432/n150 u.m. s/ Desconto5 u.m. S/ Factura n 432/n155 u.m. S/ Factura n 450/n70 u.m.
Calcule o seu saldo e diga qual a sua natureza.
Proceda ao seu encerramento.
DEVE22 FornecedoresHAVER
n/ Paga/to n432/n150 u.m. s/ Desconto5 u.m. S/ Factura n 432/n155 u.m. S/ Factura n 450/n70 u.m.
Proceda sua reabertura.
DEVE22 FornecedoresHAVER
n/ Paga/to n432/n150 u.m. s/ Desconto5 u.m. S/ Factura n 432/n155 u.m. S/ Factura n 450/n70 u.m.
Qual a regra bsica das partidas dobradas?
Em que circunstncias se debita uma conta do activo?
Classifique a seguinte conta:
DEVE22 FornecedoresHAVER
n/ Paga/to n432/n150 u.m.s/ Desconto 5u.m. S/ Factura n 432/n155 u.m.S/ Factura n 450/n70 u.m.
Diga quais os registos que correspondem aos aumentos e quais os que correspondem a diminuies.
A seguinte conta uma conta de custos referente a gastos em electricidade:
DEVEElectricidadeHAVER
Efectue o registo relativo ao pagamento da factura de Maro da Gs de Lisboa, AS, no montante de 20 u.m.
Que nome se d a um registo efectuado num qualquer livro de contabilidade?
O comerciante T. Campos realiza a seguinte operao:
Deposita ordem Banco BP, numerrio que tinha em Caixa: 450 u.m.
Efectue os registos nas respectivas contas e classifique o lanamento quanto ao nmero de contas movimentadas.
DCaixaHDDep. OrdemH
Pagou-se a dvida ao fornecedor J. Santos, referente factura n10/n no valor de 300 u.m., entregando-se 200 u.m. em cheque e as restantes 100 u.m. em numerrio.
Classifique o lanamento e proceda ao registo nas respectivas contas.
DCaixaHDDep. OrdemH
DFornecedoresH
Preencha o quadro seguinte:
FACTOS PATRIMONIAIS
CONTASLANAMENTOS CONTABILSTICOS A
Rubricas patrimoniais afectadas - ContasNaturezado MovimentoDbito (+) ou Crdito (-)Recebimento de numerrio de um clienteCaixa Clientes
Liquidao de juros de emp. obtidoCustos e Perdas Financeiras Depsitos Ordem
Pagamento a um fornecedorFornecedores Caixa
Depsito Ordem num bancoDepsitos. Ordem Caixa
Compraaprontodeuma mquina de escreverImobilizaes Corpreas Caixa
Indique verdadeiro (V) ou falso (F) s seguintes questes, colocando uma cruz no quadrado
respectivo:VF
As contas de passivo creditam-se quando aumentam.
Num lanamento com uma conta a dbito e vrias a crdito,o total dos valores debitados igual ao total dos valores creditados.
A compreenso e o ttulo de uma conta indicam o tipo de elementos patrimoniais que a mesma representa.
O requisito da integralidade determina que nem todos os elementos com caractersticas comuns devem constar de uma s conta.
O requisito da integralidade garante que todos os elementos patrimoniais definidos por uma dada compreenso ou ponto de vista, devem ser registados numa s conta identificada pelo correspondente ttulo.
Um registo efectuado no lado direito de uma conta designa-se por dbito.
Uma conta tem saldo credor quando o valor dos registos efectuados a crdito maior do que os valores registados a dbito.
A um registo efectuado a dbito de uma conta, deve corresponder sempre registos a crdito, de igual valor, em outras contas.
O encerramento de uma conta s se efectua quando esta deixa de ser necessria.
Diz-se que uma variao patrimonial simples quando a mesma apenas determina a movimentao de duas contas.
Sempre que diminui o valor de uma conta do activo, deve ser efectuado, nessa conta, um registo a crdito.
O aumento do valor de uma dvida a pagar, implica sempre um registo a crdito na correspondente conta.
O total de todos os registos efectuados a dbito nem sempre
igual ao total dos efectuados a crdito.
O total dos saldos devedores sempre igual ao dos credores.
Diga quais os requisitos essenciais de uma conta.
Quando que se diz que uma conta de ltimo grau?
Quando que se diz que o saldo de uma conta credor?
Dada a seguinte conta:
DbitoBanco ACrdito
1.200 u.m.1.200u.m.
Determine o seu saldo e classifique-o.
Quais so as regras de movimentao das contas de custos?
A empresa XPTO, SA, contraiu um emprstimo junto do Banco BP.
O banco depositou na conta de depsitos ordem o valor emprestado menos os juros.Valor do emprstimo = 500 u.m.Valor dos juros cobrados pelo banco = 55 u.m.Valor lquido depositado na conta bancria = 445 u.m.
Classifique o lanamento e efectue os registos nas contas respectivas.
DEmp. BancriosHDDep. OrdemH
DCustos FinanceirosH
Adquiriu-se a um mesmo fornecedor um espao para uma loja num Centro Comercial por 800
u.m. e uma camioneta de carga por 750 u.m.
Relativamente ao pagamento, foi liquidado no momento, o valor de 900 u.m. em cheque ficando os restantes 650 u.m. em dvida e a serem pagos 3 meses mais tarde.
Classifique o lanamento e efectue os registos nas contas respectivas.
DEdifciosHDMat. TransporteH
DDep. OrdemHDCredoresH
Determine quais as contas que devem ser debitadas e creditadas em cada um dos factos patrimoniais, preenchendo o quadro que se segue. Consulte o POC.
Em unidades monetrias
Factos Patrimoniais
Contas MovimentadasConta Do A(Activo)P(Passivo) CP(Cap.Prop.)
A conta debitada porcontrapartida
A conta creditada porcontrapartidaRecebimentodos clientes100
Pagamentoaum fornecedor, por cheque-80
Compraaprontode mercadorias-250
Vendaaprazode mercadorias-325
Pagamento de ordenados em numerrio-60
Emprstimo bancrio-150
Pagamento da renda do estabelecimento-30
Depsitoordemno Banco Y-175
Compraaprazode mercadorias-120
VGuia do FormandoContabilidade Bsica120
VContabilidade BsicaGuia do Formando121
Resolues
1.
a), b) e c)
Em unidades monetrias
1.2.3.Caixa (1)Dbito =250
Crdito =225Saldo = 25 Natureza = DevedorClasse = 1
Cdigo =11Depsitos
Ordem (1)Dbito =500
Crdito =380Saldo =120 Natureza = DevedorClasse = 1
Cdigo = 12Fornecedores (2)Dbito =250
Crdito =900Saldo = 550 Natureza = CredorClasse = 2
Cdigo = 22Custos com PessoalDbito =465
Crdito =0Saldo = 465 Natureza = DevedorClasse = 6
Cdigo = 64VendasDbito =0
Crdito =2.000Saldo = 2.000 Natureza = CredorClasse = 7
Cdigo = 71
As contas Caixa e Depsitos Ordem So contas do activo e, pelas regras de movimentao, s devero ter saldo devedor.
De referir que, embora com a mesma designao - Depsitos Ordem - esta uma conta do passivo na Contabilidade Bancria.
A conta Fornecedores uma conta do passivo e, pelas regras de movimentao, dever ter saldo credor.
2.
Conta um conjunto de elementos patrimoniais comuns designada por um ttulo identificativo desse conjunto de elementos patrimoniais e expressa em unidades monetrias.
3.
As caractersticas da conta so:
O Ttulo - Nome que se designa a conta identificando os elementos patrimoniais nela expressos;
A Compreenso ou ponto de vista - refere-se caractersticas comuns dos elementos que a conta contm, distinguindo o tipo de elementos que ela representa;
A Extenso - respeita ao valor dos elementos patrimoniais expressos em cada conta. 4.
Uma conta deve obedecer aos seguintes requisitos:
A constncia - significando que, uma vez definidos o ponto de vista e o ttulo de uma conta, no so alterveis, ou seja, numa conta com um determinado ttulo e ponto de vista, so sempre expressos elementos patrimoniais com as mesmas caractersticas;
A homogeneidade garante que, em cada conta, s constam elementos patrimoniais com caractersticas comuns e apenas esses;
A integralidade garante que cada conta contm todos os elementos patrimoniais com as mesmas caractersticas comuns.
5.
em contas do ACTIVODBITO Aumentosem contas do PASSIVOCRDITO
em contas do PASSIVODBITO Diminuiesem contas do ACTIVOCRDITO
Custos
Eem contas do Cap. PrprioDBITO PerdasVGuia do FormandoContabilidade Bsica128
VContabilidade BsicaGuia do Formando127
Proveitos
Eem contas do Cap. PrprioCRDITO Ganhos
6.
Contas simples ou elementares so sub-contas designadas por contas de ltimo grau e que no podem ser subdivididas em outras sub-contas.
7.
a). O TtuloClientes
b). A Extenso550 u.m.
c). O GrauConta Principal ou de primeiro grau
8.
Valor do dbito652 u.m.
Valor do crdito550 u.m.
O saldo credor102 u.m.
9.
O saldo da conta credor e no valor de 70 u.m..
O encerramento ser o seguinte:
DEVE22 FornecedoresHAVER
n/ Paga/to n432/n 150 u.m. s/ Desconto 5 u.m. Saldo70 u.m.225 u.m. S/ Factura n 432/n 155 u.m. S/ Factura n 450/n70 u.m.
225 u.m.
A reabertura ser:
DEVE22 FornecedoresHAVER
n/ Paga/to n432/n 150 u.m. s/ Desconto 5 u.m. Saldo70 u.m.225 u.m. S/ Factura n 432/n 155 u.m. S/ Factura n 450/n70 u.m.
225 u.m.Saldo anterior70 u.m.
10.
A regra bsica das partidas dobradas determina que a variao numa conta implica sempre a variao numa outra ou outras contas.
11.
Uma conta do activo debita-se pela extenso inicial e pelos aumentos verificados nos elementos patrimoniais que ela representa.
12.
uma conta do passivo (dvidas a fornecedores) em que os registos efectuados a dbito correspondem a diminuies e os crditos a aumentos.
13.
DEVEElectricidadeHAVER
Factura de Maro20 u.m.
14.
Ao registo efectuado num livro de contabilidade d-se o nome de lanamento.
15.
um lanamento de 1 frmula. Apenas movimentada uma conta a dbito e uma a crdito. As contas afectadas so as seguintes:
A conta Caixa, pela sada dos valores;A conta de Depsitos Ordem, pela entrada dos valores.
DCaixaHDDep. OrdemH
450 u.m.450 u.m.
16.
um lanamento de 2 frmula. movimentada uma conta a dbito e duas contas a crdito. As contas afectadas foram as seguintes:
A conta de fornecedores, cujo montante em dvida diminuiu;A conta de depsitos ordem cujo valor diminuiu;A conta de caixa, cujo valor tambm diminuiu.
DCaixaHDDep. OrdemH
100 u.m.200 u.m.
DFornecedoresH
300 u.m.
17.
FACTOS PATRIMONIAIS
Atestados por documentos comprovativosRecebimento de numerrio de um clienteLiquidao de juros de emp. obtidoPagamento a um fornecedorDepsito Ordem num bancoCompra a pronto de uma mquina de escrever
LINGUAGEM CONTABILSTICA EM DUALISMO PATRIMONIALRubricas patrimoniais afectadas - ContasNatureza do MovimentoCaixa ClientesA + A -Custos e Perdas FinanceirasDepsitos OrdemCP (custos) A -Fornecedores CaixaP -A -Depsitos. Ordem CaixaA + A -Imobilizaes Corpreas CaixaA + A-
LANAMENTOS CONTABILSTICOS ADBITOCRDITOCaixaClientesCustos e perdas financeiras (juros de outros emp. Obtidos)Dep. OrdemFornecedoresCaixaDep. OrdemCaixaImobilizaes Corpreas (equipamento)Caixa
VVVFVFVVFVVVFV
18.a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
l)
m)
n)
o)
19.
So homogeneidade e integralidade.
20.
Quando uma conta lanadora.
21.
Quando o total a crdito superior ao total a dbito.
22.
Saldo igual a ZERO/nulo.
23.
So debitadas pelos custos e creditadas por anulaes ou contra-custos.
24.
um lanamento de 3 frmula. Duas contas debitadas e uma conta creditada. As contas afectadas foram as seguintes:
A conta de Emprstimos bancrios cujo valor em dvida aumentou;A conta de Depsitos Ordem porque o seu valor aumentou;A conta de custos financeiros, porque ocorreu um custo. Os movimentos sero:
DEmp. BancriosH
DDep. OrdemH
500 u.m.
455 u.m.
DCustos FinanceirosH55 u.m.
25.
um lanamento de 4 frmula. So movimentadas vrias contas a dbito e vrias a crdito. As contas afectadas foram as seguintes:
A conta de imveis cujo valor aumentou;A conta de Material de Transporte que tambm aumentou;A conta de Depsitos Ordem cujo valor diminuiu pelo pagamento;A conta de credores diversos que viu aumentar o valor pelo montante que ficou em dvida.
DEdifciosHDMat. TransporteH
800 u.m.750 u.m.
DDep. OrdemHDCredoresH
900 u.m.650 u.m.
26.
Em unidades monetrias
Factos Patrimoniais
Contas Movimentadas
Conta Do A(Activo) P(Passivo) CP (Capital Prprio)
A conta debitada por
A conta Creditada porRecebimento dos clientes100Caixa ClientesActivo Activo100100Pagamento a um fornecedor, por cheque-80Fornecedores Dep.OrdemPassivo Activo8080Compra a pronto de mercadorias250Mercadorias CaixaActivo Activo250250Venda a prazo de mercadorias 325Clientes VendasActivoC.P. (Proveitos)325325Pagamento de ordenados em numerrio 60Custos c/ Pessoal CaixaC.P. (custos) Activo6060Emprstimo bancrio 150Dep. Ordem Emp. ObtidosActivo Passivo150150Pagamento da renda do estabelecimento30For. Serv.Exter.(Rendas e Alugueres)CaixaC.P. (custos) Activo3030Depsito ordem no Banco Y-175Dep. Ordem CiaxaActivo Activo175175Compra a prazo de mercadorias120Mercadorias FornecedoresActivo Passivo120120
ESCRITURAO COMERCIAL
CONTABILIDADE BSICA
VI. ESCRITURAO COMERCIALIEFP
VI. ESCRITURAO COMERCIALIEFP
VIGuia do FormandoContabilidade Bsica138
VIContabilidade BsicaGuia do Formando139
Objectivos
No final desta unidade temtica o formando deve estar apto a:
Processar uma a escriturao comercial;Indicar quais os profissionais responsveis pela mesma;Enumerar os documentos normais e as sua exigncias fiscais e legais;Listar os livros de escriturao interna e externa existentes.
Temas
Noo
Documentao
Livros: Obrigatrios e facultativos
Documentos de prestao de contas
ResumoQuestes e ExercciosResolues
1. NOO
Noo
O cdigo comercial estipula que todo o comerciante obrigado a ter escriturao mercantil (n2 do art18).
Escriturao
A escriturao ou escrita dum comerciante ou empresa o conjunto de documentos e livros que fazem o histrico do seu patrimnio comercial.
Nos livros registam-se as operaes representadas por documentos. So esses documentos que comprovam os lanamentos efectuados nos livros.
2. DOCUMENTAO
Os documentos so impressos que representam as operaes comerciais. Nenhuma operao deve ser registada nos livros sem haver um documento justificativo.
Os documentos constituem a base de toda a escrturao, pois a partir deles que as vrias operaes so registadas, e estes constituem nos Tribunais um meio de prova dessas operaes efectuadas pela empresa.
Os documentos podem ser classificados:
Documentos de movimento interno aqueles elaborados na prpria empresa e para seu uso interno (folhas de caixa, folhas de frias, notas de entrada, etc.);
Documentos de movimento externo aqueles que provm ou se destinam ao exterior (letras, facturas, cheques, recibos, etc.).
LIVROS: OBRIGATRIOS E FACULTATIVOS
A escriturao compreende no s a documentao, mas tambm os livros, nos quais se registam todos os factos que fazem variar o Capital prprio.
De acordo com o Cdigo comercial existe um regime de liberdade com restries na maneira como o comerciante deve organizar a sua escriturao.
Assim, o art 30 comea por dizer que o nmero e espcies de livros de qualquer comerciante e a forma da sua arrumao ficam inteiramente ao seu arbtrio, mas acrescenta depois contanto que no deixe de ter os livros que a lei considera como indispensveis (Cdigo Comercial).
Portanto, a primeira restrio a esta liberdade de actuao encontra-se no conjunto de livros obrigatrios para todo o comerciante.
Por outro lado, tambm a maneira de proceder escriturao fica condicionada ao disposto no art 29 todo o comerciante obrigado a ter livros que dm a conhecer fcil, clara e precisamente as sua operaes comerciais e fortuna (Cdigo Comercial).
Em concluso, para alm dos livros considerados obrigatrios, o comerciante pode adoptar todos os que julgar convenientes para a melhor elucidao e controlo das operaes comerciais realizadas so os chamados livros facultativos.
Os livros considerados obrigatrios vm enumerados no art 31:
Inventrio e balanos;Dirio;Razo;Copiador (de correspondncia)Livro de Actas (para as sociedades comerciais)
De acordo com os art 33 a 37 do Cdigo comercial, estes livros devem incluir:
Inventrio e balanos: o inventrio inicial, o balano sinttico a ele referido e os balanos anuais;
Dirio: por ordem de datas, todas as operaes que vai efectuando e provocam alteraes no seu patrimnio;
Razo: transcrio das operaes registadas no Dirio, ordenadas por contas;
Copiador: para manter em arquivo a correspondncia expedida, por ordem de datas;
Livro de actas: onde se registam as actas relativas a todas as reunies havidas nas sociedades comerciais.
Alm destes que so obrigatrios para todos os comerciantes com contabilidade organizada, outros livros so impostos pela legislao comercial e fiscal, apenas para o registao de determinadas operaes, para certas espcies de sociedades ou para certos ramos de negcio (bancos, seguros e outros).
Seja qual for a actividade da empresa e os livros obrigatrios para ela, certo que todos os livros obrigatrios que referimos devero, antes de serem utilizados, ser apresentados com as folhas j numeradas na repartio de finanas da rea fiscal do contribuinte, para que o chefe da repartio as rubrique e assine os respectivos termos de abertura e encerramento.
Comea-se ento a verificar que os livros obrigatrios esto sujeitos ao cumprimento de determinadas formalidades legais destinadas a evitar que se cometam fraudes e a garantir a verdade dos registos neles efectuados.
Estas formalidades dividem-se em dois tipos:
Internas
Apresentadas j as disposies legais que nos indicam o que deve ser registado em cada um dos livros obrigatrios (art 33 a 37 do Cdigo Comercial) analisemos os preceitos a observar na escriturao desses livros.
O art 39 A escriturao dos livros comercaisi dever ser feita sem intervalos em branco, entrelinhas, rasuras ou transportes para as margens. Se se houver cometido um erro ou omisso em qualquer assento, ser ressalvado por meio de estorno (Cdigo Comercial).
Claro que, por mais cuidado que se tenha na escriturao dos livros, est-se sujeito a enganos. Nesse caso qualquer erro ou omisso deve ser rectificado por meio de estorno (ver captulo VII Lanamentos).
Externas
Selagem dos livros obrigatrios: a declarao de recebimento do imposto de selo devido pelos livros feita na tltima pgina do livro respectivo.
Legalizao dos livros de Inventrio e Balanos e Dirio: segundo o art 32 do Cdigo Comercial estes livros antes de serem escriturados devem ser apresentados ao juz do tribunal competentes para que as suas folhas sejam numeradas e rubricadas e neles sejam lanados os respectivos termos de abertura e de encerramento.
A legalizao deve ser feita depois da matrcula do comerciante ou empresa na conservatria competente, onde os livros devem ser apresentdos para neles ser lanada a respectiva declarao de matrcula.
Naturalmente, depois de legalizados os livros esto em condies de serem escriturados mas no se podero fazer neles lanamentos com data anterior do termo de abertura, sob risco de incorrer em multas pesadas.
Actualmente, os livros apresentam duas formas: de livro e de folhas soltas que permitem a sua impresso por qualquer programa informtico, a nova redaco ao pargrafo 2 do art31 do Cdigo Comercial (Decreto-Lei n257/96).
A escolha e a adopo dos livros facultativos fica inteiramente ao arbtrio dos comerciante e empresas de acordo com as necessidades do seu comrcio.
Eis alguns mais utilizados:
Caixa: pagamentos e recebimentos de pequeno montanteDirio de compras: materiais de imobilizado, etc.Dirio de VendasDirio de operaes diversasRegisto de letras a receberRegisto de letra a pagar
Este tipo de separao advm do crescimento das empresas e da necessidade de segregar funes e especializar as pessoas por determinadas reas da contabilidade.
Com o avano da informtica possvel fazer uma boa separao da documentao por assuntos e lanar os documentos em dirios informticos, sem a necessidade de manter livros para o efeito.
DOCUMENTOS DE PRESTAO DE CONTAS
So um conceito influenciado pelos aspectos jurdicos no mbito dos quais os administradores e gerentes das sociedades tm o dever de anualmente prestar contas da sua gesto e da evoluo dos negcios e da situao patrimonial da empresa por si gerida. Por outro lado, nos casos de sociedades com Conselho Fiscal ou Fiscal nico, os Documentos de Prestao de Contas (DPC) tambm incluem os relatrios e pareceres das entidades encarregues da fiscalizao da sociedade e das suas Contas.
Decorre dos artigos 65 a 68 conjugados com os art 262 e 263, bem assim como para as Sociedades Annimas dos arts 451 a 455 do Cdigo das Sociedades Comerciais que a situao anual da sociedade apreciada pela Assembleia Geral e que nesse conjunto se incluem:
Um relatrio de gesto incluindo uma proposta de aplicao de resultados;
As Contas do exerccio: Balano, Demonstrao dos resultados e Anexo ao Balano e Demonstrao dos resultados;
Relatrio do Conselho Fiscal ou do Fiscal nico (se aplicvel);
Relatrio de Fiscalizao do Revisor Oficial de Contas (ROC) ou da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (SROC) (se aplicvel);
A Certificao Legal de Contas do ROC ou da SROC (se aplicvel.);
A que se juntam para efeitos de depsito e divulgao a Acta da Assembleia Geralde aprovao dos DPC.
O Mapa de origem e aplicao de fundos (MOAF) a Demonstrao dos fluxos de caixa (DFC) e a Demonstrao de resultados por funes so exigidos pelo ROC.
O seguinte quadro mostra para cada um dos DPC os responsveis pela sua elaborao e apresentao:
DPC
Servios de Contabilidade
Restantes
Administrao ou Gerncia
Conselho Fiscal
ROC SROCElaborao
Rel.Gesto
+
Balano+
Dem.Res.+
ABDR++
MOAF+
DFC+
CF/Relatrio
+
CLC
+Outros
+
Apresentao
Rel.Gesto
+
Balano
+
Dem.Res.
+
ABDR
+
MOAF
+
DFC
+
CF/Relatrio
+CLC
+
Outros
Os DPC constituem informao de interesse pblico e de relevncia social. Aps a aprovao em Assembleia Geral anual os mesmos, acompanhados da respectiva acta, devem ser depositados na Conservatria do Registo Comercial num prazo de 30 dias (n3 art15). Como a data da Assembleia geral no deve ir alm do 31 de Maro (n 5 do art 65, n 1 do art 376 do CSC), entrega far-se- at 30 de Abril (neste momento pode ir at 30 de Junho).
Os Tcnicos Oficiais de Contas (TOC) so os responsveis credenciados pela Contabilidade de uma empresa. So os nicos que esto autorizados a assinar as Contas, conjuntamente com os membros do Conselho de Administrao ou Gerncia.
Na maior parte das empresas so eles que preparam ou coordenam todas as demonstraes financeiras e funcionam como os porta-vozes da rea contabilstica para o Conselho Fiscal, ROC, ou Assembleia Geral.
Na ausncia do Secretrio da sociedade cabe-lhe a formalidade de depsito na conservatria das Contas da empresaVIGuia do FormandoContabilidade Bsica140
VIContabilidade BsicaGuia do Formando141
Resumo
Existem vrios livros obrigatrios como o Inventrio e Balanos, o Dirio, o Razo, o Copiador e o livro de Actas. A sua escriturao exige grandes cuidados.
Em paralelo, a empresa tem obrigaes legais adicionais, a elaborao dos Documentos de Prestao de Contas que devem ser divulgados e depositados na Conservatria e cuja coordenao pertence ao Tcnico Oficial de Contas.
Questes e Exerccios
Quais so os livros de escriturao obrigatrios para as sociedades por quotas?
Para que serve o livro de Razo?
Responda verdadeiro (V) ou falso (F) s seguintes questes, colocando uma cruz no quadrado respectivo:
VF
Os livros de Dirio e de Razo, antes de escriturados, devem ser selados e rubricados pelo Chefe da Repartio de Finanas.
Um livro de caixa um livro obrigatrio para as sociedades por quotas.
Os livros de Dirio e razo podem ser escriturados apenas uma vez por ms pelo resumo do movimento dos livros auxiliares.
As sociedades s so obrigadas a possuir o livro de actas.
A escriturao do livro de Dirio sempre efectuada por ordem de datas.
Os lanamentos efectuados no Dirio so obrigatoriamente registados em contas do Razo.
Um lanamento de 2 frmula apenas implica um registo a dbito numa determinada conta e um registo a crdito noutra.
De acordo com o Cdigo Comercial, quais so os livros de esc
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