contaminação microbiana de embalagens de madeira versus · composição dos alimentos ou uma...
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Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
ContaminaContaminaçção microbiana de ão microbiana de embalagens de madeira embalagens de madeira versusversus
embalagens de plembalagens de pláásticostico
FCT/UNL:FCT/UNL: Ana Ana LuisaLuisa Fernando, Ana Isabel Abrantes, Fernando, Ana Isabel Abrantes, MiryamMiryam Garcia, Benilde MendesGarcia, Benilde Mendes
Embar:Embar: Filipa Pico, JosFilipa Pico, Joséé AntAntóónio nio AlbertyAlberty
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Embalagens AlimentaresEmbalagens Alimentares• “...qualquer material ou objecto destinado a
entrar em contacto directo ou indirecto com os alimentos deve ser suficientemente inerte para excluir a transferência de substâncias para os alimentos em quantidades susceptíveis de representar um risco para a saúde humana ou de provocar uma alteração inaceitável na composição dos alimentos ou uma deterioração das suas propriedades organolépticas.”
Regulamento (CE) nº 1935/2004 relativo aos materiais e objectos destinados a entrar em contacto com os
alimentos
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Embalagens de MadeiraEmbalagens de Madeira
• Durante séculos, a madeira foi tradicionalmente utilizada na preparação, embalagem e transporte de bens alimentares
• No entanto, a higiene da madeira é um assunto muito discutido
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Embalagens de MadeiraEmbalagens de Madeira• Os materiais de madeira, especialmente as
pranchas de corte, são geralmente considerados pouco seguros devido– à sua elevada porosidade e capacidade de
absorção, que permitem a retenção da contaminação microbiana na matriz da madeira
Possibilidade de contaminação cruzada dos alimentos por microrganismos presentes nas superfícies da madeira
mas outros autores sugerem que esta possibilidade não é real
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Embalagens de MadeiraEmbalagens de Madeira
• Objectivo do Estudo:– Serão as embalagens de
madeira para produtos hortofrutícolas menos higiénicas do que as embalagens de plástico?
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Embalagens de Madeira vs Embalagens de Madeira vs PlPláásticostico
vs
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Ciclo de Vida das Ciclo de Vida das Embalagens de produtos Embalagens de produtos
HortofrutHortofrutíícolascolas
Acondicionamento de produtos hortofrutícolas
Transporte, comercialização
dos produtos
Risco: Contaminação das embalagens pelos produtos acondicionados!Contaminação cruzada se não existir higienização e desinfecção
das embalagens entre utilizaçõesde produtos anteriormente transportadosdos locais de armazenamento, etc
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Estudo 1Estudo 1• Avaliação da contaminação microbiana
em caixas de madeira (pinho) e em caixas de plástico (PEAD e PP) de produtos hortofrutícolas– Para comparar os dois tipos de materiais
• Colheitas realizadas no MARL– 4 Dezembro, 23 Janeiro , 13 Maio e 16 de Julho
2008
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Não se verificam diferenças significativas entre plástico e madeira
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Não se verificam diferenças significativas entre plástico e madeira
-1,00
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Fungos e Leveduras (25ºC) Fungos e Leveduras (37ºC)
log
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cm2
madeira
plástico
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Não se verificam diferenças significativas entre plástico e madeira
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Hortícolas Frutos
Coliformes Totais
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Madeira
Plástico
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Não se verificam diferenças significativas entre plástico e madeiraE. coli só foi detectada numa única amostra, numa caixa de plástico contendo laranjas
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Enterococos fecais Clostridium perfringens Pseudomonas B. cereus
log
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madeira
plástico
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
EstudoEstudo• Conclusão do Estudo
–Não se verificam diferenças significativas
entre a carga microbiana de caixas de madeira e de caixas de plástico
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Estudo 2Estudo 2• Contaminação de madeiras e de plásticos com
fungos e leveduras
• Estudo da evolução da contaminação em diferentes condições ambientais, ao longo de cerca de 20 dias
7ºC20ºC
7-10% H, na madeira20-25% H, na madeira
pinho de diferentes regiões do País: Alto Minho, Castelo de paiva e mealhada
diferentes tipos de plástico: PEAD e PP
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Estudo 2aEstudo 2aFUNGOS e LEVEDURAS (7ºC)
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DIAS APÓS INOCULAÇÃO
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Madeira
Plastico
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Estudo 2aEstudo 2a
FUNGOS e LEVEDURAS(20ºC)
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DÍAS APOS INOCULAÇÃO
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(U
FC/C
M2)
Madeira
Plastico
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Estudo 2aEstudo 2a• A madeira (de pinho) possibilita
um meio para o crescimento e desenvolvimento de fungos e leveduras
• Ao contrário do que acontece com os materiais de plástico comummente utilizados em caixas de produtos hortofrutícolas (PEAD e PP)
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Estudo 2aEstudo 2a
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Estudo 2bEstudo 2b• Contaminação de madeiras e de plásticos com B.
cereus
• Estudo da evolução da contaminação em diferentes condições ambientais, ao longo de cerca de 20 dias
7ºC20ºC
7-10% H, na madeira20-25% H, na madeira
pinho de diferentes regiões do País: Alto Minho, Castelo de paiva e mealhada
diferentes tipos de plástico: PEAD e PP
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Estudo 2bEstudo 2bB.cereus (7ºC)
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DIAS APOS INCUBAÇÃO
LOG
(UFC
/CM
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Madeira
Plastico
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Estudo 2bEstudo 2bB. cereus (20ºC)
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DIAS APOS INOCULAÇÃO
LOG
(UFC
/CM
2)
Madeira
Plastico
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Estudo 2bEstudo 2b• A 7ºC, a evolução da contaminação
com B. cereus é muito semelhante quer na madeira quer nos plásticos, observando-se um decréscimo ao longo do tempo.
• A 20ºC, na madeira verifica-se um decréscimo da contaminação ao longo do tempo.
• A 20ºC, no plástico, observa-se um aumento da contaminação ao longo do tempo.
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Efeito da temperaturaEfeito da temperatura• Não se observaram diferenças na
evolução da contaminação
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FUNGOS e LEVEDURAS
7ºC
20º
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B. cereus
7º
20ºC
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Efeito da humidade na Efeito da humidade na madeiramadeira
• Não se observaram diferenças na evolução da contaminação
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CM2)
DIAS APÓS INOCULAÇÃO
FUNGOS e LEVEDURAS
%H: 20-25
%H: 7-10
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DIAS APOS INOCULAÇÃO
B. cereus
%h20-25
%h7-10
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Efeito da proveniência da madeira de Efeito da proveniência da madeira de pinhopinho
• Não se observaram diferenças na evolução da contaminação
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DIAS APOS INOCULAÇÃO
FUNGOS e LEVEDURAS
ALTO MINHO
CASTELO DE PAIVA
MEALHADA
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CM2)
DIAS APOS INOCULAÇÃO
B. cereus
ALTO MINHO
CASTELO DE PAVIA
MEALHADA
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Efeito do tipo de plEfeito do tipo de pláásticostico• Não se observaram diferenças na
evolução da contaminação
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CM2)
DIAS APOS INOCULAÇÃO
FUNGOS e LEVEDURAS
PP
PEAD
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LOG(
UFC
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DIAS APOS INOCULAÇÃO
B. cereus
PP
PEAD
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Conclusões do EstudoConclusões do Estudo• Em caixas de produtos hortofrutícolas
• Não se observaram diferenças significativas entre caixas de madeira e de plástico em termos da sua contaminação microbiana
• Portanto, as caixas de plástico não são mais “higiénicas” do que as caixas de madeira
• A contaminação microbiana elevada verificada em algumas caixas de madeira e de plástico é resultado da falta de limpeza das caixas
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Conclusões do EstudoConclusões do Estudo• As caixas de madeira, se não forem
limpas e desinfectadas, possibilitam o crescimento e desenvolvimento de fungos e bactérias (tipo de microrganismos comummente encontrado em produtos hortofrutícolas)
• As caixas de plástico, se não forem limpas e desinfectadas, à temperatura de 20ºC, possibilitam o desenvolvimento de B. cereus (uma bactéria comummente encontrada em produtos hortofrutícolas)
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
Conclusões do EstudoConclusões do Estudo• Sugestão:
• A limpeza e desinfecção das caixas, quer de madeira quer de plástico, asseguram a diminuição da contaminação microbiana das caixas• Diminuição da contaminação
cruzada• Contribuição para uma melhor
qualidade e segurança alimentar
Ciclo de vida das embalagens de Madeira, Ciclo de vida das embalagens de Madeira, ExponorExponor, Porto, 8 Outubro 2008, Porto, 8 Outubro 2008
ContinuaContinuaçção do Estudoão do Estudo
• Avaliar a contaminação microbiana
em caixas de madeira e em caixas de plástico
quando sujeitas • a diferentes tipos de
limpeza• a diferentes tipos de
desinfecção
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