deerminantes da responsabilidade … congresso nacional de excelÊncia em gestÃo responsabilidade...
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DEERMINANTES DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA NO SETOR BANCÁRIO
Arnaldo de Jesus Guimarães Filho (UFF)
arnaldo@openlink.com.br
Eduardo Gomes (UFF)
gomeser@uol.com.br
Antonio Roberto da Silva (UFF)
arsilva@openlink.com.br
Izabel Cristina Guimarães Serra Sêca (UFF)
izabel.cristina@petrobras.com.br
Resumo
Este trabalho tem o propósito de divulgar pesquisa efetuada sobre a
motivação dos principais Bancos estabelecidos no Brasil em atuar na
área de Responsabilidade Social Corporativa. Para tanto, pesquisamos
a evolução do movimento pela Responnsabilidade Social Corporativa
no Brasil, identificamos a participação específica do setor bancário no
movimento de RSC e as justificativas por parte dos bancos para adesão
a RSC. Hoje já não basta o compromisso da empresa com ações de
responsabilidade social, digamos, extra-muros. É preciso agregar o
compromisso com a gestão dos negócios. Práticas corporativas
irresponsáveis, ou não éticas têm como conseqüência o agravamento
das condições de vida do planeta e toda sua forma de vida e ainda
coloca em risco a sustentabilidade da própria empresa. A
Responsabilidade Social Corporativa vai, portanto, muito além da
doação ou financiamento de projetos sociais. Nesse contexto, um
segmento econômico muitas vezes estigmatizado - os bancos - tem se
destacado no campo da Responsabilidade Social Corporativa. Estudar
este segmento é importante, por seu poder econômico, potencial de
investimentos e sua capilaridade e muito especialmente por ser um
segmento que pode ser definidor e multiplicador de práticas sociais
bem sucedidas.
Abstract
This work aims at publishing research done on the motivation of the
main Banks established in Brazil to act in the Corporative Social
Responsibility area. In order to do that we have researched the
evolution of Corporative Social Responsibiility in Brazil., we have
identified the specific participation of the banking sector in the CSR
31 de Julho a 02 de Agosto de 2008
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movement as well as the reasons why the banks would join in.
Nowadays the company’s commitment to social responsibility actions,
outside its territory is not enough, they need to add the commitment to
business management. Irresponsible and unethical corporative
practices will cause the living conditions of the planet and all its forms
of live to get worse and will jeopardize the company’s sustainability.
This way, the CSR goes way beyond donations or social projects
funding. In that context, the economic segment (banks), which is many
times stigmatized, has stood out in the CSR area. It’s important to study
this segment, due to its economic power, investment potential and its
capillarity, and especially since it can define and multiply well
succeeded social practices.
Palavras-chaves: Responsabilidade Social Corporativa;
Determinantes; Bancos
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1. INTRODUÇÃO
No Brasil, desde os anos 80, os enormes problemas sociais e ambientais têm feito com
que grande parte da sociedade se mobilize em torno de movimentos de denúncia e cobrança
por iniciativas que apontem estratégias eficazes e sustentáveis para a melhoria da qualidade de
vida da população e do desenvolvimento do país.
Seguindo uma tendência disseminada, o Estado convoca a sociedade e a iniciativa
privada para participar de maneira mais direta na solução de problemas e no encaminhamento
de diretrizes para desenvolvimento nacional – social e econômico. Já se sabe que não é
possível manter ilhas de riqueza em mares de pobreza. E isso não é só uma questão ética, mas
de sobrevivência do sistema e de garantia de rentabilidade das empresas privadas e
instituições públicas.
Pesquisa do Instituto de Pesquisas Aplicadas (IPEA, 2004), analisando o envolvimento
de empresas com práticas sociais no período de 1999-2004, mostra que a maior parte do setor
privado brasileiro está envolvida de alguma forma com a área social: 69% das empresas do
País desenvolvem ações em benefício da comunidade. São cerca de 600 mil empresas que dão
sua contribuição. O investimento realizado atingiu R$ 4,7 bilhões em 2004 - valor que
corresponde a 0,27% do PIB do País. Em 2000 essa relação era de 0,43% . Houve uma
redução na relação PIB X Investimento Total, não obstante, a participação empresarial na área
social aumentou em 10 pontos percentuais.
Tabela 1 - Investimento Social Privado, por Região: Montante de
recursos investidos* e comparação com o PIB, 2000 e 2004
Fonte: Pesquisa Ação Social das Empresas no Brasil - IPEA/DISOC (2006)
Nota: * Em valores constantes de 2004. Deflacionado pelo INPC médio anual
2000 2004
Sudeste 3,3 bilhões 0,66 0,34
Nordeste 537 milhões 0,20 0,22
Sul 562,7 milhões 0,19 0,19
Centro-Oeste 240,8 milhões 0,16 0,18
Norte 93,8 milhões 0,10 0,11
Brasil 4,7 bilhões 0,43 0,27
Recursos Investidos, em 2004
(em R$)
Recursos Investidos em Relação
ao PIB (%)
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Atualmente, contudo, já não basta o compromisso da empresa com ações de
responsabilidade social, “extra-muros”. É preciso agregar o compromisso com a gestão dos
negócios. Práticas corporativas irresponsáveis, ou não éticas têm como conseqüência o
agravamento das condições de vida do planeta e toda sua forma de vida. Quanto já se gastou
buscando combater o trabalho infantil e escravo, a poluição de rios, o desmatamento de
floresta? Quanto recurso foi destinado a corrupção e quanto imposto foi sonegado? A
Responsabilidade Social Corporativa vai, portanto, muito além da doação ou financiamento
de projetos sociais.
Nesse contexto, um segmento econômico muitas vezes estigmatizado – os bancos –
tem se destacado no campo da Responsabilidade Social Corporativa(RSC). O Instituto Ethos
de Empresas e Responsabilidade Social (referência internacional em RSC) tem entre seus
associados o Banco do Brasil, o Bradesco, a Caixa Econômica Federal e o Banco Itaú (que
figuram entre os maiores patrimônios do setor no Brasil), ABN Amro Real, HSBC, Santander
Banespa, Banco Safra, entre outros.
Os bancos atuam basicamente como captadores de recursos, com o objetivo de que
sejam repassados aos tomadores de crédito. Acolhem depósitos de grande parcela das
disponibilidades das empresas e das famílias. Estão presentes em quase todas as cidades
brasileiras, num movimento crescente que envolve como clientela, mesmo os segmentos de
mais baixa renda da população. Atualmente os benefícios sociais do Governo Federal já são
todos pagos por meio de cartões eletrônicos: Bolsa Família, Benefício de Prestação
Continuada e Bolsa Auxílio para jovens menores de 18 anos.
Por essa capilaridade e por seu poder econômico, o setor bancário pode ser um forte
indutor da disseminação da prática da responsabilidade social no Brasil, tanto pelo exemplo,
como pela influência que pode exercer junto a seus clientes e em suas relações negociais.
Propusemos-nos aqui a pesquisar os fatores que determinam a adoção por parte dos
bancos selecionados de práticas de Responsabilidade Social e como expressam esse
comprometimento.
2. OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho é identificar os fatores que determinam a adesão dos bancos
à responsabilidade social e como expressam esse comprometimento. Para cumprir esse
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objetivo foi necessário pesquisar e compreender melhor questões como a evolução das
práticas de responsabilidade social corporativa, e como o setor bancário se inseriu nesse
movimento.
3. METODOLOGIA
Muitos caminhos podem ser trilhados para construir-se uma pesquisa. Mas deve ser
precisamente especificado o que se deseja encontrrar e determinada uma maneira de fazê-lo,
ou seja, deve ser feito o desenho do mapa da pesquisa. Nesta pesquisa procurou-se a
utilização do método indutivo, passando da instância particular para princípios gerais, dos
fatos e dados para a teoria.
Para GIL (2006), no método indutivo, parte-se da observação de fatos ou fenômenos
cujas causas se desejam conhecer. A seguir, procura-se compará-los, com a finalidade de
descobrir as relações existentes entre eles. Por fim, procede-se à generalização, com base na
relação verificada entre os fatos ou fenômenos. Este método é importante na constituição das
ciências sociais.
Nesta pesquisa foram efetuadas adaptações no modelo proposto, visto que não houve
hipóteses de pesquisas e testes a realizar. Partimos inicialmente de algumas premissas que nos
guiaram na busca da compreensão da institucionalização da Responsabilidade Social
Corporativa.
Buscou-se contextualizar a Responsabilidade Social Corporativa no Brasil, indicando
suas principais características e atores e identificar, nesse cenário, como se colocam os
bancos.
Foram definidas como amostras da pesquisa oito instituições financeiras de grande
porte estabelecidas no Brasil. Considerados alguns preceitos, tais como: Os maiores por
patrimônio líquido, buscando representatividade dos estabelecimentos em relação ao
segmento definido como objetivo de estudo da pesquisa, quantidade de agências, buscando as
instituições com maior capilaridade geográfica, por conseguinte, os com maior poder de
disseminação da prática eficaz da Responsabilidade Social.
A coleta de dados para a elaboração deste artigo foi feita por meio da Internet, nos
websites das organizações bancárias e suas fundações e institutos, identificadas como objeto
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do trabalho, por meio de pesquisa na mídia, de confecção e de envio de questionários às
organizações e entrevistas pessoais e por telefone com seus representantes.
O questionário contém cinco questões:
Qual a motivação que levou a instituição a adotar a Responsabilidade Social?
Quais os atributos prioritários para a instituição?
O que leva a empresa a realizar ações sociais ou culturais em benefício da
comunidade?
A instituição teve dificuldades internas e externas na implantação das ações
sociais, culturais e ambientais?
Quais os resultados alcançados?
A instituição foi solicitada a responder a cada item proposto em cada questão
circulando o número apropriado numa escala progressiva do questionário, em que o número 1
significa que a instituição discorda plenamente da questão, e o número 7 significa que a
instituição concorda plenamente com a assertiva.
4. Bancos Identificados
Foram escolhidas como objeto de estudo 08 organizações bancárias que estão entre as
que têm maior patrimônio, segundo dados publicados pelo Banco Central do Brasil em 31 de
dezembro de 2005. Estas organizações representavam 48,23 % do total do sistema financeiro
nacional medido pelo Patrimônio Líquido Ajustado
Tabela 2 – Bancos Pesquisados
Fonte: Banco Central do Brasil
ABN AMRO Real Mútiplo 9,218
Caixa Econômica Federal Comercial 7,952
HSBC Mútiplo 3,467
Bank Boston Mútiplo 2,124
Total da Amostra 86,064.
Total do Sistema Financeiro 178,453
% Participação da
Amostra48.23
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5. Responsabilidade Social Corporativa
Nas últimas décadas, emergiu e se consolidou um campo de críticas e denúncias do
impacto da atividade humana e desenvolvimento econômico sobre os recursos naturais e
sobre a sociedade.
Em 1983 a Organização das Nações Unidas – ONU, criou a Comissão Mundial sobre
meio Ambiente e Desenvolvimento que definiu o desenvolvimento sustentável como aquele
capaz de suprir as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender as
necessidades das futuras gerações. Desenvolvimento sustentável implica qualidade além, ou
em vez de quantidade. Em 1992, realizava-se no Brasil, Rio de Janeiro, a Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio-92, que propaga a importância
da consciência ecológica.
Em setembro de 2000, a ONU promoveu o maior encontro de dirigentes mundiais já
realizado, reunindo 147 chefes de Estado e de governo, na Cúpula do Milênio. Foi aprovada,
então, a Declaração do Milênio das nações Unidas, que propõe, nada menos, que superar a
distribuição profundamente desigual dos benefícios e dos custos da globalização.
Nesse contexto, se apresenta um campo de críticas específicas à conduta empresarial,
que coincidem com o desenvolvimento do capitalismo e com a ampliação das distâncias
sociais. Põe-se em questão a conduta do empresariado, que representa não só a classe
dominante, mas principalmente o capital financeiro.
A partir da década de 80, com a crise internacional, a derrocada dos regimes
socialistas do leste europeu, ressurgem as políticas neoliberais, com o capitalismo
expandindo-se para todo o mundo. O fim da Guerra Fria e a onda de novas tecnologias, que
traz uma verdadeira revolução no mundo da informação, implicam num processo de
aceleração da globalização e a financeirização da economia. Para o segmento econômico que
nos interessa aqui, esse processo de financeirização da economia, e o rápido fluxo de capitais
por meio de tecnologias de informação, são fatores de crescimento do poder econômico e
social das organizações bancárias.
Em contrapartida, os problemas sociais, as desigualdades, a concentração de poder e
renda, e as questões ambientais aumentam em todo o mundo.
Na América Latina, com os processos de queda das ditaduras militares e a re-
democratização, ressurgem os movimentos sociais e os fóruns de luta contra a exclusão, por
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direitos humanos e sociais, por cidadania. Por outro lado, muitos países vão sofrer os efeitos
da inflação, da crise econômica, do peso das dívidas externa e interna. O Estado se ajusta às
condições da economia globalizada, e cada vez apresenta menores condições de responder às
demandas sociais. É flagrante a incapacidade das políticas de assistência social – protetoras e
promotoras – de atender e combater a pobreza, deixando expostas as mazelas da chamada
exclusão.
No cenário político, destacam-se novos atores: as organizações não governamentais
ONGs, as agências internacionais, e o próprio empresariado.
FALCONER (2001), lembra que “um importante componente do terceiro setor
brasileiro, as entidades que se identificam como organizações não governamentais, foram as
primeiras a se organizar coletivamente e a apresentar sua identidade e seus valores comuns à
sociedade, baseadas na negação do assistencialismo e promoção de defesa de direitos”.
É a partir da década de 90 que se amplia significativamente o Terceiro Setor,
constituído por organizações que atuam na esfera social, ONGs, Fundações Empresariais e
Institutos, Organismos Internacionais de Cooperação, organizações locais populares e
associações de moradores. Todos esses atores, influenciando a opinião pública e ocupando
espaço na imprensa e nos grandes debates nacionais, denunciam as diferentes faces da
pobreza no Brasil, a urgência do combate à desigualdade e da implantação de políticas e ações
de promoção social. Qual o papel do empresariado brasileiro nesse esforço nacional de
superação da pobreza?
O empresariado vai se agregar ao Terceiro Setor, constituindo-se em mais um
interlocutor e ator no cenário de definição de estratégias de combate à pobreza.
Responsabilidade Social Corporativa surge, entre outros motivos, como uma resposta do
empresariado às demandas desses movimentos de crítica a deterioração da situação social e as
condições de desigualdade, e principalmente da inoperância do Estado na resolução dos
problemas.
CAPPELIN e GIULIANI (2002,p.115) vêem a responsabilidade social das empresas
como uma mudança de paradigma de seu processo de gerar lucros em busca da plena
realização:
“Na busca de eficiência e excelência empresarial, parece não ser mais satisfatório a
tradicional alquimia do cálculo custo-benefício com o aumento da produtividade e a
ampliação das vendas o mercado”. Os critérios de avaliação do sucesso começam a
incorporar dimensões que vão além da organização econômica e que dizem respeito á
vida social, cultural e à preservação ambiental. Pode-se dizer que a eficiência não é só
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“fazer as coisas bem”, segundo as regras de mercado, mas é “fazer as coisas boas,
segundo princípios éticos.”
GARCIA (2004,p.16), explicita as condições em que o empresariado é convocado a
participar, no caso brasileiro:
“ Em um cenário de crise de motivação para a vida pública, marcada por uma baixa
credibilidade em relação às instituições sociais, o empresário aparece como o ator
qualificado a instituir a lógica de eficiência e do jeito novo de “fazer o bem”.
Para MAIMON (2006,p.1) a responsabilidade social corporativa “compreende um
grande número de ações e atitudes voluntárias e de mudança de postura em relação ao papel e
função social das empresas que transcendem os requisitos legais e regulatórios”. As empresas
começam a assumir verdadeiramente um compromisso de disseminar valores éticos de
consciência social e ambiental.
É evidente que o objetivo prioritário da empresa é a obtenção de lucros. Isso, no
entanto, não pode mais excluir a incorporação de objetivos sociais e ambientais, o que integra
a responsabilidade social no núcleo da estratégia de gestão empresarial – nos investimentos,
nas operações, na política de pessoal. Como afirma MAIMON (2006, p.2)
“As trocas transcendem os aspectos estritamente econômicos e incluem relações de confiança,
idéias e normas éticas. Os denominados ativos intangíveis, isto é, o conjunto de recursos não
materiais, como o conhecimento e a reputação, passam a adquirir uma importância estratégica nos
negócios. Para a empresa, ter sua reputação maculada pode significar um prejuízo em termos de
sabotagem dos clientes, maior controle dos órgãos fiscalizadores, exclusão de fundos sociais, entre
outros.”
Organizações privadas autônomas vão assumir parte da competência estatal de atender
as demandas sociais da população. Principalmente em países em desenvolvimento, as
organizações privadas assumem não só uma postura mais ética e mais responsável em relação
aos seus empregados, à transparência de suas atividades e preocupação com o meio ambiente,
financiam e executam ações e projetos sociais. A Responsabilidade Social Corporativa é,
antes de mais nada, a extensão do papel empresarial para além de seus objetivos econômicos.
Há autores que consideram esse movimento uma atuação mais ética e comprometida
com a sustentabilidade, como uma ação voluntária, uma iniciativa espontânea das
organizações para a construção de uma sociedade mais justa e um meio ambiente saudável.
No entanto, na identificação das causas desse movimento de incorporação da
Responsabilidade Social Corporativa como uma prática de muitas empresas é preciso apontar
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que essa ampliação da função social do empresariado responde à própria dinâmica do sistema
capitalista, que precisa renovar-se continuamente para perpetuar-se.
Esse movimento empresarial de entrada no universo da ação social é visto também
como fundamental para a sustentabilidade de muitas organizações não governamentais.
Segundo GARCIA (2004,p.21),
A participação empresarial possibilita fomentos em um expressivo número de organizações
com capital e recursos administrativos escassos, além de projetar a visibilidade desse setor de
forma muito mais expressiva que qualquer outro grupo nele representado. As premiações de
iniciativas não-governamentais patrocinadas por empresas são exemplos fortes dessa estratégia
de propaganda.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), no início da
década de 90, com sua mobilização nacional em torno principalmente do combate à fome, e
mais tarde, em 1997, com a campanha pelo Balanço Social, começa a disseminar a
Responsabilidade Social Corporativa. Logo depois, na esteira desse movimento nasce o
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, representante do próprio
empresariado, que entra no movimento pela RSC.
A Responsabilidade Social Corporativa se institui no mercado como um diferencial na
imagem da empresa e tem valor estratégico para a organização. Caberá a empresa definir seu
nicho de prática social. Os valores corporativos expressos em suas ações, campanhas e
financiamentos distinguem a organização no mercado e atraem consumidores e investidores
que se identificam com a empresa.
Todas estas mudanças, no Brasil, podem ser melhor entendidas lembrando-se que:
Historicamente a Assistência Social brasileira compreendia ações paternalistas e clientelistas
do poder público, favores concedidos aos usuários, o que pressupunha que o atendimento era a
um favorecido, e não a um cidadão usuário de um serviço ao qual tinha direito. A Assistência
confundia-se com a ajuda aos pobres e necessitados, é mais uma prática que uma política. A
partir de 1988, a Assistência passou a ser uma política pública que compreende um conjunto
integrado de ações e iniciativas dos poderes públicos e da sociedade. (ZANIRATO, 2001 p50)
No entanto, cabe ressaltar que mesmo em países onde as pesquisas sobre a relação
entre desempenho social e desempenho financeiro são mais sistemáticas não existem dados
conclusivos, que demonstrem que a responsabilidade social contribui para a rentabilidade da
organização. .
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6. Breve História e Números dos Bancos no Brasil
Na Europa, a atividade bancária se expande a partir do Renascimento mercantil, com a
expansão da economia de mercado. Multiplicam-se os cambistas que terminam por criar uma
estrutura creditícia para atender às necessidades do comércio e dos negócios.
A história dos bancos no Brasil é também a história do crédito, com as suas fases de
prosperidade e depressão, nela se refletindo nitidamente a evolução econômica do país. Essa
trajetória foi marcada, nas últimas décadas pelos inúmeros planos econômicos e inflação.
O Plano Real, de 1994, foi certamente um marco para o sistema bancário, e provocou
impactos profundos na estrutura e funcionamento dos bancos no Brasil, que tiveram que rever
suas estratégias de atuação para se ajustarem ao fim das receitas inflacionárias. Readaptaram
suas estruturas administrativas, reduziram custos e procuraram novas fontes de receita. Muitos
bancos quebraram antes de conseguir adaptarem-se ao novo contexto. Bancos tradicionais,
como o Econômico, Nacional e o Bamerindus sofreram intervenções e depois foram
comprados por outros bancos, nacionais ou estrangeiros. Isso definiu uma maior
concentração do sistema.
No Brasil, a rede bancária se distribui de maneira bastante desigual no espaço
geográfico. Cerca da metade do PIB do setor tem origem no estado de São Paulo; 12 a 14%
no Distrito Federal; cerca de 10% no Rio de Janeiro. Há vinte anos, o Rio de Janeiro
respondia 17,5% e São Paulo por 41,5%.
Cinco (5) dos Bancos privados objetos da pesquisa, excluindo-se, portanto, os bancos
estatais e caixa econômica federal, possuíam em Agosto de 2006, 8.030 agências,
representando 45% do total geral das agências no país, demonstrando sua capilaridade e
representatividade na amostra. Em 2001 esse percentual representava aproximadamente 39%,
o que indica a concentração do número de agências nos maiores bancos.
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Tabela 3 - Bancos Privados com Maiores Redes de Agências no País
Fonte: Banco Central do Brasil SITE www.bcb.gov.br acessado em 20.10.2006
Os 50 maiores bancos, no ranking estabelecido pelo Banco Central (2005) em
dezembro de 2005, tiveram lucros na ordem de R$ 15,2 bilhões e um patrimônio líquido de
aproximadamente R$ 126,2 bilhões, o que equivale a aproximadamente 6,6% do PIB no
mesmo período. A maior parte destes totais está concentrada nos dez maiores babncos.
7. Responsabilidade Social no Setor Bancário
Tem-se notado, de alguns anos para cá, uma crescente consciência de que a empresa
pode e deve assumir, dentro da sociedade, um papel mais amplo, transcendente ao de sua
vocação básica de geração de riqueza.
O papel da iniciativa privada na construção do Brasil do milênio que se inicia é um
novo e grande desafio para a comunidade empresarial. Trata-se de uma inovadora relação
com a sociedade e com o mundo dos negócios, que possibilita o enfrentamento das
adversidades sociais. Consiste no investimento de recursos tecnológicos, financeiros e
humanos na formação da chamada cidadania empresarial (...). A empresa privada é co-
responsável, com a administração pública, pelos problemas que atingem a comunidade.
Empresas cidadãs e socialmente responsáveis, os bancos vêm contribuindo para a melhoria da
qualidade de vida e para a construção de uma sociedade mais justa (FEBRABAN, 1999)
Destacamos que a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), publica desde 1993
- portanto antes mesmo da criação do Instituto Ethos -, um relatório anual que apresenta a
participação e o envolvimento do setor bancário no atendimento às demandas da sociedade.
BANCO
2001
(Dez)
2002
(Dez)
2003
(Dez)
2004
(Dez)
2005
(Dez)
Ranking
2005
2006
(Ago)
Bradesco 2,406 2,508 2,832 3,003 2,921 2 2,996
Itaú 1,504 1,670 1,708 2,190 2,300 3 2,345
HSBC 989 943 925 923 931 5 933
Unibanco 904 896 903 914 913 6 932
Abn Amro Real 756 793 788 779 776 7 824
Sub Total 6,559 6,810 7,156 7,809 7,841 8,030
Demais Bancos 10,282 10,239 9,673 9,451 9,786 9,834
TOTAL GERAL 16,841 17,049 16,829 17,260 17,627 17,864
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8. Análise Comparativa dos Dados Obtidos
Com base nas pesquisas realizadas com os bancos Itaú, Unibanco, Banco do Brasil,
Bradesco, Bank Boston, HSBC e ABN/Real levando-se em conta quais os determinantes os
motivaram para implantação da Responsabilidade Social para constarmos perguntamos: Qual
a motivação que levou a instituição a adotar a Responsabilidade Social Corporativa, Quais os
atributos prioritários, O que leva a realizar as ações sociais, Quais as dificuldades internas e
externas para implantação das ações sociais, culturais e ambientais e por fim Quais os
resultados alcançados.
No item o que motivou a instituição a adotar a responsabilidade social os quesitos com
média acima de 6 são para Manter a continuidade nos investimentos sociais, Ética com os
empregados e nos relacionamentos comerciais. As respostas com média entre 5 e 3 foram
Competitividade de Mercado, Inserção em Índices de Sustentabilidade, Manutenção de
Parcerias, Ganhos de Imagem ou Produtividade, Pressão Social e Utilização de Incentivos
Fiscais. Já as abaixo de 2 são Contratos com o Estado, Descrédito do Estado e Pressão dos
Acionistas.
Podemos então afirmar que o que mais pesou na decisão foi mais a Ética, os índices de
sustentabilidade do que por pressão dos acionistas ou a social.
Já no atributo prioritário para a aplicação da Responsabilidade Social existe
unanimidade com média 7 no item Ética em relação ao segmento, os demais itens se mantêm
em torno de 6 a 7 de média e o mais assustador é que o item Defesa do Meio ambiente tem a
menor importância com média 5.
Na pergunta o que leva a empresa a realizar ações sociais ou culturais em beneficio da
comunidade os item que obtiveram a média em torno de 1 são os motivos religiosos e os
pedidos de políticos, em torno de 5 são os de cunho humanitário e entre 6 e 7 o maior foi o de
colaborar na redução de problemas sociais, isso demonstra que o conceito de responsabilidade
já esta quase totalmente entranhado nas instituições. Vale ressaltar nesse item que o HSBC
leva muito em conta o Desenvolvimento Local e a Inclusão Social.
Considerando as respostas com maior freqüência (moda), sobre os determinantes da
implantação da Responsabilidade Social na instituição, constatou-se que aproximadamente
70%, também definiram Ética com empregados e com relacionamentos comerciais como
motivação principal. A manutenção de parcerias e continuidade nos investimentos sociais,
também foram confirmadas como determinantes ao considerarmos as respostas de maior
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freqëncia. Da mesma forma, a pressão social de acionistas,diretores e descrédito no Estado,
foram ratificados como de menor importância, o que comprova que nossa sociedade, de
alguma forma, ainda não está cobrando de seus empresários, atitudes que gerem retorno direto
à sociedade em atividades sociais.
Sobre os resultados alcançados, considerando as respostas com maior freqüência,
detectou-se que houve contribuição para os objetivos estratégicos da instituição, melhora na
relação com a comunidade e compromisso do empregado com a instituição. Por outro lado, a
adoção de RS não influenciou o desempenho financeiro e as ações sociais não têm
influenciado na melhoria da imagem na instituição.
Com relação as dificuldade de implantação a maior dificuldade apontada foi na
mensuração dos resultados e a menor foram às baixas qualidades dos projetos sociais e o
trabalho em equipe de profissionais e voluntários. Fica claro então, que apesar dos diversos
problemas sociais do Brasil ainda não conseguimos profissionais capacitados para, pelo
menos, tentar mapear esses problemas e planejar ações que possam minorá-los ou ainda
melhorá-los ou extingui-los.
Nos resultados alcançados existe uma contradição com as respostas anteriores, pois as
respostas ficam na média de 6 a 4 sendo que a maior média obtida é a que revela que houve
uma melhora na relação com a comunidade e com os empregados e as abaixo de 4 foram os
itens sobre a influência das ações sociais na imagem da instituição e o desempenho financeiro.
As instituições de maneira geral afirmam que não levaram em conta a melhoria do
relacionamento com a comunidade agora dizem que obtiveram essa melhoria, então pode se
dizer que isto pesa e pesou na hora da decisão.
Abaixo os gráficos que espelham e resumem as questionários respondido pelos
bancos.
IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras
Niteroi, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008
IV CNEG
15
Qual a Motivação?
0 1 2 3 4 5 6 7
Competitividade do mercado
Contratos com o Estado
Descrédito do Estado
Ética com seus empregados
Ética com fornecedores
Fiscalização pelo consumidor
Ganhos de imagem ou produtividade
Incentivos Fiscais
Inserção em índices de sustentabilidade
Continuidade nos investimentos sociais
Manutenção de parcerias
Pressão dos acionistas e diretores
Pressão Social
Qual o atributo?
0 1 2 3 4 5 6 7
Defesa do Meio Ambiente
Valorização dos Funcionários
Postura ética em relação ao Cliente
Pagamento de impostos
Postura ética com Fornecedor
Apoio e investimentos Projetos Sociais
Ética em relação ao segmento
Qual a Motivação
O que leva a instituição?
0 1 2 3 4 5 6 7
Humanitários
Religiosos
Redução de problemas
sociais
Atender a comunidade local
Pedidos de amigos e
políticos
Políticas públicas
Dificuldades Internas e Externas
0 1 2 3 4 5 6 7
Identif icação e manutenção de parcerias
Seleção de projetos sociais
Projetos nas áreas de interesse da instituição
Formação de rede de trabalhos
Trabalho em equipe de profissionais e voluntários
Baixa qualidade dos projetos sociais disponíveis
Continuidade dos projetos
Mensuração dos resultados
Sustentabilidade dos projetos
O que leva a instituição a realizar ações sociais
Dificuldades Internas e Externas
IV CNEG
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Resultados Alcançados
0 1 2 3 4 5 6 7
Houve cont r ibuição para os objet ivos est rat égicos
Houve melhoria na mot ivação e na produt ividade
Houve melhoria da imagem inst it ucional?
Melhoria do compromisso do empregado?
Houve melhoria da relação da empresa com a comunidade?
Melhoria nas condições de vida dos empregados?
Há ref lexos na sat isf ação do dono ou principal execut ivo?
Inf luenciou o desempenho f inanceiro da inst it uição?
O desempenho f inanceiro inf luencia as ações de RSE?
Ações sociais inf luenciado na imagem da inst it uição?
9. Conclusões
A adoção da Responsabilidade Social Corporativa pelo setor bancário é um fenômeno em
expansão e sedimentação. O próprio desenvolvimento do capitalismo e as contradições inerentes
ao sistema requerem do empresariado uma nova postura em relação à sociedade e ao meio
ambiente. Incorporar as demandas sociais principalmente nos países em desenvolvimento, onde
as condições de vida dos segmentos mais pobres da população constituem uma denúncia da
desigualdade social, passa a ser minimamente uma resposta ética e necessária do empresariado.
Principalmente o setor dos intermediários financeiros, por ser historicamente associado à
especulação, a uma atividade não produtiva, precisa dar respostas concretas e eficazes às
demandas que, no Brasil, começam a ganhar consistência política a partir do processo de
abertura, e se firmando na década de 90.
Hoje, o empresariado brasileiro, e no caso em estudo, o setor bancário, incorpora
discursos e práticas do Terceiro Setor, utilizando a justificativa do bem comum para a adoção de
Resultados Alcançados
IV CNEG
18
práticas sociais. Por sua capilaridade, o setor bancário deve ser hoje, um multiplicador de
práticas bem sucedidas. Já existem ações de responsabilidade social a partir da união de diversas
instituições financeiras, como o Programa Aliança Social pela Educação, que criou, em 2000, o
Programa Banco Escola. A Aliança é formada pelo ABN Amro Bank, Citibank, Fundação Banco
do Brasil, JP Morgan e Santander Banespa.
No entanto, consideramos importante ressaltar aqui uma linha investigativa que merece
ser visitada, qual seria a transformação da Responsabilidade Social em um negócio rentável, que
vai muito além do posicionamento da marca. Bancos como o Bradesco, HSBC e principalmente o
ABN Amro Real, têm desenvolvido estratégias de incorporação da RSC na própria essência da
atividade bancária, criando produtos inerentes à sua atividade e que, no entanto, ficam arrolados
como práticas de Responsabilidade Social.
10. Referências
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Paulo:Saraiva, 2005.
CAPPELLIN, Paola; GIULIANI, Gian Mário; MOREL, Regina; PESSANHA, Elina. As
organizações empresariais brasileiras e a responsabilidade social. In Kirschner, Gomes
eCappellin (orgs.). Empresa, empresários e globalização. Rio de Janeiro: Relume Dumará:
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CASTRO, Eduardo Carvalho de. A CPI do sistema financeiro e as reformas institucionais.
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CRUVINEL, Elvira. Dinâmica de Institucionalização de Práticas Sociais: Estudo da
Responsabilidade Social no Campo das Organizações Bancárias. Tese apresentada ao Centro
de Formação Acadêmica e de Pesquisa da Ebape.
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Disponível em: <http://www.sustainability-indexes.com/>. Acesso em: 14 jun.2005.
ESTRELA ALFA EDITORA. História das instituições financeiras e sua contribuição ao
progresso econômico dos povos.São Paulo: Estrela Alfa Editora, 1972.
(FEBRABAN, 1999), citado por Elvira Cruvinel Ventura, em Tese apresentada ao Centro de
Formação Acadêmica e de Pesquisa da Ebape, Dinâmica de Institucionalização de Práticas
Sociais: Estudo da Responsabilidade Social no Campo das Organizações Bancárias).
IV CNEG
19
FALCONER,A.P. e VILELA, R. Recursos privados para Fins Públicos. As Grandmakers
Brasileiras, Gife, São Paulo: Peirópolis, 2001
GARCIA,J. O Negócio Social, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2004
GLOBALCOMPACT,The.Os dez princípios universais do Pacto Global. Disponível em:
<http://www.pactoglobal.org.br/pg_principio.php>. Acesso em: 01 fev.2005.
GLOBAL REPORTING INITIATIVE. GRI. GRI 2002 Diretrizes para Relatórios de
Sustentatibilidade. Disponível em:<http://www.globalreporting.org/>.
INSTITUTO BRASILEIRO DE ANÁLISES SOCIAIS E ECONÔMICAS (IBASE).
Balanço social:transformando a frieza dos números em responsabilidade social. Disponível
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LANDIM, Leilah. Para além do mercado e do Estado? Filantropia e cidadania no Brasil.
Série Textos de Pesquisa. Rio de Janeiro: ISER, 1993.
MAIMON, Dália, Determinantes de Responsabilidade Socioambiental das Empresas
Brasileiras,CADMA, Rio de Janeiro, 2006
ZANIRATO, s.m. Estado e Políticas Públicas: a questão social no Brasil. In: ZANIRATO,
S.M.; MARANHÃO, T.G. Capacitação de Conslheiros da Assistência Social. Maringá: IPU,
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Websites
www.ipwa.gov.br, acesso em 12.10.2006
www.bbc.co.uk,acesso em 11.10.2006
www.fundacaobradesco.org.br, acesso em 10.10.2006
www.itaucultural.org.br, acesso em 10.10.2006
www.fundacaoitausocial.org.br, acesso em 08.10.2006
www.institutounibanco.org.br, acesso em 10.10.2006
www.bancoreal.com.br acesso em 12.10.2006
www.hsbc.com.br,acesso em 09.10.2006
www.febraban.com.br,acesso em 20.10.2006
www.bcb.gov.br, acesso em 19.10.2006
IV CNEG
20
ANEXO I Formulário para levantamento dos dados da pesquisa sob o tema: “Determinantes da Responsabilidade Social Corporativa no Setor Bancário”
Nome do Banco
Responsável pela coordenação do preenchimento
Nome:
Cargo e Área:
Telefone para contato
Instruções para preenchimento
Responda cada item circulando o número apropriado na escala progressiva do questionário, em que:
♦ o número 1 significa que você discorda plenamente da questão;
♦ o número 7 significa que você concorda plenamente com ela em relação à sua instituição;
Responda todas as questões de forma consciente, responsável e criteriosa, independentemente do
tempo consumido para a execução dessa tarefa.
Em caso de dúvida, favor contatar Sr. Antonio, telefone 21 21 3212 2768 e-mail arsilva@vm.uff.br
Questionário:
1) Qual a motivação que levou a instituição a adotar a Responsabilidade Social Corporativa?
1) Competitividade do mercado 1 2 3 4 5 6 7
2) Contratos com o Estado 1 2 3 4 5 6 7
3) Descrédito do Estado 1 2 3 4 5 6 7
4) Ética com seus empregados 1 2 3 4 5 6 7
5) Ética nos seus relacionamentos comerciais 1 2 3 4 5 6 7
6) Fiscalização pelo consumidor 1 2 3 4 5 6 7
7) Ganhos de imagem ou produtividade 1 2 3 4 5 6 7
8) Utilização dos recursos dos incentivos fiscais previstos em Lei 1 2 3 4 5 6 7
9) Inserção em índices de sustentabilidade 1 2 3 4 5 6 7
10) Manter a continuidade nos investimentos sociais 1 2 3 4 5 6 7
11) Manutenção de parcerias 1 2 3 4 5 6 7
12) Pressão dos acionistas e diretores 1 2 3 4 5 6 7
13) Pressão Social 1 2 3 4 5 6 7
14) Outras (descrever abaixo)
1 2 3 4 5 6 7
2) Qual desses atributos é prioritário para a instituição?
1) Defesa do Meio Ambiente 1 2 3 4 5 6 7
2) Valorização dos Funcionários 1 2 3 4 5 6 7
3) Postura ética em relação ao Cliente 1 2 3 4 5 6 7
4) Pagamento de impostos 1 2 3 4 5 6 7
5) Postura ética em relação a Fornecedor 1 2 3 4 5 6 7
6) Apoio e investimentos em Projetos Sociais 1 2 3 4 5 6 7
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21
7) Ética em relação ao seu segmento 1 2 3 4 5 6 7
8) Outras (descrever nas linhas abaixo)
1 2 3 4 5 6 7
3) O que leva a empresa a realizar ações sociais ou culturais em benefício da comunidade?
1) Humanitários 1 2 3 4 5 6 7
2) Religiosos 1 2 3 4 5 6 7
3) Colaborar na redução de problemas sociais 1 2 3 4 5 6 7
4) Atender a comunidade local 1 2 3 4 5 6 7
5) Pedidos de amigos e políticos 1 2 3 4 5 6 7
6) Colaborar com as políticas públicas 1 2 3 4 5 6 7
7) Outras (descrever abaixo)
1 2 3 4 5 6 7
4) A Instituição teve dificuldades internas e externas na implantação das ações sociais, culturais e ambientais. 1) Identificação e manutenção de parcerias 1 2 3 4 5 6 7
2) Seleção de projetos sociais 1 2 3 4 5 6 7
3) Identificação de projetos nas áreas de interesse da instituição 1 2 3 4 5 6 7
4) Formação de rede de trabalhos 1 2 3 4 5 6 7
5) Trabalho em equipe de profissionais e voluntários 1 2 3 4 5 6 7
6) Baixa qualidade dos projetos sociais disponíveis 1 2 3 4 5 6 7
7) Continuidade dos projetos 1 2 3 4 5 6 7
8) Mensuração dos resultados 1 2 3 4 5 6 7
9) Sustentabilidade dos projetos 1 2 3 4 5 6 7
10) Outras (descrever abaixo)
1 2 3 4 5 6 7
5) Resultados alcançados
1) Houve contribuição para os objetivos estratégicos 1 2 3 4 5 6 7
2) Houve melhoria na motivação e na produtividade 1 2 3 4 5 6 7
3) Houve melhoria da imagem institucional? 1 2 3 4 5 6 7
4) Houve melhoria do compromisso do empregado com a instituição? 1 2 3 4 5 6 7
5) Houve melhoria da relação da empresa com a comunidade? 1 2 3 4 5 6 7
6) Houve melhoria nas condições de vida dos empregados? 1 2 3 4 5 6 7
7) Há reflexos na satisfação do dono ou principal executivo? 1 2 3 4 5 6 7
8) A adoção da Responsabilidade Social influenciou o desempenho financeiro da
instituição
1 2 3 4 5 6 7
9) O desempenho financeiro influencia as ações de Responsabilidade Social da
instituição?
1 2 3 4 5 6 7
10) As ações sociais têm influenciado na melhoria da imagem da instituição 1 2 3 4 5 6 7
11) Outras (descrever abaixo)
1 2 3 4 5 6 7
Obrigado por responder nossa pesquisa, posteriormente V.Sas. receberão a conclusão e o mapeamento comparativo do setor.
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