eficiência energétic anos … · seduzir os investidores estrangeiros e não apenas no segmento...
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QUARTA-FEIRA 25 NOVEMBRO 2015 www.imobiliario.publico.pt
ISTOCK.COM/3DTS
EUROPEANUNION/LAMBIOTTECHRISTIAN
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Eficiência energétic anos edifícios em foco no BUILDing ENERGY Symposium
Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente
SUPLEMENTO COMERCIAL
O evento, que termina hoje no Museu do Oriente, em Lisboa, reúne um leque de especialistas nacionais e internacionais em torno do tema da eficiência energética nos ambientes construídos em Portugal. p04
Europa no bom caminhoA Comissão Europeia divulgou um relatório sobre o progresso da eficiência energética na Europa. A evolução é significativa, mas é preciso “acelerar esforços”, alerta o documento. p.13
Especial Eficiência Energética Esta é uma área no topo das preocupações das empresas p.08 a 14
MÊS DAS OPORTUNIDADES
ORELHA_MDO_48X30.ai 1 15/09/29 17:35
02 Opinião IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015
Imobiliário português mantém seu enorme poder de sedução
Reinventar a Economia e as Cidades para ter Futuro
A aquisição pela empresa
do Deutsche Bank que
gere os fundos imobi-
liários de três centros
comerciais Dolce Vita
(Porto, Douro e Coimbra), deti-
dos por um fundo americano, no
que terá sido a maior transacção
de centros comerciais em Portugal
nos últimos dez anos, mostra como
o imobiliário português continua a
seduzir os investidores estrangeiros
e não apenas no segmento habita-
cional, na Reabilitação Urbana dos
grandes centros.
Os americanos que venderam
aqueles três Dolce Vita (a Lone Star
ainda proprietária do Dolce Vita
Monumental) continuam, de acor-
do com os seus representantes em
Portugal, interessados em investir no
nosso país, nomeadamente em ativos
imobiliários com dimensão e esca-
la, procurando in-
clusivamente ter-
renos em Lisboa
para construção
habitacional e de
escritórios.
Este é mais um
sinal de que esta-
mos na onda de
uma potencial
agenda de cresci-
mento, que recu-
peração do valor
do património
imobiliário cons-
truído. O fim da
retracção de al-
guns investidores
interessados nos
mercados imobiliários como o nosso,
objectivamente seguro e sem qual-
quer sombra de bolha imobiliária
nos últimos anos, consolida o sec-
tor como uma das alavancas da nos-
sa recuperação. O nosso imobiliário
continua a ter condições para servir
de refúgio a poupanças e a investi-
mentos, nacionais e estrangeiros, al-
ternativos a outros investimentos que
a crise desencadeada em 2008 reve-
As economias desenvol-
vidas enfrentam um
desafi o decisivo de
reinvenção dos seus fa-
tores competitivos.
O mundo dito emergente, com a
China em posição destacada, lide-
ra, nos nossos dias, o crescimento
económico em termos quantitati-
vos, mas seria errado não enten-
der que o mundo dito desenvol-
vido pode, e deve, ter um papel
determinante na transformação
qualitativa dos modos de vida, de
produção e de consumo. Esta mu-
dança estrutural, feita de reformas
institucionais, legais e de política
pública, mas, sobretudo, feita de
inovação tecnológica, económica
e social é decisiva para vir a dar às
nossas sociedades, ao mundo e ao
planeta a sustentabilidade perdida,
seja no plano social, seja no plano
ambiental.
As referências a uma economia
baseada no conhecimento e a ci-
dades inteligentes, em estreita ar-
ticulação com uma plena utilização
das potencialidades das tecnologias
da informação e comunicação, são
sufi cientemente expressivas para
podermos valorizar a relevância da
formação de múltiplas redes inteli-
gentes de dimensão local e mundial
e do seu papel na dinamização de
uma reinvenção de aspetos chave
da economia e da sociedade.
A energia está no coração destes
desafi os e mudanças.
O novo e decisivo papel dos con-
sumidores, famílias e empresas, no
seio das cadeia de valor globaliza-
das, vai criando as condições para
profundas mudanças nos modelos
energéticos, nomeadamente no seu
segmento descendente (downstre-
am), onde a novas formas de efi ci-
ência e descentralização pressio-
nam uma nova combinação entre
energia e serviços que confi guram
sucessivas e diversifi cadas soluções
que contribuem para minimizar as
emissões de gases com efeito de
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lou serem menos seguros, nomeada-
mente os investimentos em produtos
fi nanceiros tóxicos que estiveram na
base da instabilidade fi nanceira mun-
dial ainda visível. A provar esta que
sempre foi para mim uma evidência,
está o número de investimentos dos
fundos americanos no nosso mer-
cado imobiliário, um mercado que
projecta encerrar o presente ano de
2015 com investimentos a ultrapassar
os dois mil milhões de euros, um má-
ximo histórico português em investi-
mento imobiliário que é também um
óptimo sinal para os tempos que se
avizinham e que muito dependeram
do dinamismo da Economia.
Sendo um bom investimento para
estrangeiros que procuram áreas de
investimentos seguras é, como ainda
há pouco tempo aqui escrevi, uma
alternativa ao aforro das famílias e
uma opção muito forte para reforma-
dos estrangeiros da União Europeia
que olham também para as condi-
ções a vários níveis excepcionais
que existem em Portugal e para as
condições especiais que o país lhes
tem oferecido.
Portugal não tem aliciado apenas
- e ainda bem - os investidores insti-
tucionais estrangeiros, de dentro e
fora da União Europeia. A aposta no
imobiliário tem sido mais abrangente
e é bom que continue a sê-lo, man-
tendo os incentivos oferecidos aos
cidadãos extra comunitários e aos
comunitários não residentes, sem
(é também necessário sublinhar) as
habituais tentações fatais de uma fi s-
calidade excessiva e injusta.
Para o imobiliário português man-
ter e acentuar o enorme poder de se-
dução que exerce e que o transforma
numa poderosa alavanca para a recu-
peração da Economia, agora de forma
mais segura pelas obrigatórias caute-
las em matéria de sustentabilidade.
Presidente da CIMLOPConfederação da Construção e do Imobiliário de Língua Ofi cial Portuguesapresidente@cimlop.com
estufa, descarbonizar a economia,
fornecer novas formas de armaze-
nagem de eletricidade e viabilizar
habitats mais racionais e sustentá-
veis.
A procura de novas formas de
efi ciência e de racionalidade ener-
gética comporta, ainda, um valor
determinante para a reinvenção
das economias e das cidades que é
o de obrigar a pensar em conjunto
e articuladamente os modelos de
habitação e mobilidade.
Os edifícios só serão mais inteli-
gentes e mais efi cientes energetica-
mente se fi zerem parte de sistemas
mais globais de mobilidade, habita-
ção, consumo, comércio, estudo e
investigação e produção que sejam
verdadeiros ambientes de sinergias
e racionalidade coletiva a favor de
sociedades mais equilibradas social-
mente e mais sustentáveis no plano
ecológico.
É possível construir estes novos
modelos energéticos melhorando
drasticamente o desempenho am-
biental mas isso só acontecerá no
tempo certo se, agora, também
aproveitarmos as oportunidades
efetivas de dar vida a um novo pa-
radigma na construção e no imobi-
liário onde os conceitos de reabili-
tação, regeneração e revitalização
não sejam confundidos, mas antes
combinados, para viabilizar novas
oportunidades de investimento
público e privado, quer dos ope-
radores e proprietários, quer das
próprias famílias.
O BUILDing ENERGY Sympo-
sium, neste quadro, ser encarado
como um contributo relevante pa-
ra dinamizar o avanço de um eixo
determinante da criação de novas
oportunidades de investimento
sustentável e de geração de valor
favorecendo a qualidade de vida,
o progresso social e a sustentabili-
dade ambiental.
Presidente da Sociedade de Consultores Augusto Mateus & Associados
Luís Lima Augusto Mateus
“O fim da retracção de alguns investidores
interessados nos mercados imobiliários
como o nosso, objectivamente seguro e sem qualquer sombra de bolha imobiliária nos últimos anos, consolida
o sector como uma das alavancas da nossa
recuperação”.
_ Administrativo_ Ambiente_ Arbitragem e Mediação_ Ciências da Vida e Saúde_ Concorrência e União Europeia_ Energia_ Financeiro
_ Fiscal_ Imigração & Golden Visa_ Imobiliário_ Laboral e Segurança Social_ M&A_ Private Equity & Venture Capital_ Propriedade Intelectual_ Resolução de Litígios_ Seguros e Pensões_ Societário e Comercial_ TMT - Telecomunicações, Media e Tecnologia_ Transportes e Marítimo_ White Collar Crime
Lisboa | Funchal | Porto | Angola | Brasil | Macau | Moçambique
04 Eficiência energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015
No segundo e último dia do BUIL-
Ding ENERGY Symposium, a Fun-
dação Oriente prepara-se para
uma agenda preenchida, depois
de onteM ter registado casa cheia.
Hoje, os trabalhos decorrerão du-
rante todo o dia, estando prevista
a apresentação de cinco casos de
estudo sobre experiências nacio-
nais e internacionais na efi ciência
energética (incluindo da Sonae
Sierra, do Grupo Saint-Gobain, do
InterContinental Hotels Group e da
Deloitte) e quatro rondas de debate
temáticas que serão antecedidas de
comunicações de keynote speakers
sobre cada um dos temas. No total,
são 18 oradores, que se somam aos
12 que ontem animaram os traba-
lhos deste simpósio.
Ana Tavares
Dia preenchido encerra BUILDing ENERGY SymposiumDepois do arranque ontem, o evento reúne hoje cerca de duas dezenas de intervenientes que apresentam casos de estudo e debatem os temas que mais interessam na área da eficiência energética nos edifícios.
Na parte da manhã, período du-
rante o qual serão apresentados os
casos de estudo da Sonae Sierra e
do Grupo Saint-Gobain- respetiva-
mente dos seus programas Bright e
Care:4® -, terão lugar duas sessões
de debate. Pelas 10h00 debate-se
“A efi ciência energética nos gran-
des edifícios e o desafi o do autocon-
sumo”, com o mote a ser dado pela
comunicação de Miguel Kreiseler,
da JLL. Às 12h00 é a vez dos “Desa-
fi os e Oportunidades para a cadeia
de valor”, estando a intervenção
keynote a cargo de Augusto Mateus,
que é também um dos comissários
deste evento a par de Manuel Pi-
nheiro. Além destes dois profi ssio-
nais, integram as sessões de debate
Heléne Lohr (Grupo Saint-Gobain),
Elsa Monteiro (Sonae Sierra) ou
Luis Castanheira (ISEP), entre ou-
tros. Na sessão da tarde, os temas
a debate serão as “Tendências de
Futuro” e a “Mobilidade”, com as
jornadas de debate a contarem com
participações de especialistas co-
mo Jon Lovell (ULI), Steven Fawkes
(ICP), Margarida Caldeira (Brodway
Malyan) ou Carlos Jesus (ZEEV) e
João Hormigo (APFM). Na jornada
da tarde, haverá ainda lugar para
a apresentação de três casos de es-
tudo, a cargo do InterContinental
Hotels Group, da Deloitte e , uma
vez mais, da Saint-Gobain.
O BUILDing ENERGY Symposium
realizou-se ontem e hoje na Fun-
dação Oriente, em Lisboa, com o
objetivo de apontar caminhos prá-
ticos para tornar os edifícios por-
tugueses energeticamente mais
efi cientes. A Vida Imobiliária e a
Promevi, entidades que coorgani-
zaram o evento, apostaram num
programa que reuniu um leque de
“prestigiados especialistas e repre-
sentantes corporativos nacionais e
internacionais”. “Acima de tudo,
o BUILDing ENERGY Symposium
pretende ser uma ferramenta com
utilidade prática para todos os
profi ssionais que se relacionam,
de forma direta ou indireta, com o
ciclo de vida de um edifício, desde
proprietários e investidores, aos
ocupantes, utilizadores (popula-
ção fl utuante), projetistas, equipas
de gestão e manutenção, agentes
imobiliários, até aos construtores e
fornecedores de materiais e equipa-
mentos”, explica Arturo Malingre,
diretor do evento.
O evento conta com um vasto
apoio a nível empresarial e insti-
tucional. Nesta primeira edição, a
Saint Gobain é o patrocinador mas-
ter do evento, e a Schmitt+Sohn, a
JLL e a Sanitana assumem os pa-
trocínios platina, enquanto que a
SRS Advogados se posiciona como
patrocinador ouro. O evento reú-
ne também o apoio das principais
associações ligadas ao imobiliário
e à área da energia, nomeadamen-
te: OE, OET, AHP, APFIPP, APFM,
APPII, RICS, ULI, APEMETA, AN-
FAJE, ALP, APEA, ICP, Centro Ha-
bitat, AGEFE, CCILA e a COGEN
PORTUGAL.
Os trabalhos do BUILDing ENERGY
Symposium terminam hoje às 18h30
MILLENNIUM. É PARA AVANÇAR.
MÊS DAS OPORTUNIDADES
EM OUTUBRO E NOVEMBROTODOS OS CAMINHOS VÃODAR A BONS NEGÓCIOS
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06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015
Mercado
“Nos últimos seis meses, o mercado
tem registado um desenvolvimento
enorme” e tem até funcionado de
forma diferente, “ao contrário”, co-
meça por explicar Paulo Barbosa,
gerente da mediadora Imoenergi,
detalhando que atualmente “temos
cliente e não temos produto” e re-
ferindo-se aos concelhos de Vila do
Conde e Póvoa do Varzim. Em Santo
Tirso, que em conjunto com estes
dois concelhos e a Trofa limita a nor-
te a região do Grande Porto, a ofer-
ta e a procura imobiliária também
tendem a desencontrar-se. “Há um
forte crescimento na procura, quer
no mercado residencial quer não re-
sidencial, e neste caso especialmen-
te nos armazéns”, diz Vitor Moreira,
diretor comercial da ERA Santo Tir-
so, acrescentando que tal situação
“não é acompanhada pela oferta,
o que gera escassez de imóveis”.
Paulo Barbosa tem sentido esta
tendência sobretudo no mercado
habitacional, onde “há muito pou-
co produto disponível” e o que “es-
tá dentro de níveis de preço acei-
táveis desaparece rapidamente”,
diz, especifi cando que a procura
é tanto para primeira como para
segunda habitação, este último
um segmento com bastante dinâ-
mica nos dois concelhos costeiros
de Vila do Conde e Póvoa do Var-
zim quer por parte de estrangeiros
quer de nacionais. “Este ano, vimos
muitos franceses a comprar aqui
casa para férias”, mas também os
portugueses procuram estes dois
concelhos para segunda habita-
ção, especialmente “os de regiões
do interior”, diz Paulo Barbosa. O
tipo de imóvel procurado difere
em termos de preço – no primeiro
caso, estão dispostos a ir até ligei-
ramente acima dos 200 mil euros
e no, segundo, o limite ronda os
80.000 euros – mas, a procura é
dirigida sobretudo a apartamentos
T1 e T2. Rui Macedo, que é diretor
comercial da Mérito Invest, que
abriu há cerca de dois meses uma
agência em Vila do Conde, também
evidencia que se trata de um conce-
lho “muito atrativo” para segunda
habitação, até mesmo na ótica de
investimento. “É um mercado que
consegue garantir rentabilidade e
Procura de casas supera oferta nos concelhos a norte do Grande PortoEsta é uma tendência verificada especialmente desde meio do ano e sobretudo em Vila do Conde, Póvoa do Varzim e Santo Tirso. A habitação é o segmento mais evidente, mas também a procura de armazéns tem sido mais dinâmica
procura deste tipo de ativos”, até
tendo em conta a sua integração
junto ao Vale do Ave, cujo desenvol-
vimento tem “estado muito ligado
ao seu tecido empresarial”, explica.
Já na Póvoa do Varzim e de Vila do
Conde é a atividade turística que
mais impulsiona o mercado, com
um impacto positivo quer na “na
manutenção do comércio de rua
relevante” quer, e principalmente,
“na procura de armazéns comer-
ciais e industriais”, diz Nuno Mar-
çal. Rui Macedo, da Mérito Invest,
frisa que há bastante dinâmica na
procura de espaços industriais na
zona de Vila do Conde, detalhando
que os espaços de maior dimensão
- especialmente entre os 1.000 e os
2.000 m2 - são atualmente os que
mais se pretendem, quando ante-
riormente a procura se destinava
a espaços de menor dimensão, em
torno de 500 m2. Na sua perspetiva,
há uma maior estruturação das em-
presas que procuram estes tipo de
imóveis, “Vemos que são empresas
que se querem expandir ou procu-
ram agora armazéns em localiza-
ções melhores” conclui.
WIKIMEDIA/NMMACEDO
Vila do Conde é um dos concelhos onde o mercado imobiliário tem estado especialmente dinâmico
Campanha: dinamismo dos mercados impulsiona resultados acima da média
O dinamismo sentido nos quatro concelhos tem tido reflexo na campanha de comercialização de imóveis “Mês das Oportunidades” que o Millennium bcp tem atualmente em curso nestes mercados, onde “os resultados estão acima da média dos restantes concelhos abrangidos”, diz Nuno Marçal, adiantando que “superaram já metade dos ativos em venda”. Exemplo disso, é que “em Santo Tirso já não temos armazéns à venda”, aponta Nuno Marçal. Também Paulo Barbosa refere que da carteira em comercialização abrangida por esta campanha, “já vendemos praticamente tudo” e, no caso de Vítor Moreira, ”já concretizámos dois negócios e contamos ainda fechar pelos menos mais duas vendas até ao final da ação”. A campanha “Mês das Oportunidades” termina no próximo dia 30 de novembro, período até qual o Millennium bcp disponibiliza uma carteira de imóveis com “preços de oportunidade” em várias zonas do país. A estes preços poderão ainda acrescer descontos adicionais de 5 ou 10%, consoante a contra diga respeito a imóveis habitacionais ou não habitacionais, respetivamente, se as escrituras forem realizadas até final do mês de dezembro. Nos concelhos de Vila do Conde, Póvoa do Varzim. Trofa e Santo Tirso, a campanha abrange cerca de 30 imóveis no valor agregado de 4,5 milhões de euros, com os ativos habitacionais a apresentarem um valor médio de 105 mil euros e os não residenciais de 235 mil euros.
atrai, por isso, investimento. Temos
clientes de fora que procuram imó-
veis habitacionais para comprar e
depois colocar em arrendamento
sazonal. É um nicho considerável”,
diz o profi ssional, que confi rma que
“o mercado está muito dinâmico”
neste concelho.
No caso da primeira habitação,
apartamentos e moradias são am-
bos alvo de procura nos dois con-
celhos litorais, mas também neste
segmento os preços em torno dos
200 mil euros constituem uma refe-
rência, com Paulo Barbosa a acres-
centar que “hoje em dia, quem com-
pra casa para primeira habitação
tem alguma margem de manobra
em termos de capital próprio, com
a possibilidade de sinalizar até 20%
do valor da casa”. Este é também o
caso em Santo Tirso, onde Vítor Mo-
reira nota que a procura de habita-
ção é bastante marcada “por jovens
em início de vida, com poupanças
acumuladas para dar de entrada na
compra do imóvel”, não obstante
“os bancos já revelarem abertura
na concessão de crédito”. A procura
de imóveis como investimento pa-
ra posterior colocação no mercado
de arrendamento também merece
destaque, de acordo com Vítor Mo-
reira. Nuno Marçal, Responsável
Vendas – Grande Imóveis Norte do
Millennium bcp, refere precisamen-
te o crescimento demográfi co que
estes concelhos, a par de outros que
se localizam junto ao Rio Ave, têm
vindo a registar em anos recentes,
fator que tem resultado num re-
juvenescimento da população, e,
consequentemente, num “aumento
substancial da procura de casas” na
Trofa, Santo Tirso, Póvoa do Varzim
e Vila do Conde.
Armazéns também despertam interesseA procura de imóveis industriais,
sobretudo armazéns, tem também
registado uma tendência semelhan-
te à da habitação neste núcleo de
concelhos.
Na opinião de Nuno Marçal, a re-
toma na atividade económica, ainda
que com focos diferentes nos qua-
tro concelhos, tem impulsionado a
procura. Nos casos da Trofa e Santo
Tirso tem havido “uma crescente
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HABITAÇÃO – 2º Trimestre 2015
Preços Médios de habitação (Oferta)Região Norte
Fonte: Ci/SIR e Ci/LardoceLar.com
Índice de Preços ResidenciaisPortugal Continental
TrofaSanto TirsoPóvoa do VarzimVila do Conde
A
CD
BSem dados0€ - 663€663€ - 828€828€ - 983€983€ - 1311€
80
90
100
110
120
2.º Trim. 20151.º Trim. 2007
A BC
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APARTAMENTO T2Refª: 54670/1Valor: € 63.700Concelho: Vila do CondeFreguesia: Vilar de PinheiroLocalização: Rua das Águas Férreas 85-B, 2º DtoÁrea: 111 m²Ano: 1994Classificação Energética: C
APARTAMENTO T2Refª: 82713Valor: € 136.100Concelho: Santo Tirso Freguesia: Stº Tirso, Couto (S.Cristina e S. Miguel) e BurgãesLocalização: Praça Conde São Bento, 39 - 2ºÁrea: 190 m² Ano: 1992Classificação Energética: F
ImobiliárioOferta para venda supera os 1.000 €/m2 na Póvoa de Varzim e em Vila do CondeNo 2º trimestre de 2015, o valor médio de oferta dos fogos para venda na região Norte de Portugal Continental atingiu dos valores mais elevados nos concelhos de Terras de Bouro, Vila Nova de Cerveira e Esposende, cifrando-se entre 1.200 €/m2 e 1.300 €/m2 Também com valores acima dos 1.000 €/m2 tinham-se a Póvoa de Varzim e Vila do Conde.No 2º trimestre de 2015, o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, apurado com base em informação sobre vendas proveniente do SIR – Sistema de Informação Residencial, apresentou uma quebra de 1,2% face ao trimestre anterior. Contudo, face ao trimestre homólogo em 2014 o indicador manteve-se, registando-se uma variação de 0,3%.
*Acresce 10% de desconto sobre o preço de catálogo para imóveis não residenciais e 5% de desconto nos imóveis residenciais escriturados até 31 de dezembro de 2015.
Valores de Campanha válidos até 30 de novembro 2015*
8 Eficiência energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015
A EDP continua a apostar e a promo-
ver a efi ciência energética junto do
tecido empresarial, com o objetivo
de contribuir para o aumento da
competitividade e sustentabilida-
de das empresas portuguesas. Para
além de fornecedor de eletricidade e
gás natural, a empresa pretende ser
o parceiro global de energia dos seus
clientes, acreditando que “o suces-
so passa pelas relações e soluções
que apresenta às empresas”. Com
vista a ajudar as empresas a “pou-
par, simplifi car, produzir e inovar”,
a EDP criou os Serviços de Energia
Corporate, um conjunto de soluções
“inovadoras” que permite às empre-
sas atuar nas diferentes vertentes da
gestão de energia, tornando-a “mais
fácil, clara e mais efi ciente”.
Conforme esclarece fonte da em-
presa, através de serviços como,
por exemplo, iluminação efi ciente
ou sistemas de aquecimento, venti-
lação e ar condicionado, as empre-
sas podem reduzir a sua fatura de
energia e dessa forma ganhar efi ci-
ência. “Com os serviços Gestão de
Consumos ou Integra, as empresas
controlam a sua energia de forma
simples e sem preocupações e ga-
rantem o bom funcionamento das
instalações. Podem ainda produzir
EDP reforça a aposta na eficiência energética para empresasAlém de fornecedor de energia para o setor empresarial, a EDP pretende ser o parceiro global de soluções energéticas dos seus clientes no âmbito corporativo, contribuindo para uma gestão mais eficiente neste campo.
DR
EDP disponiliza soluções de Energia Solar para empresas
a sua própria eletricidade através
da energia solar ou diferenciar-se
através das soluções de mobilidade
elétrica”, refere a EDP.
Produzir energia para autoconsumoO recurso a sistemas solar fotovoltai-
cos permite que cada entidade possa
produzir e consumir a sua própria
eletricidade, desta forma reduzindo
a sua fatura energética e, ao mesmo
tempo, ganhando autonomia e con-
tribuindo para a sustentabilidade
ambiental. Através das soluções da
EDP nesta área da energia solar, as
empresas “obtêm um conjunto de
vantagens signifi cativas”, diz fonte
da EDP, detalhando sobre essas van-
tagens. “Falamos, por exemplo, da
adequação do seu sistema solar, em
que o projeto é ajustado às carate-
rísticas da empresa e dimensionado
para maximizar a sua rentabilida-
de”, ou da “garantia de performance
que assegura que a produção expe-
tável, verifi cada através de um ser-
viço de monitorização”. A empresa
sublinha, por último, “a qualidade
comprovada com soluções chave-
na-mão e equipamentos 1ª linha.
Tudo isto com padrões de expertise
elevados e garantia EDP”, termina.
A EDP está cada vez mais focada em
promover a eficiência energética junto do tecido empresarial.
Mais do que fornecedor de eletricidade e gás natural, a EDP
pretende ser o parceiro global de energia dos seus clientes e visa contribuir
para o aumento da competitividade e
sustentabilidade das empresas portuguesas.
Soluções de transporte vertical Schmitt+Sohn 30% a 70% mais eficientes
Numa altura em que a fatura ener-
gética é um dos itens que mais
pesa na gestão de um edifício, a
Schmitt+Sohn, única da sua área em
Portugal a produzir, instalar e fazer
manutenção completa de elevadores
e equipamentos de transporte ver-
tical, está a apostar forte no desen-
volvimento de produtos e soluções
energeticamente mais efi cientes. O
objetivo é “potenciar a poupança,
mas sem que isso implique a perda
de qualidade, conforto ou velocida-
de”, sublinha Miguel Franco, admi-
nistrador da empresa. O responsável
considera que as preocupações com
a efi ciência energética dos elevado-
res deveriam ser centrais, até por-
que estes equipamentos “deverão
ser responsáveis por 3 a 8% do total
de energia elétrica consumida num
edifício”.
Miguel Franco explica que estas
preocupações com os elevadores e
outros equipamentos de mobilidade
vertical idealmente devem começar a
ser abordadas “na fase preliminar de
projeto, defi nindo a melhor solução
de elevadores a instalar no edifício a
construir ou a remodelar” mas não
deve terminar aí, até tendo em con-
ta que o parque edifi cado é bastante
vasto. “Estima-se que os ascensores
instalados em Portugal tenderão a
consumir anualmente 713 GWh, o
que representará cerca de 1,5% do
consumo total de energia elétrica
no país”, diz aquele responsável,
acrescentando que se trata de “um
impacto revelante”. Por isso, consi-
dera que “há que apostar também
na fase a jusante”, ou seja, após a
instalação dos elevadores. Miguel
Franco explica que existem diversas
intervenções técnicas que podem ser
realizadas em elevadores já instala-
dos e que permitem “resultados sig-
nifi cativos” em termos de poupança
energética. “São soluções técnicas de
última geração”, sublinha, acrescen-
tando que tais ações podem passar
pela “reinjeção de energia, por sis-
temas inteligentes de otimização e
gestão de tráfego, sistemas sleep e
de variação de frequência ou mes-
mo por sistemas de iluminação mais
efi cientes”. “Dependendo do nível
de ações implementadas, tendo em
conta estas diferentes soluções técni-
cas aplicadas, podemos estar a falar
de reduções de consumo energético
entre os 30% a 70% face às soluções
convencionais”, alerta o administra-
dor da Schmitt+Sohn.
Também nos equipamentos novos,
a empresa está focada há já vários
anos na efi ciência energética. É o ca-
so do ISI2040®, um dos elevadores
mais utilizados em projetos de rea-
bilitação urbana no nosso país, área
de negócio em que a Schmitt+Sohn
concentra mais de 70% da carteira
de novas encomendas. A empresa
fez recentemente um upgrade deste
equipamento, que apesar de já pos-
suir uma classifi cação energética de
Classe A, foi melhorado, permane-
cendo predominantemente em mo-
do sleep, o que permite reduzir os
consumos energéticos até 50%. Na
prática, o upgrade passou por inte-
grar um novo comando de instalação
através do qual “passa a ser possível
transformar um equipamento consu-
midor num equipamento produtor
de energia”, o que Miguel Franco
considera especialmente relevante
numa altura em que “estamos a cinco
anos da meta traçada pela Comissão
Europeia para que todos os edifícios
novos tenham um balanço energéti-
co próximo do zero”.
Intervir nos elevadores instalados é crucial para melhorar a eficiência energética
A empresa aposta forte no desenvolvimento de equipamentos e soluções de transporte vertical cada vez mais eficientes, os quais, face a soluções tradicionais, permitem poupanças energéticas de 30 a 70%
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10 Eficiência Energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015
Reconhecendo que o tema da efi ciên-
cia energética está em agenda há já
bastante tempo em Portugal, o dire-
tor comercial da Saint-Gobain Weber,
começa por explicar, em entrevista
ao Público Imobiliário, que isso acon-
tecia de “forma pouco consistente”,
devido ao “baixo nível de conheci-
mento, difi culdade de acesso a solu-
ções que efetivamente eram energe-
ticamente efi cientes, e à falta de con-
fi ança em geral”. Atualmente, na sua
opinião, “todos no setor da constru-
ção e do imobiliário português estão
a identifi car a efi ciência energética
como algo muito positivo e tangível”,
já que, “com o decorrer do tempo,
as barreiras foram sendo ultrapassa-
das, o conhecimento foi-se adquirin-
do, as soluções foram fi cando mais
acessíveis e a confi ança fortalecida”.
José Marques pensa que há ainda
“um grande caminho para percor-
rer”, defendendo que é crucial que
os atores neste segmento considerem
“a efi ciência energética como um ele-
mento diferenciador e economiza-
dor para os seus clientes, empresas
e famílias”, até porque “não existe
nenhum tipo de edifício que não se-
ja possível sofrer intervenções que
provoquem um impacto positivo na
redução do consumo energético”.
Para tal, é “só necessário colocar es-
se objetivo sempre que se faça uma
intervenção no edifi cado existente
ou numa construção nova”.
Neste contexto de “mudança do
mercado”, serão as empresas “mais
dinâmicas e inovadoras “ que mais
benefi ciam, defende José Marques,
acrescentando que a inovação foi
sempre um valor central para o Gru-
po Saint-Gobain, que celebra este
ano 350 anos, tendo sido fundado
em França durante o reinado de Lou-
is XIV. “A Saint-Gobain é reconhecida
como uma das 100 empresas mais
inovadoras em todo o mundo e faz
parte das 100 empresas na Europa
com mais patentes”, diz, acrescen-
tando que “hoje, um em cada quatro
produtos que a empresa comerciali-
za não existia há cinco anos”.
Referência para o habitat sustentávelAtenta a “uma das principais pre-
ocupações para quem constrói ou
Ana Tavares
Setor imobiliário já vê eficiência energética como “algo muito positivo e tangível“A disseminação de conhecimento, soluções mais acessíveis e uma confiança fortalecida contribuem para este reconhecimento por parte do setor imobiliário e da construção, diz José Marques, da Saint-Gobain Weber.
©SAINT-GOBAINrenova edifícios”, nomeadamente
o consumo energético, a Saint-Go-
bain tem como estratégia “ser a re-
ferência para o habitat sustentável”,
explica José Marques. O grupo, que
tem presença em 64 países, “é líder
mundial em soluções do HABITAT”,
projetando, fabricando e distribuin-
do materiais de construção e de alto
desempenho com as quais pretende
dar resposta “aos desafi os futuros do
crescimento, da efi ciência energé-
tica e da proteção ambiental”. Isto
signifi ca que a Saint-Gobain “tem
nos seus ativos, empresas líderes
globais de mercado que se dedicam
maioritariamente a esta dimensão de
conforto do habitat”, esclarece José
Marques, explicando que “quando
qualquer uma destas empresas está
na fase de conceção de um produto
ou sistema, tem por base a valida-
ção de vários parâmetros técnicos
e dentro dos quais está a efi ciência
energética. Mas também tem outros
menos falados, como a resistência ao
fogo, a acústica, o conforto visual e
qualidade do ar interior, que são tam-
bém contributivos para um conforto
mais abrangente e duradoiro”.
Também internamente, o grupo
Saint-Gobain está atento à efi ciência
energética, tendo criado e implemen-
tado o programa CARE:4®, iniciado
em 2008 e com conclusão prevista
para 2040. Este programa tem co-
mo objetivo “a divisão por 4 vezes
do consumo energético e emissão de
gases com efeito de estufa em todos
os edifícios industriais e de serviços
que a Saint-Gobain possui em todo
o mundo”, especifi ca José Marques.
O percurso do programa é resumido
de maneira simples: ”Iniciou-se com
a defi nição base do que deveria ser a
referência CARE:4® para os vários ti-
pos de edifícios em várias regiões do
planeta. Em cerca de 8.000 edifícios
em todo o mundo, foram identifi ca-
dos aproximadamente 2.000 que são
de interesse estratégico. Destes sele-
cionou-se um grupo dos que seriam
intervencionados e para os quais já
existe um plano de ação em curso,
onde se está a reduzir entre 10% e
25% o consumo energético neste mo-
mento. Por outro lado, em todos os
novos edifícios o standard CARE:4®
está a ser obtido, mesmo sendo mui-
to mais exigente que a legislação em
vigor neste momento”.
O conceito Multi-Conforto da Saint-Gobain integra todas as suas soluções inovadoras em prol de um habitat durável, são e estético. Esse conceito é aplicado quer a edificios residenciais quer de serviços.
Estamos a apenas cinco
anos de 2020, prazo esta-
belecido pela Comissão
Europeia para a imple-
mentação de medidas
de efi ciência energética nos edi-
fícios nos países membro. A CE já
fez contas e sabe que 35% dos edi-
fícios da UE tem mais de 50 anos
e que melhorar a efi ciência ener-
gética dos edifícios pode reduzir o
consumo de energia no espaço eu-
ropeu em 5% e as emissões de CO2
em 6%. Para os edifícios novos, o
objetivo é ainda mais ambicioso -
ter imóveis com balanço energéti-
co próximo do zero.
Em Portugal, quer os proprietá-
rios quer os ocupantes estão cada
vez mais sensibilizados para a ne-
cessidade de otimizar a efi ciência
dos seus imóveis, mas continua a
ser crucial, desconstruir mitos que
Desconstruir os mitos também na eficiência energética
Miguel Kreiseler
Opinião
ainda prevalecem em relação aos
custos de aplicar tais medidas, quer
na fase de construção quer durante
a vida dos edifícios. Um dos mitos
atuais é que o custo de construção
de um edifício mais efi ciente é mui-
to maior e isso não é verdade. De
facto, esta ideia foi recentemente
desmentida por um estudo interna-
cional que dá nota de que a diferen-
ça é de apenas mais 3% em média.
Outro mito é que os custos opera-
cionais são mais altos em resultado
da utilização de mais tecnologia e
mais equipamentos, o que pode ser
bastante redutor, pois esquece que
a utilização de tais recursos contri-
bui para aumentar a efi ciência e
baixar de facto os custos.
Mas além de investir na melho-
ria da efi ciência energética é impor-
tante garantir uma boa gestão dos
edifícios, até porque a gestão diária
de um edifício é um dos fatores crí-
ticos de sucesso para a correta im-
plementação da estratégia defi nida
pelo proprietários e inquilinos”.
Head of Property & Asset Management da JLL
“... além de investir na melhoria da eficiência
energética é importante garantir uma boa
gestão dos edifícios...”
A Casa do Futuro pelos “olhos da Saint-Gobain
“Não está limitada ao tipo de construção como elemento físico, mas sim ao conceito de utilização do espaço, isto é o CONFORTO”, começa por dizer José Marques, a propósito da Casa do Futuro, apresentada pela Saint-Gobain por ocasião do seu 350º aniversário. Esta “casa” deve oferecer a quem a utiliza, e dependendo da sua utilização, o “conforto total em qualquer altura”, diz, explicando que “num edifício são várias as condições que permitem que as pessoas se sintam confortáveis e que, de facto, desempenhem de forma eficiente as tarefas a cumprir nesse espaço”. Para
a Saint-Gobain existem cinco aspetos principais que afetam a perceção que as pessoas têm do conforto dentro das habitações, nomeadamente o conforto térmico, o conforto acústico, o conforto visual, a qualidade do ar interior e o facto de ser economicamente acessível, fator que é determinado pelo nível de preço da construção e manutenção do edifício. Por isso, conclui José Marques, “poderei dizer com grande segurança que a “casa” do futuro da Saint-Gobain é todo o edifício que promova o bem-estar, a saúde e que seja energeticamente positiva”.
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Os resultados do primeiro relató-
rio sobre os avanços da efi ciência
energética na Europa foram divul-
gados na passada semana, com a
Comissão Europeia (CE) a fazer
um balanço positivo relativamente
à implementação das medidas para
atingir a meta de redução de 20%
no consumo de energia nos países
membro até 2020.
O relatório dá conta de que já
foram feitos “progressos signifi ca-
tivos neste campo”, mas sublinha
que “há ainda muito por fazer”, de-
fi nindo 2016 como um ano “muito
importante” em termos de prosse-
cução dos objetivos de redução no
consumo energético. A nota é de
otimismo, mas a Comissão alerta
Susana Correia
Eficiência energética na Europa no bom caminhoA Comissão Europeia divulgou um relatório sobre o progresso da eficiência energética na Europa. A evolução é significativa, mas é preciso “acelerar esforços”, alerta o documento
para o facto de que cumprir as me-
tas estabelecidas obriga a que “a le-
gislação existente seja plenamente
implementada, os esforços acelera-
dos, os níveis de ambição aumenta-
dos e as condições de investimento
melhoradas”, diz no seu site.
O relatório revela que, entre 2005
e 2013, o consumo de energia fi nal
na Europa reduziu 7% e o de ener-
gia primária 8%, avançando que as
estimativas já apuradas para 2014
sugerem para que esta tendência
se mantenha.
A maior redução no consumo
energético fi nal ocorreu na indús-
tria, com cortes de 15% entre 2005
e 2013, o que é explicado pelo im-
pacto da crise fi nanceira, mudanças
nas estruturas industriais e pelas
medidas de efi ciência energética.
Já no setor residencial, o consumo
energético reduziu 3% em 2013 face
a 2005, enquanto que nos setores
dos transportes e de serviços essa
diminuição foi de 6%.
Ainda assim, o relatório conside-
ra que os países da União Europeia
devem ir mais longe se pretendem
atingir a meta de 20% na redução
de energia até 2020, já que atual-
mente, somando os esforços de
todos os Estados membro essa
poupança seria de apenas 17,6%.
Espanha, Chipre, Grécia ou Hun-
gria, França ou Irlanda são alguns
dos países que já em 2014 estabele-
ceram metas mais ambiciosas para
a redução do consumo de energia
fi nal ou primária (ou para ambas)
face aos planos iniciais, mas a CE
relembra que o objetivo primeiro
da efi ciência energética é “quebrar
a ligação entre o aumento no con-
sumo energético e a aceleração do
crescimento económico através de
ganhos de efi ciência”. Portugal, a
par da Croácia, Finlândia, Grécia e
Roménia, é um dos países destaca-
dos pela negativa neste campo. As
metas indicativas para 2020 esta-
belecidas por estes países “não são
sufi cientemente ambiciosas”, já que
“o consumo de energia fi nal previs-
to deverá ser mais elevado do que o
crescimento projetado do PIB entre
2014 e 2020”, diz o relatório
Ainda assim, no detalhe sobre
Portugal, o relatório sublinha que
se a tendência no consumo de ener-
gia primária e fi nal se mantiver em
linha com o registado entre 2005
e 2013, o país deverá atingir a me-
ta nacional estabelecida, embora
a CE frise que esta meta poderia
ter sido bastante mais ambiciosa.
Este relatório será agora publica-
do anualmente com o objetivo de
abordar os temas chave para redu-
zir o consumo de energia na UE e
motivar o debate sobre as politicas
comuns. Recorde-se que dados da
CE revelam que são necessários 100
mil milhões de euros por ano para
conseguir cumprir os objetivos de
efi ciência energética traçados para
2020. Os edifícios são, neste contex-
to, um dos fatores mais relevantes,
sendo responsáveis por cerca de
40% do consumo total de energia
na UE e melhorar a sua efi ciência
energética pode reduzir o consumo
energético no espaço europeu em
5%, estima a CE.
IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015 Eficiência Energética 13
14 Eficiência energética IMOBILIÁRIO 25 NOVEMBRO 2015
Agora que estamos na reta fi nal do
ano e que o frio começa a sentir-se
lá fora, os dias mais curtos e menos
ensolarados já convidam os portu-
gueses a recolher-se no lar. Com
este mote, a Leroy Merlin apresen-
tou o seu mais recente Catálogo
de Conforto, onde divulga muitas
novidades e onde volta a apostar
numa forte componente pedagógi-
ca, afi rmando que esta campanha
reúne “tudo o que precisa para tor-
nar a sua casa mais acolhedora e
confortável”.
Soluções de isolamento, ven-
tilação, diferentes tipo de aque-
cimento - a lenha, central, elétri-
co ou a gás, entre outros – ou até
soluções para produção de águas
quentes sanitárias, integram este
catálogo.
Ao longo do catálogo, e também
no microsite criado para este tema
(http://aquecimento.leroymerlin.
pt ), a Leroy Merlin apresenta ainda
casos práticos de pessoas reais que
apostaram em otimizar os sistemas
de aquecimento para as suas casas,
ajustando-os de forma sustentável
e económica às características de
de cada uma das suas habitações.
São casos de apartamentos e
moradias, que abrangem desde
tipologias T0 a T4, com áreas de
40 a 250m2 e imóveis que podem
ter mais de 30 anos ou que estão
atualmente em construção. Porto,
Lisboa, Bragança ou Coimbra são
algumas das cidades que acolhem
os exemplos ilustrados ao longo
deste catálogo, que dá a conhecer
as opções que cada família tomou
e quais as poupanças energéticas
que as soluções instaladas lhes per-
mitiram. A marca dá a conhecer
desde exemplos de aplicação de
isolamento térmico, equipamento
de aquecimento a lenha ou pellets,
bombas de calor ar-água, soluções
de ar-condicionado, ou aquecedo-
res elétricos, com o objetivo de
“apresentar várias situações reais
para que se possa identifi car e es-
colher a melhor solução de aque-
cimento para si”.
Outras das apostas do catálogo é
a apresentação de dicas para aju-
dar a poupar e a escolher sistemas
e soluções de aquecimento mais
efi cientes, relembrando que cada
agregado familiar consome em mé-
dia 910 euros por ano em energia
no seu alojamento, dos quais 38,3%
são destinados ao aquecimento e
produção de águas quentes.
Leroy Merlin apresenta novidades para o frio e ajuda portugueses a poupar A Leroy Merlin acaba de lançar o seu novo Catálogo de Conforto, onde apresenta muitas novidades, dá a conhecer casos concretos e ensina como ter um aquecimento mais confortável e eficiente
DR
O aquecimento deve ser adequado às características de cada casa
Três passos para ter uma casa confortável e saudável de forma económica
1: ISOLAR40% de poupança de energia com aplicação de isolamento térmico.Isolar bem a habitação permite economizar no aquecimento no inverno e na refrigeração no verão, garantindo uma temperatura agradável durante todo o ano com menos custos. Neste caso, a prioridade é reduzir as pontes térmicas, ou seja as zonas sem isolamento onde se verifica a fuga de grandes quantidades de calor ou frio.
2: VENTILAR20% de poupança de energia com um sistema de ventilação mecânica controlada.Ventilar a casa é essencial sobretudo se estiver bem isolada. Uma boa ventilação é indispensável para garantir uma boa renovação do ar viciado sem desperdício de calor. Um sistema de ventilação mecânica controlada poderá ser uma boa forma de conseguir uma ventilação eficaz.
3: AQUECERAté 55% de poupança de energia com a substituição do sistema de aquecimento.É importante escolher os equipamentos mais eficientes para aquecer cada casa, tendo em conta nessa escolha, o preço da energia, a área (m2) a aquecer, o rendimento do equipamento e o uso que lhe vai ser dado. Para poupar ainda mais na fatura de energia, é importante controlar a temperatura. Cada grau de temperatura que diminui, poupa 7% na fatura de energia.
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