elementos da história da arte

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Arte Renascentista e BarrocoElementos da História da Arte e Arquitetura

Caio Lucas C. Lima;Giulan A. R. Vasconcelos;Humberto M. Ataide;Vitor G. ClaudinoJoão Pessoa, 27 de Abril de 2012

Renascimento e Barroco

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBADEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ELEMENTOS DA HISTÓRIA DA ARTE E ARQUITETURAPROF.º: IVAN CAVALCANTI FILHO

GRUPO:CAIO LUCAS CARDOSO LIMA 11218771GIULAN A. R. VASCONCELOS 11211361

HUMBERTO MADRUGA ATAIDE 11211379VITOR GOMES E CLAUDINO 11211375

ARTE RENASCENTISTA E BARROCO

João Pessoa, 27 de abril de 2012.

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Renascimento e Barroco

ÍNDICE

Renascimento

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Renascimento e Barroco

Renascimento

Introdução

Através do redescobrimento da literatura do mundo antigo foi desenvolvido o que se conhece por Renascimento Cultural. Após estudos sobre a cultura grego-romana, encontrou-se uma valorização da natureza, do corpo humano e do mérito pessoal, levando a um novo respeito pelo homem e pela natureza. Características que fixaram os princípios gerais que regem boa parte do mundo que conhecemos hoje.

Contexto Histórico

A Europa passou por um processo de transformação durante o fim da Idade Média. A burguesia, uma nova classe social, surgia fazendo a transição entre o sistema econômico feudal para o capitalismo. Houve uma modificação dos valores, ideais, necessidades artísticas e culturais da sociedade europeia. O pensamento teocêntrico foi ultrapassado e o homem tomou um novo posicionamento em tordo de si mesmo e do mundo. A retomada das ideias clássicas em choque com os dogmas cristãos. A valorização do racionalismo. Tudo isto fazia parte do cenário que levou o surgimento do Renascimento na Europa.

Características do Renascimento

O movimento e a arte do renascimento eram dotados de aspectos e características marcantes, que ajudam a explicar e definir esse momento histórico. Essas características são:

Antropocentrismo: É uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o Homem. É normal se pensar na ideia de "o Homem no centro das atenções ou no centro do universo".

Humanismo: O Humanismo pode ser apontado como o principal valor cultivado no Renascimento. Baseia-se em diversos conceitos associados: Neoplatonismo, Antropocentrismo, Hedonismo, Racionalismo,Otimismo e Individualismo. É a filosofia moral que coloca os humanos como principais, numa escala de importância. É uma perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente a racionalidade.

Racionalismo: O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável.

Hedonismo: (do grego hedonê, "prazer", "vontade") é uma teoria ou doutrina filosófico moral, que afirma ser o prazer, o supremo bem da vida humana.

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Otimismo: Otimismo é a disposição para encarar as coisas pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis. É o oposto de pessimismo. A oposição entre otimismo e pessimismo é seguidamente evocada pelo "dilema do copo": se ele é preenchido com água até a metade de sua capacidade, espera-se que um otimista diga que ele está "meio cheio" e que um pessimista reconheça um copo "meio vazio".

Individualismo: O Homem do renascimento passou a apoiar a competição e a desenvolver uma crença baseada em que o homem tudo poderia, desde que tivesse vontade, talento e capacidade de ação individual.

Naturalismo: É uma escola literária conhecida por ser a radicalização do Realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade. A escola esboçou o que se pode declarar como os primeiros passos do pensamento teórico evolucionista de Charles Darwin.

Reutilização das artes greco-romana: Nesse período ouve o retorno do interesse pela arte na cultura Greco-romana, pois os influentes da época consideravam que esses artistas possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;

Perfeccionismo: É uma característica bastante exaltada em todas as obras do renascimento, sejam elas pinturas ou esculturas. Onde a perfeição do todo ou dos detalhes é sempre buscada.

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O humanismo: Petrarca

Andrea Del Castagno, Famous Persons: Francesco Petrarca, afresco sobre madeira, 1450. Galleria degli Uffizi, Florença. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Petrarch_by_Bargilla.jpg. Acesso em: 25 de Abril de 2012

Francesco Petrarca nasceu em 1304 na Bolonha. Foi um grande admirador da cultura clássica. Através de suas leituras, sua formação cristã medieval entrou em choque com os ideais Greco-romanos que cultuavam a beleza física, à natureza, à liberdade e aos ideais que esta lhe apresentava em conjunto com a consciência histórica, o poder político e a determinação firme dos romanos.

Devido a estes conhecimentos, Petrarca redescobriu a importância dos estudos liberais, ou “studia humanitatis”, como Cícero apresentara em seu tempo, eram considerados essenciais ao homem livre durante sua época como a retórica (a arte de fazer discursos), a história, a poesia e a filosofia moral, que permitiam que o individuo fosse considerado culto. O termo “Humanista” surgiu destes preceitos, caracterizando as pessoas que recebiam esta educação. Já o “Humanismo” é denominado pelos historiadores como o fenômeno cultural que fez surgir o Renascimento, o motivo mor de ressuscitar os valores que haviam sido enterrados durante grande parte da Idade Média.

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“Eles são o instrumento usado para corromper a política, a religião, a família e a educação” Foram com estas palavras que o cardeal Domicini descreveu os humanistas. O que torna clara a nítida repressão que o movimento teve durante seu início, século XIV, devido a toda contradição que fazia com a cultura teocêntrica. Mesmo assim,durante o século XVI, o humanismo era cultivado em toda a Europa, principalmente na Itália e França.

Mecenato

Assim como muitas coisas do Renascimento vieram da cultura clássica greco-romana, tal nome surgiu de um político romano chamado Gaius Maecanas que patrocinava vários literários de sua época com sua amizade, bens materiais e proteção política.

Busto de Maecenas, Coole Park, Galway.

Então tendo esse antigo patrono das artes, utilizou-se o termo mecenato para indicar o incentivo, proteção e patrocínio de artistas, mais amplamente, de atividades artísticas e culturais. Geralmente quem financiava as obras eram as igrejas e as famílias mais abastardas. Que tiveram mais poder a partir das descobertas marítimas dos Portugueses e dos Espanhóis e o contacto mercantil com a Ásia, que ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. O que contribuiu para que a arte se expandisse cada vez mais nesse período.

Um exemplo de mecenato foi a família Médici, que patrocinou a arte durante muitos anos, entre os membros que a constituíram, podemos citar banqueiros, políticos, papas, entre outros. Além de terem contratados vários gênios da arte como Michellangelo, Caravaggio, Rafael, Donatello, e até Galileu Galilei foi patrocinado pela família.

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A influência do mundo antigo sobre as artes visuais

Até antes de Petrarca começar a difundir o humanismo, os remanescentes da arte grega e romana existiam e possuíam um conhecimento inconsciente da cultura e das edificações clássicas. Por exemplo já por volta de 1250, Pisano cria esculturas nos moldes classicistas que se torna evidente pelas formas de seus drapeados e inspiração nos grupos antigos.

Nicola Pisano, Natividade, ca. 1260, painel em relevo, mármore, 0,85x1,13m. Batistério de Pisa. Fonte: http://arsturmundrang.blogspot.com.br/2011/12/nascimento-e-anunciacao-aos-pastores.html. Acesso em: 18 de Abril de 2012

Outro exemplo de artista que buscava a pintura clássica foi Giotto em meados do século XIV, ao pintar a Virgem Maria com características de uma matrona romana.

Giotto di Bondone, A Virgem entronizada e cercada de anjos, ca. 1306-1310, painel de madeira, 3,25x2,04m. Uffizi, Florença. Fonte: http://blog.zhdk.ch/nuria/labor-zeichnen/raum-und-perspective/giotto-madonna/. Acesso em: 18 de Abril de 2012

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Claramente a sociedade medieval reagiu negativamente às obras destes artistas devido ao contexto histórico. A Peste Negra que aconteceu durante este período atormentou toda a sociedade da Eurásia, quem fosse infectado morreria em menos de 36 horas, resultando na morte de um terço da população europeia em apenas dois meses. Este cenário de caos dez com que as pessoas cheias de medo e angústia buscassem a igreja para sua proteção e se entregassem às preces com medo da ira de um Deus, acreditando-se que seria o ‘Juízo Final’. Nas obras abaixo se mostra como o medo do apocalipse assombrava a mente do homem medieval.

Pieter Brugel, Triunfo da Morte, 1562. Museo del Prado. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Thetriumphofdeath.jpg. Acesso em: 18 de Abril de 2012.

Hieronymus Bosch, As visões de Tondal, óleo sobre tela. Museo Lazaro Galdiano, Madrid, Espanha. Fonte:

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http://www.allposters.com.br/-sp/Tondal-s-Vision-posters_i1348852_.htm. Acesso em: 18 de Abril de 2012.

Início do Renascimento: Florença, começo do século XV

O Estado de Florença estava em conflito com o duque Milão que tentava dominar toda a Itália. A cidade resistiu em três frentes: militar, diplomática e intelectual. O duque tentava por em prática sua idealização de recriar o antigo império romano fazendo-o de si mesmo a imagem de um novo ‘César’, título dado aos imperadores de Roma, já Florença conseguiu tomar a opinião pública ao enfatizar a defesa da liberdade contra a tirania do duque.

Este conflito, tanto ideológico quanto militar, era liderado por humanistas na tentativa de implantar reformas ideológicas clássicas na Itália. Os humanistas florentinos idealizaram sua cidade como centro de chefia política e intelectual, trazendo a tona um sentimento patriótico ao ponto de que a cidade de Florença fosse chamada por seus habitantes como a “Nova Atenas”.

Este entusiasmo na população da cidade proporcionou oportunidades para os talentos criadores e condições para a elaboração de um estilo original, e isto, em conjunto com o investimento financeiro elevado que a arte recebeu, ressaltava a mentalidade em que

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Florença deveria ser o novo centro cultural. A construção da cúpula da Basílica de Santa Maria Del Fiore foi o marco de iniciação desta nova concepção da cidade florentina.

Cúpula da Basílica de Santa Maria Del Fiore. Fonte: http://it.wikipedia.org/wiki/File:Santa_Maria_del_Fiore.jpg. Acesso em: 19 de Abril de 2012.

Giorgio Vasari e Frederico Zuccari, Juízo Final, afresco, Cúpula da Basílica de Santa Maria Del Fiore. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dom_Florenz_Kuppelfresko.jpg. Acesso em: 19 de Abril de 2012.

As artes plásticas foram tidas por essenciais para o ressurgimento da alma florentina, incluindo-as então nas ‘artes liberais’, as disciplinas para educação do homem culto como a matemática, dialética, retórica e filosofia. Já que durante a Época Clássica eram excluídas do grupo por serem ‘trabalho manual’ e que não precisariam de uma base teórica para sua execução.

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Divisão histórica do Renascimento

A divisão pode se dar em dois tipos,o que leva em consideração os séculos que é retratado como Trecentos, Quattrocentos, Cinquecento ou como o estilo de suas artes que são o Proto-Renascimento, Alta-Renascença e o Maneirismo.

Trecento

A fase que em particular Florença se preparou para receber o Renascimento. Tanto financeiramente, quanto ideologicamente, pois essa ideia já havia sido plantada desde muito tempo. Fase que tem fim no inicio do Proto-Renascimento.

Proto-Renascimento

Incluído no Quattrocentos foi o inicio do Renascimento na Itália principalmente em Florença, em torno do ano de 1400. Onde o artista passou a ser reconhecido como um homem de ideias sendo incluído no “hall” dos homens cultos além de um simples trabalhador manual como era na antiguidade.

Alta-Renascença

Esta época abrange o fim do Quattrocentos e o Inicio do Cinquecento tida como a idade de Ouro do renascimento, onde os grandes nomes como Leonardo, Michelangelo, Rafael, Ticiano entre outros aparecem.

Maneirismo

Período do fim do Cinquecento, conturbado por diversos acontecimentos político-sociais e religiosos. O Maneirsmo apresentou a origem de diversas tendências antagônicas mais do que um ideal predominante como no resto do Renascimento. É considerada uma época cheia de contradições internas não diferente dos dias de hoje, por isso mesmo considerada particularmente fascinante por nós.

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Arte no Renascimento:

A arte o renascimento foi marcado pelos autores completos ou totais, isso porque possuíam habilidades não apenas em um tipo de arte, mas dominavam de forma ostensiva grande parte dos conhecimentos. Uma característica comum foi à busca pela perfeição em suas obras, o que fez esse período se tornar marcante com relação a detalhes e expressividade. Essa arte se caracterizou pela influencia marcante das obras greco-romanas e pela concepção de arte como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar privilegiado ao contrario da visão usada no período anterior. Porém, mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma óptica racional e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos naturais.

Pintura:

Nesse momento da historia da arte, algumas características inovadoras e importantes foram utilizadas, como a perspectiva, que representava de forma fiel às diversas distâncias e proporções que têm entre si e os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria, que foi capaz de representar as imagens de forma tridimensional em uma superfície plana, significando um afastamento radical em relação à forma medieval de representação estática e seu sistema de proporções simbólico, onde os personagens maiores tinham maior importância numa escala que ia do homem até Deus. O desenho era agora considerado o alicerce de todas as artes visuais e seu domínio era um pré-requisito para todo artista. Na construção da pintura, a linha convencionalmente constituía o elemento demonstrativo e lógico, e a cor indicava os estados afetivos ou qualidades específicas. Outro diferencial em relação à arte da Idade Média foi a introdução de maior dinamismo e gestos nas cenas, e a descoberta do sombreado, ou claro-escuro que causou a impressão de volume nas obras.

Artistas como Leonardo da Vinci desenvolveram técnicas próprias na pintura que depois passaram a ser copiada por outros artistas, sua técnica foi o esfumaçamento ou esfumato, que se refere à técnica de pintura em que sucessivas camadas de tintas são misturadas em diferentes gradientes de forma a passar ao olho humano a sensação de profundidade, forma e volume. Outra técnica desenvolvida e utilizada amplamente foi a produção de afrescos, que consiste em uma obra pictórica feita sobre parede com base de gesso e argamassa ainda frescos.

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A representação pessoas nuas ou seminuas foi bastante abordada, representando pensamento humanista. No período do quattrocento as representações da figura humana adquiriram solidez, majestade e poder, refletindo o sentimento de autoconfiança de uma sociedade que se tornava muito rica e complexa, o que levou a dar mais valor a arte e gerar o mecenato. Também foi nesse período que a pintura a partir de tinta óleo foi desenvolvida e atingiu a maturidade, e atingira elevado nível de refinamento, possibilitando a criação de imagens muito mais precisas e nítidas e com um sombreado muito mais sutil do que o que era conseguido com a encáustica e a têmpera. Antes do desenvolvimento desta técnica eram utilizadas as tintas temperadas, que não geravam tantos detalhes e não possuía cores tão vivas.

O maneirismo meche com tudo isso, coroando o processo de exaltação do homem, levando-o a uma nova dimensão, a do sobre-humano, abrindo-lhe também as portas do trágico e do patético. Com os maneiristas toda a noção de espaço foi então alterada, a perspectiva se fragmentou em múltiplos pontos de vista, e as proporções da figura humana foram distorcias com finalidades expressivas ou meramente estéticas, formulando-se uma linguagem visual mais dinâmica, vibrátil, subjetiva, dramática e sofisticada.

Escultura:

Nas esculturas o renascimento se destaca por conseguir distingue-se da gótica essencialmente, e por deixar de ter a função de elemento ornamental, valorizando-se.

A representação naturalista do nu e seminu, assim como na pintura, foi bastante utilizada, com técnicas aperfeiçoadas graças ao estudo detalhado da anatomia. O corpo humano representou a beleza absoluta e as suas dimensões eram bem definidas matematicamente e esteticamente.

A mitologia, assim como no período clássico, também ganhou o seu destaque, só que dessa vez ela foi representada com uma visão mais humanista. Também se inspiraram na natureza e nos seus elementos. Nesta época foi quando se deu praticamente a libertação da escultura do quadro arquitetônico, os relevos foram realizados com as regras da perspectiva e as personagens mostravam-se com expressões de dramatismo que levavam a sensação de grandiosidade nos sentimentos expostos nas esculturas.

Outro gênero dentro da escultura que também acaba sendo beneficiado pela aplicação dos conhecimentos da perspectiva é o baixo-relevo (escultura sobre o plano). Donatello, empregando uma técnica denominada schiacciato, posiciona suas figuras a distâncias precisas, de tal maneira que elas parecem vir de um espaço interno para a superfície, proporcionando uma ilusão de distância, algo inédito até então.

As técnicas desenvolvidas nesse período foram de fundamental importância para conseguir alcançar esse alto nível de perfeição nas obras, cada artista escolhia a melhor

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forma para representar a sua arte a partir de blocos dos variados matérias. As estátuas equestres voltaram a ser representadas, sendo exemplo do realismo. As esculturas eram dotadas de uma perfeição grandiosa, algumas possuem grande porte outras não. A estética era muito valorizada e a riqueza de detalhes com que as obras eram feitas, se tornou característico.

Materiais Utilizados

A pintura no renascimento foi caracterizada pela inovação no material, veio com a utilização da tinta a óleo. Mas os quadros também foram pintados com tintas temperadas por alguns artistas. Já nas esculturas os materiais foram amplamente utilizados, como o mármore, madeira, bronze e terracota. O bronze foi amplamente utilizado nas figuras equestres. Madeira foi utilizada na execução de imaginária religiosa como: retábulos e altares. Já a terracota que é um material mais pobre, foi utilizada em várias esculturas por vários artistas, assim como o mármore.

Tinta a óleo:

Escultura de Terracota:

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Andrea del Verrochio, Busto de Giuliano de' Medici, (1475-1485). National Gallery, Washinton. Fonte: http://arthistory.about.com/od/renaissanceart/l/bl_lmedici_bust.htm Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Escultura de Bronze

Bartolomeo Colleoni, Andrea del Verrochio. Campo di san Zanipolo Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bartolomeo_Colleoni,_statua_equestre_del_Verrocchio,_Venezia,_campo_di_san_Zanipolo.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Escultura de mármore

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Giambologna, Rapto da Sabina, 1574- 1582. Loggia dei Lanzi. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giambologna_raptodasabina.jpg. Acesso em: 22 de Abril de 2012.

Música

O período do renascimento foi de grande renovação no tratamento da voz e orquestração, apesar de ser uma época em que não existiram mudanças abruptas no pensamento musical. Foi nesse período que surgiram ritmos e gêneros totalmente instrumentais, voltados para danças em bailes.

Literatura

A literatura tenta recuperar a Antiguidade Clássica através da retomada de seus modelos artísticos. Assim, a busca pela perfeição estética e a pureza das formas, trazem de volta os sonetos, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia, inspirados em Homero, Platão e Virgílio. Criando obras de extrema importância como Divina Comédia, por Dante Aligheri; O Príncipe, por Maquiavel; Os Lusíadas, por Camões.

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Estudo da obra de Leonardo da Vinci: GIULANNN

A última ceia: Trata da representação do anuncio de Jesus de que entre os apóstolos existe um traidor, a diferença das outras pinturas sobre este tema é o que mostra a genialidade de Da Vinci. Nesta representação Judas esta junto da mesa integrado com os outros e não excluído que foi algo inovador, cada personagem foi milimetricamente estudado, e ele utilizou pessoas reais para dar cara a cada personagem, inclusive a sua. Os discípulos foram agrupados em grupos de três em uma composição formando triângulos, a perspectiva é central onde todas as linhas saem da cabeça de Cristo, o artista cuidou muito da iluminação e as três janelas no fundo e elas que ditam a claridade da obra.

Leonardo da Vinci, Última Ceia. Santa Maria delle Grazie. Fonte:

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http://artetropia.blogspot.com.br/2010/06/ultima-ceia-leonardo-da-vinci.html Acesso em: 22 de Abril de 2012.

Linhas de Perspectiva e ponto de fuga:

Leonardo da Vinci, Última Ceia. http://artetropia.blogspot.com.br/2010/06/ultima-ceia-leonardo-da-vinci.html

O Renascimento Setentrional

Ao norte dos Alpes, a maioria dos artistas do século XV ficou alheio às ideias e formas italianas. Desde o Mestre de Flemalle e van Eycks buscaram mais informações na região de Flandres do que em qualquer outra. Por volta de 1500 a influência italiana irrompeu Alpes acima e despejou toda sua influência sobre o norte, a arte do Renascimento Setentrional começa a substituir o Gótico final que se refere a uma tradição de estilo único e claramente identificável. A influência italiana foi diversa, pois chegará ao norte toda ao mesmo tempo, o proto-renascimento, o renascimento pleno, e o maneirismo que já são divergentes dentro da própria Itália foram também acrescidos de variantes efeitos que foram: superficiais ou profundos, diretos ou indiretos, específicos ou genéricos. O gótico final manteve-se vivo, porém não dominante, e do seu encontro com a arte italiana resultou em uma espécie de guerra dos Cem Anos da arte. Outro fator que feio afetar este Renascimento foi a Reforma que alterou quase que de imediato as características do movimento.

Alemanha

Na Alemanha o berço da Reforma travou-se as principais batalhas desta guerra de estilos, logo no primeiro quartel do século XVI. As realizações de este curto período porem brilhante pode ser mensurado pelas duas personalidades contrastantes da época Mathias Grünewald e Albrecht Dürer. Grünewald permaneceu com pouca fama, ao contrário de Dürer que obterá fama internacional ainda em vida.

Grünewald (1470 – 1528)

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Grünewald só veio ficar conhecido na atualidade, a Dürer era atribuída sua maior obra, o Rétabulo de Isenheim comparado em força criadora até mesmo com a Capela Sistina. O Altar foi esculpido em dois volantes com três cenários. Com o retábulo fechado podemos ver A Crucificação talvez a mais impressionante já pintada, esta pintura remonta muito a arte medieval com a intolerável agonia de Cristo e a dor da virgem Maria de Maria Madalena e de São João. Mas os membros retorcidos, as feridas o sangue escorrendo em escala heroica eleva a figura de Cristo acima da figura humana comum. Revelando assim suas duas naturezas enquanto o trio chora, São João Batista aponta para ele com uma serena firmeza. Até a ambientação do quadro mostra este aspecto onde o fundo envolto em nevoa e escuridão contrasta com o brilho do primeiro plano. Quando aberto o tom do retábulo muda completamente, a Anunciação, o Concerto dos Anjos para a Virgem e o Menino e a Ressurreição celebram acontecimentos tão jubilosos quanto a Crucificação é severa. A principal diferença desta obra para o gótico final é justamente o sentido difundido nos painéis, tudo se anima e ganha vida própria. A luminosidade foi a marca da genialidade de Grünewald e até hoje não fora ultrapassada. Em suma Grünewald foi um homem de espírito livre e individualista como os renascentistas italianos, porém tinha sua base no gótico final e condensou esses dois estilos com intensidade e originalidade única.

Grünelwald, Retábulo de Isenheim. Museu de Unterdelin, França. Fonte: http://v1.cache6.c.bigcache.googleapis.com/static.panoramio.com/photos/original/4418917.jpg?redirect_counter=1 Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Dürer (1471 – 1528)

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Era um homem estudioso e sistemático até mesmo quando ia executar suas obras dosava sua habilidade artística com suas técnicas. Foi o maior gravador de seu tempo tanto em madeira quanto em metal. As cópias de Mategna que Dürer fizera assim como de outros mestres do Proto-Renascimento, mostram que ele era um hábil captor de elementos essenciais de outras correntes artísticas, suas aquarelas eram igualmente surpreendentes, a visão da natureza a sua totalidade orgânica também foi uma forte marca fazendo-o ser colocado no mesmo patamar de Da Vinci. Dürer revolucionou totalmente elevando a gravura de arte popular para uma Arte amadurecida de Plena. Foi Dürer o primeiro artista a se fascinar pelo seu próprio retrato, a pintura é de tradição flamenga, apesar da postura frontal e a relação com as feições de Cristo afirma uma segurança que ultrapassa retratos vulgares, de fato a até mesmo um caminho pela história neste único quadro. O aspecto didático seja mais claro na gravura de Adão e Eva onde um tema bíblico é retradado com nus, onde Dürer julgou proporções perfeitas e os gravou. Era um humanista cristão por isso se juntou logo a causa de Lutero, ofereceu a Nuremberg uma pintura chamada Os Quatro Evangelistas. Fez um estudo aprofundado em geometria baseado no trabalho de Piero della Francesca.

Dürer, Auto-Retrato. Museu de Pinakothek, Alemanha. Fonte: http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/durer/self/self-28.jpg Acesso em: 24 de Abril de 2012.

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Cranach, o Velho (1472 – 1553).

Foi um pintor germânico renascentista, autor também de gravuras e xilografias. Foi pintor da corte dos Eleitores da Saxônia durante a maior parte de sua carreira, e é mais conhecido por seus retratos, tanto de príncipes alemães como de líderes da Reforma Protestante, cuja causa abraçou com entusiasmo, tornando-se amigo próximo de Martinho Lutero. Pintou também assuntos religiosos, primeiro na tradição católica, depois buscando novas formas de transferir para a arte as referências religiosas luteranas. Durante toda sua carreira pintou nus baseados na mitologia e na religião. Tinha um grande estúdio e muitos trabalhos existem em diferentes versões.

Cranach o Velho, Adão e Eva.  Städel Museum, Alemanha. Fonte: http://static.artbible.info/large/cranach_adameva_1526.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Altdorfer (1480 – 1538)

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Nas suas obras podemos observar uma pura pintura de paisagens, animada pela narração de lendas, como por exemplo, em Susana no Banho o quadro mostra o fabuloso palácio de construção onírica, cuja composição geométrica e cristalina se opõe as linhas curvas da paisagem; e, em São Jorge e o Dragão o santo dificilmente se destaca da minuciosa massa de arvoredo. Mas há em Altdorfer a noção fundamental de um indissolúvel laço entre a natureza e os acontecimentos humanos que nela passam. Na Batalha de Alexandre em Issus ”a paisagem universal assume dimensões cósmicas o drama terrestre encontra o seu eco no combate dos exércitos, das nuvens, do sol e da lua, da luz e de obscuridade”. Exprime-se nesta pintura inquieta uma nova representação do espaço aberto e nela a miniatura é uma arte monumental.

Altdorfer, Susana no Banho. Museu de Pinakothek, Alemanha. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-l_Ri7s3tgO4/TecrCHnNi7I/AAAAAAAADPc/skO2HDdFfPs/s1600/Albrecht_Altdorfer_susanna+im+bade.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Retrato

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Holbein (1498 – 1543)

Embora muito talentosos Cranach e Altdorfer não enfrentaram o principal desafio do renascimento o homem, que Dürer aceitou com maestria. Eles adotaram um estilo antimonumental, diferente de Holbein que seguiu neste segmento, o retrato. A grande influencia de Andre Mategna e Leonardo da Vinci teve um impacto sobre a obra de Holbein pode observar-se no modelado e na composição renascentista de um de seus

primeiros retratos, Erasmo de Rotterdam.Holbien o Jovem, Erasmos de Rotterdam. Museu do Louvre, França. Fonte: http://flipsideflorida.files.wordpress.com/2012/02/holbein_the_younger_hans-erasmus.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Países Baixos

Os Países Baixos tiveram no século XVI a historia mais conturbada quando a Reforma começou eles estavam sobre o domínio do império dos Habsburgo, o protestantismo logo começou a ganhar força nos Países Baixos, e tentativa da corte de suprimi-lo resultou numa revolta contra o domínio estrangeiro. Depois de uma disputa sangrenta o norte (região da Holanda) conseguiu sua independência enquanto o sul (Bélgica hoje) ficou no domínio dos Espanhóis. As disputas religiosas e políticas podiam ter tido resultados terríveis para a arte, mas, surpreendentemente isso não ocorreu, bem verdade a pintura do século XVI não igualou o brilho da do século XV nos países baixos, nem chegaram a produzir precusores do renascimento comparáveis a Durer e Holbein. Essa região assimilou de forma mais segura e sistemática a influencia italiana do que a Alemanha, por isso em vez de um pico ou outro temos uma sucessão de cumes não tão altos porem constantes. Entre 1550 e 1600 os Países Baixos produziram grandes nomes que abriram caminho para os mestres holandeses e flamengos do século seguinte.

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Renascimento e Barroco

Haviam duas preocupações hora ligadas, hora distintas que caracterizam as pinturas dos Países Baixos uma era assimilar a arte italiana de Rafael e Tintoretto, e criar um repertorio capaz de superar e eventualmente substituir os assuntos religiosos tradicionais. Todos os temas que foram largamente explorados no Barroco holandês e flamengo como: paisagem, natureza-morta e o gênero.

Aertsen (1508 – 1575) e Brueghel (1530 – 1569)

Aertsen começou pintando retábulos, mas com a pressão iconoclastas destruindo seus retábulos decidiu se dedicar a pintura da natureza-morta. Brueghel foi um pintor de multidões e de cenas populares, com uma vitalidade tal que transborda do quadro. Além da sua predileção por paisagens, pintou quadros que realçavam o absurdo na vulgaridade, expondo as fraquezas e loucuras humanas, que lhe trouxeram muita fama. A mais óbvia influência sobre sua arte é de Hieronymus Bosch. Foi na natureza, no entanto, que ele encontrou seu maior inspiração, sendo identificado como um mestre de paisagens. Ele é muitas vezes creditado como sendo o primeiro pintor ocidental a pintar paisagens como elemento central e não como um pano de fundo histórico de uma pintura

Aertsen, Cena do Mercado. Museu de Pinakothek Alemanha. Fonte: http://www.terminartors.com/files/artworks/5/2/7/52734/Aertsen_Pieter-Market_Scene-c._1550-II.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

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Brueghel, O triunfo da morte. Museu do Prado, Espanha. http://wiki.eca.luli.com.br/images/4/48/Bruegel-triunfo-da-morte.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

França

A influência renascentista vindo de Flandres e Borgonha desde o século XV, como vista em Fouquet. O grande legado Frances desta época foi a escola de Fontainbleuau, onde passaram grandes nomes tanto franceses quanto italianos. Também teve no renascimento muita influência na música pela escola de Bolonha.

Jean Fouquet (1420 — 1481)

Foi o mais importante pintor francês do século XV do começo do Renascimento. Era um mestre na criação de painéis e iluminuras e renovou a pintura francesa no século XV. Formado na tradição francesa do Gótico Internacional, desenvolveu um novo estilo integrando as fortes tonalidades cromáticas do gótico, com a perspectiva e os volumes italianos, assim como a inovação naturalista dos artistas flamengos.

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Jean Fouquet, Etienne Chevalier e Santo Estevão Lado esquerdo do díptico de Melun. Real Museu de Belas Artes de Antuérpia, Bélgica. Fonte: http://www.ricci-art.net/img003/559.jpg Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Portugal

A influência do Renascimento em Portugal estende-se de meados do século XV a finais do século XVI. Embora o Renascimento italiano tenha tido um impacto modesto na arte, os portugueses foram influentes no alargamento da visão do mundo dos europeus, estimulando a curiosidade humanista. Portugal floresceu no final do século XV com as navegações para o oriente, auferindo lucros imensos que fizeram crescer a burguesia comercial e enriquecer a nobreza, permitindo luxos e o cultivar do espírito. O contacto com o Renascimento chegou através da influência de ricos mercadores italianos e flamengos que investiam no comércio marítimo.

Espanha

Na Espanha, as circunstâncias foram em vários pontos semelhantes. A reconquista do território espanhol aos árabes e o fantástico afluxo de riquezas das colônias americanas, com o intenso intercâmbio comercial e cultural associado, sustentaram uma fase de expansão e enriquecimento sem precedentes da arte local. deixaram obra notável em estilo clássico ou maneirista, mais dramático do que seus modelos italianos, já que o espírito da Contra-reforma ali tinha um baluarte.

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El Greco (1541 – 1614)

Pintor, escultor e arquiteto grego que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. Assinava suas obras com o nome original, ressaltando sua origem. O estilo dramático e expressivo de El Greco foi considerado estranho por seus contemporâneos, mas encontrou grande apreciação no século XX, sendo considerado um precursor do expressionismo e do cubismo, El Greco é considerado pelos modernos estudiosos como um artista tão individual que não o consideram como pertencente a nenhuma das escolas convencionais. É mais conhecido por suas figuras tortuosamente alongadas e uso frequente de pigmentação fantástica ou mesmo fantasmagórica

El Greco, Agonia no jardim. Museu de Belas Artes de Budapeste, Hungria. Fonte: http://www.cybergrain.com/tech/hdr/images1/elgreco.jpg Acesso em: 24 de Abril de 2012.

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Inglaterra

Na Inglaterra, o Renascimento coincide com a chamada Era Elisabetana, de grande expansão marítima e de relativa estabilidade interna depois da devastação da longa Guerra das Rosas, quando se tornou possível pensar em cultura e arte. Como na maior parte dos outros países da Europa, a herança gótica ainda viva mesclou-se com referências da Renascença tardia, mas suas características distintivas são o predomínio da literatura e da música sobre as outras artes, e sua vigência até cerca de 1620.

Nicholas Hilliard (1547 – 1619) foi um ourives e retratista inglês conhecido sobretudo pelos retratos em miniatura de membros das cortes.  Pintou principalmente pequenas miniaturas ovaladas, mas também algumas miniaturas de cavalete um pouco maiores, até 25 centímetros de altura. Teve um êxito contínuo como artista, mas também contínuos problemas económicos, durante quarenta e cinco anos, e as suas pinturas ainda exemplificam a imagem visual da era isabelina, muito diferente da pintura da maior parte da Europa de finais do século XVI. Tecnicamente era muito conservador, segundo os padrões europeus, mas as suas pinturas estão magnificamente executadas e têm uma frescura e encanto que lhe asseguraram una reputação continuada como a figura artística central da época isabelina.

Nicholas Hilliard.O homem segurando a mão da nuvem. Victoria e Albert Museum, Londres. Fonte: http://assets.nybooks.com/media/photo/2011/11/30/wood_1-122211_jpg_411x500_crop_q85.jpg Acesso em: 24 de Abril 2012

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Barroco

Introdução

O significado original da palavra ‘barroco’ é algo irregular, contorcido, grotesco, características que visivelmente não são compatíveis com a grandiosidade do seu estilo. Já os artistas que demarcaram este período conseguiram transmitir sentimentos e estados de espírito através de suas obras, cada um de seu jeito, fazendo que compreendêssemos as suas artes quase como se fosse um livro. A busca ao realismo dramático, a cor e o movimento, nos propiciam uma visão aguçada do que o artista queria expor em sua obra.

Contexto Histórico

O Barroco surgiu em uma época plena de artistas grandiosos e mecenas, aquelas que ‘patrocinavam‘ a arte. É preciso deixar claro que o movimento não foi homogêneo, cada artista tinha seu modo de expressão, seu individualismo, o que o torna rico e diversificado. Contudo os artistas barrocos tinha em comum o profundo interesse pelo Renascimento e pela arte clássica.

Não se tinha perspectiva de que Roma pudesse voltar a ser o centro cultural que fora durante sua época de glória, o Império, todavia em 1527 ela foi o marco inicial barroco, através do mecenato da Igreja Católica e dos abastados príncipes da Igreja. Neste ano Roma havia sido saqueada por um grande número de mercenários espanhóis e a Igreja sofria fortes críticas pela Reforma Protestante de Lutero. A cidade havia sofrido grande destruição, muitos morreram e outros tantos foram embora, porém para os que permaneceram, nasceu neles o sentimento, a necessidade de reconstruir.

A Igreja reformou-se, o Concílio de Trento reuniu o clero durante 20 anos para discutir seus dogmas que foram reafirmados e tornou-se ainda mais rigorosa em suas práticas. Nesse espírito a Igreja enfatizou ainda mais a iconoclastia tão rejeitada pelos protestantes, como exemplo do ‘Juízo Final’ de Michelangelo que foi concluída pouco antes da abertura do concílio. As obras artísticas serviriam para a instrução dos fiéis católicos, educando-os religiosamente.

Por volta de 1590 houve então uma reforma urbanística em Roma durante o pontificado de Sisto V, o papa buscava revitalizar a cidade, torná-la mais digna, como fora em seus anos de império. Assim, reergueu-se Roma sendo um grande polo de atração de diversos e brilhantes artistas.

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Características do Barroco

O período do barroco foi marcado por várias características, que definem e expressam o pensamento da época. Essas características foram:

Dualismo

O barroco foi um momento marcado por contrastes entre as grandes forças da existência humana como: fé x razão; corpo x alma; Deus x Diabo; vida x morte, etc. É frequente nas pinturas e esculturas o jogo dessas contradições, mas não é só o choque entre elas que é explorado, procuraram conciliá-los e integrá-los, e para isso fizeram uso de muitas figuras de linguagem.

Fugacidade

O pensamento barroco prega a existência efêmera das coisas, onde no mundo tudo é temporário e instável.

Pessimismo

A consciência da fugacidade da vida leva a ideia pessimista, onde a única certeza seria a morte. Gerando o desencantamento com a vida gerando a arte barroca se transformar em uma arte pessimista.

Feísmo

A atração por aspectos cruéis, grotescos, dolorosos e dramáticos. Sempre repleto de detalhes nas obras, e rompendo com a harmonia, e sobriedade do período clássico.

Conceptismo

Jogo de palavras gerando retóricas e raciocínio para melhor exemplificar o conflito dos opostos.

Antropocentrismo x Teocentrismo

A visão dos artistas desse período para o conflito entre homem x Deus, e o sagrado x o profano.

Conflito existencial

É a contradição existente no pensamento do homem entre o prazer pagão e a fé religiosa.

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Arte no Barroco

Ao contrário do Renascimento, que buscava criar através da arte um mundo de formas idealizadas, purificadas de suas imperfeições e idiossincrasias individuais dentro de uma concepção fixa do universo, durante o Barroco a mutabilidade das formas e da natureza e o dinamismo de seus elementos se tornaram evidentes. Contrapondo essas duas épocas.

A arte em si do barroco buscava impactar os sentidos pela sua exuberância, opulência e grandiosidade, propondo uma integração entre as várias linguagens artísticas e prendendo o observador numa atmosfera catártica, retórica e apaixonada. Para muitos autores, nenhuma obra produzida nesse período poderia ser analisada sem levar em consideração todo o contexto, pois sua natureza é sintética, aglutinadora e envolvente. É muito difícil definir com clareza a arte neste período, pois ela não apresenta uma uniformidade, onde cada artista se manifesta da sua maneira escolhida. A arte buscava um efeito não linear, essencialmente pictórico e não gráfico, procurava criar uma impressão de ilimitado, imensurável, infinito, dinâmico, subjetivo e inapreensível; com o objetivo de representar como importância maior o processo e não o resultado final. Apresentavam um gosto especial por esculturas mais dinâmicas, se contrapondo a figuras estáticas anteriores. Numa composição clássica, a cena representada é um todo autossuficiente e autocontido, todos os seus elementos são inter-relacionados e interdependentes, nada é supérfluo ou casual e tudo veicula um significado preciso, enquanto que uma obra barroca parece mais frouxamente organizada, com vários elementos parecendo arbitrários, circunstanciais ou incompletos, produtos de uma fantasia que adquire valor por si mesma e não pretende ser essencial ao discurso visual, tendo antes um caráter decorativo e improvisatório. Além disso, na forma clássica a linha reta, o equilíbrio e as coordenadas ortogonais são elementos fortes na articulação da composição, mas no Barroco a preferência passa para as diagonais, a assimetria, as formas curvas e espiraladas, e um desprezo pela orientação provida pelos limites físicos da obra, se organizando livremente pelo espaço disponível e parecendo poder continuar para além da moldura.

Pintura

No barroco uma modalidade ilusionista de pintura se expandiu em larga escala, que foi a criação de grandes tetos pintados com grande riqueza de detalhes, onde as paredes de apoio pareciam uma continuidade desse teto, criando a visão de um céu onde seus personagens descem em nuvens, repletos de esplendor e glória. Essa técnica já era utilizada no renascimento, mas teve o seu auge no barroco graças a sua ampla utilização. A pintura dos afrescos continuou sendo utilizada em larga escala nas paredes e quadro, mas principalmente no teto. Uma corrente importante desse período foi a Tenebrista, que se utilizou do intenso contraste entra luz e sombra, em alguns casos exageradamente, como técnica para tornar a pintura mais realista, tornando mais evidente as expressões faciais, consegue enfatizar o primeiro plano e a movimentação dos personagens, assim como detalhar a musculatura. A utilização de tintas escuras em

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grandes áreas também é bastante comum, dando uma importância maior às partes mais claras. A pintura de paisagens era bem comum nessa época, geralmente despojadas com conteúdos narrativo ou dramático, ou exibindo cenas históricas, religiosas e alegóricas. A riqueza de detalhes foi assim como no renascimento um tema bastante explorado, aonde em alguns casos chega a impactar o sentido visual, mas exibindo de forma cada vez mais impressionante o perfeccionismo. As cenas que seriam representadas eram escolhidas no seu clímax, para tornar a pintura mais forte. Também se tornou comum à prática de pintar a natureza morta, assim como o interior doméstico e fatos do cotidiano, este que abrangia todas as classes sociais.

Escultura:

Com a influência da Contrarreforma, as esculturas passaram a ser um ponto de extrema importância para o culto católico, as imagens eram tratadas como elos entre Deus e os fiéis, graças a sua capacidade de mexer com a imaginação e emoção do povo, levando cada vez mais pessoas a igreja. O que gerou um embate com os religiosos protestantes, que não acreditavam no poder dessas representações chegando a destruir algumas obras. Após esse período a valorização das esculturas passou a ser algo inevitável surgiu na Europa uma corrente chamada de Sacro Monte, que significa a representação da Paixão de Cristo em imagens detalhadas em alto relevo, dramatizadas e teatralizadas, com o objetivo de comover as pessoas. Com o grande valor dado as figuras sacras, os altares em que elas eram colocadas também passaram a ser esculpidos para dar uma forma teatral e engrandecedora as obras, enriquecendo mais ainda a escultura. Uma característica importante das esculturas nesse momento foi à representação perfeita dos movimentos corporais e atividade, a partir de gestos e semblantes, e das vestimentas, mostrando inclusive as dobras que os tecidos formavam a partir de uma rajada de vento. Os semblantes dos perfis esculpidos expressando os mais variados sentimentos e comoção eram bastante imponentes e detalhados, chegando a gerar emoções no público ao avistar tal perfeição. A escultura barroca contraria a ideia anterior do renascimento: a sobriedade e racionalidade das formas. Ideia esta que foi utilizada em outras artes e também no pensamento das pessoas.

Materiais Utilizados:

A pintura assim como no renascimento foi feita a partir de tinta a óleo. Nas esculturas assim como nas pinturas, os materiais foram semelhantes ao período passado, à utilização de pedras como: mármore e granito, continuou sendo comum, assim como a criação de obras a partir do bronze.

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Escultura em pedra:

Mattana, Sacro Monte di Varallo. Salita Pedonale Sacro Monte. Fonte: http://letraslinhas.blogspot.com.br/p/historia-da-arte.html Acesso em: 22 de Abril de 2012.

Esculturas em metal:

Bernini, Baldaquino da Basílica de São Pedro. Basílica de São Pedro, Vaticano. Fonte: http://www.starnews2001.com.br/aleijadinho/abre_tela2.htm Acesso em: 22 de Abril de 2012.

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Música:

O período do barroco trata-se da época musical de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. Durante a música barroca, os compositores e intérpretes usaram a ornamentação musical mais elaborada e ao máximo, algo que nunca foi utilizado tanto antes ou mais tarde noutros períodos, para elaborar suas ideias; fizeram mudanças indispensáveis na notação musical, e desenvolveram novas técnicas instrumentais, assim como novos instrumentos. A música, no Barroco, expandiu em tamanho, variedade e complexidade de performance da época, além de também estabelecer inúmeras formas musicais novas, como a ópera. Inúmeros termos e conceitos deste Período ainda são usados até hoje.

Literatura:

Como na essência do barroco revela a busca da novidade e da surpresa; o gosto pela dificuldade, pregando a ideia de que se nada é estável, tudo deve ser decifrado; a tendência ao artifício e ao engenho; a noção de que no inacabado reside o ideal supremo de uma obra artística. Na literatura não poderia ser diferente, ela se baseia em fazer uso da linguagem dramática, expressa no exagero de figuras de linguagem, hipérboles, metafóricos, anacolutos e antíteses. Na maior parte das obras existia uma grande contradição entre os pensamentos do autor.

Pintura em água-forte

Esta foi uma técnica desenvolvida para a melhor gravura, utilizava-se uma placa de cobre cobrindo ela com resina desenhava-se com estilete para retirar a resina e mergulhava a placa em um ácido que formava sulcos onde era desenhado fazendo assim a gravura.

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Comparando Renascimento ao Barroco

Discute-se ainda hoje se o Barroco é a última fase do Renascimento ou se é uma época distinta do mesmo. Ambos buscaram inspiração na arte antiga, sendo que cada período buscou uma inspiração diferente para suas obras. Analisam-se aqui algumas diferenças entre as obras destes movimentos culturais.

Pintura

Em 1595, o jovem cardeal Oduardo Farnese pediu a Annibale Caracci, pintor vindo da Bolonha, que decorasse o teto do seu salão de banquetes com o que poderia ser considerada uma primeira versão barroca com cenas da vida dos deuses mitológicos gregos. A sala foi pintada como se estivesse ascendendo aos céus, ricamente decorada com figuras esculpidas e medalhões de bronze, tudo realizado em pintura o que torna mais convincente pelos jovens nus em verdadeira cor de carne presentes no salão. As cenas das vidas dos deuses eram postas como se fossem quadros emoldurarados. No centro do teto foi pintado Baco e Ariadne, a cena parece representar um desfile, a imagem nos transmite um espírito de alegria exuberante e as algumas figuras bem localizadas nos trazem uma ideia de perspectiva, isto em conjunto com o realismo e a ideia de movimento faz com que esta pintura seja adotada como arte barroca.

Annibale Carracci, Galeria do Palácio Farnese, Roma,

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afresco. Fonte: http://cv.uoc.edu/~04_999_01_u07/percepcions/perc68a.html. Acesso em 19 de Abril de 2012.

Comparando esta obra com uma de Rafael, gênio do Renascimento, percebe-se claramente a ausência de movimento, todas as representações humanas presentes dão ideia de estaticidade além de se alinharem como se estivessem em um mesmo plano diante de nós, excluindo a ideia de perspectiva para sua obra.

Rafael, As núpcias de Cupido e Psiquê, 1516, afresco, Villa Farnesina, Roma. Fonte: http://algargosarte.lacoctelera.net/post/2011/04/13/la-villa-farnesina-roma-frescos-rafael-sanzio-y-otros. Acesso em: 21 de Abril de 2012.

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Annibale Carracci, O triunfo de Baco e Ariadne, 1597-1600, detalhe do afresco do teto no Palácio Farnese, Roma. Fonte: http://dotempodaoutrasenhora.blogspot.com.br/2010_07_11_archive.html. Acesso em: 21 de Abril de 2012.

Outra comparação que podemos fazer entre os movimentos artísticos é entre as obras de Ticiano e Agostino de Carracci, irmão de Annibale. Cada uma reproduz a mesma cena, porém em épocas diferentes. O quadro de Ticiano nos apresenta um pouco mais que o de Agostino ao inserir na sua obra a figura de Deus e um anjo que esperam a chegada da virgem aos céus para sua coroação, já o dele nos traz uma unidade entre os elementos e uma ideia de movimento continuo entre as figuras que estão colocadas, apresenta maior dramaticidade. Mesmo assim, ambas apresentam aspectos particulares à cada figura humana representada e as cores se assemelham.

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Ticiano, A Assunção da Virgem, 1516-1518, óleo sobre madeira, 6,90x3,60m, igreja de Santa Maria Gloriosa dei Frari, Veneza. Fonte: http://faroldeluz.wordpress.com/2009/08/ Acesso em: 21 de Abril de 2012.

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Agostino Carracci, A Assunção da Virgem, 1592, Galleria, Bolonha. Fonte: Mainstone, Medelainde; Mainstone Rowland. Página 7, Introdução à História da arte da Universidade de Cambridge. O Barroco e Século XXI. Edição Integral. Zahar Editores, 1981.

Escultura

Analisando as esculturas dos dois movimentos pode-se ver claramente as divergências que elas têm. Toma-se por estudo a representação da figura bíblica de Davi por dois grandes artistas:

Michelangelo criou uma obra típica do Renascimento, nota- se a tonalidade dos músculos que parecem estar vivos sob a pele, é uma escultura tensa e poderosa, porém é uma obra autônoma que em nenhum momento faz-nos sentir parte do que se é vivenciado pela obra devido a sua estaticidade.

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Michelangelo Buonarroti, Davi, 1501-1503, mármore, altura: 4,34m, Accademia, Florença. Fonte (imagem da esquerda; imagem da direita, canto esquerdo): http://arteemerson.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html; http://colunistas.ig.com.br/paulocleto/2010/09/14/o-pintor-e-o-escultor/; http://www.biografia.inf.br/michelangelo-escultor-pintor-arquiteto.html. Acesso em 22 de Abril de 2012.

Já na obra de Bernini, somos acolhidos pela cena, percebe-se toda uma dinâmica em seu ‘Davi’. Sente-se a presença implícita de Golias, mesmo ele não estando presente no cenário, Davi claramente olha em sua direção. A sua musculatura está contraída e ele,

prestes a atirar a pedra. É justamente esse sentimento de participação do observador com a arte que difere a arte barroca da renascentista.

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Gian Lorenzo Bernini, Davi, 1623, mármore, altura: 1,70m, Galeria Borghese, Roma. Fonte (esquerda para direita): http://caroleleeh.blogspot.com.br/; http://escafandro-respire.blogspot.com.br/2008_07_01_archive.html. Acesso 22 de Abril de 2012.

Estes dois artistas também podem ser usados em comparação para se estudar a composição das artes, vendo-se duas fundações de caráter religioso de cada um. Michelangelo na composição da ‘Nova Sacristia’ e Bernini ao esculpir o ‘Êxtase de Santa Teresa’. Observa-se um misto entre arquitetura, escultura e pintura na obra de Bernini, as artes fundem-se criando uma única só, nos sentimos atraídos para entrar na igreja. Já no caso da ‘Nova Sacristia’ de Michelangelo percebe-se claramente a diferença entre as artes, escultura e arquitetura não se misturam como na arte barroca, e o ambiente nos passa uma sensação de que o estamos invadindo, de que não pertencemos àquele local.

Gian Lorenzo Bernini, Capela Cornaro, O Êxtase de Santa Teresa, Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma, 1645-1652. Fonte (esquerda para direita): http://perspectivabr.wordpress.com/2008/10/15/a-licao-de-uma-santa/; http://www.art.com/products/p234259158-sa-i4006082/rome-church-of-santa-maria-della-vittoria-ecstasy-of-st-theresa.htm. Acesso em 22 de Abril de 2012.

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Michellangelo Buanarroti, Nova Sacristia, Basílica de San Lorenzo, Florença, 1519-1533. Fonte: http://www.art.com/products/p234259158-sa-i4006082/rome-church-of-santa-maria-della-vittoria-ecstasy-of-st-theresa.htm. Acesso em 22 de Abril de 2012.

Artistas do Barroco

Gian Lorenzo Bernini (1598-1580)

Gian Lorenzo Bernini, Autorretrato, oleo sobre tela, 1630-1635. Galleria de Borghese Fonte: http://www.wikipedia.org/. Acesso em: 22 de Abril de 2012.

Bernini é considerado o grande astro do Barroco, atuou no ramo da escultura, arquitetura e pintura, foi um artista completo como Michelangelo fora durante o Renascimento.

Como artista recriou os velhos mitos de cenas mitológicas gregas em cenas bem dramatizadas e realistas.

Escultura:

Logo aos 18 anos Bernini esculpiu ‘Eneias, Anquise e Ascânio’ já ressaltando a grandiosidade deste artista. Esta obra representa através da continuidade entre a infância, a maturidade e a velhice, a efemeridade da vida humana, toda sua tragédia, o fim trágico a qual todos estão condenados.

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Gian Lorenzo Bernini; Eneias, Anquise e Ascânio; 1618-1619, mármore, 2,20m, Galeria Borghese, Roma. Fonte: http://www.wga.hu/art/b/bernini/gianlore/sculptur/1610/aeneas.jpg. Acesso em: 22 de Abril de 2012.

Ao criar ‘Plutão e Perséfone’, o deus do mundo subterrâneo rapta-a enquanto ela está se debatendo e chorando ao tentar uma fuga vã. A pele macia de Perséfone entre em contato com a rija pele de Plutão que lhe carrega em movimentos violentos.

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Gian Lorenzo Bernini, Plutão e Perséfone, 1621-1622, mármore, tamanho natural, Galeria Borghese, Roma. Fonte (acima; a esquerda): http://2008pequim.blogspot.com.br/2008/04/hades-pluto.html; http://cidmarcus.blogspot.com.br/2011/02/kore-persefone.html

Monumentos

O Sepulcro do Papa Urbano VIII foi também obra de Bernini, composto de diferentes materiais fez-se que o monumento fosse

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bastante pictórico. Utilizou-se bronze escuro para o papa, mármore colorido para o sarcófago e branco para a fé e a caridade representadas uma em cada canto da obra.

Gian Lorenzo Bernini, túmulo de Urbano VIII, 1627-1647, mármore, Basílica de São Pedro, Roma. http://www.allaboutarts.com.br/default.aspx?PageCode=12&PageGrid=Articles&item=0706A7

Bernini fez-se presente na construção de dois belíssimos monumentos dentro da Basílica de São Pedro, localizada na praça de mesmo nome que também foi projetada por ele. São eles O Baldaquino e a Cadeira do santo que leva o nome da basílica. O baldaquino feito por encomenda do papa Urbano VIII tinha a intenção de focalizar o túmulo de São Pedro e o altar. A cadeira do primeiro papa é cercada por uma luz celestial que entra pelos vitrais da igreja e envolve o trono de São Pedro dando aspecto celestial a obra de Bernini. Nada poderia ser mais expressivo para remedir ao Barroco do que essas duas obras. Os movimentos naturais das figuras, a unidade de concepção global e as forças das colunas espiraladas, ou a grande explosão de luz em cima da cadeira.

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O Baldaquino da Basílica de São Pedro e a Cadeira de São Pedro. Fonte (esquerda para direita): http://www.europaenfotos.com/italia/photo_ro10_3.html; http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Cathedrapetri%2Bgloria.jpg. Acesso em: 22 de Abril de 2012.

Representando os quatro continentes que se conhecia na época (Oceania ainda não havia sido descoberta pelos europeus) construiu-se a Fonte dos Quatro Rios. Usando rios para simbolizar cada continente do globo. Rio Nilo – África; Rio da Prata – América; Rio Ganges – Ásia; Rio Danúbio – Europa.

Gian Lorenzo Bernini, Fontana dei Quattro Fiumi, 1648-1651, Praça

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de Navona, Roma. Fonte: http://www.sajm.net/html/in_and_about_rome.html. Acesso em: 22 de Abril de 2012

Caravaggio (1571-1610)

Ottavio Leoni, Caravaggio, Biblioteca Marucelliana, Florença. Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bild-Ottavio_Leoni,_Caravaggio.jpg. Acesso em: 23 de Abril de 2012.

Viveu uma vida de boêmio, criou alguns inimigos, frequentou tanto a corte quanto a taberna romana, chegou até a viver na miséria vendendo suas obras nas ruas. Passou por uma vida agitada e faleceu aos seus 37 anos. Contradizendo a tudo e a todos, Caravaggio negou os ideais clássicos. Ele Tentou representar as cenas bíblicas de forma mais realística colocando-as no âmbito contemporâneo. Em segundo lugar, colocou sobre luz tudo que deveria ser levado como aspecto mais importante nos seus quadros e em sombra aquilo que não era tão relevante.

Em sua obra ‘Ceia em Emaús’ as figuras humanas assustadas parecem sair da tela e vir ao nosso mundo. O choque dos discípulos ao saberem que estão ao lado do Cristo ressuscitado é motivo de espanto, vemos a cadeira indo para nossa direção e a bandeja de frutas à beira de cair. As luzes ressalvam ainda mais o comportamento súbito de surpresa.

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Michelangelo Merisi da Caravaggio, Ceia em Emaús, 1597, óleo sobre tela, 1,39x1,95m, National Gallery, Londres. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Michelangelo_Caravaggio_011.jpg. Acesso em: 22 de Abril de 2012.

Com suas telas monumentais, Caravaggio foi um grande nome da pintura barroca. Suas obras pareciam não se enquadrar em nenhum movimento artístico devido ao naturalismo que ele convoca as suas telas, como é o caso de ‘A vocação de S. Matheus’. Nunca tinha se visto uma cena bíblica retratada como se fosse um acontecimento cotidiano, o que causou um poderoso impacto na sociedade. A luz que entra pela direita no quadro é essencial para mostrar as expressões dos elementos implícitos na tela o que é essencial para contar a história que está se desenrolando. A diagonal que a luz que flui da mão de cristo e vai até a cabeça de Matheus sugestiona uma luz espiritual passada por Jesus que o tira das trevas.

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Michelangelo Merisi da Caravaggio, A vocação de S.Matheus, ca. 1598, óleo sobre tela, 3,38x3,48m, capela Contarelli, Igreja de San Luigi dei Francesi, Roma. Fonte: http://auladearte.zip.net/arch2009-08-02_2009-08-08.html. Acesso em 22 de Abril de 2012.

Em ‘O Beijo de Judas’, o artista coloca sete figuras humanas para representar esta cena da vida de Cristo, inclusive há um autorretrato de Caravaggio nesta sua obra, o mesmo está com um lampião. Não se sabe direito de onde a luz vem, observa-se também São João na margem esquerda tentando uma fuga e sendo segurado por um dos soldados.

Michelangelo Merisi da Caravaggio, A captura de Cristo, 1602, óleo sobre tela, 133,5x169,5m, Galeria Nacional da Irlanda, Dublin. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Caravaggio_-_Taking_of_Christ_-_Dublin.jpg. Acesso em 22 de Abril de 2012.

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Rembrandt (1606-1669)

Rembrandt, Autorretrato, óleo sobre tela, 67cm, 1660. Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:WLA_metmuseum_Rembrandt_Self-portrait_1660.jpg. Acesso em: 23 de Abril de 2012.

Foi o maior gênio da arte holandesa. Sofreu influência indireta de Caravaggio. Suas obras são demarcadas pelo nível de expressividade, compreensão humana e profundo sentimento religioso bastante pessoal devido a seu profundo conhecimento da Biblía. Considerado por muitos um dos maiores pintores de todos os tempos, foi também um grande gravador. Destaca-se em sua obra um apelo emocional e um maior realismo.

Na ‘gravura dos cem florins’, Cristo é o centro da figura, toda a atenção está voltada a ele, todos os olhares buscam a imagem de Jesus. O contraste de luz e sombra é usado para enfatizar as linhas importantes da composição e o significado psicológico que a obra transmite ao seu observador.

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Rembrandt, ‘A gravura dos cem florins’, ca. 1650, água-forte, segunda prova, 2,78x3,89m, British Museum, Londres. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rembrandt_The_Hundred_Guilder_Print.jpg. Acesso em: 23 de Abril de 2012.

Uma poça de luz é lançada em direção à cena do Novo Testamento em que Cristo disse: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra” focando as divergências entre a atitude de Cristo e a dos fariseus.

Rembrandt, A mulher surpreendida em adultério, ca. 1664, óleo sobre madeira, 835x64,5cm National Gallery, Londres.

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Fonte: http://pt.wahooart.com/A55A04/w.nsf/Opra/BRUE-5ZKEE8. Acesso em: 23 de Abril de 2012.

A parábola do filho pródigo é remontada por Rembrandt, uma cena serena que causa comoção aos que a assistem. O filho com vestes pobres e descalço vai ao encontro do pai e pede seu perdão ao pai.

Rembrandt, A volta do filho pródigo, ca. 1669, óleo sobre tela, 2,64x2,06m, Hermitage, Leningrado. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rembrandt_Harmensz._van_Rijn_-_The_Return_of_the_Prodigal_Son.jpg. Acesso em: 23 de Abril de 2012.

O amor que o casal tem é terno e sincero nesta obra de Rembrandt, as tonalidades das cores e até o jogo de luz suave ressaltam ainda mais esse sentimento. Vicent van Gogh

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ao ver o quadro embasbacou-se e em carta ao seu irmão disse: “Você sabe que eu daria dez anos de minha vida se pudesse ficar sentado diante desse quadro durante quinze dias, sem nada para comer além de um pedaço de pão duro”.

Rembrandt, A noiva judia, ca. 1666, óleo sobre tela, 1,21x1,66m, Rijksmuseum, Amsterdam. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rembrandt_Harmensz._van_Rijn_042.jpg. Acesso em 23 de Abril de 2012.

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Peter Paul Rubens (1577-1640)

Peter Paul Rubens, Autorretrato,

Rubens era amante da beleza vivas e cálidas, ou vestidas ou nuas. Trabalhou muito com modelos vivos, mas também estudou as esculturas clássicas. Qualquer que fosse o trabalho que lhe encomendasse, ele criava uma bela composição de figuras humanas colocadas em um espaço livre e repleto de luz. Ele conseguia nos mostrar tanto o estado de espírito das passagens bíblicas como as cenas mitológicas pagãs. Sua grande habilidade na arte da pintura fez com que ele pintasse quadros com figuras fortemente ativas envoltas de uma cena dramática.

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Peter Paul Rubens, A subida da cruz, 1610, óleo sobre madeira, 4,62x3,41m, painéis centrais de trípticos, catedral de Antuérpia, Bruxelas. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Peter_Paul_Rubens_068.jpg. Acesso em: 23 de Abril de 2012.

Peter Paul Rubens, A descida da cruz, 1610, óleo sobre madeira, 4,20x3,10m, painéis centrais de trípticos, catedral de Antuérpia, Bruxelas. Fonte:

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http://en.wikipedia.org/wiki/File:Peter_Paul_Rubens_066.jpg. Acessado em 23 de Abril de 2012.

Mito e realidade fundem seus elementos para formar o ‘Jardim do amor’.

Peter Paul Rubens, O jardim do amor, 1632-1634, óleo sobre tela, 1,98x2,83m, Prado, Madri. Fonte: http://marenemanhasemanias.blogspot.com.br/2009/04/rubens-o-insistente.html. Acessado em: 23 de Abril de 2012.

Deslumbra-se a beleza do corpo feminino desnudo na cena mitológica do julgamento de Páris, as mulheres são apresentadas mais carnudas, mesmo assim apresentam sensualidade em seus traços.

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Peter Paul Rubens, O julgamento de Páris, ca. 1632-1635, óleo sobre madeira, 1,44x1,93m, National Gallery, Londres. Fonte: http://louca-da-vida.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html. Acesso em: 23 de Abril de 2012.

Nicolas Pousin (1594-1665)

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Nicolas Poussin, Autorretrato. Museu do Louvre, Paris. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Nicolas_Poussin_078.jpg. Acesso em: 26 de Abril de 2012.

Foi um pintor francês, mas por seu espírito e sensibilidade, romano por adoção. É um dos maiores representantes do classicismo do século XVII. Trabalhou quase que exclusivamente em Roma.

As figuras que Poussin utiliza estão em outro mundo, são elas figuras idealizadas e corpulentas. A diversão está implícita dentro do quadro, há harmonia e equilíbrio entre o conjunto, cada pessoa ser está ligado à outra.

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Nicolas Poussin, Bacanal diante de uma herma de Pã. 1630, óleo sobre tela, 0,99x1,42m. National Gallery, Londres. Fonte: http://www.reproarte.com/cuadro/Nicolas_Poussin/Bacchanale+/8448.html; Acesso em: 25 de Abril de 2012.

Em um quadro mais prendido a forma e perspectiva, Poussin confirma que é um artista de múltipla face.

Nicolas Poussin, A sagrada família na escada, 1648, óleo sobre tela. National Gallery of Art, Washington. Fonte: http://historiadaarteiv.blogspot.com.br/2008/06/poussin_6943.html. Acesso em 25 de Abril de 2012

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Andrea del Pozzo (1642-1709)

Andrea del Pozzo, Autorretrato. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Andrea_Pozzo,_autoportrait.jpg. Acesso em: 26 de Abril de 2012.

Vendo o teto da igreja de Sant’ Ignazio nos deparamos com um céu gigantesco acima de nós. A perspectiva na pintura é muito bem calculada, e cada figura humana bem posicionada para ressaltar a ideia de profundidade.

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Andrea dal Pozzo, Alegoria da obra missionária dos jesuítas, 1691-1694, teto em afresco. Igreja de Sant’ Ignazio, Roma. Fonte: http://italianizzando.wordpress.com/roma/il-campo-marzio-marsfaltet/. Acesso em 26 de Abril de 2012.

Barroco em Flandres, Holanda, Espanha, França e Inglaterra

Apesar de ter nascido em Roma o Barroco rapidamente se tornou um estilo internacional, o principal artista responsável por este rompimento entre o “Sul” e o “Norte” (referente a Itália e ao resto da Europa respectivamente) começado cem anos por Dürer foi Rubens principal pintor flamengo do Barroco.

Van Dyck (1599 – 1641)

Um menino prodígio aos vinte anos era o melhor ajudante de Rubens com quem aprendeu muitos artífices das artes. Sua fama deu-se muito pelos seus retratos, principalmente os que executou para Carlos I, o mais célebre destes foi ‘Carlos I na caça’. Influenciado pelo maneirismo de Rubens e Ticiano, deixou uma marca na Europa e principalmente na Inglaterra.

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Van Dyck, Carlos I na Caça, Museu do Louvre, França. Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-MhL5FY-sgGc/TexPsxuoPvI/AAAAAAAABE8/9Mo1GUEqL4M/s1600/Charles%2BI.jpg Acessado em 25 de Abril de 2012.

Holanda

Diferentes de Flandres, que teve toda sua genialidade contida no trabalho de Rubens, a Holanda, apesar de ter revelado artistas menores, porém que não eram comuns, conseguiu mostrar uma gama diversificada de estilos, estavam os holandeses em êxtase por sua liberdade conquistada a tanto custo. A arte na Holanda tornou-se um mercado aberto não somente a nobres, mas a toda população isso moldou também o que os artistas fariam.

A escola de Utrecht

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Utrecht foi um importante centro para a disseminação do Barroco principalmente pela influência de Caravaggio e seus discípulos, o povo daquela cidade ia frequentemente à Itália e de lá trouxeram a influência para a pintura. Apesar desta importância para o resto da Holanda, Utrecht não produziu grandes nomes.

Fran Hals (1580(5) – 1666)

Hals foi um pintor naturalista belga. Ficou famoso por retratar a sociedade burguesa dos Países Baixos segundo uma estética naturalista. Combinava a robustez e amplidão de Rubens com o “momento dramático” de Caravaggio

Fran Hals, o Alegre beberrão. Rijksmuseum, Holanda. Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2008/09/129_2856-FransHals.jpg Acessado em 24 de Abril de 2012.

Paisagens e natureza-morta

Como as pinturas na Holanda atendiam a necessidade do comprador seguiram para esse estilo, pois muito mais os holandeses se admiravam por suas paisagens contempladas ao vivo e seus costumes diários do que coisas intangíveis como nas obras de Rembrandt. A natureza morta dividia-se em duas principais correntes as que retratavam alimentos e bebidas e as que retratavam os arranjos de flores, apesar de uma primeira vista meramente contemplativa esses quadros vinham imbuídos de simbolismo.

Steen e Vermeer (1626 – 1679; 1632 – 1675)

Steen foi um pintor neerlandês do século XVII. Percepção psicológica, senso de humor e abundância de cores foram marcas dos seus trabalhos. Costumava pintar cenas com uma narrativa, fato que o diferenciou de Vermeer apesar do uso de cores e luzes abundantes como Steen ele preferia pintar coisas simples cotidianas com composições inteligentes.

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Steen, A véspera de S.Nicoulau. Rijksmuseum, Holanda. Fonte: http://3.bp.blogspot.com/_JbifJV9DCB8/SHamTF52N4I/AAAAAAAAAO4/7_RzojS1h34/s200/SteenHetB.jpeg Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Vermeer, A carta. Rijskmuseum, Holanda. Fonte: http://pt.wahooart.com/A55A04/w.nsf/OPRA/BRUE-6WHL73/$File/Jan%20Vermeer%20-%20The%20Love%20Letter%20.JPG Acesso em: 24 de Abril de2012.

Espanha

A Espanha apesar (ou por este motivo) de sua situação econômica grande na época não produziu grandes artistas, nem sequer um artista “importado” El Greco foi capaz de animar os corações dos artistas espanhóis para mostra de seus talentos. Apenas alguns artistas foram reconhecidos como Cotán, Zubaran e Velazquez.

Cotán, Zubaran e Velazquez (1560 – 1627; 1598 – 1664; 1599 – 1660)

O primeiro reconhecidamente pintor de naturezas-mortas. Zubaran destacou-se pela intensidade de seus quadros religiosos e Velazquez pintou primeiro a maneiras de Caravaggio, mas se interessou pela pintura de gênero e pela Natureza-morta.

França

Quando analisada a arte barroca na Holanda, Flandres e Espanha a escultura quase não é citada por não ter uma grande influência para a história da arte. Já na França a situação é totalmente diferente durante o absolutismo de Luís XIV, Paris competia com Roma para ser o centro das artes plásticas posição que conservou por séculos. A pintura abrangeu vários estilos e segmentos.

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Gerges de La Tour (1593 – 1652)

Georges era muito conhecido por suas pinturas contendo efeitos de luzes noturnas e pinturas de uma forma simplificada. Marcas claras da influência de Caravaggio e estranhamente de Geergten.

Georges de La Tour, São José Carpinteiro. Museu do Louvre, França. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-TIZmbkJ5xpA/Tmr1-_Tc94I/AAAAAAAAAE4/aykTY27Cagk/s1600/129_104-saojose.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Louis Le Nain (1593 – 1648)

Pintor que costumava pintar a vida cotidiana investia nela uma dignidade humana e um peso monumental característica que o tornou conhecido.

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Louis Le Nain, A família de camponeses. Museu do Louvre, França. Fonte: http://www.sabercultural.com/template/pintores/IrmaosLeNain/5.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012

Claude Lorrain (1600 – 1682)

Admirado pelas paisagens campestres e urbanas que pintava, definiu as “qualidades heroicas ideias da paisagem”.

Claude Lorrain, Pastoral. Yale University Art Gallery, EUA. http://uploads8.wikipaintings.org/images/claude-lorrain/pastoral-landscape-1648.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Girardon, Coysevox e Puget (1628 – 1715; 1640 – 1720; 1620 – 1694)

Três escultores que executaram obras em Versalhes. Principal obra de Girardon foi uma estatua equestre do rei Luís XIV, a fluidez do modelado e a cabeça um pouco erguida

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para trás mostrando uma imponência quase que celeste são marcas fortes neste trabalho. Coysevox foi um escultor principalmente de bustos, executou o de Lebrun em terracota com maestria, diferente de Girardon tendeu menos para o classicismo. Puget foi tão ao barroco quanto lhe foi permitido, quando o poder de Lebrun começou a declinar ele pode satisfazer seu eu artístico, sua principal obra foi o Milo de Crotona.

Da direita para esquerda:

Girardon, Estátua equestre de Luís XIV. Yale University Art Gallery, EUA. Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_qPhCscO-JJI/Slcjo59dLLI/AAAAAAAADdI/y2QR3wJlz1A/s320/300px-Louis_XIV_statue_equestre.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012;

Coysevox, Busto de Lebrun. Wallace Colection, Inglaterra. Fonte: http://www.backtoclassics.com/images/pics/antoinecoysevox/antoinecoysevox_charleslebrun.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012;Puget, Milo de Crotona. Museu do Louvre, França. Fonte:http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2007/11/129_149-Milo%20de%20Crotona.jpg. Acesso em 24 de Abril de 2012.

Academia Real

A academia era um instituto de ensino que se tornou obrigatório para os artistas, métodos e instrumentos de estudo foram criados e ali ensinados. Apesar de a ideia ser boa, ela limitou a liberdade artística obrigando os autores seguirem modelos. Essa imposição durou cerca de 55 anos e “acabou” quando Watteau ingressou na academia com um quadro que não preenchia nenhum cânone ali estabelecido.

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Watteau, Um passeio a Citera. Museu do Louvre, França. Fonte: http://www.marioivo.com.br/wp-content/uploads/imbarcoperciterako41.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Inglaterra

Recebeu muita influência francesa, fato que elevou o nível das pinturas e esculturas inglesas. Que desde a idade média não tinha um alcance maior do que local.

Pintura

Hogarth (1697 – 1764)

Pintor, gravador, ilustrador, teve um arsenal diverso de obras, seus quadros principalmente chamavam atenção pela critica e sátiras, “assuntos morais modernos” era como intitulava seu gênero.

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William Hogarth, Sátira sobre a Falsa Perspectiva. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4c/Hogarth-satire-on-false-pespective-1753.jpg Acesso em 24 de Abril de 2012

Gainsborough (1727 – 1788)

O retrato muito apreciado na Inglaterra era a principal fonte de renda dos artistas da época, nesse quesito Gainborough ganho a fama até entre a alta sociedade britânica por seus belos quadros que traziam um retrato e transmitiam uma tranquilidade e uma elegância que só ele atingira.

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Gainsborough, Mrs. Siddons. The National Gallery, Inglaterra. Fonte: http://28.media.tumblr.com/tumblr_m14u0t7Rkz1qcg3zwo1_1280.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Reynolds (1723 – 1792)

Rival de Gainsborough, Reynolds fundou a Royal Academy que tinha os mesmo moldes da academia da França. Escreveu o “Discourses” uma série de regras a serem implementadas pela academia. Apesar de preferir pinturas históricas a maioria esmagadora de seus trabalhos foram retratos “enobrecidos” por alegorias ou disfarces.

Reynolds, Mrs. Siddons como Musa da Tragédia. Henry E. Huntington Library and Art Gallery, EUA. Fonte: http://artmight.com/albums/classic-j/Joshua-Reynolds-1723-1792/Reynolds-Joshua-Portrait-Of-Mrs-Siddons-As-The-tragic-Muse.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

Escultura

Desde o século XIII as esculturas não tinham tanto valor pois com a Reforma ocorreu uma destruição sistemática das esculturas. Isso teve um efeito inibidor que durante os dois séculos a procura de obras de qualquer espécie de estatuária foi tão reduzida que

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mal sustentava uma modesta produção regional. Com o surto da vigorosa escola inglesa de pintura, também cresceu o interesse pela escultura e durante o século XVIII a Inglaterra deu um exemplo ao resto da Europa, ao criar um tipo de “monumento ao gênio” estátuas de grandes vultos da cultura, como Shakespeare, homenagens publicas até então só reservadas a chefes de Estado.

Roubiliac (1702 – 1762)

De origem francesa, foi adotado com carinho pelos Ingleses principalmente após a execução da escultura de Gerge Frederick Haendel. Fez referência a Apolo na estatua colocando Haendel tocando Lirae um garoto escrevendo suas músicas. Ergueu inúmeras estátuas para homens importantes da Inglaterra.

Louis-François Roubiliac, George Frederick Haendel. Victoria e Albert Museum, Inglaterra. Fonte: http://abrancoalmeida.files.wordpress.com/2009/04/louis-francois-roubiliac-george-frideric-handel-1738.jpg. Acesso em: 24 de Abril de 2012.

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