ensinador cristao n 65 pdf
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8/19/2019 Ensinador Cristao N 65 PDF
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EntrevistaAna Carolina Lima, ganhadora
do Prêmio Professor do Ano
2014, fala sobre como a igreja e a comunidade se empenharam no desenvolvimento
do seu projeto.
Entrevista com comentarista
do trimestre pastor Elinaldo
Renovato fala sobre o
conteúdo da lição.ED sob tendas atrai crianças
em Canoas (RS).
Suplemento do professor
A Escola Dominical
e a Igreja Alexandre Coelho
MÓDULO1
Reporta<Escola Dominirâfeçresce nas regiões consideradl^p^U) IBGE como as mais pobres do &r
ouvor e Adoraçãoo sobre o conteúdo da
uvenis deste trimestre
A Escola Dome as diferenças degerações
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T H E V0 C A M I N H O
r ' j j f f i J P P i* f * J '
/
EM BREVE!
Uma Bíb l ia que faz mais
do que lhe dar uma visão gera l do texto.
Ela conecta o que você lê com a v ida rea
©C P / O
w w w , c pa d . c o m , b r
-
8/19/2019 Ensinador Cristao N 65 PDF
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Da REDAÇÃOPor G i lda J úl io
Presidente da Convenção GeralJosé Wellington Bezerra da Costa
Presidente do Conselho AdministrativoJosé Wellington Costa Júnior
Diretor-executivoRonaldo Rodrigues de Souza
Editor-chefeSilas Daniel
EditoraGilda Júlio
Gerente de PublicaçõesAlexandre Claudino Coelho
Gerente FinanceiroJosafá Franklin Santos Bomfim
Gerente ComercialCícero da Silva
Gerente de ProduçãoJarbas Ramires Silva
Chefe de Arte DesignWagner de Almeida
Design, diagramação e capaSuzane Barboza
FotosShutterstock
Tratamento de imagemDjalma Cardoso
Central de vendas CPAD
0800-021.7373livraria@cpad.com.br
Atendimento para assinaturasFones: 21 2406-7416 e 2406-7418assinaturas@cpad.com.brSAC - Serviço de atendimento ao consumidor
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Ouvidoriaouvidoria@cpad.com.br
Ano 17 - n° 65 - jan/fev/mar de 2016
Número avulso: R$ 8,90Assina tura bianual: R$ 71,20
Ensínador Cristão - revista evangélica trimestral,lançada em novembro de 1999, editada pelaCasa Publicadora das Assembleias de Deus.
Correspondência para publicação deve serendereçada ao Departamento de Jornalismo.As remessa s de valor (pagamento de assinatura,publicidade etc.) exclusivamente à CPAD. Adireção é responsável perante a Lei por todamatéria publicada. Perante a igreja, os artigosassinados são de responsabilidade de seusautores, não representando necessariamentea opinião da revista. Assegura-se a pubiicação,apenas, das colaborações solicitadas. 0 mesmoprincípio vale para anúncios.
ASA PUBLI ADORA DAS
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Av. Brasil, 34.401 - BanguCEP 21852-002 - Rio de Janeiro - RJ
Fone 212406-7371 - Fax 212406-7370ensinador@cpad.com.br
Oportunidade
Um ano que se inicia é sempre um bom momento para reflexões a
respeito da vida. É um momento de análises e decisões. Pode ser um
ponto de partida e o início de uma grande mudança; e, sem dúvida, uma
oportunidade para rever os nossos conceitos e avaliar nossa postura
como servos de Cristo, educa dores e pregado res do Evangelho, tendo
sempre como objetivo m elhorar a cada dia. Essa tarefa exige esforço,
boa vontade e amor ao próximo, sem contar o temor a Deus. Por isso, aEnsinador Cristão seleciono u um material especial que vai ajudar você
a pontuar sua avaliação.
A revista aborda um tema que envolve as diferenças de gerações. O
articulista enfatiza a importância de o professor conhecer seu aluno e ter
domínio da Palavra. Esses e outros pontos vitais no bom desempenho
das aulas são enfatizados.
A Ensinador mostra também como a Assembleia de Deus em Ca-
nelas (RS) transformou um circo em salas de aula, atraindo centenas de
crianças para a Escola Dominical. E ainda relata as estratégias de uma
igreja no noroeste de Minas Gerais que cresce em meio à idolatria.
Estes e outros assuntos você confere nesta edição.
Não fique de fora! Compartilhe o mover de Deus por meio da Escola
Domincal!
Obrigada pela companhia!
Um abraço!
Gilda Júlio gilda.ju lio@ cp ad.com .br
mailto:livraria@cpad.com.brmailto:assinaturas@cpad.com.brmailto:ouvidoria@cpad.com.brmailto:ensinador@cpad.com.brmailto:gilda.julio@cpad.com.brmailto:gilda.julio@cpad.com.brmailto:ensinador@cpad.com.brmailto:ouvidoria@cpad.com.brmailto:assinaturas@cpad.com.brmailto:livraria@cpad.com.br
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Artigos
06 A ED g as diferenças de gerações
1 /. A Epístola aos
™ Romanos: A Justiça de Deus revelada em
Cristo Jesus
18
4 8
0 modelo da vida de
Jesus Cristo
0 superintendente
da EscoLa Dominical
.Seções J
0 5 Espaço do Leitor10 ED em Foco
11 Conversa Franca 17 Exemplo de Mestre
22 Reportagem 25 Entrevista do Comentarista29 Sala de Leitura30 0 Professor Responde31 Boas IdeiasZ4.Z4. Aprendendo com 0 mestre
Em Evidência
SUBSÍDIOS PARA
0 Final de Todas as Coisas: esperança e gLória para os salvos
A ED e as~diferenças U O de gerações
0 superintendente da EscoLa Dominical
Divulgue as atividades do Departamento de ensino de sua igrejaEntre em contato com
Ensinador Cristão
Avenida Brasil 34-401 ■Bangu
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A Epístola aos Romanos: a Justiça
de Deus revelada em Cristo Jesus
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Departamento de Educação Cristã da CPADExpresse sua opinião e esclareça suas dúvidas sobre as Lições Bíblicas do trimestre
escoladominical(â)cpad.com.br
DiferenteA revista Ensinador
Cristão é de suma impor-tância para nós, estudiososda Palavra. Pois, além dossubsídios para darmos umaaula mais completa na EscolaDominical, nos atualizamossobre o mundo cristão. Éuma revista completamentediferente das revistas evan-
gélicas.Gisele SantAnnaPor email
DireçãoA revista Ensinador
Cristão tem me auxiliadocomo professora de EscolaDominical e sempre me atua-liza em relação aos aconteci-mentos e novidades sobre aárea. Suas matérias me
ajudam a crescer espiritual-mente e intelectualmente.Intelectualmente, ela meorienta a como devo de-sempenhar minha funçãocomo educadora cristãem minha igreja e, espi-ritualmente, através dostestemunhos edificantesde nossos irmãos de ou-tros Estados, aumentandominha fé e não me deixan-do desanimar diante dos
desafios encontrados nesteministério.Enfim, esta revista tem sidorealmente um suporte paraque possamos renovar o ensi-no da Escola Bíblica Domini-cal de nossas igrejas.Parabéns!
Tatiani LinsPor e-mail
Admirador
Sou leitor e admi-rador da Ensinador, que
em todo o seu conteúdoricamente nos proporciona,com clareza, uma grandeajuda no diaadia como mi-nistro de música e louvor. Etambém aos pastores, e emespecial os superintenden-tes, líderes, professores deED e seminaristas. Só tenhoa agradecer a Deus, aoseditores e à CPAD por nos
proporcionar essa riquezaque é a revista EnsinadorCristão. Tenho observado oquanto ela ajuda os educa-dores em geral e, principal-mente, a Escola Dominicaldas igrejas. Todos os artigossão sábios, com escritoresdando suas opiniões inte-ligentes e inspiradas porDeus a respeito da educaçãonos dias atuais. São matériasque nos mostram a impor-
tância do ensino na Igreja eexperiências de educadoresque atingiram seus alvos. En-fim, a Ensinador tem sido uminstrumento de Deus paratodos nós, com novidadestrimestrais e métodos criati-vos. Só tenho a agradecer edeclarar que estarei semprerogando a Deus suas bên-çãos e inspirações celestiaisaos idealizadores da revista.
Jabes Rosa
Presbítero, componente do Quarteto Gileade da Igreja Assembleiade Deus em Rio Verde-GO
Canal de transmissão
A revista é uma excelentepublicação porque traz ricosensinamentos que podemostransmitir à igreja de umaforma geral.
Pastor Gilmar Ribeiro, Abreu e
Lima (PE)Por email
ContribuiçãoA Ensinador Cristão
é uma excelente revista. Euacredito que todo educadorcristão deveria adquirir tri-mestralmente essa revista,pois o seu conteúdo trazensinamentos que con-tribuem na educação daspessoas envolvidas com aEscola Dominical. Tratase
de um periódico que cabebem ao público dedicadoao ensino, devido à suavariedade de artigos esubsídios.
Pastor Josias Rosa, Joinville (SC)Por e-mail
ManualA Revista Ensi-
nador é um manual paratodo aquele que ama a
ED e deseja ser um exímioprofessor. Ela traz artigosesclarecedores acerca dasdificuldades atuais que osprofessores têm enfrentadona sala de aula. E ainda háas dinâmicas, que ajudam e muito! para um ensinodinâmico e de excelência.
Luciana ResendePor e-maiL
ConhecimentoA revista Ensinador
Cristão é muito edificantepara a vida do cristão, poisatravés dela aprendemosmais da Palavra de Deus,especialmente nos subsí-dios trimestrais da EscolaBíblica Dominical, aondeela passa mais conheci-mento sobre os assuntosabordados.
Lilliane Moura, Líder de Jovensem Criciúma/SCPor e-mail
COMUNIQUE-SE COM A
ENSINADOR CRISTÃOPor carta: Av. Brasil, 34.401 - Bangu
21852-002 - Rio de Janeiro/RJPor fax: 21 2406 -7370
Por email: ensinadorgscpad.com.br
Sua opinião é importante para nós!
Devido às limitações de espaço, as
cartas serão selecionadas e transcritasna íntegra ou em trechos considerados
mais significativos. Serão pub licadas
a s c o r r es po nd ênc i a s a s s i na d a s e
que contenham nome e endereçocompletos e legíveis. No caso de uso
de fax ou e-mail, só serão publicadas
as cartas que informarem também acidade e 0 Estado onde 0 leitor reside.
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ARTIGO de CAPA
Por A dr i e l L emo s
A Escola Dominicale as diferentes geraçõesÉ imprescindível entender que hádiferenças de comportamento, cultura
e atitudes a cada nova geração
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Certa vez, quando conversava com meusogro (In memoriam) sobre suas atividades, eleme contou que por muito tempo trabalhou comvenda de carros novos e seminovos na ciade deCriciúma, em Santa Catarina, e algo que não saíade sua lembrança era a exaustiva preparação dosvendedores quando havia o lançamento de um
novo carro. A primeira coisa a ser feita era umtreinamento intenso com todos os vendedores,pois era obrigação de todos conhecer os mínimosdetalhes do veiculo, a fim de sanar qualquer tipode dúvida que o cliente pudesse ter. Em outraspalavras, eles tinham que conhecer muito bemo produto que estavam vendendo para assimexecutarem suas atividades com excelência.
Você sabia que a mesma ideia deve ser apli-cada para professores da Escola Dominical? Umprofessor que não conhece os aspectos e as ne-
cessidades básicas dos seus alunos é semelhantea um vendedor que não conhece seu produto.É inimaginável que alguém possa assumir a res-ponsabilidade de transmitir os ensinos de Cristo(Jo 21.16) sem conhecer os aspectos básicos dasdiferentes gerações dentro da EBD . Por exemplo:você usará os mesmos métodos de ensino da
classe de obreiros na classe infantil? É evidenteque não! Da mesma forma com os adolescentes:você também não deve usar a mesma metodo-logia de ensino. Isso é básico quando tratamosde gerações, pois há diferenças enormes naforma de aprendizado. Enquanto professor daclasse adulta, você usará uma metodologia que
será diferente com crianças, com adolescentes etambém com jovens.
Outro detalhe imprescindível: há diferençasde comportamento, cultura e atitudes a cadanova geração. Não podemos pensar que lecionaruma aula para adolescentes em 2016 é a mesmacoisa que lecionar para adolescentes em 1980,pois são universos com pletamente diferentes.São gerações diferentes. Mas, afinal, o que é"geração"?
O conceito de "gerações" engloba o conjunto
de indivíduos nascidos em uma mesma época,influenciados por um contexto histórico, deter-minando comportamentos e causando impactodireto na evolução da sociedade. Atualmente,as gerações estão divididas em:Geração dosVeteranos, Baby Boomers, Geração X, GeraçãoY e Geração Z (TAPSC OTT, 2010).
Não podemos pensar c\ue lecionar uma aula
para adolescentesem 2 0 1 6 é a mesma
coisa que lecionar para adolescentes
em 1 9Ô0, poissão universos
completamentediferentes. São
gerações diferentes
JÊjf JBÊÊ.
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Adriel Lemos éformado Psicólogo e
atua como secretário
geral e líder de jovens
na Assembleia de
Deus em Criciúma
(SC) e também vice
coordenador estadual
de adolescentes
da CIADESCP.adrieLiemos.com.br
Vejamos os aspectos mais básicos das
e E R ô ç ô f !
Geração dos Veteranos: A Geração dos Ve-teranos é composta por pessoas que nasceram
entre 1925 e 1945, no período das grandes cri-ses econômicas. Viveram a época da 2a GuerraMundial. De forma simplista, podese dizer queos veteranos são pessoas mais rígidas e respeitamregras, por causa das dificuldades que viverame devido à rigidez de sua educação.
Baby Boomers: Dessa geração fazem parte aspessoas nascidas logo após a 2a Guerra Mundial,quando o índice de natalidade cresceu incrivel-mente por isso o termo "baby boomer". OsBabyBoomers foram importantes para a conquis-ta de várias causas sociais no século passado.Eles foram ag entes de grandes transformações,a começar pelo debate do papel da mulher,quebrando, além disso, barreiras políticas. Elesforam a juventude que saiu de casa para morarsozinha, falando de paz e amor. Essa geração foimuito contestadora e isso catalisou uma sériede mudanças boas e ruins, muitas das quais agente vive até hoje.
Geração X: Entre 1960 e 1980, surgiu umanova geração, formada justamente pelos filhosdos Baby Boomers, denominada Geração X. Esses
jovens se mostraram transgressores, com posturasnão necessariamente alinhadas aos preceitos deliberdade pregados pela geração anterior. Entreas características desse novo grupo, está a buscapor seus direitos, a liberação sexual, bem comoa valorização do sexo oposto, mas com menorrespeito à família.
Geração Y: Em meados de 80 e 90, o adventoda internet e das novas tecnologias trouxe nacarona uma forte mudança comportamental.Nascia naquele momento uma nova geração,que presenciou de perto novidades no mundodigital nunca antes vistas até então. A Geração
Y, ou "Geração Digital", é caracterizada por sermais autocentrada e egoísta, porém, de maneira
antagônica, gosta de compartilhar informaçõespelas redes sociais. Além disso, essa geração éadepta da rapidez e da instantaneidade ("geraçãomicroondas").
Geração Z: Televisão ligada enquanto se estudapara uma prova e fones nos ouvidos ao redigirum trabalho escolar são cenas bem comuns naatualidade entre os jovens nascidos em meados dasdécadas de 1990 e 2000. Alguns especialistas oschamam de Geração Z, uma geração que nasceusob o advento da internet e do boom tecnológico.Para eles, essas maravilhas da pósmodernidade
não são nada estranháveis. Videogames supermodernos, computadores cada vez mais velozese avanços tecnológicos inimagináveis há 25 anos:esta é a rotina dos jovens da Geração Z. EssaGeração também é marcada pela ausência dacapacidade de ser ouvinte (um problema para aEscola Dominical).
Agora que você entendeu as diferenças decada geração, peço que você reflita sobre suasatitudes como professor da Escola Dominical.Suas aulas levam em conta as diferenças gera
cionais? Ou você prepara as aulas para crianças,adolescentes, jovens e adultos da mesma forma?E minha principal pergunta é: seus alunos estãomotivados em participar de sua aula? Em suasaulas os adolescentes preferem ficar zapeando nainternet? Pare e pense sobre isso! Autoavaliaçãoé uma ferramenta poderosa de crescimento!
As diferenças geracionais não são apenas "blábláblá" da mídia, como muitos pensam, mas,sim, algo muito importante que vivemos todosos dias nas classes de Escola Dominical. Caso oprofessor não esteja preparado para trabalhar
com seu grupo, infelizmente quem sofrerá são os
C Ç Z D
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É im p r e s c in d ív e l
que você entend a
ope há diferenças
de comportamento,cultura e atitudes acada nova geração
próprios alunos, que ficarão entediados e distantesda verdadeira Palavra (Hb 4.12).
Infelizmente, hoje, muitas igrejas já não possuemmais a tradicional EBD. Muitos jovens estão afastadosdas classes de aula bíblica por falta de interesse eisso traz uma conseqüência gigantesca, pois esta-mos formando lideranças sem conhecimentobíblico e com isso perdendo a qualidadedo ensino de Cristo, deixando assim decumprir a recomendação de Paulo aTimóteo: "Procura apresentarte aDeus aprovado, como obreiro que i não tem de que se envergonhar, que jmaneja bem a palavra da verda de" I
(2Tm 2.15).Reco me ndo a voc ê, leitor, um >
estudo mais profundo sobre o temagerações . Pesquise com ca lma.Compre bons livros. Visite a seçãode Administração e Psicologia naslivrarias de sua cidade. Compre pelinternet. Leia atentamente o tema paraenriquecer sua aula. E imprescindívelconhecimento de seu público alvo para quevocê tenha êxito em sua chamada ministerial
de mestre. E mais uma vez me faço valer dosconselhos de Paulo, quando escreveu aos Romanos:"Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, hajadedicação ao ensino" (Rm 12.7).
E não nos esqueçamos nunca que um mestre oudoutor na Palavra deve ensinar na unção e poder doEspírito (1 Co 2.45), pois esse é o principal segredoda bênção de Deus sobre todos os professores. Á j
Referências:TAPSCOTT, Don. A hora da ge raçã o digi ta l. Rio de Jane iro : A gi r Negócios, 2010.TULER, Marcos. Manual do P rofessor de Escola Dominical. Rio de Janeiro:CPAD. p. 43, 2007.
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Por S i l a s Dan i e l
Curitiba hospeda reuniãode comentaristas de EDEncontro ocorreu durante a realização do3oSeminário de Escritores e Articulistas
Nos dias 7 e 8 de agosto, aAssembleia de Deus em Curitiba(PR), liderada pelo pastor Wagner
Tadeu dos Santos Gaby, recebeua terceira edição do Seminário deEscritores e Articulistas, promo-vido pela Casa de Letras EmílioConde e pela CPAD, e que bateuo recorde de inscritos, com 616participantes. O evento culminoucom a celebração, na noite dodia 8, dos 86 anos de fundaçãoda AD curitibana, em um cultofervoroso de adoração a Deus.Entretanto, na manhã do dia 7,
o foco foi a Escola Dominical.No sábado pe la manhã ,
ocorreu, nas dependências do
templocentral da AD curitibana,a reunião de comentaristas darevista Lições Bíblicas da CPAD,
que foi dirigida pelo pastor Kemuel Sotero, 1ovicepresidentedo Co nselho Adm inistrativo daCPAD, e pelo pastor AlexandreClaudino Coelho, gerente dePublicações da Casa.
Os comentaristas de LiçõesBíblicas presentes foram os pas-tores Wagner Tadeu dos SantosGaby (PR), Elinaldo Renovato deLima (RN), Claudionor de Andra-de (RJ) e José Gonçalves (PI). "A
reunião foi muito prov eitosa!",exclamaram os comentaristas.No encontro, algumas diretrizes
foram aprovadas para facilitaro trabalho dos comentaristas eaperfeiçoar ainda mais a exposi-
ção do conteúdo da revista, como objetivo de tornála ainda maisenriquecedora a seus leitores.
Ainda no dia 7 de agosto, àtarde, também nas dependênciasdo referido templo, foi a vezdos membros da Casa de LetrasEmílio Conde se reunirem, emreunião também presidida pelopastor Kemuel Sotero, em queforam aprovados novos nomespara integrar a Casa de Letras,
dentre eles algumas mulheres. Osnovos nomes serão anunciadosoportunamente. &
A parti r da esquerda, pasto res César M oisés Carvalho, chefe do Se tor de Educa ção Cristã da CPAD ; C laudionor d e Andra de , con sultor teológico da Casa e comentarista; Elinaldo Renovato de Lima, líder da AD em Parnamirim (RN) e comentarista, Wagner Gaby, líder
da AD em Curitiba (PR) e comentarista; Jo sé Gonça lves (PI), vice-pres idente da Comissão de Apologia da CGADB e comentarista; Ale xandre Coelh o, ge rente d e Publicaç ões da CPA D; e Kem uel So tero, 1° vice-p res idente do Conselh o Adminis trat ivo da CPAD
l J, ~ E N S I N A D O R ^^ l ü y C R IS TÃ O I
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CONVERSAFranca
Por G i lda J ul io
CD
Motivada pelos ensinamentos registrados no livro de Tiago epreocupada em pôr em prática a fé e as boas obras, a professora esuperintendente da Escola Dominical da Assembleia de Deus emPedra Grande (RN), Ana Caroline Miranda Ferreira, idealizou umprojeto que impactou não apenas a sua igreja, mas a sua própria
cidade. Ela contou com adesão de toda a igreja e movimentou asua comunidade. Foi com esse projeto que Caroline foi a vencedorado Prêmio Professor do Ano de 2014.
Caroline disse que é fruto da Conferência de ED da CPAD emFortaleza. Ele cursava Teologia, no entanto, não era aluna da ED. Apósesse evento, reconheceu a importância de ser aluna da ED e come-çou a estudar as lições anteriores para saber melhor o conteúdo daescola. Hoje, ela se diz apaixonada pela ED e garante que é a maiorferramenta de ensino da igreja. Ela assevera que a ED é quem maisprepara o cristão para o combate das falsas doutrinas. Ela respondeà razão da sua fé, ensina a andar como Jesus andou e nos leva aoconhecimento da salvação. Emocionada com o mover de Deus nodesenvolvimento do projeto, Caroline falou com a equipe da Ensina
dor Cristãso evidenciando o amor que sente pela Escola Dominical.
Ana Caroline:
“0 projeto nos troxe
a alegria e ousadia de
concorrer ao Prêmio
Professor do Ano 2014"
íT É N S I N A D O r ’ -' ^ C R I STÃO - L - L i
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, 'p Qual o objetivo do projeto?Romper as barreiras físicas da
Escola Bíblica Dominical e mostrar anossa fé, que tanto pregamos, comas obras desenvolvidas, levando àinteração entre os alunos da escolae a comunidade não evangélica.
Descreva o projeto.Julgamos que não é suficiente nos
conformarmos com o aprendizadoteórico entre as quatro paredes dasala de aula. Temos que romper asbarreiras, tentando alcançar vidas comnossa prática de ensino e aprendiza-do. Tínhamos em nosso coração ena mente o desejo de executarmosum projeto na Escola Dominical dePedra Grande, na classe de adultos,que nos ajudasse a responder, na
prática, a fé que pregamos. Queríamosmostrar com obras e atitudes a teoriaque a tanto ensinada. Foi então quesurgiu a revista Lições Bíblicas do 3°trimestre de 2014 com o tema "Fé eobras ensinos de Tiago para uma vidacristã autêntica". A partir da motivaçãodesse tema, começamos a estudar alição e a elaborar planos de aula quealcançassem o objetivo de integrarnossos alunos com a prática da fé etambém o envolvimento da ED com acomunidade não evangélica, fazendo
dessa integração não somente umaferramenta de aprendizado, mas tam-bém de evangelização e aproximaçãoda Igreja com os munícipes.
Tiago nos orienta a mostrar a nossafé pelas obras, e é isto que tentamosfazer no decorrer de todo trimestre.
Para a AD em Pedra Grande,interior do Rio Grande do Norte,desenvolver aquele trimestre na ED foium presente de Deus, com resultadosinesquecíveis, pois as ações práticasnos oportunizaram mostrar a Jesus,ao próximo e a nós mesmos que
podemos ir além das nossas palavras,da teoria e vivenciar os ensinos daBíblia. A AD em Pedra Grande nuncatinha interagido de forma tão intensacom a comunidade. E isso se deuatravés do desenvolvimento de todasas atividades. Doações de roupas,convite a irmãos para uma refeiçãoem nossa casa, visitas às instituiçõesde caridade, distribuição do sopão nacomunidade, consagração em prol devida de pessoas, doações de sacolãoe a reforma de casas.
Por fim, tal projeto ainda nos traza alegria de, ousadamente, concorrerao prêmio "Troféu Antônio Gilber-to" e receber, com muita honra, daCPAD, o Prêmio Professor do Anode 2014, que sem dúvida alguma foiuma alegria e recompensa superiora qualquer valor financeiro.
Que frutos este trabalhotem rendido para a Igreja locale a comunidade?
Há frutos diversos. A nossa ED
nunca mais foi a mesma! Primeiramen-te, conseguimos, principalmente nanossa classe dos adultos, uma novapostura dos discentes reconhecendodefinitivamente o valor deste trabalhopara o crescimento espiritual de cadacrente. Aumentou o compromissode cada professor frente ao reco-nhecimento nacional que a Escolaganhou. Passamos a ser reconhe-cidos em nosso Estado, recebendovisitas diversas de outras igrejas einteragindo com outros professores.
A abertura da classe Nova Geração,que é composta apenas com criançasnão evangélicas; a aproximação daigreja com a comunidade; e o aumen-to no número de matriculados. E omaior fruto, sem dúvida alguma, querenderá benefícios incalculáveis paraa ED, bem como para toda cidadede Pedra Grande, foi a realizaçãoda construção de uma sede própriapara a ED.
Como você conseguiu a
integração de pessoas de diferentes idades?
Nem sei. Acho que foi meu en-volvimento, minha empolgação totalque foi fazendo com que todos seenvolvessem. Eu quase não pediapara alguém desenvolver algumatarefa. Eu dizia o que queria, iniciavaa obra e as pessoas chegavam. Foi
muito lindo ver, a cada atividadedesenvolvida, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos se envol-vendo. "Foi Deus que fez isto e écoisa maravilhosa aos nossos olhos"!
O que a motivou a fazer oprojeto?
Dois sonhos que sempre existi-ram em meu coração. Primeiro, o deaplicar o conteúdo ministrado emsala de aula ao cotidiano do aluno,fazendoo interrogar qual a aplica-
bilidade daquele assunto para suavida. E segundo, o rompimento dasbarreiras físicas da ED, interagindocom a comunidade não evangélica.
j ip Qual a estratégia para aaplicação do projeto?
Sempre dar o primeiro passo. Sera primeira a chegar, a última a sair ea primeira a colocar a mão na massa.Fiz questão de participar ativamentede todas as atividades solicitadasaos alunos. Outra estratégia que
julguei importante foi a avaliação acada atividade cumprida. Não ter-minávamos nenhuma atividade semdiscutirmos no próximo domingo ospontos positivos e negativos, comoeram mais conquistas, isso ia moti-vando a todos a querer se envolvercada vez mais.
Conte um testemunho durante a aplicação do projeto.
Muitos momentos foram mar-cantes naquele trimestre. É difícil
até escolher algum. Ficou na nossamente a visita à penitenciária quandoos presos pediram para cantarmoso louvor "Advogado fiel" e, de re-pente, estávamos todos juntos emum lindo coral cantando, chorandoe glorificando a Deus. A igreja e ospresidiários se transformaram numsó na adoração. Depois, encerrandoa visita a um hospital infantil de crian-ças com câncer, fizemos um círculopara cantar o louvor do barquinhoque eles pediram e um garotinho,
o inesquecível Alan, estava com acabeça enfaixada, tinha um tumor no
Costumo dizer que existe
uma Caro! antes e uma depois
da Escola Dominical
- J È É P iep*
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-- ...... .
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.Ana Catoíwe \ne W\ran
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Por Na ta l i no das N e v e s
A EPÍSTOLA AOS ROMANOS:A justiça de Deus reveladaem Cristo Jesus
No primeiro trimestre de 2016, iremos estudar sobre a primeira epístola do
cânon paulino, que apesar de ter um enfoque pastoral, é a mais longa e mais
teológica de todas suas cartas. O apóstolo escreve, excepcionalmente, para
uma igreja que ela não havia fundado. Movido pela paixão que tinha pela
evangelização e o desejo de conhecer pessoalmente aquela comunidade,
Paulo precisava auxiliar a comunidade, formada na sua maioria por gentios e
uma minoria de judeus, em conflitos com relação aos requisitos necessários
para a justificação diante de Deus, além de orientações práticas do cotidiano.
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Conhecendo a Epístola aos RomanosDurante os três meses em que o apóstoloesteve em Corinto, hospedado na casa de Gaio,em sua terceira viagem missionária, aproximada-mente no final do ano de 56 e início do ano 57d. C., a epístola foi escrita. A comu nidade cristãem Roma provavelmente foi fruto da facilidadede locomoção proporcionada pelo comérciomundial e a diáspora judaica, como os romanosque estiveram no pentecostes (At 2).
A epístola não tinha um único propósito.Pelo menos quatro podem ser identificados: a)missionário: evidente sentimento paulino de queo trabalho missionário na Ásia e na Grécia já es-tava completo (Rm 15.1920) e tencionava levar oevangelho até a Europa; b) doutrinário: exposiçãode forma didática e compreensiva as verdadescentrais do evangelho, provável deficiência devidoa ausência de um líder apostólico; c) apologético:argumentação sobre a justificação pela fé nãoparecem ser simplesmente informativos, mas umaoposição aos judaizantes que estavam atuandona cidade (Rm 1415); d) didático: principalmente
na seção de prática geral, sobre a moral e a con-duta cristã (Rm 1215), que tem por alvo ensinar,informar e iluminar, e não meramente resolverdeterminados problemas.
O grande reformador Martinho Lutero con-siderava a Epístola ao Romanos o principal livrodo Novo Testamento e o mais puro Evangelho.
A necessidade universal de justificaçãoe a resposta de Deus em Jesus (Rm 111)
A história da humanidade demonstra que oser humano sempre buscou a Deus, mas falhouporque buscou da forma errada. O apóstolo argumenta que todo ser humano, criado à imagemsemelhança de Deus, tem consciência da existênciadivina, pois a própria natureza é a prova dessa
existência. Mesmo reconhecendo a existência, sefaz necessário um relacionamento mais estreitocom este Deus, um conhecimento experiencialcom Deus. Os judeucristãos de Roma, judeusque haviam se convertido ao cristianismo, masque ainda estavam marcados pelo poder da Lei,não se sentiam à vontade com a mensagem da
just if icaç ão por meio da fé . Po rtanto, como osgentios, estavam debaixo da ira de Deus.
Dessa forma, nem os gentios, com seu conhe-cimento natural e racional, nem os judeus, com aLei e a circuncisão, foram justificados diante de
Deus. Como o conceito de mundo judaico se divideentre Judeus e gentios, o apóstolo apresenta arealidade de que "todos" são indesculpáveis eprecisam de um meio alternativo para salvação.Para isso, ele primeiro reforçará o conceito de quetanto judeus como gentios eram indesculpáveis,e em seguida demonstrará o estado pecaminosodo ser humano no sentido universal, esclarecen-do que a Lei era insuficiente para justificação esalvação de qualquer ser humano, apontandoela para Cristo.
O apóstolo, após apontar a necessidade uni-versal de justificação, começa a expor a doutrinada justificação pela fé (DJF), que foi o grandefundamento teológico utilizado por Lutero naReforma Protestante. Ele utiliza Abraão comoexemplo didático e demonstra, que nem mesmoele foi justificado pelas suas obras e que a fé emCristo e em sua obra é o único meio de justificaçãoe de livramento da ira futura de Deus.
Essa nova situação traz alguns benefícios, dentreeles a paz com Deus, o acesso à graça, a esperançada glória de Deus; o regozijo nas tribulações; a
salvação passada, presente e futura. Todavia, nãoexclui responsabilidades para o cristão como:;morrer para o pecado, honrar a nova posiçãodiante de Deus e andar em novidade de vida.
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Pastor auxiliar
da Igreja Evangélica
Assembleia de Deus
de São José dos
Pinhais - IEADSJP.
Doutorando e mestre
em Teologia (PUCPR),bacharel em Teologia
(Faculdade Teológica
Batista do Paraná).
Articulista da revista
de Jovens deste
trimestre.
A diversidade de dons é um grande tesouro para qualquer^ comunidade, desde que o dom não seja considerado . ™
um fim em si mesmo. Paulo aconselha a hum ildade na ' '•;
perigo de se utilizar os dons para projeção própria. As *> JÈ K sim, a autoavaliação não deve ser feita comparando entre
si, mas avaliando qual a contribuição dada para a totalidade dos
Paulo afirma que todas as autoridades são constituídas porDeus e que a insubmissão a elas traz incômodo, pois elas foram
bíblicos, que devem ser observados. Paulo recomenda a boa
relação entre a igreja e o Estado , visando a liberdade pessoal£ - e religiosa dos cristãos.
Por fim, vemos as recomendações paulinas para o jovemf> ter um cuidado especial com sua vida econôm ica e financeira, ^W p evitando contrair dívidas . A única dívida recomendada por Paulo é
a dívida do amor, pois o amor de Deus nos constrange a amar o próx imo. »j O verdadeiro cristão deve retribuir o perdão recebido de Deus e amar o pró-
ximo como se fosse ele mesmo, pois assim cumprirá toda a lei, pela lei do amor.
Considerações finaisEstamos sendo presenteado com o estudo da Epístola aos Romanos, fundamento ,para todo o Evangelho. Nesta epístola, o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito
Santo de Deus traz as principais verdades para a salvação do ser humano, alémde orientações para a vida pessoal e como cidadão. Aproveite o máximo oestudo deste trimestre, pois poderá mudar por completo sua vida. &
Referênciasí* * ,
BALL , Charles Fergunson. A vida e os tempo s do apóstolo Paulo. Rio de Janeiro: CP AD, 1998.
jjg CA BRA L, El iena i. Mor do mi a Cri st ã: ap rend a como se rv ir melh or a Deu s. Rio de Ja ne iro : CPAD, 20 03 .
E a CA BRA L, Elienai. Romanos: o evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: CPA D, 1986.
HENRY, Matthew. Comen tário Bíblico de Matthew Henry. Tradução: Degm ar Ribas Júnior. Rio de
Janeiro: CPA D, 2002. 1
RICHARD S, Lawrence O. Comentário HistóricoCultural do Novo Testamento. Tradução *
JÜ fe*"« ÍÍ iK* ^e9 mar Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPA D, 2014.
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e ilibada, o que o fez, não por acaso, ser consideradoum dos líderes mais respeitados da denominação
em todo o país.Desde cedo, pastor Neco demonstrou paixão pelo
ensino e a pregação da Palavra de Deus. Desde seusprimeiros anos como obreiro, ele cultivou o hábitode anotar todas as coisas interessantes que ouvia
em pregações ou estudos bíblicos, seja de grandespregadores e ensinadores ou até dos irmãos maissimples. Irmão Neco lia a Bíblia toda várias vezes eamava o estudo da Palavra de Deus.
Ele fez Teologia pela primeira vez nas EscolasTeológicas das Assembléias de Deus no Brasil,formouse bacharel em Teologia pela Faculdadede Filosofia e Teologia de Alagoas, e depois comodoutor em divindade pela Faculdade de Filosofia eTeologia Filadélfia.
Nas últimas duas décadas de sua vida, devido ao
seu notório chamado também para o ensino, pastorNeco passou a ser chamado com muita frequênciapara ministrar estudos bíblicos em Escolas Bíblicaspelo Brasil. Ministrou também em Escolas BíblicasPor S i las Dan i e l
PASTOR JOSE NECO:UM EXEMPLO DE MESTRE
Faleceu, em 24 de julho de 2015, o pastor JoséAntônio dos Santos, carinhosamente conhecido emtodo o Brasil como "Pastor José Neco" ou simples-mente como "Pastor Neco". Pastor Neco liderava aAssembleia de Deus em Maceió e a Convenção dasAssembleias de Deus em Alagoas (Comadal) há 30anos. Ele também presidia a União de Ministros dasAssembleias de Deus no Nordeste (Umadene) há 12
anos e era considerado uma das maiores liderançasda denominação no país, além de um dos seus maisdestacados ensinadores.
O então líder da AD alagoana era membro daMesa Diretora da Convenção Geral das Assembleiasde Deus no Brasil (CGADB) há 14 anos, sempre exer-cendo funções de vicepresidência. Suas ministraçõese estudos bíblicos em Escolas Bíblicas pelo Brasilafora e em Assembleias Gerais da Convenção Geralabençoaram milhares de ministros que devem às suasmensagens e conselhos muito da sua formação comoobreiros. Ele era um exemplo tanto de amor à obra
de Deus e ao ensino da Palavra como de vida íntegra
Líder da AD alagoana, que partiu para a Eternidade ano passado, era um dos grandes mestres na
Palavra da denominação
Nacionais promovidas pela Convenção Geral dasAssembleias de Deus no Brasil (CGADB) e foi comfrequência preletor nas últimas edições da Assembléia
Geral da CGADB.O ministério e a liderança do pastor José Neco
foram reconhecidos em todo o Nordeste e no Bra-sil. Não à toa, foi eleito por seis vezes consecutivaspresidente da União de Ministros das Assembleiasde Deus no Nordeste (Umadene), órgão criado em1985 e que teve, em quase metade da sua história,o pastor Neco como seu líder.
Na CGADB, ele fez parte de vários órgãos: Conse-lho Regional Nordeste (1993 e 1999), Conselho Admi-nistrativo da CPAD (1995) e Mesa Diretora (desde de2001, sempre exercendo funções de vicepresidência).
Ao todo, foram 60 anos de fé e 53 anos de umpastorado profícuo e abençoador não só para aigreja de Alagoas, mas para todo o Brasil. Comodisse o salmista, "os passos de um homem bom sãoconfirmados pelo Senhor, e Ele deleitase no seu
caminho" (SI 37.23)..#
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REVISTAS DE
Por Ro b s on Ro ch a
Louvor
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Mas, não vamos estudar a música apenas tecnica-mente. Devemos mostrar aos nossos alunos a riqueza
da música sacra, tanto do ponto de vista históricoquanto melódico, como ela surgiu, se desenvolveuao longo dos séculos e chegou até em nossas igrejaslocais onde todos juntos, louvam ao Senhor. Mostrarsua dupla finalidade, isto é, que é feita para o louvore a adoração a Deus, mas também para a obra deDeus, isto é, para anunciáLo aos homens e ensinarIhes sua Palavra.
Também é fundamental o conhecimento bíblicoacerca do verdadeiro louvor e da adoração que agra-da a Deus e a Palavra de Deus é farta neste assunto.
Como vamos falar de música o tempo todo nes-te trimestre, é muito importante, para conquistar aempatia da turma, que você não caia na tentação detentar impor o seu gosto pessoal como o "certo",pois gosto é algo que varia de pessoa para pessoa.Uma das áreas onde o conflito de gerações mais semanifesta é justamente na musical, não traga o con-flito para dentro de sala de aula, pois rapidamentepoderia perder o foco no conteúdo da aula. Vocênão precisa concordar com o gosto musical deles,mas deve expor respeitosa e racionalmente porquedeterminada música ou ritmo pode não ser indicadapara quem se intitula como cristão.
Robson Rocha é Chefe
de Educação Setor de
Marketing Da CPAD,
escritor e articulista
da Revista de Juvenisdeste trimestre
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i i Jésustève uma educação religiosa muito esmerada. Seus pais eram judeus ' e, como tais, tinham um cuidado especial em sua formação espiritual, social,
moral e física. Antes de Jesus iniciar seu ministério terreno, passou trinta anos, preparando-se para cumprir sua Missão, desde o seu nascimento até à tentação
no deserto, após ser batizado por João Batista, no ano 26 d.C, conf. Lc 3.23.
ElinaLdo Renovato
de Uma é pastor na
Assembleia de Deus
em Pamamirim
(RN), Mestre em
Teologia, Escritor,
Conferencista e
articulista da LiçõesBíblicas da CPAD.
1. A sua infância.Sem dúvida alguma, seus pais
o criaram conforme o ensinoditado por Deus ao povo deIsrael, com relação à prática doCulto Doméstico, com relação àpalavra ensinada aos filhos com
muito zelo: "... e ensinaias avossos filhos, falando delas as-sentado em tua casa, e andandopelo caminho, e deitandote, elevantandote" (Dt 11.19). .Nãoobstante ser Deus, o meninoJesus era perfeitamente humano.Sendo o filho primogênito deMaria, cresceu sob os cuidadosdela e do pai adotivo, José, queera um servo de Deus exemplar.
Diz Lucas: Jesus foi levado aotemplo para cumprir o rito da Lei,para ser circuncidado ao oitavodia (Lv 12.3,6). Seus pais iam àPáscoa em Jerusalém todo s osanos. Não sabemos se levavamno à festa anual dos judeus (Lc
2.41). Mas a infância de Jesusé um modelo de criação queos pais cristãos deveriam daraos seus filhos. Nos dias atuais,
com o excesso de tecnologia,de informação e imagens, os
pais estão deixando seus filhosserem dominados a até viciadosno manuseio dos equipamentosmodernos (telefone, tablete eoutros), e não fazem o culto do-méstico. Os prejuízos espirituaissão incalculáveis.
2. A adolescência e juven-tude de Jesus.A partir dos 12 anos, ou na
préadolescência,Jesus demons-trou que, além de ter sido ummenino muito bem educado,diante de Deus, era consciente
já de sua missão como "Filhode Deus". Seus pais o levaramm a Jerusalém para participarda Páscoa (Lc 2.42), no mês de
Abibe ou Nisã (abril), ano 8 d.C;ali, causou admiração aos douto-res da lei, Provavelmente, aos 5anos, começou a ler as Escrituras;aos dez, já sabia toda a Lei. Aos13 anos, como meninojudeu,
já assumia a re sponsabilidad ede cumprir os mandamentos(cerimônia do BarMitzvá) .
O desenvolvimento de Jesusfoi marcante em todas as áreas
da vida "E o menino crescia ese fortalecia em espírito, cheio
de sabedoria; e a graça de Deus
estava sobre ele" (Lc 2.40). Essasexpressões falam de crescimentofísico sau dável; fortalecimento
da vida espiritual, na comunhãocom Deus, no conhecimento da
palavra de Deus; o crescimentoem sabedoria era fundamental
para sua missão, e era cheio da
"graça de Deus".Mais adiante, Lucas reforça
aspectos da vida de Jesus: "E
crescia Jesus em sabedoria, e
em estatura, e em graça paracom Deus e os homens" (Lc 2.52);
Certamente, esse é um mo-delo ideal para os pais criarem
seus fi lhos, nos tempos pre-sentes, quando há um planodiabólico para a destruição es-
piritual e moral da infância e da juventude, através de ideologiasmaterialistas. Logo cedo , Jesus
aprendeu o ofício de José. Eleera conhecido como "O filho docarpinteiro..." (Mt 13.55); conhe-cido como "o carpinteiro..." (Mc
6.3); dos 12 aos 30 anos, Jesustrabalhava com seu pai adotivo,
em sua carpintaria, exercendo o
mesmo ofício. &
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REPORTAGEM
O que estes obreiros têm em coe os leva a abandonar
a obra do Senhor emdifícil acesso, muitas vezes
sacrificando a família? E ainda esbarram
em locais quase totalmente domina-dos pelo catolicismo romano. A Bíblia
gistra: "Eu sei as tuas obras; eis quediante de ti pus uma porta aberta, eninguém a pode fechar; tendo poucaforça, guardaste a minha palavra e não
o meu nome" (Ap 3.8). Estesapascentam em lugares onde o
ndice de analfabetismo chega até 37%da população e o número de católicos
ultrapassa em alguns lugares
habitantes. Além desta esta-tística alarmante do Instituto Brasileirode Geografia e Estatística (IBGE), ospastores encontram escassez de mãode obra humana capacitada, literatura,materiais didáticos e sem contar osrecursos financeiros. A maioria dosprofessores não tem condições de fazernenhum tipo de curso de reciclagem emcidades que ofereçam tal benefício. Ea igreja, por sua vez, também não temverba para investir no aperfeiçoamentoda equipe. Nesta reportagem, Ensinador
Por G i lda J ul io
a v a n ç a m e m m e i o à i d o l a t r i aCoragem para obedecer e fazer obra
de Deus são características de pessoasvocacionadas ao ministério pastoral
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Cristão mostra três cidades do sertão nordestinoconsideradas peio IBG E como as mais carentes.No entanto, a Assembleia de Deus permaneceavançando, e a Escola Dominical é, sem dúvida,um canal para o crescimento digreja.
Santa Cruz dos Milagres (PI) está a 180km deTeresina. É considerada pelo IBGE um dos três
municípios mais carentes do sertão nordestino. Ocentro de atração é uma cruz, por meio da qualé dito terem acontecido milagres. A partir daícomeçaram as romarias. A cidade tem a terceiramaior romari do Nordeste e a maior do Piauí. Comisso, desenvoleuse o turismo religioso em SantaCruz, que é parte significativa da economia local.
Segundo o IBGE, a estimativa é de 3.794 ha-bitantes e, deste percentual, 97% são católicos.Apenas 2,5% são evangélicos e estão distribuídosem duas Assembleias de Deus, sendo uma do
Ministério Madureira, outra da Missão e umaigreja Batista. Jun tas somam apenas 153 crentes.O analfabetismo é de 37% e a população
que vive economicamente da agricultura desubsistência, produção de milho e arroz, e turis-mo religioso. A AD é liderada pelo pastor TadeuSouza de Mendonça. Segundo ele, a AD existehá 18 anos e a ED funciona aos sábados à noite.Dos 40 membros, a frequência na ED é cercade 17 alunos. "A mudança no horário e do diaaumentou a assiduidade de alunos. Mas a maiordificuldade ainda é em relação à capacitação dos
professores e também material didático. Comoa população é carente, ficam inviáveis cursos deaperfeiçoamento para quem dá aulas na ED. Equando o assunto é mais difícil fazemos classeúnica e eu ministro para toda a igreja", diz pastor.
O líder disse que, apesar da dificuldade emganhar uma alma para Jesus, devido à força ma-ciça da idolatria, o Senhor tem operado no meiodo Seu povo. "Um exemplo é o testemunho decura de uma jovem da igreja. Ela foi acometidade uma forte dor de cabeça. E o diagnóstico foi
um tumor no cérebro e necessário intervençãocirúrgica. Antes da operação o médico pediumais exames e não foi constatado mais nada. Amãe da jovem exerce na igreja católica um cargoeclesiástico, mas organizou um culto em ação degraças. Para a reunião de gratidão a Deus, maisde 300 pessoas compareceram e mãe da garotaexplicou que ela estava apenas agradecendo aDeus, mas que havia trocado de religião. A se-mente foi plantada para todos que ali estavam",se alegra o pastor.
Mesmo com entraves para pregar o evangelho,
Deus tem feito a obra crescer. "A igreja tinha ape
naê 20%. Hoje, temos estrutura para duas classesde adultos e uma de crianças. O crescimento chegaa 70%", finaliza líder, que pede oração aos irmãosem cristo para que seja quebrada a idolatria emSanta Cruz dos Milagres. E que os milagres sejamatribuídos ao Senhor Jesu s.
O líder é categórico ao enfatizar que, mesmocom a resistência do povo ao evangelho, nuncapensou em abandonar a obra de Deus. "Deixei
três comércios no estado do Pará. Senti a fortechamada de Deus para fazer a obra no Piauí. Járecebi várias propostas para pastorear outroscampos. Mas Deus cria meios e recursos e aobra do Senhor não perece. Não tem preço quepague o agir de Deus. É gratificante ver o Senhormultiplicar o pouco que tenho. Minha famíliasofreu bastante, principalmente minha esposa,que adoeceu devido ao clima. Não foi nada fácilpara todos, mas quando Deus envia Ele cuida emuda o quadro", conclui.
A situação do pastor Givaldo Leandro não é
diferente. Ele é pastor em Senador Rui Palmeiras,
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localizada a 280 km de Maceió. Ela possui 13 milhabitantes que vivem da agricultura. Segundoo IBGE 47% da população é analfabeta. A reli-gião predominante é católica romana com 94%dos moradores e apenas 2% são evangélicos,sendo 216 da Assembleia de Deus e cinco daigreja Batista.
A população é devota do padre Cícero e FreiDamião. As festas para santos são constantes."Estou há 9 meses e neste período somente 5vidas se renderam a Cristo. Na zona rural temostrês congregações, e a dificuldade é a mesma paraganhar almas. Esse número na nossa realidade ébastante expressivo", argumenta.
A Escola Dominical funciona aos domingospela manhã. "A ED nos rende o equilíbrio espiri-tual. São 8 professores e não são suficientes paraatender a demanda. A carência da mão de obra
humana e material didático são fatores que difi-cultam o trabalho. Por exemplo, jovens e adultosformam uma única classe, mas a classe infantil éseparada", relata.
Pastor Givaldo se recusa a deixar que a pressãodo catolicismo diminua o interesse pela obra."Usamos o evangelismo pessoal aos domingos,culto ao ar livre e, às quartasfeiras, evangelizamosa área", completa.
O obreiro disse que estava em outra regiãoonde Deus prosperou muito. "Aq ui estamos co-
meçando e quero implantar os mesmos métodosdo outro campo. A ED é domingo pela manhã esão 74 alunos matriculados. Mas, infelizmente,os professores não têm condições de sair paracapacitação. A cidade é carente e não há recursosfinanceiros para tal. Mas sou grato a Deus porque,apesar da idolatria, os alunos são assíduos e inte-ressados. Mesmo com as dificuldades nunca penseiem abandonar pelo fato do campo ser carente.Fui chamado e vocacionado por Deus. Nem afalta de produtos literários, recursos financeiros,
ou seja o que for me fará abandonar a obra" diz.Pastor Givaldo informou que a igreja tem cercade 150 membros, incluindo a zona rural e nemtodos são alfabetizados.
Nesta postura de persistência e dedicaçãotambém está o pastor Antônio Dornelas. Ele é olíder da AD em Água Branca, localizada a 380 kmda capital, João Pessoa (PB). As informações doIBGE mostram que 34% da população são anal-fabetos. Os moradores sobrevivem da agriculturae pecuária. O IBGE aponta o município comoo mais católico do Brasil, com 9.500 habitantes
98% professa o catolicismo. Na cidade tem umaAssembleia de Deus com mais de 100 crentes euma igreja Presbiteriana.
A Escola Dominical funciona na segundafeira,mas somente na sede. "Mesmo usando váriasmaneiras para chamar a atenção dos membrospara a importância da Escola Dominical, eles nãomostram muito interesse. E um dos motivos quealegam é a idade dos membros. Parte já está naterceira idade e, pelo fato de participarem doculto no domingo, acham que não precisam voltar
para a ED na segundafeira", se queixa pastor.Recursos financeiros, falta de capacitação dos
educadores e material didático são pontos comunsaos três pastores. Em Água Branca, a festividadecatólica dura 10 dias. "Isso nunca será impedi-mento para Deus continuar transformando vidas.Quando cheguei, havia 30 membros, hoje temoscerca de 100. O desafio é grande, mas abandonar
jam ais. A cid ade entrou no meu coração e estouaqui para cumprir a missão que o Senhor confioua mim. A AD neste local é um milagre! Nossameta é investir na Escola Dominical, porque elaé o agente de crescimento da igreja", conclui. &
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Por E dua rdo A raú jo
Escatologia em FocoNa década de 1980, a Escatologia era assunto comum entre
os evangélicos. Com a proximidade dos anos 2000, os estudiososdebruçavamse diante da Bíblia e de livros com informações sobreassunto tão complexo. Hoje em dia, a procura é menor; mesmo assim,a CPAD, consciente de sua missão de ensinar a Palavra ao povo evan-gélico, convidou o pastor Elinaldo Renovato de Lima para elaborar oconteúdo de uma edição de Lições Bíblicas do primeiro trimestre de2016 sobre esse assunto. O seu conteúdo traz informações baseadas,principalmente, nos livros do profeta Daniel e do Apocalipse, que sãoas duas principais fontes de informação sobre Grande Tribulação,Milênio e Juízo Final. O pastor Elinaldo Renovato de Lima é líder da
Assembleia de Deus em Parnamirim (RN), escritor, conferencista na áreade família, professor universitário, bacharel em C iências Econômicas,mestre em Administração, especialista em Economia Internacional eAdministração Universitária, bacharel em Teologia e mestre em Ci-ências da Religião. Nesta entrevista, o veterano professor fala sobreesse assunto tão vasto e sua importância para os seguidores de JesusCristo, que devem cultivar uma vida pautada na santidade e no amorde Deus à espera do retorno do seu Senhor.
ENTREVISTA do COMENTARISTA
ít> Nos idos dos anos 1980, era
notória a procura pela Escatologia por parte dos crentes. Como 0.senhor vê hoje a abordagem dadaa essa ramificação da Teologiapelos fiéis?
Pelo que analisamos ao longo da História, o estudo da Escatolo
gia se acentua na passagem do s milênios. Os homens demonstram seu interesse pelos eventos futuros durante esse períod o. Posso citar como exemplo a passagem do sécu lo 20 para o 21, quando as
pessoas ficaram alarmadas com os sinais dos tempos, inclusive com o lançamento do filme "2012", cujo conteúdo tratava do calendário do povo maia. Também posso citar o surgimento d e p rofetas do catastrofismo e os adeptos da seita Testemunhas de Jeová, que chegaram a marcar as datas para o início da Grande Tribulação e
volta de Cristo. E também há tais
profetas nos arraiais assembleia-
nos. Em 1993, sete anos antes da virada do século, surgiu um pasto r no Nordeste que também anunciou "o f im do mundo". Mas, no atual momento em que estamos no início do século 20, e que marca um novo milênio, os acontecimentos mundiais des ses últimos anos têm se intensificado bastante na área espiritual, e sobretudo na área moral. Temos visto o aumento da iniqüidade de uma
forma tão acentuada que nos leva a acreditar que estamos de fato nos últimos dias que antecedem a Volta de Jesus.
£)» Em sua opinião, a Teologia daProsperidade tem contribuídopara um relaxamento dos crentes ao estudo de doutrinas es-catológicas importantes, como0 Arrebatamento da Igreja?
A Teologia da Prosperidade
não tem contribuído para o arre-
fecimento dos crentes quanto ao
Retorno de Jesus, mas, sim, a faltade ensino nos púlpitos de nossasigrejas. É lógico que a Teologiada Prosperidade é um tipo deabordagem que conflita com osprincípios da Palavra, porém nãoé um fator determinante, mas umaconseqüência da falta do ensino dasã doutrina bíblica, da ortodoxiada Palavra. Por que isso acontece?Hoje em dia, quase não se falasobre o Arrebatamento. Mas fiquei
feliz quando a direção da CPAD meprocurou para abordar Escatologia.É importante abordar esse temadevido à apostasia que avança emnossos arraiais, e a conduta moralé algo muito sério. Lembremonosdo que o apóstolo Paulo deixouregistrado em sua primeira cartaa Timóteo 4.1. Percebemos queo afastamento do ensino bíblicoé algo muito perigoso e que se
espalha entre os evangélicos./ ' E N S I N A D O R
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São doutrinas da envergadura daTeologia da Prosperidade, cujoconteúdo incentiva os adeptosa depositar a sua confiança nosbens materiais, como um sinalde santidade, ou seja, tratase deuma apostasia doutrinária e moral.
Outro sinal importante que nãopodemos deixar de comentar: aperseguição aos cristãos. É ver-dade que a Igreja sempre foi alvoda perseguição de seus inimigos,fossem eles judeus ou romanos,mas o cristianismo continuou asua trajetória. No século 20, foiperseguido pelos comunistas e,agora, os crentes sofrem umaperseguição de nível ideológico,ou seja, através de instituições
juríd icas, através das leis agoraconcebidas e de fendidas pelasautoridades. Sob o argumento dadefesa da liberdade individual, taisideologias acabam por servir dearma para atacar os crentes pelomundo. Por exemplo: a legalizaçãodo casamento entre pessoas domesmo sexo tratase de um atoque chocase com os reclamesda Palavra, e os princípios divinos
são questionados por conta desseato antinatural, que é consideradoabominável diante de Deus. Porisso, os defensores de tal prática searmam para perseguir os pastoresque discordam, os quais, por suavez, se sentem ameaçados poressas pessoas.
Podemos afirmar que existeuma letargia quanto ao assunto Volta de Jesus?
Eu não digo letargia, mas podeser considerado descuido. Essaquestão me faz lembrar da Parábo-la das Dez Virgens. O emblemáticoconteúdo traz consigo as duasqualidades de crentes na Igreja:aqueles que aguardam prepara-dos a Volta do Senhor e os quedescuidamse na condução desua relação com Deus. Os últimossimbolizam os crentes que "ador-mecem" sem a menor preocupa-
ção sobre a Volta de seu Senhor,
quase não falam sobre o assuntoe acabam por se envolverem no"Evangelho do Entretenimento".O crente deve primar por conduziruma vida pautada na santidade ebusca da comunhão com Deus.Lembremonos do que Paulo
registra em 1 Tessalonicenses 5.23.w O s sinais divulgados pelaBíblia que anunciam a proximidade do Arrebatamentoda Igreja acontecem de formamarcante. É correto afirmarque somos a geração de crentesdo Arrebatamento?
Não podemos afirmar comsegurança de que essa geraçãoé a do Arrebatamento, isso pelo
que o Senhor disse em Mateus24.36 e Marcos 13.32. Mas, o quepodemos dizer é que os sinais deSua vinda se intensificam e esseacontecimento é tão evidente, queé possível que esta seja a geraçãodo Arrebatamento.
,!§► Qual a importância de o estudante de Escatologia consultar os livros de Daniel eApocalipse conjuntamente
para entender a doutrina dosacontecimentos futuros?Nenhum crente, teólogo ou
professor de Teologia vai entenderas profecias do fim dos tem posse não estudar esses dois livrosda Bíblia. Posso citar três livroseditados pela CPAD que podemajudar na pesquisa dos eventosfuturos: "Daniel e o Apocalipse","Daniel Fala Hoje" e "Calendárioda Profecia", todos de autoria dopastor Antonio Gilberto . Os livrosde Daniel e Apocalipse são as fon-tes mais abrangentes e profundaspara entender os acontecimentosdos últimos tempos.
Como deve ser o comportamento de um crente queaguarda a Volta de Cristo?
Na lição 3 de Lições Bíblicas,eu cito 1 Tessalonicenses 5.23. Vouresumir o que um crente esperan-
çoso deve fazer: ele deve orar, vigiar
e viver na unção do Espírito Santo.Muita gente ora, mas não vigia. Ocrente deve viver cheio do EspíritoSanto. Voltemos à Parábola dasDez Virgens: elas não puderamentrar para as bodas porque faltouo azeite. Devemos conduzir uma
vida pautada na santidade, porqueé o cerne da preparação para ocrente ser arrebatado. A pessoaaceita Jesus e passa a ser santifi-cada todos dias, mas e uma igrejaque adota costumes estranhos àPalavra, como a adoção de "boategospel"? Lembremonos do queestá registrado em 1 Pedro 1.15.Um santo deve evitar a calúnia, adifamação, o desvio do dinheiro
da igreja. Porém, muitos crentesimaginam que o cumprimento dosusos e costumes assembleianosjágarante a salvação da pessoa. Eufui criado nesse contexto e querodeixar claro que sou afinado nesseassunto, todavia há crentes quemantêm uma vida pautada nes-se complexo sistema, entregamo dízimo, manifestam os donsespirituais, mas não herdarão oReino dos Céus. Eles não vão
para o Céu pela falta de amor. Oapóstolo João registrou os acon-tecimentos da última ceia na qualJesus falou o que lemos em João13.34,35. Vemos ali que a santidadecaminha de mãos dadas com oamor. Costumo dizer aos crentesem Parnamirim que o mundonão vai nos conhecer pelos belostemplos, mas pelo amor entre nós.Quem não ama seu irmão a Biblia
o identifica como um homicida (1 Jo2.9; 2.11). A santidade é o estilo devida, o amor é a pedra de toquecom a qual o ourives prova se oouro é puro e a pedra preciosaé verdadeira; e a santificação éo processo pelo qual o crente setorna um santo. Há dois grupos:aqueles que estão prontos paraentrar no Céu e os que não estãopreparados para isto. Devemosnos certificar de que estamos no
primeiro grupo. '
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A importância da Escola Dominicalpara a vida da Igreja
INTRODUÇÃO
A Escola Dominical, instituição surgida no
século XVIII na Inglaterra e presente nas igrejas
evangélicas em todo o mundo, e particularmente
nas Assembleias de Deus no Brasil, vem colaboran-
do com a formação de novos crentes e obreiros.
Em muitas localidades, vemos uma efervescência
na transmissão da Palavra de Deus por meio do
ensino da Escola Dominical, mas em outros locais,
infelizmente, a Escola Dominical parece mais umaprogramação à qual os crentes não precisam ir.
Esta série de dois artigos do novo curso da
revista Ensinador Cristão, que damos início nesta
edição, tem por objetivo fazer uma breve análise da
importância da Escola Dominical para o crescimento
da igreja, tanto no que diz respeito à transmissão
do ensino bíblico de forma sistematizada quanto no
que concerne à formação de ministros e obreiros
leigos para o serviço cristão. Dessa forma, buscase
não apenas fazer uma análise sobre a importância
da Escola Dominical na vida da igreja local, mas
igualmente motivar líderes, professores e pastores
a que se envolvam com mais tenacidade em seus
ministérios com o foco na formação cristã para os
membros das igrejas em nossos dias.
I. A IMPORTÂNCIA DA ESCO-LA DOMINICAL
Não se pode fazer uma análiseséria da importância da Escola
Dominical sem que examinemoso contexto em que ela se originou.Voltemos a 1780, na Inglaterra, eobservemos a figura de RobertRaikes, um jornalista de 44 anosque trabalhava como redator doGloucester Journal. De acordocom o pastor Antonio Gilberto,esse jornalista...
"...foi inspirado a fundar a EscolaDominical ao sentir compaixão
pelas crianças de sua cidade, perambulando nas ruas, entregues àdelinqüência, pilhagem, ociosidadee ao vício, sem qualquer orientaçãoespiritual. Ele, que já trabalhava háquinze anos trabalhava entre osdetentos das prisões da cidade,pensou no futuro daquelas criançase decidiu fazer algo em seu favor..,"(1)
Como é de conhec imentopúblico, Raikes enfrentou oposi-ção em seu intento, pois não se
via naqueles dias a possibilidadede um santuário abrigar criançassujas e maleducadas para rece-berem ensinos. As crianças eram
obrigadas a trabalhar horas inin-terruptas, e não tinham o acesso àeducação que poderia transformarseus hábitos e caráter. No artigo"When did Sunday Schools Start?"("Como as Escolas Dominicais Co-meçaram"), de Thimothy Larsen,vemos um pouco do contextosocial do momento:
"A Revolução Industrial resultouem muitas crianças que passam a
semana toda trabalhando em fábri-cas. Filantropos cristãos queriamlibertar essas crianças de uma vidade analfabetismo. Ainda no século19, o horário de trabalho era longo.As primeiras restrições legislativasmodestas vieram em 1802. Istoresultou em limitar o número dehoras que uma criança poderiatrabalhar por dia para 121 Esselimite não foi rebaixado novamenteaté 1844. Além disso, o sábado
era parte da semana de trabalhoregular. Domingo, portanto, erao único tempo disponível paraessas crianças ganharem alguma
educação".®Portanto, pelo que vemos, a
Escola Dominical começou comouma solução educativa para crian-ças que tinham de conviver entreo trabalho quase forçado e a de-linqüência. E foi aí que a atitudede Robert Raikes transformou arealidade daquelas crianças.
Raikes teve muito trabalhopara convencer as cr ianças a
freqüentarem a igreja no seuúnico dia de folga, o domingo.Elas com certeza preferiam usaro seu tempo livre para brincar,pescar ou fazerem quaisqueroutras atividades, mas algumasdelas foram à igreja e começarama aprender, de forma básica, alíngua, aritmética, moral e civis-mo e também decoravam textosbíblicos, recitandoos depois. Otrabalho deu certo e foi divulgado I
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pelo mundo. Robert Raikes, o"profanador do domingo", comofoi algumas vezes chamado, deunos o exemplo de como a igrejapode ser uma bênção para acomunidade que a cerca, e tantona formação espiritual quanto na
formação moral de seus alunos.Sobre a importância da Escola
Dominical para a vida da igreja,escreve Michael Lawson: "A Es-cola Bíblica Dominical tornouse aprincipal agência educacional daigreja. Ainda que muitas denomi-nações tentem oferecer variedadede programas educacionais, aEscola Dominical mantém a me-lhor frequência de pessoas do
que qualquer outro programa, eàs vezes, mais do que todos osoutros juntos. Por causa do seutamanho e base ampla, a EscolaDominical usa mais professoresdo que qualquer outra agênciapor isso deve ser consideradaseparadamente".
"Pelo fato de a principal agên-cia educacional da Igreja ter apalavra 'escola' em seu nome,as pessoas presumem que ela
funciona como as demais enti-dades de ensino. Mas, as escolasdominicais diferem das públicasde vários modos significativos.Por exemplo, quantas classes deEscola Dominical exigem que osalunos façam dever de casa? Ouquantas escolas dominicais podemobrigar o aluno a ter frequência eenvolvimento? Muitas implicaçõessurgem da natureza voluntária da
frequência à Escola Dominical"."Além disso, as at iv idades
básicas da Escola Dominical sãodiferentes da escolaridade comum.A hora de aula não pode ser de-dicada exclusivamente a metasacadêmicas, porque tempo paraencorajamento mútuo e formas deatenção são partes essenciais dopropósito da Escola Dominical".
"Isso nos leva à diferença fun-damental: as metas diferem. De
modo geral, as escolas dominicaisdesejam a mudança de vida comoresultado da informação dispen -sada. Mas as escolas [seculares]bemsucedidas ainda são medidaspelas real izações acadêmicase não pela integridade moral
de seus alunos. Mas, na EscolaDominical, a mudança de vida éessencial ao processo educacional.Nós buscamos promover decisõesmorais baseadas em informaçãobíblica precisa e encorajada pelocálido companheirismo cristão.A Escola Dominical de sucessoé medida pela semelhança comCristo de seus alunos e não pelarealização acadêmica deles. E
para atingir essa meta, três temassimultâneos precisam permear ashoras de aula da Escola Dominical:companheirismo, informação eap lica çã o" .(3)
I I . O CRESCIMENTO DAIGREJA E A ESCOLADOMINICAL
Não é exagero as-sociar o crescimentode uma igreja local
à importância queela dá à Escola Do-minical. A igreja queinveste na educaçãocristã por meio da Esco-la Dominical tende a seruma igreja fortaleci-da doutrinariamente,oferecendo aos seusalunos uma formaçãomais sólida em termos
de estudo sistemáticoda Palavra de Deus,aliado à busca da prá-tica cristã correta. Damesma forma que ascrianças da Inglaterraforam beneficiadas pelaEscola Dominical, a pró-pria igreja é beneficiadaainda hoje por ter emseus quadros crentesque são mais do que
meros ouvintes de pregações, esim pessoas que freqüentam en-sinos bíblicos sistemáticos e quesabem como se conduzir em suasrelações tanto com Deus quantocom o próximo. Na prática, a Es-cola Dominical prepara para esta
vida e para a vida eterna.A Escola Dominical não atua
simplesmente na formação e doutrinamento de novos convertidose crentes já amadurecidos, mastambém apresenta a salvação àspessoas. Basta lembrar que hácentenas de casos de crianças que,vindo às nossas igrejas, têm seuprimeiro contato com o Evangelhoe posteriormente o apresentam aos
seus pais. E é sabido que quandouma criança freqüenta a EscolaDominical, está recebendo osensinos que farão dela uma pessoaque certamente viverá seus diasfuturos sob a perspectiva bíblica.
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III. A ESCOLA DOMINICAL EO PREPARO PARA O MINIS-TÉRIO E O SERVIÇO CRISTÃO
Quando tratamos de ministé-rio e serviço cristãos, tomamos aliberdade de conceituar ministério
como o trabalho feito por pessoasdedicadas e preparadas teóricae praticamente na pregação eensino da Palavra e na gestão derecursos na Casa de Deus, voca-cionadas ao ministério pastoralou de liderança na igreja local.Entendemo s como serviço cristãoo trabalho feito por pessoas lei-gas, voluntárias, que vêem nesseserviço a oportunidade de servira Deus e ao próximo dentro de
suas qualificações não atreladasà liderança local.
Uma das recomendações parao santo ministério é a aptidãopara ensinar, como lemos em 2Timóteo 3.2. A preparação doministro exige que ele se envolvano ministério do ensino. Nesseaspecto, a recomendação paulinarecebe o seguinte comentário:
"This is the one requirement
in this list that is not necessarily
required of ali believers. It is alsonot required of deacons. Thus, itis a distinguishing skill required ofthe pastor/elder" ("Este é o únicorequisito nesta lista que não énecessariamente obrigatório detodos os crentes. Também não éexigida dos diáconos. Assim, é umahabilidade necessária à distinçãodo pastor/presbítero" traduçãolivre).(4)
Por ser uma instituição origi-nada no século XVIII, não há umacitação à Escola Dominical nascartas pastorais do Novo Testa-mento, nem uma vinculação aque um pastor freqüente a EscolaDominical, mas percebese que a
aptidão para ensinar é obrigatória,e ela deve e pode ser desenvolvidana Escola Dominical. Se desejamostreinar obreiros para o ministérioou para o serviço leigo, devemoscomeçar seu treinamento com aEscola Dominical.
Da mesma forma, o serviço cris-tão deve e pode ser desenvolvidoutilizandose a Escola Dominicalcomo a primeira plataforma de
treinamento. Uma pessoa não
pode ministrar, independente deseu ministério, se não estiver aptaa fazêlo. A Escola Dominical é amelhor forma de capacitar pessoasa que sejam aptas ao ministério doensino. Ela desenvolve talentos,cria comunhão entre os alunos,proporciona um ensino adequadoa cada faixa etária e solidifica deforma uniforme o ensino a todosos crentes da congregação.
Sobre a importância da fun-ção discipuladora do ensino cris-tão, escreve o célebre educadorcristão norteamericano HowardHendricks:
"Nenhum cristão tem opor-tunidade mais promissora para o
ministério do discipulado do queo professor. Este tem uma audiên-cia já feita (os alunos) com quemse associa regularmente (quasetodos os dias ou, pelo menos,semanalmente), uma assistênciacomposta de pessoas que olhampara ele como fonte da verdade eguia para relacionar essa verdadecom a vida. A meta de todo professordiscipulador é capacitar seus
alunosdiscípulos a ficar cada vez
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mais semelhantes a Jesus Cristomediante o processo de ganharalmas e formar discípulos. O após-tolo Paulo declara esse propósitonitidamente: 'A quem anunciamos,admoestando a todo homem e en-sinando a todo homem em toda a
sabedoria; para que apresentemostodo homem perfeito em JesusCristo ' (Cl 1.28)" .(5)
Conclui Hendricks, enfatizando:"Deus permite que todo professorcrente tenha parte nesse processoatravés do qual o Espírito Santotraz o aluno mais estreitamente emconformidade com o Salvador, 'avarão perfeito [maduro], à medidada estatura completa de Cristo'
(Ef 4.1 3) ". (6)IV SOBRE A GESTÃO DAESCOLA DOMINICAL
Algo muito importante parauma Escola Dominical que é efe-tivamente relevante para a vida daigreja é a gestão com excelênciada Escola Dominical. Para isso, épreciso entender, como afirma opastor Antonio Gilberto, que "osuperintendente de Escola Domi-
nical não é um mero dirigente daEscola Dominical: é o gestor dodepartamento mais importanteda igreja. Seu trabalho não serestringe aos domingos, mas seestende de segunda a sábado.Ele sabe que, se não for eficientedurante a semana, será ineficazno domingo. Como gestores daEscola Dominical, temos de le-vála a atuar plenamente como
educandário bíblicoteológico,agência evangelísticomissionária,departamento de integração donovo crente e suporte didáticopedagógico da igreja local. HenrietaC. Mears (18911963), educadoranorteamericana, afirmou mui acertadamente: 'A Escola Dominicalperpetuase pelos seus própriosprodutos'. Cabenos, pois, fazercom que esses produtos não ve-nham a perecer".*71^
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1. A EscoLa DominicaL é importante para o crescimento da Igreja de que forma?
2. 0 que inspirou o jornalista cristãos Robert Raikes a criar a Escola Dominical?
3. Quais são os benefícios para a igreja que investe na edu
cação cristã?
4. Qual a diferença entre o ministro cristão propriamente dito e o serviço cristão comum?
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A Escola Dominical é, portanto,de grandíssima importância paraa vida da igreja, sendo o seuprincipal braço hoje no cumpri-
mento da ordenança de Cristoà Igreja para ensinar e fazer dis-cípulos, como lemos em Mateus28.19,20, e também como umauxílio importantíssimo na pre-paração e amadurecimento decrentes para o serviço cristão e,inclusive, o ministério da Palavra.Ignorar a Escola Dominical oudesprezála é um dos grandesdesastres que uma igreja pode
sofrer hoje.
5.Q15. Que aptidão obrigatória do ministro cristão pode ser desenvolvida na Escola Dominical?
6. Qual deve ser a primeira plataforma para 0 treinamento no serviço cristão e por quê?
7. Qual deve ser a primeira plataforma para 0 treinamento
no serviço cristão e por quê?
CPAD
MÓDULO I
A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA DOMINICAL PARA A VIDA DA IGREJA
Alexandre Coelho
Texto bíblico utilizado: ALMEIDA, João
Ferreira. Bíblia Sagrada. SBB, SP, 2014.
(1) GILBERTO, Antonio. Manual da
Escola Dominical O Curso de Trei-
namento para Professores Iniciantes
e de Atualização. Edição Histórica. Rio
de Janeiro: CPAD, 2014.
(2) LARSEN, Thimothy, When did Sunday
Schools Start?.
(3) LAWSON, Michael, Ensinando na
Igreja, in GANGEL, Kenneth, e HEN
DRICKS, Howard, Manual de Ensino
para o Educador Cristão, 1999, CPAD,
pp. 355 e 356.
(4) NESTE, Ruy Van. ESV Study Bible.
Illinois, Crossway, 2011.
(5) HENDRICKS, Howard, O Professor
como Discipulador, in GANGEL, Ken-
neth, e HENDRICKS, Howard, Manual
de Ensino para o Educador Cristão,
1999, CPAD, p. 294.
(6) HENDRICKS, Ibid., p. 294.
(7) GILBERTO, Antonio, Sobre a Gestão
da Escola Dominical, artigo publicado
em 11 de novembro de 2014 em Lico
esbiblicas.com.br.
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Atenção!
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O ensino da Palavra de Deus a cada dia se torna mais necessário, quando observamosas atividades e a tecnologia do mundo atual tem tomado conta do tempo que poderiaser dado em prol de uma vida espiritual mais próxima de Deus, um relacionamento demaior comunhão. Nessa correria onde os próprios adultos se atropelam na administração
do tempo e perdem o foco de uma vida cristã equilibrada, precisamos ter urgência noinvestimento de um ensino mais abrangente para os nossos adolescentes que são alvosconstantes dos laços certeiros do diabo.
Para que aconteça o processo do ensino criativo e dinâmico nas classes de adolescentesda ED, precisamos considerar alguns pontos fundamentais:
Conhecer o alunoConhecer o adolescente é
fator primordial no processo deensino. Não é possível ensinaruma turma sem conhecimento
de seus ideais, família, desejos,sentimentos, modo de pensare agir.
Sabemos que o adolescentevive uma fase complexa de suavida, onde precisamos desco-brir como compreendêlo emsuas buscas e dificuldades paraencontrar a melhor forma detransmitirlhe algum ensinamento.
Quando conhecemos nos-
so aluno adolescente estamosbuscando acertar muito maisno processo do ensino, porquesabemos quais métodos, dinâ-micas, reflexões e avaliaçõespodem os aplicar com sucesso.
O ProfessorEnsinar a Palavra é uma mis-
são cada vez mais difícil para
aqueles que entendem ser esteum mandamento sério da partede Deus. Quando analisamos oconselho de Paulo em Romanos12.7 descobrimos que "ded ica-
ção" é tão abrangente, envolvetantas ações ! "Am or" o quefazemos é o primeiro e maisimportante fator da nossa práticacomo um ensinador enviado peloGrande Mestre Jesus.
Como professores dedica-dos precisamos sempre buscarum ensinamento mais eficaz! Emuito mais que isso é exigidodos professores de adolescen-tes, porque o desafio é bemmaior. A vontade de contribuirpara transformar uma geraçãoque clama por salvação precisapermanecer viva nos nossos co-rações de ensinadores. O desejode aprender a ensinar tambémprecisa brotar dentro de nós acada manhã. E necessário que oprofessor queira fazer o melhor
como servo voluntário para oserviço do Mestre, buscandodescobrir dinâmicas e estratégiasadequadas para todas as aulas.
Em muitas igrejas, é uma rari-
dade encontrarmos professorescriativos e dinâmicos nas classesde adolescentes da Igreja, poissão muitos os obstáculos quecontribuem para apequenara atu-ação de quem está diante de umgrupo de adolescentes, dentreestes o despreparo e a própriacompreensão do professor deque sua missão é decisiva paraa formação das próximas gera-
ções. Diante da magnitude denossa responsabilidade, devemosaproveitar toda oportunidadeque tivermos e nos esforçarmospara que o ensino da Palavraaconteça de forma mais eficaz acada domingo na ED.
O professor de ado lescen-tes deve ter consciênciada importante responsa
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bilidade que pesa sobre si, deeducar para a vida cristã essesfrágeis seres que atravessama fase de melhor e mais fácilaprendizagem de suas vidas. E
* certamente Deus nos capacitarák ™ p ara abraçarmos esse enorme
v'desafio com sucesso!
O PlanejamentoPlanejar é determinante para o
sucesso do ser humano em qual-quer área da vida. No processode ensino não seria diferente, oplanejamento é que vai assegurar0 bom resultado da aula.
O professor precisa calculartodas as etapas da sua aula: O que
vai fazer? Como vai fazer? Quandovai fazer? E para que vai fazer? Pre5* ver tudo isso é fundamental para
a segurança do bom ensinador eo desenvolvimento ideal de umbom trabalho educacional.
Todo aluno gosta de receber jncentivo e motivação para estu1dar e aprender. Com o adolescen-te isso se faz necessário em todasas aulas: ele gosta de observar,
refletir, pesquisar, descobrir, ver,construir, escrever, responder,argumentar, opinar, etc.
Um bom planejamento come-ça com uma simples atitude doprofessor durante a semana, umconvite na ED para não faltar a
aula do próximo domingo, umarecepção calorosa oferecida aoaluno ao chegar na Igreja.Paraisso o professor deverá pensare repensar toda a sua práticasemanalmente.
Adolescente gosta de novi-dades e tem facilidade de com-preender e aprender mais rápidocom elas. Eles são ativos e gostamde participar. Esses aspectos
naturais deles que devem seraproveitados pelo professor.
Preparo da aulaA falta de preparo da aula
mata a criatividade do profes-sor, pois a criatividade jamaissubstitui o preparo cuidadoso. Oprofessor sábio tem um roteiro daaula suficientemente elaboradopara saber o que fará, quando e
como. O uso de métodos apro-priados ao conteúdo da liçãolhe auxiliará grandemente noalcance dos objetivos da aula.Prepare seu material didáticocom antecedência, experimentenovas ideias com seus alunos e
desenvolvaas com entusiasmo.Assegure no seu roteiro o temponecessário para cada parte daaula e seja disciplinado. Metadedo sucesso na aula depende doânimo do professor que crê naideia proposta como sendo amelhor maneira de aplicar osobjetivos da lição na mente e nocoração dos alunos.
O trabalho com educação
cristã requer um plano de açãodidática. Precisamos definir osobjetivos a atingir , o temponecessário para alcançálos, asetapas a percorrer, os recursos aempregar e o método a seguir.Explore e aproveite ao máximoas sugestões das lições do mes-tre da CPAD, faça adaptações,enriqueça e crie novos recursospara tornar sua aula ag radável!^
Alderi Ribeiro
de Moura Cru:
-r.' é Professora
formada errt Letras,
Pós graduada em
Coordenação eGestão Escolar,
CooriDepartamento de t
Edi(,caçlb Cristã, da
Assembleia de tfêus •
doiSegundo Distrito;
em Rio Branco (AC) ,
Como sugestão o modelo de um roteiro de aula: Classe Adolescentes - Mestre 4 • Lição 05 - Trabalhando em Equipe
Objetivos:1. Assimilar a necessidade da união para crescer na vida espiritual e superar desafios e dificuldades.2. Identificar tentações que buscam atrapalhar a unidade da equipe de Cristo e mostrar como
vencêlas.
Conteúdos (tópicos para estudo):Na equipe de Cristo todos são importantes;Na equipe de Cristo devemos cuidar uns dos outros;
Tentações contra a unidade.ETAPA TEMPO ATIVIDADES RECURSOS
APRESENTAÇÃO 5 min Leitura de um texto Relacionado ao temaTexto suplementar
(pesquisado)
INTEGRAÇÃO 10 min Dinâmica de grupo (usar o "Quebra Gelo") Lápis e papel
DESENVOLVIM EN TO 35 minAula expositiva com auxílio de Álbum Seriado.
Discussão dos temas da lição; (círculo de conversa)
CartazesÁlbum seriado
Quadro e pincel
AVALIAÇÃO ECONCLUSÃO
10 minDividir a turma em dois grupos e fazer o Jogo das
Perguntas. (Ou outra atividade para avaliar a lição: testerápido, debate de grupo, etc)
Quadro brancoe pincel
K A cada semana o professor faz as adaptações necessárias no seu roteiro de acordo com o tema em estudo.
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SALA de LEITURA
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0 FINAL DE TODAS AS COISAS Esperança e glória para os salvos
ELINALDO RENOVATO DE LIMA
Esta obra é o livrotexto da revistado trimestre deste ano, que falasobre o Arrebatamento da Igreja,as Boas do Cordeiro e a GrandeTribulação. Ele apresenta o que aBíblia diz sobre o fim dos tempos,em relação à Igreja do Senhor Jesus,
Como Escatologia bíblica é umtema que levanta sempre dúvidas,é imprescindível para o professorde Escola Dominical a leitura destelivro, pois vai ajudálo a responder
dúvidas dos seus alunos sobre essesimportantes temas.
UMATODE
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UM ATO DE DEUS_____
ERWIN W LUTZER
Nosso coração dói ao nos lembrar-
mos das centenas de milhares depessoas que ficara
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