filho pródigo

Post on 06-Jun-2015

610 Views

Category:

Spiritual

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

DESCRIPTION

Material produzido por Ir. Rosenilda Maciel da Rosa, ascj.

TRANSCRIPT

Ir. Rosenilda Maciel da Rosa

Monografia: apresentada em 2010 ao curso de Bacharelado em Teologia pela Faculdade

Vicentina. (FAVI)Orientador: Prof. Ms. Pe. Alceu Luiz Orso.

Eu escolhi como tema de conclusão de curso as parábolas da misericórdia do capitulo 15 do Evangelista Lucas, enfatizando a 3 ª destas parábolas, que é a do filho pródigo, na qual me inspirei para tirar o título deste trabalho:“

UM DEUS COM CORAÇÃO DE PAI: UM

PAI COM CORAÇÃO DE DEUS”

Composto - Três capítulosObjetivo- Evidenciar a misericordiosa do coração de um Deus

Um DEUS que se inclina – resgate da pessoa humana

Devolve – sua dignidade humana.

Se despoja - condição divina

Neste trabalho procurei destacar a Misericórdia- traduzida como Resgate – Cura - Abrigo - LibertaçãoSustento - Proteção - Acolhida, Generosidade - e Salvação.

Palavras estas, acredito, eu, que traduzem fortemente a caminhada do Povo de Deus da Antiga até a Nova Aliança.

Sociedade atual - individualista com seu modelo de desenvolvimento econômico, onde disseminam, de maneira subjetiva, valores de uma Ética predominantemente utilitarista

Infelizmente vemos pairar, nas relações humanas o sentido do descartável; e a conseqüência disso é a falta de conjuntura com a qual o individuo se relaciona consigo mesmo e com o outro. O produto que se alcança nas relações intra e interpessoais, por vezes, é um misto de amarguras, ciúmes e solidão.

Contrapartida – Releitura- RealidadeTrabalho: uma preleção a cerca - Misericórdia divina. Coração – Reina o legalismo tal pressuposto divino- MISERICÓRDIA - sinal de acolhida - resgate, esperança e perdão Só que só se al cança -dimensão transcendental

Ao longo deste trabalho, torna-se crescente e possível à compreensão do termo misericórdia e sua significativa importância no peregrinar do povo de Deus. Como já mencionado, o presente trabalho é composto por uma introdução, acrescido de três capítulos.

Ao longo do texto construído, procurei evidenciar com a explanação e Análise - da “Parábola do filho pródigo” - que a vida e a atitude tanto do pai, quanto de ambos os filhos do texto abordado - são uma mensagem vivificante para toda e qualquer pessoa; independentemente da situação em que essa se encontra.

No discorrer do primeiro capítulo, fora explorado o significado da palavra misericórdia, de forma geral dentro do contexto bíblico e enfatizando o termo no evangelho de São Lucas. 3ª-Narrativa - três parábolas proferida por Jesus, e estudada neste trabalho Específica - Evangelho de Lucas.

Lucas faz uma transição da segunda para a terceira história sem interromper a continuidade do que já fora dito : "Jesus continuou". O mestre narrou as três parábolas para as mesmas pessoas, na mesma ocasião, dando ênfase assim à mensagem que queria transmitir: a graça e a misericórdia divina.

No texto bíblico é possível perceber que na narrativa: a ovelha estava perdida

a dracma desapareceu

o filho pródigo perece longe da casa do pai.

As duas primeiras são iniciadas com perguntas retóricas, enquanto que a terceira segue do início ao fim uma estrutura narrativa convencional, em que Jesus, mais uma vez serve-se de acontecimentos da vida diária para transmitir sua mensagem. A expressão convencional usada anteriormente não quer desmerecer em nada a importância dessa parábola em estudo.

Pois, vários são os elogios feitos a ela, como: coroa de todas as parábolas, evangelho dentro do Evangelho... Enfim, trata-se de uma história humana, contada com tanta humanidade, que se tornou capaz de traduzir, e tornar visível e palpável o amor divino; dispensado a todos e a cada um, em resgate da dignidade humana.

A OVELHA PERDIDA

Um homem que possuísse um rebanho de cem ovelhas não era possuidor de grandes recursos. No caso, o próprio dono do rebanho era quem o apascentava Estava em contato direto com as mesmasReconhecias - pelo nome As contava ao menos uma vez por dia.

A ovelha - é um animal gregário, que ao se perceber separada do bando, fica desnorteada. Muito provavelmente o pastor ao encontrar a ovelha perdida se deparou com ela deitada no chão, imóvel, esperando pelo pastor. É o pastor quem a levanta e a introduz novamente ao rebanhoEle que a busca, acolhe e conforta em seus braços amorosos.

 Como no simbolismo do Pastor que resgata a ovelha perdida, Jesus estabelece uma ponte sobre o abismo e traz o pecador de volta a Deus. A ação de Jesus tem duplo sentido, o homem decaído no pecado se reaproxima de Deus e da comunidade. ( trabalhos já presentados)

A alegria do Pastor ao reencontrar a ovelha que se perdeu, mais, do que com as noventa e nove que permaneceram com ele; reflete - o interesse divino pela salvação do pecador.

Para com este, que é incapaz de fazer algo por si, Deus o faz.

Não é o homem que foi em busca de Deus, mas Deus foi à busca do homem.

A MOEDA PERDIDA

 Perder uma “dracma” (Unidade monetária grega) , não seria um extravio considerável. Uma perda considerável seria a partir de 10 moedas.  A mulher : passa de uma condição de ansiedade e preocupação,à de estupor e alegria. É uma história pequena porém completa.

PORQUE a mulher procurou a moeda tão intensamente?

Tal situação estaria ligada a causas matrimonias. dez moedas de prata: as quais, dentro da cultura - faziam parte do seu dote de casamento

Uma tiara - chamada semedi: “utensílio” para ornamentar seu penteado.Como sendo: Anel de noivado ou aliança de casamento - os quais se destacam por suas pedras preciosas. Ao se extraviar alguma das pedras; a peça perde parte de sua beleza, causando tristeza e ansiedade pelo seu reaparecimento.

A mulher ao perceber a falta da moeda - concluía que essa teria se soltado e caído

Procura com a dupla certeza - que a mesma está em sua casa e que a encontrará.

A tiara, sendo ou não monetariamente valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a usava.

Na Parábola do filho pródigo, a atitude do pai é de compaixão, porque ele não pede explicações ao filho, o que fez com o dinheiro da herança que lhe havia dado, no que gastara, etc.. Mas ao contrário, vai ao seu encontro, acolhe-o e se alegra fazendo festa com seu retorno.

Nessa festa feita pelo pai, aparecem três elementos essenciais: o anel, as sandálias e a festa em si, em que o pai manda matar um novilho cevado.

2º capítulo: fluir em cada versículoCaracterísticas- Deus como Pai Misericordioso e Amoroso, apresentando, de forma figurada, os três grandes corações: o coração do Pai, do filho ferido mais moço e o coração machucado do filho mais velho.

Diferente das outras duas parábolas que evidenciam a misericórdia de DeusFilho pródigo- traz, em seu centro - não um animal Não um objeto- sim um ser humano, isso a torna importante e mais relevante do que as outras duas.

O estudo desta parábola de Lc 15 mostra que, o Filho Pródigo fez sua escolha muito cedo, e quis gozar de sua riqueza bem longe do pai e da religião. Dessa forma, gastou, rapidamente, toda a sua fortuna em uma vida depravada e pervertida.

No máximo de sua miséria, teve que executar três ações para sobreviver:procurar um emprego - que fora humilhante, cair na conta de seus erros- ou seja, fazer um exame de consciência, tomar coragem de voltar para casa do pai.

Esse filho mais novo cometeu ainda três erros ; ter pedido a herança ; tê-la esbanjado ; ter retornado à casa do pai sem sentimentos de filho; Nota-se que o filho só decidiu voltar porque tinha muita fome, mas não por que amava o pai.

O conteúdo dessa parábola traz em si uma grande mensagem para todas as pessoas, sem exceção. Pois, nessa atitude do filho mais novo; quantos já se encontraram nela, ou ainda se encontram, e quantos se identificam com o filho mais velho; qualquer pessoa ou família pode espelhar-se nessa parábola

Muitos relacionamentos existentes hoje entre marido e mulher, entre filhos (as) e seus pais, em nossas comunidades religiosas principalmente, não se parecem com o relacionamento do pai com esse filho mais velho?

( )Jo15, 15: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.”

Nota-se assim queridos irmãos e irmãs, que, infelizmente, os relacionamentos familiares atuais e comunitários em muitos casos, são reduzidos a uma simples junção de pessoas, morando na mesma casa, na maioria das vezes fazendo a refeição juntos, na mesma mesa, porém sem harmonia e sem amor. Essa parábola, portanto, deixa um questionamento para cada pessoa em particular.

Não obstante, quem estiver vivendo a estilo do filho mais velho, do verdadeiro Filho Pródigo, ainda a tempo de voltar atrás e encontrar-se com Deus, com o Pai que o espera na varanda de sua casa, de braços abertos e o coração repleto de compaixão; pronto para envolvê-lo em seus braços com a certeza de que você tem um Deus da alegria, - Deus da festa, - Deus do acolhimento.

Porque, pela misericórdia divina, o passado do pecador não existe mais, e, assim, ele pode recomeçar novamente, pois, Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, não fecha os olhos; e com complacente paternalismo, abre novo crédito de confiança a nossa responsabilidade. E, dá a garantia de vencer o mal com o bem, renovando, no pecador a alegria de viver.

Assim, a alegria de ter um Pai que ama e que perdoa, a ponto de esquecer os erros do pecador; deve prevalecer na vida de cada pessoa. De fato, quando Deus se manifesta na vida de uma pessoa, essa, não tem tempo de lhe dizer seus pecados, e de lhe pedir perdão.

Podemos ver que o filho mais velho não sabe o que é ser pecador, não por que realmente não seja, mas por que não se reconhece como tal; desse modo, não sente a necessidade e a exigência de mudar de vida; cumpre seu dever, mas, mata o amor e não o vivencía; percebe a misericórdia do pai, mas não consegue regozijar-se com o perdão concedido ao irmão. O pai, contudo quer que ele também entre e participe da festa.

Fica aqui um questionamento, o filho mais velho entra ou não entra na festa de acolhida do irmão?

O terceiro e último capítulo do estudo aqui abordado trouxe à tona alguns temas teológicos contidos, ainda que de maneira velada, na “Parábola do Filho Pródigo”.

Procurei discorrer, brevemente, sobre o sentido da conversão, do amor, do perdão, da reconciliação, da acolhida e da justiça na vida e na história do ser humano. Nesses termos específicos, fora ressaltada misericórdia do coração de Deus criador enamorado pelas suas criaturas a ponto de renunciar Sua condição divina e fazer-Se homem, um entre todos os seus, para resgatar e devolver, a cada homem e mulher, Sua identidade de filhos e filhas de Deus.

Considerações finaisConcluí esta abordagem com algumas considerações finais; na certeza de que, nesses dois filhos da parábola, estão representadas cada pessoa, cada ser humano; ora fiel e adulto; que nunca se opusera ao Pai, sempre obediente, porém, com obediência exercida sem liberdade.

Às vezes, sozinho quando não tem mais nada para gastar, ou em um final de um dia de trabalho, não está feliz, por ter feito o seu dever.

Para finalizar, fica o convite, um terceiro irmão, o perfeito, não existe e o Evangelho não fala dele. Porém, eu, ousaria dizer que esse terceiro irmão não existe a não ser na vida da graça e como dom do Pai.

Cabe, portanto a grata satisfação para cada

homem e cada mulher, em aprofundar e

vivenciar nesta linda parábola de Jesus a sua Misericórdia infinita.

Felizes aqueles que se deixam ser abraçados pelo Pai, que ninguém os subtraia ao abraço misericordioso do Pai.

ESTE PRANTO EM MINHAS MÃOS.  Muito alegre eu te pedi o que era meu parti, num sonho tão normal. Dissipei meus bens e o coração também, no fim meu mundo era irreal.

Confiei no teu amor e voltei, sim aqui é o meu lugar, eu gastei teus bens, ó pai e te dou este pranto em minhas mãos.

Mil amigos conheci disseram adeus caiu, a solidão em mim. Um patrão cruel levou-me a refletir meu pai, não trata um servo assim! Confiei no teu amor e voltei, sim aqui é o meu lugar, eu gastei teus bens, ó pai e te dou este pranto em minhas mãos.

Nem deixaste-me falar da ingratidão; morreu, no abraço o mal que eu fiz. Festa, roupa nova, o anel, sandália aos pés. Voltei à vida; Sou feliz. Confiei no teu amor e voltei, sim aqui é o meu lugar, eu gastei teus bens, ó pai e te dou este pranto em minhas mãos.

OBRIGADA!!

top related