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Mirian de Freitas Dal Ben Corradi

Médica da CCIH do Hospital Sírio Libanes

Conselheira Internacional SHEA

Tesoureira ABIH

Isolamento de contato e modelo matemático no controle de infecção

• Sem conflitos de interesse

ModelosMatemáticos

Entender o comportamento

de epidemias

Predizer o impacto de

intervenções

Simular/ Predizer

dinâmicas de transmissão

Avaliar a custo-efetividade

das intervenções

Modelos matemáticos emcontrole de infecção

• Obter um maior entendimento sobre padrões

de comportamento epidemiológico das

infecções relacionadas à assistência a saúde

• Guiar as decisões do controle de infecção

(simular o efeito de intervenções)

Susceptíveis Infectados

“”Model building is the art of selecting those aspects of aprocess that are relevant to the question being asked. “

JH Hollandl

Modelo SEIR

Modelo SIS Susceptíveis Infectados

Susceptíveis InfectadosModelo SIR Recuperados

Susceptíveis InfectadosModelo SIRS Recuperados

Susceptíveis Infectados Infectantes Recuperados

Susceptíveis Infectados Recuperados

St+1 = St -λt*St

λt γt

R0

Rn>1 Rn<1

Modelo de Ross-Macdonald

λH = m*a*b* prevalência de infecção nos vetores (IM)

m= densidade de vetores por pessoa

a= taxa de picadas em humanos pelos vetores

b= probabilidade de um humano se tornar infectado após ser picado por um vetor infectado.

Modelo de Ross-Macdonald

λH = m*a*b* IM

Suscetíveis (SH) Colonizados(IH)Pacientes

Não colonizados (mãos

higienizadas) (SM)

Colonizados (Mãos

contaminadas) (IM)

Profissionais da área

da saúde

(Vetor)

r

λH

λV

r2

Suscetíveis (SH) Colonizados(IH)Pacientes

Não colonizados (mãos

higienizadas) (SM)

Colonizados (Mãos

contaminadas) (IM)

Profissionais da área

da saúde

(Vetor)

r

λH

λV

r2

Suscetíveis (SH) Colonizados(IH)Pacientes

Não colonizados (mãos

higienizadas) (SM)

Colonizados (Mãos

contaminadas) (IM)

Profissionais da área

da saúde

(Vetor)

λH

λV

r2

COHORT

Alt

a

Alta

Admiss

ãoAdmiss

ão

Taxa de transmissão

Paciente→PS

Adesão à higienização das

mãos

Taxa de contatoPC-PS

Número de leitos

Número de PS

Taxa de transmissão

PS→Paciente

45%

10%

22%

4.5 vezes

100%

29,3%

4,2%

7 vezes

17,4%

3,5%

5 vezes

O modelo presume:

• Apenas duas populações.

A população de PS é considerada constante.

• Ocupação = 100%

• População de pacientes é considerada homogenea

• População de PS é considerada homogênea

• Transmissão paciente-paciente, PS-PS é desconsiderada

• Na ausência de dados sobre transmissão PS→PC, está é considerada igual a transmissão PC→PS

• Colonização persistente de PS é considerada rara para maioria dos multirresistentes.

• Higienização das mãos é considerada efetiva na maioria das vezes.

Probabilidade de transmissão pelo infectado

Probabilidade de transmissão pelo colonizado

Simulações estocásticas

Simulações determinísticas

Taxa de contato per capita

Prevalência= 34% (12-75%)R = 11

• Número de leitos: 14

• Média de profissionais por dia: 61

• Prevalência de colonização à admissão: 17,6%

• Taxa de admissão de colonizados: 0,2

• Taxa de saída de pacientes não colonizados: 0,85

• Taxa de saída de pacientes colonizados: 0,24

• Taxa de contato entre paciente por funcionário por dia: 2,44

• Taxa de adesão à higienização das mãos: 38%

• Taxa de adesão ao isolamento de contato: 66%

34%

38%

66%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

0,00 0,08 0,17 0,25 0,34 0,42 0,51 0,59 0,68 0,76 0,85 0,93

Pre

valê

nci

a d

e p

acie

nte

s co

lon

izad

os

po

r ER

C

Adesão à higienização das mãos

Figure 4: Prevalência de pacientes colonizados por ERC após 60 dias de abertura da unidade com diferentes adesões à higienização das mãos e com uma adesão ao isolamento de contato de 66%

Tabela 2:

Símbolo Parâmetro

Variação percentual

na prevalência de

colonizados

λ1 Taxa de admissão de pacientes não colonizados - 0.022%

λ2 + λ3 Taxa de admissão de pacientes colonizados - 0.022%

µ1 Taxa de saída (alta/óbito) de pacientes não colonizados - 0.03%

µ2 + µ3 Taxa de saída (alta/óbito) de pacientes colonizados - 0.07%

α

Taxa de contato per capita (número de contatos entre pacientes e profissionais da área da saúde

por paciente por profissional por dia)

0.91%

bProbabilidade de um paciente ficar colonizado após contato com um profissional da saúde

colonizado

0.04%

q Adesão às precauções de contato pelos profissionais da saúde 0.00%

c2

Probabilidade de um profissional da saúde de tornar colonizado após contato com um paciente

colonizado sem aderir às precauções de contato (sem usar avental e luvas)

0.01%

c3

Probabilidade de um profissional da saúde de tornar colonizado após contato com um paciente

colonizado aderindo às precauções de contato (usando avental e luvas)

-0.02%

ρ Adesão à higienização das mãos pelos profissionais da saúde - 0.12%

Taxa de oportunidade de higienização das mãos por profissional de saúde por paciente por dia - 0.08%

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Pre

va

lên

cia

de

pa

cie

nte

s c

olo

niz

ad

os

po

r E

RC

Dias

Adesão ao isolamento de contato:10% Adesão ao isolamento de contato:30%

Adesão ao isolamento de contato:50% Adesão ao isolamento de contato:66%

Adesão ao isolamento de contato:80% Adesão ao isolamento de contato:100%

Figura 5: Prevalência de pacientes colonizados na unidade ao longo do tempo com diferentes taxas de adesão ao isolamento de contato. Foi considerada uma taxa fixa de adesão à

higienização das mãos de 38%.

Meta de 60% de adesão à higienização das mãos e 80% de adesão ao isolamento de contato.

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960

Pre

valê

ncia

de p

acie

nte

s c

olo

niz

ad

os p

or

ER

C

Days

Adesão à higienização das mãos:52%Adesão ao isolamento de contato:70%

Adesão à higienização das mãos:60%Adesão ao isolamento de contato:80%

Adesão à higienização das mãos:70%Adesão ao isolamento de contato:92%

Figura 6: Prevalência estimada de pacientes colonizados por ERC na unidade de terapia intensiva, considerando-se as piores e as melhores taxas de adesão à higienização das mãos e ao isolamento de contato observadas durante o período de intervenção.

Prevalência= 34% (12-75%)R = 11

Prevalência= 21% (10-45%)R = 0,42 (0-2,1)

DIRECIONAR CULTURAS DE VIGILÂNCIA PARA

SUBGRUPOS DE RISCO

AVALIAR SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA LOCAL

Através dos modelos é possível predizer o impacto de intervenções e priorizar ações do controle de infecção

Conclusões

A aplicação de modelos matemáticos em controle de infecção ajudam a obter um maior entendimento sobre padrões de comportamento epidemiológico das infecções relacionadas à assistência a saúde

O isolamento de contato é uma forma de diminuir a probabilidade de transmissão de patógenos após o contato. Talvez fosse desnecessário com 100% de adesão à higienização das Mãos.

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