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o
O melhor do passado...
HOJE!
QUEM DIRIA?! 2ªs Feiras por Ana Duarte
Queres o quê???
Se a minha mãezinha soubesse disto, nunca teria achado que eu era
uma menina mimada na infância, que abria a boca como um
hipopótamo a chorar quando não me davam o que eu queria. Afinal
de contas eu pedia bombokas, algodão doce, uma viagem nos
aviões no palácio de Cristal, um biquíni pequenino às bolinhas
amarelas, enfim…tudo coisas normais para uma criança.
Já quando falamos de Celebridades, a julgar pelas excentricidades
que pedem no backstage diria que lhes saiu o Euromilhões. Ah,
esperem… alguns têm fortunas maiores que as que normalmente
saiem no Euromilhões. Deve ser por isso.
E agora a verdadeira pergunta: Quem Diria?!
Sim, quem diria que a Madonna não senta o seu “ganha-pão” na
mesma sanita duas vezes??
Quem diria que Paul McCartney além de exigir comida vegetariana
no cardápio do seu camarim (esta é compreensível), não prescinde
que o ambiente seja enfeitado com 19 plantas com 1,8m de altura e
outras 4 plantas com 1,2 m de altura??
Quem diria que os Rolling Stones SÓ pedem uma mesa de bilhar,
uma TV onde possam ver os jogos de críquete e muitos molhos para
as suas refeições?
Quem diria que Marilyn Manson pede Doritos, pipocas feitas no
micro-ondas, uma garrafa de absinto, tudo a ser disfrutado na
menor temperatura que o ar-condicionado possa proporcionar e na
companhia de uma prostituta… desdentada?!! Tem que ser
desdentada, senão não serve.
Quem diria que Celine Dion, que até passa uma imagem de
sensatez, exige que o seu quarto de vestir esteja exactamente à
temperatura de 23 graus centígrados?
Quem diria que Prince exige a presença de um médico que o possa
injectar com vitamina B12 sempre que ele quiser?!
E finalmente, "the last but not the least"… quem diria que Iggy Pop
exigiu a presença de 7 anões vestidos iguaizinhos aos da Branca de
Neve no seu backstage??
Desculpem, mas face à branca que me pautou esta semana, recorri
à imaginação dos outros. E lá que a têm em abundância, não
podemos negar.
Mas dei comigo a pensar no que pediria no meu backstage se fosse
uma cantora famosa e a não ser que a fama me mudasse muito eu
ficar-me-ia por: lagosta, um bom verde branco e uma massagem de
relaxamento feita pelo George Clooney. Duvido é que depois fosse
cantar… (pronto, ok, se ele se recusasse, podia ficar só assim como
na foto, enquanto uma massagista especializada cuidava de mim).
E vocês, se estivessem excêntricos, por via da fama ou do
Euromilhões, pediriam o quê??
INTERVALO 2ªs Feiras por Nuno Oliveira
Antes de mais gostaria de pedir desculpa, uma vez que hoje vou deixar o
meu altruísmo de lado, para me deixar assaltar por uma pitada de
egoísmo. Estava há já algum tempo uma crónica preparada em “banho
maria” para vos deixar aqui, no entanto o espírito de fim de semana em
família mudou todos os planos, e obrigou-me a reescrever tudo de novo.
Pode até parecer uma pieguice, e provavelmente até será, mas existem
coisas que jamais poderemos explicar por palavras, mesmo esgotando
todo o nosso dicionário. A grande culpada é facilmente identificável, já se
dá pelo nome, e reconhece muitas das pessoas que a rodeiam. A
Carolina, membro mais novo do clã Oliveira Ramos, deixou ontem que o
tio babado lhe desse pela primeira vez o biberão. Como são inocentes as
crianças, se ela alguma vez imaginasse os riscos que correu no meu colo,
acredito que gritaria bem alto até que a largasse em mãos, que lhe
servissem de melhor abrigo.
Ainda agora passadas umas valentes horas da epopeia, ainda não
consigo esquecer aqueles olhos serenos fitados nos meus. É
impressionante como começam tão cedo a saber retribuir. Enquanto eu
lhe dava o alimento que lhe saciava a fome, ela com toda a sua inocência
encheu-me a alma com o seu olhar. Foram breves minutos, arrepiantes,
inesquecíveis, e altamente viciantes, que recomendo expressamente a
todos os que são viciados na busca permanente da felicidade.
De facto a frase velha, já gasta de tanto uso, jamais deixará de ser
desprovida de todo o seu valor. As crianças são de facto o melhor deste
mundo.
Apesar de acreditar que ninguém ficou indiferente a este anuncio,
quando ele foi emitido em Portugal, como devem imaginar, o facto de
vos deixar com o anúncio da Céralac, não tem nada a ver com a
publicidade em si, ele vai direitinho para a Carolina, que para a semana
vai comer pela primeira vez a PAPA.
Obrigado Carolina, e por favor aproveitem este pedacinhos de vida
porque são únicos e transmissíveis.
Nº5 ♫ LONDON EYE ♫ 2ªs Feiras por Evelyne Filipe
Back in the action! Com um sentido de humor apurado quero
apresentar-vos esta relíquia de nome “kinky” (bizarro), que nada
mais fez a não ser, divertir-se com temáticas irreverentes e criar
sucessos que nunca se classificarão de “démodé” ou desactualizados
para outros. Afinal, sempre foram 32anos de boas receitas e boa
música!
Esta banda de aspecto “kinky” nasceu em 1964 no norte de Londres
em Muswell Hill, sendo os seus genitores, irmãos: Ray (vocalista e
guitarrista) e Dave Davies (guitarrista e back vocals). O single que
os lançou foi “You Really Got Me”. Curiosidade, na gravação original
antes do solo de guitarra, Ray grita chateado “Fuck off!” ao irmão,
por ele lhe chamar a atenção para entrar com o solo de guitarra.
Mais tarde Dave tenta encobrir o “Fuck off!” com um “oh noo”
antes, mas felizmente para nós ainda é audível na versão original.
(http://www.youtube.com/watch?v=dk3Ei_yoI4c) 1:12s
Tantas histórias que nos conta esta banda, mas a mais cómica ainda
estava para vir!
Come on! Who am I talking about?
The Kinks! Antes chamados The Ravens, decidiram que mudar de
nome seria fundamental para chamar a atenção do público e
imprensa. Robert Wace como agente decidiu que se iriam chamar
The Kinks. Horripilados e relutantes os membros da banda, até hoje,
confessam nunca terem gostado do nome.
“Lola” é o nosso single. Foi escrito por Ray, relata um encontro
romântico entre um homem e um travesti que se conheceram num
club em Soho. Cómico é o facto de a história ser verídica, o
manager da banda, Robert Wace, tinha passado a noite no seu
apartamento a dançar com uma mulher africana e comentou ao Ray
“Isto promete, vamos ter festa!”. Tudo correria bem até chegar as
6h da manhã e o Ray dizer-lhe “Já viste que ela tem a barba?” ao
que Robert, completamente intoxicado e indiferente ao que lhes
estavam a contar, respondeu “Yeah”! O resto não sabemos, mas
podemos bem imaginar...
(Vejam a troca de sorrisos, cumplicidade e gozo neste vídeo,
apercebemo-nos que estão a rever Robert a dançar com essa
mulher “travesti”…)
Este tema foi um grande êxito na Europa em 1970, arrecadando o
primeiro lugar na Alemanha, Irlanda, Itália e Nova Zelândia .
Hoje, Ray continua a actuar solo, mesmo após terem encontrado
coágulos de sangue nos pulmões e ter sido internado durante
6meses para tratamento.
Dave sofreu de um ataque cardíaco em 2004 onde recuperou o
suficiente para voltar a falar, andar e tocar guitarra.
Who Knew?
CURTES & CULTOS – (T1 – Ep.9) 3ªs Feiras por Ricardo Tsou
Se disser que o Culto de hoje se chama David Robert Jones,
provavelmente alguns de vós não saberão de quem se trata. Se
disser que ficou também conhecido como Camaleão, pela maneira
como mudou de estilo visual e musical ao longo da carreira, se
calhar a coisa fica mais fácil.
“Strange fascination, fascinating me
Changes are taking the pace I'm going through” – Esta é talvez a
frase que melhor define a carreira musical e o próprio David Bowie.
A influência de David Bowie é única, musical e socialmente. De
facto, grande é sua influência no mundo da música entre artistas e
bandas mais antigas e a nova geração, e, além de ter auxiliado
movimentos como a libertação gay e a recriação de uma nova
juventude independente, introduziu novos modos de se vestir na
cena musical e tem uma carreira prestigiada no cinema. Lembro-me
de um filme fantástico que marcou a minha adolescência – Dune.
Uma das imagens de marca de Bowie é a aparência de ter um olho
azul e outro castanho. De facto são os dois azuis, o que se passa é
que uma das pupilas ficou permanentemente dilatada devido a uma
briga nos tempos de escola. O mais curioso é que o agressor e o
próprio Bowie sempre continuaram amigos, tendo até Underwood
passado a cuidar da parte artística dos primeiros álbuns de Bowie.
“It ain't easy, it ain't easy
It ain't easy to get to heaven when you're going down” – WOW!!!
Apesar do forte envolvimento em drogas que levam Bowie a dizer
que não se lembra de alguns anos da sua vida, conseguiu ter a
consciência para esta evidência: como é possível chegar ao céu se
me estou a afundar cada vez mais…
Eu sou fã de Bowie, sempre fui. Desde que ouvi as primeiras
músicas dele no tempo do liceu: Rock n’ Roll Suicide, Ziggy
Stardust, Queen Bitch ou Life on Mars. Ouvi dezenas de músicas
dele e não há uma que diga que não gosto.
Bowie, o “changes” Bowie, nunca teve um estilo musical definido.
Tal como um camaleão, Bowie foi compondo à medida do ambiente
que o rodeava e do que sentia. Desde Pop, Rock, Punk, Soul, Funk
ou até uma espécie de Folk Psicadélico, tudo lhe encaixou como
uma luva.
“Oh no love! you're not alone
No matter what or who you've been
No matter when or where you've seen
All the knives seem to lacerate your brain
I've had my share, I'll help you with the pain
You're not alone”
(SOM NO MÁXIMO – IT’S ROCK N’ ROLL TIME)
A PRETO & BRANCO 3ªs Feiras por Carla S. Rafael
“Lin Chung”
Esta foi das primeiras séries televisivas que vi, e vi-a religiosamente, aos
Domingos, se não estou em erro. (alguém pode confirmar o dia e a hora
em que a “RTP” o emitia?)
“Lin Chun – O Justiceiro” foi uma série que deu (e muito!) nas vistas,
embora a preto e banco, na década de 70. Retratava as proezas heroicas
de um guerreiro com “boa pinta” na China da Dinastia Song (século XIII).
Ele era uma espécie de “Robin dos Bosques” que lutava contra os maus.
E era incrível a forma como o (nosso) herói derrotava tantos e tantos
guerreiros, tivessem eles 1 ou 2 espadas, ou mesmo outras armas.
E que bem sabia ver aquelas lutas ao género de “um contra todos”,
vencendo sempre o mesmo: o Lin Chung, por mais opositores que
tivesse.
Aproveito a oportunidade para, umas décadas depois, informar que,
afinal, e ao contrário do que se pensava, esta série Chinesa (dobrada em
Inglês), filmada na China, tinha um elenco – todo ele – composto por
Japoneses. E, já agora, só se chamava “Lin Chung – O Justiceiro” em
Portugal, pois – no resto do mundo – intitulava-se “The water margin”.
(tem tudo a ver!)
Muitos foram o que sonharam em ser “Lin Chung” quando fossem
“grandes”.
Ah! Digam-me lá se a banda sonora do genérico não vos reporta
automaticamente para a altura em que o “Lin Chung” nos pregava ao
televisor, acontecesse o que acontecesse… (os que já eram nascidos,
claro!)
Francisco Moreira
DIAS de NAMORO 3ªs, 5ª e Sábados por Kiko
“Negas Bouas”
Sempre fui um bom aluno até ao dia em que, devido ao humor cósmico,
calhei numa turma que (só!) tinha as alunas mais “bouas” da Escola
Secundária de Valadares. Pronto, aceito, poderia não ter todas, todas,
mas tinha uma percentagem que rondaria os 85%... ou mais. E isso
comprovou-se na quantidade de pedidos feitos por muitos alunos de
outras turmas na secretaria para que conseguissem mudar para esse 9ºD
(4 ou 5 conseguiram, graças a justificações bizarras, constou-se).
Eu, sortudo, não mudei. Deixe-me estar, feliz da vida, no alto hormonal
dos meus 15 anos, aluno de 4’s e 5’s, certo de que o 9º seria mais um
ano para passar sem “negas” e quase sem “gazetas”, como tinha sido até
ali. E, desta vez, com a vantagem de ter muito mais vontade de prestar
atenção às “aulas”, claro!
O problema, no entanto, começou logo nas primeiras semanas. É que,
além das raparigas demasiado jeitosas, vistosas, esplendorosas e
curvilíneas, existiam também os alunos já “tarimbados”, um dos quais
com maioridade e outros com mais centímetros do que a média.
Como concorrer com tamanha concorrência?
Como dar nas vistas sem fazer algo, no mínimo, parecido com o que os
“grandes” faziam?
Como poder estar nos intervalos com “mulheres” sem se ser “homem”?
Havia que entrar no ritmo que aquela “adultice precoce” obrigava: faltas
em grupo (fosse para o que fosse), brincadeiras e conversas mais
“calientes”, jogos mais “privados” e demais “eventos”, os quais deixo à
consideração da vossa imaginação, livrando-me de inúmeros carateres.
(sorrisos)
Indo directamente para o meio do ano lectivo, posso informar que, em
termos de notas, no segundo período, estive na média da turma: 5
negativas de 2, e bem mais próximas do 1 do que do 3. (sem contar aos
meus pais, fui afogar o mal-estar para o cinema “Batalha”, vendo uma
comédia Italiana duas vezes seguidas, num dia da semana, já em férias)
Quanto às faltas, passei o terceiro período “tapado” em várias disciplinas.
Mesmo sem ter tido “a vermelho”, fiquei talvez a uma falta de chumbar,
mesmo tendo chumbado com as mesmas 5 negativas que arrastei ao
longo do ano, facto triste que me levou a decidir mudar de Valadares
para a António Sérgio, no centro de Gaia, no ano seguinte.
Foi o meu pior ano lectivo de sempre em termos de notas (e condicionou
todos os outros), mas, por outro lado, foi o melhor ano lectivo de sempre
em termos de convivência, diversão, aprendizagem, “curtes” e tudo o
resto, ou quase tudo.
Ainda hoje, tenho vontade de processar todas aquelas meninas-mulheres
por (comprovadamente) me terem prejudicado e terem feito de um bom
aluno um péssimo estudante. E só não o faço porque, apesar de me
lembrar bem de que eram “bouas como o milho”, não me consigo
lembrar de um único rosto, talvez por, naquele 9º D, estar demasiado
apaixonado por outras partes dos seus corpos, infelizmente, ou melhor,
felizmente.
• Se levei com outro tipo de negas? Levei. Mas também tive positivas, e
das “muito bouas”. (risos)
QUINQUILHARIA 4ªs Feiras por Eduardo Carvalho
Esta semana resolvi escrever sobre o maior fabricante de colunas do Mundo.
A BOSE!
Quase toda a gente, mesmo a mais distraída já se cruzou com esta marca.
É fácil de encontrarmos locais que sejam equipados com estes equipamentos
de alta fidelidade
Mesmo que não possua um destes sistemas em casa, quando for às compras
olhe para o teto pode ser que as encontre na sua loja de roupa preferida!
A BOSE foi fundada ainda nos anos 60.
Amar Bose, um indiano a estudar nos Estado Unidos e a terminar a sua
graduação adquiriu na altura um sistema de som que o deixou insatisfeito.
A partir daí, Amar, inicia a sua investigação. Começa a construir as suas
próprias “caixas acústicas” .
A Física, os cálculos, o espaço e a dinâmica foram fatores determinantes para
Bose chegar finalmente a uma conclusão e construir o primeiro de muitos
modelos de colunas que fazem as delicias de muita gente.
O modelo de Amar estava criado.
BOSE 2201.
Caixas feitas a partir de oitavos de esfera para encaixarem na perfeição nos
cantos das paredes de uma sala. Nestas colunas estavam integrados 22
altifalantes e dava-se início a uma revolução na tecnologia e a característica
principal da bose. A Reflexão!
Esta marca tem modelos míticos que muita gente nem imagina o sucesso que
fazem ao longo destes anos.
Temos o caso das 901, o primeiro sistema 2.1, as Acousticmass, mais tarde os
famosos auscultadores para avião e sistemas de áudio para carros que
realmente são qualquer de fenomenal.
Better Sound Through Research .
Esta é a verdadeira filosofia desta marca que tem um mercado forte, não só por
causa dos sistemas caseiros mas porque é muito popular em estádios de
futebol, comércio, locais míticos como a Capela Sistina no Vaticano. Por si só
uma marca abençoada (risos)
Hão-de reparar que se por exemplo numa conversa de café tocarem na marca
BOSE, alguém dirá…
Uauuuuu…..bose ….Que maravilha!!! Tens umas em casa!? Caras!!!!!!
É evidente que existem marcas e feitios para todos os gostos, milhares que
nem conhecemos mas que é um nome popular é, mesmo não sendo uma
marca barata.
Eu pessoalmente gosto e muito.
Aqui fica a sugestão….
Vinil dos Pink Floyd, amplificador YAMAHA e umas Bose AcousticMass , de
certeza que não se vão arrepender….
Ahhh e já agora…não tenham medo dos vizinhos. Puxem pelo volume que elas
aguentam!
Ou então um jantar à luz das velas com o disco preferido dela! O ambiente vai
ficar bem mais quente! As Bose têm esse dom
Até pra semana!
CRAVO & CANELA 4ªs Feiras por Maria Duarte
"A Indomada (ou "A última grande novela")"
Se falarmos no título "A Indomada", provavelmente, poucos se lembram;
contudo, se dissermos que era a novela do Cadeirudo, figura estranha, que
atacava as mulheres durante a noite, poucos se esquecerão... Principalmente
os que eram crianças na década de 90 e tinham pesadelos com o
desengonçado Cadeirudo, que horrorizava as habitantes da pequena cidade de
Greenville...
- Greenville? - Perguntam vocês.- Esse nome já me diz alguma coisa...
Então, e se vos falar na grande vilã Altiva (Eva Wilma), que...?
- Stop! - interromperia qualquer greenvillense que se preze.- Oxente, my god,
eu lembro de Dona Altiva!
Para quem ainda não se recorda e achou estranhas as expressões supracitadas,
passo a explicar:
Greenville era uma pequena cidade do Nordeste brasileiro (sim, claro, novela de
Aguinaldo Silva, com realismo fantástico a q.b.), colonizada pelos ingleses, na
época da construção da linha ferroviária Great Western. Completamente
influenciada pela cultura britânica, os habitantes de Greenville misturavam
expressões nordestinas com inglesas, mas sempre com aquele sotaque
característico daquela região brasileira. Excepção feita para a irmã de Altiva, a
sensual e bondosa, conquanto destrambelhada e alcoólica, Santinha (Eliane
Giardini), que, em meio à sua rebeldia, preferia reger-se pela cultura francesa e
falar francês, ao invés de inglês.
"A Indomada" começa 25 anos antes, quando Eulália (Adriana Esteves),
cunhada de Altiva, se apaixona por um sobre cortador de cana, Zé Leandro
(Carlos Alberto Riccelli, na última novela que aceitou fazer, até hoje). O amor é
proibido pelo irmão de Eulália, Pedro Afonso (Claudio Marzo), totalmente
manipulado pela mulher, Altiva, que expulsa Zé Leandro da cidade. É então que
Eulália confessa estar grávida e, meses depois, dá à luz uma menina, Helena.
15 anos depois, Helena (Leandra Leal) é uma jovem reservada, que sonha
conhecer o pai. É então que Zé Leandro regressa e foge de barco com Eulália e
Helena. Contudo, as coisas não correm como esperado. O barco naufraga e os
pais de Helena morrem, deixando a jovem sozinha.
Entretanto, Pedro Afonso, enterrado até ao pescoço em dívidas, vê-se refém da
chantagem do forasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer), que se torna o seu
maior credor e, como condição para perdoar-lhe as dívidas e pagar-lhe uma
mesada, exige casar com Helena, quando a jovem crescer, enviando-a para
Inglaterra, onde estudará.
Com o resto de dignidade que ainda tem, Pedro Afonso deixa a decisão nas
mãos de Helena, que acaba por aceitar.
10 anos depois, após a sua formação, em Londres, Helena (já interpretada por
Adriana Esteves) regressa a Greenville, disposta a cumprir a promessa de casar
com Teobaldo. Contudo, nem tudo é o que parece, pois, na verdade, o intuito
de Helena é vingar-se de todos os que a prejudicaram a ela é aos pais...
"A Indomada" foi, provavelmente, a última grande telenovela dos anos 90,
numa época em que os folhetins de qualidade começavam já a escassear. Nem
mesmo o génio Aguinaldo Silva conseguiu voltar a escrever uma boa novela no
seu famoso estilo (pequena cidade, onde tudo pode acontecer), tendo acabado
por reconhecer o esgotamento da fórmula e enveredado por caminhos
diferentes (não tão bons, mas, dentro da crise de novelas, ainda os melhores).
Poderia continuar esta crónica, debruçando-me sobre as diversas personagens,
as polemicas (racismo, lutas de classes, amores entre pessoas de idades
diferentes, vingança, política, transplante de órgãos, etc...) e grandiosas
interpretações (Eva Wilma, Eliane Giardini, Ary Fontoura, Ana Lucia Torre,
Neusa Borges, Paulo Betti, Luísa Tomé, Betti Faria, Licurgo Spínola, Selton
Mello, Renata Sorrah, Flavia Alessandra, Flavio Galvão, Pedro Paulo Rangel,
entre muitos outros). Contudo, prefiro deixar-vos com a recordação de uma das
cenas mais deliciosas da novela: quando o Delegado Motinha (José de Abreu)
caiu num estranho buraco, nas obras megalomanas do Prefeito Ypiranga (Paulo
Betti) e foi parar... Ao Japão!
É caso para exclamar: "Oxente, my god!"
Fiquem com este vídeo, em que a preconceituosíssima Altiva descobre que tem
uma nora e netos mulatos e... sobrinhos da sua criada.
LUSITANA PAIXÃO 4ªs Feiras por Hélder Ferrão
“Quando a cabeça não tem juízo… o corpo é que paga”
Se era intenção dele ou não, o facto é que quase se tornou provérbio,
e até a minha avó, que os traz a todos na ponta da língua, (sim (!),
não vá o diabo tecê-las e ela de repente precisar de algum para
reforçar o conteúdo de uma qualquer “lição de vida”), jura que o é.
Mas se lhe perguntarem se sabe quem foi António Variações, ela,
provavelmente, responderia que se trata de alguém que trabalhou na
“mercearia do Sr. Joaquim” e que, quando morreu, de qualquer coisa
que “não me lembro agora”, deixou viúva uma linda moça e dois filhos
pequeninos. “Coitadinho do rapaz…”, terminaria num leve sussurro,
quase em jeito de prece. Se fosse esse o caso, e com toda a certeza o
seria, a senhora não poderia estar mais longe da verdade, menos,
claro, em relação ao facto desse tal de António Variações já ter
falecido. Sim, já lá vão 28 anos desde o seu desaparecimento, mas o
seu “provérbio” e a sua música persistem, embora muitos não saibam
de onde ou de quando vieram. Este cantor barbeiro, sim, porque ele
era também barbeiro (dos outros, já que ele próprio ostentava uma
barba que intimidava o próprio Pai Natal), é natural da cidade de
Braga onde passou os seus primeiros anos de vida na pequena aldeia
de Fisgas em Amares junto dos seus dez irmãos. Um homem do Norte,
portanto. Como um dos irmãos tinha “unhas” para o cavaquinho e
para o acordeão, António logo deixou-se levar pela música e cedo
apaixonou-se por ela. Já na sua idade adulta, depois do serviço militar
em Angola, e ainda com nada de música a curto prazo, viajou por
Londres, Amesterdão e Holanda. Dessa viajem, trouxe uma visão
“diferente” do mundo, uma visão que cortava com preconceitos
comuns de diversa espécie. Através da sua música, imagem e
comportamentos “invulgares” ambicionou implantar essa “visão” em
Portugal, mas pura e simplesmente não estávamos preparados para
mudanças "radicais". Dessa viagem trouxe também consigo a
aprendizagem daquele que foi o seu primeiro ofício: Barbeiro.
Assumindo desde cedo a sua “diferente” orientação sexual, foi com a
ajuda do seu amante, Fernando Ataíde, que foi admitido no primeiro
Salão de Cabeleireiro Unissexo em Portugal “Ayer” em Lisboa, tendo
vindo, mais tarde, a estabelecer-se por conta e risco com o seu próprio
Salão na Baixa Lisboeta. A sua música estava na altura ainda em
segundo plano. Considerada demasiado alternativa para a altura, ainda
não criara interesse, ainda não convencia um público demasiado ligado
á sua cultura fechada e de tradições musicais “conservadoras”. Foi
apenas em 1978 que começou realmente a chamar um pouco as
atenções. Este ”novo género” de artista associava um visual excêntrico
a músicas que mostravam que o mundo era um local bem maior do
que aquele que na altura Portugal conseguia deitar os olhos, o que o
levou, nesse mesmo ano, a fazer o seu primeiro contrato com a
Valentim de Carvalho. Como o nosso rapaz deixava sempre para
amanhã aquilo que podia ter feito hoje, só apenas 4 anos depois do
seu contrato é que gravou o seu primeiro trabalho. “É prá Amanhã” e
o “Corpo é que Paga” são, talvez, das suas músicas mais conhecidas.
É. António Variações é “mais um “ daqueles casos de curta carreira,
mas nem por isso menos intensa em termos de impacto social e
cultural, visto que influenciou em muito as tendências da música
portuguesa até os dias de hoje.
Vítima de broncopneumonia, muito provavelmente causada pela Sida,
António faleceu a 13 de Junho de 1984. Não sendo motivo de orgulho,
especula-se que o célebre cantor terá sido o primeiro português a
morrer vítima de Sida em Portugal, e talvez também o primeiro a vestir
saias em vez de calças á boca-de-sino em público…
Ah… se a minha avó soubesse!
A COR DOS TROCOS 5ªs Feiras por Maurício Pinheiro
Comecei a trabalhar em 1976. Sim, com 16 aninhos feitos há pouco.
O pai a trabalhar sozinho para quatro, depois cinco com a vinda da
avozinha, dois filhos a estudar… enfim, resolvi ajudar e fiz-me à
vida.
Não disse nada ao meu pai, mas a verdade é que, depois de várias
entrevistas, acabei por ter emprego na EFACEC, empresa onde ele
já levava uns bons 20 anos de carreira como Montador Electricista.
Foi ele que atendeu o telefonema que comunicava a minha
contratação.
- Não, não pode ser o meu filho. Ó Antonione (nome do colega do
Serviço de Pessoal - ainda não se falava em Recursos Humanos -
que ele tão bem conhecia), estás a brincar comigo?
Mas não, não estava. A chamada era mesmo para mim.
O homem ficou furibundo.
- Então deixas assim os estudos? Trabalho tanto para te dar um
curso, blá, blá blá… vocês podem imaginar o que eu tive que ouvir.
Mas contra factos não há argumentos. Estava feito.
E passou-se logo uma coisa caricata e, quase incrível: o meu
primeiro ordenado era de 4.400 Escudos (qualquer coisa como 22
Euros). O meu pai, com todos os seus anos de serviço, ganhava
4.300…
Mas enfim, a verdade é que começou a entrar mais guitame lá em
casa e “as costelas começaram a aliviar”.
Cerca de um ano depois, pude fazer a minha primeira grande
aquisição: um gira-discos Sanyo. 33 e 45 rotações certinhas como
um fuso. Tinha rádio, leitor de cassetes e tudo… ah, e colunas, pois
claro.
Custou dezasseis mil Escudos, o equivalente a 80 Euros. Trocos,
diremos nós hoje, mas lá se foram 4 ordenados.
Devagarinho, fui construindo a minha pequena colecção musical.
Primeiro com um LP. Queen, pois claro! “A night at the Opera”. O
consumar de um grande amor, antes apenas alimentado por
cassetes, gastas de tanto uso.
Logo depois com 2 singles dos Génesis (quem se lembra?): “The
Carpet Crawlers” e “Your Own Special Way”. Duas músicas com
que, ainda hoje, me delicio.
Depois mais e mais, que sem música eu não sou nada.
Que podemos comprar hoje com 4 ordenados? E não vale dizer gira-
discos.
Boa Páscoa e até para a semana.
LACA & BRILHANTINA 5ªs Feiras por Susana Lapa
Após ontem ter visto uma foto que me deixou a modos que
inspiradíssima nesse grande ícone musical que é o Rod Stewart, resolvi
dedicar-lhe hoje esta crónica. Francisco, desculpa-me mas gajas não
"vendem" neste pequeno cantinho portanto, amanha-te com este que, a
avaliar pelo que vi ontem, passa muito bem por gaja. Voz rouca e
sensual, movimentos um tanto ao quanto efeminados fazia (e faz) mover
multidões de gajas. Confesso que não lhe achava piadinha nenhuma
quando era um mecito novo e espadaúdo, agora acho-lhe muito mais
piada, depois dos anos terem passado favoravelmente por ele. Quem é
que consegue ver o video "Do ya think I'm sexy" e não desatar à
gargalhada?!?! Sexy? Onde? Só se for na China e mesmo aí duvido.... O
que é verdade, é que mesmo sem ter pontinha por onde se lhe pegue,
resmas de gajas lhe caíram ao pés e já perdi a conta aos filhos que tem.
Quem se babava por ele que me explique, porque eu não consigo
entender. Seriam a músicas? Acho que sim, fechávamos os olhos e
imaginávamos um gajo loiro e podre de bom, só pode!!!
Isto hoje está complicado, a veia inspiradora ainda não acordou, portanto
fiquem com a música, fechem os olhos, e sonhem! Não vos deixo o video
que acima mencionei, matava qualquer sonho para o tornar em pesadelo!
Eu prefiro sonhar ao som disto, que como prémio para os meninos tem a
participação da bela Amy Belle... :)
Beijinhos, abraços e outras manifestações de carinho mais ou menos
próprias!!!
DIAS de NAMORO 3ªs, 5ª e Sábados por Kiko
"Copianço"
Enquanto aluno, nunca fui muito de "marrar", já que teimava em
deixar os estudos para a última hora, quando não os deixava
literalmente para os minutos do intervalo (grande, de preferência)
que precedia os testes. Não sei bem, acho que a minha
concentração se dedicava melhor a outras "paisagens"...
E esta mania de não me dar bem com os estudos, penitencio-me,
atrapalhou-me na altura em que o "Secundário" exigia um pouco
mais do que "passear os livros" e fazer dos cadernos e capas uma
espécie de telas para desenhos dignos de ombrearem com paredes
rupestres. Enfim!
Outro dos meus grandes problemas passava pelos copianços,
aqueles papeis de tamanho diminuto que, julgávamos, tinham o
dom de armazenar toda a matéria de um trimestre. É que; apesar
de ser um excelente criador de copianços (com sublinhados e várias
cores), eu era um péssimo copiador, inclusive pelos parceiros do
lado, de trás e da frente.
Ainda hoje, já com a eventual "pena" prescrita, continuo sem
perceber o porquê de nunca (que me lembre) ter dado uso aos
copianços que fazia para quase todos os testes "pós-9º ano".
Ironicamente, os meus copianços davam de uma trabalheira
imensa. Quase só faltava plastificá-los, tamanho era o cuidado com
que os fazia, inúmeras eram as vezes em que os refazia, várias
eram as vezes em que os lia e relia para ver se não falhavam em
nada. Mas falhavam. Não eram usados. (ponto)
O que dizer em minha defesa? Como superar esta vergonha?
Não nasci para copiar. E mesmo naqueles testes em que todos
copiavam.
Por falar nisso, lembro-me de "Sociologia", no 10º, onde todos
(todos!) copiavam - inclusive dos livros -, e, mesmo assim, com
receio de ser apanhado, eu fazia a diferença... E não copiava, ou
melhor, não conseguia concretizá-lo, por mais que tentasse.
Se ao menos, ao elaborar os copianços, os conseguisse decorar...! E
tentava, tentava muito... Mas em vão. (Foram várias as vezes em
que me "insultei"!)
Bem, voltando à "Sociologia", onde, salvo erro, tirei 7 na nota final,
tenho que destacar um pormenor interessante. Fui a exame (anual)
e livrei-me da oral, já que tirei 14 ou 15... e sem estudar mais do
que duas páginas nas "férias grandes".
Como?
Não sei. Mas sei que, daquela vez, não levei... copianço.
Kiko
PLATINA 5ªs Feiras por José Gonçalves
Nem p’ra mim sou bom... este o pensamento que me assaltou, por
ter decidido apresentar esta crónica – nome quiçá pomposo para
um simples exercício de partilha de gostos musicais que muito me
apraz –, em moldes algo diferentes dos anteriores, logo com um
disco acerca do qual, à primeira vista, haverá menos a dizer.
Não deixarei, contudo, de vos dizer que recuo a 1997, ano de
estreia de “Titanic”, que hoje mesmo ressurge em 3D – coincidência
que me faz desejar que os traços diferentes que decidi imprimir-lhe
não “afundem” esta rubrica... –, nem de reconhecer que a
descoberta deste álbum se deve a mais uma “partilha inter-
geracional” com o meu sobrinho Nuno, que, então do alto dos seus
16 anos, me deu a conhecer este “Curtains”, dos TINDERSTICKS.
Pensei que haveria menos a dizer sobre “Curtains”, não porque se
trate de um álbum “simples”, longe disso... as letras são
poeticamente elaboradas, densas, obscuras por vezes, e a
sonoridade é complexa, prenhe de orquestrações elaboradas
(“luxuriantes” mesmo, no dizer de muitos entendidos), com recurso
a muitos e até pouco usuais instrumentos, longe de quase tudo o
que atravessou o panorama musical dos anos 90, o que terá até
conferido aos TINDERSTICKS um estatuto de “banda de culto”.
Mas, na verdade, encontro uma unidade em “Curtains” que, mesmo
mencionando um ou outro tema de modo mais concreto, entendo
eximir-me da necessidade de enumerar exaustivamente as suas
faixas (o que mais fastidioso se revelaria quando se trata de 16...).
Essa unidade consubstancia-se, desde logo, na grave, por vezes
lânguida, voz de STUART STAPLES, autêntico lamento melódico,
constantemente sublinhado pelo belo gemido dos violinos, como em
“Another Night In”, “Rented Rooms”, “Don’t Look Down” ou
“(Tonight) Are You Trying to Fall in Love Again”, por sua vez
pontuados pelos metais de “Let’s Pretend” e por um impressionante
trabalho nas escalas mais à esquerda do piano, como sucede em
“Bathtime”.
Ocorre-me aqui que tão depressa aprecio vozes cheias, ou – como
já aqui escrevi – que dominam os ‘falsettos’, como esta de STAPLES,
capaz duma profunda mas harmoniosa melancolia em tons quase
inacreditavelmente baixos, para que apenas encontro paralelo no
mestre COHEN ou em NICK CAVE.
O “experimentalismo cacofónico” de “Fast One” – sim, também há
uma faixa que aprecio menos, neste disco... –, é perfeitamente
contrabalançado pela narrativa sobre a pressão do sucesso de
“Ballad of Tindersticks” (quase 8 minutos duma história contada
com uma maestria que só a leitura da letra revela), pelo tom
(comparativa – e paradoxalmente, se atentarmos no título...) algo
mais luminoso de “Buried Bones” e pela presença suave da voz de
ISABELLA ROSSELINI em “A Marriage Made in Heaven”.
E pronto... lá consegui enfrentar o costumeiro “síndroma da página
em branco”, que sempre me ataca antes de vos trazer estas linhas,
cabendo-vos avaliar quão airosamente (ou não...) o possa ter feito,
ainda que – disso me dei conta já perto do final –, de forma não tão
diversa da habitual quanto julgava.
Espero, pelo menos, ter conseguido despertar a V. curiosidade (ou a
V. memória) e dado a entender porque re-escuto este belo álbum
tantas vezes.
P’rá semana abriremos outras “cortinas”...
EI, QUE XUNGA! 6ªS Feiras por Elisabete Soares
Olá meus queridos, estão bonzinhos?
A “tia” Elisabete esta semana foi buscar uma pérola de “meter medo
ao próprio susto”. Agora digam lá que eu não sou amiguinha?
(risos)
Vocês lembram-se de uns rapazes que obtiveram um enorme
sucesso nos anos 80, chamados Milli Vanilli?
Hummm… Não se lembram? Então e se eu vos disser, que até ao
momento em que se descobriu que, afinal quem cantava as músicas
era o jardineiro da Câmara Municipal lá da zona, e os coros feitos
pela esposa do mesmo, D. Lisete Maria (risos), estes dois
“marmanjos” andavam em tudo quanto era Top, Bar, Discoteca ,
Cassete pirata e Carrinhos de choque de qualquer feira que se
prezasse?
Ahhhhh… assim já se recordam, não é? “Bós sois munto
engraçados” (risos).
Se não acreditam no que vos conto, apreciem o vídeo.
Primeiro os rapazes aparecem todos contentes a cantar e a dançar
como se aquilo fosse de verdade, mas nos “entretantos” surge uma
senhora saída de um autocarro, com ar de poucos amigos.
E quem é a senhora, perguntam vocês?
É a D. Lisete, moçoila que fez os coros e que após tanto trabalho
não tem direito a receber cachet (risos).
O que faz o xungoso dos Milli Vannily?
Corre atrás dela pela rua, agarrando-a pelo braço e tentando
convencer a pobre da moça que a Ama ( Girl you know it’s true… u-
u—u—i love you).
Mas pela cara, a "artista" não está nem para aí virada e caminha a
passos largos,como quem diz: “Oh meu, paga mas é o que deves ou
está o caldo entornado) (risos).
Ela ainda entra no táxi, mas resolve sair pela outra porta, não vá o
taxista cobrar algum balúrdio pela viagem, e quem iria pagar a
despesa depois? O Jardineiro, seu marido, que afinal é o homem
que canta na realidade, mas também não tem dinheiro,porque lhe
passaram um cheque sem fundos? (risos)
Oh Valha-me a Santa! Ninguém merece tal sorte na vida! (Risos)
Um vídeo cheio de sensualidade ( só a forma como dançam já deixa
qualquer pessoa boquiaberta com tanto talento junto) e com muitas
histórias para contar.
Façam o favor de puxar pela vossa imaginação, que a minha é
muito fértil e daqui a nada estamos com uma crónica de 3 horas e
um quarto (Risos).
De salientar que há uma parte do vídeo em que a D. Lisete acaba
por perdoar o… ups… desculpem, não era suposto contar!!
“Ei, que Xunga” mulher! Falas bem é quando estás calada (risos).
Uma boa Páscoa a todos e tenham cuidado com as amêndoas,
porque se o coelho resolve fugir com a galinha, este Natal não há
iogurtes para ninguém (gargalhadas).
Saudações Musicais
PLAY 6ªs Feiras por Paulo Terrão
“QUEM SENTE A MUSICA COM A ALMA NUNCA PERDE,PORQUE A COMPETIÇÃO NÃO
EXISTE”
Aquele meu processo estranho de escrever na hora não é tão complicado como isso, a
musica ajuda…
Aquele processo de compor uma letra para uma canção não é tão complicado como
isso, a musica ajuda…
Aquele processo de lembrar um momento não é tão complicado como isso, a musica
ajuda…
Todos nos lembramos de determinado tema quando ele é bom, quando ele teve
particular relevância em relação a alguma pessoa ou a algum momento.
Todos nos lembramos de um filme quando ele é bom, e nos transmitiu uma mensagem
que de alguma maneira ficou agrafada a nós.
Nada é tão complicado como parece, apenas nós complicamos.
E o que acontece quando deixamos de complicar e deixamos apenas fluir? As coisas
simplesmente acontecem com a magia e mistério de não se saber qual o “sabor” que
vamos provar, se vai ser doce ou amargo.
Vou entrar neste momento no tema (senão corro o risco de pensarem que o Paulo
Terrão hoje escreve um artigo sobre psicanálise, ou pior…culinária!)…
O filme “Cidade dos Anjos” faz parte dos melhores filmes de muita, muita gente,
aquele filme que ninguém se importa de rever, porque transmite uma mensagem
brutal de competição pela vida…O COMPETIR POR ALGUEM.
Mas o filme poderia ser como muitos outros, se não tivesse sido vestido com um dos
temas mais bonitos de sempre.
Digo isto com convicção, porque não se trata apenas da minha opinião, este tema É!
Esta letra É!
Esta interpretação É!
“Ser ou não ser, eis a questão”…por isso não coloquei adjectivos nas ultimas 3 frases.
Simplesmente…É!
Para mim um tema sempre teve uma dose extra de comprovação de qualidade quando
apenas necessita de um único instrumento musical e uma voz…sem mais extras.
Somente aí se sentem as letras e a qualidade das melodias.
Este tema é brilhantemente interpretado por esta senhora de nome difícil de
pronunciar (tropeço sempre no apelido).
A Sarah (vou trata-la assim, julgo que ela nem vai ler isto, nem se importaria, é
apenas o nome dela…) serve-se da musica e da letra, mas também serve a musica e a
letra com um estilo que transmite quase na perfeição o titulo da canção (ANGEL)…
Mas após ouvir durante anos a mesma versão, vezes sem conta, e mesmo ter cantado
o tema vezes sem conta, ele não cansa.
Mas no caso desta interpretação a que me refiro, surgiu um outro ANGEL, que fez
exactamente o que farão eventualmente os anjos, se é que existem ou não…entrou
por ali como um estranho, apenas para AJUDAR e DAR mais um pozinho mágico a uma
canção que de tantos pozinhos mágicos já poderia estar coberta de areia…brilhante.
O Carlos é um senhor da musica do mundo, e por todo o seu percurso sempre pensei
tratar-se de uma pessoa avessa à palavra COMPETIÇÃO…e assim, conforme os anos
foram passando, foi sempre dando um pouquinho do que sabe a muitas vozes que
apenas agradeciam o seu dom.
Certamente o Carlos conheceu este tema e gostou deste tema (afinal não estamos
todos errados em gostar tanto disto), e um dia sugeriu à Sarah um pequeno dueto,
sem qualquer ensaio, apenas um improviso…
E a Sarah experimentou a mesma canção que já interpretara mil vezes, mas desta vez
ousou “experimentar o sabor do desconhecido”, porque disso se trata um IMPROVISO.
Mesmo na nossa própria vida, há uma premissa essencial para se sentir em qualquer
momento o mistério do improviso…tem que se experimentar, ou pelo menos ousar
fazê-lo…
E começou então o mesmo tema de sempre, a Sarah cantando com um brilho no olhar
porque estava a ser acompanhada pelo Carlos, e o Carlos deixando-se levar com uma
humildade impressionante pelo carisma que ela empresta à canção.
O que mais me impressiona aqui é exactamente a AUSÊNCIA TOTAL DE
COMPETIÇÃO…nenhum dos dois poderia querer sobressair, porque não se tratava de
competir, apenas juntar dois estilos e deixar “fluir”.
E como fluiu bem…posso quase concluir que ficou um mini concerto de 4 anjos numa
canção chamada ANGEL (explico: Anjo Carlos, Anjo Sarah, Anjo Letra e Anjo
Musica)…iluminados por uma lua que aparece no cenário…
Se tentasse terminar com um banal “moral da história” teria que me alongar bastante
pois os termos COMPETIÇÃO,CUMPLICIDADE e OUSADIA não me iriam deixar parar de
escrever, deixo-vos apenas uma ideia que a letra da musica transmite, e que os dois
anjos a transmitem na perfeição, e que o filme transmitiu também:
A competição é ruim quando não é saudável, a humildade é sempre essencial, a
coragem e ousadia de experimentar o desconhecido é uma tarefa dificílima, mas quem
nunca pensa ou ousa, jamais experimentará o “sabor”.
A Sarah e o Carlos ousaram e experimentaram…e saiu assim…
Ousem sempre, não usem sempre, mas IMPROVISEM sempre! Dá resultado!
Um bom fim de semana e deliciem-se com o doce que estes dois anjos fizeram: SABE
BEM!
MAIORES de 18 6ªs Feiras por Liliana Amaral
Hoje falo vos de um filme que apesar de ser de 1959 e de certa forma
não se encaixar dentro das datas tratadas pelo JACKPOT é um
obrigatório, mais ainda em Semana Santa!
Ben-Hur – 1959
Em Jerusalém, no início do século I vive Judah Ben-Hur, um rico mercador judeu.
Com o regresso de Messala, um amigo de juventude que agora é o chefe das
legiões romanas na cidade, surge um desentendimento devido a visões políticas
divergentes e faz com que Messala condene Ben-Hur a uma vida de escravo
num navio romano, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo. Mas Ben-Hur
terá uma oportunidade de vingança.
Realizado por William Wyler, conta com Charlton Heston no papel principal e
Stephen Boyd como Messala.
Oito mil figurantes, mais de trezentas peças de cenário e cem mil de figurino
foram utilizados no filme.
A banda sonora do húngaro Miklos Rozsa e a fotografia de Robert Surtees
fizeram o resto.
Arrecadou 11 dos 12 Óscares para que estava nomeado.
- Melhor Filme
- Melhor Realizador
-Melhor Actor Principal
- Melhor Actor Secundário
- Melhor Direcção de Arte
- Melhor Fotografia
- Melhor Guarda Roupa
- Melhores Efeitos Especiais
- Melhor Montagem
-Melhor Banda Sonora
- Melhor Som
Incrível, não? Mas há mais...
Globo de Ouro para:
- Melhor Filme
- Melhor Realizador
- Melhor Actor Secundário
- Melhor Actor
E ainda...
Um Bafta para melhor filme, melhor filme estrangeiro em Itália e ainda um
Grammy pela Melhor Banda Sonora.
Astros recusaram o papel principal. Hoje em dia, parece impossível imaginar
outro actor com o rosto de Ben-Hur, mas a MGM ofereceu o papel a Paul
Newman, Burt Lancaster e Rock Hudson.
Todos rejeitaram a oferta. Newman porque não conseguia imaginar-se numa
túnica, Lancaster porque era ateu e não queria ajudar a promover a Cristandade
e Hudson quase aceitou, até que o seu agente lhe chamou a atenção ao
subtexto homossexual na relação entre Ben-Hur e Messala, o que poderia pôr
sua carreira em risco.
O filme acabaria por salvar os estúdios da Metro-Goldwyn-Mayer do seu
encerramento.
Let´s look at a trailer... e como diria o meu “compincha cinéfilo Lauro Dérmio:
“Olueis uache gude mubes” (aconselha se a leitura exactamente como está
escrito)
BOLA de ESPELHOS 6ªs Feiras por Nuno Costa
Com o hit "Sadeness" Enigma trouxe o fascínio da nova era
com cantos gregorianos para os principais clubes. O resto
do álbum seguido o mesmo padrão com êxito, embora sem
grande sucesso como o primeiro hit. O seu segundo álbum
foi criado em 1994, Cross of Changes, com os mesmos
elementos do velho mundo, mas a nova era dançável veio
para a ficar, dance-pop. Enigma 3: Le Roi Est Mort, Vive le
Roi, em 1996. Um projeto paralelo, Trance Atlantic
Airwaves, emitido a energia do som dos anos de 1998.
Embora se pense que Enigma seja um grupo musical, na
verdade é um projeto musical idealizado pelo músico
romeno, radicado na Alemanha, Michael Cretu; o projeto
tem, segundo o próprio idealizador, o intuito de trazer
novos tipos de músicas no cenário musical atual.
Criado em dezembro de 1990, seu primeiro hit foi Sadness
Part 1, muito conhecido por usar Cantos Gregorianos na
mixagem da música; desde então o projeto ficou
mundialmente conhecido.
Outros colaboradores ao projeto foram Sandra Cretu, sua
esposa, que frequentemente, assim como Michael,
empresta sua voz para algumas músicas; ainda no grupo de
colaboradores pode-se citar David Fairstein e Peterson
Frank.
Assim como muitos artistas do gênero New Age, suas
músicas são comumente usadas em matérias de jornais,
documentários, filmes e comerciais, sendo muito comum as
pessoas conhecerem a música, mas nunca o projeto
Enigma.
Álbums
* 1990 - MCMXC a.D.
* 1993 - The Cross of Changes
* 1997 - Le Roi Est Mort, Vive Le Roi!
* 2000 - The Screen Behind the Mirror
* 2003 - Voyageur
* 2006 - A Posteriori
* 2008 - Seven Lives Many Faces
…LEMBRAM-SE, OU NEM POR ISSO?! Sábados por Jorge Silveira
Existia na Avenida dos Aliados no Porto um mundo que adoçava a
boca e alimentava o ego de quem por lá passava e entrava, ou
somente contemplava as suas vitrinas.
Fazendo utilização do ambiente social que por essas bandas em 1933
a alta esfera burguesa da sociedade Portuense emprestava ao local, então
denominado Praça da Liberdade, cria então o seu fundador, o Sr. Manuel
Pereira Bastos, a confeitaria da Arcádia. Desde então e até aos nossos
dias, é uma casa de referência no fabrico de chocolate e na arte de o saber
fazer.
O cacau, base do chocolate, é minuciosamente escolhido e encomendado
a empresas belgas e proveniente de São Tomé, Guiné, Madagáscar, entre
outros países produtores. De fabrico artesanal, com 10 pessoas a laborar
na fábrica ainda hoje situada na Rua do Almada, a confecção da Arcádia
consegue ao longo dos seus extensos anos de idade surpreender pela sua
brilhante e inalterável qualidade.
São produtos naturais e artesanais de altíssima qualidade que variam
entre o rotineiro e a inovação. Empresa familiar, a neta do seu fundador e
actual administradora, Margarida Bastos, quando fala de chocolate e dos
produtos da Arcádia consegue facilmente transmitir a paixão que a liga a
este negócio.
A confeitaria original fechou as suas portas há já alguns anos, mantendo a
fábrica que em certos dias perfuma a Rua do Almada com um cheiro
adocicado. Contudo, de há algum tempo a esta data abriram vários
espaços pela cidade e pelo País, apresentando produtos inovadores e
entre eles uns perfeitos bombons de vinho do Porto e demonstrando que
existe nesta casa um verdadeiro sentido de coesão entre o tradicional e o
modernismo, ambos perfeitamente enquadrados numa linha de sucesso.
Contudo a sua fama não acaba no fabrico dos deliciosos bombons de
chocolate. A Arcádia é também conhecida pelas clássicas línguas-de-gato,
amêndoas e uns divinais bombons com recheio de licor, ou de chocolate
belga com Whiskey Escocês.
Ainda hoje, em visitas ao Porto, as lojas da Arcádia são local privilegiado e
de passagem de viajantes. Contam-se algumas histórias verdadeiras de
gentes do Sul que propositadamente se deslocaram ao Porto, anos idos,
na busca do chocolate da Arcádia.
É uma casa que faz parte da história da cidade, um negócio de sucesso e
de qualidade que ao longo dos seus 78 anos de existência é só mais uma
malha de referência sobre aquilo que por cá se faz de muitíssimo bom.
Espero ter-vos deixado, no mínimo, com água na boca e digo-vos, como
entendido nesta matéria, que os chocolates da Arcádia são por
excelência…
… dos verdadeiros chocolates!
HEIDI Sábados por Alexandra Borges
"Moedinha nº 1"
Em 91 estreia em Portugal o programa da Walt Disney “Clube Disney”
direcionado para o público infanto-juvenil, com formato didático e
divertido onde havia entrevistas a convidados musicais entre outros,
eram apresentadas varias localidades do nosso país (museus e
curiosidades) e nos levavam a fazer viagens encantadoras à Disney e a
verdade, verdadinha é que ninguém me conseguia tirar da frente da TV.
Este programa era constituído só por desenhos animados da Disney (Tico
e o Teco, a Padilha do Pateta, o Ducktales, etc.), eu admito que sou
muito suspeita porque ainda hoje sou fã de desenhos animados e
especialmente dos da Disney e sempre adorei o Tio Patinhas e sua
avareza, os irmãos metralhas, Pateta… Mas bem antes de aparecerem na
televisão, já eu os acompanhava nas suas aventuras aos quadradinhos.
Não tenho a certeza mas acho que foi com estes livros de quadradinhos
que iniciou a minha paixão pela leitura (risos) apesar de primeiro ver os
desenhos e só depois ler as “legendas”.
Um dos meus passatempos preferidos quando media menos de 1m30 (já
lá vão muitos anos) resumia-se a uns lápis, folhas brancas e um livro de
quadradinhos, era escolhido no meio de uma discussão um desenho e
quando chegássemos a um acordo (que não era fácil) ou o meu irmão
decidisse escolher sem nos dar outra hipótese entravamos em
competição a ver quem desenhava melhor e mais parecido ao modelo
original.
Bem escusado será dizer que eu ficava sempre em ultimo lugar e que o
meu desenho ficava a “milhas” de se saber o que era e de ser parecido
com o original mas não desistia e obrigava-os a esperar ate eu acabar a
minha obra de arte em forma de vários sarrabiscos em que por vezes o
Pateta saía vesgo ou o “bico” do Patinhas parecia mais de papagaio do
que de pato (risos).
Fui uma privilegiada e tenho de agradecer aos meus irmãos esses
concursos familiares de desenho porque hoje eu consigo desenhar o
Mickey e toda a gente sabe que é ele a mais que não seja pelas orelhas
(risos).
O desenho animado que trago hoje é mesmo o Tio Patinhas, sempre me
fascinou aquela moeda nº 1 que ele não largava e tinha sempre a Maga
Patalójika “à perna”, pronta para a roubar. Aquela fantástica caixa forte
que era cobiçada e ameaçada pelos irmãos metralhas, bem admito que
com a crise até eu assaltava a caixa forte e que jeito cá dava (risos) ou
pelo menos mergulhar naquela piscina que em vez de água era só notas
e moedas.
Digam lá também não se importavam de um mergulhito e já agora com
uma mala de viagem para guardar algum?
O Tio Patinhas “nasceu” em 1947 em quadradinhos pelo cartoonista Carl
Barks inventor de Patópolis e uma parte de seus habitantes (os
Metralhas, Gastão, Maga Patalójika e o Professor Pardal) baseado nos
quadradinhos foi produzido em desenhos animados entre 1987 e 1990
sendo a serie com mais episódios no seu total 100 fez com que fosse
considerada a mais famosa. Após o fim da série foi lançada em longa-
metragem com “Patoaventuras e o Tesouro da Lâmpada Perdida”.
Para recordar partilho convosco a 1ª parte do 1º episódio do Pato
Aventuras “Não abandonem o Barco” onde podem rever o Tio Patinhas, o
Pato Donald, os sobrinhos (Huguinho, Zezinho e Luisinho), os irmãos
metralhas entre outros … É sempre bom recordar…
Esteja a vida a correr bem mal ou menos bem e como nem sempre
podemos “abandonar o barco” o que nos resta é viver da melhor maneira
que conseguirmos e sentir-nos felizes.
Votos de um excelente Sábado e uma Boa Pascoa!
BOLA DE TRAPOS Sábados por Paulo Nogueira
Esta semana, vamos falar de um grande senhor do futebol Português,
Eusébio da Siva Ferreira, ou simplesmente: O PANTERA NEGRA.
Nascido em Lourenço Marques, em Moçambique, onde começou a sua
carreira no Sporting local, mas em 1960,o SL Benfica contrata o jogador,
e foi nesse clube que Eusébio despertou para o mundo, num total de 15
épocas jogadas e depois de 614 jogos.
Eusébio marcou 638 golos de Aguia ao peito...um recorde absoluto, ainda
nos dias de hoje. Pela seleção nacional, foi o melhor jogador e melhor
marcador, com 9 tentos, no Campeonato do Mundo de 66.
A sua carreira futebolística ainda o levou ao México, Canada e Estados
Unidos da América, onde terminou a carreira no "Buffalo Stallions".
Ainda no Benfica, Eusébio ganhou uma Bola de Ouro, e foi bola de prata
em mais dois anos, ganhou 11 títulos de campeão nacional, 5 tacas de
Portugal, 1 taca dos Campeões Europeus e foi o melhor marcador da
competição por 3 vezes. Hoje em dia Eusébio um Embaixador do futebol
nacional e figura de proa do SL Benfica.
Uma verdadeira lenda viva do nosso Futebol.
DIAS de NAMORO 3ªs, 5ªs e Sábados por Kiko
"Moinho de Vento"
O "Moinho de Vento" (para que não hajam confusões) era um
parque de campismo situado na Madalena (Gaia) mais conhecido
por ser uma espécie de discoteca ao ar livre do que propriamente
pelo que a sua licença lhe destinava.
Nos meses das férias grandes, não havia fim de semana em que
aquele espaço bizarro (com duas grandes colunas de som e sem
luzes psicadélicas, que me lembre) esgotasse a sua lotação.
Sem cartão de consumo (o que era isso?) e com gente a "magotes"
vinda dos outros parques (inclusive de outras freguesias), este era o
espaço ideal para se ver e se ser visto enquanto se dançava o "Tarzan
Boy", o "Comanchero" e o "Life is Life", entre outras pérolas desses
meados dos anos 80.
Na verdade, o mote desta "discoteca" ao ar livre (que ocupava o hall de
entrada do parque de campismo) era, na versão masculina (só me posso
pronunciar sobre essa!), um "point" onde, com sorte, se conquistaria
companhia bronzeada para se ir "ver o barco" (ver o barco, sem grandes
rodeios, por causa de um tal "Regin" - barco que afundou com 2500
carros, era ir acompanhado até ao areal para "dar uns beijos").
Era um espectáculo! E aqueles fins de semana deixavam saudades de ano
para ano, de férias para férias, havendo mesmo quem só se voltavam a
reencontrar no "Moinho de Vento", já que, ao contrário dos dias de hoje,
na altura, a mobilidade não era tão... tão... tão fácil. (ia-se até onde nos
levavam os calcantes ou os autocarros, e bem bom!)
A parte mais chata e irritante daquele "Moinho de Vento" era a hora a que
encerrava. À meia-noite, fizesse chuva ou sol, tratavam de correr com
todos, principalmente os que não tinham tenda no parque. E isso
incomodava especialmente os que estavam quase a "pescar" alguém, e
principalmente ao sábado, quando se percebia que, muito provavelmente,
só se voltariam a fazer "olhinhos" àquela e à outra na semana seguinte. Lá
tinha que ser!
A parte pior era aquela em que se ficava perdidamente apaixonado por
uma "chavala" e que, por vergonha ou infortúnio (traduzindo - namorado
da pretendida), naquela noite, saía-se a "seco", levando-nos a passar toda
a semana a ansiar pela 6ª Feira e a rezar para que "ela" lá voltasse, caso
não nos tivesse surgido uma outra paixão no entretanto.
O "Moinho de Vento", ao longo daquela boa década, ficou com inúmeras
histórias para contar. Muitos namoros começaram lá, sendo que alguns
deram em casamento, e muitas curtes do passado nasceram entre uma ou
outra música do DJ que, na verdade, nunca soube quem era, nem tão
pouco se existia. Poderia não ser bom, mas era o melhor dali e das
redondezas. E é a ele que dedico esta crónica, já que nunca tive a
oportunidade de lhe agradecer os momentos fantásticos que me
proporcionou, quer na fantasia, quer na realidade.
Por isso, hoje, em jeito de agradecimento, dedico-lhe isto... (carreguem no
"play" e... viajem no tempo) (Yazoo - "Don't go)
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