líquido cefalorraquidiano (lcr)
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MENINGITE
• As meninges são membranas que envolvem o cérebro e a
medula espinhal. A inflamação dessas membranas é a
meningite
• Bactérias, vírus e fungos, quando atingem as meninges,
causam a inflamação que pode se espalhar por todo o
sistema nervoso central
MENINGITE BACTERIANA
• Os três tipos de meningites bacterianas mais comuns são
causadas pelas bactérias meningococos, pneumococos e
Haemophylus
• Das três a meningocócica é a mais facilmente
transmissível pela via respiratória e também a mais
terrível por ter a evolução do quadro clínico mais rápida
• Já a pneumocócica e a Haemophylus acontecem com
menos freqüência, pois as vacinas existentes são bastante
eficazes na prevenção desses dois tipos
SINTOMAS
• Os sintomas dos três tipos de meningite são parecidos. O
que vai diferenciar um do outro é a intensidade e a
rapidez com que o quadro clínico evolui
• Sinais sistêmicos de infecção
• Febre alta, vômitos, dor na cabeça e no pescoço, mal-
estar e dificuldade de encostar o queixo no peito
• As bactérias podem ser vistas em um esfregaço ou na
cultura
• Se não tratada a meningite bacteriana pode ser fatal
DIAGNÓSTICO
• Punção Lombar
• Características do LCR: turvo, purulento, com pressão aumentada, com até 90.000 neutrófilos/mm3 , nível de proteínas aumentados e conteúdo de glicose marcantemente reduzido
• Tratamento: antibióticos administrado por via endovenosa
MENINGITE VIRAL
• Infecção causada por vírus que atinge as meninges
• São mais comuns do que as bacterianas
• A meningite viral é uma doença que cursa com febre,
mal estar, dores pelo corpo, cansaço e fraqueza. São
muito freqüentes náuseas e vômitos
• Na meningite viral o tratamento deve ser de suporte, ou
seja, deve-se dar medicamentos para a dor, para melhora
dos vômitos e hidratação, mas não existe um tratamento
específico
MENINGITE FÚNGICA
• Meningite fúngica é rara e geralmente o resultado da
propagação de um fungo através do sangue para a
medula espinhal
• Meningite fúngica não é contagiosa, o que significa que
não é transmitida a partir de uma pessoa para outra
• Pessoas imunossuprimidas AIDS
LCR
• Fornece nutrientes para o tecido nervoso; produz uma
barreira mecânica de atenuação do cérebro e da medula
espinhal contra traumas
• O cérebro e a medula espinhal são forrados com as
meninges, que consiste em 3 camadas: dura-máter;
aracnóide e pia-máter
MENINGES
• O sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas
denominadas meninges que são classificadas como três:
dura-máter, aracnóide e pia-máter
• A aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem
um só folheto, são às vezes consideradas como uma só
formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-
máter que é mais espessa é conhecida como
paquimeninge
MENINGES
• O LCR é produzido nos plexos coróides dos dois
ventrículos lombares e no terceiro e no quarto ventriculos
• São produzidos 20mL de fluido por hora, que flui através
do espaço subaracnoideo localizado entre aracnoide e
pia-máter
COLETA E MANUSEIO
• É coletado por punção lombar entre a terceira, quarta ou
quinta vértebras lombares
• Procedimento simples- mas exige determinadas
precauções como: medir a pressão intracraniana e evitar
a introdução de infecção ou de danificar o tecido neural
• Volume removido: depende se for adulto ou neonato e na
pressão de abertura do LCR quando a agulha entra pela
primeira vez no espaço subaracnoídeo
• Pressão elevada, o fluido precisa ser retirado lentamente
com monitoramento da pressão
• A coleta é feita em 3 tubos estéreis que são rotulados em
1,2,3 na ordem em que são retirados
• Tubo1: utilizado para testes químicos e sorológicos
• Tubo2: destinado para análise microbiológica
• Tubo3: Utilizado para contagem celular
• Como há desconforto para o paciente e possiveis
complicações que podem ocorrer durante a coleta, o
pessoal do laboratório deve manusear cuidadosamente as
amostras de LCR
• Os testes são realizados em caráter de urgência, se isso
não for possível as amostras são mantidas da seguinte
maneira:
a) Hematologia: os tubos são refrigerados
b) Microbiologia: os tubos permanecem em temperatura
ambiente
c) Química e sorologia: os tubos são congelados
ASPECTO
• Aspecto inicial do LCR: cristalino límpido
• Terminologia utilizada para descrever o aspecto LCR
inclui cristalino límpido, ligeiramente turvo, leitoso,
xantocrômico e hemolisado/ sanguinolento
• Xantocromia- LCR rosa, laranja, amarelo
• Amostra ligeiramente turva, turva ou leitosa- aumento na
concentração das proteínas ou dos lipídios mas também
pode ser indicativo de infecção
• As amostras podem ser altamente contagiosas
PUNÇÕES TRAUMÁTICAS
• LCR sanguinolento – indicação de hemorragia
intracraniana ou punção de vaso sanguíneo durante a
punção lombar
• 3 exames VISUAIS das amostras podem determinar se o
sangue é de hemorragia ou punção traumática
a) Distribuição desigual do sangue
b) Formação de coágulos
c) Sobrenadante Xantocrômico
CONTAGEM DE CÉLULAS
• Contagem de leucócitos (GB)
• Qualquer contagem de células deve ser feita
imediatamente
• LCR adultos normais- 0 a 5 GB/uL
• LCR crianças normais- 30 células mononucleares
• Contagem feita na câmera de Neubauer
CONSTITUINTES CELULARES DO LCR
• As células encontradas no líquor normal são, principalmente
linfócitos e monócito
NEUTRÓFILOS
• Aumento de neutrófilos é observado em meningite
bacteriana e nas fases iniciais da meningite viral,
fúngica, tuberculosa e parasitária
• Os neutrófilos podem apresentar vacúolos
citoplasmáticos
• Neutrófilos associados a meningite bacteriana podem
conter bactérias fagocitadas
LINFÓCITOS E MONÓCITOS
• Mistura de linfócitos e monócitos é comum na meningite
viral, tuberculosa e fúngica
EOSINÓFILOS
• O aumento de esosinófilos é observado no LCR em
associação em infecções fúngicas
MACRÓFAGOS
• O objetivo de macrófagos no LCR é remover restos
celulares e corpos estranhos como os GV
• Aparecem dentro de 2 a 4 horas após os Gvs entrarem no
LCR
• Achados de macrófagos é indicativo de hemorragia
anterior
TESTES QUÍMICOS
• Como o LCR é formado por filtração do plasma, seria de
se esperar que as mesmas substâncias do plasma fossem
encontradas no LCR
• Mas a composição química é controlada pela barreira
hematoencefálica
• Então os valores normais para as substâncias no LCR
não são os mesmos que os do plasma
• Valores anormais resultam de alterações na
permeabilidade da barreira hematoencefálica ou do
aumento da produção ou pelo metabolismo de células
neurais, em resposta a uma resposta patológica
PROTEÍNAS NO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
• O LCR contém pequena quantidade de proteínas
• Valores normais para proteínas totais: 15 a 45 mg/dL
• Valores mais elevados em crianças e idosos
• São as mesmas proteínas do plasma (Pré-albumina,
Albumina, Cerulosplamina, Transferrina, IGG, IGA
• A albumina é a maior ppt do LCR
• Pré-albumina é a segunda fração mais prevalente no
LCR
SIGNIFICADO DOS VALORES AUMENTADOS DE
PROTEÍNA • Proteínas elevadas são encontradas em condições
patológica
• Valores anormalmente baixos está relacionado quando há perda de fluido do SNC
• Causas de aumento: danos à barreira hematoencefálica, produção de imunoglobulinas no SNC, degeneração do tecido neural
Meningite e hemorragia que causam danos à barreira hematoencefálica são as causas mais comuns de elevação das proteínas no LCR
Técnicas para dosagem de ppt: produção de turvação (nefelometria) ou a capacidade de ligação a corantes
GLICOSE NO LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO
• A glicose entra no LCR por transporte seletivo em toda a
barreira hematoencefálica, o que resulta em um valor
normal de 60 a 70% da glicose plasmática
• Se a glicose plasmática é de 100mg/dL, a glicose no
LCR normal será de aproximadamente 65 mg/dL
• Faz teste de glicemia para comparação
SIGNIFICADO DOS VALORES
• Valores elevados de glicose no LCR são sempre resultado de elevação no plasma
• Valor baixo é muito importante para determinar os agentes causadores da meningite
• Diminuição acentuada de glicose, aumento de GB e com grande percentual de neutrófilos, é indicativo de meningite bacteriana
• Se os GBs são linfócitos no lugar de neutrófilos a suspeita é de meningite tuberculosa
• Se valor normal de glicose é encontrado no LCR com aumento do número de linfócitos , o diagnóstico favorece a meningite viral
• A diminuição dos valores de glicose no LCR: alterações
nos mecanismos de glicose através da barreira
hematoencefálica e pela maior utilização pelas células
cerebrais e pelas bactérias
LACTATO NO LCR
• Determinação de lactato – preciosa ajuda no diagnóstico
e tratamento de casos de meningite
• Meningite bacteriana, tuberculosa, e fúngica a elevação
do lactato ocorre acima de 25mg/dL ocorre muito mais
consistentemente do que a redução de glicose
• Meningite bacteriana lactato superior a 35mg/dL;
meningite viral: lactato abaixo de 25mg/dL
• Níveis de lactato no LCR caem rapidamente quando o
tratamento é bem sucedido – avalia a eficácia da terapia
antibiótica
GLUTAMINA NO LCR
• Glutamina é produzida através de amônia e alfa-
cetoglutarato pelas células cerebrais
• Remover resíduos de amônia que são tóxicos ao SNC
• Concentração normal de glutamina no LCR é de 8 a
18mg/dL
• Níveis elevados são encontrados em associação com
disfunção hepática que resulte de aumento de amônia no
sangue e no líquor
• Aumento da síntese de glutamina é provocado pelo
excesso de amônia no SNC
TESTE SOROLÓGICO
• Detectar sífilis ativa no LCR
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