meu bairro zona sul - julho
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SUPL
EMEN
TOEX
CLUS
IVO
DOJO
RNAL
ACI
DADE
ZONA SULZONA SUL
MEUBAIRRO
MOVIDA A DESAFIOSMARIANA É A PRIMEIRA PARACICLISTA DE RIBEIRÃO.
VOCÊ ACHA QUE ELA QUER PARAR POR AÍ?
MINHAHISTÓRIA
MEUORGULHO
MINHABRONCA
MAYSA E A ARTE DEEMOCIONAR PELA ARTE
AMILTON ADOTOUPRAÇA NO IRAJÁ
TERRENOS ABANDONADOSVIRAM PROBLEMA CRÔNICO
A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016no
MATHEUS URENHA / A CIDADE
2 A CIDADE SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
Esses ribeirão-pretanosgeniais e suas artes fantásticas
Esta edição do A Cidade no Meu Bairro, sobre a zona Sul deRibeirão Preto, reúne alguns exemplos maravilhosos do melhor do serhumano. A matéria de capa fala de uma menina de 22 anos, com umsorriso de encantar, que superou a terrível realidade da falta plena demobilidade para se tornar a primeira paraciclista da equipe de ciclismo deRibeirão Preto. Ela se chama Mariana Garcia.
Outro exemplo vem do Jardim Irajá, um dos bairros mais charmososda zona Sul.Vendo o definhar de uma praça, pelo abandono e descaso,ele resolveu adotá-la e cuidar dela. O seu nome é Amilton.
Também temos Maysa, uma artista plástica para quem a arte é algoque deve estar acessível para todos e, acima de tudo, deve ser sentida.Temos, ainda, Plínio, com uma receita do outro mundo de bacalhau.
Por isso, neste comecinho de férias, divirta-se e inspire-se com estesribeirão-pretanos geniais e suas artes fantásticas. Boa leitura.
NOSSA OPINIÃO
tá bomPEDALADASCom cinco anos de existência, a Ciclofaixa é um per-
curso de 6km de extensão que une os parques Curupirae Luiz Carlos Raya, passando pela avenida Maurílio Biagi.Acontece aos domingos das 7h às 13h.
tá ruim
ONDE ESTOU?No Jardim Irajá a dificuldade é a falta de placas
indicando o nome de ruas e avenidas. O problema podeaté parecer pequeno, mas dificulta o trânsito, a vida dequem não é do bairro e até dos carteiros.
F.L.PITON/ACIDADE
WEBERSIAN/ACIDADE
EDIÇÃOJosé Manuel Lourenço
e Angelo Davanço
REPORTAGEMJessica Ribeiro (colaboração)
EDITOR DE ARTEDaniel Torrieri
EDIÇÃO DE FOTOGRAFIAMariana Martins
TRATAMENTO DE IMAGENSFrancielly Flamarini
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOAntonio Carlos Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira FilhoAndré Coutinho Nogueira
José Bonifácio Coutinho Nogueira NetoMarcos Frateschi
Fernando Corrêa da Silva
GERENTE DE PUBLICIDADEMarco Vallim
marco.vallim@jornalacidade.com.br
DEPARTAMENTO COMERCIALcomercial@jornalacidade.com.br
TELEFONE (16) 3977-2172
REDAÇÃORua Javari, 3099, Ipiranga
Fone (16) 3977-2175CEP 14060-640 - Ribeirão Preto (SP)
JORNAL DO GRUPO
A CIDADE DESDE 1905 MEUBAIRROA CIDADE no
DIRETOR DE JORNAISE MÍDIAS DIGITAIS
Josué Suzuki
EDITOR-CHEFEThiago Roque
ZONA SULNESTA EDIÇÃO
ZONA NORTEPRÓXIMA EDIÇÃO
3A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
DESISTIR? PARA ELA
NÃO EXISTE!!!ESSA PALAVRA
Quanto tinha 15 anos, a vida de Mariana Garcia mudouda noite para o dia. Em uma tarde de domingo, em 2009, elaestava na garupa de uma moto quando caiu e acabou porlesionar a coluna. No momento do acidente, a jovem, hojecom 22 anos, desmaiou e lembra-se apenas de alguns poucosmomentos. “Eu estava no chão e a enfermeira perguntou se eusentia minhas pernas. Eu realmente não sentia, mas naquelahora acreditava que pudesse ser efeito do impacto”, conta.
Mariana ficou internada durante 22 dias e, nos seis mesesseguintes, não perdeu a esperança de voltar a andar. “Quandoacordei, os médicos me explicaram que havia a possibilidadede reverter a lesão durante esse período, quando passasse ochoque medular, pensei que iria me recuperar”.
A gravidade do acidente não permitiu a sua recuperação.No entanto, encontrou forças para superar as adversidades e,hoje, é a primeira paraciclista da equipe de ciclismo de RibeirãoPreto. Conheça a sua história na próxima página.
minhahistória Mariana, entrea pedagogia eo paraciclismoJovem perdeu a sensibilidade emovimento nas pernas há 7 anos
MASTRANGELO REINO / A CIDADE
riberfestas@riberfestas.com.br / www.riberfestas.com.br
Av. Antonio e Helena Zerrenner, 555 - Ribeirão Preto - SPTelefone: 3633 1868 - 3633 3629
ARTIGOS PARA FESTASEMBALAGENS E DESCARTÁVEIS
Linha completa para festas:Doces, Chocolates, Artigos para cestas
MELHOR PREÇO DA REGIÃOATENDIMENTO PERSONALIZADO
FÁCIL ESTACIONAMENTO
CURSOS
VARIADOS
ATACADO
E VAREJO
4 A CIDADE SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
SERÃO ASPARAASALIMPÍADAS
PRÓXIMO
DESAFIO
Logo depois do acidente, em 2009,Mariana Garcia começou a fazer fisioterapia eagradecer a cada pequena vitória. “Demorouuns três meses para eu voltar a mexer o braço.A partir daí, comecei a me dedicar de verdadeà fisioterapia”.
Mariana nunca foi das mais fãs de esporte,gostava mesmo era das aulas de axé na acade-mia e musculação. “Só depois de um ano emeio na fisioterapia é que incluí o esporte nomeu dia a dia. Comecei a fazer natação e logoentrei em jogos e competições”.
Inquieta, ela não parou por aí. Descobriu,por meio das redes sociais, a handbike e nãosossegou até experimentar. “Queria testar eum amigo que havia ficado no hospital comigoacabou me ajudando a entrar na equipe deciclismo de Pirassununga”, conta.
Hoje, a jovem integra a equipe de Ribei-rão Preto. Na verdade é a única paraciclistada turma. “Gostei muito mais da bike, estoumuito mais feliz agora, principalmente porestar competindo pela minha cidade”. Gratapela oportunidade, ela ainda rasga elogios àequipe. “Fui muito bem recebida.Acho muitolegal eles estarem me incluindo e dando tantosuporte”.
RECOMEÇOEsporte para ela é sinônimo de recomeço,
de uma oportunidade diferente para ocuparos dias e se comprometer com algo novo. “Oesporte me ajudou muito, eu não sei quem ou
o que eu seria sem isso. Sinto que a chegadada natação, da bicicleta, me trouxeram novasperspectivas”.
Mariana nunca viu nas adversidadesmotivo para desistir da vida que sempresonhou. Quando o acidente aconteceu a jovemainda estava no Ensino Médio. Naquela épocaprecisou se afastar das salas de aula. Ficouum ano parada por conta da fisioterapia, masem nenhum momento pensou em desistir.“Continuei estudando, resolvi fazer faculdadede Pedagogia e acabei de formar agora emmarço”, conta.
Ela ainda não sabe quando dará início acarreira como pedagoga. Por enquanto, o obje-tivo é o pódio, que, ela confessa, está gostandode alcançar. “O diploma é recente e agoraestou investindo bastante na minha carreiracomo atleta. Meu objetivo é conquistar maispódios”.
Satisfeita com os resultados que temalcançado, a menina fala sobre o progressodiário na própria carreira. “Consigo perceber aminha evolução. Na última competição em queestive, peguei bronze nas provas ‘contra o reló-gio’ e ‘resistência’, por exemplo”. E feliz, avisa,está se preparando para competições maiores,quem sabe, num futuro próximo, as Paralim-píadas? “Acho que estou indo bem, tenhomelhorado diariamente, esforço aqui não falta.Estou treinando para alcançar um espaço nosjogos de 2020, seria muito legal representar oBrasil”, finaliza.
minhahistória
Prática doesporte foi
o recomeçoSessões de fisioterapia, após o
acidente, foram o ponto de partidapara a descoberta do esporte
MATHEUS URENHA / A CIDADE
5A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
zoomzonasulCENAS URBANAS
Tem casarão, cachorro tomando vento e uma lembrança dolorosa; a seguir,veja alguns momentos da zona Sul, flagrados pelo fotógrafo FL Piton.
frescoTá quente? A solução é colocar o focinhão para foraa
ddo carro e aproveitar o tempo mais tranquilo do inverno.
memóriaEm junho de 2013, a cidade assistiu, atordoada, ao
bbárbaro atropelamento de um estudante.
ellllegâââânciiiiaPalacet
geg
sg
não faltam na história de Ribeirão Preto. No JardimCanadá, descobrimos esta reinterpretação do passado da cidade.
FOTOS F.L.PITON / A CIDADE
6 A CIDADE SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
No Jardim Irajá,praça é xodó doSeu AmiltonRepresentante comercial chegou ao bairro há 37anos e ‘adotou’ a praça há cerca de seis anos
No encontro das ruas do Professor,Abrãao Caixe e Thomaz Nogueira Gaia,um pequeno ‘paraíso particular’ é pontode descanso e encontro para moradoresdo Jardim Irajá. Pela praça é possívelencontrar com frequência o representan-te comercial Amilton Nunes Ribeiro, de65 anos. Ele ‘adotou’ o lugar em 2010e, desde então, planta árvores, cuidada grama e recolhe o lixo do local, pelomenos duas vezes por semana.
Ele chegou à rua do Professor há 37anos, quando ainda não havia asfalto etodo entorno era composto por imensosterrenos vazios, aguardando o momentoem que a ‘cidade grande’ chegasse atélá. Pouco a pouco, ele viu o progressose aproximar, aumentar a frequência deveículos nas ruas, prédios serem erguidose o comércio se aproximar.
A família, de origem simples, veio deDracena (SP) em 1962 tentar uma vidadiferente no município, aqui se instalou ecriou raízes. “Vim para Ribeirão com 12anos. Chegamos em 1962, eu, meus paise meu irmão. Estou aqui desde muitonovo, então adotei a cidade como meuberço”.
O pai era quem saía de casa parasustentar a casa. “Inicialmente, fui traba-lhar com meu pai na feira”, conta. Mas
pouco depois a família sofreu um grandegolpe: em 1965 o pai faleceu e Amiltonassumiu a responsabilidade pela mãe eo irmão. “Tive que me virar, fui trabalharnuma indústria de calçados, depois fuipara o comércio e terminei propagandistano ramo farmacêutico, onde fiquei por 20anos”.
Do trabalho com vendas veio odinheiro para comprar um pedacinhode terra na zona Sul da cidade – nãotão valorizada naquela época –, logoapós o casamento. “Casei com 26, fuijuntando um dinheirinho e ‘ganhei naloteria’ comprando o terreno”. Por lá, eleencontrou tranquilidade e afirma que sairdo Irajá não é e nunca foi opção para ocasal. “Moro aqui desde 1979, quandoeu e minha esposa chegamos. Não tinhanada, veio progresso e nós continuamosaqui”. A praça surgiu oficialmente no bairro
há cerca de seis anos, quando um centrode compras e uma concessionária deveículos decidiram ‘adotar’ o terreno.“Foi uma ação em comum acordo coma prefeitura. Eles plantaram, fizerama praça, mas a prefeitura não fez aparte dela”, explica. Segundo Amilton,o combinado era que a administraçãopública cuidasse da manutenção da área,o que não aconteceu. “Nós vimos que as
coisas iam morrer, então um amigo e eucomeçamos a regar as plantas, catar olixo, tentar organizar de alguma forma”.Ele lembra que aquela foi uma época deseca. “Foram cinco meses sem chuva,então compramos extensor, tripa parairrigação. Duas ou três vezes por semanapassamos a catar a sujeira”.
Praça é um terreno que foi ‘adotado’
meuorgulho
EXEMPLOO AMOR E DEDICAÇÃO DE AMILTON
RIBEIRO À PRAÇA JÁ VIROU UMA
REFERÊNCIA NO JARDIM IRAJÁ.
WEBER SIAN / A CIDADE
fHÁ POUCO MAIS DE SEIS ANOS, O REPRESENTANTE COMERCIAL AMILTON NUNES RIBEIROARREGAÇOU AS MANGAS (LITERALMENTE) E COMEÇOU A PLANTAR ÁRVORES E LIMPAR APRAÇA. HOJE, O SEU TRABALHO É RECONHECIDO PELOS MORADORES DO IRAJÁ.
7A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
A melhoria do espaço urbano passapela transformação do próprio morador eda sua percepção sobre a cidade. Foi essa aconclusão a qual chegaram os pesquisadoresdo IPCCIC – Instituto Paulista de CidadesCriativas e Identidades Culturais.Ao aplicaruma pesquisa junto a um grupo de mora-dores sobre o que faltava na relação entre ocidadão e a cidade, a resposta mais recorren-te foi AMOR.
Ao analisar esse resultado, concluímosque isso significa a falta de AÇÃO. Do ato demover-se em relação a um objetivo comum,voltado para a qualidade de vida do grupo.Nesse processo, abandonamos o individu-alismo, que nos torna usuários do espaçourbano, e nos dedicamos à COCRIAÇÃO dolugar em que vivemos, transformando-nos emuma COMUNIDADE.
AO FINAL, TUDO ISSO RESULTARÁ,
A PARTIR DA AÇÃO DE CADA UM,
EM UMA CIDADE-HUMANA.
Morador é peça fundamentalna melhoria da comunidade
Lilian Rodrigues de Oliveira RosaPresidente IPCCIC (Instituto Paulista deCidades Criativas e Identidades Culturais)
RELIGARPense como um cidadão
planetário e reintegre-se aomeio ambiente. Tome ações
dentro de casa que resultem emvida sustentável: economize
água e energia, recicle,reutilize e repense seu
modo de consum
ENVOLVERParta do princípio que
a cidade, antes de tudo, écomposta por seres humanos,com os quais, precisamos nos
Por isso, fortaleça suasde pertencimento com aonhecendo sua história,ersidade cultural e as
cessidades da suacomunidade.
m
importar.relações d
ade, coua dive
nec
cidasu
AMOR>
AÇÃO
COCRIAÇÃO>
COMUNIDADE>
Comopodemos
fazer isso?
O
> C
EDUCARAproveite todas as
oportunidades paraenvolver outras pessoasem ações em prol da
comunidade e dedique umpouco de seu tempo
para o trabalhovoluntário.
e seumo;
ADE>
PARTICIPARAdote uma postura de
participação cidadã e políticaativa, transformando-se de
morador-usuário em cidadão-cocriador, ou seja, daquele quemantém apenas uma relaçãode uso com a cidade, para
uma relação detroca;
COMU PARTICIPAR
Adote uma postura departicipação cidadã e política
ativa, transformando-se demorador-usuário em cidadão-
cocriador, ou seja, daquele quemantém apenas uma relação
de uso com a cidade, parauma relação de
troca;
ANÁLISE
8 A CIDADE SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
PARA TODOS,SEM DISTINÇÃO
ARTEfMAYSA PETTES NO SEU ATELIÊ DO BOULEVARD. ”ARTE É PARA SE OLHAR COM O CORAÇÃO”.
DEVE SERATELLLIÊ DE
MAAAYSA ÉABERRRTO AO
PÚÚÚBLICO
“Sou de Cafelândia (SP), mas me mudei para Ribeirãoaos 12 anos com minha família.Aqui estudei e, em 1979, meformei em Artes Plásticas. Hoje trabalho com criação.
Mas nem sempre lidei com a arte. Me casei muito cedo,passei um tempo morando na fazenda e, quando me separei,aos 33 anos, fui trabalhar no comércio. Depois que minhasfilhas – Maira,Ana e Patrícia – se formaram, construí uma ca-sinha na beira da represa em Rifaina (SP) para tirar um tempoe descansar. O meu ano sabático virou cinco e só voltei porquemeus pais precisavam de ajuda.
Enquanto cuidava deles fui voltando aos pouquinhos parao mundo da arte. Comecei a pedido de um amigo que sabiaque eu pintava. Fiz um quadro para o primeiro restaurante Mi-rai aberto em Ribeirão. Também comecei a pintar Budas, meuspais estavam doentes e de alguma forma aquilo me trazia paz.Fui vendo que ficava bom e comecei a vender.
Quando eles faleceram, acabei ficando com essa casaenorme e o Boulevard não é uma região onde se vende imóveiscom facilidade. Então decidi ficar por aqui, restaurei a casa todae no fundo construí um pequeno apartamento e o espaço paraateliê coloquei na frente.
Eu me sinto abençoada. No Brasil, é muito difícil viver dearte e hoje posso dizer que consigo. Eu tinha uma casa, talentoe arrisquei.As pessoas precisam buscar as respostas nela mes-mas, porque sempre existe um caminho. Para mim, o sucesso éuma consequência da sua realização pessoal.
Agora minhas netas Valentina, Guilhermina e Heloísa estãotambém no meio das tintas, crescendo no meio da arte. Um diadesses a Valentina chegou contando que havia visto um quadromeu na casa de uma coleguinha, e foi tão bonito quando eladisse “reconheci sua assinatura vovó”. Consigo ver que elasestão absorvendo o que veem desse universo.
Em breve estou indo expor no Canadá a série “MinhasMeninas”, inspirada nas minhas netas,Valentina foi a ‘modelo’mas os oito quadros representam as três. Me baseei tambémna música “As Minhas Meninas” do Chico Buarque.
Montei a área para realização de mostras por uma questãopessoal, queria poder expor meu trabalho sem toda pressãode uma galeria. Brigo muito pela democratização da arte,para quebrar o padrão de que esse tipo de cultura é de acessosomente da elite.
Sempre quis que todos soubessem que aqui é aberto, umespaço de amigos. Quero que as pessoas entendam que não épreciso “entender de arte” para ir até uma galeria.Arte é paravocê olhar e se emocionar.Abrir o espaço para o público é paramim muito gratificante, enxergo como uma forma de ‘deseli-tizar’ e mostrar que arte não é para entender e sim para olharcom o coração”.
MAYSA PETTES, ARTISTA PLÁSTICA
‘Arte é paravocê olhar e seemocionar’Artista plástica Maysa Pettes contaa relação especial com a criação
meulugarMASTRANGELO REINO / A CIDADE
9A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
10 A CIDADE SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
Anny ‘escorregou do céu’ diretopara o coração de Alynne e Álvaro
Para a família Kitamura, o dia 24 denovembro de 2015 foi mais iluminado.Essa foi a data em que Alynne deu a luza Anny e transformou completamente omundo que antes dividia somente com omarido Álvaro.
A menininha, hoje com sete meses, foiplanejada pelo casal. “Nos casamos em2013 e decidimos esperar dois anos, atépara poder curtir o casamento. No terceiroano começamos a tentar e engravidei”,conta a mamãe. “Minha bebê é um doce,digo que ela escorregou do Céu para nós”.
A pequena é a paixão dos avós, tantomaternos, quanto paternos. De ambos oslados ninguém economiza nos mimos ànetinha. “Da parte do pai, ela é a segundaneta, mas como a priminha nasceu só duassemanas antes, brincamos que elas sãogêmeas. Já do meu lado, ela é a única neta
no Brasil, então minha mãe mima mesmo”.Para a professora, voltar ao trabalho
após a licença-maternidade foi ummomento complicado. “Sei que ela estásendo bem cuidada e que está bem, mas omais difícil é mesmo a saudade, a vontadede estar junto. Conto as horas para voltarpara casa”, confessa.
A chegada de Anny também deixouo papai todo derretido. “Eu brinco queele virou outra pessoa, está com ocoração mais mole. Hoje ele não pode vermatéria de tragédia com criança que ficaemocionado”, revela Alynne.
Anny foi a ‘cereja do bolo’ para a vidade Allyne. “Agora posso dizer que alcanceia felicidade plena. Sou casada, meu maridoé doce, um ótimo esposo, minha bebezinhatambém é um amor, não me dá trabalho.Me sinto completa”, finaliza.
vida nova
Dedicação ao próximo e compaixãoresumem ‘Dona Cida’, do João Rossi
“Ela foi tudo na minha vida”. Para ofilho Dário Alves, de 49 anos, essa é a fraseque resume a trajetória de bondade deMaria Aparecida dos Anjos Alves, a DonaCida, falecida há dois anos.
A família veio de Cravinhos para Ribei-rão Preto há alguns anos e fez do JardimJoão Rossi seu lar. “Muita gente a conheciaaqui no bairro e todos sabiam que podiamcontar com ela para o que fosse”.
Religiosa, era frequentadora da Paró-quia Jesus Misericordioso e Santa Edwiges,no Jardim Nova Aliança. Por lá tambémdeixou saudade. “Ela saía de manhã paracaminhar e já levava duas amigas, aprovei-tava e fazia o terço”, conta o filho.
Dona Cida era conhecida por seutrabalho filantrópico com a comunidade dopróprio bairro. “Ela sempre saía recolhendocomida e roupa para as crianças carentes”.
Mas era na igreja que Cida causavao maior impacto. “Ela conversava comas amigas que tinham mais condiçõesfinanceiras para pedir doações e, quando iaentregar, trazia essas pessoas para verem arealidade dos mais pobres”.
Dona Cida era unanimidade na paró-quia. “Era uma pessoa muito boa, a ponteentre o Nova Aliança e a população maiscarente do João Rossi”, confirma o padreKleber Tostes Pedro. O filho conta que mui-tas pessoas passaram a frequentar a igrejapor conta da mãe, “ela estava sempre porlá, chegava antes da missa, dava conselhospara o padre, participava dos eventos”.Para ele, só a presença da mãe já eracapaz de melhorar a vida do próximo, “sóposso dizer que vou amá-la eternamente, apessoa mais maravilhosa e com o coraçãomais bonito que conheci”, emociona-se.
memória ARQUIVO PESSOAL
ARQUIVO PESSOAL
11A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
DISTRITO SUL
UBDS VILA VIRGÍNIARua Franco da Rocha, 1.270Telefones: 3919-9140 / 3919-4400
UBS ADÃO DO CARMO LEONELRua Antônio Vicco, 201Telefone: 3919-3034
UBS JARDIM MARIA DASGRAÇASRua Cruz e Souza, 3.170Telefone: 3919-3983
UBDS GUY SAAD SALOMÃORua Guy Saad Salomão, 225Telefone: 3919-4300
204 – City Ribeirão104 – Jardim Canadá147 – Jardim Irajá / Monte Alegre004 – Noturno Sudeste148 – Santa Cruz / Ipiranga305 – Jardim Nova Aliança005 – Noturno Sul205 – Jardim João Rossi105 - Shopping351 - Lapa/Bonfim315 - Bonfim
Itinerário Linha 205 – Jardim João RossiAvenida Jerônimo Gonçalves / TerminalUrbano / Plataforma C / Ponto 6Alameda BotafogoRetornoRua José BonifácioRua LafaieteAvenida IndependênciaRua Antônio Rodrigues de AlmeidaRua Antônio Frederico OzananAvenida Lygia Latuf SalomãoRua da FazendaRua da PedreiraAvenida IndependênciaRua LafaieteRua Olavo BilacRua Florêncio de Abreu
LINHAS DE ÔNIBUS
CRAS – 1 (Central e Sul)]Rua Marcondes Salgado, 253 – CentroCEP: 14013-150Telefone: 3610-6495Responsável: Nilva Maria Giolo Taverna
CRAS – 1.1 (Bonfim Paulista)Rua Major Francisco Gandra, s/nº – Bonfim PaulistaCEP: 14110-000Telefone: 3626-7222Responsável: Nilva Maria Giolo Taverna
CENTRO DE REFERÊNCIADA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
FEIRA 1VILA SEIXAS / JARDIM AMÉRICAQuando:Aos domingosOnde:Avenida Portugal, entre asruas Cândido Portinari e Prudente deMorais
FEIRA 3JARDIM IRAJÁQuando: Às quintas-feirasOnde: Rua Paschoal Bardaro, entre arua Dr. Francisco Augusto César e aavenida Leais Paulista
FEIRA 4BONFIM PAULISTAQuando:Aos sábadosOnde: Rua Sete de Setembro
• Av. Portugal, 1.760 -Jd. São Luiz• Rua Galileu Galilei,1.005 - Jd. Irajá• Av. Portugal, 63 - Jd.São Luiz• Av. Caramuru, 2.181- Jd. Sumaré
• Rua CoutoMagalhães, 413 -Alto da Boa Vista
• Av. PresidenteKennedy, 2.400 -Ribeirânia
•Av. PresidenteVargas,25 - Jd.América
• Av. Portugal, 1.397 -Jd. São Luiz• Av. Presidente
Vargas, 1.617 - Jd.América
• Av. José AdolfoBianco Molina, 2.311- Jd. Canadá
FEIRAS
BANCAS
51º Batalhão de Polícia Militardo Interior Bases Comunitáriasde Segurança (BCS)
2ª CIA PMAvenida João Fiúsa, 1.586,Jardim Santa Ângela - Telefone:3911-9591
2ª CIA PMRua Coronel José da Silva, 100,Bonfim Paulista - Telefone:3972-0099
BASES DA POLÍCIA
UNIDADES DE SAÚDEmeuguia
12 A CIDADE SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
minhabroncaTerrenos vagos são problemacrônico na zona Sul da cidadeNa área mais rica da cidade, terrenos abandonados, com mato alto, viram depósito de lixo eincomodam os moradores; para um deles, situação já existe há, pelos menos, duas décadas
Na rua Luiz Otávio, no Jardim Ca-nadá, um terreno é a grande estrela dobairro, pela quantidade de mato e galhosespalhados.A situação incomoda mora-dores. O problema parece ‘crônico’ e serepete na rua José Brandani, na Profes-sor Alonso Ferraz, na avenida CoronelFernando Ferreira Leite e em outros tantospontos da zona Sul.
Para alguns, esses terrenos represen-tam insegurança. Para outros, a grandequestão é a sujeira dessas áreas ‘esque-cidas’. Em muitos casos, o proprietárionão presta os serviços de manutenção eo terrenos permanecem com mato alto eacabam virando depósito de lixo. “Morohá 20 anos no bairro e sempre vi terrenosvazios por aqui. O problema é que algunslugares estão em estado de calamidade”,explica a veterinária Denise Lachat, mora-dora da Luiz Otávio.
SEM SAÍDAO Jardim Canadá é composto,
basicamente, por áreas particulares e,para a moradora, o principal problema énão saber a quem avisar sobre a sujeiraacumulada nessas áreas. “Muitos terrenosaqui são de pessoas que nem moram nacidade. Então nunca conseguimos conta-tar o proprietário”, finaliza Denise.
fUM DOS PROBLEMAS DOS TERRENOS ABANDONADOS É A IMPOSSIBILIDADE DE LOCALIZAR OS PROPRIETÁRIOS
Através de nota, a assessoriade comunicação da administraçãomunicipal informou que os terrenoscitados na matéria são particulares.Portanto, a manutenção (que incluilimpeza, roçada, mureta e calçada) éde responsabilidade do proprietário.
Ainda informou que, o Departa-mento de Fiscalização Geral realizouum mutirão, onde autuou todos osproprietários de terrenos particularesque estão em situação irregular nomunícipio. Cada proprietário foi mul-tado, conforme legislação vigente,para que cumpra a determinação.
Toda demanda relacionada àprefeitura ou a cidade deve serregistrada através do Serviço deAtendimento ao Munícipe, através dotelefone 156.
Proprietários jáforam multadospela prefeitura
OUTRO LADO
Acredito que para os moradores oproblema seja a sensação de insegu-rança que os terrenos vazios podemtrazer, principalmente para aquelesque dividem muro com essas áreas.CAIO BARREIRA20 anos, estudante
Existem muitos terrenos aqui,entulho não tem, o problema são osrestos de jardinagem jogados pelospróprios moradores nesses locais.Falta consciência e educação.ANA CUNHA61 anos, decoradora
ABANDONO REFORÇA A SENSAÇÃO DE INSEGURANÇA
F.L.PITON / A CIDADE
PROMESSAANTIGA O estado de abandono de terrenos, sobretudo aqueles com
mato alto, acabam por deixar nos moradores das vizinhanças a
sensação de insegurança, sobretufo á noite; mas, o lixo também
abre portas para eventuais problemas de saúde.
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Domigos e feriados 06:00 as 21:00
13A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
Uma rua de terra foi aberta para dar
continuidade (ou terminar) a via Professor Corrêa
Leite, no Alto da Boa Vista. O caminho surgiu há
cerca de 15 dias e é uma boa saída para evitar o
grande fluxo de veículos na Cel. Fernando Ferreira
Leite.
No cruzamento das avenidas Wladimir
Meirelles Ferreira e Professor João Fiúsa o
problema é o asfalto enrugado. Por lá o fluxo
de veículos é intenso durante todo o dia, o que
provavelmente é causa da ‘onda’ no pavimento.
Um imenso buraco, acompanhado de muitas
pedras soltas, ocupa uma das pistas da avenida
Portugal, no Jardim São Luiz.A cratera é problema
principalmente para os motoristas que usam a rua
Olderige Margarido como acesso para a avenida.
Caminho de pelo menos
sete linhas de ônibus, a rua
Professor Corrêa Leite, no Alto
da Boa Vista, tem, próximo
ao Terminal de Ônibus do
RibeirãoShopping, um imenso
buraco que tira o sossego de
motoristas.
Novidade (e, talvez, solução)
Curva no asfaltoNo meio do caminho
Tem ‘onda’ eburaco no asfalto
FALTA RESOLVER
FALTA RESOLVERFALTA RESOLVER
FALTA RESOLVER
minhabroncaF.L.PITON / A CIDADE
F.L.PITON / A CIDADE
F.L.PITON / A CIDADE
F.L.PITON / A CIDADE
WEBER SIAN / A CIDADE
Na rua João Godoy, no Jardim
América, esse buraco tem dado
dor de cabeça aos motoristas.
Problema também para os
moradores, a cratera solta pedras
e já mandou muita gente embora
com rodas amassadas e veículos
‘desalinhados’.
Buraco perturba
motoristas
FALTA RESOLVER
156É O TELEFONE DAPREFEITURA DE
RIBEIRÃO PRETO PARAOS MORADORES QUE
QUISEREM INFORMAR AEXISTÊNCIA DE BURACOS
14 A CIDADE SÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
Se existe um prato atemporalé o bacalhau. Quem atesta issoé o comerciante – e chefe decozinha nas horas vagas – PlínioRezende de Moura Filho, de 30anos, que ensina a fazer o “Baca-lhau Espiritual”.
O prato simples, tradicionalde Portugal, encantou a famíliae deu até uma ajudinha na horade conquistar a esposa. “O nomevem das freiras portuguesas, quefaziam o prato com pão amanhe-cido, acredito que com as sobrasdo bacalhau”.
Apesar de ser um preparotradicional português, a receitachegou à família do comerciantehá alguns anos.Aqui no Brasilganhou uma versão um poucomenos fiel à original. “Meu
padrinho José Júlio era portuguêse veio para cá com 18 anos”,conta.
Depois de alguns anos, jácasado, ele voltou a Portugal e,na volta, trouxe a receita.A partirdaí, o bacalhau virou queridinhona família e, mesmo depois damorte do padrinho, Plínio fazquestão de manter a receita nafamília.
“Quando eu conheci minhaesposa foi um dos primeirospratos que a gente comeu junto”,confessa.
“Meu marido é bom nacozinha, sempre tem uma receitanova. Posso tranquilamente dizerque ele me conquistou pelo estô-mago’”, conta a zootecnista LiviaRosa Falconi, de 32 anos.
Segundo Plínio, a receitaé unanimidade e agrada atéaqueles que não são muito fãs dopeixe. “É um prato bem versátil,fica leve, principalmente se vocêadiciona o azeite, além de ficarcremoso”. Ele ainda sugere umacmpanhento especial: “Arrozbranco e uma boa taça de vinho,“de preferência português”, diz.
MATHEUS URENHA / A CIDADE
minhareceitaBACALHAU CONQUISTOUESTÔMAGO E CORAÇÃODA MULHER DE PLÍNIOComerciante compartilha receita deum ‘bacalhau espiritual’ que, alémde ser bom demais, ainda deu uma‘forcinha’ para conquistar Lívia
4 PESSOAS
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fTRADIÇÃO FAMILIARPLÍNIO DE MOURA FILHO EAO LADO DO ‘BACALHAUESPIRITUAL’, PRATO QUEGANHOU FÃS ATÉ DE QUEMNÃO GOSTA DE PEIXE; RECEITAFOI TRAZIDA PARA A FAMÍLIAPELO PADRINHO DE PLÍNIO,DEPOIS DE UMA VIAGEM APORTUGAL COM A ESPOSA.DEPOIS DISSO, COMO DIZ, OPRATO VIROU O QUERIDINHODA FAMÍLIA
MODO DE PREPAROAfervente o bacalhau numa
panela com água. Quandolevantar fervura, desligue o fogo.Após esfriar, tire a pele, desfie ereserve. Corte e cozinhe as batatase cenouras até que fiquem macias.Depois de cozinhar, retire do fogo,escorra a água e faça um purê(pode fazer as duas juntas).
Num outro recipiente coloqueo pão de forma e o leite, para queas fatias amoleçam e reserve.
Pique as cebolas em pedaçospequenos e refogue numa panela.Quando estiver dourada, adicioneo bacalhau, o purê (tanto o decenoura, quanto o de batata) emeia lata de creme de leite. Piqueo pão de forma e junte na panelatambém. Misture os ingredientesaté que vire um creme.
Nesse ponto, retire da panelae passe para um refratário.Cubra a mistura com o restantedo creme de leite, adicione oparmesão ralado e coloque paragratinar durante 20 minutos.
O azeite vai comoacompanhamento no momentode servir.
INGREDIENTES• 350g bacalhau• 3 batatas médias• 3 cenouras medias• 1 lata de creme de leite• 2 cebolas médias• 5 fatias de pão de forma (sem
casca)• 100ml de leite• Azeite extra virgem• Queijo parmesão ralado a gosto
bardonei29@gmail.com | Bar do Nei
Rua Conde de Irajá, 235 - Ribeirão Preto/Sp
16 3610-5891 | 3632-9280
15A CIDADESÁBADO, 2 DE JULHO DE 2016
pontodeencontroPARQUE RAYA
Ele é, provavelmente, a área de lazer mais conhecida da zona Sul.Ali, as pessoas vãoem busca de paz, contato com a natureza ou dar umas corridinhas para manter a forma. É,também, um espaço privilegiado de convívio naquela parte da cidade.
Marcio e Viviane Campos, Maria Julia e Marcio
Oswaldo Maia e Bruna
Leonardo Leite Moraes, Graziela e Valentina
Wilson e Luiza Magario, Patricia e Wilson Neto
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