o uso de tecnologias assistivas e de materiais adaptados ... · intelectuais e motoras...
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O USO DE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E DE MATERIAIS ADAPTADOS NO ENSINO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA
Rosimeire Moreira Quintela1
Andreia Nakamura Bondezan2
Resumo: O presente artigo aborda o uso das Tecnologias Assistivas como recurso de apoio
pedagógico no processo de ensino aprendizagem dos alunos com deficiências Físicas Neuromotoras e foi produzido como parte das atividades de formação continuada, ministrada Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE. Tem como objetivo auxiliar o alunado da educação básica modalidade especial, no desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, intelectuais e motoras utilizando-se para esse processo benefícios das Tecnologias Assistivas como metodologia alternativa e interdisciplinar. A proposta foi desenvolvida junto aos alunos da Escola Cristian Eduardo Hack Cardozo – Educação Infantil, Ensino Fundamental Anos Iniciais na modalidade de Educação Especial, do município de Foz do Iguaçu - Paraná. A execução da proposta iniciou-se no mês de março de 2017, sendo realizados oito encontros presenciais de quatro horas cada totalizando 32 horas em efetivo trabalho com os alunos, que foram desenvolvidos durante o primeiro semestre. As atividades aplicadas nos encontros foram àquelas estabelecidas na Produção Didática Pedagógica, sendo constituídas de atividades diversificadas que foram desenvolvidas no laboratório de informática em comum acordo com as disciplinas do currículo escolar. Este trabalho também envolveu formação de professores por meio do Grupo de Trabalho em Rede (GTR). Os resultados alcançados demonstraram avanços educacionais, profissionais e pessoais, e por satisfazer às expectativas dos alunos e do professor PDE, possibilitando-lhes novas aprendizagens significativas, pelo uso dos recursos das Tecnologias Assistivas aplicada à educação. Palavras-chave: Ensino. Tecnologia assistiva. Deficiência Física.
1 Introdução
Atualmente os recursos das Tecnologias Assistivas têm sido utilizados em
diversos setores da sociedade como: instituições de ensino, indústrias, comércio,
associações diversas, órgãos públicos, de saúde, de educação, etc. Estes recursos
devem ser utilizados na modalidade de Educação Especial como mais uma
ferramenta de apoio ao ensino e aprendizagem dos educandos com deficiência.
O presente artigo apresenta parte das atividades realizadas no Programa de
Desenvolvimento educacional (PDE). Aborda estudos teóricos acerca das
Tecnologias Assistivas no ensino de alunos com deficiência física; atividades
realizadas com alunos da Escola Cristian Eduardo Hack Cardozo, e o trabalho de
formação de professores no Grupo de Trabalho em Rede (GTR). 1 Professora de Informática da Escola Cristian Eduardo Hack Cardozo - modalidade de Educação
Especial. Email: rosimeirequintela@seed.pr.gov.br 2 Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Maringá. Professora Adjunta da
Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Email: andreiabondezan76@gmail.com
A ideia do tema do projeto foi impulsionada pelos estudos e pesquisas
realizados na área de Educação Especial, junto às experiências com o uso das
Tecnologias Assistivas adquiridas no decorrer dos anos em sala de aula.
O Projeto de Intervenção Pedagógica, anterior a sua realização, foi
apresentado para a direção, equipe pedagógica, professores e alunos, para que
tivessem conhecimento de como o trabalho seria desenvolvido.
As atividades foram realizadas com os alunos, mediante o uso do
computador com acesso a internet, e dos recursos das Tecnologias Assistivas
através de atividades pedagógicas, histórias dos pontos turísticos de Foz do Iguaçu
e atividades diversas como histórias em quadrinhos, filmes, dentre outros
programas de entretenimento.
Pretendeu-se demonstrar aos alunos a importância da utilização dos
recursos das Tecnologias Assistivas, principalmente o uso computador, como
subsídio para a melhoria das suas habilidades cognitivas, intelectuais e motoras. E
dessa forma, ampliar as possibilidades de melhorias no processo de ensino-
aprendizagem foi o objetivo principal desta Produção Didática Pedagógica, e
fornecer aos alunos subsídios dos recursos das Tecnologias Assistivas para
auxiliar o seu aprendizado por meio do processo pedagógico.
Buscou-se também contribuir para o desenvolvimento das habilidades
cognitivas, motoras e na aprendizagem dos alunos com deficiência física; propiciar
ao aluno, por meio dos recursos das Tecnologias Assistivas, o aprendizado que o
prepare para uma melhor qualidade de vida.
O direcionamento do processo educativo deve ocorrer de forma que o aluno
consiga aprender efetivamente, se integrando aos demais colegas, construindo
aprendizagens que possam preparar-lhe para possível ingressar no mercado de
trabalho. O desenvolvimento do estudo de intervenção pedagógica se justificou,
pela necessidade de compreender de forma mais efetiva essa deficiência, suas
causas e reflexos na vida de seu possuidor.
De forma complementar, desenvolverem-se estudos que apontam para o
uso de Tecnologias Assistivas e adaptação de materiais que permitam aos alunos
com deficiência física neuromotoras o acesso à escola regular, mas acima disso,
às condições necessárias para sua permanência nesse espaço.
2 Educação inclusiva e Tecnologias Assistivas
A educação inclusiva tem exigido que o professor esteja cada vez mais
qualificado para que possa orientar adequadamente o processo de ensino e
aprendizagem, permitindo que o aluno, independente do tipo de necessidade
especial que possui, possa ter acesso a um ensino de qualidade, crítico e
emancipador.
Observa-se que a realização de pesquisas no âmbito da Educação Especial3
são de grande importância para os professores que almejam dedicar sua carreira a
esta área, assim como, para os demais que atuam no ensino regular, e precisam
se apropriar de tais saberes devido ao processo inclusivo garantido pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (9394/96).
Os conhecimentos produzidos nesse ramo da Educação fornecem subsídios
para a práxis profissional ao discorrer sobre os diversos tipos de deficiência
existentes, o período que podem se manifestar as especificidades do Atendimento
Educacional Especializado (AEE), os direitos dessas pessoas, dentre outras
informações relevantes. Além disso, diversos autores Bersch (2006), Godói (2006),
Pelosi (2006) têm discutido sobre a realidade da Educação Especial em escolas
paranaenses, bem como, as intervenções que têm sido realizadas na Sala de
Recursos Multifuncional (SRM).
No caso dos alunos com deficiência física, nota-se que são sujeitos que
possuem comprometimentos na função física de forma completa ou parcial, que
limitam os movimentos a serem realizados. Pode ser de origem congênita ou
adquirida.
Os educandos com deficiência física neuromotora (enfoque do estudo a ser
desenvolvido) apresentam lesões nos centros e vias nervosas que comandam os
músculos. Originam-se devido a infecções, por lesões ocorridas em qualquer fase
da vida da pessoa ou por uma degeneração neuromuscular que culminam em
manifestações exteriores, como por exemplo, a redução do tônus muscular,
paralisia ou falta de coordenação (BRASIL, 2002).
3 Educação especial, NOVA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA
DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA (2008, p. 16): A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular.
As deficiências, de modo geral, sempre existiram e continuarão a existir,
enquanto houver humanidade. No entanto, a forma de entender a deficiência e de
lidar com pessoas com essas características variaram com o passar do tempo,
assim como o seu entendimento.
No Brasil, o Decreto n° 3.298, de 20 de dezembro de 1999, em seu Artigo
3°, parágrafo I, considera deficiência como “toda perda ou anormalidade de uma
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade
para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser
humano”. No entanto, o ser humano é singular, não existem dois seres iguais:
todos são pessoas diferentes.
A deficiência física pode ter diversas origens gerando vários
comprometimentos. Pode caracterizar pessoas que devido a traumas e acidentes
tiveram a amputação de um ou mais membros superiores ou inferiores, pode ser
decorrente de uma má-formação genética ou ainda de deformação sobre o sistema
muscular e esquelético.
Godói (2006) afirma que a deficiência física resulta do comprometimento do
aparelho locomotor formado pelo sistema osteoarticular, o sistema muscular e o
sistema nervoso. Este sujeito, pode apresentar diversos tipos de doenças ou
lesões que afetam tais sistemas, de forma isolada ou em conjunto, podem produzir
quadros de limitações físicas de grau e gravidade variáveis, segundo(s) o(s)
segmento(s) corpora(is) afetado(s) e o tipo de lesão ocorrida.
No decreto nº 3.298 de 1999, o conceito de deficiência física é
compreendida da seguinte maneira:
Art. 4º – Deficiência Física – alteração completa ou parcial e uma ou mais segmentos do corpo humano acarretando o comprometimento da função física, apresentado sob forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência do membro, paralisia cerebral, membros com deformidades congênitas ou adquiridas, exceto as deformidades estéticas e que não produzam dificuldades para o desempenho de funções (BRASIL, 1999, Art 4º).
Os fatores causadores da deficiência física variam de um individuo para
outro podendo, em alguns casos, ter sido causada por uma má formação física de
forma congênita, devido a problemas no momento do nascimento, durante ou após
o parto, amputação ou deformação.
Pode ser originário de doenças, problemas no parto, de acidentes que
levaram a amputação dos membros e/ou aquisição de paralisias, comprometimento
cerebral entre outros problemas.
Em alguns casos, a pessoa com deficiência física apresenta um mau
funcionamento no sistema nervoso, que é responsável por controlar e coordenar
praticamente todas as funções do corpo e implica em diferentes níveis de
comprometimento dos membros inferiores e/ou superiores.
A gravidade da lesão sofrida será classificada como severa ou leve,
atingindo áreas do cérebro, que por sua vez, são responsáveis pelo
desenvolvimento motor do ser humano. Como resultado pode haver a perda total
dos movimentos ou dificuldades para articular a fala.
As deficiências físicas de origem cerebral são causadas por lesões que
afetam distintas partes do corpo. Um traumatismo craniano pode causar a
destruição de células nervosas no cérebro causando a hemiplegia. Neste caso
ocorre a perda dos movimentos em que toda a metade do corpo, pois corresponde
a parte do cérebro lesada.
A paraplegia ocorre nos casos e que a pessoa não tem os movimentos da
cintura para baixo. Como a deficiência física implica apenas em falhas motoras, o
sistema cognitivo, geralmente é preservado, com exceção nos casos em que os
acidentes sofridos interferem nas áreas da inteligência. Ao frequentar a escola a
pessoa com deficiência física precisa de mediações específicas e recursos
diferenciados para que possa aprender os conteúdos científicos.
Vygotsky (1989) explica que a criança ao se deparar com alguma
dificuldade, tem a possibilidade de avançar por uma via indireta para vencê-la. As
dificuldades enfrentadas pela criança com deficiência são motivos para o
surgimento dos processos de compensação. Afirma ainda, que é do processo de
interação da criança com o meio social que se cria uma situação que conduz a
criança para uma via de compensação.
Vygotsky (1989), em análises orientadas para o campo da deficiência,
desenvolveu estudos que foram denominados de Defectologia. Nestes, afirma
que a criança cujo desenvolvimento está comprometido por algum tipo de déficit,
não é necessariamente menos desenvolvida que seus pares sem deficiência; é
uma criança que se desenvolve de outro modo.
Góes (2002) aborda em seus estudos, questões sobre o desenvolvimento
de sujeitos com deficiência e analisa condições educacionais oferecidas a esses
sujeitos e, para isso, destaca contribuições da corrente histórico-cultural. A autora
comenta o trabalho de Vygotsky (1989), no campo da defectologia, para destacar
noções de caminhos alternativos e recursos especiais para o desenvolvimento e
educação de crianças com deficiência.
Vygotsky (2007, p. 6) assinala que, além do uso de instrumentos,
desenvolvem-se também, no primeiro ano de vida, os movimentos sistemáticos, a
percepção, o cérebro e as mãos, ou seja, o seu organismo inteiro. Como
consequência, o sistema de atividade da criança pode ser determinado em
estágios específicos, quer seja pelo grau de desenvolvimento orgânico como pelo
grau de domínio no uso de instrumentos.
Segundo Góes (2002), para que ocorra a aprendizagem da criança com
deficiência, o educador, tende a investir na compensação para desprender a
criança das impressões perceptuais concretas, criando desafios ao seu nível de
capacidade, atuando nas funções mentais superiores, ou seja, aquelas
especificamente humanas como a atenção voluntária, raciocínio, dentre outras .
Devem-se privilegiar suas capacidades e potencialidades, mantendo uma
concepção prospectiva.
A Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky e seus colaboradores que
destacam a importância da educação formal e do trabalho docente enquanto
mediador entre os alunos e o conhecimento científico historicamente elaborado.
De acordo com Vygotsky (2003, p.117) “A zona de desenvolvimento proximal
capacita-nos a propor uma nova fórmula, a de que o ‘bom aprendizado’ é somente
aquele que se adianta ao desenvolvimento”. E daí a relevância do educador em
intervir na zona de desenvolvimento proximal, auxiliando os educandos nas suas
dificuldades, auxiliando-os através da transmissão-apropriação dos conhecimentos
científicos dos conteúdos escolares.
Segundo Vygotsky (2003, p.112), para descobrir as relações reais entre o
processo de desenvolvimento e a capacidade de aprendizado, é necessário
determinar pelo menos dois níveis de desenvolvimento, o desenvolvimento real que
é o que se consegue realizar sozinho, o que se conhece, que são as funções já
amadurecidas, e a zona de desenvolvimento proximal que é:
A distância, entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de
desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes ( VYGOTSKY. 2003, p.112).
Daí a importância do educador, nessa mediação, na orientação entre o que o
aluno já sabe e sua potencialidade para adquirir novos conhecimentos para que ele
possa dominar de forma independente os diversos conteúdos científicos presentes
no currículo escolar. Dessa forma, a aprendizagem propicia desenvolvimento, pois,
nessa concepção, a aprendizagem precede o desenvolvimento ou é o que
impulsiona o desenvolvimento.
Conforme destacou Vygostsky (1987, p. 68), “é sumamente relevante para o
desenvolvimento humano o processo de apropriação, por parte do indivíduo, das
experiências presentes em sua cultura”. Ele ainda destaca a importância da ação,
da linguagem e dos processos interativos na construção das estruturas mentais
superiores. Assim, pode-se dizer que o acesso aos recursos oferecidos pela
sociedade, escola, tecnologias, influenciam determinantemente nos processos de
aprendizagem da pessoa.
Entretanto, as limitações da pessoa com deficiência tendem a se tornar uma
barreira para esse aprendizado. Desenvolver recursos de acessibilidade, a
chamada Tecnologia Assistiva, seria uma maneira concreta de neutralizar ou
amenizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir esse indivíduo nos
ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura.
O Decreto no 5.296, de 2 de dezembro de 2004, dentre outras orientações,
afirma que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida tem direito de
atendimento prioritário e a acessibilidade e, caso não seja cumprido os órgãos
públicos estarão sujeitos a sanções.
A tecnologia assistiva (TA) é compreendida como uma área do
conhecimento constituída por “recursos, metodologias, estratégias, práticas e
serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e
participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida”
por meio de sua utilização mediada pelas orientações dadas por professores
especializados, esse aluno especial irá estimular “sua autonomia, independência,
qualidade de vida e inclusão social” (GALVÃO FILHO et al., 2009, p. 26).
Tecnologia Assistiva TA abrangem as áreas de comunicação interpessoal,
acesso a computador/interfaces com usuários; telecomunicações, leitura/escrita,
mobilidade (manual, elétrica, acessibilidade, transportes privados, públicos,
próteses e órteses, posicionamento), manipulação (controle de ambiente,
atividades da vida diária, robótica, recreação e desporto), orientação (sistemas de
navegação e orientação, cognição). (BRASIL, 2009).
No âmbito educacional, o professor que trabalham na Sala de Recursos
Multifuncional (SRM) com as TA, deve fazer a avaliação dos alunos com
deficiência identificando as tecnologias mais adequadas para o processo de
ensino, os equipamentos e sua consequente utilização. As escolas que não
4possuem as SRM devem encaminhar os alunos para que recebam atendimento
educacional especializado (AEE) em escolas especiais, classes hospitalares ou
ainda na residência do próprio aluno (BESRCH, PELOSI, 2006).
A implementação da TA passará por algumas fases dentre as quais citam-
se: A. Coleta de informações do usuário; B. Identificação de necessidades; C.
Identificação de resultados desejados; D. Mecanismos de fortalecimento da
equipe; E. Avaliação das habilidades; F. Seleção/confecção e teste de recursos;
G.Revisão dos resultados esperados; H. Compra do recurso; J. Seguimento e
acompanhamento constante. (BESRCH, PELOSI, 2006). A análise das inúmeras
fases acima descritas demonstra o quanto a o emprego das TA é complexo
exigindo qualificação e competência teórica/prática do professor, pois cada tipo de
deficiência (auditiva, visual, física ou múltipla) exigirá intervenções distintas.
É válido lembrar que mesmo aqueles que possuem o mesmo tipo de
deficiência tendem a apresentar limitações distintas e, portanto, requerem TA
específica. No caso das pessoas com deficiências físicas a TA permite a
ampliação de habilidades funcionais com déficits e a realização de funções
impedidas pela deficiência ou envelhecimento contribuindo com sua vida
cotidiana, prática e educacional.
O AEE dos alunos com deficiência física pode ser feito por meio das
seguintes modalidades de TA: comunicação aumentativa e alternativa direcionada
àqueles que possuem dificuldades de fala e escrita; adequação de materiais
didáticos pedagógicos como engrossadores de lápis, tesouras adaptadas;
3 Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba
produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando a autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (Comitê de ajudas Técnicas, Corde/SEDH/PR, 2007).
adequação dos recursos de informática como os mouses, ponteira de cabeça,
programas especiais, etc.
A adoção da Tecnologia Assistiva TA e, consequentemente, dos recursos e
serviços que lhes são constitutivos na rede de escolas públicas, permite que a
pessoa com deficiência possa ter acesso a um ensino de qualidade, ao mesmo
tempo em que amplia sua comunicação, mobilidade, habilidades e competências
favorecendo sua aprendizagem e independência. Por meio das TA o processo de
inclusão efetiva-se de maneira mais rápida permitindo que o educando tenha
acesso a uma educação básica de qualidade e, posteriormente, possa ingressar no
ensino superior (números crescentes desde o censo de 2005) (ROCHA; MIRANDA,
2015).
Somente a partir da compreensão dos reais significados do pensar de toda a
instituição escolar sobre a inclusão, que outras mudanças se farão
reconhecidamente necessárias e importantes. Como as adaptações curriculares,
as adaptações de pequeno e de grande porte com a necessidade de mudanças na
estrutura física da escola, dentre outras, mas principalmente de adaptações
curriculares que façam cumprir as proposições contidas nas Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica / Secretaria de Educação Especial.
–. MEC; SEESP, 2001.
Considerando a diversidade de deficiências específicas de cada aluno, ou
que os alunos podem vir a apresentar deve-se ressaltar que planejar e implementar
adaptações curriculares não é tarefa fácil, especialmente porque requer um
equilíbrio entre decidir o que deve e pode ser planejado para os alunos, buscando
evitar discriminações de qualquer tipo e o que deve ser individual e distinto, em
razão das deficiências de cada aluno identificadas.
3 O trabalho realizado na implementação do projeto
Através de estudos teóricos, pesquisas, participação em cursos, elaboração
de Projeto de pesquisa e Produção Didático Pedagógica, realizou-se a
implementação do Projeto PDE na Escola Cristian Eduardo Hack Cardozo –
modalidade de Educação Especial, no município de Foz do Iguaçu, Estado do
Paraná, em oito encontros, totalizando 32 (trinta e duas) horas de aplicação.
A Escola Cristian Eduardo Hack Cardozo – Modalidade de Educação
Especial possui uma sala de informática com poucos equipamentos, o que
minimiza o conhecimento acerca das tecnologias existentes para melhorar a
capacidade do educando com deficiência. Por escassez destes recursos
tecnológicos, buscaram-se novas alternativas e métodos que facilitassem a
coordenação e os aprendizados dos alunos.
Desta forma, se a tecnologia propicia amplas interações, cabe ao educador
estar atento para as inúmeras possibilidades por ela oferecidas, se utilizando dos
recursos e dos softwares existentes em atividades cotidianas em sala de aula.
Sendo assim, poderá haver progresso, para os alunos, tanto no raciocínio
como na fluência, aumentando o tempo de concentração nas atividades,
direcionamento da sua aprendizagem e a transformação de seus conhecimentos
existentes em novos conhecimentos e melhor qualidade do ensino aprendizagem.
O quadro 1 apresenta de forma resumida os temas trabalhados e as
atividades realizadas em cada encontro com os alunos participantes.
Quadro1 - Atividades realizadas
Encontros Temas Atividades
1 Tecnologias Assistivas -Apresentação dos recursos tecnológicos: computador, colmeia, teclado, mouse, ponteira de cabeça dentre outros; - Orientação sobre cuidados e uso das Tecnologias Assistivas na realização de atividades.
2 A história das Cataratas do Iguaçu
- Conhecimento de alguns pontos turísticos de Foz do Iguaçu; Cataratas do Iguaçu, Parque Nacional do Iguaçu, Parque das Aves; - Reprodução de pequenas frases escrita.
3 O marco das três fronteiras
– Conhecimento da história do Marco das Três Fronteiras; - Reprodução de pequenas frases escrita; - Compreensão das cores do ponto turístico.
4 O Templo Budista
- Conhecimento da história do Templo Budista; - Realização de pesquisas na Wikipédia.
5
A história da Itaipu - Conhecimento sobre a história da Itaipu através de vídeo; - Produção de desenho sobre a Itaipu usando o Power Point.
6 A história do Ecomuseu
- Conhecimento da história do Ecomuseu; - Realização de uma visita; - Identificação de conceito de acessibilidade; - Produção de um pequeno texto coletivo.
7 Tipos flores
- Conhecimento dos recursos do Power Point; - Desvendamento das curiosidades botânicas das flores; - Exploração e o manuseio das Tecnologias Assistivas.
8
A produção de uma apresentação no Power Point
- Apresentação dos recursos tecnológicos e materiais adaptados; - Aplicação dos recursos do Power Point; - Exploração e manuseio das Tecnologias Assistivas.
Fonte: A autora 2017
No primeiro encontro os alunos foram encaminhados até o laboratório de
informática para familiarização com o computador. Em seguida, apresentou-se aos
alunos os recursos da Tecnologia Assistiva e os materiais adaptados.
Deve-se ter em mente que os limites da escola especial se encontram nos
objetivos e tarefas sociais da escola em si, mas, para que a criança com deficiência
possa alcançar o mesmo êxito de desenvolvimento das outras crianças, é preciso
utilizar “meios absolutamente especiais” (VYGOTSKY, 1989).
Percebeu-se que ao educador cabe a prática de associar o uso das
Tecnologias Assistivas e os materiais adaptados com o conteúdo curricular para
que possa enriquecê-lo, adequando as necessidades dos alunos e aos objetivos
pedagógicos direcionando o processo educativo de forma que o aluno consiga
aprender de forma efetiva. Na figura 1 tem-se um aluno utilizando o computador,
colmeia, teclado, mouse adaptado.
Figura 1 - Conhecendo as Tecnologias Assistivas Fonte: A AUTORA, 2017.
No segundo encontro, houve um resgate das lembranças que os alunos
têm das cataratas, incentivando-os a escrever palavras no Word com auxílio das
TA. Em seguida explicado o significado das cataratas com pesquisa em sites.
Porém os alunos necessitaram de caminhos diferenciados, conforme
salienta Vygotsky (1989). As crianças com deficiência requerem contínuos
momentos de interação em seu processo de desenvolvimento, uma vez que sua
condição social não é equivalente à das pessoas que não apresentam deficiência.
Conforme figura 2, o aluno utilizou o computador, teclado e mouse adaptado.
Figura 2 - Assistindo um filme sobre a História das Cataratas do Iguaçu Fonte: A AUTORA, 2017.
No terceiro encontro, realizou-se uma conversação com os alunos sobre o
Marco das três Fronteiras, fazendo um resgate das lembranças que os alunos têm
e se conhece dialogando de maneira que instigue a imaginação e interesse.
Após escreveram palavras no Word com auxílio das TA. Em seguida
formaram frases com as palavras e a produção coletiva de um texto de maneira
ressignificá-las. Na figura 3 a aluna utilizando o computador, teclado e mouse
adaptado.
Figura 3 - Conhecendo o Marco das Três Fronteiras
Fonte: A AUTORA, 2017.
No quarto encontro, se fez uma exploração do que os alunos sabiam sobre
o Templo Budista de Foz Iguaçu. Em seguida passado vídeo sobre a história do
Tempo Budista.
Estimulando-se a pesquisa na Wikipédia para garantir aos estudantes o
acesso à informação e ampliação do conhecimento. Exploração de imagens para
a produção no computador pediu-se para que eles identificassem suas
características.
Figura 4 - Conhecendo o Templo Budista
Fonte: A AUTORA, 2017.
No quinto encontro se fez um resgate sobre a Itaipu. Logo após assistiram
um vídeo sobre a história de Itaipu, produção da barragem, segurança, proteção,
refúgio biológico.
Pediu-se para que fizesse um desenho da Itaipu, com auxílio do professor
mediador. Pois a mediação se da sobre a definição de três perspectivas: signo,
palavra e símbolo que embasam conceitos de ação mediadora na significação da
aprendizagem conforme Vygotsky (2001). Figura 5 a aluna assistindo um filme
sobre a Historia da Itaipu utilizando o computador, teclado e mouse.
Figura 5 - Assistindo um filme sobre a Historia da Itaipu
Fonte: A AUTORA, 2017.
No sexto encontro visitou-se o Ecomuseu, figura 6, objetivando uma aula
de campo, sugerimos que falassem ou demonstrassem para a professora o que
observaram na aula de campo no ecomuseu.
Conceituo-se a acessibilidade, abrindo um diálogo se o local tinha
acessibilidade ou não. Em seguida utilizaram o Word com os passos para a
produção de frases e um pequeno texto.
Figura 6 - Visita a o Ecomuseu
Fonte: A AUTORA, 2017.
No sétimo encontro trabalharam os tipos flores que viram no Ecomuseu,
conforme figura 7. Realizaram uma exposição de tipos de flores para a produção
no computador e exploração com o manuseio das Tecnologias Assistivas.
Observou-se que o uso das TA favorece a inclusão social e práticas de
ensino diferenciadas, além de atender todos os alunos, facilita o processo de
ensino e aprendizagem e uma melhor autonomia. Pode-se inferir que várias
habilidades são trabalhadas de maneira indireta por meio da ação do uso de
Tecnologias Assistivas.
Figura 7 - Atividades sobre os Tipos de Flores
Fonte: A AUTORA, 2017.
No oitavo encontro os alunos foram levados ao laboratório de informática,
com auxílio das Tecnologias Assistivas utilizaram as imagens referentes ao
desenvolvimento da oficina.
Esse método de uso Tecnologias Assistivas permite os avanços
metodológicos de acordo com o aproveitamento do aluno. Em seguida realizaram
uma produção de uma apresentação com a utilização dos programas Power Point
composta pelos alunos e o professor PDE.5
Figura 8 - Produzindo uma apresentação no Power Point
Fonte: A AUTORA, 2017.
As Tecnologias Assistivas, conforme descrições podem ser entendidas
como um instrumento de promoção de inclusão. A falta de tais recursos pode
comprometer, por exemplo, o desempenho de alunos com deficiência, pois
auxiliam na superação de dificuldades funcionais para realização e atividades
dentro da rotina escolar.
O desenvolvimento de recursos e elementos das Tecnologias Assistivas
(TA) beneficia todos aqueles que possuem mobilidade reduzida de maneira
temporária ou permanente. Sua utilização “têm propiciado a valorização,
integração e inclusão dessas pessoas, promovendo seus direitos humanos”
(SASSAKI, 2003, p.31).
O contexto e a situação do aluno com deficiência física na escola é
fundamental para a prescrição, construção, adaptação dos recursos de Tecnologia
Assistiva.
Nesta implementação da produção Didática os alunos foram os
protagonistas do processo ensino aprendizagem, porém foi necessário perceber as
demandas do ambiente e as necessidades de cada um. A partir destes fatores foi
possível pensar em recursos tecnológicos com potencial pedagógico, que
viabilizassem experiências significativas para o processo de aprendizagem dos
alunos.
5 Apresentação de Power Point produzida pelos alunos. Link:
https://docs.google.com/presentation/d/1NkCGnUpVWzyKm8bdiGoU9wl0uDOvwLMxxk_ViDS358/edit?usp=sharing
É de fundamental importância destacar os procedimentos de aplicação de
dados projetados para esta implementação, pois essa abordagem permitiu que a
situação fosse examinada através de métodos diferentes, o que foi essencial para
contemplar o objetivo proposto na produção Didática Pedagógica.
Assim sendo o processo de combinação da situação possibilitou o
direcionamento para a indicação e uso de recursos e estratégias de Tecnologia
Assistiva junto a alunos com deficiência física no ambiente escolar.
A aplicação reforçou a necessidade da escola e do professor PDE perceber
que o uso de recursos de Tecnologia Assistiva envolve serviços diferenciados,
principalmente recursos humanos da área da saúde e um planejamento organizado
vinculado à rotina escolar. E por favorecer o uso funcional da Tecnologia Assistiva
e dos recursos adaptados, para uma melhor qualidade de vida dos alunos com
deficiências.
Percebe-se que a Implementação da Produção Didática Pedagógica obteve
resultados satisfatórios e positivos. As atividades realizadas pelos alunos sob a
mediação da professora desenvolveram as habilidades de coordenação motora
global, exercitou a atenção, a memória, a criatividade e a linguagem.
Os alunos demonstraram muito interesse, nas atividades, sem demonstrar
cansaço intelectual ou físico. Desta forma se percebeu o processo diário dos
alunos na execução de cada atividade. Cabe resaltar que possivelmente se evitou
a comparação entre os pares, respeitando as possibilidades, os limites e as
dificuldades de cada aluno.
Este trabalho também envolveu formação de professores por meio do Grupo
de Trabalho em Rede (GTR). Os resultados alcançados demonstraram avanços
educacionais, profissionais e pessoais, e por satisfazer às expectativas dos
professores e do professor PDE, possibilitando-lhes novas aprendizagens
significativas, pelo uso dos recursos das Tecnologias Assistivas aplicada à
educação.
Dentre as diversas considerações que foram realizadas sobre a temática
desenvolvida, os professores participantes contribuíram significativamente com
suas sugestões, experiências, colocações, socializações e algumas limitações,
apontando novos caminhos, contribuindo positivamente com dicas de novos
softwares educativos específicos já utilizados por eles, com resultados
satisfatórios, dessa forma enriquecendo a referida proposta.
4 Considerações Finais
Considera-se que o uso dos recursos Tecnologias Assistivas tem propiciado
agilidade e melhoria no processo produtivo. No campo educacional, estes recursos
podem ampliar as possibilidades do ensino aprendizagem, e desenvolver as
habilidades motoras, pois a tecnologia estando a serviço da educação, será de
extrema importância a sua utilização no atendimento às pessoas com deficiências
e sem deficiências.
A introdução dos novos recursos das Tecnologias Assistivas pode facilitar o
processo de ensino aprendizagem, utilizando-as como estratégia que auxilia na
área motora e cognitiva e no processo de ensino aprendizagem.
Torna-se necessária a criação de um ambiente de aprendizagem que
favoreça a aquisição do conhecimento e o desenvolvimento das potencialidades e
habilidades de pensar, porém isso não depende só do recurso das Tecnologias
Assistivas escolhido, mas sim do professor e da metodologia alternativa utilizada.
Sendo assim, o material didático pedagógico, aqui apresentado, que tem
como meio finalidades Pedagógicas, Educacionais e recreativas, podem ser
utilizadas por professores das diversas disciplinas, para complementar as
atividades interdisciplinares.
Desta forma, cabe ao educador associar a prática do uso das Tecnologias
Assistivas e os materiais adaptados com o conteúdo curricular para que possa
enriquecê-lo, adequando as necessidades dos alunos e aos objetivos pedagógicos
direcionando o processo educativo de forma que o aluno consiga aprender de
forma efetiva, se integrar aos demais colegas e construir aprendizagens que
possam preparar-lhe para a atuação na sociedade.
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