oficina de vegetação: decifrando a planta · 2018-09-19 · departamento de geografia ......
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Oficina de Vegetação FLG 356 – BIOGEOGRAFIA
Profa Dra Sueli Ângelo Furlan
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de Geografia
Oficina de Vegetação: Decifrando a planta
O primeiro passo para o conhecimento de uma comunidade vegetal é o estudo de sua flora ou composição em espécies. Isto é feito mediante a organização de uma lista, a mais completa possível das espécies ou gêneros que ocorrem na comunidade. Quando a comunidade é
desconhecida, como é o caso de muitos ecossistemas tropicais que possuem uma biodiversidade elevada e insuficientemente estudada, ou quando não se tem certeza da identificação no campo, deve-se proceder uma coleta de várias amostras de indivíduos. É preciso conhecer que será útil na identificação para determinar os critérios de coleta. Os botânicos sistematas consideram como fontes importantes de identificação:
flores, frutos, sementes e ramos com folhas (quando a planta é de pequeno porte, deve-se coletar o indivíduo inteiro). Furlan, (2011).1
a. Principais diferenças entre angiospermas e gimnospermas;
b. Principais diferenças entre monocotiledônias e dicotiledôneas;
c. Caracterização das diferenças entre ramo, raiz, folha, flor e frutos;
d. Diferenças entre folhas simples, compostas (pinadas) e recompostas (bipinadas);
e. Diferenças entre frutos secos, carnosos, deiscentes e indeiscentes;
f. Diferenças entre plantas epífitas e parasitas (hemi e total).
Tarefa: Pesquisar sobre as características de uma família presente na Mata Atlântica. Fazer uma radiografia de suas características com apoio de bibliografia (anexar pesquisa com bibliografia consultada).
1 FURLAN, Sueli Ângelo. Técnicas de Biogeografia. In: VENTURI, L. A. B. (Org.). Geografia: práticas de campo, laboratório e sala de aula. São Paulo: Editora Sarandi, p. 135-170, 2011.
Oficina de Vegetação FLG 356 – BIOGEOGRAFIA
Profa Dra Sueli Ângelo Furlan
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de Geografia
IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NA MATA ATLÂNTICA
Objetivo: conhecer a nomenclatura botânica utilizada na caracterização morfológica de espécies, facilitando a utilização de guias e manuais de identificação de espécies, para um melhor conhecimento da flora estudada nos estudos de campo. 1– CASCA
Estriada
Apresenta faixas longitudinais de
textura e/ou coloração variáveis.
Fendilhada Apresenta fendas
longitudinais e transversais,
dando a impressão de formar figuras
geométricas (quadrados ou
retângulos).
Fendida ou Sulcada
Apresenta sulcos longitudinais de
largura e profundidade
variáveis.
Suberosa Apresenta ritidoma espesso, macio e leve, (consistência
de cortiça). Ritidoma = conjunto de
tecidos mortos do caule.
Rugosa Apresenta
protuberâncias em forma de
rugas transversais.
Lisa Não apresenta saliências ou reentrâncias.
Tuberculosa Apresenta nódulos de
forma e tamanhos variáveis.
Oficina de Vegetação FLG 356 – BIOGEOGRAFIA
Profa Dra Sueli Ângelo Furlan
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
Departamento de Geografia
2 – FOLHA Uma folha típica compõe-se de um limbo, com uma rede de nervuras, e pecíolo (haste da folha). Podem ser simples, quando há somente um limbo, ou composta quando o limbo é dividido em folíolos separados. São classificadas pelo formato do limbo ou folíolo, pelo ápice, base, margem, venação, textura, indumento e coloração.
Principais componentes da folha Principais componentes da folha: Bainha: parte basal e achatada da folha, que a prende ao caule envolvendo-o total ou parcialmente. Estípula: cada um dos apêndices, geralmente laminares e em número de dois, que em certas plantas se formam de cada lado da inserção da folha no ramo, pode ser interpeciolar (quando se encontra entre os pecíolos) ou intra-peciolar (quando está entre o pecíolo e a gema na axila da folha). Limbo: parte expandida da folha ou lâmina. Nervura ou Vasos Condutores: conjunto de condutos, em geral bem visíveis, o mesmo que veias. Pecíolo: parte da folha que prende o limbo ao caule, em formato de haste. A folha pode ter um pecíolo curto ou longo, quando não possui pecíolo é considerada uma folha séssil.
Oficina de Vegetação FLG 356 – BIOGEOGRAFIA
Profa Dra Sueli Ângelo Furlan
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Departamento de Geografia
2.1 - LIMBO Simples: quando o limbo apresenta-se inteiro ou recortado, mas não subdividido.
Unilobar Multilobada Acicular Escamiforme
Composta: quando o limbo é dividido em folíolos, sustentados pelos peciólulos (pecíolo dos folíolos).
Imparipinada
Terminada com um folíolo.
Paripinada Terminada
com um par de folíolos.
Trifoliada Três folíolos partindo do
ápice do pecíolo
principal.
Digitada Com três ou mais folíolos
saindo do ápice do pecíolo
principal.
Palmiforme palmada
Palmiforme pinada
Bipinada Presença de
folíolos compostos,
folhas duplamente compostas.
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2.2 – NERVAÇÃO
Paralelinérvia
Com nervuras secundárias paralelas à principal, quando
esta existir.
Palminérvia Com nervuras que saem todas do mesmo ponto,
divergindo em várias posições.
Peninérvia Com nervuras secundárias
ao longo da principal.
Curvinérvia Com nervura secundária
curvas em relação à principal.
2.3 – FORMA
Acicular
Forma de agulha longa, fina, rígida e
pontiaguda.
Assimétrica Folha assimétrica,
dividida pela nervura principal em duas partes de forma ou tamanho desiguais.
Cordiforme Forma de coração, base
mais larga, com lobos arredondados, também chamada de cordada.
Elíptica Forma de elipse, mais
larga no meio.
Espatulada Forma de espátula, longa e ápice mais
largo.
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Falciforme
Formato de uma lança, semelhante a uma
foice.
Lanceolada Forma de lança no meio
ou perto da base, estreita nas
extremidades.
Linear Forma estreita e comprida, bordos
paralelos.
Lobada Limbo inteiro, porém
partido em vários lobos.
Oblonga Forma mais longa que
larga, bordos quase paralelos.
Obovada
Forma ovada com a parte mais larga no ápice, isto é, ovada
invertida.
Orbicular Forma mais ou menos
circular.
Ovada Forma de ovo, mais larga perto da base.
Peltada Forma de escudo, com o pecíolo inserido no meio ou próximo, na fase dorsal do limbo.
Sagitada Forma de seta, base reentrante, com os lobos pontiagudos
voltados para baixo.
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2.4 – BORDO DA FOLHA (MARGEM)
Aculeado Com pontas
agudas e rígidas na margem do limbo.
Ciliado Presença de
tricomas ao longo da borda.
Crenado Com dentes obtusos ou
arredondados.
Dentado Com dentes regulares
não inclinados.
Inteiro Liso, sem
deformação ou divisão.
Fendido Recortes que
chegam próximo ou até a metade do semilimbo ou
limbo.
Ondulado Com ligeiras ondulações.
Revoluto Margem virada para baixo ou
enrolada sobre si mesma.
Serrado ou Serreado
Dentes como os da serra, inclinados
para o ápice.
Serrilhado ou Serrulado
Serrado, porém com dentes diminutos.
Lobado Com limbo dividido em lobos mais ou
menos arredondados.
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2.5 – ÁPICE
Acuminado Limbo estreitando-se gradualmente para o
ápice e terminando em ponta aguda.
Agudo Terminando em ângulo
agudo.
Arredondado Margens formando um arco regular através do
ápice.
Cuspidado Terminando subitamente
em ponta fina.
Emarginado Terminando com uma
reentrância pouco profunda.
Mucronado Terminando
subitamente em ponta curta, dura e isolada.
Obtuso Terminando em ângulo
obtuso.
Retuso Ápice truncado e
ligeiramente emarginado.
Truncado Ápice aparecendo ter sido cortado transversalmente.
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2.6 – BASE
Arredondada ou orbicular
Quando a margem da base da folha forma um
arco.
Atenuada ou cuncada Forma de cunha, base de
bordos retos e convergentes, estreitando-
se gradualmente.
Cordada Base reentrante, com lobos arredondados.
Hastada Base reentrante, com os lobos agudos e voltados
para o ápice.
Decorrente no pecíolo
Oblíqua Terminando por lados
desiguais e assimétricas.
Obtusa Terminando em ângulo
obtuso.
Sagitada Base reentrante, com
lobos pontiagudos voltados para baixo.
Truncada Base parecendo ter sido
cortada em plano transversal.
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