p/ luiz heckmaier - inea.rj.gov.br filegigante pela própria natureza, És belo, és forte,...
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Transcrito por Matheus Henrique do Couto Kronemberger
Arquivo – Audiência Pública
P/ Luiz Heckmaier – É o projeto CTR (Governamental?) (Governamental..?)
eu peço a compor a mesa, aqui ao meu lado o analista Ricardo Soares,
representante do INEA, que vai fazer a apresentação da avaliação do INEA e o
________________ que é o secretário dessa audiência. Eu me chamo Luiz
Heckmaier e fui nomeado para conduzir os trabalhos dessa audiência pública.
Eu pediria aqui ao lado ______________ na nossa esquerda, o representante
do empreendedor, o Sr. Fábio Andrade, _______ o seu lugar lá na mesa. O Sr.
Moisés _______, e o S.r. Luiz Sérgio ________, da CEPOLLINA
ENGENHEIROS CONSULTORES LTDA e também o S.r. Antônio França da
AMPLA PROJETOS E SERVIÇOS DE MEIO AMBIENTE e é a empresa que
colaborou no estudo do impacto ambiental. Eu gostaria de saber se entre nós
aqui, tem algum representante do ministério público estadual ou federal.
“Nenhum representante?” Bom.. então eu convido a todos a ficarmos de pé
para ouvirmos o hino nacional brasileiro..
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heroico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra, mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; "Nossos bosques têm mais vida", "Nossa vida" no teu seio "mais amores." Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula - "Paz no futuro e glória no passado." Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada, Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada! Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!
(aplausos)
P/ Luiz Heckmaier – Vou ler o edital de convocação da audiência pública.
Secretária de Estado do Ambiente, Comissão Estadual de Controle Ambiental,
edital da audiência pública... O presidente da Comissão Estadual de Controle
Ambiental ______ da secretária do estado do ambiente do estado do Rio de
Janeiro, o uso das atribuições que lhe são conferidas pelo decreto estadual
21237 e 23 de janeiro de 1995, o complemento ao disposto da resolução
______________ dia 15 de agosto de 2011 e tendo em vista os termos da
deliberação CECA para CLF n° 5.655, de 23 de julho de 2013, o processo
E07509492 de 2011, convoca a audiência pública para a apresentação e
discussão de relatórios do impacto ambiental lima, com relação ao intermeto de
licença prévia, a empresa BOECHAT DO BAIRRO TRATAMENTO DE
RESÍDUOS, COLETA E CONSERVAÇÃO para a ampliação da central de
tratamento de resíduos CPR de BelFord Roxo, para recebimento e disposição
final de resíduos sólidos domiciliares. Comerciais e Varrição localizada na
estrada do Catunda n° 436 – Núcleo Colonial de São Bento – Bairro Recantus
– Município de BelFord Roxo. A audiência pública será realizada no dia 15 de
agosto de 2013 às 19 horas no CIEP ______ 316 - General Ladário Pereira
Telles, localizado na Rua Mauá n° 316 – Recantus – Município de Belford
Roxo, sua presidência ___________________ secretariado por ____________
e na suplência da secretária Paulo Roberto Bento Carneiro, publicado no diário
oficial de 29 de julho de 2013.. Bom senhores, então nós vamos dar início aos
trabalhos dessa audiência. Essa audiência é para a apresentação para...
comunicar. Para que seja apresentado o estudo do impacto ambiental, o
empreendimento de ampliação do CTR que já possui aqui ao município. E ele
vai ser feito então. O empreendedor deu entrada no INEA com pedido de
ampliação desse CTR. Foi feito ________ atividade, é necessário à realização
do estudo do impacto ambiental e relatório do impacto ambiental, e hoje então
cumprindo _______ de todo o processo de licenciamento, nós então vamos
aqui, estamos realizando essa audiência pública e ela não tem caráter
temperativo, ela não aprova, ela simplesmente é uma audiência para
comunicar aos senhores, para que vocês possam ter conhecimento no que vai
ser feito aqui, na ampliação que está sendo proposta para esse trabalho e ela
então. Para ouvir as sugestões que vocês querem dar, para tudo aquilo que vai
ser apresentado aqui hoje. Então, eu vou explicar como é que vai ser feito a
_________ dessa audiência. Primeiramente, o representante aqui do INEA, o
Ricardo Soares, ele vai fazer uma apresentação do histórico da audiência, o
histórico do processo de licenciamento, ao qual, o ponto que esse processo
está e como está sendo feito o processo. E seguindo, eu vou passar a palavra
para o empreendedor que terá um tempo de 35 minutos para ________ a
apresentação do seu empreendimento. Depois então, passo a palavra para
uma empresa que fez um estudo do impacto ambiental, e terá então o período
de 45 minutos para fazer a sua apresentação. Bom, durante todo esse período
que estiver sendo feito as apresentações, vocês quando chegou aqui
(ressarciriam) livre presença, eu espero que todos que assinaram, tenham
_________ após, por favor, assinar. E receberam ali também um formulário
com as perguntas. E à medida que forem sendo feita as apresentações, vocês
já podem ir preenchendo as perguntas e entregando para as moças, as
secretárias, que estão secretariando a reunião, as recepcionistas, para que
elas possam então recolher as perguntas e nós vamos então responder. Então,
nós teremos então essas apresentações, depois das apresentações, nós
iremos fazer um pequeno intervalo para esticar um pouco as pernas, tomar um
café, e eu seguida também vamos passar a parte de responder as perguntas. E
aqueles que quiserem então usar a palavra, então depois de todas as
perguntas respondidas, eu vou abrir a oportunidade para todas aquelas
pessoas que quiserem falar, poderão fazer. Ok? Então, sem mais delongas, eu
vou passar a palavra aqui para o analista Dr. Ricardo Soares, para ele fazer a
apresentação do status que ___ o licenciamento aqui no INEA..
P/ Dr. Ricardo Soares – ______ Boa noite a todos, esse aqui ______, vamos
falar sobre o processo de ______ ambiental que ________ então, composto. A
empresa é BOECHAT DO BAIRRO TRATAMENTO DE RESÍDUOS, COLETA
E CONSERVAÇÃO, o processo que tá prévio é o E07509492 de 2011. O CTLR
de Belford Roxo em _____ ambiental possui a fase do licenciamento do
_________. Em que a licença prévia, que é a fase preliminar, ou seja, na
análise do projeto do ______ a ser licenciado quanto a sua localização,
concepção e realidade ambiental. O impedimento foi parceiro de elaboração de
EIA/RIMA como previsto na legislação vigente __________ isto, a necessidade
de elaboração do EIA/RIMA foi formado um grupo de trabalho, de profissionais
do INEA, para elaborarem a instrução técnica que norteou a elaboração do
EIA/RIMA. Após a análise do EIA/RIMA, em audiência pública, um grupo de
trabalho do INEA, emite parecer favorável ou então a emissão de licença.
Sendo parecer favorável, serão estabelecidas as condicionantes, a serem
atendidas nas próximas fases do licenciamento. Desculpem... O _______ do
processo requerido, é o seguinte.. Em 20 de setembro de 2011, abriu-se
requerimento de licença prévia no órgão ambiental. Em 25 de outubro de 2011,
a portaria INEA n° 279/2011 criou os trabalhos. Em 13 de março de 2012, foi
emitida a notificação do órgão ambiental, com a entrega da instrução técnica
04/2012 para a elaboração do EIA/RIMA. Em 2 de janeiro de 2013 foi emitida a
notificação do órgão ambiental com ______ do EIA/RIMA para fins de análise.
Em 23 de julho de 2013, foi deliberada a CECA/CLF n° 5.655, autorizando a
convocação de audiência pública, publicado no Diário Oficial do estado do Rio
de Janeiro em 25 de julho de 2013. Em 15 de agosto de 2013, ou seja hoje,
temos a audiência pública no município de Belford Roxo. Considerações.. A
análise do EIA/RIMA _____________ pelo grupo de trabalho INEA, ainda está
em andamento. Para a elaboração do parecer final do INEA “será”
consideradas, as manifestações apresentadas nessa ________ e outras que
podem ocorrer nos próximos dez dias, a contar da data de hoje. As mesmas,
deverão ser encaminhadas ao INEA e/ou a CECA “O Comitê Estadual de Cura
Ambiental”. O grupo de trabalho, como vocês podem ver, ele é multidisciplinar
e abrangente. Em termos de engenheiros químicos, químicos, biólogos,
engenheiro civil, guia florestal, compostos pelo Marcos André Vieira
(engenheiro químico), Carlos Sales Canejos (engenheiro civil), Beniza Flores
Lima (bióloga), Flávia Valença (geógrafa), Cláudia Nogueira _______
(químico), Janaína da Silva Souza (engenheira florestal), Mariana de Andrade
Ramos (bióloga), Gisele de Souza _____ Ribeiro (engenheira civil). Aqui para
encerrar nós temos o site do INEA, a agência e o atendimento
______________ Cabral 103 – 1° andar no bairro da Saúde no Rio de Janeiro.
E a CECA fica na Avenida _______ - 110 – 5° andar, Centro do Rio de Janeiro.
_____________ o e-mail de contato: ceca.ambiente@yahoo.com.br. Portanto,
passo a palavra para o nosso presidente Dr. Paulo Faia para os pros
segmentos... (aplausos)
P/ Luiz Heckmaier – Então, o Ricardo fez a apresentação ______ processo,
então vamos só reforçando desde o início, que o processo ainda tá em fase de
análise, não tá concluído, e essa audiência ela vai justamente subsidiar aquele
ponto técnico _______ para poder fazer o seu parecer. E aqueles endereços
que ali estão são para que os senhores ou a quem quiser possa também
mandar as suas contribuições durante o período de dez dias. Ou seja, até o dia
25 de agosto, nós estaremos recebendo contribuições para ou críticas ou
sugestões ou até outra manifestação que os senhores queiram apresentar,
pode então mandando direto para ________________ tela. Bom, eu gostaria
de agradecer a presença do vereador Dr. Deomar _______ “Estava aqui
presente Dr. Deomar, tá por aí? Estava ainda pouco..” e o vereador Fábio
Flores. Também agradecer ao capitão da polícia militar Dr. Cristiano. “Também
tá por aí o Dr. Cristiano, comandante?” “Muito obrigado pela sua presença,
agradecemos aí o apoio do trabalho _______ muito obrigado. Agradecemos
também a seção aqui do CIEP para a realização desse.. cedendo esse espaço
aqui também. Agradecendo a presença de todos os outros que estão aqui
conosco, nessa noite um pouco fria também, mas que realmente ela vai ser
uma noite rica para ____________ esse empreendimento. E nós acreditamos
que deve ser um empreendimento que deve trazer uma contribuição importante
para a questão ambiental do município e feito isso então, eu passo a palavra
agora para o Sr. Fábio Andrade que é o representante da __________ que vai
fazer então.. explicar como funciona o empreendimento.. ele vai explicar como
é a CTR (Centro de Tratamento de Resíduos) que vai ser ampliado pela _____
Obrigado..
P/ Fábio Andrade – Boa No.. Boa noite a todos. Vou falar para vocês e
apresentar o complexo de tratamento e destinação final de resíduos sólidos, o
CTDR da BOB ambiental. Vou mostrar um pouco do perfil da empresa, a razão
social como já foi dita, BOECHAT DO BAIRRO TRATAMENTO DE
RESÍDUOS, COLETA E CONSERVAÇÃO LTDA, o nome de fantasia BOB
Ambiental. A BOB Ambiental ela tem uma proposição societária da ________
tem 51% e do BOECHAT com 49%. É uma empresa que iniciou suas
atividades no ano de 2010, que tem como sede aqui no município de Belford
Roxo e que atua no tratamento, valorização e destinação final de resíduos
sólidos por bancos de saúde e de construção civil. A situação atual do
empreendimento.. Esse empreendimento ele é um empreendimento que é uma
unidade que já existe, já está licenciada e em operação. A etapa 1 do
empreendimento, ela foi concebida sobre a licença de operação IN017678 que
contempla a etapa 1 do aterro sanitário, as instalações prediais de apoio, a
estação de tratamento de chorume que já encontra-se em plantação e
estacionamento, pátio de armazenagem de material e os acessos internos.
Atualmente, o CTR, ele já opera com uma capacidade aproximada de 2 mil
toneladas de resíduos sólidos urbanos, atendendo aos municípios de Belford
Roxo, Duque de Caxias e clientes privados da região metropolitana do Rio de
Janeiro.
P/Pessoa não identificada – “Qual que é a proposta futura, que é o tema da
apresentação do estudo de impacto ambiental?”
P/ Fábio Andrade – Foi concebida a licença prévia, foi elaborado o EIA/RIMA
que contempla os estudos para a ampliação do aterro sanitário e as suas
etapas, dois, três, quatro e cinco. E as unidades de triagem e reciclagem de
resíduos sólidos urbanos, a compostagem de resíduos sólidos urbanos
___________, o lixo de feiras e Ceasa, tratamento de serviços de resíduos de
saúde, através do processo de esterilização ao qual _________ captação do
sistema do biogás gerado ______ aterro, uma área para futuras tecnologias,
para novas tecnologias e a geração de energia através do biogás que é gerado
através da decomposição dos resíduos. E essa aí é a proposta do EIA/RIMA
que tá em discussão. Os responsáveis pelo projeto.. O empreendedor e a BOB
Ambiental, o projeto básico foi realizado pela (CEPON) ENGENHEIROS
CONSTRUTORES LTDA e os estudos ambientais foram desenvolvidos pela
AMPLA PROJETOS E SERVIÇOS EM MEIO AMBIENTE LTDA, que o quê vai
apresentar de uma forma mais apropriada os estudos ambientais. A localização
do empreendimento.. A Governamental CTR, ele tá situado no município de
Belford Roxo, no bairro Recantus, próximo as principais rodovias que cruzam
ali a baixada fluminense. Então aqui nós temos a Rodovia Presidente Dutra, a
Rodovia Washington Luís e a de um futuro arco metropolitano. É uma
localização estratégica que tem de atender a região da baixada. Os objetivos
desse empreendimento é a prestação de serviço de tratamento, valorização e
disposição final de resíduos sólidos urbanos e de resíduos de serviços de
saúde. Teve como concepção do projeto, uma área total do empreendimento
de 1.650.000.00 metros quadrados com o volume disponível para disposição
de resíduos de 22 milhões de metros cúbicos, o que, uma expectativa de
recebimento diário de 13 mil a cada dia, alcançaria uma vida útil aproximada de
22 anos.
P/Pessoa não identificada – “Qual que é a concepção desse
empreendimento?”.
P/ Fábio Andrade – A concepção do projeto são unidades específicas para
efetuar o tratamento adequado, a fim de maximizar o aproveitamento dos
resíduos, alinhado a política nacional de resíduos sólidos. É _____ de sistemas
modernos e seguros que usando tecnologia de ponta, preservam os recursos
naturais. É concebido sobre um conceito de uma indústria de tratamento e
valorização de resíduos, onde ciclos fechados, aos materiais produzidos nos
processos serão utilizados dentro do próprio empreendimento. E o
monitoramento ambiental ele é efetuado periodicamente com o
acompanhamento dos indicadores operacionais, ambientais e gerenciais dos
respectivos processos.
P/Pessoa não identificada – “Quais são as unidades que vão compor o
empreendimento na sua totalidade?”.
P/ Fábio Andrade – O aterro sanitário em suas diversas etapas, a triagem e
reciclagem de resíduos, a compostagem de resíduos urbanos, o tratamento de
resíduo de serviço de saúde, a estação de tratamento de afluentes, a captação
do biogás, a área para futuras tecnologias, o viveiro de mudas de espécie
nativa para o reflorestamento da área e projetos de educação ambiental da
empresa e a unidade de geração de energia. Essas aí serão as unidades que
vão compor todo o complexo.
P/Pessoa não identificada – “Algumas principais características ambientais do
empreendimento?”.
P/ Fábio Andrade – A proteção do solo dos recursos hídricos, o controle da
estabilidade do maciço de resíduos, o atendimento a própria política nacional
de resíduos sólidos, o controle de seus impactos visuais e sonoros, projetos de
educação ambiental que são desenvolvidos, a utilização sustentável do biogás
com a finalidade de geração de energia, o tratamento do chorume com a
utilização da água de reuso do próprio empreendimento, programas de
ambientais no escoto do ar, água, sol, fauna, e flora né? Que compõe todo o
processo dos estudos ambientais. O monitoramento e pós-monitoramento
ambiental, é um empreendimento que tem uma grande vantagem de ter
autonomia e de solo argiloso, para implantação de suas diversas etapas, e
recobrimento de ___ nos ínsitos. E por fim, responsabilidade sócio ambiental,
conclusão dos catadores do Lixão de Babi que foi encerrado. Essas aí são
algumas das principais características ambientais do projeto.
P/Pessoa não identificada – “Qual que é o modelo tecnológico?”
P/ Fábio Andrade – Nós temos os resíduos domiciliares, que serão
encaminhados para uma unidade de triagem prioritariamente, onde _____
resíduos seco ao resíduo úmido. O resíduo seco, ele sai ________ para a
reciclagem para posterior venda, onde o rejeito é encaminhado ao aterro
sanitário. A matéria orgânica, ela vai seguir para uma compostagem, que terá
finalidade a venda de composto e utilização desse material, do próprio
empreendimento nas áreas de preservação e na confecção de mudas e o
rejeito será também encaminhado para o aterro.
P/Pessoa não identificada – “Com esse modelo, a coleta seletiva já vem
direto para a usina de reciclagem, os resíduos de poda já vão diretamente para
os resíduos de compostagem?”.
P/ Fábio Andrade – Nessa concepção, esses resíduos são encaminhados
para uma indústria, este é o conceito. Aonde nessa indústria será processado,
terá “eventualmente”, devido tratamento e destinado de maneira
ambientalmente correta, usando as tecnologias para maximizar a valorização
desses resíduos.
P/Pessoa não identificada – “A situação atual do aterro?”
P/ Fábio Andrade – Essa é a área do empreendimento, aqui nós temos a
etapa 1, etapa que já está licenciada, já está em operação. A etapa 1 tem uma
área de 66 mil metros quadrados de área impermeabilizada, com a capacidade
de 1.400.000 metros cúbicos ou toneladas de resíduo. Com expectativa de
quatro anos de vida útil, recebendo a capacidade que recebemos hoje de 2 mil
toneladas de resíduo o dia. A etapa 1, em outra visão né? Ela foi subdividida
em algumas fases, essa aí é uma foto do local onde já existe, e a conformação
final dessa etapa 1. Quanto ao seu encerramento.. As unidades de apoio que
também já existem no local, são compostas por portaria, estrutura
administrativa, escritórios administrativos, vestiário, refeitório.. tudo que já
existe no local. Unidades de apoio também que compõe o empreendimento já,
com uma balança, estacionamento e área para estocagem de material que são
utilizados diariamente na operação do aterro. O sistema de monitoramento
ambiental, ele é fundamental no empreendimento, e esse projeto ele já conta
com o monitoramento das águas subterrâneas, com seis pontos a montante do
aterro e quatro pontos a jusante da área. Um ponto montante e um ponto a
jusante de monitoramento de água superficial. As águas subsuperficiais, com
dois pontos a jusante da área, o chorume ele é monitorado periodicamente, um
ponto na lagoa de acumulação. Os deslocamentos verticais e horizontais do
aterro, são monitorados através de arcos superficiais, são localizados no
maciço de resíduos e o monitoramento dos gases que é analisado a
composição do biogás que é queimado hoje com a _____ do aterro. Viveiro de
mudas, essa é a uma realidade também, onde além de toda a tecnologia já
envolvida no desenvolvimento e operação do CTR ______________. O viveiro
de mudas ___________ para efetuar o reflorestamento da área. Um ponto
positivo desse projeto, é que ele é executado por ex catadores que foram
capacitados para produção e molejo de mudas. São esses funcionários que
faziam parte do Lixão de Babi e que hoje convivem com uma outra realidade. A
unidade de tratamento de chorume já está em plantação, ela é composta com
um sistema de pré-tratamento através do sistema físico, químico e biológico,
sistema de osmose reversa, aonde vai tratar o chorume e deixar ele em
qualidade de água de reuso, atendendo ao lançamento da resolução ______
430. Todo efluente tratado, ele deve ser utilizado como água de reuso para
irrigação de áreas verdes, viveiros de muda, e umidificação de vias. E aqui as
demais etapas do projeto que estão em estudo. O projeto de ampliação,
transformando essa etapa 1 do aterro sanitário, definitivamente em indústria de
valorização. O aterro sanitário e as suas etapas e as suas demais unidades..
de triagem, de compostagem, de tratamento de resíduos de serviços de saúde,
a unidade e captação do gás, a unidade de novas tecnologias, e a geração de
energia. E esse é o escopo da ampliação do projeto. Aqui a gente consegue
visualizar a etapa 1, a qual nós descrevemos que já existe, aqui tem a etapa 2
do aterro sanitário que em uma área de 133 mil metros quadrados irá
acomodar 2.600.000.00 toneladas tendo uma vida útil de dois anos e meio
aproximadamente com expectativa de recebimento de 13 mil tonelada o dia. A
etapa 3, que é logo em seguinte, em uma área de 241 mil metros quadrados
com a capacidade de aproximadamente de 8.500.000.00 toneladas de resíduo
e uma vida útil de aproximadamente oito anos. A etapa 4 que é a conformação,
interligação das 3 primeiras etapas do projeto, em uma área de 83 mil metros
quadrados com a capacidade de acomodação de 13.200.000.00 toneladas,
com uma vida útil de aproximadamente três anos. E por fim, a etapa 5,
conformando o aterro sanitário como um todo, que em uma área de mais 141
mil metros quadrados, uma capacidade de aproximadamente 6 milhões de
tonelada com uma vida útil de cinco anos e meio. Essas 5 etapas, elas tem
uma capacidade total de 22 milhões de toneladas de resíduos, totalizando a
vida útil de 22 anos. O layout geral do empreendimento como um todo, a gente
acabou de ver a etapa do aterro sanitário. Cada _____ dúvida pendente
daquela, cada etapa daquela, ela tem uma __________ chorume _________
que vai encaminhar todo o influente gerado para a estação de tratamento de
chorume que já está sendo implantada na ___________. Aqui, por sistema de
captação de PH exige em relação a energia, a unidade de compostagem, a
unidade de triagem, a unidade de tratamento de resíduos de serviços de
saúde, e a área ______ das tecnologias. Aonde agora nós descrevemos cada
uma dessas unidades, mostrando as suas voltagens no empreendimento. A
voltagem de triagem como já foi citado, ela terá finalidade de separar o resíduo
seco do resíduo úmido se agregando o material reciclado para o
aproveitamento. Uma grande vantagem dessa triagem, é a redução que é
aproximadamente de 30% a 40% do volume de resíduos que iria ser disposto
no aterro. Ampliando dessa forma, a sua vida útil. O resíduo úmido, ele será
encaminhado para a compostagem ou preferencialmente para o aterro, a fim
de efetuar a decomposição da _______ orgânica, maximizando o
aproveitamento do biogás para geração de energia. A unidade de
compostagem que é um processo de transformação da matéria orgânica em
adubo orgânico. A compostagem, ela é realizada com o uso dos próprios
microorganismos presente nos resíduos, em condições ideais de temperatura,
aeração e umidade. O objetivo dessas compostagem, desse composto, é a
utilização ___________ onde adubo orgânico para a comercialização e o
aproveitamento no viveiro de mudas de espécies nativas e como nos
processos de reflorestamento a serem desenvolvidos pela BOB na sua própria
área. A umidade de resíduo de serviço de saúde, foram estudadas algumas
alternativas, foi estudada incineração, tratamento através do sistema de micro-
ondas, sistema de autoclave, e sistema de vara séptica. Autoclave que é um
procedimento, um processo que foi escolhido como forma de tratamento de
resíduo no serviço de saúde, é um processo de esterilização, utilizado para
completa destruição de todas as formas de vida microbiana. O processo de
esterilização por ___ úmido, como ele é conhecido, é considerado uma
tecnologia limpa, por não apresentar emissões límpidas e gasosas. Após a
esterilização, esses resíduos eles serão dispostos no próprio aterro sanitário e
a capacidade inicial do sistema é previsto de tratar aproximadamente 500 kg
por hora de resíduos patológicos. A umidade de captação de biogás, a gente
sinaliza aqui de uma forma esquemática, mostrando o aterro sanitário, ele
adaptado com sistema de drenagem de gás, aonde através de motores que
efetuam a sucção do mesmo encaminham esse biogás para uma central de
tratamento que posteriormente encaminha para uma unidade de geração de
energia, e distribuição na rede pública. Aí outra ilustração do sistema de
captação de biogás aonde todo esse biogás será coletado com a finalidade de
maximizar o seu aproveitamento energético. Porque nós temos o aterro
sanitário, sistema de captação como é feito, sistema de controle de válvulas, e
aqui uma unidade de sistema de captação e queima do biogás. A umidade de
geração de energia, nós temos aqui um esquema aonde a gente mostra o
aterro sanitário. Essa é a unidade que já existe, já é conhecida no grupo ao
qual a BOB faz parte, então na verdade já operamos uma planta dessa. É uma
realidade, é o que a gente vai trazer aqui pro município de Belford Roxo. O
aterro sanitário, o sistema de tratamento desse biogás, a usina termo elétrica
aonde os _________ efetuam a queima do gás e gera energia elevada para
uma subestação para depois distribuir na rede elétrica. Processo de geração
de energia elétrica com outra visão esquemática, nós temos aqui o biogás
gerado no aterro, existe o sistema de tratamento desse gás através de
trocadores de calor e resfriadores. O sistema de sopradores que executam,
que subcionam todo esse biogás do maciço de resíduos, os motores que
geram a energia através da queima da combustão do biogás e a rede elétrica
que efetua a distribuição da energia já gerada. A área das novas tecnologias,
um empreendimento desse e para uma expectativa de vida útil acima de 20
anos, jamais poderia se eximir da responsabilidade de estar aberto a novas
tecnologias, então dessa forma já é previsto no projeto, uma área para novas
tecnologias que venham a surgir. Daqui a 5 anos, 10 anos na questão do
tratamento dos resíduos. Projeto de inovação, uma empresa de Vanguarda,
uma empresa que busca tecnologia, dentro da área já existente né? Tá falando
do projeto, já foi desenvolvido, a cobertura flutuante para a lagoa de chorume,
essa lagoa é a primeira utilizada no estado do Rio de Janeiro, aonde de uma
forma ambientalmente adequada, o chorume ele fica armazenado entre o
sistema de impermeabilização e o sistema de cobertura móvel. Aonde a
medida que o chorume ele eleva dentro da lagoa, ou na baixa, a medida que
ele é encaminhado para tratamento, essa lagoa acompanha. Com isso, é mais
eficiente no confinamento e recolhimento dos gases, evitando os adores, existe
um melhor gerenciamento das águas fluviais, uma vez que a água de chuva,
ela não tem contato com o chorume, reduzindo a quantidade de chorume a ser
tratado. Ela é retirada como água limpa e por ser um processo anaeróbio, que
fica confinado, contribuindo na redução das cargas para tratamento do
percolado. Externamente. Por fim, no momento está sendo implantado uma
_______ é um modelo que permite a redução da quantidade de resíduos
destinados ao aterro que passam a receber somente rejeitos, ele passa por
tratamentos prévios. Existe a valorização econômica dos resíduos, com o
aumento da eficiência da triagem, da reciclagem e da compostagem. A
inserção dos catadores no processo produtivo, com a ação de responsabilidade
social. A viabilização de projetos no mecanismo de desenvolvimento limpo no
____ do Protocolo de Kyoto, para geração de energia através do biogás do
(terro) com a utilização do ______ e obrigação ambiental da população. Dessa
forma, a gente sinaliza que esse modelo ele atende a permanente política
nacional de resíduos sólidos, tendo aí com algumas vantagens a menor
quantidade de ares degradadas, benefícios para o próprio município de Belford
Roxo, com a geração de mais empregos, com o aumento da arrecadação de
impostos, com royalty pelos recebimentos de resíduos de outros municípios. A
redução nos impactos ambientais, o ganho de escala econômica, é um atrativo
para a implantação de novos empreendimentos industriais, formando aí um
pólo industrial no município, para ver se você já detém algumas matérias-
primas e principalmente a energia elétrica, como um facilitador. O ganho de
logística para tratamento e destinação final dos resíduos, maior eficiência na
gestão dos resíduos sólidos, e por fim, como uma grande vantagem atende
plenamente a política nacional de resíduos sólidos. Finalizo aqui a minha fala e
a apresentação do empreendimento. Agradecendo aí, a todos os presentes.
Muito obrigado..
(aplausos)
P/ Luiz Heckmaier – Muito obrigado Fábio, pela apresentação.. antes de eu
passar a palavra para o Antônio França, ____________ nós temos algumas
cadeiras lá atrás, para vocês não ficarem em pé, por gentileza.. utilizarem,
podem utilizar lá os assentos.. e fiquem à vontade para então.. ou então pode
ficar a vontade onde achar melhor.. Eu gostaria de saber se entre nós aqui, tem
algum representante também do IBAMA, ou do __________________ alguém
da secretária _____ meio ambiente? Não? Alguém do Ministério Público,
Federal, Estadual, presente também? Então. Ok. Então, lembro mais uma vez
que vocês já podem ir fazendo as perguntas e ir pegando as perguntas
__________ com as nossas recepcionistas para que logo em seguida, depois
dessa apresentação, no intervalo nós aqui na mesa, possamos organizar aqui
as perguntas. Então, em seguida, eu vou passar a palavra ao senhor Antônio
França, que é o técnico da AMPLA PROJETOS E SERVIÇOS EM MEIO
AMBIENTE e foi um dos responsáveis pela ____________ impacto ambiental e
falar então ___________ impactos desse empreendimento que vai causar
_________ ao meio ambiente. Sr. Antônio, por gentileza..
P/ Antônio França – Boa noite.. Alô? áudio.. Áudio.. Está bom.. (risos) Boa
noite a todos, é uma satisfação muito grande tá aqui. Eu me chamo Antônio
Carlos França, eu sou geógrafo, eu tenho aqui a responsabilidade de fazer a
apresentação do estudo de impacto ambiental, realizado pelos nossos
técnicos, cerca de 40 técnicos trabalharam nesse estudo, então a
responsabilidade é muito grande e eu espero cumpri-la da melhor maneira
possível. Depois do Fábio aqui, eu queria começar falando um pouquinho.. Eu
acabei de tomar um café, e esse meu copinho não me serve mais, certo? Eu
vou pegar esse copinho aqui e vou jogar fora. Esse copinho aqui vai entrar no
cesto de lixo e ele vai parar em algum lugar, concorda? Ele pode parar no lixão
ou ele pode parar num aterro. E a gente vai falar um pouquinho da diferença
entre o que é um aterro e o que é um lixão. E se eu to chamando a atenção, é
porque cada um de nós, na nossa casa, no escritório, no nosso trabalho, na
escola ou comércio, produz lixo, certo? E a gente precisa saber para onde vai o
nosso lixo de fato né? Ele pode ir para um lixão ou ele pode ir para um aterro.
Então vamos lá ver, quais são as principais diferenças entre o que é um lixão e
o que é um aterro. Aqui então nós temos umas ilustrações, que eu vou passar
rapidamente sobre o que é um lixão, né? Então, o lixão é isso.... Quer dizer, a
gente produz o lixo em casa, produz o lixo na cidade, e esse lixo é recolhido, e
ele vai para um lugar, e em geral é longe do centro da cidade, em geral é longe
das nossas casas, e ele vai para uma situação como essa, que inclusive você
tem crianças, animais, pessoas que vivem do lixo, não é? Ali nós temos
infectarão de animais como urubus têm ratos, tem outros tipos de pragas que
aparecem no lixo não é? E, além disso, como ele é colocado de forma
inadequada, ou seja, não de forma incorreta o que quê acontece, o chorume
que é gerado, que é isso que tá aqui no meio, essa mancha negra aqui que é
chorume, ou seja, o lixo vai apodrecendo, ele vai soltando um líquido além do
gás, e esse chorume vai para, por exemplo.. perdão... Ele vai para o subsolo e
infecta o subsolo, as águas subterrâneas, e também os rios que nós vamos ver
um pouquinho mais a frente.
P/Pessoa não identificada – “O que quê é um aterro sanitário?”
P/ Antônio França – Um aterro sanitário, você tem que fazer um controle, você
tem que preparar o solo, você tem que fazer uma cobertura, que o Fábio
acabou de dizer aqui. Então veja, aqui tem plantação de manga, depois que
você faz o tratamento do solo. Você faz a base do aterro e você coloca
circulações para receber o chorume que depois vai para uma lagoa, para ser
tratado. O próprio gás também é canalizado para você também aproveitar no
futuro para gerar energia. Aqui, nós temos o exemplo das tubulações né, os
tipos de tubos que são usados para levar o chorume, e aqui, uma área de
captação do gás para você poder levar para a unidade que vai gerar energia
depois, né? Aqui, um exemplo rápido né.. Como é que se inicia o depósito do
lixo e aí você vai fazendo a cobertura com o solo, né.. Aqui então no início da
cobertura com o térreo, você precisa cobrir esse lixo, para ele não ficar exposto
e não trazer uma série de vetores, ratos, animais, aves, e aqui nós temos o
exemplo final.. Quer dizer.. Eu tenho aqui a preparação de uma nova célula
para receber o lixo. Tá devidamente lacrado aqui, ou seja, ele tá
impermeabilizado para o chorume não descer e infiltrar ali até o lençol freático
né? Aqui já tem uma fase intermediária que tá tudo preparado, já tá recebendo
lixo e aqui nós temos outras células que já foram completamente cobertas e
que depois vão ser tratadas e que vão ser rejeitadas em seguida. O que quê
acontece em um aterro? Você não tem entrada das pessoas, qualquer pessoa
não entra.. Você tem um controle, para você ver ele é cercado, ele tem
portaria, ele tem os funcionários, não é? Então não é qualquer pessoa que
pode entrar. Tem a questão da balança que você faz o controle, tem muitos
lixões no Brasil e fora do Brasil que as pessoas não tem ideia que tipo de lixo
que chega ou a quantidade de lixo que chega nos lixões. No aterro você tem
um controle, “o que chega, da onde chega, por que é que tá chegando?” Então
se eu tenho um lixo doméstico, é lixo doméstico, eu tenho lixo hospitalar, é lixo
hospitalar. A gente já viu casos por exemplo, em outras capitais no Brasil.. Que
muitas vezes o catador tá lá pegando alguma coisa para ele poder tirar o
sustento e tem seringas com as agulhas que estão jogadas ao lado, muitos
deles não tem uma bota, não tem uma luva e pode se infectar com um resíduo
hospitalar que foi jogado de forma _________ Em um aterro, isso não acontece
né? Então aqui, rapidamente, a diferença entre um aterro e um lixão, né? Aqui
a cobertura, aqui fica exposto. Aqui eu tenho a preparação para pode receber,
aqui eu tenho chorume livre que vai infiltrar. Aqui eu tenho a preparação do
aterro para poder canalizar o chorume e o tratamento que é feito com pedras e
depois com essa lona preta aqui, para justamente segurar o chorume e
destinar o chorume para essa população, para poder ir para a lagoa e tratar,
enquanto que num lixão, eu tenho um monte de lixo aqui. Todo o chorume tá
sendo destinado para esse canal que vai cair num rio, vai cair num rio maior.
Então, a gente tem hoje inclusive, rios no Brasil, em vários lugares do Brasil,
que os lixões estão drenando, estão jogando o chorume para dentro desses
rios. E aí muitas vezes, a gente 30, 40 km a pé e tem uma cidade pegando
água para abastecer a sua população. O tratamento da água fica caríssimo
porque você pega uma água que não é boa, você tem que tratar para poder
destinar à população, não é? Então resumidamente, a diferença entre um
aterro e um lixão é que num aterro você tem um controle, você tem um acesso
controlado. No lixão você não tem, entra e sai qualquer pessoa. Você tem um
controle sobre os resíduos. “Quais são os tipos de resíduos, eles tem
destinação diferenciadas, eles tem tratamento diferenciado..” Em um lixão você
não sabe o que chega, não há tratamento nenhum, não há separação do lixo.
O local é devidamente preparado, em um lixão não é preparado. No aterro,
você faz a captura e o tratamento do chorume, você faz a captação do
chorume e você trata.No lixão, não há qualquer tipo de captação, ou seja, você
não ______ o chorume, você não tem nenhum tratamento. A cobertura é feita
diariamente no aterro, enquanto que no lixão ele fica aberto, ele fica exposto,
várias vezes.. Por isso que “você” tem mau cheiro, “você” tem aves, “você” tem
outros tipos de animais, que trazem inclusive doenças, trazem risco de saúde a
população. No aterro, você faz a captação e uso do gás para gerar energia
elétrica, enquanto que no lixão, esse gás é liberado para a atmosfera e vai
prejudicar inclusive a camada de gás ozônio, que prejudica a nossa vida na
própria terra. Sem contar o mau cheiro, enfim.. E por fim, em um aterro você
tem que fazer um cinturão verde em torno dele, para diminuir o impacto visual
do aterro de frente para as outras pessoas que passam em torno. Enquanto
que em um lixão, você não tem nada disso porque você tem uma área
completamente degradada, que ofende inclusive as nossas vistas, e aí você
tem então um impacto muito grande, no ponto de vista visual da paisagem,
sem contar todas as outras mazelas que eu já coloquei anteriormente. Então
isso basicamente é para a gente começar agora, a fazer uma discussão sobre
o estudo que nós fizemos aqui no ponto de vista ambiental, nós vamos fazer
essa apresentação agora.. Por fim, só, aqui tá mais uma vez ilustrado para
vocês o que é você utilizar o gás de forma racional para gerar energia. È
possível isso através de um aterro. Em lixão, essa condição se torna muito
difícil, porque você não tem a canalização do gás e você não consegue ter um
aproveitamento e utilizar desse gás. Bom, vamos falar do estudo, dos estudos
ambientais que nós fizemos, a equipe fez. É um trabalho grande que foi
realizado ao longo de quase um ano. Para _____ com todas as exigências que
o INEA colocou no termo de referência que foi apresentado anteriormente aqui
pelo Ricardo, nós começamos há um ano atrás fazendo esse trabalho, né?
“Então o que quê é que nós fomos fazer de licenciamento ambiental, qual era o
empreendimento?” O Fábio já colocou aqui, deu uma visão para a gente, mas
eu vou repetir rapidamente.. Então, nós temos hoje uma área, que é essa
etapa 1, ela está em pleno funcionamento. Nós temos aqui o aterro, o aterro
funciona, é um dos primeiros municípios do Brasil a ter um aterro sanitário, é
Belford Roxo. Eu acho que isso é um motivo de orgulho para todos, a gente
trabalha em vários outros empreendimentos no Brasil, em vários outros
municípios, em várias regiões do Brasil, e quando você chega para discutir a
questão do lixo, no geral é participação de lixão e não de aterro. Belford Roxo
já tem um aterro, já funciona, e mais do que isso, faz o atendimento inclusive a
outros municípios que ainda estão necessitados dessa questão hoje em dia.
Então, nosso objeto de estudo foi buscar a licença para fazer ampliação da
etapa 2, da etapa 3, aqui é 3, perdão, a 2, a 3, a etapa 4, e a etapa 5. Ou seja,
ampliar o aterro que existe hoje que está funcionando para transformar esse
aterro num complexo de tratamento e destinação dos resíduos, ou seja, você
muda o conceito, você muda a condição e você trás novas tecnologias, você
trás um outro incremento para Belford Roxo. Aqui rapidamente mostrar porque
que é um complexo, porque você tem um conjunto de outras estruturas como
estações elevatórias, como tratamento e resíduo de saúde, ou seja, o resíduo
de saúde do município de Belford Roxo e outros que vierem a ser atendidos
não é misturado com aquele lixo da nossa casa, como o Fábio colocou aqui
anteriormente, ele é feito um tratamento diferenciado para depois fazer a
disposição dele no aterro. Tem aqui, essa área para novas unidades, novas
tecnologias, áreas de compostagem, e a termoelétrica aqui né? Que é possível
frente à escala, aumentando esse aterro, transformando ele em um complexo
de tratamento e resíduos, você consegue ganhar em volume e você consegue
ter uma umidade de geração de energia elétrica. Para se ter uma idéia, a
geração de energia aqui, potencial, é de uma pequena usina hidrelétrica, você
tem que fazer um reservatório, que pelo menos entre sete a doze quilômetros
de inundação, veja o que é isso.. Eu com o lixo das cidades aqui, eu consigo
gerar energia e deixo de fazer uma usina para inundar de sete a dez
quilômetros quadrados. A gente vai falar um pouquinho agora, sobre a questão
da localização desse empreendimento. “Porque que nós estamos discutindo
aqui em Belford Roxo esse empreendimento” tem algumas razões para isso,
não é aleatório.. Esses problemas de Belford Roxo, porque a gente achou que
Belford Roxo merecia ter, merece, mas não é o caso. Ou porque a gente quer
que Belford Roxo receba o lixo de toda a região, não, não é isso.. Tem
_______ técnicos para você definir área, não é à toa que tem mais de dois
anos que o aterro está funcionando aqui. Bom, não sei se todos vão enxergar
por conta da iluminação.. Mas o que quê a gente vai buscar quando a gente
estuda um aterro ou uma central de tratamento e resíduos, tem alguns critérios,
tem alguns elementos que a gente tem que estudar pra poder fixar uma
localização, ver se essa localização é ideal ou não.. Primeiro, a questão do
relevo, o relevo é muito importante, o lençol freático, porque a gente pode
contaminar o lençol. A questão de enchentes, eu não posso ter o aterro numa
área que ele tem um risco muito grande de sofrer uma enchente. Imagina o
desastre que é você fazer um aterro, três anos depois, você recebe uma
inundação. Imagina o que é lixo boiando para tudo quanto é lado. Então não
pode, tem que cuidar disso, tem que tá atento a isso. Solos, por que solos?
Solos é fundamental, porque a gente precisa de material para a gente poder
cobrir o lixo todo dia. O lixo que chega dentro do aterro, você tem que cobrir
com uma camada de terra. Então, eu preciso ter uma jazida muito grande de
solo para poder dar essa cobertura diária, para evitar mosca, evitar barata,
evitar rato, urubus, enfim, outras aves que possam _______ O rio, né, os rios..
“Por que os rios?” A gente não pode colocar um aterro muito perto de um rio,
porque a gente pode ter um risco de contaminação grande pro rio, então a
gente precisa também ter esse aspecto. Áreas urbanas, não é? “Por que que
nós vamos falar de áreas urbanas?” Todos nós, temos, todo dia, consumo em
casa. É na comida, é a nossa higiene, é na limpeza da nossa casa, tudo isso
gera lixo, tudo isso gera resíduo, então nós precisamos o quê, estar atento
quais são as áreas urbanas próximas a essa área de localização que tenha
necessidade de ter uma área onde você possa destinar todo o lixo da
sociedade de forma adequada. A vegetação, porque também você não pode
acabar com a vegetação para instalar um empreendimento como esse, você
precisa ver o local, se a vegetação pode ou não ser retirada, a gente pode
fazer a limpeza da área, e a questão dos acessos. Isso é fundamental também.
Não adianta eu construir um aterro num local, que é muito longe, certo? Porque
não tem estrada fácil para chegar.. Vai ser _______ praticável, a prefeitura tirar
o lixo para essa área, para esse aterro que a gente tá montando. Aqui, essa
imagem de satélite que tem aqui, a gente analisou a região e viu o seguinte..
Eu tenho aqui em cima a serra do mar, então eu tenho os contrafortes da serra
do mar, que são áreas muito íngremes, áreas muito acidentadas, são quase
em pé assim, “o barranco”, quase reto em relação ao solo, são áreas que hoje,
estão legalmente protegidas, então não tem como instalar um empreendimento
como esse. Aqui embaixo, essa área cinzenta aqui, toda essa área cinza, é
uma área de planície, essa área de planície ela já está ocupada pelas cidades.
Ninguém quer ser vizinho de um aterro. “Alguém quer ser vizinho de um
aterro?” Levantar de manhã, abrir a janela e ver o aterro do lado da rua..
ninguém quer, certo? Então, a gente precisa ter o que? Ter né? Não posso
colocar um aterro junto de uma cidade, ou no centro da cidade, em uma área
aonde tem muita gente morando. “E o que quê sobra então?” Sobra um pedaço
aqui, nessa área aqui, sobra justamente alguns trechos aqui, que não fazem
parte das áreas protegidas e nem da serra do mar, e também que não está
dentro de toda essa área urbana que nós temos aqui. E não é coincidência,
que hoje, a BOB Ambiental, ela tá localizada justamente nessas áreas aqui que
tem, que sobraram e todo o processo de ocupação que se deu na região da
baixada fluminense. E com uma vantagem no ponto de vista vocacional, né, eu
tenho cidades que chegam até o extremo aqui e tenho desse lado aqui um
extremo. E eu tenho para cá também um extremo em direção à Baia de
Guanabara. Vejam, essa área, que tá a BOB, ela é central em relação a esse
extremo, a esse extremo aqui e a esse extremo, ou seja, o empreendimento
não tá localizado aqui nessa ponta, se ele estivesse localizado nessa ponta
aqui, veja a dificuldade que seria levar o lixo daqui até lá, ou daqui para lá. Ou
o inverso. Então, essa área, é uma área privilegiada no ponto de vista de
localização, e sobre todos os outros aspectos que a gente já levantou aqui.
Aqui, só para a gente ter um entendimento, melhor ainda né, eu tenho.. aqui tá
o empreendimento, eu tenho aqui a serra do mar, que essa área verde aqui, é
a área de vegetação, a melhor vegetação que restou de toda a ocupação que
nós tivemos nessa região. Eu tenho aqui, algumas áreas com vegetação em
um estágio inferior a essa, mas que também é área de preservação e de resto
aqui, são todas essas áreas de vermelho, que é a área urbana. Ou seja, eu
tenho um processo de _____________. Aqui, nós temos municípios que não
tem se quer a área urbana mais. 100% do município, virou área perdão.. área
rural. 100% do município virou área urbana. Então, nem tem condições de
receber um empreendimento como esse mais. Mas todo mundo produz lixo, e
precisa levar para algum lugar. Então, conhecendo e tendo entendimento
desses aspectos centrais, nós fizemos o que, para o nosso diagnóstico, para o
nosso estudo, nós levamos em consideração qual é a característica do
empreendimento, ou seja, o que é o aterro e o que quê é um complexo _____
de tratamento de destinação de resíduo, nós pegamos essas características do
empreendimento e nos facilitou muito entender isso, porque.. porque o aterro já
existe. Como já existe o aterro, tudo que eles estão fazendo hoje,. Serviu para
nós como base, nos serviu de base para que a gente pudesse estudar,
entender o que eles tem hoje lá de trabalho, as ações que eles realizam hoje,
os principais impactos que eles provocam lá e quais são as medidas que eles
fazem, para resolver esses impactos, então foi muito bom para a gente isso, foi
assim um estudo que nos ajudou muito, o fato de já existir um empreendimento
e ao mesmo tempo nós tivemos um conhecimento geral, a cerca de onde está
esse empreendimento, qual é o município e a região desse empreendimento.
Todos esses aspectos somados, nos deram condições de a gente identificar os
principais impactos tanto sociais econômicos com os naturais, os ambientais e
nos deu uma contribuição muito grande, para que nós pudéssemos fazer as
medidas de controle e compensação, ________ desses impactos, nós vamos
ver mais adiante.. Bom, um estudo desse, de acordo com o próprio termo de
referência do INEA, nós temos que definir as áreas de influencia, ou seja, eu
vou fazer o meu empreendimento, quais são essas áreas de influência que
existe em relação ao meu empreendimento. Então o aspecto central foi definir
a área diretamente afetada, ou seja, à área diretamente afetada, é aquela que
tá _______, ela tá dentro do empreendimento, é aonde tá cercado e murado, é
ali que é a minha área diretamente afetada. E aí nós fizemos os estudos mais
detalhados, os estudos mais é.. é.. Digamos assim, complexos né? Nós
tivemos muito mais atenção a essa área, porque ali é que se realizam as
grandes questões, é aonde _______ as grandes transformações desse
empreendimento. Para um meio biótico e um meio físico, nós fomos buscar
uma área de influência direta, ou seja, aonde que eu posso ter alguma
interferência com esse empreendimento, num raio aproximado, próximo ao
meu empreendimento, mas que não é mais dentro do empreendimento. Então
no caso da questão só física e biótica, nós pegamos a bacia do Rio de Podas,
do Bodas, porque se eu tiver que entender como é que funciona essa região e
quais são os principais passos que eu posso ou não provocar dentro dessa
bacia, tanto para questão física como biótica. E para a área de influência
indireta, ou seja, para eu entender minimamente como funciona a região como
um todo, nos aspectos físicos e bióticos, nós pegamos a bacia do Rio Iguaçu.
O Rio Iguaçu é o maior rio aqui dessa região ________ Baía de Guanabara, o
rio Botas, ele entra, ele deságua no Rio Iguaçu. Portanto ele é o principal rio,
então nós tivemos que usar a bacia hidrográfica do Rio Iguaçu como um todo,
para poder fazer um estudo da área de influência indireta. E para a questão
sócio econômica, “qual foi a área de influência que nós usamos? O município
de Belford Roxo, o empreendimento está em Belford roxo, então nos usamos
esse critério aqui, e para questão de área de influência indireta, nós tivemos
que fazer alguma composição de alguns municípios, necessariamente não quer
dizer que o empreendimento só vai atender à esses quatro municípios. Mas
nós tivemos que fazer um estudo, projetando população, necessidade de aterro
para esses municípios, então nós trabalhamos com quatro municípios, que é
Belford Roxo, Nilópolis, Duque de Caxias, “Nilópolis”, São João de Meriti,
“Duque de Caxias ” e “Belford Roxo” O que quê a gente fez no diagnóstico, nós
fizemos uma série de estudos, um conjunto de variáveis, de fatores que são
importantíssimos para um empreendimento como esse. Aqui eu tenho uma lista
geral, mas eu vou colocar aqui, destacar apenas alguns para que a gente
possa avançar, não é.. Então uma coisa que a gente estudou muito, foi solos..
“Por que os solos?” Porque eu vou colocar lixo no lugar, eu vou preparar essa
área, para saber que tipo de solo eu tenho aí, certo? Na área do
empreendimento, eu tenho esse tipo de solo porque ele tá em cima dos
morros, ele tá num mar de morros, são solos argilosos, com baixa condição de
impermeabilidade, “o que quê é impermeabilidade? Eu jogo água nesse solo, e
essa água fica retida durante muito tempo no solo por causa da argila, ela não
desce rapidamente, diferente de um solo arenoso, que fica mais na baixada e
não nos morros, quer dizer, se eu fizer um aterro nas áreas de baixada, eu
tenho que ter um cuidado muito grande porque, qualquer conta que chegue
nesse solo, infiltra e vai para o lençol. Nesse caso, desses solos não, a gota
pode cair aqui em cima, ela vai ficar muito tempo para infiltrar e vai infiltrar e vai
infiltrar e não chega no lençol, né? Uma outra coisa importantíssima, que é a
questão de enchentes, né.. Aqui a gente sabe, é tradicional nos meses de
novembro, dezembro e janeiro, dependendo do tipo de chuva, se é uma chuva
excepcional, se é uma chuva muito concentrada, sempre tem problema de
enchente aqui na região, né? Não só aqui em Belford Roxo, mas na região da
baixada como um todo, sempre ____ com problemas de enchente em períodos
chuvosos, né? Bom, eu não posso por o aterro em um lugar que tem um risco
imenso de chuva, que eu já tenho muita chuva e eu posso ter um risco muito
grande desse aterro sofrer uma enchente. No caso, foi feito um estudo para
dimensionar qual seria a maior inundação, que é isso que tá aqui em azul,
projetados aqui nessa figura, que seria a maior inundação possível, que é
aquelas chuvas que a gente chama de decamilenar, que é aquelas chuvas
excepcionais, aquelas chuvas que acontecem a cada 100 anos, existe o risco
dessas chuvas é de acontecer a cada 100 anos. Então, não são aquelas
enchentes normais, recorrentes que acontecem. É aquela chuva
extemporânea, é aquela chuva que aconteceria a cada 100 anos em um
intervalo desse, né.. E aí na projeção, vejam vocês aqui, aqui eu tenho a base
do aterro que tá assentado no morro e que, portanto não tem possibilidade
nenhuma de ter o risco de inundação. No ano passo, entre dezembro do ano
passado e janeiro desse ano, o aterro aqui, o aterro aqui da BOB recebeu o lixo
de municípios que estavam com inundação inclusive dos seus lixões, foi uma
situação emergencial, entrou o Ministério Público, o próprio INEA e tal.. para
poder fazer o quê, um atendimento emergencial até que se passasse o período
de enchentes. Então veja, o aterro hoje, na sua fase, na sua primeira etapa, já
está trabalhando com essa condição segura. Toda a expansão do aterro, pode
ser nessa ótica, por isso é que foi feito esse estudo, para ver a capacidade que
você tem aqui de enchimento né, de cheias e a segurança que você tem do
empreendimento, para não ter o risco de qualquer atingimento com chuvas e
com enchentes. Aqui só para ilustrar, aqui tá o lixão do BABI, tá justamente
naqueles terrenos onde tem uma infiltração muito grande e tá muito próximo
dos rios, quanto o córrego das velhas, como o Rio Botas aqui, ou seja, o local
que era destinado todo o lixo de Belford Roxo, infelizmente não havia nenhum
critério técnico para _____ ter depositado aí e é uma área que tem que ser
recuperada, para que você possa evitar de continuar a ter chorume sendo
drenado né, o chorume é gerado aqui e ele cai nessa área de Várzea e acaba
entrando no rio e trazendo prejuízo para a questão, para a qualidade das águas
do Rio Botas. Aqui é um detalhe, do córrego das velhas mostrando que depois
de uma enchente, você tem aqui, lixo.. né.. Vai ficando aqui às margens algum
lixo e a qualidade das águas aqui, já está comprometida. Isso aqui é perto já,
desde Belford Roxo, porém o córrego das velhas passa em outras cidades para
trás, que o esgoto entra nesses córregos, são lançados, e aí você tem uma
água.. que tá em péssima qualidade hoje. Aqui um detalhe do Rio Botas, para
mostrar a localização aqui, é bem pertinho de onde nós estamos e também a
qualidade das águas aqui, que infelizmente você tem esgoto que é jogado,
lançado aqui ainda. As águas subterrâneas, que é uma coisa importantíssima,
foram feitos vários poços, e foi feito o monitoramento.. É feito um
monitoramento desses poços e aqui nós temos uma ilustração de como é que
é feita a coleta da água, para que você possa fazer a análise da água,para
verificar lá no aterro, como é que tá a condição da qualidade da água do lençol
freático. Lençol freático gente, só uma coisa importante, a gente às vezes
compra um terreno, ainda não tem água encanada e vai fazer um poço. Tem
local, que o cidadão tem sorte e com dois metros ele acha água, tem um local
que com 30 metros, o cidadão não acha água, isso é o lençol freático, quando
você fura, fura, fura e encontra água lá embaixo, tá.. Aqui só um exemplo para
mostrar onde foram feitos os poços né, então quanto mais para cima do morro,
mais profundo é o lençol freático, quanto mais perto do vale, mais próximo tá o
lençol. Não é à toa que os rios correm nos próprios vales. Lá embaixo, na
baixada, porque o lençol freático desce a encosta e lá embaixo ele aflora e
forma com os rios. Uma coisa importante que a gente foi analisar foi a questão
de ruído, como a cidade tá a 1km mais próximo de Belford Roxo, tá a 1km da
BOB, hoje e esperamos que esse cinturão seja mantido, não tem qualquer
interferência da operação da BOB, o ruído que pode ser provocado pelos
caminhões e seus equipamentos para a vizinhança e nós também fizemos
estudos das vias onde circula-se vários veículos, inclusive alguns caminhões
que levam para a BOB. As medidas que nós tivemos, elas foram normais como
em qualquer outra via onde você tem tráfego de caminhões, carros, ônibus,
enfim, de veículos. Desculpa, _____. Com relação a supleção de vegetação lá,
nós temos hoje na região, lá dentro da BOB, esse tipo de vegetação que é o
(cambará) e também a (bidoba) né, que é resultado do que, diárias de
passagens que foram abandonadas e que hoje tá num processo de
regeneração num estagio muito inicial e que dá esse tipo de vegetação
congênita que são aquelas espécies primárias que conseguem colonizar.
Portanto não é uma vegetação expressiva onde vai ser feito o desmatamento
para poder ampliar. Como ela é uma vegetação muito pobre, ela também não
oferece abrigo e também não oferece alimentação né, bastante diversa para a
fauna, logo que o nosso levantamento de fauna nós vem identificamos algumas
espécies e essas espécies em geral, como eu tenho pouco alimento e pouco
abrigo eu vou ter poucas espécies. E a coisa mais importante tanto para a
fauna como para a flora, eu, nós não encontramos lá, perdão, nenhuma
espécie rara, nenhuma espécie ameaçada de extinção, não tem, não existe lá,
né, nos nossos levantamentos nós não conseguimos encontrar nada. E as
unidades de conservação, nós fizemos a investigação para ver se tinha alguma
incompatibilidade do empreendimento frente à essas unidades de conservação,
apesar da BOB tá muito próxima a aba do Auto Iguaçu, eu tenho um rio como
barreira, que é o córrego das velhas, e o Rio Iguaçu né, e eu tenho o meu limite
de chegar antes da própria margem do rio, portanto não temos nenhum tipo de
interferência com essa área de proteção ambiental aqui, no Auto Iguaçu. Na
questão sócio econômica, nós fomos investigar alguns aspectos né, dentre eles
a questão do histórico, “Como é que se formou essa região?” “Como é que
essa região da baixada fluminense foi incorporada a região metropolitana do rio
né, então nós fizemos um levantamento e nós conseguimos identificar que em
todos os aspectos são marcantes nesse processo de corporação da baixada a
região metropolitana do Rio de Janeiro. O primeiro deles, é a questão da
industrialização, a partir dos anos 50, com a formação da REDUC, a fundação
e o funcionamento da REDUC e em seguida, a instalação do funcionamento da
rodovia Dutra, que é a principal ligação do país entre Rio de Janeiro e São
Paulo. Esses dois fenômenos aqui, contribuíram significativamente para o
processo de ocupação aqui, ou seja, as pessoas trabalham no Rio, mas não
tem condições de morar lá, foram se distanciando e muitas pessoas que vieram
de outros locais do Brasil, foram se instalando aqui, tiveram os seus filhos,
seus netos e aqui cresceu essa população, hoje ela trabalha na própria região
da baixada, ou em áreas do Rio, ou na região metropolitana do Rio de Janeiro.
“E o que quê nós temos como resultado disso?” Nós temos hoje, cerca de 99%
da população, da região metropolitana do Rio de Janeiro, vive em área urbana.
E você que vem da área urbana, significa você demandar uma série de
serviços públicos, dentre eles, você tem saúde, educação, moradia, você tem a
questão de é, é.. outros aspectos relacionados a ___, a transporte e tem um
que é essencial, que nós não podemos deixar de ter que é a questão do
serviço voltado para a coleta e destinação dos lixos. Então aqui só para se ter
uma idéia, dos quatro municípios que nós analisamos como potencial, de ser
atendidos por esse complexo agora, veja, são quase 2 milhões de pessoas em
quatro municípios que nós estamos falando, né.. São João de Meriti, Duque de
Caxias, Nilópolis e Belford Roxo, desses quase 2 milhões de pessoas, só
menos de 3 mil é que moram em área rua, o resto, o conjunto dessa população
na sua totalidade, mora em área urbana. E isso é muito importante porque,
produção de lixo, eu não tenho terrenos grandes para eu enterrar o meu lixo,
para eu resolver o problema do meu lixo. Eu tenho que pôr na porta, e alguém
tem que levar para algum lugar para resolver isso. Uma outra questão
importante, hoje o empreendimento está localizado e ele é compatível com o
uso dos aviamentos “principal” do município, ou seja, a BOB Ambiental hoje tá
numa zona determinada pelo próprio diretor da cidade e é compatível, ou seja,
é uma área que pode receber instalação tanto do centro de tratamento de lixo,
como de outros empreendimentos de caráter industrial. Não é incompatível, né.
A segurança aeroportuária, como eu tenho aqui um aterro, todas as minhas
ações que eu faço, ela tá compatível com a segurança de aviação. Tanto pro
aeroporto pequeno que tem aqui em Nova Iguaçu, como para o Galeão que é
bem próximo. E arqueologia, nós vamos fazer estudo de arqueologia para ver
se aqui existia algum registro, algum material arqueológico de valor
significativo, tanto histórico como cultural. Até agora não foi encontrado nada,
mas possivelmente quando abrir essas frentes de trabalho, talvez tenhamos
que fazer outras pesquisas na subsuperfície, não só na superfície, mas na
subsuperfície também. Bom, a partir daí, nós fizemos a avaliação dos
impactos, e também fomos buscar quais são as medidas necessárias para
fazer a compensação ou a (mitigação), ou seja, você reduzir o máximo possível
os impactos que você possa causar em um empreendimento como esse. Nós
utilizamos aí, a tributo, ou seja, quais são as etapas, a natureza, e a relevância,
os parâmetros de avaliação desses impactos e o número desses impactos, o
que quê nós chegamos, a 21 impactos retificados. Volto a insistir, isso foi muito
facilitado pela existência da BOB, já operando com o aterro aqui. Porque nós
nos espelhamos muito na experiência que eles têm, nos trabalhos que eles já
desenvolvem e isso nos ajudou muito na elaboração e na identificação desses
impactos. Então foram identificados 21 impactos, esses impactos, vou destacar
alguns que é a dinamização de processos erosivos e assoreamento porque
quando eu faço a limpeza do terreno, que eu tiro a vegetação, eu vou deixar o
solo exposto, pode chover e provocar erosão. Esse material que a chuva leva,
pode entrar no rio e provocar o assoreamento desse rio, tá? Então a gente tem
o conjunto de medidas, das quais todas que estão aqui, hoje já são realizadas
nesse empreendimento na BOB, tão lá sendo feitas né? E os planos e
programas para você fazer, acompanhar a efetividade dessas medidas. A
contaminação de águas superficiais e subterrâneas, então como a gente faz,
como lá existe todas as atividades sendo realizada, você tem que prever se vai
ter algum acidente, se vai ter algum problema e você tem que ter um conjunto
de medidas e também os planos e programas para que você possa
acompanhar, de monitoramento a execução das medidas preconizadas. Outra
questão é a supressão da vegetação, ou seja, tem ares hoje que tem
vegetação para eu poder expandir e eu vou ter que retirar essas áreas, essa
vegetação dessas áreas. “Que tipo de vegetação a gente encontrou lá?” Em
geral, eu já falei anteriormente, é aquela que é com (cambará) ou com a
(gigoga) que são espécies pioneiras que não tem nenhum grande valor do
ponto de vista tanto econômico como ambiental, e aí nós vamos ter
exclusivamente menos de três hectares, num total de 100 hectares, que tem
uma vegetação secundária em estágio médio. Um estágio mais avançado,
essa vegetação vai ter que ser reposta, o ____ vai tirar isso dessa área, vai
limpar essa área, mas ele vai ter que coletar material dessa vegetação,
sementes, mudas, tudo.. para reflorestar a mesma área, quer dizer, uma área
igual em um outro lugar. Então é isso que se chama de compensação
ambiental e vai responder a lei da mata atlântica. Porque a lei da mata atlântica
diz, se eu tenho uma vegetação em estágios secundários, estágios mais
avançados, você é obrigado a repor essa área em outro lugar. E aí eu tenho
aqui, uma dinamização que é um impacto positivo, da contaminação da
população, ou seja, tem uma diminuição dos riscos de contaminação. Se eu
tenho um aterro feito, bem controlado, o que quê vai acontecer, eu vou evitar
riscos, né, eu vou evitar riscos de contaminação das pessoas, tanto em quem
trabalha no lixão, como da população em geral. O importante é o impacto
positivo e melhora as condições de saúde. Outra coisa, outro impacto positivo,
esse já sim, de alta relevância, é a dinamização das atividades econômicas,
não só pela geração de emprego, pelo recolhimento de impostos, mas
principalmente com a geração de energia que virá, você pode ter, inclusive tem
um decreto estadual que diz que as empresas que utilizarem energia geradas a
partir do gás e lixo, vão ter subsídio na tarifa, então isso é um elemento que
pode atrair, pode trazer empresas para elas instalarem próximas ao próprio
complexo. Aqui, só para se ter uma ideia da matriz do impacto que nós
usamos, para avaliar, então com todos os impactos aqui estados, e aqui tem a
listagem de todos os programas, então para dar conta dos últimos impactos
que a gente identificou, sendo que deles, apenas cinco são de média
relevância e um é de alta relevância, mas é positivo, os outros são de baixa
relevância desprezível, eu tenho 16 programas para dar conta desses impactos
identificados. E também, por fim eu queria falar um pouco da questão dos
impactos cumulativos e sinérgicos, ou seja, um empreendimento como esse,
ele não se restringe exclusivamente a ele. Eu não tenho nenhum outro
empreendimento na região próximo aqui, que seja igual a ele. Então, não tem
uma sinergia, não combino o esforço conjunto com outro empreendimento
como esse, o que o torna ainda mais necessário de ser feito aqui na região, da
sua ampliação na região, mas eu tenho algumas sinergias que esse próprio
empreendimento pode trazer.. O primeiro deles, eu aumento a capacidade de
atendimento dos municípios da região, ele se torna uma opção, para as
grandes demandas, que outros geradores de resíduos, não só cidades..
Shoppings, festas, enfim, essas questões, esses outros eventos que não são
somente aqueles
que não são somente aqueles lixos que vem da cidade ta? Eu viabilizo o
aproveitamento energético né, vou gerar energia elétrica. Hoje quem tem
energia, os Estados que tem energia, os municípios que tem energia, uma
disponibilidade maior de energia é um elemento importantíssimo nessa disputa
para você levar a indústria e eu vou viabilizar novas tecnologias, como o Fabio
já falou anteriormente né? Eu tenho um grande investimento, eu tenho uma
empresa e um grupo que esta investindo, portando-me sobra condições, me da
condições de eu buscar novas tecnologias para racionalizar o uso cada vez
maior desse empreendimento. Concluindo, dada à apertada hora né, a gente
queria falar rapidamente para vocês, é, primeiro: o lixo, o lixão ele infelizmente,
ele promove a degradação ambiental, ele traz, ele prejudica a água, o ar, o
solo, ele afugenta animais, aqueles animais que a gente consegue NV, e traz
os vetores, nos causam doenças né, mas ele também traz uma coisa
fundamental que é a questão da degradação social né, porque imagina, as
pessoas tem que conviver, veja, nós jogamos fora, eu jogo fora o meu
bloquinho, alguém vai pegar isso lá, de uma maneira, de uma condição
desumana né, ele vai trabalhar, ele vai lá garimpar esse, para ver o que ele
pode tirar de valor para lhe dar o sustento, para ele e para sua família né?
Então veja né, o lixão é isso, nós não podemos mais ver isso, é uma chaga
social muito grande, um país como o Brasil e para outros países também né? E
o que é mais importante: não são sós as pessoas que estão no lixão que estão
arriscadas a se contaminarem, a pegarem doença, veja: um cavalo como esse,
amanhã vai ser atrelado a uma charrete, vai passar diante das nossas casas,
se esse cavalo tiver algum agente fitogênico, alguma doença, uma mosca
passando na nossa rua né, o mosquito pica esse cavalo e vai e pega no
cachorro, pega no gato nosso, uma criança nossa ou a gente mesmo, veja,
então não são só aqueles que estão lá no lixão é que sofrem com o lixão, nós
também temos o risco né, e o que é pior: alguns deles que trabalham no lixão,
como tem uma renda muito baixa, buscam outras alternativas para ter uma
renda melhor e acabam né, aqui tem dois porcos, não sei se todo mundo esta
vendo, no meio aqui desse chorume, dessa montanha de lixo, tem dois porcos
aqui, então as pessoas acabam criando porcos, galinha, e o que é pior: eu
amanhã não vou comer feijoada, porque eu não sei da onde vem o porco, não
é? Veja, é um problema serio, quer dizer, as vezes a gente acha que o lixão
esta circunscrito, ele é exclusivamente para quem ta lá, não é verdade né? E
tem todo o foco de doença que a gente pode pegar né, então a gente precisa
cuidar disso, precisa tratar disso, com soluções reais não é? Que é o que? É
você fazer aterro sanitário, é você dar uma lógica racional de uso, porque a
gente acha que é lixo, mas pode gerar energia, pode gerar outro valor, pode
gerar outra produção para o município, e o que é mais importante, que aqui no
caso da BOD né, nós temos hoje 70% né, do quadro que era catadores de
lixão do Babi né, ou seja, não é só a questão ambiental que nós estamos
tratando, estamos tratando principalmente tratando da questão social,
incorporá-los a outra condição humana, uma condição não de né, de algo que
é desumano, que traz a degradação para as pessoas não é, mas sim uma
condição onde o trabalhador, veja, o fato de essas pessoas estarem aqui,
trabalhando com muda, produzindo muda, eu pergunto aqui, quantas pessoas
sabem qual é a muda de uma arvore, consegue distinguir uma muda da outra?
Eu não sei, eu falo a coisa que vem a mente, mas não tenho a menor ideia,
uma alface para mim e um pé de couve é quase a mesma coisa, entendeu, é
tudo verde então, ta bom né? Mas veja, uma pessoa que era catadora de lixo,
hoje sabe trabalhar com mais quantas espécies, quantas espécies tem lá?
Mais de cem espécies, isso é ou não é, veja, não é só a pessoa trabalhando no
ribeirinho, são pessoas especializadas, ou seja, você ta dando dignidade a
profissão da pessoa que antes vivia numa condição suburbana né? Bom, tem
todo esse estudo entregue na secretaria, o que nós temos a dizer para vocês
aqui é que enquanto a consultoria, a AMPLA e a sua equipe entendem que
diante de tudo que foi exposto aqui, diante de todo o estudo que nós
realizamos, esse é o empreendimento que é ambientalmente e socialmente
justo, correto e tem viabilidade para ser implantado, portanto, nós entendemos
um empreendimento sustentável essa é a nossa conclusão, ta? Eu queria
finalizar, fazendo um agradecimento aqui em nome da equipe, a todos vocês,
nós sabemos, hoje, quinta-feira, esse horário, as pessoas estarem aqui é, eu
diria a vocês, é um exercício de cidadania, é um sacrifício, mas também é um
momento que a gente tem de criar felicidade, poder contar com as Senhoras e
com os Senhores aqui. Nós, desde 88 temos esse instrumento que é a
audiência pública, já passamos por ditadura no Brasil, onde não podia falar,
hoje nós temos esse direito de vir, opinar né, nós temos a obrigação como
técnicos de vir aqui, fazer a exposição, às vezes acertamos, às vezes erramos,
mas a gente tem que botar aqui a cara a tapa para vocês, na verdade essa
audiência pública só tem um sentido: ela só tem condição de existir, porque
existe possibilidade real da população, de quem tem interesse estar aqui para
discutir. Então em nome da equipe, em nome do empreendedor agradecemos
a vocês e daqui para frente nós vamos começar o debate. Obrigado.
(aplausos)
P/Luiz Heckmaier – Obrigado Antônio pela apresentação, parabéns. É,
lembrando mais uma vez que nós estamos, por enquanto, a receber as
perguntas dos Senhores e nós vamos agora fazer um pequeno intervalo de dez
minutos, para que nós possamos só esticar as pernas, tomar um café e em
seguida vamos então partir para a parte, vamos dizer, quente da reunião, que é
as questões e as perguntas. Tem um lanche lá atrás, por favor, tem lá atrás um
lanche, por favor, vocês fiquem as vontades. Obrigado. Olha, já tivemos aqui
algumas perguntas, vou encerrar, vou dar como encerrado agora a parte de
recebimento de perguntas, se alguém tiver alguma pergunta, por favor, traga
ainda aqui a mesa que eu darei como encerrado o recebimento das perguntas.
Bom. Bom, nós vamos então começar a responder as perguntas, o Marcos
André Raposo Meireles, esta aí o Marcos André? Esta aí, beleza Marcos.
Moisés Boechat? Esta aí, esta lá atrás, Moisés Boechat. A Lidimara da Penha
Ramos Cavalcante? Beleza, esta aí. E o Marcelino Santos de Araújo? Ok.
Bom, esses quatro pessoas fizeram perguntas sobre o empreendimento, eu
vou pedir ao Alfredo Lobo que faça então, que responda, por favor. O Marcos
André ele pergunta o seguinte: qual é a área total a ser utilizada e qual é a
diferença deste, do complexo, desse complexo do meio ambiente e das
pessoas que moram no entorno? Bom, repetindo: qual é a área total a ser
utilizada? Eu vou, Fabio, eu vou passar, eu vou ler a pergunta, eu vou passar
para você para você então depois, para ficar mais fácil para você ver a
resposta, para responder direito, para facilitar, então ele pergunta: qual é a
área e qual é a influência desse complexo para as pessoas da empresa? É, o
Cristiano pergunta: em quanto tempo o projeto pode ser concluído? E a
Lidimara pergunta: com relação aos acessos para o transporte de resíduos, se
há algum projeto para que isso ocorra sem que se utilizem as vias utilizadas
pela população, como o bairro do Recanto? E o Marcelino pergunta: a planta
apresentada já está em funcionamento na sua plenitude, com captação de,
com captação de gás, compostagem e triagem etc. ou são etapas que ainda
serão em construção? E qual é o prazo para que toda a segurança prevista
esteja em operação? Então Fabio, por gentileza, você podia adotar as
perguntas e...
P/Moisés Boechat – Boa noite a todos, eu sou Moisés Boechat e vou
responder a pergunta do Senhor Marco André. A área total do empreendimento
Senhor Marco André, é cento e sessenta e cinco hectares. Sobre a influencia
do complexo no município de Belford Roxo e no meio ambiente, é, a influencia
é muito positiva, a região foi ocupada por um grande período por um lixão que
degradou tremendamente a região e a população e os animais locais, todos os
animais domésticos da região que comia lixo, as pessoas que criavam bois na
região, tinha muito problema de intoxicação com resíduos e os resíduos
químico hospitalar exposto na região. E o empreendimento hoje já está
funcionando, não sei se o Senhor já teve a oportunidade de fazer uma visita,
quando quiser ta convidado, para ver o terreno da gente lá, vai ser um prazer te
receber. E a parte ambiental do empreendimento, quando você for lá, você vai
poder comprovar e o nosso técnico do INEA que já conhece todo
empreendimento, toda qualidade que ele diz tudo.
P/Luiz Heckmaier – Senhor Fabio, você podia, por favor, repetir a pergunta,
reler a pergunta e responde se não pode perder a brecha, senão o público não
tem continuidade na questão.
P/Moisés Boechat – O Senhor Marcelino Santos de Araújo pergunta se a
planta apresenta, apresentava detalhe em pleno funcionamento, é que só tem
insumo, só tem impute. Essa planta é uma planta, é uma obra dinâmica que ela
vai se desenvolvendo em todo seu período de alternação, então é uma obra
quase ininterrupta durante todo esse período, durante esses 22 anos vai ta
sempre implantando e fazendo coisas. A parte de tratamento de insolúvel vai ta
pronta agora em janeiro, então ela vai se desenvolvendo de acordo com o
andamento da operação, então ela é uma obra que seguiu que vai durar todo
período de operação, ok? Este respondido? É isso mesmo?
P/Marcelino Santos – Não, eu queria saber o prazo...
P/Luiz Heckmaier – Meu querido, por favor, um momentinho só, você vem
aqui falar, porque como essa audiência esta sendo gravada, o Senhor, se não
Senhor falar vai perder oportunidade e depois vai dificultar a transcrição, é por
favor.
P/Marcelino Santos – Boa noite. A minha pergunta aí ela ta bem clara, era só
virar. A realidade que eu quero colocar é que em vista do que era o nosso
município, a coisa esta bem melhor, só que a gente quer mais, a gente quer
que não esteja só aqui no projeto, a gente queria que tivesse tudo em operação
já né? É um avanço muito grande para o município e a gente queria que esse
projeto tivesse já na sua plenitude, do tratamento de enxofre vai vir com a
separação do resíduo, com a compostagem, ia beneficiar muitos produtores e
nós temos produtores rurais no município, a recuperação de áreas degradadas
e isso eu queria saber o prazo para esta totalmente implantado, porque são 22
anos, 22 anos passa muito rápido, já passaram dois anos, já esta dois anos em
operação recebendo resíduos sem o devido separação, não esta havendo a
separação, eu já tive lá né, o resíduo esta sendo colocado e estamos
recebendo resíduos de outros municípios porque o lixão de Gramacho foi
fechado e acabou vindo para Belford Roxo né, e isso sobrecarrega a área, a
área que tinha uma previsão e na verdade a gente sabe que não vai ser essa
previsão, ela vai estourar antes do tempo, porque o resíduo ta indo para lá do
jeito que ele vem, não esta havendo uma separação. Então eu queria que
houvesse uma aceleração na implantação desses processos, o processo de
separação do resíduo, o processo de reutilização do metano, da produção de
energia elétrica e 22 anos é muito pouco tempo, parece que é muito tempo,
não é não, vai passar muito rápido e isso de repente vai ficar só no papel, todo
esse processo ecologicamente correto vai ficar só no papel, só no projeto. Eu
acredito que a gente tem que lutar para que isso seja implantado. A população
do recanto de Belford Roxo tem que cobrar que todo processo seja colocado
em operação e é por isso que eu pergunto: qual é o prazo para ta em operação
a planta na sua totalidade? Este bem claro aí na minha pergunta. Eu queria
que tivesse assim, colocado aqui, prazos.
P/Moisés Boechat – Ok.
P/Voz não identificada – Tinha que sentar rápido, porque senão a gente não
vai sair daqui hoje.
P/Luiz Heckmaier – Não, exatamente, é isso aí que eu ia dizer, olha só: nós
estamos na fase de perguntas, não é a fase aí de uso da palavra. Então eu vou
pedir as pessoas, eu só ia pedir ao Senhor que veio aqui perguntar, só para
esclarecer, para ele sair daqui bem informado, tem uma finalidade que tem que
sair daqui bem informado. Então eu peço a todos, inclusive a mesa que faça
bem sucinto as perguntas porque, para gente não se estender demais aqui
também.
P/Luiz Sergio – Esta ok. Marcelino, eu sou Luiz Sergio, sou responsável pelo
projeto. No fundo essa ansiedade sua de querer saber quando que cada
compartimento vai ser implantado vai funcionar etc. é no fundo uma busca do
próprio projeto. O mais importante aqui do que você comentou hoje, essa
central, esse aterro ta sendo muito bem operado e isso já é um ponto de
partida. A partir do momento que todo resíduo urbano esta sendo bem tratado,
disposto etc. isso gera serenidade para ir implantando cada etapa, para isso a
gente depende, por isso que nós estamos aqui, para licenciar e de uma forma
corajosa já propondo tudo né? Então a primeira etapa a ideia é já fazer uma
central de triagem dos, pelo menos dos recicláveis que predominantemente
recicláveis que possam ser separados e a partir disso vai haver uma separação
gradativa. A perspectiva é que essa sucessão se de em torno de até cinco
anos, só que passo a passo, fazendo com que esses passos sejam
irreversíveis esta, para que realmente Belford Roxo signifique um modelo, não
só aqui para o Rio, mas para o Brasil, ta ok?
(aplausos)
P/Luiz Heckmaier – Para completar a transcrição da ata, a gente vai ouvir
variação de voz, a palavra do Senhor Luiz Sergio. A próxima pergunta, próxima
pergunta, por favor.
P/Moisés Boechat – Sim, a pergunta é de Lidimara. Com relação aos acessos
e tem alguma opção de acesso no, para o município de Belford Roxo? Tem
sim, esse acesso ele corre na margem do Rio Iguaçu, ele esta sendo feito, falta
só a pavimentação dele, já esta licenciado e falta, a principio a gente esta
contando com o apoio do DER esta, tem uma licença do DER e o pedido de
pavimentação desse acesso que vai ligar a Avenida Presidente Kennedy a
Estrada Velha do Rio Iguaçu esta? A gente esta contando com o apoio da
política local e das prefeituras de Caxias e Nova Iguaçu para fazer essa via que
vai desenvolver e atender aproximadamente dois milhões de hectares. E junto
aqui já respondendo ao Cristiano também, que pergunta quanto ao tempo de,
do programa para ser concluído, aproximadamente cinco anos que o Ministério
já disse, ok?
P/Luiz Heckmaier – Ok. A gora o Cleiton Caroline Batista, cadê o Cleiton?
Bom, o Cleiton não esta aí, mas a pergunta aqui é a seguinte: qual é o tipo de
impacto que esse projeto pode causar ao ambiente? Acho que o França já
respondeu bastante, mas Cleiton, ô França, o que resolve, faça rapidamente a
pergunta, qual o foi tipo de impacto, bem, bem, bem rápido, por favor. Você já
explicou bastante na sua apresentação.
P/Antônio França – É o Cleiton né? É isso?
P/Luiz Heckmaier – É isso.
P/Antônio França – Cleiton, a gente já colocou aqui anteriormente, as
principais partes esta relacionado a questão de solo, água e ar né, são os mais
importantes né, e tem também a questão da saúde, que é uma, para
sociedade, ou seja, alguns desses impactos você tem condições de fazer essa
administração, ou seja, você tem uma serie de programas, uma serie de
medidas, que você evita a contaminação das águas, de superfície e
subterrâneas, você evita erosão e assoreamento, você evita a contaminação
do ar e da poluição, você usa o gás que é produzido e você conduz o chorume
para fazer o tratamento dele não é? E na questão da sociedade você tem as
medidas que estão relacionadas a questão de ruído, questão de trafego e tudo
também que são administradas e uma coisa fundamental que é o impacto
muito grande, que é a questão de você aumentar a oferta de empregos, a
arrecadação dos municípios e a possibilidade através do uso racional desse
gás que é gerado lá, para você incentivar a chegada de novas industrias para o
município, ou seja, você pode potencializar mercado de trabalho e novos
negócios para o município.
P/Luiz Heckmaier – Ok, agora a pergunta da Damaris. Cadê a Damaris? Ta
ali. Damaris pergunta, a pergunta é direcionada também ao França. A área
desmatada terá um replantio antes do desmatamento ou apenas anos depois?
P/Antônio França – É, só assim, como, porque a redação foi rápida né, só
queria informar assim: o Moisés esta me falando aqui que falta o ideal. A BOD
hoje já tem um viveiro de mudas que eu mostrei para vocês no final né, do
catador que era, do catador de lixo e hoje ele é um especialista na produção de
mudas, essas mudas são utilizadas para áreas que já estão sendo
reflorestadas. Futuramente, inclusive até pode ser cedida, vendida e tal, para
quem tiver interesse. A área que vai ser desmatadas daquele menos de três
hectares, ela já existe a área proposta para fazer essa recuperação e ela vai
ser iniciada rapidamente, não vai se esperar o final do empreendimento para
começar a reflorestar, muito ao contrario, já vai se iniciando esse processo,
como hoje a BOD já faz reflorestamento, ela já tem LOHAL, que é um
empreendimento que isso vai ser uma maneira mais fácil de ser feito, até
porque ainda tem as condicionantes que virão para licença de implantação, que
é a fase posterior, possivelmente nessas condicionantes vai ta solicitado ali
qual é o plano de revegetação dessas novas áreas.
P/Luiz Heckmaier – Esta ok. É, Cabeleira.
P/Marta – Assim afastado...
P/Luiz Heckmaier – No microfone, por favor, Dona Marta.
P/Marta – Será feito esse reflorestamento aqui mesmo no bairro do Recanto ou
será em outro local?
P/Moisés Boechat – Na área da BOD que vai ser feito esse reflorestamento,
dentro da área do bairro Recanto.
P/Luiz Heckmaier – Alan da Silva Castro? Ele pergunta: quando que a energia
extra será fornecida a população? Como e recurso.
P/Moisés Boechat – Essa energia, o foco dela é ser fornecida para indústria,
se for fornecer essa energia para população, para casas, você ganha geração
de emprego, quando essa energia ela é fornecida para indústria, ela gera um
incentivo fiscal para indústria, de uma lei votada em 18 de, publicada no dia 18
de dezembro do ano passado, essa energia gerada a partir do DNR, que é o
gás natural renovado, ela da incentivo a indústria, que provavelmente se
instalara no município de Belford Roxo, criando mais emprego aqui na cidade.
P/Luiz Heckmaier – Esta ok. Agora o Luiz Roberto para o Senhor, ta aí o Luiz
Roberto? Esta. Ele pergunta: o Babi pode ter o gás encanado? O Babi poderá,
o Babi poderá ter o gás encanado?
P/Moisés Boechat – O uso desse gás ele foca sempre a indústria, por causa
dos incentivos fiscais para o consumo desse gás, então o lucro maior para o
município é que seja implantada indústria dentro da cidade para consumir esse
gás. O foco da empresa é transformar aquela região num polo industrial, esta?
P/Luiz Heckmaier – Ok. A Jacira de Sousa e Silva, ta aí? Ok Jacira, obrigado
pela sua presença. Ela pergunta: por que temos o aterro sanitário no nosso
bairro, mas não temos a coleta seletiva?
P/Moisés Boechat – O problema de coleta seletiva, ele não pode ser numa
ação só da empresa, ela tem que envolver as políticas locais, aí é uma questão
mais política da prefeitura local que tem que ta envolvida nessa questão.
P/Luiz Heckmaier – Ainda dentro desse projeto de coleta de lixo. A Edna Silva
Jeremias Pains, esta aí a Edna?
P/Voz não identificada – Edna? Esta aqui.
P/Luiz Heckmaier – Esta lá a Edna, a Edna pergunta: quando vamos ter
saneamento básico e saúde nos postos e coleta de lixo? Quando vamos ter
saneamento básico e saúde, é isso? Saúde nos postos e, nos postos e coleta
de lixo?
P/Moisés Boechat – Voltando a mesma resposta aqui, a empresa é privada e
ela só pode responder as questões internas dela, isso é uma outra questão que
cabe as políticas públicas do município, não posso responder aí, é política
pública.
P/Luiz Heckmaier – Bom, agora vou ler uma pergunta da Cida Andra. Cida,
esta aí a Cida não? A Cida pergunta: será que com a substituição dos prefeitos
a BOB Ambiental vai continuar funcionando?
P/Moisés Boechat – Com certeza, a BOB Ambiental ela é interligada e ela é
fiscalizada né, pelo governo do Estado, pelo órgão ambiental, pelo INEA, então
ela não tem essa ligação direta com a política da prefeitura local, lá, inclusive
tem um padrão de respeito pelas nossas políticas municipais, pelos nossos
governantes municipais aqui, Vereador, Prefeito, os que já estão e os que virão
também e a BOB vai ta sempre prestando todo serviço social que cabe a ela e
que cabe a mim também aqui no município ta, principalmente respeitando a
todos, como vocês já conhecem a gente, mas a gente não pode se envolver
em política, porque a política, as vezes, local ela acaba, quando você se
envolve excessivamente com político ou prefeito, quando muda e entra
adversário dele, você acaba pipocando se você não fizer uma, ok?
P/Luiz Heckmaier – Muito bem. O Antônio Araújo, esta aí o Antônio? E o
Marcos André? Esta ali o Marcos André. Ele pergunta assim: haveria a
possibilidade de fazer parceria com a prefeitura de Belford Roxo com relação a
coleta de lixo? A pergunta é essa. E o Antônio pergunta dentro da mesma
linha, ele pergunta: como que nós vamos fazer para ter o melhoramento na
coleta de lixo?
P/Moisés Boechat – A prefeitura aqui que cuida dessa área da coleta, a gente
lá dentro do aterro, a gente procura atender o caminhão da prefeitura com a
maior presteza e rapidez possível, as vezes os caminhões são muito velhos e a
gente gasta um tempo muito grande com ele lá dentro, que eles não aguentam
subir no maciço de lixo, os caminhões são muito velhos, as vezes meu trator
tem que descer e subir carregando o caminhão da prefeitura, porque o
caminhão não aguenta subir o maciço de lixo, mas isso é uma questão de
política local, a gente não pode interferir e nem pedir a substituição dos
caminhões, porque as vezes são muito velhos e as vezes cai muito lixo na rua,
o caminhão colhe o lixo na rua e deixa cair até no bairro, a gente manda tirar,
mas é uma política local, eu não posso interferir. Ok, esta respondido?
P/Luiz Heckmaier – Fernando Arruda Silva? Pergunta: eu gostaria de saber se
a BOB Ambiental estudou algum projeto de parceria com os órgãos públicos ou
privados para o desenvolvimento de capacitação de profissionais que residem
dentro do município?
P/Moisés Boechat – Sim, inclusive hoje a gente, grande parte dos nossos
operadores de máquinas foram formados lá dentro da empresa, lá dentro tem
esse projeto sim, aonde era o antigo pesca e pague, lá onde as pessoas
conhecem, eu estou fazendo uma sala de vídeo, para as crianças, ela fazer
educação ambiental com essas pessoas e capacitação profissional também,
principalmente visando dar emprego para essas pessoas, capacitando e dando
emprego a essas pessoas lá dentro da própria empresa.
P/Luiz Heckmaier – Falatiel, esta presente Sergio Falatiel? Ele pergunta: após
a ligação, pode ligar 10% do seu recebimento, para o, o que esta escrito aqui?
O Babi tem que ser o bairro do avião para Belford Roxo, é isso com ruas
asfaltadas, com área de lazer, com praças. No Babi falta tudo, em que o BOB
pode ajudar?
P/Moisés Boechat – É importante, as vezes a gente faz muita coisa para a
região lá e pessoas que moram lá dentro não tem esse conhecimento tão
grande do que se faz lá dentro, o lixão do Babi, tem um projeto que eu fiz, a
empresa BOB ambiental fez um projeto lá, na criação de um parque, parque
olímpico, aonde tem rixo com gramado, arvores e a área que não tem rixo,
quadra de futebol, campo de futebol, toda estrutura que nós demos na região,
só que esse projeto que esta no governo do Estado, já esta aprovado pelo
INEA, aguardando uma verba do PAC. E esse projeto inteiro, até hoje, só eu
caminhei com ele dentro do governo do Estado e na busca de verbas, nenhum
político do município, deu sequer uma rubrica nesse projeto, então às vezes as
políticas públicas ficam um pouquinho abandonada, não estou fazendo uma
crítica não, mas só to respondendo a pergunta do amigo aí. Então às vezes a
gente quer fazer alguma coisa, ter um objetivo, mas as vezes a gente fica
amarrado pelas políticas locais e eu não quero nem reclamar com ninguém,
mas a vontade é muito grande de fazer, mas eu para sentar é muito diverso.
P/Luiz Heckmaier – Esta ok. O José, José Carlos de Oliveira, ta aí Zé Carlos?
Esta lá. Ele pergunta: a questão do impacto ambiental, de ampliação do
empreendimento, do capital, onde está a responsabilidade social se o Senhor
pagou todo o município de Belford Roxo, já que o lixo deveria, o lixo viria de
outros municípios é fonte de riqueza? E quais os outros projetos de atenção ao
povo, de forma especial ao povo do Recanto? Não se pode esquecer que o lixo
é matéria prima para geração de outras fontes, geração de outra fonte de
energia e o CTL já tem esse projeto de atenção social.
P/Moisés Boechat – A gente tem assim, esse projeto de atenção social, o
município quando recebo, quando eu recebo o lixo de outro município, 3% vai
de royalties para o município, que abate na fatura do município, além disso, o
ISS. E com a geração de energia e com a geração de energia vai ter mais lucro
ainda para o município, além do ICMS Verde, que é um programa de incentivo
do governo do Estado para que cada município cuida melhor do meio
ambiente. Esse projeto, que eu estava dizendo para vocês de imediação do
lixão do Babi, ele esta protocolado na Secretaria do Meio Ambiente e ele ta
pronto desde o ano passado, foi aprovado pelo INEA e o município ele não
recebe ICMS Verde desse projeto até hoje, então a gente faz, às vezes, muitas
coisas, mas é uma política, às vezes, e o andamento, a técnica não reveste
isso em lucro para o município, em receita para o município, a gente ta sempre
fazendo a parte da gente e tentando fazer o melhor possível aí.
P/Luiz Heckmaier – Ok. Eduardo da Silva de Barrinha? Ta lá, Eduardo. Ele
pergunta: o local, vou ver se eu consigo transmitir a sua pergunta aqui ta? O
local do empreendimento seria aonde e de que maneira está funcionando de
forma que seria, como seria a instalação desse deposito? É isso que você quis
perguntar?
P/Eduardo da Silva – Eu sou da pergunta anterior. Eu queria só expressar uma
coisa aqui.
P/Luiz Heckmaier – Por favor.
P/Eduardo da Silva – Queria dizer a todos aqui e a mesa, especialmente ao
executivo, que essa pergunta formulada por mim, é porque ela faz trazer da
sua parte informações que nós precisamos ouvir, então estou aqui muito grato
por isso, é porque nós temos dentro desses grandes projetos, uma nova
dinâmica do mundo, muitas coisas para acontecer, mas as vezes por falta da
formulação de perguntas, as vezes o executivo não traz, porque entrando
dessa forma temos que, para que viesse isso, temos um grande projeto, eu
acho que nós vamos avançar no município de Belford Roxo nesse sentido,
então sou representante da sociedade civil, Presidente do Conselho de
Representantes da FEMAB com mais de duzentas associações de moradores
dessa cidade e nós precisamos juntos construir uma Belford Roxo para o nosso
povo, para nossa gente e pode contar, em todas as discussões que
representam o município nesse sentido de defesa do meio ambiente, na
qualificação e qualidade de vida do nosso povo, nós precisamos, conta com a
federação, com a FEMAB, com todo socorro, para que nós possamos ta
formulando todas audiências públicas, porque eu disse na última conferencia
que houve: nós precisamos dar exemplo de Belford Roxo para todo mundo e
hoje esse empreendimento pode vir representar exatamente isso. Então uma
boa noite e desculpa da minha formulação da pergunta, mas foi nesse intuito
para que a gente possa formular, a política como que ela é formulada para os
cidadãos que começa a se discutir em grupo, quando analisa e busca sempre o
melhor caminho, muito obrigado.
P/Luiz Heckmaier – Ok. A Jandira Aparecida de Moraes, esta aí a Jandira? E
a Tuiane da Silva? Esta aí. A pergunta é o seguinte: a votação desse
empreendimento, qual é o nosso maior beneficio e em que o município vai
melhorar com a implantação da indústria?
P/Moisés Boechat – Miguel é na saúde esta gente, o bairro lá, quem mora lá
sabe que muitas mudanças foram feitas lá, talvez não tenha tantas mudanças
feitas quanto gostaria, no bairro, exatamente no bairro, mas há uma abertura
do lixão, quem conhece lá e conheceu lá no passado, já sabe as mudanças
que houve lá. E como que isso traz saúde para o município, com o lixão
resolvido e encerrado, isso traz uma nova visão lá dentro do destino final do
resíduo solido. Quem mora na cidade de Belford Roxo, as vezes não sente o
impacto do CTR, porque as vezes a coleta não esta bem feita, o lixo da pessoa
não é bem colhido na casa dele, então a gente vem discutir esse assunto aqui
e as vezes a pessoa fica reclamando que o lixo esta na rua dele, mas essa não
é uma atribuição da gente, lá no local esta muito bem cuidado, não tem OGU,
não tem vetores, é tudo muito bem feito lá.
P/Luiz Heckmaier – A Alessandra, Alessandra ta aí? Alessandra, essa
pergunta é a mesma que, já foi respondida aqui agora, então já ta respondido
para os moradores do bairro, então praticamente já ta respondido essa
pergunta. A empresa também, conscientiza a empresa para o povo do Recanto
em termos de saneamento básico.
P/Moisés Boechat – A área de saneamento dos resíduos de Belford Roxo,
essa eu acredito que hoje está resolvida, saneamento dos resíduos sólidos.
Tem várias formas de saneamento, tem o saneamento básico que é esgoto
sanitário, que aí é mais com a CEDAE, mas a área de saneamento dos
resíduos sólidos do município, essa esta atendida acho que na sua plenitude
aí, não é isso Luiz? Ok?
P/Luiz Heckmaier – É, pergunta da Maristela Nogueira, Maristela ta na casa?
Vamos lá. Gostaria de saber se sendo aprovado o projeto do povo de Belford
Roxo, os primeiros a serem beneficiados, vai ser o povo de Belford Roxo?
P/Moisés Boechat – Sim, hoje a gente da total prioridade para dar emprego as
pessoas da região, muitas das pessoas que trabalham comigo são daqui, as
pessoas que não tem essa capacitação técnica, e que são daqui, a ente propôs
capacitar essas pessoas para dar emprego sempre as pessoas daqui da
região.
P/Luiz Heckmaier – Janela, Janela. Você veio aqui ontem? É, ele pergunta:
vai gerar emprego para quem mora no bairro?
Com certeza, essa é a prioridade da gente.
P/Luiz Heckmaier – Ok. Aline Parável da Silva. Pergunta: o que a
termoelétrica vai fazer por nós, profissionais desta área, que moramos no
bairro de Belford Roxo, sem ir daqui para trabalhar fora?
P/Moisés Boechat – Essa termoelétrica, além de gerar energia e gerar
emprego na sua construção e na sua operação, ela vai trazer novas empresas
para aquela região, desenvolvendo aquela região, transformando aquela
região, eu acredito que no polo industrial, não querendo concorrer com o polo
industrial que ta se formando na região da Baia, mas eu acredito que daqui a
pouco tempo, até 2016, 2018, o polo industrial que aí ta formado naquela
região do bairro Recanto tende a ser maior do que o polo industrial da região
da Baia.
P/Luiz Heckmaier – Muito bem. Enoque Alves de Oliveira. Ele pergunta: eu sei
que agora quando entregou, muitas pessoas que ganhavam a vida junto com o
Rio hoje, quantos eram empregados e que ainda não estão passando, não,
quantos eram empregados e que ainda não estão prestando serviços para a
empresa agora?
P/Moisés Boechat – Eu não posso precisar esses números, mas naquela
região ali do bairro Recanto, todas essas pessoas que a gente pode ta
empregando, a gente esta empregando todos lá, mas não posso precisar esse
numero ok?
P/Luiz Heckmaier – Senhor Enoque vai complementar a pergunta dele ali,
aqui Senhor Enoque, seu microfone.
P/Enoque Alves – Boa noite a todos e a todas. É, veja bem, a minha
preocupação, eu parabenizo muito o empresário quando chega, porque gera
emprego para o nosso povo, eu sou oriundo de, oriundo não, sou cidadão
próprio que sempre dependi de emprego para me ter a comida, comer amanhã,
então eu quero parabenizar a BOB porque em todo momento estou
Conselheiro do meio ambiente esta, e todas as vezes que nós fomos lá visitar a
BOB, o Seu Presidente, dito Presidente, Senhor Moisés Boechat, sempre
recebeu com sorriso, dado, me dando as boas-vindas e só que no passado, eu
fiz a pergunta por que, aquele aterro sanitário lá, via pessoas lá, apodrecer
junto com o lixo, ninguém fazia nada por aquele povo. Depois que chegou essa
BOB com esse grande empreendimento, começou a purificar o terreno todo né,
nesse sentido que eu fiz essa pergunta e eu não sou amigo, porque eu não
lembro do governo, não sou governo, eu sou sociedade civil, eu to condenado
e aposentado, sou também diretor da FEMAB, mas a gente ta aqui para
parabenizar as coisas boas né, no âmbito da política pública. Muito obrigado.
P/Luiz Heckmaier – Obrigado Seu Enoque. Tiago Gonçalves Bastos. É, cadê
Tiago, Tiago, Thiago esta aí? Então ele pergunta: vai haver auxilio faculdade e
cursos profissionalizantes para os contribuintes?
P/Moisés Boechat – É, a margem de que a gente pode fazer, as pessoas que
trabalham lá, a gente procura desenvolver esses cursos, treinamentos internos
sabe, mas sempre internos, sempre focando para o desenvolvimento dos
funcionários lá de dentro sabe, que a gente auxilia sim, essas formações.
P/Luiz Heckmaier – Ok. Luiz Nepomuceno Gonçalves? Olha, ele pergunta:
sem utilizar o dinheiro público para o investimento do empreendimento, seria se
for usado, onde será usado? E os empregos gerados nestes, é, os empregos
gerados serão para os moradores da cidade de Belford Roxo? Bom, ele já
respondeu essa questão, basicamente ele quer saber se vai ser usado dinheiro
público na implantação do empreendimento?
P/Moisés Boechat – Sim, será financiado pelo BNDES.
P/Luiz Redi Maia – Ok, agora...
P/Moisés Boechat – Isso não é o dinheiro público não, esta gente, é um
empréstimo, não é o dinheiro público, é um empréstimo a uma empresa
privada. O BNDES é o foco do governo que vai esta financiando uma empresa
privada, o papel é público por isso esta, não é dinheiro público não.
P/Luiz Heckmaier – E o valor que será o investimento?
P/Moisés Boechat – É, essa termoelétrica tem todo um conjunto que compõe
ela, deve esta em aproximadamente oitenta milhões e os outros, as outras
unidades eu não tenho esse orçamento, mas ele esta no EIA/RIMA 2012, ele
esta contemplando esses orçamentos.
P/Luiz Heckmaier – Ok. Vanessa Monsenhor Martins. Ela se encontra ainda
presente? Ela ainda quer falar. Ok, Vanessa, vou tentar responder a sua
pergunta, vou tentar ler a sua pergunta e gravar ao mesmo tempo, mas não da,
coisa que eu tenha dito, ok? Vamos lá: qual a previsão da chegada da coleta
seletiva com geração de emprego a população?
P/Moisés Boechat – É, essa coleta seletiva, ela ta muito ligada as políticas
públicas locais, esta gente? Eu não posso desprender o movimento de coleta
seletiva sem o envolvimento da política pública local, ok?
P/Luiz Heckmaier – Continuando. Experimentaram e eventualmente uma boa
parte da mata atlântica será destruída? Para onde e como pretendem reservar
a rica fauna do local e para onde serão destinados?
P/Moisés Boechat – Olha só gente, lá não tem uma rica fauna, até porque
todo mundo sabe que aquela região lá, os moradores locais aqui sabem, que
aquela é uma região, ali é uma região invadida por caçador, pegador de
passarinho, ali não tem, não tem essa fauna rica não, a fauna é muito pobre. E
é uma região de pastagem e não de mata atlântica. De mata que vai ser tirada,
2.78 hectare, é muito pequeno então não tem essa reserva de mata atlântica lá
tão forte assim não, ela é pequena, ok?
P/Luiz Heckmaier – Ele bem fala aqui também, em torno de cento e doze
espécies encontradas, o estudo da sua apresentação comparada a esse
numero cento e doze, cento e doze espécies foram encontradas, conforme ta
relatado aqui pelo impacto ambiental.
P/Moisés Boechat – Jéssica, se você observar no EIA/RIMA, essas cento e
doze espécies que se fala de um rato, de uma espécie de rato, de passarinhos
e tal, que não da para ser captada. O passarinho ele acaba se afugentando
naturalmente, então são pequenas, o numero parece ser grande, mas não é
grande não, é uma área muito atrofiada lá esta? Vou passar para o Luiz Sergio
que ele vai complementar.
P/Vanessa – Rapidinho, posso falar rapidinho?
P/Luiz Sergio – Só detalhando um pouco, esses dois mil e oitenta e sete
hectares é a área da mata em estagio secundário, que cobre o local. Isso
mostra exatamente o grau de degradação e destronização do local no muitos
campos desse projeto, e como o França já colocou, ele gera um habitat muito
forte e além dessas poucas detecções, o mais importante é que não foi
encontrada nenhuma espécie ameaçada de extinção significativa, exceto o
cliente, ok?
P/Antônio França – Só para complementar. Das espécies da fauna, a gente
viu lá, esta em torno de oitenta e seis espécies de aves certo? E aí tem pardal,
tem tico-tico, ou seja, aves que também habitam a área urbana, então não são
espécies, são tão exigentes, que precisam ter uma floresta, essa questão toda,
por isso que a gente encontrou lá, porque já era uma área degrada, do ponto
de vista assim, não era uma área intocada né, e vamos entender outra
questão, colado a BOB, do outro lado do rio, nós temos uma APA, as aves, por
excelência, conseguem transpor distancias e se adaptarem a novos locais,
quer dizer, se estão indo lá ainda, se tem lá é porque ainda existe alguma área,
mas veja: são vegetações, formações vegetais muito degradas que oferecem
ou provimento ou carrega de abrigo ta?
P/Vanessa – É, assim, sendo, mesmo...
P/Luiz Heckmaier – Seu nome, por favor.
P/Vanessa – Vanessa. Mesmo a área sendo pequena, há, como você disse,
oitenta e duas espécies de aves e teve, no caso, a contabilização de cento e
doze espécies encontradas, quando houver a devastação, a minha
preocupação é se quando for derrubar uma arvore, tiver uma, vai ser visto
antes de ser derrubada, a preocupação de esta acolhendo né, pegando essas
aves, esses animais que são lagartos, serpentes e são dez mamíferos
encontrados, pode ser que nessa área na hora não tem, mas se tiver, se vai
pegar e levar para área de proteção ambiental que é próximo?
P/Antônio França – Esta, eu vou passar para Daisy, ou melhor, perdão,
Xavier. Xavier, ele é especialista nessa área, então ele vai responder com
melhor propriedade.
P/Xavier – Boa noite pessoal. Bem, respondendo a, a Vanessa né? Vanessa o
que vai acontecer antes mesmo de ocorrer a supressão, a retirada da
vegetação, nós definimos um programa de resgate de fauna, onde entra uma
equipe, avalia todas as arvores, vê ninhos entendeu, faz a coleta das espécies
de repteis existentes, os lagartos, os mamíferos e as arvores por serem, assim,
eles se movimentam né, a gente não previu que haveria necessidade de fazer
esse tipo de coleta certo? E como tem, conforme dito, a área de proteção do
outro lado, possivelmente a gente vai resgatá-los e colocá-los lá do outro lado
esta, foi o proposto nesse estudo ambiental e foi aprovado pelo INEA também.
Esta respondido a sua pergunta?
P/Antônio França – Só falar uma coisa, perdão, seu nome?
P/Vanessa – Vanessa.
P/Antônio França – Vanessa, perdão Vanessa, é que eu sou péssimo para
guardar nome. Só uma coisinha, não vai haver devastação lá, a devastação é
que já existiu, já existiu devastação para reprodução de gado lá, para formação
de pastagem, o que a gente tem lá hoje, predominantemente é área
improvisada, pasto que esta abandonado, certo, e nós temos uma área que foi
grande parte dessa pastagem, foi colonizada com espécies pioneiras, que você
encontra em qualquer lugar né, então não vai ter devastação. A gente pode
dizer o seguinte: você vai ter uma supressão de vegetação, onde apenas,
menos de três hectares é que tem uma grande significância do ponto de vista
ecológico, o conjunto não tem, então não é devastação esta, senão fica uma
coisa muito, vai ficar uma coisa meio pavorosa né?
P/Vanessa – É. Assim, agora o projeto da BOB esta numa área que pode não
abranger uma devastação como eu disse, mas depois que esta querendo
trazer mais indústrias para poder utilizar essa energia, onde essas industrias
vão se instalar? Não vai abranger a mata atlântica que tem ali?
P/Moisés Boechat – É, só um minuto.
P/Antônio França – Oh, vamos entender uma questão né, são duas coisas:
toda atividade industrial, ela é por principio, uma atividade que pode causar
grande degradação, grandes impactos, portanto, ela é objeto de licenciamento,
se for uma indústria, produção de plástico, indústria de qualquer natureza, vai
ter que ter o processo de licenciamento. Agora, vamos entender o seguinte: do
que é que nós estamos falando aqui. É uma região que já foi, veio com
processo de colonização passado, desde o século passado certo, se a gente
rodar lá, as áreas que tem interesse ecológico, elas já estão com atributo social
dado, que são as áreas de proteção. O que ta se falando é as áreas baixas, se
a gente for falar de devastação, a gente tem que falar das cidades, tem algum
lugar que tem nas cidades hoje e nunca teve nada? Certo? Lá são áreas que
você tem pastagem, área que já foi cultivo, área de cultivo de alguma cultura,
que estão lá abandonada hoje, não ta servindo para o processo de produção
econômica, por quê? Por várias razões, a gente poderia discutir isso não nesse
momento aqui, portanto, são áreas que do ponto de vista do interesse
ecológico, da natureza, já sofreram toda a sua transformação, por isso que eu
digo, esse termo devastação é muito forte né, mesmo se vier instalar outras
unidades matriz ali, certo? Porque já é uma área que já foi degradada pelo
processo de ocupação anterior e que ta lá hoje né, vamos dizer assim, quase
que abandonadas né, basicamente abandonadas e que você agora vem dar
todo o valor, veja, é uma contraposição que a gente ta fazendo aqui que ela é
meia falsa, as pessoas querem ter mais empresas, querem ter mais empregos,
não querem se deslocar para o Grande Rio, para poder trabalhar certo, tem
que enfrentar Avenida Brasil, essa questão toda, e nós temos áreas disponíveis
certo? O que cada empresa vai ter que fazer é fazer o seu licenciamento e aí a
medida que o órgão ambiental exigir, vai cumprir com uma serie de problemas
ambientais esta? E basicamente é isso.
P/Luiz Heckmaier – É, esta respondido Vanessa? Esta, eu só, o nosso colega
aqui do INEA, o Ricardo Soares, ele vai então fazer uma complementação da
resposta aqui para ajudar para essa questão.
P/Ricardo Soares – Vanessa, o INEA tem como atribuição preservar toda
sociedade. A área que o França e o Luiz disseram, ela é degrada, mas isso
não impede de identificarmos pequenas manchas florestais, e tampouco o
balanceamento de compensatórias, pode ser reflorestando, pode ser
catalogando e levando para o lugar apropriado ave e fauna local, porque existe
interesses específicos para isso, uma gelátrica de florestas. Então o receio
para ter uma devastação, não procede, o que pode acontecer é uma supressão
em que podemos exigir que a compensação seja maior, inclusive do que a área
que teve o primeiro, entendeu? Então o INEA ela é fonte, alerta em relação a
essas questões, eu acho melhor até vocês perguntarem mais coisas que a
situação é essa mesma. E vai se construindo a licença também.
P/Vanessa – Dessa área então, que vocês estão, é, estão fiscalizando né, o
replantio que vocês falaram que vai ser feito, fizeram uma área da BOB, mas
esse replantio, porque aqui eu sinto que tem um ambiente muito tranquilo,
assim, porque tem muitas arvores, essas arvores que vão ser tiradas daqui,
vão ser replantadas aqui na área da BOB ou na área da BOB em outro
município?
P/Moisés Boechat – A Senhora conhece a região lá? Vai ser plantada na área
da APA, Alto do Iguaçu Senhora, ok, ta respondido?
P/Luiz Heckmaier – Ok, além da pergunta, é o seguinte: qual a distancia do
empreendimento para a APA de Maringá, a APA do Alto do Iguaçu, qual a
distancia? Qual a distancia do empreendimento do CPF né, para a APA de
Maringá, entre parênteses a APA do Alto Iguaçu?
P/Moisés Boechat – A APA do Maringá ela foi extinta pelo decreto municipal e
seguiu, se fundiu a APA Alto Iguaçu, ela esta na divisa do rio das velhas,
cortando ele lá, que faz limite ao rio das velhas.
P/Luiz Heckmaier – Ok. Já existe um site ou um meio disponibilizando o
projeto que vai realizar? Não sei se eu posso responder aqui, não sei, o estudo
de impacto ambiental que esta aqui, esta disponibilizado no site do INEA, quem
ta a disposição pode baixar esta, tanto o estudo do impacto ambiental como o
RIMA estão disponibilizados lá, no site, o endereço é www.inea.rj.gov.br, o site
ta lá a disposição de quem esta lá também para se consultar, além de opção
do site, quem perguntou, ok? Bom, a última pergunta: quando algumas
empresas forem instaladas para utilização de energia limpa, haverá anda áreas
para construção fora da APA e ainda há um quilometro de distancia da
urbanização? Deu para entender, vocês entenderam Moisés?
P/Moisés Boechat – Pode repetir, por favor?
P/Luiz Heckmaier – Vou repetir. Quando algumas empresas forem instaladas
para utilização de energia limpa, ou seja, vão se instalar, haverá ainda área
para construção fora da APA e ainda há um quilometro de distancia da
urbanização?
P/Moisés Boechat – É os técnicos do INEA podem até confirmar essa
resposta que eu vou dar aqui, mas não existe nenhum impeditivo que construa
algum tipo de indústria dentro da APA desde que seguindo as determinadas
normas do INEA, concorda comigo Doutor Ricardo?
P/Luiz Heckmaier – É, quando o licenciamento ambiental, ele, a APA, APA é
uma unidade de conservação que ela permite vários usos e dependendo do
uso da APA você pode utilizar recursos com determinadas características ta, a
gente deixa essa indústria que tem que ter centro de controle e dependendo da
atividade ela pode não ser autorizada a se instalar dentro do uso de uma APA,
ok? Bom Senhores, nós não temos mais nenhuma pergunta aqui, foram todas
respondidas. Eu passo então para essa última fase de perguntas, se tem
alguém que quer utilizar, fazer o uso da palavra, perguntar aqui a mesa,
perguntar ao INEA, perguntar a SETA, ao empreendedor, a empresa sobre
impacto ambiental, alguém que tenha que fazer mais alguma pergunta mais
algum esclarecimento para que a gente possa concluir essa etapa da audiência
pública que é um processo bastante importante na avaliação do impacto
ambiental. Ok, quanta mão, a Senhora lá. Fala seu nome para poder ficar
registrado na audiência.
P/Damaris – Boa noite sou pedagoga e sou professora na escola municipal
José Pinto Teixeira. Então como o entorno da escola é muito degradado, eu
gostaria de saber se vocês tem algum projeto na área social, de fazer uma
reurbanização, uma revitalização daquela área ali no entorno daquela escola?
P/Moisés Boechat – É essa é uma política pública que eu não poderia
responder, mas eu soube por informações do pessoal da prefeitura que tem
uma verba de sessenta e oito milhões para ser investido naquela região de
Nova Aurora e o bairro Castro. A infraestrutura assim, que a BOB pode
colaborar e já esta colaborando é com a criação do parque olímpico no antigo
lixão do campinho onde o aterro foi gasto, teve um, você tem o numero do
projeto? Tem não. Não tenho o numero do projeto aqui, mas dentro dos
estudos da gente tem um processo esta, tem o numero do processo que vocês
podem perguntar. O processo é: E07000683/2011. Essa situação está lá desde
2011 né, então importante que ele seja consultado...
P/Damaris – Pode repetir, por favor.
P/Moisés Boechat – E07000683/2011.
P/Voz não identificada – Ele pode ser consultado pelo site do INEA?
P/Moisés Boechat – Ele pode ser consultado pelo site do INEA.
P/Luiz Heckmaier – Ok, podemos. Por favor, cite seu nome.
P/Edmar – Boa noite, meu nome é Edmar, eu sou de Paracambi. Eu sou
especialista em saneamento básico, eu sou biólogo. Eu venho fazendo
acompanhamento na Baixada Fluminense, a questão dos lixões e o que eu
tenho visto em Seropédica, Paracambi, que são aterros que serão construídos,
que o trabalho da BOB Ambiental em Belford Roxo, esta sendo muito bem
feito, Seropédica, nós temos lá um aterro lá em Seropédica, lá em Chapeló,
entendeu, a empresa não respeitou o meio ambiente, não respeitou a
população, passou por cima de tudo né, de todas as leis municipais, estaduais
e federais entendeu, em prol de construir o aterro sanitário em Seropédica.
Paracambi, o Estado construiu um aterro associado, também até hoje não
funciona, só recebe lixo do município, entendeu? E eu venho acompanhando o
BOB Ambiental, a construção desde o inicio no Rio, quando começou as obras,
quando começou a remediação do lixão de Babi, eu lamento muito que o
município de Belford Roxo não esteja de parceria com a BOB Ambiental ou
então dando um apoio né, na questão ambiental junto com a BOB, porque não
estão aproveitando o ICMS Ecológico, o município ele não declara aqui quem
faz o refletivo, não declara quem faz a, foi feita a remediação, não declarou que
tem um aterro sanitário entendeu, quando ele poderia esta recebendo parte do
ICMS Ecológico entendeu, para trazer algum benefício para o município, então
podemos ver que o município não está preocupado com a questão ambiental
do município, você não vê ali: cadê o secretário do meio ambiente? Não
participou, prefeito? Não apareceu, Vereadores? Nada, não temos ninguém
aqui para representar a população entendeu se não fosse o empreendimento
privado né, hoje só teria lixão em Belford Roxo entendeu? Lamenta a questão,
o poder público não está presente nessa audiência pública, o INEA ta aqui,
geralmente outros municípios estariam precisando de uma boa governamental
para poder fazer esse trabalho né, construir um aterro sanitário decente, porá
poder receber o lixo e gerar empregos, quer dizer, só lamento essa questão
que não tem essa parceria com o município. Obrigado.
P/Luiz Heckmaier – É, bom, eu acho que a gente tem oportunidade né, na
audiência pública de esperar aí aquele fator que a população tem. Mas então
como já disse a importância em prol da apresentação dele, isso é uma
oportunidade de expressar, quero ver se vai né, à medida que a gente vai
fazendo esse tipo de trabalho na audiência pública em prol dessa coisa toda,
para quem anda com a conscientização desse setor, é uma maneira que a
gente pode cobrar mais, cobrar mais daquela cidade, daquelas pessoas que
nós somos responsáveis quando nós elegemos essas pessoas para ocupar o
cargo público e a gente também então fazer as cobranças que são realmente
de interesse da população. Então passo a palavra também do Senhor e em
seguida passo para Senhora. Seu nome, por favor.
P/Marcos Marcobras – Boa noite a todos, meu nome é Marcos Marco Brás, eu
pertenço à empresa Marco Brás Ambiental, e vim aqui e agora escutei e faço
parte de uma associação que é ARERJ, Associação dos Recicladores do
Estado do Rio de Janeiro e fico feliz por essa preocupação e essa convenção
do voto, porque parte, faz parte do processo que todos nós ficamos
preocupados que é a legislação coberta sobre o lixo. E só queria chamar
atenção, os entulhos que eu vejo que existe uma preocupação muito grande
por parte de vocês, também já foi prorrogado e ali não aparece, é que a coleta
seletiva, ou seja, reciclagem mecânica, antes de chegarmos a reciclagem de
verdade e é importante que essa preocupação exista, porque quase que 75%
do lixo que hoje é destinado para o aterro, ele pode ser reinvestido em matéria
prima de uso e com essa preocupação da logística reversa, essa preocupação
ela é muito importante e deixo a ARERJ, a Associação de Recicladores a
disposição do BOB no que for necessário para fortalecer esse caminho, ok?
P/Luiz Heckmaier – Por favor. É, me desculpe, o colega estava na frente, só
por questão de ordem, isso, obrigado.
P/Alex – Boa noite a todos, meu nome é Alex.
P/Luiz Heckmaier – Obrigado Alex.
P/Alex – Eu aqui em Belford Roxo eu fui gari, foi um momento difícil da minha
vida, também já separei material lá dentro, não tenho vergonha disso, muitos
aqui me conhecem, chego a emocionar, desculpe. A BOB para Belford Roxo,
pô, não tenho nem palavras, muitas pessoas estão dando pedradas aqui,
causando um desconforto, mas não conhecem a realidade lá dentro, agora não
foram ver como que estava lá dentro e sem ter conhecimento da coisa, tem
pessoas que nem ouviu, não prestou atenção e fez perguntas que já foram
respondidas com medo. Eu fui gari, separador de material lá dentro, precisei,
consegui virar motorista de, fui gari também, varrendo rua e trabalhando para
prefeitura, fui motorista de caminhão, fui operador de retroescavadeira, hoje
graças a Deus tenho meu caminhão e a BOB lá dentro tem que ir lá ver, tem
que ir lá conhecer, qualquer um pode ir lá, são bem recebido lá, para ver a
diferença do que era, eu levantando a caçamba do caminhão, o caminhão já
tombando comigo lá dentro, um trator de esteira passou por cima de um ex-
cunhado meu lá dentro, separando material, então a pessoa ta aqui, as vezes
falando, ah, um passarinho ou um galho aqui, lá é um pasto, era vaca, a carne
com resto de comida de porco, ah, carne gostosa, mas não sabe que o porco
comeu lá não e é isso aí. Expressar um sentimento aqui de agradecer a BOB
de ter, porque o pessoal que eu conheço, o pessoal aqui da Baixada, isso aí se
preocupou de dar emprego para aquele pessoal que vinha aqui caçar material,
Isa saindo de porta em porta e que chamaram os amigos, conhecidos, para vir
nessa reunião aqui hoje, infelizmente não vieram, hoje até foram embora,
porque não te visão para o que ta por vir aí, porque isso é só a pontinha do
iceberg, tem muita coisa para acontecer né? Obrigado.
(aplausos)
P/Luiz Heckmaier – Obrigado a você. Agora é o Senhor Enoque né?
P/Enoque Alves – Eu queria que esse Senado, assim, essa audiência pública,
também dizer que por várias vezes eu estive no lixão, antes da BOB, atuando
lá muitas vezes junto com o Ministério Público porque era uma coisa
calamitosa, mas também aqui frisar o teu apreço pela natureza, você jovem, é
pensando na natureza que nós vamos construir um Brasil melhor, mas tem
também aqui, externar de minha pessoa, a comissão com o município de
Belford Roxo através de suas autoridades competentes, legítimas, também de
garantir esse estado soberano da população que viesse aqui hoje e se
colocasse sobre essa questão empreendedora aqui no município que atenta a
região porque também se me faz lembrar aqui, há sete dias atrás nós tivemos
aqui a conferência municipal de meio ambiente e lá nós tivemos cidadãos
dessa cidade ao questionando para que possamos avançar e acho bom ter um
cambio esse, junto aqui com o empreendimento, aí já demonstrou mostrar essa
vontade né, porque quer que construa nessa cidade políticas públicas, que não
é nem desse e nem daquele, é políticas públicas que todo povo de Belford
Roxo, de Nilópolis, não é isso, de todos esses municípios, eu acho que nós
precisamos enquanto cidadãos também ter nas nossas mãos isso, para
formarmos cidadania, direito e respeito e aí com nosso querido Bispo, formou
esse caráter de soberania de cada um de nós, para que possamos construir
certo, eu vejo isso em certo exemplo. Eu acho que aqui estamos todos nós de
parabéns, por essa questão autônoma né, ta aqui com o empreendedor e ta
aqui também e ele está né, isso aqui é uma liberdade muito grande da gente ta
se expressando. Eu agradeço muito por essa oportunidade de ta aqui e que eu
possa esta por muitos e muitos outros anos, Deus nos deu muita vida para
gente construir junto. Muito obrigado.
P/Luiz Heckmaier – Obrigado. Mais alguém quer fazer o uso da palavra? Ok,
por favor, seu nome, por favor.
P/Padre Luis Baldis – Meus irmãos queridos, muito boa noite, eu sou o Padre,
Padre católico, Padre Luís Baldis, me cabe a ler espaços, Realengo, no final da
Vila Militar. Eu fico ligado, ontem ele teve, meu filhado de consideração, o
Marcos Brasa, esse Senhor que falou agora, velho amigo, casal de Pastores
que foram me buscar, Adilson né, é isso? Adilson e a Pastora Felicita Gomes,
seres ecumênicos, porque aparei em só e com maior prazer em conhecê-los,
ao Projeto do Ricardo, esse desejo, aos irmãos Boechat, mas eu quero dizer só
uma coisa: o falecido Joça, primeiro prefeito dessa cidade, Joça atribui a
tentativa da emancipação política e nós conseguimos na segunda, ajudei na
frente, foi um sacrifício danado que os Senhores não tem ideia naquela época
e o falecido Joça de vez em quando ia lá no nosso orfanato, melhor escola,
sem tédio e sem bandeira, completou agora 43 anos, o Magalhães Rosa, vai
estar próximo a Estrada da Água Branca e aos 40 anos o empresário aqui,
Marcos Brás, ele teve muitos, tentou nos ajudar lá nessa época, dos 40 anos lá
da escola São Cosme e São Damião que é um orfanato de meninos. Mas
voltando um pouquinho lá atrás, eu estou chutando 40 por mim, tudo que você
viu aqui agora, com a executiva falando eu concordo plenamente. A primeira
coisa que eu disse ao nosso irmãozinho, João Boechat: fé em Deus, só o Papai
mesmo, Deus és, parecer do jeito que está, nós éramos, é a copia, é o coração
de muita alma em Magé, a que preza todos os, as religiões, as ideias, todas
elas estabelecem a criação do Pai. Vocês viram a presença do Papa agora,
como ele foi acolhido, até aquelas próprias igrejas evangélicas, muitos e muitos
tempos sedentos aos tempos para acolher o voto. Isso é muito importante, mas
eu peço já na primeira emancipação, na segunda emancipação, o Joça
constantemente ia ao orfanato, ele sempre ajudou aquele orfanato e pediu a
mim: Padre Luís, me ajude, manda o seu filho para Belford Roxo e junto
comigo trouxe 100, nessa primeira eleição. E ele já nos falava a respeito do
assunto que nós estamos cuidando aqui, a preocupação do Joça a respeito de
Belford Roxo, um carinho especial muito grande que ele disse que era daqui.
Eu não estou falando a respeito de política, eu estou falando a respeito do
coração generoso da Joça, muito bem. Então garanto vocês estão vendo há
muitos anos um evento, né Toninho? Há muitos anos que esta tendo aqui
nesse município, já se afastou quatro prefeitos se eu não me engano. Então
vocês estão de parabéns, jovens empresários que veio para baixo, vieram por
terra e vieram para baixas para citar esse zelo, várias autoridades dos
municípios e para todo o Brasil, porque eu amo a América Latina. Eu fui
missionário em alguns países, Estados Unidos, pela Cercane, Alemanha,
Canadá, México, nos dois países africanos e pelo que gosto nós temos tudo,
tudo, tudo, tudo, um país maravilhoso, tropical, quatro, cinco plantações,
colheitas também do ano, não se vê isso em país nenhum do mundo. E isso na
foto, tem que3 ter a matéria-prima no Brasil. O que falta nesse país aqui é
realmente força política, os Senhores políticos, todos eles, vocês ouvem todos
juntos o recado da juventude, que é a cultura desse país, o Brasil todinho nas
ruas. Aquela pacificação, não é solidaria? E todo país precisa de jovens
equalizado igual aos Senhores, igual ao Marco Brás, coração maravilhoso
desse Senhor aqui, meu amigo, sempre trabalhando mais e ______ e mais e
mais empresários que se encontram aqui, são empresários, pessoas boas, e
eu como Padre católico quero dizer o seguinte: nós estamos também já há seis
anos no Canal 6 da MED, Canal 6 da MED, TVC Rio, temos O Servo das 20 às
21 horas, das oito às nove da noite e há reprise as terças-feiras das quatro e
meia às cinco e meia. Também estamos na radio Tropical, CNT em Nova
Iguaçu, 830 AM da uma hora, da uma às quatro da manhã, da uma às quatro
da manhã. Vamos ganhar mais um horário. Da uma às cinco horas. É uma
programação semirreligiosa, ecumênica, totalmente ecumênica, mas também
falando no espelho de situações sociais, as filantropias do país, igual eu acho
mencionar São Cosme e São Damião, unidade pública municipal, dado pelo
Doutor Chagas Freitas, autoridade pública, aliás, a municipal pelo prefeito do
Rio, Doutor Júlio Coutinho né, Doutor Júlio Coutinho. A estadual pelo Doutor
Chagas Freitas e a federal pelo Presidente falecido João Figueiredo. Então as
instituições filantrópicas estão todas elas largadas por aí, nada como se olha,
neto os conselhos tutelares, nem a secretaria de assistência social, é um caso
serio, é uma polaridade a ordem social, e a maioria dos hospitais, então em
primeiro lugar: agricultura, a implicação, eu não sou um dos empresários dessa
parte de geração, faz zica para mim, sou rapaz, o e-mail está plenamente
funcionando, mas o Estado não funciona direito, então parabéns aí aos dois
irmãos Boechat e falar fizeram mesmo? Eu tenho absoluta certeza que o
Senhor Jesus está abençoando, abençoando, a Nossa Senhora independente
de que religião que tem aqui, Nossa Senhora Aparecida, a Rainha e Padroeira
dessa imensa nação brasileira, que surja mais interessado pelos Senhores,
desprendidos, porque o país precisa, quando nós estamos lá, só Deus, mas
Deus é brasileiro segundo o Papa né, o Papa vem aqui, mas Deus é brasileiro.
Então estou encerrando aqui e se nós partimos para o Tampão 17, já andei
aqui o Tampão 14, estão nos convidando pelo tipo de congregação que nós
temos né? Nem o Padre Ulisses, nem as nossas duas instituições, nem a
nossa paróquia de Santo Antônio, nós tempos recurso, é só procurarem. Ao
contrario, ao contrario, nós que vamos começar o trabalho agora no CEASA
Luis Carlos Recus, lá de dentro as políticas, para ver se possamos ter algo em
conjunto, Tampão, Folha Seca, lá graças a Deus está pacificado, então
estarmos em mais condições, as igrejas evangélicas ali também, de fazer os
seus trabalhos. Desculpe de eu falei um bocadinho de mais, mas era preciso
falar, por essa razão que eu vim aqui, eu operei a vista agora há pouco tempo,
a minha vista direita, a vista esquerda não tem mais jeito, foi acidente de carro
em Nova Iorque, eu tenho o corpo todo operado, to com 70 anos, mas nós
estamos trabalhando, então os Senhores, aqui ó, a prendada aqui, olha o
sempre aqui, jovens, jovens, isso daí não são os brasileiros? Então que o
Senhor Jesus, ceara é grande, nós todos somos operados, entoa mais uma
vez parabéns, parabéns mesmo, parabéns para o INEA né? INEA< um abraço
para a direção e muito agradecido por tudo.
(aplausos)
P/Luiz Heckmaier – Ok. Mais alguém com a palavra? Não, ok. Por favor.
P/Américo – Vou demorar muito não, meia hora só, meia hora só (risos)
Brincadeira. Boa noite para todos, eu não vou me demorar muito não ta? Eu só
não poderia deixar deixar passar em branco né, o meu nome é Américo, eu sou
cidadão belforroxense e eu estava aqui quietinho, com o horário bem
adiantado, não queria falar mesmo até para não prolongar mais o tempo, mas
depois do depoimento do amigo ali, eu falei: eu não posso deixar isso passar
em branco né? Eu sou um cidadão de Belford Roxo, muito me orgulho dessa
cidade, gosto muito dessa cidade, Moisés é conhecedor disso, eu tenho algum,
tenho até um livro editado aí a respeito da cidade, de tanto que eu gosto dessa
cidade. E em um intervalo de tempo, não muito distante, esse aí mesmo, é
esse daí mesmo. Eu e o Moisés mesmo não nos conhecendo, nós estávamos
em trincheiras opostas né? Eu por gostar dessa cidade, não gostava do lixão
né, por diversos motivos, como o amigo colocou ali, mostrando para gente a
diferença entre o lixão e o aterro sanitário e por isso eu não gostava do lixão,
mas nem conhecia o Moisés, mas eu não gostava do lixão. E resolvi fazer uma
obra para mostrar que a cidade tinha coisas muito boas, eu comecei a andar
por dentro dessa cidade, no momento em que eu me deparei com a figura do
lixão e aquilo me machucou muito né? E aí terminou que por diversos outros
motivos o Moisés de certa forma foi, eu não sei se pressionado ou motivado
pelo pessoal lá da Assembleia lá né, e eu terminei tomando parte para o
pessoal da Assembleia porque eu achava que aquele, o lixão não fazia bem
para o município e graças a Deus, esse intervalo de tempo tão pequeno aí, o
Moisés fez o empreendimento muito bacana na cidade que resultou que o
amigo sintetizou em pequenas palavras e sintetizou muito bem. Eu gostaria de
agradecer ao Moisés por isso né, e mais ainda, quisera eu que o município
tivesse pessoas com a intenção, com o poder, com o conhecimento, com
audácia, com esse, esse, esse vigor né, que tem o Moisés para querer investir
nessa cidade, eu acho que é uma pena que como alguns colegas aí citara, é
uma pena que o poder público dessa cidade não se faça presente e não de,
não de a importância que esse empreendimento tem. Todos aqui que se
colocaram, se colocaram muito bem, cada um com as suas preocupações, em
outras reuniões atrás eu também me preocupei muito com o verde, porque eu
gosto muito do verde e o Moisés falou assim: não se preocupa não velho, a
gente também vai estar cuidando do verde, a gente vai ta replantando, assim
como a amiga disse: e o meu lagarto e o meu passarinho, e meu sapo? E o
amigo falou assim: não, nós vamos esta cuidando disso também né? E aí isso
é muito bacana, o amigo na falação dele, até se preocupou com a questão, é,
do, das pesquisas arqueológicas né, até que agora no novo estudo que eu
estou fazendo, ali naquela área ali, existia os quilombolas né, os negros
juntaram-se ali em alguns quilombos e a probabilidade de termos algumas
coisas por ali é evidente, é interessante que a gente esteja atento a isso né, e
que vocês já se preparem para que de repente isso possa acontecer sim. Mas
muito bom, muito bacana eu acho que a BOB está de parabéns, Moisés
também, eu acho que todos vocês também. Muito obrigado pela oportunidade,
é isso aí Moisés, continua firme nessa luta meu amigo.
(aplausos)
P/Luiz Heckmaier – Quero lembrá-lo, mais alguém, mais alguém?
P/Moisés Boechat – Eu queria só corrigir meu amigo Américo, meu amigo
Alex ali, que são pessoas nascidas e criadas, que a gente conhece há muito
tempo. Só uma coisa: o empreendimento da postura da BOB, não conseguiria
fazer sozinho, eu fiz com o incentivo de cada um de vocês que estão aqui que
me conhecem há muitos anos, eu já falo desse empreendimento, tem pessoas
aqui que me conhecem há mais de dez anos, já sabem que eu falo para fazer
isso já há mais de dez anos e não teria como fazer sem mim, o INEA ele é um
fiscalizador, mas ele é um orientador também, então as pessoas do INEA,
queria agradecer muito, eu não conseguiria fazer sozinho, sem a orientação e a
fiscalização do INEA que não só fiscaliza, mas fiscaliza, orienta e custeia a
gente e ao nosso amigo Luís Sergio, ao pessoal da AMPLA e a cada
engenheiro que trabalha comigo, Fabio Andrade e João Paulo, o Carlos
também, o Zé Adriano, toda essa equipe grande, a cada ano que nós ta dentro
do trabalho com muito zelo, com tanto cuidado, quem me conhece mais
profundamente, sabe que eu não trato só do lixo, eu trato de animais silvestres,
eu trato de reflorestamento, não só na BOB, mas fora da BOB também, eu
tenho o maior viveiro de plantas de muda nativa da mata atlântica da América
Latina, então falar de meio ambiente comigo, eu sou o maior plantador de
arvores que tem aqui hoje, no Estado do Rio de Janeiro, eu planto arvores, não
só pela BOB, eu estou falando pela BOB aqui porque hoje o foco aqui é falar
da BOB, mas de meio ambiente, eu sou um ambientalista de ação, eu não sou
um ambientalista de esta falando muito, eu sou um ambientalista de muita
ação, ok gente? Obrigado.
P/Luiz Heckmaier – É isso aí, e as palmas chegando ao final da nossa
audiência, então gostariam de lembrá-los que nós ainda temos um caso, esse
é um caso mais técnico né, ou seja, até o dia 26 de agosto para o que pode vir
ao INEA ou a CERCA outras manifestações que quiserem prestar. Qualquer
pergunta qualquer contribuição, qualquer critica a direção, estamos abertos,
podem entrar no site do INEA, pelo site da CERCA para eles pegarem a sua
contribuição. Eu, finalmente quero agradecer a todos os Senhores que
estiveram conosco aqui nessa audiência até agora, são onze horas da noite já,
nessa noite fria, mas foi uma noite bastante proveitosa, onde tivemos a
oportunidade de conhecer o projeto, de conhecer os impactos e logo vocês
terão oportunidade de tirar as suas duvidas em torno do empreendimento que
vai ter, que ta se formando, será instalado nessa área aqui. Como eu disse no
inicio, essa audiência não é um audiência decisiva, ela é apenas para servir
como subsidio para que todos os trabalhos tenham ficado aqui como ficaram,
ele possa então dar o seu parecer final. Eu quero então agradecer também
ainda aos membros da mesa né, ao França da AMPLA e toda sua equipe lá da
AMPLA que estão tão bem conduzindo os trabalhos aí do estudo de impacto
ambiental, aí com a sua equipe, também ao Fabio com engenharia, ao Sergio,
ao Moisés, ao Will, ele que ficou no lugar do Sergio Mariano, ao Ricardo
Soares que eu passei em cima da hora, ele veio aqui e me ajudou bastante
trabalhando, com a experiência que ele tem, conhecedor das forças, ele que é
o técnico que tem acompanhado a atual situação do aterro, ele que é o fiscal,
ele que é o engenheiro e ele veio, eles perceberam que ele não faz parte do
mesmo trabalho, mas ele veio aqui, representando o grupo de trabalho, veio
dar a sua contribuição, o seu, a sua ajuda nesse empreendimento. Quero
agradecer também todo pessoal de apoio, as nossas, as recepcionistas,
pessoal que teve aqui nos ajudando, pessoal da mídia, o Senhor Ezequiel é um
colega aqui, para mim aqui, por favor, seu nome? Mariza, Mariza que fez aqui a
tradução da audiência do português para a linguagem de letras, a Leandra
Aqui, a Claudia, a Ana Claudia, ao Paulo Roberto da CERCA e a todos vocês
que vieram aqui até agora. Muito obrigado, uma boa noite e esta encerrado o
trabalho.
(aplausos)
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