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Perfil do Treinador de Futebol de
Formação
Estudo da percepção de treinadores acerca
das características de excelência
Ângela Maria Rodrigues de Azevedo Mendes
Porto, 2009
Perfil do Treinador de Futebol de
Formação
Estudo da percepção de treinadores acerca
das características de excelência
Monografia realizada no âmbito da disciplina de
Seminário do 5º ano da licenciatura em Desporto
e Educação Física, na área de Alto Rendimento
– Futebol, da Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto
Orientador: Professor Doutor Júlio Garganta
Ângela Maria Rodrigues de Azevedo Mendes
Porto, 2009
Provas de Licenciatura
Mendes, A. (2009). O Perfil do Treinador de Futebol de Formação. Estudo da
percepção de treinadores acerca das características de excelência.
Dissertação de Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto.
PALAVRAS-CHAVE: FUTEBOL, FORMAÇÃO, TREINADOR de FORMAÇÃO,
CARACTERÍSTICAS de EXCELÊNCIA.
III
Agradecimentos
Ao Professor Doutor Júlio Garganta pelos conselhos, pela
disponibilidade, interminável paciência e constante respeito que demonstrou ao
longo da orientação deste trabalho.
Ao Professor Vítor Frade pela disponibilidade que sempre
demonstrou, pelos conhecimentos que transmite, pela qualidade das aulas e
por me ter proporcionado uma visão de futebol completamente diferente e
inatingível para alguns. É bom ser diferente! Obrigado por essa diferença.
Aos entrevistados: Bruno Salgado, José António Lopes, Rogério
Rodrigues, João Romano, Luís Martins, Pedro Dias, Humberto Ferreira da
Costa, Nuno Cristóvão e José Guilherme. Obrigado pela disponibilidade e
interesse demonstrado na realização dos questionários.
Aos meus pais por me terem proporcionado a experiência da minha
vida. Nunca esquecerei os sacrifícios, a paciência e o facto de sempre terem
acreditado em mim. Obrigado por tudo!
Aos meus irmãos pelo apoio incondicional, pela união e pela
compreensão. À “Gordinha” por sempre me “pintar” melhor do que aquilo que
realmente sou. Ao “Gordinho” pelas teorias da conspiração. Não o digo muitas
vezes mas Adoro-vos!
À Leonor por ser o membro mais recente desta família. Ainda não
nasceste mas já toda a gente te adora. Aproveita porque se uma “Carneira”
espalha o terror, duas espalham o caos total!
Aos meus irmãos de faculdade, Salgado, Luís, Pedrinho, Ita, e
Romain, por cinco anos memoráveis. Pelas horas de estudo, pelos momentos
passados na nossa segunda casa, pelos ensinamentos, pelas conversas de
Futebol, por Amesterdão, pelas Férias Desportivas, pelas Queimas, pelo
IV
Piolho, pelas Serenatas, pela amizade, pelo apoio e dedicação, por estarem
sempre lá quando eu precisei. MantaRota sempre a fazer-me sorrir, mesmo
nos momentos menos bons!
Aos meus “mininos” Salgado e Luís pelo ano de estágio inesquecível.
Pelos bons e maus momentos, pela lealdade, sinceridade e honestidade. Pelos
ensinamentos e por fazerem de mim uma melhor pessoa. Partimos juntos,
chegamos juntos e juntos atravessamos este caminho sinuoso. Obrigado por
isso!
À Xaninha, à Mary, à Duda, à Pimpas e à Cristina, por terem sido o
meu suporte nos anos mais complicados da licenciatura. Apesar da distância
não me esquecerei dos ensinamentos, das noites mal dormidas, das queimas e
das nossas palhaçadas. Obrigado por terem feito parte da experiência da
minha vida! Anti-Socis Forever!
Ao Jorge pela inesperada amizade, pelas nossas conversas, pelas
lutas que travamos juntos e pelas mágoas que guardamos. Lembra-te que
aquilo que não nos mata só nos torna mais fortes. Apesar de te ter descoberto
tarde, descobri-te e isso é que importa! Vemo-nos lá em cima, num Porto -
Vitória não muito distante.
Índice Geral
V
Índice Geral
Agradecimentos III
Índice Geral V
Índice de Figuras VII
Índice de Quadros IX
Índice de Anexos XI
Resumo XIII
Abstract XV
1. Introdução 1
2. Revisão da Literatura 5
2.1. Formação Desportiva 5
2.2. O Treinador de Formação na Actualidade 7
2.3. Treinador de Formação: apenas formador desportivo ou
também formador educativo/social?
11
2.4. Características de Excelência do Treinador Perito 14
2.4.1. Características de Excelência do Treinador de
Formação
15
2.4.2. Características de Excelência do Treinador de
Topo
19
3. Objectivos e Hipóteses 25
3.1. Objectivo Geral 25
3.2. Objectivos Específicos 25
3.3. Hipóteses 25
Índice Geral
VI
4. Material e Métodos 27
4.1. Descrição e Caracterização da Amostra 27
4.2. Metodologia de Investigação 28
4.3. Procedimentos de Recolha de Dados 28
4.4. Procedimentos Estatísticos 29
5. Apresentação e Discussão dos Resultados 31
5.1. Características e Competências de Excelência do
Treinador de Formação
31
5.2. Características e Competências de Excelência do
Treinador de Topo
34
5.3. Comparação das Características de Excelência do
Treinador de Formação com as mesmas do Treinador de
Topo
37
5.4. Treinador de Formação: Formador Desportivo/Formador
Educativo
40
6. Conclusões 43
7. Sugestões para Futuros Estudos 45
8. Bibliografia 47
9. Anexos 55
Índice de Figuras
VII
Índice de Figuras
Figura 1 – Comparação, entre Treinadores de Formação e Treinadores de
Topo, da média de importância máxima atribuída às competências de
excelência. 38
Índice de Quadros
IX
Índice de Quadros
Quadro 1 – Grelha de Análise das Categorias Referentes às Características e
Competências de Excelência do Treinador de Formação. 31
Quadro 2 – Grelha de Análise das Categorias Referentes às Características e
Competências de Excelência do Treinador de Topo. 34
Quadro 3 – Grelha de Análise das Categorias Referentes às Competências a
Desenvolver pelo Treinador de Formação junto dos Jogadores. 40
Índice de Anexos
XI
Índice de Anexos
Anexo 1 – Questionário a Bruno Salgado (Coordenador do Departamento de
Futebol de Formação do F.C. Famalicão); III
Anexo 2 – Questionário a José António Lopes (Treinador da equipa de
Juniores do F.C. Famalicão); VII
Anexo 3 – Questionário a Rogério Rodrigues (Coordenador do Departamento
de Futebol de Formação do Vitória S.C.); XI
Anexo 4 – Questionário a João Romano (Treinador da equipa de Infantis do
Vitória S.C.); XV
Anexo 5 – Questionário a Luís Martins (Coordenador Técnico do
Departamento de Futebol de Formação do S.C. Braga); XIX
Anexo 6 – Questionário a Pedro Dias (Treinador da equipa de Infantis do S.C.
Braga); XXIII
Anexo 7 – Questionário a Humberto Ferreira da Costa (Treinador principal do
escalão sub-11 e treinador adjunto do escalão sub-13 do F.C. Porto); XXVII
Anexo 8 – Questionário a Nuno Cristóvão (Ex-Seleccionador Nacional AA
Feminino; treinador da equipa de Juniores do Casa Pia Atlético Clube e
treinador da equipa de Seniores Feminino da Sociedade União 1º de
Dezembro); XXXI
Anexo 9 – Questionário a José Guilherme Oliveira (Treinador Adjunto da
Selecção Nacional AA. XXXV
Anexo 10 – Modelo de Questionário. XXXIX
XIII
Resumo
O Futebol é hoje um fenómeno Desportivo e Social incomparável a nível mundial.
Consequentemente, exerce sobre todas as pessoas e, principalmente sobre crianças e
jovens, um fascínio único e indescritível, o que torna pertinente a racionalização dos
processos de Formação e o conhecimento de um dos seus principais agentes, ou seja,
o Treinador.
Ser Treinador de Futebol de Formação é um papel que exige um profundo saber e
entendimento de duas realidades bastante específicas sendo a primeira o próprio
Futebol de Formação e a segunda as crianças e jovens jogadores, com os quais se
contacta. É neste sentido que urge a necessidade de identificar as características de
excelência e competências que um Treinador de Formação deve possuir e dominar.
No presente estudo, centrámos a nossa atenção nas Características de Excelência do
Treinador de Formação. Face ao enunciado pretende-se responder aos seguintes
objectivos: (I) destacar, através da revisão da literatura, a importância que o Treinador
de Futebol de Formação assume na sociedade e no futebol actual; (II) analisar e
descrever as características de excelência do treinador de formação; (III) comparar as
características de excelência do treinador de formação com as mesmas do treinador
de topo; (IV) perceber se o treinador de formação, para além de formador desportivo, é
também um formador educativo.
Para este efeito, para além de uma revisão bibliográfica, foram também realizados
questionários a nove treinadores, actual e anteriormente ligados ao Futebol de
Formação. Do cruzamento da informação entre a revisão bibliográfica e os
questionários foi possível retirar as seguintes ilações: a) o Treinador de Formação,
para ser considerado de excelência deve apresentar as seguintes características:
Conhecimento do Jogo, Definição de Objectivos, Capacidade Crítica, Inteligência,
Liderança, Carácter, Capacidade de Comunicação, Motivação do Jogador,
Sensibilidade, Disciplina e Respeito; b) o Treinador de Formação tem como grandes
objectivos a formação desportiva e a formação social e humana dos seus jovens
jogadores; c) verifica-se uma convergência de características de excelência que, tanto
o Treinador de Formação como o Treinador de Topo devem dominar, sendo elas:
Conhecimento do Jogo, Capacidade de Decisão, Capacidade Crítica, Capacidade de
Comunicação, Motivação do Jogador, Inteligência, Liderança, Carácter e Disciplina.
PALAVRAS-CHAVE: FUTEBOL, FORMAÇÃO, TREINADOR de FORMAÇÃO,
CARACTERÍSTICAS de EXCELÊNCIA.
XV
Abstract
Soccer is a sport and social phenomenon unparalleled in the world. Therefore has on
people and especially on children and youth an indescribable charm which makes it
relevant to the streamlining of training and knowledge of one of its key players, the
Coach.
Being a soccer coach is a role that requires a deep knowledge and understanding of
two realities that are very specific being the first the Youth Soccer and the second the
children and the young players with whom he has contact. In this sense is urgent the
need to identify the features of excellence and the skills that youth soccer coach should
have and master.
In this study we have focused on the features of excellence of the youth soccer coach.
Given the statement we seek to respond to the following objectives: (I) highlight, trough
the review of the literature, the importance of the youth soccer coach in the society and
in soccer today; (II) analyze and describe the features of excellence in the youth soccer
coach; (III) compare the features of excellence in the youth soccer coach with the same
in the top coach; (IV) see if the youth soccer coach, as well as sport trainer, is also a
educator.
To this end, in addition to a literature review, questionnaires were made to nine current
and former coaches of youth soccer. The cross-checking between the literature and the
questionnaires made possible to draw the following conclusions: a) the Youth Soccer
Coach, to be considered excellent must present the following features: Knowledge of
the Game, Setting of Goals, Critical Capacity, Intelligence, Leadership, Character,
Communication Skills, Motivation of the Player, Sensitivity, Discipline and Respect; b)
the Youth Soccer Coach has as main goals the sports training and the human and
social training of his young players; c) there is a convergence of features of excellence
that both the Youth Soccer Coach and the Top Coach must dominate which are:
Knowledge of the Game, Decision-making Capacity, Critical Capacity, Communication
Skills, Motivation of the Player, Intelligence, Leadership, Character and Discipline.
KEY WORDS: SOCCER, YOUTH, YOUTH SOCCER COACH, FEATURES OF
EXCELLENCE.
Introdução
1
1. Introdução
O desporto organizado para jovens evoluiu grandemente nas últimas
décadas. É sabido que ele pode ter um papel importante na socialização e por
seu intermédio os jovens são colocados em contacto com valores culturais
inerentes à sociedade que muito contribuem para a sua formação.
Para a maior parte dos jovens praticar desporto é saudável e divertido e
apresenta-se como uma experiência motivadora. A participação dos jovens no
desporto pode ter objectivos diferentes, sendo também distinto o tipo de
participação. A criança, de acordo com as suas potencialidades e interesses,
pode envolver-se no desporto de uma forma mais ou menos recreativa ou com
aspirações para atingir elevados níveis de performance.
Assumindo hoje em dia um papel cada vez mais preponderante na
sociedade, o Futebol é encarado como um fenómeno de elevada magnitude,
ao qual os jovens não querem ficar indiferentes. A expectativa do jogo, da
competição e acima de tudo da possibilidade de um dia mais tarde o Futebol
ser uma fonte de rendimento viável, levam a que a procura de clubes e,
ultimamente, de “Escolinhas de Futebol” tenha aumentado de forma
absolutamente incrível. Tal como afirma Cunha (2007), “ser jogador de futebol
é, ainda hoje, o sonho de muitas crianças. Talvez pelo reconhecimento social,
pelos ordenados que se praticam, ou pela simples paixão pelo jogo.”
Como se pode então constatar, a temática relacionada com a Formação
no Futebol está sem sombra de dúvida em voga e parece ser hoje em dia uma
aposta séria em grande parte dos clubes. Franks et al. (1999, cit. por Moita,
2008) confirmam isso mesmo quando referem que “há cada vez mais
preocupação e empenho no desenvolvimento de jovens jogadores.”
Torna-se então fundamental que se compreenda de uma forma clara
que “o Futebol de Formação é uma escola de jogadores de Futebol. Assim
como a escola tradicional pretende dar uma formação cultural e académica aos
cidadãos para que mais tarde possam vir a ser integrados na vida activa, a
escola de futebol pretende dar uma formação adequada aos jovens
futebolistas, para que mais tarde possam vir a integrar as suas equipas
seniores.” (Pacheco, 2001).
Introdução
2
Sendo assim e, para que todo este processo de formação não saia
prejudicado, é necessário que os clubes e as “Escolinhas de Futebol” já
anteriormente referidas, ofereçam aos seu jovens jogadores técnicos
qualificados e condições de trabalho que permitam o desenvolvimento global
dos mesmos. Na opinião de Rosado e Mesquita (2008), “a necessidade de
treinadores qualificados tem crescido de forma exponencial na nossa
sociedade, contrariando a crença geral de que qualquer um pode ser treinador,
desde que o deseje e que o seu passado desportivo o permita.”
Seguindo a mesma linha de pensamento Pinto (1991) considera que,
“quem deve ser treinador é quem sabe, ou seja, quem domina os
conhecimentos e as técnicas de intervenção em áreas tão complexas e
diferentes que vão desde a metodologia do treino à dinâmica de grupos.”
Constata-se então que “formar jovens futebolistas é uma actividade
pedagógica aliciante e atractiva, que exige por parte de todos os que a dirigem,
uma qualificação adequada e um elevado sentido de responsabilidade para
com o praticante, o sistema desportivo e a sociedade” (Pacheco, 2001).
A orientação deste trabalho para o Futebol de Formação prende-se
precisamente com a ideia de que “sem Futebol de base é impossível alimentar
o Futebol de rendimento superior” (Sousa, 2007). Na mesma linha de
pensamento, Pacheco (2001) salienta que “a aposta séria na formação de
jogadores parece ser o caminho a seguir para assegurar uma posição de
destaque no actual mundo do Futebol.”
Importa então, e no seguimento do atrás enunciado, identificar e
clarificar quais as características que realmente tornam um treinador de
formação num treinador de excelência. Neste sentido, propusemo-nos a
estudar as Características de Excelência do Treinador de Futebol de Formação
e para tal definimos os seguintes objectivos:
Destacar, através da revisão da literatura, a importância que o
Treinador de Futebol de Formação assume na sociedade e no futebol actual;
Analisar e descrever as características de excelência do treinador
de formação;
Introdução
3
Comparar as características de excelência do treinador de
formação com as mesmas do treinador de topo;
Perceber se o treinador de formação, para além de formador
desportivo, é também um formador educativo.
No intento de cumprir os objectivos delineados, recorreu-se a uma
metodologia que consistiu numa revisão bibliográfica, através da qual se
procurou enquadrar o tema e evidenciar o estado actual do conhecimento que
o sustenta.
Posteriormente, foram efectuados questionários de estrutura fechada a
uma amostra de treinadores que se assumem como parte integrante e
importante do contexto específico que é o Futebol de Formação e cujos
campos de interesse se ligam com a problemática em questão. Assim, o
presente estudo está estruturado de acordo com os seguintes pontos:
1. Introdução: onde apresentamos e justificamos a pertinência do
estudo, delimitamos o problema e definimos objectivos;
2. Revisão da Bibliografia: que consiste numa revisão da literatura onde
articulamos um conjunto de informação relevante sobre o tema em estudo;
3. Objectivos e Hipóteses: onde sistematizamos os objectivos gerais e
específicos do trabalho, bem como as hipóteses formuladas;
4. Material e Métodos: onde fazemos a apresentação do material e
métodos a partir dos quais desenvolvemos o nosso trabalho;
5. Apresentação e Discussão dos Resultados: onde fazemos a análise e
discussão dos dados sustentando e confrontando os conceitos desenvolvidos
na revisão bibliográfica com os dados provenientes dos questionários;
6. Conclusões: onde apresentamos as conclusões mais relevantes de
uma forma directa e sintética;
7. Sugestões para Futuros Estudos: onde serão dadas sugestões para a
realização de futuros estudos;
8. Bibliografia: onde mencionamos as referências bibliográficas que nos
serviram de base à realização deste estudo;
9. Anexos: onde serão anexados todos os questionários efectuados.
Introdução
4
Revisão da Literatura
5
2. Revisão da Literatura
2.1. Formação Desportiva
Quando nos debruçamos no significado da palavra e do conceito
“Formação”, percebemos que os mesmos são de difícil delimitação, apesar dos
vários tipos de reflexões a que estão sujeitos.
De acordo com Moita (2008) “a palavra formação não tem apenas um
sentido, podendo ser aplicada em vários contextos e momentos da existência
do ser humano”. O mesmo autor afirma ainda que “tanto se pode encontrar a
palavra formação associada aos conhecimentos recebidos durante o percurso
escolar, como à transmissão de valores acerca de determinado assunto”.
Constata-se assim que a ideia base subjacente a esta palavra e a este
conceito é a de algo que é, ou pretende ser, organizado, ordenado e com uma
finalidade bem definida, no sentido da transformação positiva de
comportamentos e atitudes do ser humano.
No que diz respeito à formação desportiva dos mais jovens e aos seus
propósitos, podemos começar por destacar duas grandes vertentes: uma mais
especializada (unilateral) e outra de carácter mais global (multilateral) (Barbanti
e Guedes cit. por Moita, 2008). Segundo estes autores “a formação mais
especializada transforma o treino dos jovens numa prática repetitiva das
habilidades específicas da modalidade em questão, descurando o
desenvolvimento mais amplo das suas capacidades que seriam necessárias
para posteriores rendimentos. Por outro lado, numa formação global o treino é
mais diversificado, tentando ir ao encontro do estádio de desenvolvimento da
criança e fazendo com que sejam desenvolvidas, para além de habilidades
específicas de um determinado desporto, habilidades consideradas
fundamentais para a coordenação geral”.
Seguindo a mesma linha de pensamento, Constantino (2002) refere que
“o trabalho de formação desportiva não é somente uma tarefa centrada na
aprendizagem das habilidades técnicas de uma modalidade, mas também no
desenvolvimento das condições físico-desportivas que permitam ao jovem, na
idade adulta, a expressão máxima de rendimento no domínio dessas técnicas.”
Revisão da Literatura
6
Na opinião de Lima (1988), “a formação desportiva das crianças e jovens
tem a responsabilidade de se opor à simples reprodução do desporto adulto,
devendo caracterizar-se por um processo que contribua para a formação global
dos mesmos, através de actividades físicas e desportivas que sejam favoráveis
ao desenvolvimento das capacidades e qualidades físicas, como factor
necessário à realização individual do ser humano”.
Para Bayer (1987), e ainda em relação aos propósitos da formação
desportiva, “é crucial que o educador proporcione aos praticantes os meios
para que estejam motivados, ao mesmo tempo que adquirem e desenvolvem
qualidades.”
No entanto, reconhece-se que este processo formativo de qualidade é
também gradualmente selectivo, onde apenas os melhores conseguirão
alcançar o sucesso e a ribalta desportiva. Neste sentido, e tal como afirma
Mesquita (1997), “no processo inicial de formação desportiva, a preocupação
passa por proporcionar aos jovens o acesso a uma prática desportiva regular,
possibilitando uma selecção progressiva dos que revelam talento, que
perspective atingir o alto rendimento, sem que para isso esta seja renunciada
aos demais.”
Acerca desta temática, Pereira (1996) defende que “a formação é a base
do alto rendimento e a este nível o treino surge como epicentro de todo o
processo”, uma vez que é nesta fase que se encontra a verdadeira essência do
processo de ensino-aprendizagem, personificado na relação treinador/atleta e
onde a partilha de conhecimentos e experiências é constante. Torna-se então
absolutamente impreterível que “se conheça, de forma profunda, o processo de
formação desportiva, de modo a que se respeitem os diferentes níveis de
prática, cada qual com as suas características próprias” (Mesquita, 1997).
Reconhece-se assim, e após análise do até aqui referido, que a
“Formação”, para ser bem sucedida, pressupõe a construção e “a existência de
“alicerces”, adquiridos durante o período de formação do atleta” (Mesquita,
1997). Esses “alicerces” devem ser criados o mais cedo possível, tendo como
base a qualidade do processo de treino e da intervenção das pessoas que
orientam a formação (Moita, 2008). Sendo assim, e para que a formação de
Revisão da Literatura
7
jogadores tenha uma coerência lógica torna-se importante, acima de tudo, que
todo esse processo seja balizado por objectivos bem definidos. É preciso
transformar a formação de jogadores “num processo ajustado e com objectivos
adequados às diferentes fases do desenvolvimento do jovem jogador” (Leal e
Quinta, 2001).
Desta forma, fica então claro que “a formação desportiva do jovem se
constitui como um aspecto fundamental na globalidade da sua preparação
desportiva, revelando-se muito importante a definição de objectivos em cada
uma das etapas do processo de formação, para que o seu desenvolvimento
ocorra assim de forma harmoniosa” (Mesquita, 1997).
Em suma, a formação desportiva deve proporcionar um desenvolvimento
global do jovem praticante, tendo ao mesmo tempo a preocupação de o dotar
de habilidades facilitadoras para o alcance do alto rendimento.
2.2. O Treinador de Formação na Actualidade
Desde o século XX que o Desporto é apresentado como sendo
indiscutivelmente um traço caracterizador da nossa sociedade. Já ninguém
nega a sua importância social, o seu cunho cultural e os contributos positivos
que podem advir quando correctamente orientado, em especial na formação e
desenvolvimento de crianças e jovens (Coelho, 1990).
Na opinião de Neves (2003) “o desporto é neste século, um dos mais
fiéis representantes dos fenómenos culturais, conseguindo por si só, extravasar
as suas próprias fronteiras, não só através de um papel cultural, mas também
social, económico e político, sendo que todos estes desígnios são
fundamentais para que o resultado deste fenómeno seja eficaz”. Desta forma, e
tal como afirma Costa (1997), constata-se que “o Desporto se infiltrou nas
grandes instituições sociais da família, da escola, das autarquias e das
empresas privadas, tendo igualmente invadido a comunicação social, vindo a
tornar-se num dos maiores fenómenos sociais da actualidade”.
A evolução que tem acontecido no Desporto, a luta pela sua constante
melhoria e as exigências sempre crescentes, nele exercidas, quer no desporto
de formação quer no desporto de alto rendimento, deram origem a estudos,
Revisão da Literatura
8
reflexões e investigações em redor da preparação dos atletas e daquilo que
possa desencadear maiores prestações: o treino e o seu principal responsável,
o treinador (Pardal, 2002). São vários os investigadores que têm acentuado a
enorme responsabilidade que os treinadores assumem no mundo do desporto
principalmente para as crianças e jovens, através da filosofia da sua actuação,
dos objectivos que perseguem, dos valores que defendem e do valor formativo
dos programas desportivos em que estão envolvidos.
Verifica-se mesmo que toda esta relevância dada ao desporto em geral
e ao papel do treinador em particular é ainda mais exponencial quando nos
apercebemos que “o treino desportivo afirma-se como a forma mais racional,
mais científica e eficaz da formação corporal e desportiva. Os seus
conhecimentos, leis e resultados constituem ponto de orientação para todos os
domínios da cultura corporal, da prática desportiva” (Bento, 1988) e que a
educação para as actividades físicas e desportivas é, na sua quase totalidade,
efectuada nos clubes através dos treinadores.
Assumindo-se o futebol como desporto rei da nossa sociedade, “uma
vez que é indiscutivelmente uma modalidade de grande impacto nos hábitos
culturais/desportivos dos nossos dias, é normal que a sua prática seja iniciada
por muitos jovens de forma absolutamente espontânea, por apropriação
intuitiva dos modelos a que as crianças têm acesso, através dos vários meios
de comunicação” (Ramos, 2003).
No entanto, e sendo do conhecimento público, facilmente nos
apercebemos de que essa espontaneidade e prática livre são, nos dias actuais,
cada vez mais raras. Este facto fica a dever-se a vários e diferentes factores,
estando entre eles o crescimento desenfreado das cidades associado à
progressiva redução de espaços verdes e aumento da insegurança, à redução
de locais para a prática de actividades físicas bem como à ocupação massiva
do horário escolar e extra-escolar e à existência de novos passatempos. “Hoje,
a quantidade torrencial de matérias e de horas lectivas que a escola
crescentemente lhes impõe, associada ao crescimento urbano desenfreado,
sonegam, cada vez mais, o direito à fruição dessas actividades e anunciam o
seu desaparecimento” (Garganta, 2004).
Revisão da Literatura
9
Pacheco (s.d.) alerta também para essa realidade quando refere que
“hoje em dia os jovens já não jogam Futebol na rua, ou por falta de espaços
apropriados, devido ao desenfreado desenvolvimento das cidades, ou por não
poderem jogar futebol nas escolas, pois quando os professores faltam os
alunos são encaminhados para as salas de aula, para as denominadas aulas
de substituição.”
A conjugação de todos estes indícios e a sua posterior análise, levam a
que se comece a justificar e perceber a maior procura de actividades físicas
para crianças e jovens, sendo de destacar no caso do futebol, o crescimento
exponencial das “Escolas de Futebol”, estando muitas delas associadas a
clubes e que surgem com o intuito de promover o desenvolvimento desportivo,
a saúde e a ocupação dos tempos livres dos mais jovens.
Verifica-se assim que “neste tipo de “Escolas” está em causa a formação
desportiva de crianças e jovens, sendo esta formação bastante complexa,
multivariada e extremamente dinâmica. “Apesar de não existir um conceito
suficientemente robusto e consensual acerca do que é realmente a formação,
parece ser inequívoco que a formação é a base do alto rendimento e que neste
domínio o processo de ensino-aprendizagem se assume como a “célula base”
do processo” (Loureiro, 2007). Tal como afirma Fernandes (2004) “a evolução
do desporto profissional e das exigências de rendimento impostas, levaram a
que actualmente a formação de jogadores no futebol se tornasse um aspecto
indispensável para que no futuro possam surgir atletas de rendimento
superior”.
Tendo em conta esta realidade actual com que se depara o futebol,
“importa saber e conhecer o trabalho realizado nas idades mais baixas de
formação, visto esta ser a base do futuro, na medida em que os primeiros
contactos que são proporcionados às crianças e aos jovens que pretendem
aprender e treinar futebol podem revelar-se decisivos para o sucesso e
continuidade na actividade desportiva que elegeram” (Garganta, 2004). Treinar
deve então ser entendido “como fazer aprender e desenvolver capacidades, ou
seja, como um conjunto de acções organizadas, dirigidas à finalidade
específica de promover intencionalmente a aprendizagem de alguma coisa por
Revisão da Literatura
10
alguém, com os meios adequados à natureza dessa aprendizagem e desse
desenvolvimento” (Rosado e Mesquita, 2008).
Sendo o treino um processo altamente complexo, no qual interagem
distintas variáveis de forma constante e dinâmica, pode considerar-se que, e tal
como afirma Macedo (2002), “a forma como o treinador procede ao
manuseamento dessas variáveis e como estabelece a interacção entre elas,
condiciona em grande medida o sucesso do treinador na orientação do
processo de ensino e de aprendizagem e concomitantemente nos efeitos
produzidos sobre a evolução e o rendimento de atletas e equipas”.
Constata-se então que toda essa complexidade inerente quer ao
processo de treino quer ao processo formativo, coloca grandes exigências e
implica um vasto leque de conhecimentos ao treinador como por exemplo,
conhecimentos técnicos, biológicos e psico-pedagógicos. Como refere Araújo
(1995) “ser treinador exige um conhecimento multidisciplinar, tornando-se
evidentemente imprescindíveis os conhecimentos inerentes à táctica, à técnica
e à preparação condicional do jogo em que o treinador se especialize, bem
como o fundamental domínio da pedagogia e metodologia de ensino e a
necessidade expressa de ser um especialista no provocar do interesse e da
motivação dos que consigo aprendem e treinam.”
Perante esta situação, defende-se que a formação de jogadores de
futebol no clube, seja organizada e orientada pelos agentes desportivos
(treinadores) mais competentes (Marques 1991). Num Desporto cada vez mais
desenvolvido e profissionalizante o treinador deve então ser um agente
embrenhado e consciente das suas tarefas: que concebe (planeia), orienta a
acção (comanda os treinos e jogos) e faz o enquadramento geral das acções
executadas (avalia o processo) pois tal como diz Bento (1993) “a prática (treino
e competição) do treinador é um campo de realização de decisões tomadas e
consciencializadas anteriormente pelos momentos da reflexão, da análise, da
avaliação, do planeamento, de preparação”.
Uma concepção moderna de treinador exige que se reconheça o
carácter integrado, complexo e diferenciado dos processos de aprendizagem,
treino e desenvolvimento dos diversos tipos de desportista, competindo ao
Revisão da Literatura
11
clube e ao treinador promovê-los e assegurá-los, no quadro do
desenvolvimento dos indivíduos no clube, na comunidade desportiva e na
sociedade (Rosado e Mesquita, 2008).
Podemos assim considerar que os treinadores são elementos
fundamentais no desporto e na sociedade. “São agentes desportivos com um
papel bem definido, todavia muito diversificado, que abrange diversas áreas
inerentes às componentes do jogo. São responsáveis pelo planeamento,
gestão, selecção, liderança, instrução e rendimento de um grupo de seres
humanos no desporto” (Rocha, 2006). O treinador é então um elemento fulcral
da actividade desportiva pois representa muito mais do que um simples
orientador quer de treinos quer de jogos (Curado, 1991).
2.3. Treinador de formação: apenas formador desportivo ou
também formador educativo/social?
Numa sociedade com apelos cada vez mais diferenciados, não se pode
ignorar a importância que desempenham todos os indivíduos relacionados com
o processo educativo – treinadores incluídos – pois o processo de treinar pode
e deve ser, um acto educativo.
Sendo assim, e tal como afirma Costa (2006), “a mensagem do treinador
no trato diário com os praticantes deve ser uma mensagem humanista, que se
afaste do obscuro pragmatismo que caracteriza o mundo contemporâneo e que
timbra com contornos muito fortes a educação dos jovens, cujos reflexos ainda
estão por determinar no seu impacto futuro”. O mesmo autor afirma ainda que
“a presença do treinador durante o treino dá um contributo enorme para o
entendimento da actividade como uma parcela da formação do carácter”, ou
seja, podemos considerar que os momentos de treino e a própria postura do
treinador durante os mesmos, contribuem de forma decisiva para a modelação
do carácter e da personalidade dos praticantes.
Desta forma, e tal como atesta Marques (1999), o treinador assume, em
todo este processo de formação de jogadores e Homens, “um papel vital, dado
ser o responsável directo, pelo presente e futuro dos jovens que lhe são
confiados, o que exige que possua conhecimentos acerca do desenvolvimento
Revisão da Literatura
12
motor, biológico, psíquico e social dos jovens, e a capacidade de os integrar
nas suas propostas metodológicas de ensino.”
A compreensão do papel dos treinadores na orientação de equipas
desportivas e de jovens atletas torna-se muito importante, uma vez que “as
suas acções implicam não só o ensino e aperfeiçoamento de competências
físicas, técnicas e motoras, mas também envolvem um efeito sobre o
desenvolvimento psicológico dos atletas, seja através da transmissão de um
conjunto de princípios e valores acerca do desporto, seja pela forma como os
ajudam a lidar cada vez mais eficazmente com as crescentes exigências da
competição” (Gomes e Cruz, 2006).
Idealizando a figura do treinador neste sentido, constata-se que ser
treinador de crianças e jovens não se circunda, unicamente, sob a perspectiva
metodológica do treino. “Ser treinador de jovens é muito mais do que isso!
Implica ter conhecimentos acerca do desenvolvimento da criança, compreender
o seu pensamento e a sua cognição. Saber que as crianças e jovens que dirige
e auxilia no desporto, percepcionam-no como uma modelo social a seguir e a
respeitar”. (Teques, s.d.)
Ping e Ogilvie (1993, cit. por Garcia, 2003, p. 6) referem, segundo esta
perspectiva, a importância do treinador como modelo e agente socializante
para os seus atletas, “influenciando-os não apenas nas habilidades físicas,
skills técnicos, emoções sociais e valores, mas ainda no desenvolvimento
moral e mesmo na sociedade, tendo um grande poder de influência sobre o
atleta, e impacto desde os primeiros estádios da sua evolução”.
Sendo o treinador a figura principal no processo de formação desportiva
da criança verifica-se que, “a influência que este vai exercer sobre as atitudes e
comportamentos, sobre os princípios, valores, orientações e sentidos de vida
dos atletas é inegável” (Bento, 1999). Para Araújo (1994) “os treinadores são
elementos transmissores de princípios, regras, conhecimentos desportivos,
educativos, pessoais, sociais, culturais e, por vezes, também políticos e
religiosos”.
Oliveira (1994) refere que “ser treinador significa ser agente de um
processo de transformação que, no contexto do exercício da cidadania, conduz
Revisão da Literatura
13
a responsabilidades e direitos”. Já Araújo (1994), afirma que “o treinador é
simultaneamente um agente interactivo de desenvolvimento do contexto social,
cultural e político em que se move como perito e como cidadão”, ou seja, ser
treinador é uma vocação que não se esgota no domínio das habilidades
específicas da organização, do planeamento e da condução do treino e das
competições.
Segundo Pacheco (2001), a formação desportiva deve ser encarada
como “um processo globalizante, que visa não só o desenvolvimento das
capacidades específicas (físicas, táctico-técnicas e psíquicas) do futebol, como
também a criação de hábitos desportivos, a melhoria da saúde, bem como a
aquisição de um conjunto de valores, como a responsabilidade, a solidariedade
e a cooperação, que contribuam para uma formação integral dos jovens”.
Para Martens (1987), “o treinador tem um papel preponderante junto dos
jovens atletas”. Actualmente, ao treinador do contexto do desporto juvenil é
exigida competência para dirigir correctamente o processo de
ensino/aprendizagem e de treino, assim como, a responsabilidade de contribuir
para o desenvolvimento dos jovens. Constata-se então que “treinar é educar e
educar significa intervir, de forma intencional e organizada na orientação do
futuro do praticante enquanto atleta e enquanto homem” (Costa, 2006).
Tendo em conta que os treinadores de crianças e jovens trabalham com
um delicado e disforme material, em constante transformação, que é o ser
humano em pleno desenvolvimento, podemos considerar que “a maior
responsabilidade do treinador é promover o desenvolvimento motor de crianças
e jovens, mais especificamente o desenvolvimento desportivo. Embora ele
também tenha interesse no desenvolvimento cognitivo, emocional, social e
artístico, a principal responsabilidade do treinador é estimular o crescimento
das crianças e dos jovens no domínio do movimento. Por essa razão, ele deve
saber como as crianças e os jovens crescem e se desenvolvem” (Barbanti,
2005).
Em síntese, o treinador de crianças e jovens deve procurar que a prática
desportiva e, neste caso mais específico o futebol, “promova o
desenvolvimento global dos jovens (físico, psíquico e social), quer através da
Revisão da Literatura
14
adopção de hábitos de participação periódica nas actividades, quer na
formação de uma consciência ética e cívica” (Catita, 2002). A formação deve
por isso tratar-se de um processo a longo prazo em que sejam desenvolvidas,
simultaneamente, as capacidades motoras e as capacidades intelectuais.
2.4. Características de Excelência do Treinador Perito
Tendo em conta a enorme expansão do fenómeno desportivo à escala
mundial, acompanhada quer do crescimento de oportunidades de prática
desportiva quer da profissionalização do desporto, não surpreende o
crescimento da atenção de vários investigadores sobre as questões
relacionadas com a eficácia do treino e, mais especificamente, com a eficácia
do treinador. “A evolução dos tempos e as grandes transformações operadas
no futebol originaram que o treinador actual tenha de possuir um leque
alargado de conhecimentos e capacidades, inquestionavelmente superiores
àqueles que eram exigidos aos treinadores no passado” (Pacheco, 2006).
Em relação a esta temática, Nunes (1995) afirma que “a qualidade da
prática desportiva está em estreita dependência da qualidade dos agentes
desportivos intervenientes, especialmente o treinador, que no domínio da
competição tem influência sobre os atletas, dirigentes e árbitros com quem tem
de interagir realmente na prática”. Coelho (1990) refere que “não há formação
adequada dos praticantes sem formação adequada dos responsáveis que
enquadram, dirigem e acompanham a prática desportiva”. Perante esta
situação, defende-se que a formação de jogadores de futebol nos clubes seja
organizada e orientada pelos agentes desportivos (treinadores) mais
competentes (Marques, 1991).
Segundo Rosado et al. (2000, cit. por Bravo, 2008) “ser treinador nos
dias de hoje é, sem dúvida, uma actividade mais rigorosa, na medida em que
estes assumem um papel e uma missão preponderantes, onde lhes é exigido o
exercício de uma infindável lista de tarefas, aptidões, atitudes e
comportamentos”. Para Lima et al. (1999, cit. por Bravo, 2008) esta acaba por
“não ser uma tarefa fácil, pois pressupõe o assumir de determinadas
Revisão da Literatura
15
responsabilidades (direitos e deveres), dentro de um contexto social e
desportivo em constante transformação”.
Na opinião de Rodrigues (1997) “existem vários factores que são
determinantes do sucesso desportivo entre os quais se encontram as
características do treinador, a sua formação e a sua experiência”. Os
treinadores possuem semelhanças entre si, mas nenhum é igual. Rocha (2006)
afirma mesmo que “as diferenças começam nos objectivos que cada um tem
para si, para a equipa, para os jogadores e como vê o desporto. De entre todos
os treinadores, e em cada área de cada modalidade, existem aqueles que, pela
sua dedicação, pela experiência, pelo conhecimento que possuem e pelo
sucesso que obtiveram, são eleitos os melhores, esses são os Treinadores
Peritos”.
Salmela (1994, cit. por Serpa, 1998) realça a importância do treinador ao
longo do processo da carreira do desportista, nomeadamente nas fases de
iniciação, desenvolvimento e especialização, nas quais são diferentes os
papéis que assumem. Deste modo, são igualmente distintas as características
pessoais que se encontram nos treinadores que orientam os praticantes nos
diferentes momentos da sua carreira.
Importa então, e no seguimento do atrás enunciado, identificar e
clarificar quais as características que realmente tornam um treinador de
formação num treinador de excelência. Procuraremos também inventariar
algumas das características de excelência dos treinadores de topo, no sentido
de pudermos realizar uma comparação entre as mesmas, descobrindo assim
as suas semelhanças e diferenças.
2.4.1. Características de Excelência do Treinador de Formação
No desporto, como em muitas outras actividades, os adultos podem
ajudar as crianças e jovens a desenvolverem os seus interesses e a optimizar
as suas capacidades pessoais. O treinador de jovens apresenta-se como um
excelente exemplo em como podemos maximizar essas oportunidades
(Teques, s.d.).
Revisão da Literatura
16
Como as crianças e jovens iniciam a sua prática desportiva em idades
bastante diversas tem o treinador de ter um vasto leque de conhecimentos dos
aspectos psicopedagógicos, psicossociais e psicofisiológicos para dar uma
resposta correcta e efectiva às necessidades de cada um dos jovens com que
contacta (Costa, 2006). O mesmo autor afirma ainda que “o treinador tem a
prerrogativa de ampliar a sua influência sobre aqueles que se submetem às
suas orientações”, isto porque “além de ser uma peça do projecto deve ser o
mentor desse mesmo projecto. Uma grande parte da responsabilidade recai
sobre os seus ombros”.
Considerando os treinadores como a figura principal no processo de
formação desportiva das crianças e jovens, reveste-se de sobeja importância a
identificação daqueles que, pelo conjunto de características, saberes e
experiências que ostentam, podem ser designados como treinadores de
excelência ou peritos. “Treinar jovens não é o mesmo que treinar adultos. Para
treinar jovens, é necessário ter motivação, e ser capaz de estabelecer uma boa
relação com os jovens, e conhecer os métodos e os meios mais adequados
para o seu desenvolvimento” (Pacheco, 2001).
Na opinião de Salmela (1994, cit. por Serpa, 1998) “o treinador surge, na
fase de iniciação, como um verdadeiro animador da actividade do jovem. Os
aspectos afectivos da interacção surgem como predominantes, quer no carinho
demonstrado pelos pupilos, quer na alegria que o técnico coloca na condução
da actividade”. O mesmo autor defende ainda que “nesta fase os técnicos não
são necessariamente grandes especialistas, mas amam a actividade,
interessam-se profundamente pelas crianças que orientam e cujo esforço
valorizam em detrimento do resultado”.
Para Ruiz (1998, cit. por Pacheco, 2001), “será um bom treinador, quem
tenha condições inatas para o ser, e o que em toda a vida esteja disposto a
aprender e a aperfeiçoar-se, assim como fazem os grande desportistas, pois
treinar e fazer treinar é uma tarefa difícil e complexa”.
Pacheco (2001) afirma que o treinador de futebol ideal para os jovens
“será aquele que, simultaneamente, possua experiência como praticante
desportivo e tenha uma formação própria que o habilite a treinar jovens
Revisão da Literatura
17
futebolistas”. O mesmo autor considera ainda que o treinador de formação
“deverá ser um educador que, possua sólidos conhecimentos de Futebol, que
goste de trabalhar e que consiga estabelecer uma boa relação com os jovens;
que seja conhecedor das suas diferentes fases de desenvolvimento e que
conheça os meios e os métodos mais adequados para o desenvolvimento
integral dos jovens”. Posto isto, podemos considerar que o treinador de
crianças e jovens deverá reunir um conjunto de competências em três grandes
domínios: saber; saber fazer e saber fazer com que os outros façam.
Na senda de Martens (1987), o treinador tem um papel preponderante
junto dos jovens atletas. “Actualmente, ao treinador do contexto do desporto
juvenil é exigida competência para dirigir correctamente o processo de
ensino/aprendizagem e de treino, assim como, a responsabilidade de contribuir
para o desenvolvimento dos jovens”.
Na opinião de Giménez (2003, cit. por Moita, 2008) “o treinador de
jovens deverá ter um perfil parecido com o de um maestro ou um educador,
com formação técnica e pedagógica adequada e que oriente e facilite a
formação motora do jovem”. O mesmo autor acrescenta ainda que, “como
educador, as suas funções são formar jogadores e preparar equipas utilizando
uma metodologia que tenha em conta, sobretudo, o atleta”.
Constata-se assim que é por demais evidente que “Ser Treinador exige
um conhecimento multidisciplinar, tornando-se evidentemente imprescindíveis
os conhecimentos inerentes à táctica, à técnica e à preparação condicional do
jogo em que o treinador se especialize” (Araújo, 1994). O mesmo autor refere
ainda que Ser Treinador exige qualidades imprescindíveis, tais como
saber/conhecimento; habilidade para ensinar; qualidades próprias; trabalhar em
equipa e criar clima de sucesso.
Na opinião de Sarmento (1991), “ao treinador requer-se colocação de
voz, precisão de linguagem técnica, conhecimentos do conteúdo técnico,
capacidade de liderança e também muita disponibilidade para com os seus
atletas (capacidade humana).”
Segundo Sabock (1985) “é de grande importância que o treinador
apresente algumas qualidades como capacidade de avaliação, desejo intenso
Revisão da Literatura
18
de trabalho, ponderação, humanismo, demonstração constante de interesse,
capacidade de motivação, respeito e responsabilidade, dedicação, identificação
e definição de objectivos, entusiasmo e habilidade de improvisação”.
Costa (2006) enuncia também um conjunto de dez pontos que se
constituem como as principais normas de conduta de um treinador que
desenvolva a sua acção junto de jovens praticantes. Estes são:
a) elogiar os jovens;
b) evidenciar os aspectos positivos da sua participação;
c) manter a calma quando os jovens cometem erros;
d) ter expectativas razoáveis e realistas;
e) tratar os jovens com respeito;
f) procurar fazer com que os jovens sintam prazer na prática do
desporto;
g) não assumir comportamentos excessivamente sérios durante as
competições;
h) manter a ideia de que a alegria e o prazer são componentes
obrigatórias da atitude dos jovens que praticam desporto;
i) enfatizar o trabalho em equipa;
j) ser um exemplo de comportamentos respeitadores do espírito
desportivo.
Teques (s.d.) considera que “no sentido de promover uma formação
benéfica quer a nível desportivo quer a nível social, os treinadores de crianças
e jovens devem ter em conta as seguintes directrizes”:
a) distinguir as diferenças de desenvolvimento das crianças;
b) utilizar a comunicação positiva, sendo esta uma das áreas que o
treinador, em qualquer nível competitivo, deverá saber dominar;
c) criar situações que desenvolvam a tomada de decisão;
Revisão da Literatura
19
d) identificar e perseguir os verdadeiros valores da formação
desportiva de crianças;
e) procurar receber feedbacks do seu comportamento em treino;
f) aceitar a espontaneidade e o caos que caracterizam as
actividades com crianças.
Por fim Catita (2002) propõe como linhas orientadoras para o treino de
crianças e jovens os seguintes aspectos: recompensar, tanto o esforço como o
resultado; manter os treinos estimulantes; utilizar progressões adequadas; ser
honesto e entusiasta.
Comprova-se então que, e após análise de tudo aquilo que foi descrito e
enunciado anteriormente, treinar crianças e jovens providencia uma excelente
oportunidade para os influenciar positivamente, nas suas vidas. Este facto, é
extremamente importante, quando o treinador compreende o desenvolvimento
das crianças em relação às suas capacidades desportivas, vê as crianças
como únicas e individuais e interessa-se, constantemente, pela evolução dos
processos de ensino aprendizagem. Considera-se então que ser um treinador
de sucesso com crianças e jovens é continuar a aprender em cada treino e
com cada criança, tornando-se cada dia, num treinador melhor.
2.4.2. Características de Excelência do Treinador de Topo
Em todos os sectores da sociedade, encontramos indivíduos que
demonstram consistentemente performances a níveis superiores em relação
aos seus contemporâneos, fazendo com que se destaquem da maioria. Estes
indivíduos são frequentemente rotulados de excepcionais, superiores, dotados,
talentosos, especiais ou experts (Ericsson e Smith, 1991). Na senda dos
mesmos autores “o treinador expert caracteriza-se por possuir um conjunto de
características estáveis, independentemente da situação”.
Lyle (2002) reforça esta definição considerando que “um treinador expert
tem necessariamente que apresentar uma efectividade elevada no
desenvolvimento do seu trabalho nas mais variadas circunstâncias”.
Revisão da Literatura
20
Para Salmela (1996, cit. por Maio, 2004) “a justificação para que os
experts sejam alvo de estudos é facilmente explicada pela procura incessante
por parte destes da excelência e pela constante aplicação desta na sua prática
diária”. Segundo Rosado e Mesquita (2008) “o treinador terá de ser uma
pessoa culta esperando-se que essa cultura alargada lhe permita corresponder
às expectativas dos atletas, desenvolver processos de auto-formação e de
inovação, competências de exercício da profissão que exigem uma formação
de base, cada vez mais elevada”.
Para Pacheco (2001) “uma das características dos bons treinadores é o
desejo e a capacidade permanente de se actualizarem, de saber sempre mais,
o que passa por uma formação contínua, através da participação em debates e
colóquios de treinadores, da leitura de revistas da especialidade, da
observação e na troca de experiências de métodos de treino”.
Ramirez (2002) caracteriza um treinador de alto rendimento desportivo
como “uma pessoa que tem um conhecimento profundo do desporto e da sua
especialidade, para além de uma alta motivação para a prática da sua
profissão e que sabe organizar, planear e integrar de forma criativa a
estratégia, táctica e técnica desportivas para conseguir o máximo rendimento
dos atletas”. Para Schempp et al. (s.d., cit. por Jones, 2006), “um treinador para
ser considerado de excelência deve apresentar as seguintes características:
conhecimento alargado, intuição, capacidade de planeamento, automatismo de
comportamentos, tendência para o atípico, capacidade de resolução de
problemas e auto-controlo”.
Na senda de Gluch (1997, cit. por Duarte, 2009), e no sentido da
excelência, “o treinador deve procurar potenciar ao máximo as capacidades
dos seus atletas, aumentando os níveis de auto-confiança na eficácia das suas
acções, e encorajando a auto-análise destes”. Para além disto, este autor
destaca outros factores importantes para o treinador na conquista do sucesso
nomeadamente, “a auto-estima elevada, capacidade de comunicação,
capacidade de motivar os atletas, adopção de um estilo de liderança adequado
às circunstâncias e capacidade para potenciar a coesão de grupo”.
Revisão da Literatura
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Na opinião de Barreto (1998), “o treinador deve ser um técnico
especialista na sua modalidade, possuir um conhecimento profundo da mesma,
em todas as suas principais dimensões (histórica, cultural, estrutural,
metodológica, relacional, técnica, táctica, estratégica), e ter a capacidade de
análise quer do treino quer da competição, permitindo-lhe descobrir os
aspectos primordiais que possibilitem aprender, aperfeiçoar e consolidar tanto
o rendimento individual (jogador) como o rendimento colectivo (equipa) ”.
Salmela (1994, cit. por Serpa, 1998) considera que, “na fase de
especialização, se encontram técnicos quase exclusivamente dedicados ao
trabalho com atletas de elite. Possuindo uma perspectiva global da actividade,
são meticulosos e colocam um superior nível de exigência no processo de
treino”. Para Martens (1999) “treinar é essencialmente um processo de
comunicação, que implica saber comunicar e interagir com os atletas”. Nesta
perspectiva, é importante que os treinadores possuam uma boa formação
nesta área, para exercer influência sobre os seus atletas.
Defende-se, então como fundamental, que os treinadores dominem
competências verbais e não verbais de comunicação. Segundo Costa (2006), e
no que a aspectos de comunicação se refere, “o treinador comunica com os
praticantes de formas muito diversas. Se por um lado deve demonstrar alguma
“preocupação” por questões particulares de cada um, por outro deve ter
presente uma conduta de isenção, igualdade e justiça no tratamento que
dispensa aos seus atletas durante o treino e para além deste momento”.
Ser treinador implica por isso gerir uma equipa e jogadores e para tal, é
necessário que o treinador desempenhe um conjunto de funções (Araújo e
Henriques, 1999), tais como: líder, educador, gestor, motivador, conselheiro,
disciplinador, domínio do saber/conhecimento, habilidade para ensinar,
qualidades próprias, saber criar um clima de sucesso, entre outros.
Bompa (2005, cit. por Evangelista, 2007) enumera as atitudes e
capacidades necessárias para se ser um treinador de sucesso:
a) carácter firme;
b) capacidade de motivar;
Revisão da Literatura
22
c) ser um excelente professor;
d) psicologia;
e) ter um alto nível educacional e ser bem informado;
f) liderança e organização;
h) habilidades intelectuais.
Janssen e Dale (2002, cit. por Duarte, 2009) destacam também alguns
factores que caracterizam a excelência desportiva do treinador como por
exemplo, ter carácter, ser competente, assumir o compromisso, ser cuidadoso,
ser um potenciador de confiança, ser comunicador e consistente.
Evangelista (2007) destaca, no seu trabalho monográfico, os estudos
realizados por alguns investigadores, no sentido de descreverem as principais
características dos treinadores peritos. Eis as principais características
enunciadas:
a) possuem um conhecimento profundo e especializado;
b) organizam o seu conhecimento hierarquicamente;
c) possuem uma grande capacidade prospectiva e de resolução de
problemas;
d) apresentam um quase automatismo durante a análise e a
instrução;
e) desenvolveram técnicas de auto-controle e avaliação do seu
trabalho.
Para além de tudo isto, convêm salientar que o comportamento de
mestria do treinador vai para além do especialista no seu desporto, na
metodologia de treino e na competição, uma vez que desempenha outras
funções, tais como gerir recursos humanos, financeiros, relações públicas,
elaborar planeamentos e organizar actividades (Serpa, 1990).
Constata-se então que os treinadores necessitam de possuir extensos
conhecimentos técnicos, técnicas de aconselhamento, atributos de liderança e
formação em ciências do desporto, de forma a ultrapassar os problemas com o
Revisão da Literatura
23
maior sucesso possível. Nesta linha de pensamento, Macedo (2002) refere que
“a tomada de decisões em situações de incerteza, ou sob pressão temporal, é
uma constante no processo de treino, o que requer, por parte do treinador, uma
elevada capacidade de escolha”.
Em síntese podemos considerar que aquilo que realmente distingue um
Treinador Perito de todos os outros é a sua sede de novos conhecimentos e o
seu esforço diário para se tornar melhor.
Revisão da Literatura
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Objectivos e Hipóteses
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3. Objectivos e Hipóteses
3.1. Objectivo Geral
Analisar e descrever, através da revisão da literatura e da
percepção de Treinadores de Futebol, as características de excelência do
Treinador de Formação.
3.2. Objectivos Específicos
Comparar as percepções dos Treinadores de Futebol acerca das
características de excelência do Treinador de Formação, com as mesmas do
Treinador de Topo;
Perceber, através da revisão da literatura e da percepção de
Treinadores de Futebol, se o treinador de formação, para além de formador
desportivo, é também um formador educativo.
3.3. Hipóteses
Hipótese 1: Segundo a percepção dos treinadores de futebol, as
características de excelência do treinador de formação são diferentes em
relação às mesmas do treinador de topo.
Hipótese 2: Conforme a revisão da literatura e a percepção dos
treinadores de futebol, o treinador de formação tem como único objectivo a
formação desportiva.
Objectivos e Hipóteses
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Material e Métodos
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4. Material e Métodos
4.1. Descrição e Caracterização da Amostra
Quando se opta por realizar questionários, pretende-se saber aquilo que
um determinado grupo de indivíduos pensa acerca de um ou vários assuntos,
com o intuito de esclarecer determinados aspectos abordados na revisão
bibliográfica.
Tendo em conta que o nosso trabalho é um estudo acerca dos
treinadores de excelência no futebol de formação, procurámos acima de tudo
que os nossos questionados fossem parte integrante e importante (de uma
forma ou de outra) desse contexto específico do Futebol e que partilhassem
connosco experiências, conhecimentos e informações que pudessem
enriquecer o presente estudo.
De acordo com o que já foi dito anteriormente, seleccionamos para
realizarem o questionário as seguintes personalidades:
Bruno Salgado (Coordenador do Departamento de Futebol de
Formação do F.C. Famalicão);
José António Lopes (Treinador da equipa de Juniores do F.C.
Famalicão);
Rogério Rodrigues (Coordenador do Departamento de Futebol de
Formação do Vitória S.C.);
João Romano (Treinador da equipa de Infantis do Vitória S.C.);
Luís Martins (Coordenador Técnico do Departamento de Futebol de
Formação do S.C. Braga);
Pedro Dias (Treinador da equipa de Infantis do S.C. Braga);
Humberto Ferreira da Costa (Treinador principal do escalão sub-11 e
treinador adjunto do escalão sub-13 do F.C. Porto);
Material e Métodos
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Nuno Cristóvão (Ex-Seleccionador Nacional AA Feminino; treinador
da equipa de Juniores do Casa Pia Atlético Clube e treinador da equipa de
Seniores Feminino da Sociedade União 1º de Dezembro);
José Guilherme Oliveira (Treinador Adjunto da Selecção Nacional
AA).
4.2. Metodologia de Investigação
Para a concretização dos objectivos definidos para o estudo, foram
utilizados os seguintes instrumentos de recolha de informação:
Pesquisa e análise documental – No que diz respeito à parte teórica
foi efectuada uma revisão bibliográfica e documental, seleccionando-se a
informação disponível que melhor pareceu enquadrar-se com o tema através
da respectiva análise do conteúdo.
Questionário de estrutura fechada - Com base na revisão bibliográfica
efectuada, e de acordo com os objectivos definidos, foram elaboradas três
questões centrais que serviram de suporte aos questionários realizados.
O questionário proposto, elaborado e validado na FADEUP e com uma
escala de Lickert de cinco pontos, foi aplicado com o intuito de perceber as
percepções de treinadores acerca das características de excelência do
treinador de formação. O mesmo adoptou uma estrutura fechada porque o que
se pretendia eram respostas claras, concisas e que permitisse uma análise
quantitativa das mesmas.
4.3. Procedimentos de Recolha de Dados
Os questionários foram realizados entre os dias 24 a 30 de Agosto de
2009, pessoalmente e por correio electrónico. Antes do seu início, os
questionados foram informados da natureza e dos objectivos do estudo e
avisados do carácter não avaliativo dos mesmos. Procurou-se assim que as
declarações obtidas fossem 100% autênticas.
Material e Métodos
29
4.4. Procedimentos Estatísticos
Os questionários foram analisados e os dados tratados estatisticamente
recorrendo à análise descritiva das frequências de resposta, através do
programa SPSS versão 16.0.
Para a comparação, entre Treinador de Formação e Treinador de Topo,
entre as médias de importância máxima atribuídas às competências de
excelência, recorremos ao Teste T de Medidas Independentes, com um nível
de significância de 0,05.
Os gráficos apresentados foram produzidos com recurso ao programa
Office 2007 – Excel.
Material e Métodos
30
Apresentação e Discussão dos Resultados
31
5. Apresentação e Discussão dos Resultados
Depois de realizados a revisão da literatura e o questionário proposto,
passou-se à análise das respostas dos inquiridos, no sentido de comparar e
discutir o conteúdo das mesmas, cruzando-o com a informação proveniente da
revisão efectuada.
5.1. Características e Competências de Excelência do Treinador de
Formação
Neste primeiro ponto é nossa intenção apresentar a opinião dos nossos
questionados, relativamente às características e competências de excelência
que um treinador de Futebol de Formação deve manifestar.
As respostas obtidas permitiram-nos elaborar três categorias
fundamentais constituídas por dezasseis subcategorias conforme o expresso
no Quadro 1.
Quadro 1 – Grelha de Análise das Categorias Referentes às Características e Competências
de Excelência do Treinador de Formação.
Competências Técnicas
Respostas Nada
Importante Pouco
Importante Medianamente
Importante Importante
Muito Importante
Conhecimento do Jogo
0% 0% 0% 22,2% 77,8%
Definição de Objectivos
0% 0% 0% 22,2% 77,8%
Capacidade de Decisão
0% 0% 0% 33,3% 66,7%
Capacidade Crítica
0% 0% 0% 11,1% 88,9%
Competências Pessoais
Liderança 0% 0% 0% 33,3% 66,7%
Inteligência 0% 0% 11,1% 0% 88,9%
Carácter 0% 0% 0% 22,2% 77,8%
Experiência 0% 0% 33,3% 55,6% 11,1%
Apresentação e Discussão dos Resultados
32
Humildade 0% 11,1% 22,2% 22,2% 44,5%
Ambição 0% 11,1% 22,2% 22,2% 44,5%
Competências Inter-Pessoais
Motivação do Jogador
0% 0% 22,2% 11,1% 66,7%
Amizade 0% 0% 22,2% 44,4% 33,4%
Comunicação 0% 0% 0% 11,1% 88,9%
Disciplina 0% 0% 0% 22,2% 77,8%
Sensibilidade 0% 0% 11,1% 22,2% 66,7%
Respeito 0% 0% 0% 22,2% 77,8%
Como se pode verificar pela análise do Quadro 1, a categoria onde os
nossos questionados apresentam menor dispersão e maior concordância é na
de Competências Técnicas.
Verifica-se então, que as opiniões da nossa amostra direccionam-se
para a ideia de que o Treinador de Formação deve acima de tudo dominar esta
categoria, o que a torna bastante importante. Todavia, não deixa de ser
relevante o facto de parte da amostra classificar algumas subcategorias como
apenas Importantes. Se atentarmos à subcategoria Conhecimento do Jogo e,
entendendo-a como fundamental na formação de jovens jogadores, não deixa
de causar estranheza que a sua importância seja relegada para segundo plano
por 22,2% dos inquiridos.
“Os melhores treinadores deveriam trabalhar na formação. No entanto, este conceito
de melhor treinador é relativo. O que se pretende afirmar é que deverá haver uma
aposta séria em treinadores qualificados para trabalharem no futebol de formação”
(Pacheco, 2001).
“Para poder executar correctamente a sua função, o treinador deve conhecer, de
forma suficiente, a técnica e a táctica da sua modalidade, os princípios básicos da
teoria e da metodologia do treino e as regras fundamentais do comportamento
humano” (Adelino, Vieira, & Coelho, 1999).
Apresentação e Discussão dos Resultados
33
Em relação às Competências Pessoais facilmente percebemos que,
para a amostra em questão, características como Inteligência, Liderança e
Carácter se revelam como cruciais. Já as características Humildade e Ambição,
são aquelas em que os inquiridos demonstram maior dispersão.
“Ao treinador requer-se colocação de voz, precisão de linguagem técnica,
conhecimentos do conteúdo técnico, capacidade de liderança e também muita
disponibilidade para com os seus atletas (capacidade humana) ” (Sarmento, 1991).
Por fim a categoria Competências Inter-Pessoais reúne algum consenso,
sendo de destacar a importância dada à subcategoria Comunicação. Na óptica
da nossa amostra esta é, em conjunto com as características Disciplina e
Respeito, um aspecto marcante e extremamente necessário a um Treinador de
Formação. Nesta perspectiva e, seguindo a tendência dos inquiridos, é
importante que os treinadores possuam uma boa formação nesta área, para
exercer uma influência positiva sobre os seus atletas.
“Treinar é essencialmente um processo de comunicação, que implica saber comunicar
e interagir com os atletas” (Martens, 1999).
“É de grande importância que o treinador apresente algumas qualidades como desejo
intenso de trabalho, ponderação, humanismo, demonstração constante de interesse,
capacidade de motivação, respeito e responsabilidade, dedicação, identificação e
definição de objectivos, entusiasmo e habilidade de improvisação” (Sabock, 1985).
Pelo até aqui exposto, podemos verificar que os nossos inquiridos são
da opinião de que todas as competências são determinantes para que um
Treinador de Formação se revele de excelência. No entanto, destaca-se a
importância dada às categorias Competências Técnicas e Competências Inter-
Pessoais uma vez que são estas que reúnem maior consenso. Quanto às
subcategorias importa aqui destacar aquelas que obtiveram maior enfoque por
parte da nossa amostra, como por exemplo, Conhecimento do Jogo,
Capacidade Crítica, Inteligência, Liderança, Carácter, Comunicação, Disciplina
e Respeito. A maioria dos nossos inquiridos reforça a grande importância que
Apresentação e Discussão dos Resultados
34
estes aspectos assumem nos desempenhos dos Treinadores de Formação de
excelência.
5.2. Características e Competências de Excelência do Treinador de
Topo
Neste segundo ponto apresentaremos a opinião dos nossos inquiridos,
relativamente às características e competências de excelência que um
treinador de Topo deve manifestar.
As respostas da nossa amostra permitiram-nos elaborar três categorias
fundamentais constituídas por dezasseis subcategorias conforme o expresso
no Quadro 2.
Quadro 2 – Grelha de Análise das Categorias Referentes às Características e Competências
de Excelência do Treinador de Topo.
Competências Técnicas
Respostas Nada
Importante Pouco
Importante Medianamente
Importante Importante
Muito Importante
Conhecimento do Jogo
0% 0% 0% 0% 100%
Definição de Objectivos
0% 0% 0% 11,1% 88,9%
Capacidade de Decisão
0% 0% 0% 0% 100%
Capacidade Crítica
0% 0% 0% 0% 100%
Competências Pessoais
Liderança 0% 0% 0% 0% 100%
Inteligência 0% 0% 0% 0% 100%
Carácter 0% 0% 11,1% 22,2% 66,7%
Experiência 0% 0% 11,1% 33,3% 55,6%
Humildade 11,1% 11,1% 0% 44,4% 33,4%
Ambição 0% 0% 0% 0% 100%
Apresentação e Discussão dos Resultados
35
Em relação a esta temática e, tal como se pode verificar pela análise do
Quadro 2, constatamos que as categorias que apresentam maior
homogeneidade e consenso de respostas são as categorias Competências
Técnicas e Competências Pessoais. Atesta-se assim que as opiniões da nossa
amostra direccionam-se para a ideia de que o Treinador de Topo deve acima
de tudo dominar estas categorias, o que as torna bastante importantes.
“Um treinador expert tem necessariamente que apresentar uma efectividade elevada
no desenvolvimento do seu trabalho nas mais variadas circunstâncias” (Lyle, 2002).
Porém não deixa de ser relevante o facto, já comparando com os
resultados dos Treinadores de Formação, dos inquiridos destacarem como
mais importante a categoria Competências Pessoais quando comparada com a
categoria Competências Inter-Pessoais. Se analisarmos subcategorias como a
Amizade e a Sensibilidade, facilmente percebemos que são aspectos bastante
discriminados e praticamente excluídos na relação do Treinador de Topo com
os seus jogadores.
“É necessário que o treinador combine a utilização das suas competências pessoais
com o domínio de um conjunto de competências técnicas. De muitas competências
técnicas que o treinador deve dominar destacam-se a sua formação, a capacidade de
observação, o treino, e a sua capacidade de planeamento e aplicação de métodos”
(Birkinshaw e Crainer, 2005).
Competências Inter-Pessoais
Motivação do Jogador
0% 0% 0% 22,2% 77,8%
Amizade 11,1% 11,1% 33,3% 33,3% 11,2%
Comunicação 0% 0% 0% 11,1% 88,9%
Disciplina 0% 0% 0% 11,1% 88,9%
Sensibilidade 0% 11,1% 11,1% 22,2% 55,6%
Respeito 0% 0% 11,1% 33,3% 55,6%
Apresentação e Discussão dos Resultados
36
Analisando a categoria Competências Técnicas de forma mais rigorosa,
percebemos que toda a amostra a considera como fundamental obtendo três
das quatro respostas possíveis o cunho de Muito Importante. Como facilmente
percebemos pela análise dos dois quadros anteriores, o papel de Treinador de
Topo continua a assumir uma maior relevância e exigência quando comparado
com o de Treinador de Formação.
Whitmore (1994) considera que “o treinador deve dominar um rol de competências
técnicas e psicológicas no desempenho das suas funções. Mais especificamente, e
ainda neste âmbito, Houllier e Crevoisier (1993) referem que o treinador deverá
apresentar competências no plano técnico-táctico, funcional e psicológico,
demonstrando por um lado uma grande capacidade de liderança para gerir as suas
equipas e conflitos e, por outro, uma boa capacidade para se relacionar com todos os
agentes desportivos que envolvem o Futebol, sem nunca descurar o conhecimento do
conteúdo da modalidade.
Em relação às Competências Pessoais facilmente percebemos que,
para a amostra em questão, características como Inteligência, Liderança,
Carácter e Ambição se revelam como cruciais na personalidade de um
Treinador de Topo. Quanto a características como Humildade e Experiência,
constata-se que são aquelas em que os inquiridos demonstram maior
dispersão de opiniões.
Quando comparamos Treinador de Formação com Treinador de Topo,
percebemos que esta é a categoria onde mais se tocam, ou seja, com maior
nível de coincidência. Mesmo assim, percebe-se também que a amostra é mais
incisiva e consensual no que toca aos Treinadores de Topo. Mais uma vez, e à
luz dos resultados obtidos, verifica-se a maior exigência e relevância dada às
características dos Treinadores de Topo quando comparadas com as mesmas
do Treinador de Formação.
“Ser treinador implica ser líder, gestor, motivador, conselheiro, disciplinador, domínio
do saber/conhecimento, habilidade para ensinar, qualidades próprias, saber criar um
clima de sucesso, entre outros” (Araújo e Henriques, 1999).
Apresentação e Discussão dos Resultados
37
Por fim a categoria Competências Inter-Pessoais reúne algum consenso
no que respeita às subcategorias Motivação do Jogador, Comunicação e
Disciplina. Para a maior parte dos nossos inquiridos, estas são três
características fundamentais que um Treinador de Topo deve dominar.
Quanto às subcategorias Amizade e Sensibilidade são aquelas, como já
foi referido anteriormente, que apresentam maior dispersão e menor
importância, para a nossa amostra. Percebe-se assim que este tipo de
características, relacionadas com a capacidade humana, será mais adequado e
exigido ao Treinador de Formação do que propriamente ao Treinador de Topo.
“O sucesso de um treinador não passa apenas pela existência de um conjunto de
atributos da sua personalidade, carecendo também da adopção de um modelo de
treino/trabalho eficaz” Ramirez (2002, cit. por Duarte, 2009). A este respeito, também
Birkinshaw e Crainer (2005) referem a necessidade de se combinar as competências
interpessoais com as competências técnicas. Desta forma, é evidente a importância do
domínio de competências técnicas.
Pelo exposto, podemos verificar que os nossos inquiridos são da opinião
de que todas as competências são determinantes para que um Treinador de
Topo se revele de excelência. No entanto, destaca-se a importância dada às
categorias Competências Técnicas e Competências Pessoais uma vez que são
estas que reúnem maior consenso. Quanto às subcategorias importa aqui
destacar aquelas que obtiveram maior enfoque por parte da nossa amostra,
como por exemplo, Conhecimento do Jogo, Capacidade de Decisão,
Capacidade Crítica, Inteligência, Liderança, Ambição, Carácter, Comunicação,
Disciplina e Motivação do Jogador. A maioria dos nossos inquiridos reforça a
grande importância que estes aspectos assumem nos desempenhos dos
Treinadores de Topo.
5.3. Comparação das Características de Excelência do Treinador de
Formação com as mesmas do Treinador de Topo
Neste terceiro ponto, realizaremos uma comparação entre a percepção
dos nossos inquiridos acerca das características de excelência do Treinador de
Apresentação e Discussão dos Resultados
38
Formação com os mesmos do Treinador de Topo. Optamos assim, e para a
consecução deste objectivo, por realizar uma análise comparativa entre as três
categorias elaboradas observando a média de máxima importância atribuída a
cada uma delas pela nossa amostra.
Como Hipótese Nula (H0) para este t teste assumimos que não existem
diferenças significativas entre Treinador de Formação e Treinador de Topo, ou
seja, H0: média do Treinador de Formação = média Treinador de Topo.
As respostas dos nossos questionados permitiram-nos elaborar o
seguinte gráfico:
Figura 1 – Comparação, entre Treinadores da Formação e Treinadores de Topo, da média de
importância máxima atribuída às competências de excelência.
Como se pode verificar pela análise da Figura 1, e tal como já foi
exposto anteriormente, a nossa amostra tende a atribuir maior importância às
características e competências do Treinador de Topo do que propriamente às
mesmas do Treinador de Formação.
Se atentarmos no gráfico, facilmente percebemos que, para os nossos
inquiridos, quer as Competências Técnicas quer as Competências Pessoais
assumem maior relevância e importância no desempenho do papel do
Treinador de Topo. Quanto ao Treinador de Formação, e sendo que a única
categoria em que supera o Treinador de Topo é a categoria de Competências
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Competências Técnicas
Competências Pessoais
Competências Inter-Pessoais
Treinador Formação
Treinador Topo
Apresentação e Discussão dos Resultados
39
Inter-Pessoais, continua a ver o seu papel relegado mais para uma função de
animador e educador do que propriamente de formador e treinador desportivo.
Percebe-se assim que este tipo de características, relacionadas com a
capacidade humana, será mais adequado e exigido ao Treinador de Formação
do que propriamente ao Treinador de Topo.
“O treinador surge, na fase de iniciação, como um verdadeiro animador da actividade
do jovem. Os aspectos afectivos da interacção surgem como predominantes, quer no
carinho demonstrado pelos pupilos, quer na alegria que o técnico coloca na condução
da actividade” Salmela (1994, cit. por Serpa, 1998).
“Os treinadores desempenham um elevado número de papéis nos desportos
colectivos, incluindo o de professores e líderes dedicados ao crescimento dos seus
atletas” (Jones, 2006).
Analisando a categoria Competências Técnicas de forma mais rigorosa,
percebemos que, e em relação ao desempenho do papel de Treinador de
Topo, esta assume um valor médio de máxima importância de 97%, ou seja,
praticamente toda a amostra a considera como fundamental. Quanto ao
desempenho do papel de Treinador de Formação, e tal como já foi referido
anteriormente, não deixa de ser estranho que a mesma categoria apresente um
valor médio de máxima importância de 77,8%.
Constata-se então que para os nossos inquiridos, esta categoria deve
assumir maior relevância para o desempenho do Treinador de Topo do que
para o desempenho do Treinador de Formação, ou seja, o papel de Treinador
de Topo continua a assumir uma maior importância e exigência quando
comparado com o de Treinador de Formação.
“Felizmente, já ouço muitas pessoas dizer que os melhores técnicos deveriam estar
nas camadas jovens, o que é um sinal claro de mudança de mentalidades, já que tal
comentário seria impensável há uns anos. Claro que o conceito de melhor treinador
em futebol é muito relativo, mas sem dúvida que deveria haver uma aposta séria em
técnicos qualificados para trabalharem no futebol juvenil” (Sousa, 2007).
Pelo até aqui exposto, podemos verificar que os nossos inquiridos são
da opinião de que todas as competências são determinantes para que, tanto
Apresentação e Discussão dos Resultados
40
um Treinador de Formação como um Treinador de Topo se revelem de
excelência. No entanto, é de destacar a maior importância atribuída, por
praticamente toda a amostra, às competências do Treinador de Topo.
Desta forma, e tendo em conta o resultado obtido através do t teste
(0,20> 0,05), rejeitamos a hipótese nula uma vez que são evidentes as
diferenças existentes entre o Treinador de Formação e o Treinador de Topo.
Constatamos assim, e tal como já tinha sido percepcionado pela revisão da
literatura, que o papel de Treinador de Topo continua a assumir uma maior
relevância e um maior destaque junto dos vários agentes desportivos, sejam
eles dirigentes, treinadores ou jogadores.
5.4. Treinador de Formação: Formador Desportivo e Formador
Educativo
Por fim, neste quarto ponto, apresentaremos a opinião dos nossos
inquiridos relativamente às competências a que um treinador de formação
deverá dar mais atenção e realizar um trabalho mais incisivo na preparação e
desenvolvimento dos seus jovens jogadores.
As respostas dos nossos questionados permitiram-nos elaborar quatro
categorias fundamentais constituídas conforme o expresso no Quadro 3.
Quadro 3 – Grelha de Análise das Categorias Referentes às Competências a Desenvolver pelo
Treinador de Formação junto dos Jogadores.
Competências Desportivas
Competências Pessoais
Competências Sociais e Humanas
Outras
Espírito Competitivo Carácter Respeito Organização
Disciplina Ambição Amizade Pedagogia
Capacidade de Decisão
Coerência Responsabilidade Psicologia
Superação Individual Inteligência Humildade Ciências Sociais
Definição de Objectivos
Liderança Capacidade de Comunicação
Ciências Humanas
Criatividade Adaptabilidade Sentido Ético -----
Apresentação e Discussão dos Resultados
41
Capacidade Crítica Autonomia ----- -----
Espírito de Sacrifício Rigor ----- -----
Como se pode verificar pela análise do Quadro 3, as categorias com
mais competências mencionadas são a categoria Competências Desportivas e
a categoria Competências Pessoais. Facilmente se percebe que para os
treinadores inquiridos, o Treinador de Formação deve acima de tudo ser um
formador desportivo e um formador social.
“Estudos recentes confirmam que os treinadores vêm o seu trabalho, não só como
formadores desportivos, mas também como formadores educativos ou guias no
desenvolvimento e crescimento dos seus atletas” (Jones et al., 2004).
“Um dos principais objectivos dos treinadores é a educação dos atletas, preparando-os
fisicamente, psicologicamente e socialmente” (Kidman cit. por Jones, 2006).
“Os treinadores são elementos transmissores de princípios, regras, conhecimentos
desportivos, educativos, pessoais, sociais e culturais” (Araújo, 1994).
Analisando as competências mais referidas, ou seja, as competências
que na opinião da nossa amostra devem ser mais desenvolvidas no processo
de formação de jovens jogadores, não deixa de ser curioso que sejam similares
às que foram também referenciadas como as mais importantes para o
desempenho da função de treinador, quer de Formação quer de Topo. Das
mais referidas destacamos a Disciplina, o Carácter, a Liderança, a
Responsabilidade, a Coerência, a Inteligência e a Capacidade de
Comunicação.
“É nas idades mais tenras que se consegue desenvolver melhor o talento das
crianças, que se consegue mais resultados pela correcta estimulação, que se
consegue criar melhores jogadores. Por sua vez, os jovens, independentemente de
virem a alcançar ou não o sucesso enquanto futebolistas, tornar-se-ão, com certeza,
pessoas mais capazes de enfrentar os desafios da vida futura. ” (Sousa, 2007).
Verifica-se então que todos os nossos inquiridos consideram como
importante o trabalho não só de formação desportiva como também o trabalho
Apresentação e Discussão dos Resultados
42
de formação social, humana e ética. No entanto, importa destacar a
importância e relevância dada às categorias Competências Desportivas e
Competências Pessoais uma vez que são estas que reúnem maior consenso.
“A formação desportiva deve ser encarada como um processo globalizante, que visa
não só o desenvolvimento das capacidades específicas (físicas, táctico-técnicas e
psíquicas) do futebol, como também a criação de hábitos desportivos, a melhoria da
saúde, bem como a aquisição de um conjunto de valores, como a responsabilidade, a
solidariedade e a cooperação, que contribuam para uma formação integral dos jovens”
(Pacheco, 2001).
“Os treinadores têm plena consciência de que, entre outras coisas, devem
compreender os seus atletas, devem preocupar-se com eles dentro e fora do contexto
e ambiente desportivo e devem possuir um conjunto de ideais técnicos e tácticos que
possam ser claramente implementados em situação competitiva” (Jones et al., 2004).
Terminada a apresentação e discussão dos resultados decorrentes da
interpretação dos questionários e da confrontação dos mesmos com a literatura
adoptada, passaremos à fase da elaboração das conclusões.
Conclusões
43
6. Conclusões
Tendo por base os objectivos do presente estudo, e sem prejuízo de
outros entendimentos ou leituras, chegamos às seguintes conclusões acerca
das características de excelência de um Treinador de Formação:
Conforme a percepção da nossa amostra e em consonância com a
revisão da literatura podemos concluir que o Treinador de Formação, para ser
considerado de Excelência deve apresentar as seguintes características:
Conhecimento do Jogo, Definição de Objectivos, Capacidade Crítica,
Inteligência, Liderança, Carácter, Capacidade de Comunicação, Motivação do
Jogador, Sensibilidade, Disciplina e Respeito;
Segundo a percepção dos nossos questionados o Treinador de
Formação, apesar de dominar todas as competências inerentes ao processo,
enfatiza mais as Competências Técnicas e as Competências Inter-Pessoais, no
trato diário com os seus jogadores;
Consoante a revisão da literatura efectuada conclui-se que, o Treinador
de Formação quando comparado ao Treinador de Topo, apresenta maior
preocupação com a componente humana e com as relações inter-pessoais que
estabelece com os seus jogadores;
Em conformidade com as percepções da nossa amostra concluímos
que, as competências relacionadas com a capacidade humana são mais
adequadas e exigidas ao Treinador de Formação do que propriamente ao
Treinador de Topo;
Segundo a percepção dos treinadores questionados verifica-se uma
convergência de características de excelência que, tanto o Treinador de
Formação como o Treinador de Topo devem dominar, sendo elas:
Conhecimento do Jogo, Capacidade de Decisão, Capacidade Crítica,
Capacidade de Comunicação, Motivação do Jogador, Inteligência, Liderança,
Carácter e Disciplina;
Conforme a percepção da nossa amostra, o Treinador de Topo, apesar
de dominar todas as competências inerentes ao processo, enfatiza mais as
Conclusões
44
Competências Técnicas e as Competências Pessoais, no trato diário com os
seus jogadores;
Em consonância com a percepção dos treinadores questionados
podemos concluir que, o Treinador de Topo apresenta pouca disponibilidade e
preocupação com a componente humana e com as relações inter-pessoais que
estabelece com os seus jogadores, estando mais centrado no atingir de
objectivos;
Segundo a revisão da literatura e em concordância com a percepção da
nossa amostra, o Treinador de Formação tem como grandes objectivos a
formação desportiva e a formação social e humana dos seus jovens jogadores;
Em correspondência com a revisão da literatura e com a percepção dos
nossos questionados conclui-se que, o Treinador de Formação procura que o
seu trabalho e os seus métodos permitam não só a formação desportiva dos
seus jogadores mas também o desenvolvimento de competências pessoais,
sociais e humanas, sendo elas: a Superação Individual, a Disciplina, o
Carácter, a Liderança, a Responsabilidade, a Inteligência, a Coerência e
Capacidade de Comunicação, entre outros;
Conforme a percepção da nossa amostra e em consonância com a
revisão da literatura podemos concluir que, o papel e as características de
excelência do Treinador de Topo continuam a assumir uma maior relevância e
exigência quando comparados com os mesmos do Treinador de Formação.
Sugestões para Estudos Futuros
45
7. Sugestões para Estudos Futuros
A realização de qualquer trabalho científico tanto pode esclarecer
possíveis dúvidas ou questões como contribuir para uma reflexão que origine
novas inquietações.
Neste sentido e, apesar de existirem já alguns estudos realizados com
preocupações idênticas, seria interessante aprofundar e/ou explorar alguns dos
temas que aqui foram referenciados, como por exemplo:
Explorar a temática relacionada com a excelência do treinador,
tentando perceber se aqueles que tiveram sucesso no Futebol de Formação
são aqueles que terão sucesso no Futebol de Topo;
Realizar um estudo comparativo entre os modelos de formação de
F.C. Porto, Sporting C.P. e S.L. Benfica, tentando perceber quais os propósitos
e o modelo e ideal de treinador adoptados;
Verificar o peso de uma experiência prévia enquanto jogador, no
desenvolvimento e domínio de competências necessárias à função de
treinador.
Sugestões para Estudos Futuros
46
Bibliografia
47
8. Bibliografia
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precisam de saber! Lisboa: Secretaria de Estado do Desporto. Centro de
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Bibliografia
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Bibliografia
54
Anexos
Anexos
III
9. Anexos
9.1. Anexo 1 – Questionário a Bruno Salgado (Coordenador do
Departamento de Futebol de Formação do F.C. Famalicão).
1) Dados Biográficos:
1.1. Idade: 31 anos
1.2. Curso de Treinador (Nível): II Nível
1.3. Formação Académica: Licenciatura em Educação Física e Desporto
1.4. Anos de Experiência: 10
1.5. Escalão mais baixo que treinou: Escolas
1.6. Escalão mais alto que treinou: Seniores
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4x 5
1.2 Carácter 1 2 3 4x 5
1.3 Liderança 1 2 3 4 5x
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5x
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5x
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5x
1.7 Experiência 1 2 3x 4 5
1.8 Humildade 1 2 3x 4 5
1.9 Coerência 1 2 3 4x 5
1.10 Ambição 1 2 3 4 5x
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3x 4 5
Anexos
IV
1.12 Trabalho 1 2 3 4x 5
1.13 Organização 1 2 3 4 5x
1.14 Respeito 1 2 3 4 5x
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4x 5
1.16 Rigor 1 2 3 4 5x
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4x 5
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5x
1.19 Amizade 1 2 3 4x 5
1.20 Disciplina 1 2 3 4 5x
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5x
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4x 5
1.23 Tolerância 1 2 3 4x 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4x 5
1.25 Superação Individual 1 2 3x 4 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5x
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5x
2.2 Carácter 1 2 3 4 5x
2.3 Liderança 1 2 3 4 5x
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5x
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5x
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5x
2.7 Experiência 1 2 3 4x 5
2.8 Humildade 1 2 3 4x 5
2.9 Coerência 1 2 3 4 5x
2.10 Ambição 1 2 3 4 5x
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3x 4 5
Anexos
V
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5x
2.13 Organização 1 2 3 4 5x
2.14 Respeito 1 2 3 4x 5
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5x
2.16 Rigor 1 2 3 4 5x
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5x
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5x
2.19 Amizade 1 2 3x 4 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5x
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4x 5
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5x
2.23 Tolerância 1 2 3 4x 5
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5x
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 5x
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5x
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Liderança;
2) – Definição de Objectivos;
3) – Organização;
4) – Disciplina;
5) – Capacidade de Decisão.
Outros) –
Anexos
VI
Anexos
VII
9.2. Anexo 2 – Questionário a José António Lopes (Treinador da equipa
de Juniores do F.C. Famalicão).
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 40 anos
1.2 Curso de Treinador (Nível): III Nível
1.3 Formação Académica: Mestre em Ciências do Desporto – Treino de
Alto Rendimento
1.4 Anos de Experiência: 13
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Juniores
1.6 Escalão mais alto que treinou: Seniores (Varzim S.C. – 1ª Liga)
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5x
1.2 Carácter 1 2 3 4 5x
1.3 Liderança 1 2 3 4 5x
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5x
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5x
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5x
1.7 Experiência 1 2 3 4x 5
1.8 Humildade 1 2 3 4 5x
1.9 Coerência 1 2 3 4 5x
1.10 Ambição 1 2 3 4 5x
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5x
Anexos
VIII
1.12 Trabalho 1 2 3 4 5x
1.13 Organização 1 2 3 4 5x
1.14 Respeito 1 2 3 4 5x
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5x
1.16 Rigor 1 2 3 4 5x
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5x
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5x
1.19 Amizade 1 2 3 4x 5
1.20 Disciplina 1 2 3 4 5x
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5x
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3x 4 5
1.23 Tolerância 1 2 3 4x 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5x
1.25 Superação Individual 1 2 3 4x 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5x
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5x
2.2 Carácter 1 2 3 4 5x
2.3 Liderança 1 2 3 4 5x
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5x
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5x
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5x
2.7 Experiência 1 2 3 4 5x
2.8 Humildade 1 2 3 4 5x
2.9 Coerência 1 2 3 4 5x
2.10 Ambição 1 2 3 4 5x
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5x
Anexos
IX
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5x
2.13 Organização 1 2 3 4 5x
2.14 Respeito 1 2 3 4 5x
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5x
2.16 Rigor 1 2 3 4 5x
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5x
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5x
2.19 Amizade 1 2 3 4x 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5x
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5x
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4x 5
2.23 Tolerância 1 2 3 4 5x
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5x
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 5x
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5x
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Motivar, elogiar, ouvir e repreender;
2) – Gerir expectativas;
3) – Estabelecer compromissos;
4) – Rigor, disciplina e exigência;
5) – Ser um exemplo desportivo.
Outros) –
Anexos
X
Anexos
XI
9.3. Anexo 3 – Questionário a Rogério Rodrigues (Coordenador do
Departamento de Futebol de Formação do Vitória S.C.);
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 43 anos
1.2 Formação Académica: Licenciatura em Educação Física e Desporto
1.3 Curso Treinador (Nível): II Nível
1.4 Anos de Experiência como treinador: 14
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Juvenis
1.6 Escalão mais alto que treinou: Seniores
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5X
1.2 Carácter 1 2 3 4 5X
1.3 Liderança 1 2 3 4 5X
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5X
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4X 5
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5X
1.7 Experiência 1 2 3 4X 5
1.8 Humildade 1 2 3 4 5X
1.9 Coerência 1 2 3 4 5X
1.10 Ambição 1 2 3 4 5X
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4X 5
1.12 Trabalho 1 2 3 4 5X
Anexos
XII
1.13 Organização 1 2 3 4 5X
1.14 Respeito 1 2 3 4 5X
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4X 5
1.16 Rigor 1 2 3 4 5X
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5X
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5X
1.19 Amizade 1 2 3 4 5X
1.20 Disciplina 1 2 3 4 5X
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5X
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5X
1.23 Tolerância 1 2 3 4X 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5X
1.25 Superação Individual 1 2 3 4X 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5X
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5X
2.2 Carácter 1 2 3 4 5X
2.3 Liderança 1 2 3 4 5X
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5X
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5X
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5X
2.7 Experiência 1 2 3 4X 5
2.8 Humildade 1 2 3 4X 5
2.9 Coerência 1 2 3 4 5X
2.10 Ambição 1 2 3 4 5X
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5X
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5X
2.13 Organização 1 2 3 4 5X
Anexos
XIII
2.14 Respeito 1 2 3 4 5X
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5X
2.16 Rigor 1 2 3 4 5X
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5X
2.18 Comunicação 1 2 3 4X 5
2.19 Amizade 1 2 3 4X 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5X
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5X
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5X
2.23 Tolerância 1 2 3 4 5X
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5X
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 5X
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5X
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Responsabilidade;
2) – Disciplina;
3) – Humildade;
4) – Ambição;
5) - Espírito de Sacrifício;
Outros) – Carácter.
Anexos
XIV
Anexos
XV
9.4. Anexo 4 – Questionário a João Romano (Treinador da equipa de
Infantis do Vitória S.C.);
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 27 anos
1.2 Formação Académica: Licenciatura em Educação Física e Desporto
1.3 Curso Treinador (Nível): I Nível
1.4 Anos de Experiência como treinador: 5
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Escolas
1.6 Escalão mais alto que treinou: Iniciados
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5 X
1.2 Carácter 1 2 3 4 5 X
1.3 Liderança 1 2 3 4 X 5
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5 X
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 X 4 5
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5 X
1.7 Experiência 1 2 3 4 X 5
1.8 Humildade 1 2 X 3 4 5
1.9 Coerência 1 2 3 4 5 X
1.10 Ambição 1 2 X 3 4 5
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 X 4 5
1.12 Trabalho 1 2 3 4 X 5
Anexos
XVI
1.13 Organização 1 2 3 4 X 5
1.14 Respeito 1 2 3 4 X 5
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 X 4 5
1.16 Rigor 1 2 3 4 X 5
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5 X
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5 X
1.19 Amizade 1 2 3 X 4 5
1.20 Disciplina 1 2 3 4 X 5
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 X 5
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 X 4 5
1.23 Tolerância 1 2 3 4 X 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 X 5
1.25 Superação Individual 1 2 3 4 X 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 X 5
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5 X
2.2 Carácter 1 2 3 X 4 5
2.3 Liderança 1 2 3 4 5 X
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5 X
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 X 5
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5 X
2.7 Experiência 1 2 3 4 X 5
2.8 Humildade 1 X 2 3 4 5
2.9 Coerência 1 2 3 4 5 X
2.10 Ambição 1 2 3 4 5 X
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 X 5
2.12 Trabalho 1 2 3 4 X 5
2.13 Organização 1 2 3 4 5 X
Anexos
XVII
2.14 Respeito 1 2 3 4 X 5
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5 X
2.16 Rigor 1 2 3 4 X 5
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 X 5
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5 X
2.19 Amizade 1 2 X 3 4 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 X 5
2.21 Sensibilidade 1 2 X 3 4 5
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5 X
2.23 Tolerância 1 2 3 X 4 5
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5 X
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 X 5
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5 X
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Definição de objectivos;
2) – Coerência;
3) – Organização;
4) – Comunicação;
5) – Capacidade Crítica;
Outros) – Sentido ético; Criatividade; Adaptabilidade.
Anexos
XVIII
Anexos
XIX
9.5. Anexo 5 – Questionário a Luís Martins (Coordenador Técnico do
Departamento de Futebol de Formação do S.C. Braga);
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 45 anos
1.2 Formação Académica: Licenciatura em Educação Física e
Desporto/Pós Graduação em Treino de Alto Rendimento
1.3 Curso Treinador (Nível): IV Nível
1.4 Anos de Experiência como treinador: 22
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Iniciados
1.6 Escalão mais alto que treinou: Seniores - Profissionais
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5 X
1.2 Carácter 1 2 3 4 5X
1.3 Liderança 1 2 3 4 5X
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5X
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5 X
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4X 5
1.7 Experiência 1 2 3 4X 5
1.8 Humildade 1 2 3X 4 5
1.9 Coerência 1 2 3 4 5X
1.10 Ambição 1 2 3X 4 5
Anexos
XX
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5X
1.12 Trabalho 1 2 3 4 5X
1.13 Organização 1 2 3 4 5X
1.14 Respeito 1 2 3 4 5X
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5X
1.16 Rigor 1 2 3 4 5X
1.17 Responsabilidade 1 2 3X 4 5
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5X
1.19 Amizade 1 2 3X 4 5
1.20 Disciplina 1 2 3 4 5X
1.21 Sensibilidade 1 2 3X 4 5
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5X
1.23 Tolerância 1 2 3X 4 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5X
1.25 Superação Individual 1 2 3 4X 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5X
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5X
2.2 Carácter 1 2 3 4 5X
2.3 Liderança 1 2 3 4 5X
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5X
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4X 5
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4X 5
2.7 Experiência 1 2 3 4 5X
2.8 Humildade 1 2X 3 4 5
2.9 Coerência 1 2 3X 4 5
2.10 Ambição 1 2 3 4 X5
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3X 4 5
Anexos
XXI
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5X
2.13 Organização 1 2 3 4 5X
2.14 Respeito 1 2 3X 4 5
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5X
2.16 Rigor 1 2 3 4 5X
2.17 Responsabilidade 1 2 3X 4 5
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5X
2.19 Amizade 1X 2 3 4 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5X
2.21 Sensibilidade 1 2 3X 4 5
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5X
2.23 Tolerância 1 2 3X 4 5
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5X
2.25 Superação Individual 1 2 3 4X 5
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5X
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Pedagogia;
2) – Comunicação;
3) – Psicologia;
4) – Ciências Humanas em geral;
5) – Ciências Sociais em geral.
Outros) –
Anexos
XXII
Anexos
XXIII
9.6. Anexo 6 – Questionário a Pedro Dias (Treinador da equipa de
Infantis do S.C. Braga);
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 34 anos
1.2 Formação Académica: Licenciatura em Educação Física e Desporto
1.3 Curso Treinador (Nível): II Nível
1.4 Anos de Experiência como treinador: 5
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Escolas
1.6 Escalão mais alto que treinou: Seniores
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4x 5
1.2 Carácter 1 2 3 4 5x
1.3 Liderança 1 2 3 4 5x
1.4 Inteligência 1 2 3x 4 5
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3x 4 5
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5x
1.7 Experiência 1 2 3x 4 5
1.8 Humildade 1 2 3 4x 5
1.9 Coerência 1 2 3 4 5x
1.10 Ambição 1 2 3x 4 5
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4x 5
1.12 Trabalho 1 2 3 4 5x
Anexos
XXIV
1.13 Organização 1 2 3 4x 5
1.14 Respeito 1 2 3 4 5x
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4x 5
1.16 Rigor 1 2 3 4 5x
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5x
1.18 Comunicação 1 2 3 4x 5
1.19 Amizade 1 2 3 4 5x
1.20 Disciplina 1 2 3 4 5x
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5x
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4x 5
1.23 Tolerância 1 2 3 4x 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4x 5
1.25 Superação Individual 1 2 3 4x 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5x
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5x
2.2 Carácter 1 2 3 4x 5
2.3 Liderança 1 2 3 4 5x
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5x
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5x
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5x
2.7 Experiência 1 2 3 4 5x
2.8 Humildade 1 2 3 4x 5
2.9 Coerência 1 2 3 4 5x
2.10 Ambição 1 2 3 4 5x
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4x 5
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5x
2.13 Organização 1 2 3 4 5x
Anexos
XXV
2.14 Respeito 1 2 3 4x 5
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5x
2.16 Rigor 1 2 3 4 5x
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5x
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5x
2.19 Amizade 1 2 3x 4 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5x
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4x 5
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5x
2.23 Tolerância 1 2 3 4x 5
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5x
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 5x
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5x
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Carácter;
2) – Liderança;
3) – Humildade;
4) – Responsabilidade;
5) – Superação individual;
Outros) – Autonomia.
Anexos
XXVI
Anexos
XXVII
9.7. Anexo 7 – Questionário a Humberto Ferreira da Costa (Treinador
principal do escalão sub-11 e treinador adjunto do escalão sub-13 do F.C.
Porto);
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 44 anos
1.2 Formação Académica: Licenciatura em Educação Física e Desporto
(Opção Alto Rendimento – Futebol)
1.3 Curso Treinador (Nível): Curso de Jovens (AFP) I Nível (AFP)
1.4 Anos de Experiência como treinador: 4
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Sub-11
1.6 Escalão mais alto que treinou: Juniores
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 X
1.2 Carácter 1 2 3 4 X
1.3 Liderança 1 2 3 X 5
1.4 Inteligência 1 2 3 4 X
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 X
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 X
1.7 Experiência 1 2 X 4 5
1.8 Humildade 1 2 3 4 X
1.9 Coerência 1 2 3 4 X
Anexos
XXVIII
1.10 Ambição 1 2 3 4 X
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 X
1.12 Trabalho 1 2 3 4 X
1.13 Organização 1 2 3 4 X
1.14 Respeito 1 2 3 4 X
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 X
1.16 Rigor 1 2 3 4 X
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 X
1.18 Comunicação 1 2 3 4 X
1.19 Amizade 1 2 3 4 X
1.20 Disciplina 1 2 3 4 X
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 X
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 X
1.23 Tolerância 1 2 3 4 X
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 X
1.25 Superação Individual 1 2 3 4 X
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 X
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 X
2.2 Carácter 1 2 3 4 X
2.3 Liderança 1 2 3 4 X
2.4 Inteligência 1 2 3 4 X
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 X
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 X
2.7 Experiência 1 2 X 4 5
2.8 Humildade 1 2 3 4 X
2.9 Coerência 1 2 3 4 X
2.10 Ambição 1 2 3 4 X
Anexos
XXIX
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 X
2.12 Trabalho 1 2 3 4 X
2.13 Organização 1 2 3 4 X
2.14 Respeito 1 2 3 4 X
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 X
2.16 Rigor 1 2 3 4 X
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 X
2.18 Comunicação 1 2 3 4 X
2.19 Amizade 1 2 3 4 X
2.20 Disciplina 1 2 3 4 X
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4 X
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 X
2.23 Tolerância 1 2 3 4 X
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 X
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 X
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 X
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Carácter;
2) – Espírito competitivo;
3) – Disciplina;
4) – Capacidade de decisão:
5) – Inteligência.
Outros) –
Nota: Tenho dificuldade, ao contrário do que vou lendo, em encontrar
diferenças significativas entre um treinador de formação e um treinador de alta
Anexos
XXX
competição. Ambos ensinam uma ideia de jogo; ambos devem incutir e
merecer respeito; ambos têm como preocupação desenvolver a capacidade de
decidir dos seus jogadores; ambos têm que ser competentes. Penso que esta
última qualidade é a maior fonte de motivação e não estratégias motivacionais.
Os jogadores precisam que o treinador os ajude a ultrapassarem os seus
problemas no jogo. Se o treinador preencher este requisito ganha a confiança
deles. Ser treinador da formação, alta competição ou professor na escola é a
mesma coisa. A experiência também não é relevante: Guardiola, Mourinho ou
Paulo Bento são exemplos. A inteligência é muito mais importante. Onde há
diferenças significativas é na nossa capacidade para encarar a pressão
(comunicação social, adeptos, etc.).
Anexos
XXXI
9.8. Anexo 8 – Questionário a Nuno Cristóvão (Ex-Seleccionador
Nacional AA Feminino; treinador da equipa de Juniores do Casa Pia Atlético
Clube e treinador da equipa de Seniores Feminino da Sociedade União 1º de
Dezembro);
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 50 anos
1.2 Formação Académica: Licenciatura em Educação Física
1.3 Curso Treinador (Nível): UEFA PRO – IV Nível
1.4 Anos de Experiência como treinador: 27
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Escolas
1.6 Escalão mais alto que treinou: Seniores
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5X
1.2 Carácter 1 2 3 4 5X
1.3 Liderança 1 2 3 4 5X
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5X
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5X
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5X
1.7 Experiência 1 2 3 4 5X
1.8 Humildade 1 2 3 4 5X
1.9 Coerência 1 2 3 4 5X
1.10 Ambição 1 2 3 4X 5
Anexos
XXXII
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5X
1.12 Trabalho 1 2 3 4 5X
1.13 Organização 1 2 3 4 5X
1.14 Respeito 1 2 3 4 5X
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4X 5
1.16 Rigor 1 2 3 4 5X
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5X
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5X
1.19 Amizade 1 2 3 4X 5
1.20 Disciplina 1 2 3 4 5X
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5X
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4X 5
1.23 Tolerância 1 2 3 4 5X
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5X
1.25 Superação Individual 1 2 3 4 5X
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5X
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5X
2.2 Carácter 1 2 3 4 5X
2.3 Liderança 1 2 3 4 5X
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5X
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5X
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5X
2.7 Experiência 1 2 3 4 5X
2.8 Humildade 1 2 3 4 5X
2.9 Coerência 1 2 3 4 5X
2.10 Ambição 1 2 3 4 5X
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5X
Anexos
XXXIII
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5X
2.13 Organização 1 2 3 4 5X
2.14 Respeito 1 2 3 4 5X
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5X
2.16 Rigor 1 2 3 4 5X
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5X
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5X
2.19 Amizade 1 2 3 4X 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5X
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5X
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5X
2.23 Tolerância 1 2 3 4 5X
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5X
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 5X
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5X
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Carácter;
2) – Coerência;
3) – Responsabilidade;
4) – Disciplina;
5) – Superação individual.
Outros) –
Anexos
XXXIV
Anexos
XXXV
9.9. Anexo 9 – Questionário a José Guilherme Oliveira (Treinador Adjunto
da Selecção Nacional AA).
1) Dados Biográficos:
1.1 Idade: 44 anos
1.2 Formação Académica: Mestre
1.3 Curso Treinador (Nível): IV Nível
1.4 Anos de Experiência como treinador: 17
1.5 Escalão mais baixo que treinou: Iniciados
1.6 Escalão mais alto que treinou: Seniores
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5 X
1.2 Carácter 1 2 3 4 X 5
1.3 Liderança 1 2 3 4 X 5
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5 X
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5 X
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 X 5
1.7 Experiência 1 2 3 4 X 5
1.8 Humildade 1 2 3 4 X 5
1.9 Coerência 1 2 3 4 5 X
1.10 Ambição 1 2 3 4 X 5
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 X 4 5
1.12 Trabalho 1 2 3 4 X 5
Anexos
XXXVI
1.13 Organização 1 2 3 4 X 5
1.14 Respeito 1 2 3 4 X 5
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5 X
1.16 Rigor 1 2 3 4 5 X
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 X 5
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5 X
1.19 Amizade 1 2 3 4 X 5
1.20 Disciplina 1 2 3 4 X 5
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 X 5
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 X 5
1.23 Tolerância 1 2 3 4 X 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5 X
1.25 Superação Individual 1 2 3 4 X 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5 X
_______________________________________________________________
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5 X
2.2 Carácter 1 2 3 4 X 5
2.3 Liderança 1 2 3 4 5 X
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5 X
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5 X
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5 X
2.7 Experiência 1 2 3 4 5 X
2.8 Humildade 1 2 3 4 X 5
2.9 Coerência 1 2 3 4 5 X
2.10 Ambição 1 2 3 4 5 X
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 X 5
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5 X
2.13 Organização 1 2 3 4 5 X
Anexos
XXXVII
2.14 Respeito 1 2 3 4 5 X
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5 X
2.16 Rigor 1 2 3 4 5 X
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5 X
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5 X
2.19 Amizade 1 2 3 X 4 5
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5 X
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5 X
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5 X
2.23 Tolerância 1 2 3 4 X 5
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5 X
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 X 5
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5 X
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) – Responsabilidade;
2) – Carácter;
3) – Amizade;
4) – Respeito;
5) – Capacidade Crítica;
Outros) – Superação Individual, Exaltação da Equipa.
Anexos
XXXVIII
Anexos
XXXIX
9.10. Anexo 10 – Modelo de Questionário.
Disciplina: Seminário de Futebol (2008-2009)
Professor Responsável: Doutor Júlio Garganta
Estudante: Ângela Mendes
Projecto de Estudo: Inventariação das características de excelência do
Treinador de Formação em Futebol.
Exmo. Sr. ou Sr.ª:
No âmbito do 5° Ano da licenciatura em Desporto e Educação Física,
estamos a realizar um estudo subordinado ao tema “As Características de
Excelência do Treinador de Formação”, para o qual pedimos a sua
colaboração.
Para compreender melhor o que leva um treinador a revelar-se
excelente e, portanto, a produzir resultados consistentes quer ao nível da
formação quer ao mais alto nível, pretende-se identificar os factores mais
importantes para que um treinador alcance a Excelência no Futebol.
A sua colaboração é imprescindível para a realização desta tarefa.
Agradecendo antecipadamente a sua participação neste estudo,
disponibilizamo-nos para qualquer eventual esclarecimento.
1) Dados Biográficos:
1.1 Nome:
1.2 Idade:
1.3 Formação Académica:
Anexos
XL
1.4 Curso Treinador (Nível):
1.5 Anos de Experiência como treinador:
1.6 Escalão mais baixo que treinou:
1.7 Escalão mais alto que treinou:
1.8 Cargo Actual:
2) Nas perguntas abaixo, coloque um (X) à frente do número da opção
pretendida. A correspondência será:
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
1 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de formação, se revele de excelência?
1.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5
1.2 Carácter 1 2 3 4 5
1.3 Liderança 1 2 3 4 5
1.4 Inteligência 1 2 3 4 5
1.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5
1.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5
1.7 Experiência 1 2 3 4 5
1.8 Humildade 1 2 3 4 5
1.9 Coerência 1 2 3 4 5
1.10 Ambição 1 2 3 4 5
1.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5
1.12 Trabalho 1 2 3 4 5
1.13 Organização 1 2 3 4 5
1.14 Respeito 1 2 3 4 5
1.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5
1.16 Rigor 1 2 3 4 5
1.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5
1.18 Comunicação 1 2 3 4 5
1.19 Amizade 1 2 3 4 5
Anexos
XLI
1.20 Disciplina 1 2 3 4 5
1.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5
1.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5
1.23 Tolerância 1 2 3 4 5
1.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5
1.25 Superação Individual 1 2 3 4 5
1.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5
1 - Nada Importante; 2 - Pouco Importante; 3 - Medianamente Importante;
4 - Importante; 5 - Muito Importante.
2 – Qual a importância atribuída aos seguintes aspectos, para que um treinador de top, se revele de excelência?
2.1 Conhecimento do Jogo 1 2 3 4 5
2.2 Carácter 1 2 3 4 5
2.3 Liderança 1 2 3 4 5
2.4 Inteligência 1 2 3 4 5
2.5 Motivação do Jogador 1 2 3 4 5
2.6 Definição de Objectivos 1 2 3 4 5
2.7 Experiência 1 2 3 4 5
2.8 Humildade 1 2 3 4 5
2.9 Coerência 1 2 3 4 5
2.10 Ambição 1 2 3 4 5
2.11 Espírito de Sacrifício 1 2 3 4 5
2.12 Trabalho 1 2 3 4 5
2.13 Organização 1 2 3 4 5
2.14 Respeito 1 2 3 4 5
2.15 Espírito Competitivo 1 2 3 4 5
2.16 Rigor 1 2 3 4 5
2.17 Responsabilidade 1 2 3 4 5
2.18 Comunicação 1 2 3 4 5
2.19 Amizade 1 2 3 4 5
Anexos
XLII
2.20 Disciplina 1 2 3 4 5
2.21 Sensibilidade 1 2 3 4 5
2.22 Exaltação da Equipa 1 2 3 4 5
2.23 Tolerância 1 2 3 4 5
2.24 Capacidade de Decisão 1 2 3 4 5
2.25 Superação Individual 1 2 3 4 5
2.26 Capacidade Crítica 1 2 3 4 5
3) Para além de formador desportivo, o treinador de formação deve ser
também um formador educativo? Se a sua resposta for afirmativa, identifique 5
dos aspectos acima mencionados, sobre os quais esse trabalho deve ser mais
incisivo.
1) -
2) -
3) -
4) -
5) -
Outros) –
Obrigado pela sua colaboração!
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