política externa e industrialização ( 1945-1964)
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Política Externa e Industrialização (1945-1964)
Antonio HermínioCelso BergmannGuilherme Vieira
Gustavo FurlanettoMatheus Fisher
Thiago SouzaYuri Bella
Universidade Federal de São Carlos Campus Sorocaba
1. A Nova Ordem Internacional em Gestação no Anos 40
• Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética iniciam conversações diplomáticas em 1941;
• A reorganização do mundo pós-guerra se desenvolveu sobre duas vertentes: Econômica e Geopolítica;
• Projetos futuros dos três grandes aliados são marcados pela divergência.
Contexto Internacional
• Proposta dos EUA focada no front econômico: - eliminação das barreiras ao livre comércio, livre
convertibilidade entre as moedas; - criação de organizações internacionais de: supervisão das nações pós-guerra (ONU); Comércio mundial; Finanças Internacionais.
• Inglaterra enfraquecida, colaborava com o as propostas dos EUA, afim de se manter como potência imperial;
Intenções Norte – americanas
• URSS só acompanhava os esforços para reorganizar o mundo capitalista pós-guerra:
- interesse na segunda vertente, geopolítica; - vitórias diplomáticas em 1945, em relação às fronteiras
do Leste Europeu e potencial zona de influência; • Bipolarização do mundo em 1947, “início” da Guerra
Fria;
Início da Guerra Fria
• EUA emergem em 1945 como maior potência econômica e militar;
• O projeto dos EUA encontrava duas barreiras: interna e externa:
- Guerra Fria representava a quebra das barreiras internas ao projeto Norte Americano;
- O Plano Marshall representaria a integração das duas vertentes para os EUA.
Resultados da Guerra
2. A América Latina e o Brasil sob a Hegemonia Norte-Americana
• Monopólio estadunidense de influência na região;
• Doutrina Monroe (1823): “Imperialismo Defensivo”;
• Roosevelt (1904): Política do “Big Stick”;
• 2ª Guerra Mundial: Apoio latino-americano aos EUA;
Recapitulando Historicamente
• Brasil em destaque entre os aliados dos EUA: matérias primas a preços estáveis, cessão de bases aéreas e navais, etc;
• EUA colaboram com o esforço de guerra do Brasil: programa de investimentos afim de aumentar a produção industrial do Brasil;
União Brasil-EUA durante a Guerra
• Tal colaboração e crescente união gerou expectativas em torno da relação entre os dois países;
• Quebra de expectativas: Preocupação dos EUA com a industrialização brasileira associada à guerra apenas.
Expectativas Pós-Guerra
3. O Governo Dutra (1946-1950): As Expectativas Frustradas
• Frustração quanto à ajuda dos EUA;
• Prioridade dos EUA era reerguer a Europa (Plano Marshall);
• EUA impõem restrições às solicitações brasileiras;
Relação Brasil-EUA
• Política liberal cambial leva à imensa saída de capital externo do Brasil devido à escassez mundial;
• Grande problema de inconvertibilidade no BP;
Política Cambial e Balanço de Pagamentos
Comissões para a região
• Criação da CEPAL em 1948:• importante papel de defesa dos interesses da AL frente à
ideologia liberal dos EUA.
• Comissão Mista Brasil-EUA:• projetos concretos e bem trabalhados;• financiamento do Eximbank e Banco Mundial.
4. O Segundo Governo Vargas e as Condições Internacionais na Primeira Metade dos Anos 50
• Como Vargas era visto pelos EUA antes de sua eleição;
• Início do Governo Vargas e as dificuldades encontradas;
• Guerra da Coréia, crise cambial e déficit na balança comercial;
• Crise de Divisas (1952) e ruptura com Banco Mundial;
Vargas II e o Contexto Internacional
Vargas II e o Contexto Internacional
• Alta inflação e desequilíbrio cambial herdado do último governo;
• Manobras feitas para minorar o desequilíbrio cambial e combater a ascensão inflacionária;
• Plano Marshall e apoio econômico Europeu-Japonês para o desenvolvimento
5. Kubitschek (1956-1960): O Desenvolvimentismo e o Papel da Política
Pan-americanista
Início de JK
• Introdução ao Governo de JK;
• JK desenvolvimentista (Programa Nacional de Desenvolvimento).
O Problema do Café
• Café era o centro do debate sobre o desequilíbrio da balança de pagamentos e das relações comerciais com os EUA;
• Geada de 1953 facilitou o estabelecimento do preço pelo governo brasileiro;
• Exportações caíram;• Revolta dos consumidores externos em 1954;• 1955-57 preços caíram.
O Problema do Café
• Out/1957: Acordo entre os países produtores para diminuir a oferta. Durou até o fim de 1957;• Superprodução iniciada em 1958 agravou a instabilidade dos preços;• Set/1958: Novo acordo. Não deu certo;• Set/1959: Acordo mais geral, que estabelecia a produção anual distribuída ao longo do ano.•Mesmo assim o preço caiu assim como as exportações.
1953 1954 1955-1957 1958 19590
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Preço do café em centavos dólar por libra
Preço do café em centavor dólar por libra
O Papel do Capital Estrangeiro
• Criação da CEE conferiu efeito adicional ao impulso de capitais estrangeiros para o Brasil;
• Disputa da Europa e EUA por mercados estrangeiros favoreceu o Brasil;
• Política de atração de capitais de JK soube aproveitar o momento internacional favorável;
• Endividamento externo foi resultado natural;• Tipo de dívida preocupante.
• Política de negligência em relação à AL continua com reeleição de Eisenhower;
• Expansão do comércio da URSS preocupa EUA;
• 1958: tentativa dos EUA de identificação com governos democráticos da AL;
• Manifestações antiamericanas deixam claro o enfraquecimento da relação EUA – AL;
O Papel da Política Pan-americanista
• JK quer integrar a região pela luta pela democracia e contra o subdesenvolvimento;
• Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como resultado da Operação Pan-americanista;
O Papel da Política Pan-americanista
A Ruptura com o FMI
• Plano de Estabilização Monetária em 1958;
• BB se recusa aderir ao plano;
• Dirigentes do FMI relutantes em ceder empréstimos;
A Ruptura com o FMI
• JK frente às normas do FMI manda que negociadores retornem ao Brasil;
• Álibi para JK deixar inflação alta e endividamento externo ao seu sucessor, sem que tenha sua reputação manchada.
6. Quadros, Goulart e o Malogro da Política Externa Independente do Início dos 60
• Quatro primeiros anos da década de 60 foram conturbados;
• Jânio Quadros vence eleição;
• Contexto: – Recuperação econômica da Europa e Japão;– Surgimento de novas nações independentes;– Consolidação do bloco socialista;– Cuba filia-se com o socialismo.
Primeiros anos da Década de 1960
• Integração de 3 elementos:1. Retomada do ideário da Operação Pan-americana, idealizada por JK;2. Estilo diplomático adequado ao nacionalismo;3. Possibilidade de afirmar autonomia relativa do Brasil face à hegemonia
dos EUA na América Latina;
• Foco das controvérsias: Problema cubano (Crise dos mísseis);
• Pressão americana e interna para afastamento do Bloco Socialista;
• Postura brasileira avaliava corretamente onde residiam os interesses de longo prazo em suas relações internacionais (Política independente como meio de assegurar a sua liberdade de movimento na política mundial).
Política Externa Independente
• Situação financeira do país “terrível”;• Inflação 30% a.a;• Déficit do balanço de pagamentos US$410 milhões;• Resposta a situação: Política de estabilização envolvendo
desvalorização cambial, contenção de gastos públicos e controle da expansão monetária;
• Medida impressionou comunidade internacional pela rapidez e determinação;
• Renegociação da dívida e novos empréstimos;• Exportações cresceram (desvalorização cambial) e
superávit em 1961.
Política econômica externa
• Dificuldades aparentemente afastadas;
• Na verdade, adiou-se a crise de liquidez;
• Renúncia de Quadros;
• Situação:– Elevação do déficit governamental;– Sobrevalorização do cruzeiro(Queda nas exportações);– Inflação superou 50% a.a.
Resultados da Política Externa
• Esforço para lidar com a situação econômica e demonstrar à comunidade internacional que havia um plano de governo a ser implementado;
• João Goulart assume em 1963;
• Plano Trienal (1963-1965):– Assegurar uma taxa de crescimento da renda nacional
compatível;– Reduzir pressão inflacionária;– Política de austeridade em relação à expansão monetária.
Pós – Quadros
• Aceleração da inflação e controle de crédito resultaram num severo aperto de liquidez real na economia;
• Investimentos diretos, empréstimos e financiamentos reduzidos (Aproximadamente 40%);
• No segundo semestre de 63, Plano Trienal tinha perdido apoio do setor privado;
• Queda nas vendas, desemprego, paralisia das atividades de investimento;
• Fontes de financiamento desagradadas;• Crescente tensão social e política;• Marco crucial na história recente do Brasil.
Período Goulart
7. Observação Final: O Período 1945-1964 em Perspectiva Histórica
• Forte vínculo das relações internacionais do Brasil com as bases sociais e políticas do Estado brasileiro e a transformações em sua estrutura produtiva;
• Papel que assumiram as relações do Brasil com os EUA no contexto da bipolaridade;
• Decisão dos presidentes, no período, que foram dependentes:1. de forças internas2. da postura dos EUA3. da produção interna
Fatores Fundamentais
• Busca por autonomia no final dos anos 30;• Tentativa frustrada de “relação especial” com os EUA
na metade dos anos 40;• O nacional-populismo no segundo governo de Vargas;• Pretensões de obter capitais públicos via articulação
americana no governo JK;• “Política Externa Independente” do período Quadros-
Goulart;
Fases da política externa
• Análise das rupturas e continuidades da política externa brasileira;
• Busca de autonomia relativa marca o Brasil;• Emergência das classe populares em meados dos
anos 40 marca a política interna do Brasil;• 1964 não representa descontinuidade, mas sim
possibilidade de desenvolvimento interno que JK propusera, porém sem pressão interna.
Resumo da Época
Perguntas
• O Brasil realmente possuía a capacidade de financiamento interno para industrialização como os EUA falavam?
• O que a reeleição de Vargas representou politicamente para os EUA e para as reivindicações brasileiras de financiamento?
Bibliografia
• MALAN, Pedro. Relações Econômicas Internacionais do Brasil. PUC – Rio de Janeiro
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